école des hautes études en sciences sociales, études comparées
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ESCOLA DE ALTOS ESTUDOS EM CI ÊNCI AS SOCI AI S, ESTUDOS COM PARATI VOS SOBRE O DESENVOLVI M ENTO UNI VERSI DADE FEDERAL DA BAHI A, FACULDADE DE FI LOSOFI A E CI ÊNCI AS HUM ANAS, DEPARTAM ENTO DE CI ÊNCI AS SOCI AI S Doutorado em antropologia social e etnologia pela Escola de altos estudos em ciências sociais e em ciências sociais pela Universidade federal da Bahia. Julie Sarah LOURAU ALVES DA SI LVA Festas, identidades e turismo em Salvador da Bahia Os « pobres » do comercio de rua QR³PHJDHYHQWR´ carnaval : população negra e informalidade Tese dirigida por : M ichel AGI ER e M aria Rosario GONÇALVES DE CARVALHO defendida na Escola de altos estudos em ciências sociais em 29 de janeiro de 2013 M embros du júri : Dominique Vidal / Université Paris Diderot ± Paris 7 Heitor Frügoli / Université de São Paulo (USP) 1 ÉCOLE DES HAUTES ÉTUDES EN SCI ENCES SOCI ALES, ÉTUDES COM PARÉES SUR LE DÉVELOPPEM ENT UNI VERSI TÉ FÉDÉRALE DE BAHI A, FACULTÉ DE PHI LOSOPHI E ET SCI ENCES HUM AI NES, DÉPARTEM ENT DE SCI ENCES SOCI ALES Doctorat en Anthropologie sociale et ethnologie, GHO¶École des hautes études en sciences sociales et Sciences Sociales, GHO¶8QLYHUVLWp)pGpUDOHGH%DKLD Julie Sarah LOURAU ALVES DA SI LVA Fêtes, identités et tourisme à Salvador de Bahia Les « pauvres » du commerce de rue dans la « fête monde » carnaval : population noire et informalité Thèse dirigée par : M ichel AGI ER et M aria Rosario GONÇALVES DE CARVALHO VRXWHQXHjO¶eFROHGHV+DXWHV(WXGHVHQ6FLHQFHV6RFLDOHVle 29 janvier 2013 M embres du jury : Dominique Vidal / Université Paris Diderot ± Paris 7 Heitor Frügoli / Université de São Paulo (USP) 2 Resumo (em português) Esta tese tem como ponto de partida uma etnografia dos vendedores de rua durante as festas populares e o carnaval de Salvador da Bahia, Brasil. A questão central defendida concerne ao lugar atribuído à cultura negra na sociedade brasileira, particularmente quando ela é o produto de atores negros e pobres, como é o caso dos trabalhadores de rua. Com esse fim, duas tradições de pesquisa do campo brasileiro são simultaneamente acionadas: uma procedente dos estudos sociológicos iniciados, nos anos 1930, por Roger Bastide, na qual a cultura baiana é vista e entendida como cultura sincrética, que deu lugar a uma visão da sociedade brasileira cujas três raças fundadoras (o Europeu, o Indígena e o $IULFDQR FRQYLYHP HP ³KDUPRQLD FRUGLDO´ $ RXWUD p PDLV UHFHQWH H HVWi OLJDGD j antropologia urbana (Hannerz) ou a uma antropologia da cidade (Agier). Nessa ultima DERUGDJHPDVGLQkPLFDVLGHQWLWiULDVVmRWUDEDOKDGDVDSDUWLUGRHVWXGRGDV³UHJL}HVPRUDLV´ de Salvador e de suas festas, revelando as dinâmicas de marginalização e fragmentação que ocorrem na cidade. Essas duas perspectivas permitem-nos, finalmente, relacionar a visão sincrética (dos vendedores de rua) com as dinâmicas urbanas e globais (dos poderes públicos), expondo, assim, o dilema identitário (identificado pela pesquisadora) dos YHQGHGRUHVGHUXDGH6DOYDGRUVmRHOHV³DIUR-desceQGHQWHV´TXHFRQVHUYDPXPDWUDGLomRGH comércio de rua que era própria GRV$IULFDQRVGH6DOYDGRU"2XHOHVVmR³SREUHV´HPEXVFD de um meio de sobrevivência no contexto de um capitalismo exacerbado que caracteriza a economia atual (bem representado pelo segmento do turismo festivo)? Em outros termos, essas categorias, que servem para ordenar e classificar a população, são herdeiras da tradição racial (que remonta aos fundamentos da sociedade colonial e escravista)? Ou elas derivam de categorias globais crescentemente presentes através de programas de ajuda internacional e FRP XP FRQWH~GR PDLV VRFLDO TXH UDFLDO GLYLGLQGR R PXQGR HQWUH ³RV SREUHV´ H RV ³QmR SREUHV´/DXWLHU" $ SULPHLUD SDUWH GD WHVH RSHUD XPD DQiOLVH WHPSRUDO GHVWDFDQGR ³HUDV PRUDLV´ TXH Wêm participado da construção de uma classe perigosa - cujo papel é incorporar os indesejáveis ou ³LQ~WHLV´GDVRFLHGDGHDSDUWLUGHFRQVLGHUDo}HVUDFLDLVVRFLHGDGHFRORQLDOKLJLHQLVWDILQDO do século XIX, com as teorias evolucionistas) e, hoje, mediante políticas de discriminação positivas (numa valorização das categorias étnicas e não sociais) e, de maneira mais ampla, têm participado da construção identitária do Brasil. Já a segunda parte opera uma análise espacial com o propósito de revelar os mecanismos de exclusão presentes no cotidiano e intensificados durante o carnaval. Esses mecanismos visam, principalmente, marginalizar os WUDEDOKDGRUHVGHUXDDWUDYpVGHSROtWLFDVGHSDGURQL]DomRTXHEXVFDP³OLPSDU´RFDUQDYDOGR estigma da favela. A associação entre classe perigosa e classe pobre é antiga e conduz, facilmente, a uma outra associação, isto é, a da classe perigosa com os trabalhadores de rua. O papel dos poderes públicos é importante quando se trata do comércio de rua e consiste em controlar e regular, a partir de normas e decretos que se não chegam a proibir a participação dos trabalhadores, impedem a sua visibilidade no cenário promocional das festas da cidade de Salvador. Na terceira parte, finalmente, são analisadas as políticas que enquadram as relações entre classe e raça no Brasil. Elas ressaltam o contexto atual de identidades globalizadas que servem ao capitalismo e que mercantilizam a cidade (cidade mercadoria), a festa (carnaval) e as identidades locais (turismo étnico). Palavras chaves: Salvador da Bahia, commercio informal, festas populares, carnaval, os pobres, mega evento, rua, identidade, turismo, cultura negra, afro descendente, globalização identitária. 3 Résumé (en français) Cette thèse a comme point de départ, une ethnographie des marchands de rue pendant les fêtes populaires et le carnaval de Salvador de Bahia. La question centrale que cette étude soulève est celle de la place accordée à la culture noire dans la société brésilienne, SDUWLFXOLqUHPHQWORUVTX¶HOOHHVWOHSURGXLWG¶DFWHXUVQRLUVHWSDXYUHVFRPPHF¶HVWOHFDVDYHF les marchands de rue. Pour cela, deux traditions de recherche sur le terrain brésilien sont simultanément mises en °XYUH/¶XQHUHOqYHGHVpWXGHVVRFLRORJLTXHVGpEXWpHVGDQVOHVDQQpHV5RJHU%DVWLGH de la culture bahianaise vue et entendue en tant que culture syncrétique, qui a donné lieu à XQH YLVLRQ GH OD VRFLpWp R OHV UDFHV IRQGDWULFHV GX %UpVLO O¶(XURSpHQ O¶,QGLHQ HW O¶$IULFDLQ YLYHQW GDQV XQH © entente cordiale ª /¶DXWUH HVW SOXV UpFHQWH HOOH HVW OLpH j O¶DQWKURSRORJLHXUEDLQH+DQQHU]RXjXQHDQWKURSRORJLHGHODYLOOH (Agier) dans laquelle les G\QDPLTXHV LGHQWLWDLUHV VRQW WUDYDLOOpHV j SDUWLU GH O¶pWXGH GHV © régions morales » de Salvador et de ses fêtes révélant les dynamiques de marginalisation et de fragmentation en °XYUHGDQVODYLOOH&HVGHX[SHUVSHFWLYHVQRXVSHrmettent finalement de mettre en rapport la vision syncrétique (qui est celle des marchands de rue) et celle des logiques urbaines et globales (qui sont celles des pouvoirs publics), révélant ainsi le dilemme identitaire (rencontré par la chercheuse en Sciences Sociales que je suis) des marchands de rue de Salvador: Sont-ils des « afro-descendants » maintenant une tradition de commerce de rue qui était celle des Africains de Salvador ? Ou bien sont-ils des « pauvres ª j OD UHFKHUFKH G¶XQ moyen de survie dans le capitalisme sauvage qui caractérise le panorama économique actuel ELHQ UHSUpVHQWp SDU OH YROHW GX WRXULVPH IHVWLI " (Q G¶DXWUHV WHUPHV FHV FDWpJRULHV TXL servent à classer et ordonner la population relèvent-HOOHVHQFRUHG¶XQHWUDGLWLRQUDFLDOHTXLest celle issue de la société coloniale et esclavagiste ? Ou bien relèvent-elles de catégories JOREDOHV GH SOXV HQ SOXV SUpVHQWHV j WUDYHUV OHV SURJUDPPHV G¶DLGH LQWHUQDWLRQDOH DYHF XQ énoncé plutôt social que racial, qui divise le monde entre les « pauvres » et les « non pauvres » (Lautier) ? La première partie de la thèse opère une analyse temporelle renvoyant à différentes « ères morales ª TXL RQW SDUWLFLSp j OD FRQVWUXFWLRQ G¶XQH © classe dangereuse » _ chargée G¶LQFRUSRUHUOHVLQGpVLUDEOHVRX « inutiles » de la société à partir de considérations raciales (société coloniale) puis hygiéniste (fin du XIXème siècle, largement inspirées par O¶pYROXWLRQQLVPH HW DXMRXUG¶KXL SDU GHV SROLWLTXHV GH discrimination positive (dans une acceptation ethnique et non sociale) _ et qui, plus largement, ont participé à la construction LGHQWLWDLUHGX%UpVLO'DQVODGHX[LqPHSDUWLHO¶DQDO\VHVHIDLWVSDWLDOHDILQGHGpFRXYULUOHV PpFDQLVPHVG¶H[FOXVLRQPLVHQMHXDXOHTXRWLGLHQHWH[DFHUEpVSHQGDQWOHFDUQDYDOYLVDQWj tenir à distance les travailleurs de rue à partir de politiques de standardisation ayant pour REMHW G¶HIIDFHU OHV PDUTXHV GH OD IDYHOD 'éfavéliser F¶HVW JRPPHU WRXW VLJQH GH SDXYUHWp (généralement associé à la culture noire) des fêtes, principalement le carnaval. Le glissement entre population dangereuse et population pauvre est fréquent et mène facilement à une autre association qui est celle de la classe dangereuse avec la population des travailleurs de rue. Les pouvoirs publics jouent un rôle important de contrôle de cette profession consistant à O¶pFUDVHU VRXV GHV QRUPHV HW GpFUHWV VDQV WRXWHIRLV O¶LQWHUGLUH PDLV HQ OD UHQGDQW LQYLVLEOH ORUVTX¶HOOH F{WRLH OHV HVSDFHV FKDUJpV GH SURGXLUH XQH LPDJH GH %DKLD MR\HXVH HW ELJDUUpH Sont éliminés les demi-tons qui pourraient révéler pauvreté ou coutumes africaines (jugées QRQ FLYLOLVpH (QILQ GDQV OD WURLVLqPH SDUWLH O¶DFFHQW HVW PLV VXU OHV SROLWLTXHV TXL RQW accompagné et encadré les rapports entre classe et race au Brésil (et plus particulièrement à Bahia) (OOHV UHOqYHQW GDQV OH FRQWH[WH DFWXHO G¶LGHQWLWpV JOREDOLVpHV VXU OHVTXHOOHV OH FDSLWDOLVPH V¶DSSXLH SRXU FRPPHUFLDOLVHU OD YLOOH YLOOH PDUFKDQGLVH OD IrWH PpJD carnaval), ou les identités locales (tourisme ethnique). 4 M ots clés: Salvador de Bahia, commerce informel, fêtes populaires, carnaval, pauvreté, fête monde, rue, identité, tourisme, culture noire, afro-descendant, globalisation identitaire. 5 Remerciements Je tiens particulièrement à remercier Michel Agier pour sa confiance et son soutien. Son pWKLTXHVRQVpULHX[HWVDV\PSDWKLHUHFRQQXVSDUVHVFROOqJXHVEUpVLOLHQVP¶RQWDVVXUpXQ accueil immédiat et chaleureux. 0HV UHPHUFLHPHQWV V¶DGUHVVHQW pJDOHPHQW j 0DULD 5RVDULR GH &DUYDOKR pour les appuis LQVWLWXWLRQQHOV TX¶HOOH P¶D DSSRUWps mais surtout pour son empathie et son soutien indefectible. (OOH P¶D IDLW GpFRXYULU XQH QRXYHOOH PDQLqUH G¶rWUH SURIHVVHXUH j OD IRLV amicale et exigeante. (OOH UDVVHPEOH DXWRXU G¶HOOH OH YDVWH JURXSH GX 3,1(% GRQW OH VpULHX[ HW OH professLRQQDOLVPHVRQWH[HPSODLUHVHWDYHFOHVPHPEUHVGXTXHOMHVXLVKHXUHXVHG¶DYRLU SXpFKDQJHUPHVVXMHWVG¶pWXGHVWRXMRXUVGDQVO¶HVSULWGHVROLGDULWpHWG¶pPXODWLRQTXLOHV caractérise. Les rencontres avec les professeurs Livio Sansone, Xavier Vatin et Suzana Maia ont été profitables, ainsi que le séminaire séminaire « 7KpRULHV GH O¶HWKQLFLWp », mené par Maria 5RVDULRGH&DUYDOKRDX&HQWUHG¶pWXGHVDIUR-orientales (CEAO) en 2011. -HGRLVpJDOHPHQWUHPHUFLHU6DUD1DFLITXLP¶DDLGpjSDUWLFLSHUDX[JUDQGV rendez-vous EUpVLOLHQVG¶DQWKURSRORJLHHQFRUULJHDQWPHVpSUHXYHVHQSRUWXJDLVPRPHQWVLPSRUWDQWV RO¶RQSUHQGOHSRLGVHWODPHVXUHGHVSUREOpPDWLTXHVGHUHFKHUFKHGDQVOHXUDFWXDOLWp« Enfin, je me dois de citer ma famille chérie: mon mari, Ednilson quLP¶DDFFRPSDJQpVXU OHWHUUDLQHWTXLDIDLWPRQWUHG¶XQHSDWLHQFHjWRXWHpSUHXYHPRQILOV)ODYLRFRPSUHKHQVLI et généreux qui P¶D ODLVVp pWXGLHU PD PqUH )UDQoRLVH TXL P¶D DFFRUGp VRQ VXSSRUW financiHU DXWDQW GH IRLV TXH QpFHVVDLUH HW Q¶D MDPDLV IDLOOL dans son amour, source de UpFRQIRUW PRQ IUqUH -XOLHQ TXL P¶D GRQQp HQ H[HPSOH OH GpYRXHPHQW j VRQ PpWLHU ; Ailton, mon beau-IUqUHTXLP¶DLGHjFRPSUHQGUHHWGpFKLIIUHUODFXOWXUHQRLUHGH%DKLDHW Dona Alice, ma belle-PqUHSRXUVDOHFWXUHGHO¶DFWXDOLWé, sa connaissance du passé, et son pQRUPHF°XUUHPSOLG¶DPRXUHWGHFRPSUpKHQVLRQ(WPRQSqUH5HQpTXLV¶HQHVWDOOpLO\ DDQVGpMjPDLVTXLP¶DWUDQVPLVOHYLUXVGHODUHFKHUFKHSHUSpWXHOOH« Merci à Dona Irene pour ses paroles justes et généreuses. Merci à Stéphanie Méséguer pour la correction de cette thèse et pour son amitié. 6 TABLE DES M ATI ÈRES 7 Résumés p. 3 Remerciements p. 6 Introduction p.13 Chapitre 1. IDENTITÉS Construction historique de la classe dangereuse I- II- p.35 Le commerce de rue et ses acteurs A- 'pILQLWLRQVGHO¶LQIRUPDOLWp B- Le contexte légal du travail 1) La carte de travail 2) Le salaire minimum 3) La négociation en cas de départ 4) /¶HQWUHSUHQHXULQGLYLGXHO C- Marginalisation, pauvreté, débrouille D- Salvador en chiffres 1) Population 2) Inégalités face au travail a) Le taux de chômage b) /HVPDUTXHVGHO¶LQpJDOLWpGDQVOHVVWDWLVWLTXHVRIILFLHOOHV c) Le salaire moyen 3) Conclusions sur Bahia en relation avec les autres Régions Métropolitaines E- Portraits 1) Carlos 2) Dona India a) Le mythe des origines b) Remarques p.36 p.37 p.40 p.40 p.41 p.41 p.42 p.42 p.43 p.43 p.44 p.44 p.44 p.45 p.46 7DEOHDX[G¶pSRTXHV A- Tableau 1 /¶HVFODYDJH B- Tableau 2 : La Démocratie raciale 1) Transition 2) Industrialisation 3) Mutation des relations sociales 4) Marginalisation 5) Construction identitaire de la Nation a) Nina Rodrigues b) Le spectacle du métissage c) /¶HQWHQWHFRUGLDOHHQWUHOHVUDFHV p.57 p.60 p.70 p.70 p.72 p.74 p.78 p.81 p.81 p.83 p.85 p.46 p.47 p.51 p.52 p.56 8 d) /¶DUJXPHQW : une société de statut, sans préjugé de couleur e) /HVOLPLWHVGHO¶DVVLPLODWLRQVRFLDOH f) /¶DVVRFLDWLRQHQWUH© race » et « classe » g) Conclusions : Le non problème de la couleur au Brésil 6) La « Démocratie raciale » C- Tableau 3 /¶qUHPXOWLFXOWXUHOOH 1) Les critiques de la démocratie raciale 2) Le changement constitutionnel 3) Les discriminations positives 4) Les critiques générées par ce modèle 5) /¶RXYHUWXUHDXWRXULVPH 6) La rue est au noir III- Conclusions A- La classe dangereuse B- La ville festive p.86 p.87 p.88 p.88 p.89 p.92 p.93 p.94 p.95 p.97 p.98 p.100 p.106 p.106 p.108 Chapitre 2. FÊTES POPULAIRES ET CARNAVAL Régions morales, hiérarchie raciale et politiques de contrôle des travailleurs de rue I- II- p.110 Lecture de la ville A- Les régions morales 1) Choix du concept 2) Histoire et définitions B- /HVGpFRXSDJHVGHO¶HVSDFHXUEDLQ 1) Le 1er ordre moral : hiérarchie verticale 2) Le 2ème ordre moral : configuration horizontale 3) Le 3ème ordre moral : Marges, Non-lieux, Archipels, Monades, Pollution a) Fabrication de marges b) Non-lieux c) Les archipels d) Les monades e) La pollution p.112 p.113 p.113 p.114 p.117 p.118 p.121 p.125 Les festivités A- Les fêtes de « largo » 1) La « place » 2) Syncrétisme religieux 3) Les « cantos » 4) Rapport entre les « coins » et les « places » 5) Le cycle festif 6) Hiérarchie morale a) Lieux p.132 p.132 p.132 p.133 p.134 p.138 p.140 p.145 p.146 p.127 p.127 p.129 p.130 p.131 9 b) Tarifs c) Concurrence 7) Règles souples 8) Décadence des fêtes populaires B- Les fêtes « lights » 1) Le « light » 2) « Bonfim light » 3) Le « Reveillon light » 4) Multiplication du light III- Le carnaval A- Circuits carnavalesques : caractéristiques, histoire et réputation 1) Batatinha 2) Osmar 3) Dodô B- Les trois carnavals et leur identité C- Ordre spatial / ordre social 1) Programmation musicale et territoires 2) Contrôle et organisation du public 3) Contrôle et organisation des circuits 4) Organisation du commerce informel 5) Tarifs et réglementation du carnaval 6) Totalitarisme visuel Chapitre 3. TOURISME Identités globales, tourisme ethnique et travailleurs de rue I- Identités locales A- Espaces et identités des barraqueiros 1) Les fêtes populaires 2) Le carnaval a) Les comptoirs du circuit Osmar b) Le commerce de rue : baraques de drink, glacières. c) Les baraques traditionnelles B- Syncrétisme religieux 1) Présence du candomblé religieux ou commercial dans les fêtes populaires a) /¶DXWHO b) La foi c) Le commerce religieux 2) Les BarraqueirosO¶$IULTXHHWOH&DQGRPEOp C- Les quatre identités du pauvre : formalisation identitaire p.149 p.151 p.152 p.156 p.157 p.157 p.158 p.159 p.159 p.160 p.160 p.161 p.162 p.163 p.164 p.166 p.166 p.168 p.169 p.170 p.175 p.177 p.179 p.181 p.182 p.182 p.185 p.185 p.187 p.189 p.191 p.191 p.192 p.193 p.194 p.196 p.197 10 1) 2) 3) 4) II- Le pauvre déraciné ± « Dona India » Le pauvre capitalisé ± « Carlos » Le pauvre dangereux Le pauvre ethnique ± La baiana de acarajé Race, classe, ethnie A- Les catégories raciales et le contexte épistémologique 1) Dans le système esclavagiste 2) Pendant la « Démocratie raciale » 3) Dans la société multiculturelle a) Les afro-descendants b) Les autochtones b) Les quilombolas d) Les exclus du pacte de réparation B- Le carnaval ritualisé 1) Petite histoire du carnaval a) /¶HQWUXGR b) Les clubs carnavalesques c) Le carnaval électrique d) Le carnaval ethnique des années 1970 2) Fiches ethniques carnavalesques a) Les blocs indiens b) Les blocs afro c) Le carnaval axé C- Les identités ethniques du carnaval comme objectif institutionnel de résolution des relations raciales dans une mise en spectacle touristique de Salvador et du Brésil. p.197 p.201 p.204 p.207 p.210 p.211 p.212 p.213 p.216 p.217 p.219 p.222 p.224 p.225 p.225 p.226 p.226 p.227 p.228 p.229 p.229 p.230 p.232 p.233 III- La globalisation identitaire p.236 A- Les jeux du local et du global p.236 1) La ville de Nice p.238 a) /¶LGpHSOXW{WTXHOHUpHO p.238 b) Les articulations du local et du global p.239 2) La ville de Salvador p.240 a) La ville marchandise p.240 b) Ville entreprise p.241 c) Ville patrie p.243 d) &RQFOXVLRQV VXU OHV ORJLTXHV G¶DUWLFXODWLRQV GX © local » et du p.245 « global » à Salvador B- Le tourisme p.245 p.246 1) Histoire du tourisme p.246 2) Massification du tourisme p.247 3) Le tourisme ethnique 11 C- Tourisme ethnique à Bahia 1) Circuits etnico afro de la Bahiatursa a) Présentation générale b) Les circuits 2) /HFWXUH³HWQLFRXUEDLQH´GH6DOYDGRUjSDUWLUGHODBahiatursa 3) Le circuit « etnico indigeno » de la Bahiatursa a) Présentation générale b) Les différents circuits 4) Conclusions sur le tourisme ethnique à Bahia p.248 p.250 p.250 p.251 p.254 p.254 p.254 p.256 p.257 Conclusion p.259 Bibliographie p.278 Glossaire p.290 Table des illustrations p. 295 Annexes p. 297 12 INTRODUCTION 13 A- Problématique et état de la question bibliographique La question du commerce informel de Salvador a été peu étudiée, en comparaison de Rio de Janeiro et São Paulo où la proportion de commerces informels y est plus élevée 1. Les études concernant ces villes sont menées à travers les prismes du contexte urbain et de la précarité (Pires 2005, Lourau 2005, Macias 2006)2, parfois liées au narcotrafic (Renaldi 2007)3 et plus récemment aux grands événements type Jeux olympiques ou Coupe du monde de football4. Outre des monographies spécifiques5, le commerce informel est essentiellement O¶REMHW GH réflexions théoriques portant sur les conditions de son émergence. Les premières études datent des années 1960. Elles se multiplient dans les pays en voie de développement du continent africain dans les années 1970 (Le Pape, 1983)6 au cours desquelles le terme générique « commerce informel » apparaît en recouvrant des réalités diverses (Lautier, 2004)7. Il correspond en fait à tout un secteur de travail non enregistré par les pouvoirs publics, principalement de rue, qui concerne des petits regroupements, souvent familiaux (parfois un seul) dans des formes de travail autonomes, et suivant une organisation qui 1 São Paulo à elle seule concentre 25% du secteur informel selon un article publié sur le site GHO¶,%*(© Brasil tem mais de 10 milhões de Empresas na informalidade », adresse online : http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=366&id_ pagina=1 2 3,5(6 /HQLQ ³(VFXOKDPED PDLV QmR HVFXODFKD ! Um estudo sobre os trens da Central doBrasil, no Rio de Janeiro, enfatizando as praticas de comerciantes ambulantes e de FRQIOLWRV H[LVWHQWHV HQWUH HOHV H RXWURV DWRUHV QDTXHOH HVSDoR VRFLDO´ 'LVVHUWDomR GH Mestrado do Programa de Pos Graduação em Antropologia da Universidade de Fluminense, 2005. MACIAS, Marie-&DUPHQ /H FRPPHUFH DX 0H[LTXH j O¶KHXUH GH OD OLEpUDOLVDWLRQ pFRQRPLTXH 3DULV /¶+DUPDWWDQ 5HFKHUFKHV $PpULTXHV /DWLQHV S /285$8 Julie, Circuits urbains, Une analyse spatiale du commerce informel du carnaval de Salvador de Bahia, Mémoire dH'($VRXVOD'LUHFWLRQGH0LFKHO$JLHUVRXWHQXjO¶(FROHGHV+DXWHV Etudes en Sciences Sociales, Paris, 2005. 3 RENALDI, Brigida, Os Vãos Esquecidos. Experiências de Investigação, Julgamento e Narcotráfico na fronteira argentino-paraguaia, IFCS/UFRJ, 2007. 4 -¶DLSXIDLUHFHFRQVWDWDXFRXUVG¶XQVpPLQDLUH sur « Comercio informal e mega eventos », TXLV¶HVWWHQXSHQGDQWOHFRQJUqV XI CONLAB (août 2011, Salvador). 5 Voir, par exemple, Alexandra Quien, « Bombay, les porteurs de gamelles », in Urbanisme n°296, sept-oct 1997 ou encore Carlos Alba and Pascal Labazée, « Libéralisation et secteur informel », Transcontinentales [Online], 4 | 2007, document 5, Online since 28 April 2011, URL:http://transcontinentales.revues.org/610. 6 /( 3$3( 0DUF 'H O¶ « indigène ª j O¶ « informel », 1955- &DKLHUV G¶(WXGHV Africaines, 89-90, XXIII ± 1, 2, 1983, pp. 189-197 14 échappe aux règles légales habituelles. Lautier fait remarquer TX¶HQ $PpULTXH latine ces travailleurs, très nombreux, ont constitué pendant longtemps « O¶DUPpH GH UpVHUYH » du capitalisme, F¶HVW-à-GLUHO¶H[FpGHQWGHPDLQG¶RHXYUHGjO¶H[RGHUXUDOPDVVLISURYRTXpSDU OHVGpEXWVGHO¶LQGXVWULDOLVDWLRQHWOHVSURPHVVHVG¶HPSORLVGDQVOHVUpJLRQVPpWURSROLWDLQHV $X %UpVLO TXHOTXHV WHQWDWLYHV SRXU FKLIIUHU OH QRPEUH G¶DFWLIV GH FH VHFWHXU VRQW SRQFWXHOOHPHQWPLVHVHQ°XYUH8 par les pouvoirs publics, même si ceux qui les mènent ont conscience de l¶inévitable manque de précision tant O¶LQIRUPHOest imbriqué entre le légal et O¶LOOpJDO le long terme et le court terme, le stable et O¶LQVWDEOH... (IBGE, 2003, SEMPRE 2005)9. &¶HVW GDQV les années 1980 que les premières recherches qualitatives voient le jour VRXVO¶LQIOXHQFHG¶DQWKURSRORJXHVWHOV que Michel Agier (Muheme, 1992)10. Sur notre terrain, nous avons ouvert notre champ épistémologique pour trouver quelques UpIpUHQFHV GH SRLGV $LQVL OD WUDGLWLRQ GH FRPPHUFH GH UXH j 6DOYDGRU D pWp pWXGLpH G¶XQ point de vue historique (Reis, 1992, 1995, 2003 ; Ribeiro, 1991)11. Ces auteurs ouvrent la SUREOpPDWLTXHGHO¶pFRQRPLHjFHOOHGHODSODFHGXNoir dans la société brésilienne. En effet, GHSXLVOHGpEXWGHO¶KLVWRLUHGHODFRORQLVDWLRQDX%UpVLO, le commerce de rue est le commerce laissé aux esclaves (de gain ou affranchis), hors du système formel qui est exclusivement entre les mains de l¶élite blanche. Cette problématique nous renvoie à des considérations très actuelles de visibilité du Noir et plus encore du pauvre dans la ville. Le contexte actuel GH O¶LQGXVWULH WRXULVWLTXH UHQG OD TXHVWLRQ GH O¶DSSDUHQFH GH FH TXL est 7 /$87,(5%UXQR/¶pFRQRPLHLQIRUPHOOHGDQVOHWLHUV-monde, Paris, La Découverte 2004 (1994). 8 Sur le commerce informel en général, voir IBGE, Economia Informal Urbana ECINF, 2003 IBGE/SEBRAE. Sur le carnaval : Trabalhadores do carnaval 2005. Relatorio de pesquisa, do 04 a 08/02/2005. 9 IBGE, Economia do Turismo ± Analise das atividades caracteristicas do turismo 2OO3. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. SEMPRE. Secretaria municipal de emprego e renda. Trabalhadores do carnaval 2005. Relatorio de pesquisa, do 04 a 08/02/2005. 10 MUHEME Bagalwa Basemake, Gaspard/HVDVSHFWVSURGXFWLIVGHO¶pFRQRPLHLQIRUPHOOH Recherche des indicateurs pour une réponse au développement en Afrique. Afrika Focus, Vol. 8, n°1, 1992, pp. 5-32. 11 REIS, João José, Rebelião escrava no Brasil : a historia do levante dos Malês em 1835, São 3DXOR &RPSDQKLD GDV OHWUDV 5(,6 -RmR -RVp ³$ JUHYH QHJUD GH QD %DKLD´ Revista USP, São Paulo (28):14-39, dez-fev 1995-1996- Dossiê. REIS, João José, Différences et résistances OHV 1RLUV j %DKLD VRXV O¶HVFODYDJH LQ &DKLHUV G¶(WXGHV Africaines, « Amériques Noires », N°125, Paris, Editions EHESS, 1992, p. 15-33. RIBEIRO '$ &267$ $QD GH /RXUGHV (VSDoRV QHJURV ³FDQWRV´ H ³ORMDV´ HP 6DOYDGRU QR VpFXOR 15 montré, très importante. La problématique de l¶RUJDQLVDWLRQ HW GH OD FUpDWLRQ G¶XQH LPDJH propre et compétitive de la ville surgit de notre étude sur le commerce informel (Santos, 2000 ; Dias, 2002)12 à travers des politiques sévères de formalisation et de standardisation, surtout dans le cas du carnaval, mais aussi pendant les fêtes populaires. Ces politiques nous renvoient au contexte de la globalisation économique où les capitales mondiales sont mises en concurrence à travers la mise en vente de leur image. Nous comprenons dans ce cadre O¶LPSRUWDQFHGH© ce qui se donne à voir » dans le schéma marketing dominant, au nom du développement local. Une logistique de la pauvreté (Lautier, 2002)13 se met en place et prétend rendre compte du commerce informel du point de vue visuel et normatif. Se pose alors la question de qui est pauvre dans la société Brésilienne, en revenant sur le préjugé historique ± qui est de fait assez proche de la réalité ± qui veut que le pauvre est noir (ou que le Noir est pauvre?) et que le riche est blanc (ou que le Blanc est riche ?). Un des points de départ de notre raisonnement est de savoir qui étudier. De quel groupe social les marchands de rue relèvent-ils ? Peut-on parler de classe sociale ou de groupe racial ? Les marchands de rue concernent a priori une population pauvre, mais dans le cadre festif qui nous intéresse, ils sont indistinctement riches ou pauvres : petit travailleur LQGpSHQGDQWRXLQYHVWLVVHXUSURILWDQWG¶XQPRPHQWGHJUDQGEUDVVDJHpFRQRPLTXHSHQGDQWOH carnaval. Les marchands de rue sont noirs car ils sont pauvUHV« /HVPDUFKDQGVGHUXHVRQWSDXYUHV SDUFH TX¶LOV VRQW QRLUV« &RPPHQW IRQFWLRQQHQW FHV pTXDWLRQV TXL appartiennent à O¶LPDJLQDLUH VRFLDO GHV Bahianais et plus largement des Brésiliens. Devons-nous parler en termes UDFLDX[ VRXV SUpWH[WH TX¶LO H[LVWH DXMRXUG¶KXL une forte revendication raciale de la part des mouvements noirs qui donne lieu à des politiques de discriminations positives sur critères raciaux ? Devons-nous, à la manière française, éviter de parler de race, une nation étant indivisible G¶DSUqV les mêmes critères universalistes qui ont servi au Brésil pendant longtemps ? Suis-je suspect de racisme lorsque je parle du Noir, comme cela peut être le cas XIX. In Cantos e toqies, etnografias do espaço negro da Bahia.Caderno CR. Suplemeno, 1991, p.18-34. 12 SANTOS, C.L.N., Os vendedores ambulantes sob uma perspectiva sociologica, Bacharel en sociologie, UFBA, 2000. DIAS, C.C.S., Carnaval de Salvador : mercantilização e produção de espaços de segregação, exclusão e conflito, Dissertação de Mestrado, Curso de Pos-Graduação em Geografia, Instituto de Geociencias, Universidade Federale da Bahia. Orientadora : Profesora Dra. Maria Auxiliadora da Silva, 2002. 13 LAUTIER, Bruno, « Pourquoi faut-il aider les pauvres ? Une étude critique du discours de la Banque mondiale sur la pauvreté, In: Tiers-Monde., tome 43 n°169, 2002, pp. 137-165. 16 en France ? Ou suis-MH VXVSHFW GH UDFLVPH ORUVTXH M¶RFFXOWH OH Noir comme le dénonce les mouvements politiques noirs brésiliens qui veulent des politiques de réparations et un statut distinct pour cHX[TXLRQWVXELO¶HVFODYDJHHWODUHOpJDWLRQVRFLDOHHWFXOWXUHOOH ? Puis-je me rabattre sur une autre catégorie, celle de pauvre ? Les marchands de rue sont des pauvres qui vivent de débrouille«3RXUWDQWWRXWHVOHVORLVHW réglementations récentes tendent à formaliser le travail de rue. Nous ne parlons plus de ³travailleur de rue´ PDLV G¶³entrepreneur individuel´. On ³offre´ GH O¶HVWLPH SHUVRQQHOOH j une population trop longtemps discriminée par le vocable ³pauvre´, voire ³miséUDEOH´. Le SDXYUH Q¶HVW SDV XQ IDFWHXU GH GpYHORSSHPHQW LO SHUWXUEH OH ERQ IRQFWLRQQHPHQW GH O¶pFRQRPLHGHPDUFKpTXLUqJQHHQPDvWUH dans le monde car il Q¶Dni capital à investir, ni possibilité de crédit, ni assez de liquidités pour consommer. Il est donc un élément à nier ou à ³relooker´'HPrPHTXHO¶pFRQRPLHLQIRUPHOOH qui doit V¶LQVpUHUGDQVO¶pFRQRPLHOLbérale tous domaines confondus : privé, public, de grand port ou de micro-HQWUHSULVHjSDUWLUG¶XQH logique de formalisation. Sa forme la plus réduite est FHOOHGHO¶HQWUHSUHQHXULQGLYLGXHO. Le pauvre tend à disparaitre dans les termes utilisés plutôt que dans la pratique. Ainsi la Banque mondiale mène une guerre contre la pauvreté sans que cela Q¶HQWUDvQHune diminution de cette dernière puisque elle est produite et accélérée par le système libéral représenté par cette meme banque, qui enrichit les plus riches et appauvrit les plus pauvres. Une analyse des FDWpJRULHVHQYLJXHXUVHPEOHV¶LPSRVHUDILQde clarifier les amalgames récents et anciens au sujet du pauvre, du Noir, du métisse, de O¶$IUR-descendant, du BlancGXSDXYUH« Nous reprenonVLFLOHVWKpPDWLTXHVGHO¶LGHQWLWpUDFLDOHGHla fête et du tourisme qui ont servi de guide à notre recherche. 1) Identités /¶KLVWRLUH GHV UHODWLRQV UDFLDOHV DX %UpVLO FRPPHQFH SHQGDQW OD FRORQLVDWLRQ SDU XQH H[SORLWDWLRQLQWHQVLYHGHODPDLQG¶°XYUHHVFODYHDIULFDLQHet par un système de faveurs non moins soutenu. Les relations spécifiques maître/esclave ont été décrites par Freyre (1974)14 et Holanda (1998)15. Les populations indiennes et métisses extêmement pauvres des campagnes entourant les grandes propriétés agricoles de canne à sucre ont également subi cette expoitation. Même si elles étaient libres, ces populations Q¶pWDLHQW SDV HQYLées par les 14 FREYRE, Gilberto, Maîtres et esclaves : la formation de la société brésilienne, Paris, Gallimard, 1974, [1934]. 15 HOLANDA, Sergio Buarque de., Racines du Brésil, Gallimard, 1998 (1939). 17 esclaves (Passos, 2008)16 car leur situation relevait du plus profond abandon. Elles mourraient de faim HWGHPLVqUHHWVXELVVDLHQWOHSRLGVGHO¶DFFXOWXUDWLRQSHUWHGHWUDGLWLRQV SRXUOHVLQGLHQVHWPpWLVVHVG¶LQGLHQVRXG¶$IULFDLQVLes esclaves, eux, bénéficiaient malgré tout G¶XQVHPEODQWde considération liée au caractère commercial de leur situation qui pouvait les rendre rentables. La société coloniale est caractérisée par une distinction sociale très marquée, qui a comme base les différences raciales (Noir / Blanc / Indien). Au milieu du XIX e siècle, OHWUDILFG¶HVFODYHVHVWLQWHUGLW, mais son abolition légale Q¶DOLHX TX¶HQAu début du XX e siècle, la volonté de construire une nation est compromise par les préjugés raciaux qui restent ancrés dans les mentalités et les modes de fonctionnement. &¶HVW alors que QDvW O¶LGpH G¶XQH ³démocratie raciale´ (Guimarães, 2000)17 qui, ORLQ G¶rWUH équitable, met en valeur le rôle du métisse dans la société brésilienne (Azevedo 1996, Pierson 1971)18. Le métisse doit porter et représenter les valeurs du peuple brésilien, conçu comme un mélange de races, qui, dans une adaptation du système GHO¶pYROXWLRQdes races de Darwin, doit réussir à supprimer les tares de la race noire et représenter une nation unie et civilisée. Précurseur sans le savoir (et dans un objectif bien différent) des politiques de la différence menées par les mouvements politiques noirs à partir des années 1970, Nina Rodrigues (2010)19, dans son étude sur les Africains au Brésil au début du XX e siècle, relève parmi les SRSXODWLRQV DIULFDLQHV QRQ HQFRUH PpWLVVpHV LVVXHV GHV GHUQLqUHV HPEDUFDWLRQV G¶HVFODYHV FODQGHVWLQHVGHVRUJDQLVDWLRQVHWKQLTXHVGDQVOHGRPDLQHGHO¶RUJDQLVDWLRQGXFRPPHUFHGH rue. À partir de O¶REVHUYDWLRQGHO¶RUJDQLVDWLon du travail de rue, il élabore une ethnographie détaillée des « coins » de la ville OLHX[ GH O¶DFWLYLWp FRPPHUFLDOH GHV $IULFDLQV /¶DXWHXU imprégné par les théories pYROXWLRQQLVWHV GH O¶pSRTXH DQQRQFH DX OHFWHXU la disparition de cette population et se fait le témoin de leurs pratiques dans un ultime acte de recensement. À partir des années 1970 et 1980, un nouveau modèle de relations raciales apparaît. Il est basé sur des critères opposés à ceux de la démocratie raciale qui devient le modèle à détruire 16 PASSOS, Alberto, Guimarães, As classes perigosas, Editora UFRJ, 2008, pp. 274. 17 GUIMARÃES, Antônio Sergio, « Démocratie raciale » in Cahier du Brésil contemporain, « Les mots du discours afro-brésilien en débat », n°49-50, 2002 , p11 à 37. 18 AZEVEDO, Thales de., As elites de cor numa cidade brasileira : um estudo de ascenção social & Classes sociais e grupos de prestigio. Apresentação e prefacio de Maria de Azevedo Brandão. ± 2ème édition ± Salvadore : EDUFBA:EGBA, 1996, pp.186. PIERSON, Donald, Brancos e prêtos na Bahia : estudo de contacto racial; introdução de Artur Ramos e Robert E. Park, 2ª edição, São Paulo, Companhia Editora Nacional, Brasiliana, vol. 241, 1971, 1ère édition en 1944. Egalement publié par University of Chicago Press, 1967 [1942], pp. 430. 19 RODRIGUES, Raymundo Nina, Os Africanos no Brasil, Biblioteca virtual de ciências humanas, en ligne: www.bvce.org, pp. 154, [1933]. 18 au nom de la différence (Guimarães, 2006)20. Les idéaux égalitaires de la nation sont remplacés par un modèle politique de multiculturalisme où les droits octroyés sont adaptés à chaque groupe ethnique. Ce modèle représente OHUHWRXUGHO¶HWKQLFLWé dans une société qui, depuis les débuts de la colonisation, DWRXWIDLWSRXUO¶H[WHUPLQHU : du WHPSVGHO¶HVFODYDJH pour éviter les révoltes, puis DXQRPGHO¶XQLWpQDWLRQDOHHWGXUqJQHGXPpWLVVDJH'HIDLWOD problématique de la race est depuis toujours au centre du débat politique et social au Brésil, ce qui fait dire DXMRXUG¶KXLà certains chercheurs TXHFHGpEDWQHVHUWTX¶jUHQGUHLQYLVLEOHOH véritable problème, celui de la répartition des rLFKHVVHV HW GHV GURLWV jWUDYHUV O¶DFFHSWDWLRQ G¶XQUpJLPHGHFODVVHVYRLU6RX]D21. La « race ªQHVHUDLWTX¶XQPRWLIPLVHQDYDQW par le système capitaliste pour conserver son efficacité profondément inéquitable et rendue possible grâce à une série de contrôles étatiques TXL HQ UpDOLWp QH IRQW TX¶DFFHQWXHU les différences sociales (plutôt que raciales). Ces différences sociales, trop peu étudiées selon Souza, permettent de mettre en valeur des conflits HQWUHOHV GHX[ PRGqOHV SROLWLTXHV '¶XQ côté, les militants de la race offrent un modèle discriminatoire qui délivre des droits spécifiques et, GHO¶DXWUH, la population métisse encore largement bercée par les idéaux de la « démocratie raciale » UHYHQGLTXHOHGURLWjO¶pJDOLWp9LGDO22 ou se reconnaît dans un syncrétisme religieux (Selka, 2008)23. 2) Fêtes a) Horizons épistémologiques La question festive a été, et continue, G¶rWUH pWXGLpH j 6DOYDGRU PDLV VRXYHQW GH IDoRQ subsidiaire, et non comme centre des intérêts. Peut-être considérée trop frivole, cette thématique, pouUWDQWDXF°XUGXV\QFUpWLVPHVLORQJXHPHQWpWXGLpSDUOHVFKHUFKHXUVIUDQoDLV de la première moitié du XX e siècle VLqFOHDODUJHPHQWpWpGpWU{QpHSDUO¶pWXGHGHODUHOLJLRQ 20 GUIMARÃES, Antônio Sergio, « 'HSRLVGDGHPRFUDFLDUDFLDO´LQ7HPSRVRFLDOUHYLVWD de sociologia da USP, v. 18, n°2, novembro de 2006, São Paulo, 2006, p. 269-287. 21 628=$-HVVp³$YLVLELOLGDGHGDUDoDHDLQYLVLELOLGDGHGDFODVVH&RQWUDDVHYLGrQFLDVGR FRQKHFLPHQWR LPHGLDWR´ LQ $ LQYLVLELOLGDGH GD GHVLJXDOGDGH EUDVLOHLUD %HOR +RUL]RQWH Editora UFMG, 2006, pp. 74-115. 22 VIDAL, Dominique, « Le bel avenir de la mulata : La bonne, sa patronne et son patron » in Cahiers du Brésil Contemporain, n°49-50, 2002, p.153-166. 23 SELKA, Stefen, The Sisterhood of Boa Morte in Brazil: Harmonious Mixture, Black Resistance, and the Politics of Religious Practice, Journal of Latin America and Caribbean Anthropology,Vol. 13,No.1, pp. 79±114. ISSN1935-4932, online ISSN1548-7180, 2008. 19 afro-brésilienne (entre autres, Bastide 1995(a), 1995(b), 2000)24, sans doute jugée plus sérieuse et plus envoûtante. En effet, les fêtes populaires sont reliées historiquement au catholicisme populaire, et se rapprochent ainsi G¶XQHWUDGLWLRQIHVWLYHSOXVFRQQXHHQ(XURSH (Mumford, 1964)25 et présentant moins d¶H[RWLVPHTXHOHVWUDQVHVGXFDQGRPEOp(OOHVRQW OLHXVXUODSODFHGHO¶pJOLVHFDWKROLTXHHWUHSUHQQHQWVRXYHQWOHPRWLIGHODSURFHVVLRQ3DVGH transe, ni de communion sacrée avec le divin, PDLVVRXYHQWGHVH[FqVG¶DOFRROGHPXVLTXHV et de bruits. Dans les faits, LOV¶DJLWGRQFG¶XQmélange de sacré et de profane (Serra, 2009)26. /HVIrWHVSRSXODLUHVV¶LQVFULYHQWGDQVXQVFKpPDGHV\QFUpWLVPHFXOWXUHOHQFHODTX¶HOOHVRQW été pendant longtemps, selon les autorités catholiques, un des moyens de conversion des populations indigènes et africaines au catholicisme. Dès les premiers temps de la colonisation, les jésuites utilisaient les chants et les danses pour séduire les populations et admettaient une large souplesse en matière de croyance, laissant par exemple les populations noires adorer les saints à leur manière, un des exemples les plus connus étant le lavage des PDUFKHVGHO¶pJOLVH Les autorités ecclésiastiques sans doute pas dupes de la complexité du processus de colonisation des esprits ont autorisé le syncrétisme religieux notamment avec O¶DXWRULVDWLRQ GH la fête populaire les jours de celebration des Saints catholiques. La fête SDUWLFLSHGHO¶LPDJHV\QFUpWLTXHHWMR\HXVHGHODYLOOHGHSXLVORQJWHPSV Cette image est reprise et exploitée intensivement par les politiques, soit pour cacher la dimension du problème racial (dans le schéma syncrétique), soit de manière démagogique, pour rendre la vie plus douce ou encore, depuis les années 1980, dans un but lucratif pour DFWLYHU HW YLYLILHU O¶pFRQRPLH ORFDOH TXL QH SHXW VH FRQWHQWHU GH O¶DFWLYLWp GX pôle pétrochimique qui a pris place dans la région métropolitaine dans les années 1960. Pour ce faire, O¶LQGXVWULHtouristique prend place DXWRXUG¶XQpYpQHPHQWSKDUHOHFDUQDYDO Il existe des publications officielles et régulières sur le tourisme et son action bénéfique sur O¶pFRQRPLH ORFDOH ,%*( 27. De nombreuses GLVVHUWDWLRQV G¶pWXGLDQWV HQ communication28 V¶\réfèrent, ainsi que des PRQRJUDSKLHVG¶pWXGLDQWVHQJpRJUDSKLHXUEDLQH ou sciences sociales qui reprennent les aspects historiques, syncrétiques, solidaires et 24 BASTIDE, Roger, Images du Nordeste mystique en noir et blanc, Actes sud, Babel, 1995(a) (1978), pp. 289. BASTIDE, Roger, Les religions africaines au Brésil, Presses Universitaires de France, 1995(b) (1960), pp. 578. BASTIDE, Roger, Le candomblé de Bahia, Plon, 2000 (1958), pp. 430. 25 080)25'/HZLV/DFLWpjWUDYHUVO¶KLVWRLUH3Dris, éditions du Seuil, 1964 (1961). 26 SERRA, Ordep, Rumores da festa. O sagrado e o profano na Bahia, EDUFBA, 2009 (1999). 27 IBGE, Estudos e Pesquisas Informação Econômica numero 5, 2007, Rio de Janeiro. 28 &HOOHTXLP¶DSDUXHGHVSOXVLQWpUHVVDQWHVet sur ODTXHOOHMHP¶DSSXLHUDLest de Dias (2002). 20 communautaires des préparatifs de fêtes populaires concernant les populations des quartiers pauvres de Salvador29. Dans le même sens, beaucoup d¶études à tendance folklorique sont publiées dans des revues comme Viver Bahia. Pour promouvoir les fêtes et traditions de Bahia, de beaux ouvrages riches en photographies sont financés par O¶eWDWde Bahia, comme celui sur le tourisme ethnique (2009)30, ou encore sur la fête de Nossa Senhora da Boa Morte (2011)31. Des journaux locaux tels que A Tarde ou Correio da Bahia publient régulièrement des articles sur les fêtes. Concernant le carnaval, un débat a longtemps occupé la scène intellectuelle au sujet de O¶LQYHUVLRQ ULWXHOOH TXH SURFXUHUDLW FHWWH IrWH GHV FRQWUDLUHV © GX PRQGH j O¶HQYHUV » : les adeptes de Roberto Da Matta (1983)32 voienW HIIHFWLYHPHQW XQH IrWH j O¶HQYHUV, tandis que ceux de Isaura Pereira De Queiroz (1992)33 y voient un renforcement des valeurs hiérarchiques en place dans la société brésilienne. Nous serons amenés à faire référence à ce débat. Les questions identitaires qui nous intéressent ont été abordées plus récemment, autour du carnaval, scène privilégiée dH O¶LGHQWLWp DIUR j 6DOYDGRU $JLHU 5LEDUW34 1999)35. Ces questions ne concernent pas exclusivement les festivités, mais alimentent le débat sur la question des relations raciales au Brésil (Azevedo 1996, Pierson 1971, Guimarães 2000, Schwartz 1994)36. $XMRXUG¶KXL de nouvelles considérations prennent appui sur les revendications politiques du mouvement afro et peuvent se traduire par les lois de discrimination positive (Guimarães 2006)37. Des questions sur O¶DPELJXwWp de ces deux « époques », du point de vue de leur répercussion chez les populations métisses, sont relevées 29 Voir par exemple, SANTOS 2000, VOLPINI 2012 30 SECRETARIAT OF TOURISM OF THE STATE OF BAHIA, African heritage tourism in Bahia. Salvador: Fundaçao Pedro Calmon, 2009, pp. 151. 31 Cadernos do IPAC, 2, Festa da Boa Morte, 2a ediçao, Salvador Ba, 2011. 32 DA MATTA, Roberto, Carnavals, bandits et héros, Paris, 1983 (1978), Editions du Seuil. 33 QUEIROZ, Maria, Isaura, Pereira (de) A ordem carnavalesca, Revista Inst. Est. Bras., SP, 33:35-49, 1992, pp. 35-45. 34 Ce dernier ouvrage ayant, à mon avis, une teneur historique sur la fête plus puissante que O¶pWXGHVXUO¶HWKQLFLWpDQQRQFpHGDQVOHWLWUH© Le carnaval noir de Bahia, Ethnicité, identité, fête afro à Salvador ». 35 AGIER, Michel, Anthropologie du carnaval, La YLOOH OD IrWH HW O¶$IULTXH j %DKLD Marseille, éditions Parenthèses, 2000. RIBART, Franck, Le carnaval noir de Bahia, Ethnicité, LGHQWLWpIrWHDIURj6DOYDGRU/¶+DUPDWWDQ5HFKHUFKH$PpULTXH/DWLQHVpULH%UpVLO 36 AZEVEDO (1996), op. Cit. p.18, PIERSON (1971) op. Cit. p.18, GUIMARÃES (2000) op. Cit. p.18, 6&+:$57= /LOLD 0RULW] ³(VSHWDFXOR GD PLVFLJHQDomR´ LQ Estudos avançados, 8(20), 1994. 37 GUIMARÃES (2006), op. cit. p.19 21 par Vidal (2002) et Selka (2008)38 /¶RXYUDJH G¶$JLHU 39 apporte également, sur un mode de recensement historique, un éclairage important sur le sujet. b) Régions morales Le concept de région morale, déjà utilisé en sociologie pour étudier le phénomène urbain du point de vue identitaire (Grafmeyer et Joseph, 2004 ; Hannerz, 1983)40, nous permet de mener une analyse morale des fêtes populaires et du carnaval de Salvador en repérant les GLIIpUHQWHV pSRTXHV PRUDOHV HQFRUH HQ YLJXHXU DXMRXUG¶KXL GDQV OD YLOOH $JLHU 41 et dans les fêtes (Lourau, 2012) 42. La ville de Salvador, déjà étudiée à partir de ces concepts par Agier (1999, 2009)43, connaît une multiplication des logiques de fermeture que nous abordons à partir des concepts de « non lieux » (Augé 1992)44, « monades » (Silverberg, 1974)45, « pollution » (Douglas, 1971)46, « création de marges » (Mongin, 2005)47, « ville à plusieurs vitesses » (Donzelot, 1999)48 '¶DXWUHV DXWHXUV DX[TXHOV QRXV QRXV UpIpURQV RQW étudiés les dynamiques de fermeture et de segregation, par exemple, Santos (1995) et Gomes (1995)49 SRXUOH%UpVLOPDLVDXVVLGDQVG¶DXWUHVaires géographiques, Bernand (1994) ou Brun 38 VIDAL (2002), op. cit. p. 19 et SELKA (2008), op. cit., p.19 39 AGIER, Michel, « 6DOYDGRU GH %DKLD 5RPH QRLUH YLOOH PpWLVVH´3KRWRV GH &KULVWLDQ Cravo. Editions Autrement, Collection Monde, 2005, pp. 157. 40 *5$)0(<(5 <YHV HW -26(3+ ,VDDF /¶pFROH GH &KLFDJR 1DLVVDQFH GH O¶pFRORJLH urbaine. Champs Flammarion. 1ère édition : Les Editions du Champs urbains, CRU, 2004 [1979]. HANNERZ, Ulf, Explorer la ville, Paris, (1980), Les Editions de Minuit, 1983. 41 $*,(50LFKHO(VTXLVVHVG¶XQHDQWKURSRORJLHGHODYLOOH/LHX[VLWXDWLRQVPRXYHPHQWV Academia Bruylant, Anthropologie prospective n°5, Louvain-La-Neuve, 2009, pp. 152. 42 -¶DLSUpVHQWpXQWH[WHTXLWUDLWHVSpFLDOHPHQWGHVUpJLRQVPRUDOHVGH6DOYDGRUHWGHOHXU répercussion sur les fêtes populaires à la 28ème 5pXQLRQ%UpVLOLHQQHG¶$QWKURSRORJLHj6mR Paulo (Lourau, 2012). 43 AGIER, Michel, /¶LQYHQWLRQGHODYLOOH%DQOLHXHVWRZQVKLSVLQYDVLRQVHWIDYHODV3DULV éditions des archives contemporaines, 1999. AGIER, Michel, (2009), op. cit. ci-dessus. 44 AUGÉ, Marc, Non-lieux, Introduction à une anthropologie de la surmodernité, Paris, éditions du Seuil,1992. 45 SILVERBERG, Robert, Les monades urbaines, Le livre de poche, Science-fiction, Laffont, Paris, 1974. 46 DOUGLAS, Mary, De la souillure. Essai sur les notions de pollution et de tabou, Paris, Maspero, 1971. 47 MONGIN, Olivier, La condition urbaine ± /D YLOOHjO¶KHXUHGHODPRQGLDOLVDWLRQ3DULV Editons du Seuil, La couleur des idées 2005. 48 '21=(/27-DFTXHV³/DQRXYHOOHTXHVWLRQXUEDLQH´LQ5HYXH(VSULW1RYHPEUH4XDQG la ville se défait, 1999, pp. 87- 115. 49 SANTOS Milton, Salvador : Centro e centralidade na Cidade Contemporânea, in GOMES, Marco Aurelio A. Figueiredas Org., Pelo Pelô, Historia, cultura e cidade. Salvador, EDUFBA, Mestrado em Arquitetura e urbanismo, 1995. et GOMES, Marco Aurelio A. 22 (1994)50/¶pYROXWLRQJpRJUDSKLTXHGH6DOYDGRU, et ses implications sociales, ont été étudiées par Gordilho-Souza (2000), Andrade et Bitencourt (2009), Alcoforado (2003)51. c) Les règles souples À partir de la lecture en régions morales des fêtes, nous observons sur le terrain des modes de gestion des règles différents en fonction des régions morales concernées. Cette société à plusieurs vitesses (Donzelot, 1999)52 nous renvoie aux analyses de Douglas (1971)53 sur les règles souples et les règes rigides à propos des sociétés dites ³primitives´ et des sociétés dites ³développées´54. Ces analyses nous permettent de mettre à jour la coexistence de deux systèmes économiques et moraux à Salvador, jO¶pSRTXHDFWXHOOH : un modèle soutenu par les YDOHXUV GH OD PRGHUQLWp LQFDUQpHV SDU XQ W\SH G¶DUFKLWHFWXUH et un mode de vie qui privilégient les espaces fermés et privés ; un autre, fondé sur les valeurs plus archaïques G¶HQWUDLGHGHs UpVHDX[IDPLOLHUVHWIDPLOLDX[GHWUDYDLOHWG¶KDELWDWLRQXQXVDJHGHO¶HVSDFH public pour les loisirs et le travail de rue ainsi que sur XQ V\VWqPH G¶pFRQRPLH LQIRUPHOOH Chacun G¶HX[ occupe des espaces distincts dans la ville et dans les fêtes. Les différents modèles peuvent correspondre ou reprendre des éléments de la société coloniale en matière GHFRQVLGpUDWLRQVUDFLDOHVHWGHP°XUVRXGHVGpEXWVGHOD5pSXEOLTXHVXUOHVFKpPDGHOD démocratie raciale. IOV SHXYHQW pJDOHPHQW V¶LQVFULUH GDQV OHV QRXYHOOHV données des revendications raciales posées sur le principe de la différence et des politiques de discrimination positive. Figueiredas de. (org.), Pelo Pelô; Historia, cultura e cidade. EDUFBA. Mestrado em Arquitetura e Urbanismo. UFBA,1995. 50 BERNAND (1994) ou BRUN, Jacques, « Essai critique sur la notion de ségrégation et sur son usage en géographie urbaine », Ecole Normale Supérieure in La ségrégation dans la ville, GLULJpSDU-DFTXHV%UXQHW&DWKHULQH5KHLQHGV3DULV/¶+DUPDWWDQSj 51 GORDILHO-SOUZA, Angela, Maria, Limites do habitar, EDUFBA, Salvador, 2000. ANDRADE Adriano, BITTENCOURT e BRANDÃO Paulo Roberto Baqueiro, Geografia de Salvador, 2ª edição, EDUFBA, 2009. ALCOFORADO Fernando, Os Condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia, Tese de Doutorado apresentada como exigência para obtenção do grau de Doutor em Planificacíon Territorial y Desarrollo Regional da Universidade de Barcelona, sob a orientação do Professor Doutor José Luis Luzón Benedicto. Thèse en ligne sur le site TDR (Tesis Doctorales en Red) : http://tdx.cat/handle/10803/1944 52 Op. cit. p. 22 53 Op. cit. p. 22 54 1RWLRQV TXH O¶DXWHXU FULWLTXH SXLVTXH OHV GLWHV VRFLpWpV SULPLWLYHV Q¶RQW ULHQ G¶XQH SUpKLVWRLUHGHO¶KXPDQLWpPDLVVRQWOHWpPRLQGHFXOWXUHVGLIIpUHQWHV 23 3) Le tourisme a) Le marketing touristique Salvador connaît un processus de globalisation qui passe par sa « mise en image » (Cuturello e Rinaudo, 2002)55 dans un but de marketing touristique qui met en concurrence différentes capitales mondiales (Dias, 2002)56. Le tourisme à Salvador comporte un pan patrimonial mettant en valeur ses qualités de ville historique en tant que première capitale du Brésil, travaillé depuis les années 1980 à partir de O¶DFWLRQSROLWLTXHGH$QW{QLR&DUORV0Dgalhães (ACM)57. Cette politique a mené à la UpKDELOLWDWLRQG¶XQSpULPqWUHUpGXLWGXFHQWUHKLVWRULTXH DXMRXUG¶KXLDSSHOp le « Pelourinho ». À ce patrimoine architectural V¶DMRXWHODWUDGLWLRQGHV fêtes, et principalement le carnaval de Salvador, qui va prendre de plus en plus d¶DPSOHXU et attirer toujours plus de sponsors privés et publics MXVTX¶j GHYHQLU un méga événement touristique pour le carnaval. La mairie de Salvador en est le principal organisateur et sponsor. Elle délègue la realisation à une entreprise privée, la SALTUR qui produit chaque année un « compte-rendu du carnaval »58, censé fournir des chiffres. Ces derniers RQW IDLW O¶REMHW GH critiques de la part de certains chercheurs en sciences sociales (Dias, 2000)59 à cause de leur caractère sensationnel qui les rapprochent plus G¶objets de propagande que d¶outils de comptabilité ou de recensement. Néanmoins, ils restent des éléments G¶LQIRUPDWLRQ à condition de les manier avec prudence. Différentes problématiques ressortent de la « mise en image » de Salvador, telles que celles du contrôle de la part des pouvoirs publics (Foucault, 55 CUTURELLO Paul, RINAUDO, Christian, Mise en image et critique de la « Côte G¶$]XU ». Modes G¶DUWLFXODWLRQ GX © local » et du « global » dans les reformulations G¶LGHQWLWpV XUEDLQHV 5DSSRUW ILQDO GX 3URJUDPPH G¶$FWLRQ FRQFHUWpHLQFLWDWLYH 9LOOH « La ville : enjeux de société et questions scientifiques », recherche effectuée pour le compte du Ministère de la recherche Programme Ville. Université de Nice-Sofia Antipolis, URMISSOLIIS-CNRS 7032, 2002. 56 Op. cit. p. 16 57 Cet homme politique qui a tenu le devant de la scène politique de Bahia depuis les années 1970, a notamment initié des démarches de classement de la culture de Salvador au 3DWULPRLQH8QLYHUVHOGHO¶+XPDQLWp)XQGDomRFXOWXUDOGR(VWDGRGD%DKLD 58 EMTURSA Relatorio do carnaval EMTURSA, Salvador, Bahia, Brésil (compte-rendu du FDUQLYDOSURGXLWSDUO¶RIILFe du tourisme de Salvador). Puis, la SALTUR prend le relais mais petit à petit simplifie ce compte ±UHQGX MXVTX¶j OH UHQGUH TXDVL LQVLJQLILDQWMXVWHGHVFKLIIUHVDORUVTX¶DXSDUDYDQWILJXUDLHQWGHQRPEUHXVHVHQTXrWHV 59 Op. cit., p. 16 24 1975)60 ou de la « mise en fiction » de la réalité sociale (Augé, 1997) 61/¶XQHFRPPHO¶DXWUH sont HQSURIRQGFRQIOLWG¶LQWpUrWDYHFO¶LPPHQVH pauvreté qui caractérise Salvador. b) Globalisation identitaire /¶DQDO\VH GHV FDWpJRULHV UDFLDOHV XWLOLVpHV j WUDYHUV OH WHPSV QRXV DPqQH j pWXGLHU OHV catégories globalisées actuellement en usage, « afro-descendants » (Cunin 2006(b), 2006(c))62 et « indigène63 » (Bellier, 2006)64. À travers les politiques de la différence, le mot G¶RUGUHHVWGHUHQRXHUDYHFVHVUDFLQHVSDUIRLVPrPHHQOHVFUpDQWGHWRXWHSLqFHSRXUIDLUH DFWH G¶HWKQLFLWp HW EpQpILFLHU GHV DSSXLV HW DLGHV LQWHUQDWLRQDOHV /HV Noirs et métisses des Amériques deviennent des détenteurs de savoirs africains ou des apprentis à la recherche du savoir des ancêtres. Ils cherchent la distinction. Les Noirs des Etats-Unis, eux, se mettent sur la voie du tourisme ethnique, a\DQWXQIRUWSRXYRLUG¶DFKDW5HWRXUQHUDX[VRXUFHVIDLWSDUWLH GXSURILOGHO¶DIUR-descendant qui se transforme en touriste/client en Afrique (Forte, 2009) 65 RX j %DKLD &HWWH GHUQLqUH VXU OH SULQFLSH GH OD SURSDJDQGH TXL IDLW TX¶HOOH HVW © la plus grande ville noire en dehors du continent africain », devient un lieu de tourisme ethnique où O¶RQ YLHQW retrouver ses racines (Selka, 2008)66. Les pouvoirs publics investissent dans ce nouvel Eldorado, à travers des campagnes de publicité qui ont pour cible les Noirs américains porteurs de dollars, à Bahia, au Bénin, ou ailleurs en Afrique (Secretariat of Tourism of The State of Bahia, 2009, Bellagamba, 2009)67« 60 FOUCAULT Michel, Surveiller et punir. Naissance de la prison. Bibliothèque des Histoires, NRF, Editions Gallimard, Paris, 1975, pp. 315. 61 AUGÉ0DUF/¶LPSRVVLEOHYR\DJH/HWRXULVPHHWVHVLPDJHV(GLWLRQV3D\RWHW5LYDJHV Petite bibliothèque, 1997, pp. 187. 62 CUNIN Elisabeth, « /D JOREDOLVDWLRQ GH O¶HWKQLFLWp ? »IRD, Editorial n°38, 2006(b), en ligne : http://www.autrepart.ird.fr/sommaires/Som38.html, CUNIN Elisabeth, La « diaspora noire » est-elle latine ? Ethnicité, nation et globalisation en Colombie, Editorial n°38, en ligne : http://www.autrepart.ird.fr/sommaires/Som38.html, 2006(c). 63 Ou « autochtone ». Les deux appellations sont associées, voir Bellier (2006). 64 BELLIER, Irène, Identité globalisée, territoires contestés: les enjeux des peuples autochtones dans la constellation onusienne, Autrepart, n°38, 2006, p. 99-118. 65 )257( - 5DQ ³0DUNHWLQJ 9RGXQ &XOWXUDO 7RXULVP DQG 'UHDPV RI Success in &RQWHPSRUDU\ %HQLQ´ LQ &DKLHUV G¶(WXGHV $IULFDLQHV Q-194, Editions EHESS, 2009, p.429-451. 66 Op. cit. p. 19. 67 Secretariat of Tourism of The State of Bahia (2009), ibid p. 21, BELLAGAMBA, Alice « Back to the Land of Roots. African ourim and the cultural heritage of the river Gambia » &DKLHUVG¶(WXGHV$IULFDLQHVQ-194, Paris, 2009, p.453-476. 25 B- Méthode Nous reprenoQVjSDUWLUG¶RXWLOVTXH nous avons délibérément choisis pour construire cette thèse, les notions ci- dessus développées de « fêtes », « tourisme », « identités »,. Cette thèse SUHQGIRUPHjSDUWLUG¶XQHUHFKHUFKHGHWHUUDLQTXLGRQQHOLHXjXQHHWKQRJUDSKLH des fêtes de Salvador et du commerce informel. Nous suivons le calendrier festif de décembre à carnaval durant plusieurs années de manière assidue au départ (2003-2005), puis plus occasionnelle avec, à nouveau une certaine systématisation, en 2011. Nous privilégions pour FHOD O¶REVHUYDWLRQ SDUWLFLSDQWH FKHUFKDQW j UHFXHLOOLU GHV LQIRUPDWLRQV G¶RUGUH TXDOLWDWLYHV mais aussi quelques systématisation quantitatives que nous effectuons nous-même (nombre de baraques de fêtes, nombre de femmes / hommes / enfants travaillant, etc.). Nous avons cherché à comprendre quelles étaient les spécificités de chacune des fêtes principalement du point de vue du commerce informel (marchands, pouvoirs publics, rapport au pouvoir) et de la caraFWpULVDWLRQ GH O¶HVSDFH IHVWLI OLHX IUpTXHQWDWLRQ KLVWRLUH SRSXODULWp RX PDUTXHV négatives). Nous avons repris ces analyses pour chacune des fêtes populaires ainsi que pour le carnaval où O¶DQDO\VH VH GpFOLQH HQ IRQFWLRQ GH VHV GLIIprents circuits. Nous avons également repris certains pOpPHQWV G¶DQDO\VH GH notre mémoire de Master (Lourau, 2005) dans lequel nous nous attachons SULQFLSDOHPHQWjO¶DQDO\VHVSDWLDOHGXFDUQDYDO3RXUPHWWUH GH O¶RUGUH GDQV OHV GLIIpUHQWHV PRGDOLWpV G¶DFFqV j O¶HVSDFH GH WUDYDLO SRXU OHV PDUFKDQGV nous avons cherché les textes de lois les ordonnant, les Journaux officiels de Salvador qui se déclinent en ordonnances, décrets et lois. Nous avons également réalisé des entretiens avec des marchands des fêtes populaires, du carnaval, des agents de fiscalisation sur le terrain des fêtes, des employés de la mairie responsables du commerce de rue, et des marchands de rue en dehors du contexte festif. Nous avons également discuté avec ceux qui participent à la fête (dévots du candomblé, dévots catholiques, jeunes du carnaval, ou moins jeunes fréquentant les fêtes populaires depuis longtemps ou les ayant fréquentées dans le passé). &HWWH WKqVH HQ FRWXWHOOH QRXV D IDLW FRWR\p DOWHUQDWLYHPHQW O¶(FROH GHV +DXWHV (WXGHV HQ Sciences Sociales où nous nous rattachons au Centre de Recherche sur le Brésil &RQWHPSRUDLQ&5%&HWO¶8QLYHUVLWp)pGpUDOHGH%DKLDR nous avons rencontré le groupe de recherche du PINEB (Groupe de recherche sur les peuples indigènes du nord-est brésilien) 26 dans lequel nous nous inscrivons à partir de la problématique « Relations ethniques et raciales ». Les questions des droits ethniques, de la reconnaissance ethnique et du droit à la terre ont été porteuses dans notre PDQLqUH G¶DERUGHU notre recherche. Nous avons été impressionnée par la technicité des anthropologues brésiliens et par leur rôle important dans la production de rapports inVWLWXWLRQQHOV HQ UHODWLRQ DYHF O¶HWKQLFLWp HW OH GURLW j OD WHUUH relatifs à la nouvelle Constitution Brésilienne de 1988. /HWUDYDLOGHO¶DQWKURSRORJXHQHVHOLPLWHSDVDXFDGUHH[DFWGHVDUHFKHUFKHGHWHUUDLQLOVH prolonge souvent dans son expérience et son entendement. Balandier dit à propos de son expérience : « 6LOHPRLHVWKDwVVDEOHLOIDXWDFFRUGHUXQHH[FHSWLRQjO¶HWKQRORJXH,OGRLWVLWXHU VRQ WpPRLJQDJH TXL SOXV HQFRUH TX¶XQH WHFKQLTXH VDYDQWH SURFqGH GH PXOWLSOHV HW complexeVLQWHUIpUHQFHVHQWUHODFLYLOLVDWLRQREVHUYpHHWO¶REVHUYDWHXU6DGpPDUFKH VXSSRVH XQH H[WUrPH VHQVLELOLWp XQ FRQWLQXHO HIIRUW G¶DMXVWHPHQW $XVVL HVW-il QpFHVVDLUH TX¶LO VH © découvre ª HQ PrPH WHPSV TX¶LO pWXGLH OHV UpVXOWDWV GH VD recherche. Il peut mener à bien une telle tentative, parallèlement au travail VFLHQWLILTXH V¶LO SRXUVXLW FH GHUQLHU GDQV WRXV VHV SURORQJHPHQWV V¶LO UpYqOH HQ quelque sorte le dessous des cartes » (1957 :27)68« Il continue en disant : « Il doit accomplir un effort de compUpKHQVLRQ LPPpGLDWH DXWDQW TXH G¶DQDO\VH scientifique. Aussi ne faut-LO SDV V¶pWRQQHU VL FHUWDLQV FRQVLGqUHQW VD SUDWLTXH SOXV FRPPHXQDUWTXHFRPPHXQHVFLHQFHLQVLVWDQWDLQVLVXUO¶pOpPHQWVXEMHFWLIVXUFHWWH « équation personnelle » qui représente icL WRXW O¶KRPPH DYHF VHV SUpIpUHQFHV VHV engagements et ses options » (p. 15). Depuis 2007, je vis à Salvador et essaie de mieux comprendre ce qui pouvait me poser question, principalement la question des relations raciales et des relations sociales. Questions qui me concernent directement puisque je suis mariée à un Bahianais QRLU HW TXH M¶DL XQ délicieux fils « moreno », auquel je veux donner les clés du succès pour ne pas souffrir des SUpMXJpVUDFLDX[HQ°XYUHj6DOYDGRUGDQVXQHIRUPH propre à cette ville, mais qui existent 68 Georges Balandier, Afrique ambiguë, Terre Humaine, Plon, 1957, 398p. 27 DLOOHXUV GpJXLVpV VRXV G¶DXWUHV PDVTXHV %DODQGLHU FRQWLQXH j SURSRV GH OD QpFHVVLWp G¶DXWRcritique : « 8QH VRUWH G¶DXWRFULWLTXH V¶LPSRVH GDQV GH WHOOHV FRQGLWLRQV ; elle relève G¶XQH élémentaire honnêteté intellectuelle ». 1RXVSRXUURQVVLJQDOHUHQJXLVHG¶autoFULWLTXHTXHO¶DFFqVjODSRSXODWLRQSDXYUHHWPpWLVVH GHVPDUFKDQGVGHUXHQRXVDpWpIDFLOLWpSDUOHIDLWG¶rWUHDFFRPSDJQpHSDUQRWUHPDULjTXDVL toutes les fêtes eWjERQQRPEUHG¶HQWUHWLHQV /DMHXQHIHPPHEODQFKHpWUDQJqUHTXHQRXV VRPPHV Q¶DXUDLW VDQV GRXWH SDV HX DFFqV DX[ OLHX[ HW DX[ PRPHQWV SDUWDJpV VDQV rWUH LQWURGXLWHSDUTXHOTX¶XQGXGHGDQV1RQSDVTXHPRQPDULVRLWPDUFKDQGGHUXH, mais il est né et a grandi dans un quartier de la Baie, et partage un certain nombre de valeurs avec ces SHUVRQQHV UHOHYDQW GH OD PrPH UpJLRQ PRUDOH TX¶HOOHV PDOJUp ses presque dix ans G¶pPLJUDWLRQj3DULV Pour notre part, nous avons essayé autant que possible de faire oublier qui nous étions LQVWLWXWLRQHOOHPHQW HQ SUDWLTXDQWO¶REVHUYDWLRQ SDUWLFLSDQWH HQ SHQVDQW XQ SHX j OD PDQLqUH G¶$XJp : « Pourquoi ne pas livrer mes impressions telles quelles, sans souci de démontrer O¶H[FHSWLRQQHOOHDFXLWpGXUHJDUGGHO¶HWKQRORJXe ? », Augé (1997 :36)69. Bref, en étant plus souvent « nous » TX¶XQH DQWKURSRORJXH GDQV OH EXW GH UHFXHLOOLU GH OD matière brute à laquelle nous pouvons ensuite soumettre différents types de grilles de lecture pour en partager les résultats avec nos lecteurs. Plutôt que de chercher à prouver par le nombre, nous pouvons chercher des réponses dans la VLQJXODULWp &¶HVW FH TXH QRXV IDLVRQV j WUDYHUV O¶H[HPSOH GH 'RQD ,QGLD HW VD ILOOH TXL connaissent OHVHQWLPHQWG¶DEDQGRQ, partagé par beaucoup de leurs collègues, et qui par leur personnalités singulières et leur expérience nous guident à travers nos différentes analyses. (OOHV GHYLHQQHQWDQDO\VHXU SDU OHXU PDUTXH TXL V¶DQFUHj OD IRLV GDQV OH SDVVp 'RQD ,QGLD mère) et le présent (la fille). Pourtant, nous GHYRQVpJDOHPHQWUHQGUHFRPSWHG¶XQHFHUWDLQH PXOWLSOLFLWp GRQW OHV SRXYRLUV SXEOLFV FKHUFKHQW jHIIDFHU O¶HPSUHLQWH, mais qui est, à notre avis, XQDXWUHDQDO\VHXUGHODVLWXDWLRQ/¶DPDOJDPHFDFKHPDOOHVFDWpJRries sous jacentes au commerce de rue entre le pauvre déraciné (India), le pauvre capitalisé (Carlos) et le pauvre 69 Op. cit. p. 25 28 dangereux (le marginal) auquel nous pourrons ajouter le pauvre ethnicisé (la baiana). Le Pape (1983)70 fait remarquer que Balandier, dans Sociologie des Brazzavilles noires71, opère neuf enquêtes biographiques dont il dit : « Ce ne sont là que des exemples » (1955 : 71, 241), et consacre pourtant un chapitre jGHVFDUDFWqUHVLQGLYLGXHOVRSSRVDQWGHIDLWODYXOJDULWpGHVH[HPSOHVTXHO¶RQSHXW PXOWLSOLHUjO¶RULJLQDOLWpGXW\SHSHUVRQQHOGHO¶pFKDQWLOORQ », Le Pape (p.192). Le Pape continue en disant : « « Ces réflexions qui ont été pour la recherche en train de se faire, le premier degré de connaissance, quel sens y a-t-il à les conserver ? Elles témoignent des V\QWKqVHV SUDWLTXHV TX¶HIIHFWXHQW OHV LQGLYLGXV HOOHV H[SOLFLWHQW OHV LQWHOOLJHQFHV VLQJXOLqUHV G¶XQH VLWXDWLRQ LQWHOOLJHQFHV TX¶HIIDFHQW OHV WH[WHV V\VWpPDWLTXHPHQW unifiés par les logiques démonstratives » (p.192). Comme lui, nous pensons que : « 'RQQHU j O¶H[HPSOH XQH IRQFWLRQ PDMHXUH SHUPHW GH WUDQVSRVHU OD UHSUpVHQWDWLRQ TXHOHVDJHQWVIRUPXOHQWGHO¶pFRQRPLHHWGHOHXUSURSUHSUDWLTXH » (p.192). À partir de ce postulat, des questions, detachées de la logique dominante, peuvent être posées : ³3RXUTXRL FH FRPPHUFH GH UXHQ¶HVW-il pas valorisé au même titre que les circuits etnico-afro ?´ ³Pourquoi les acteurs du commerce de rue sont sans cesse malmenés et tourmentés par les pouvoirs publics ?´ ³Est-ce une vieille tradition de présence du Noir dans la rue qui se fait indésirable par sa saleté et son désordre, mais qui reste indispensable à O¶LPDJH GH 6DOYDGRU GDQV OH UHJDUG GH O¶pWUDQJHU"´ ³Le scénario des politiques de standardisation fait-il partie du mode brésilien de formalisation ou est-il en adéquation avec les normes internationales de gestion de la pauvreté ?´ À partir des dires des marchands de rue, nous abordons le passé comme élément rattaché au présent, et le local comme élément rattaché au global, dans une forte opposition entre pouvoirs publics et commerçants de rue. 70 /( 3$3( 0DUF 'H O¶ « indigène ª j O¶ « informel », 1955- &DKLHUV G¶(WXGHV Africaines, 89-90, XXIII ± 1, 2, 1983, pp. 189-197. 71 BALLANDIER, Georges, Sociologie des Brazzavilles noires, Paris, Armand Collin, 1955, 274p. 29 C- Énonciation de la thèse Nous aimerions maintenant reprendre les considérations épistémologiques énoncées dans la SUHPLqUHSDUWLHGHO¶LQWURGXFWLRQHQUHODWLRQDYHFQRWUHWHUUDLQHWFHTXHQRXV\DYRQVWURXYp À 6DOYDGRU OD TXHVWLRQ IHVWLYH VHPEOH SDUWLFLSHU GHO¶LPDJH PrPH GH OD YLOOH, alors que la question du commerce informel est plus souvent laissée aux métropoles du Sud. Comme si Salvador était l¶éternelle ville de la colonie, bigarrée, perdue dans le temps, alors que les villes du Sud connaissent un développement économique qui les insère dans la course mondiale au développement qui passe par O¶XOWUD-XUEDQLVDWLRQ GH O¶HVSDFH /¶pWXGH GH O¶pFRQRPLHIHVWLYHQ¶HVWSDVDXF°XUGHVpWXGHVVXUOHVIrWHVRXDORUVGDQVGHVPLVHVHQFDXVH VXU OH U{OH SURGXFWLI GH O¶LQGXVWULH FDUQDYDOHVTXH Ht sa capacité à gérer des emplois et DPpOLRUHUO¶pFRQRPLHORFDOH/HVPDUFKDQGVGHUXHGHVIrWHVSRSXODLUHVELHQTX¶H[LVWDQWGX SRLQW GH YXH OpJDO V\QGLFDW QH VRQW GH IDLW UHSUpVHQWDWLIV TXH G¶XQH SHWLWH SDUWLH GH OD corporation présente sur le terrain pendant le carnaval devenu un méga événement, une super HQWUHSULVH UHJURXSDQW WRXW W\SH GH WUDYDLOOHXUV RFFDVLRQQHOV j OD UHFKHUFKH G¶XQH UHQWUpH G¶DUJHQWFRQVpTXHQWHGDQVXQFRXUWODSVGHWHPSVDYHFXQLQYHVWLVVHPHQWTXLVHYHXWPLQLPH Pourtant, ils forment aux yeux des pouvoirs publics, dans le cadre du carnaval, le « commerce informel ªVDQVGLVWLQFWLRQG¶RULJLQHFRUSRUDWLYHRXVRFLDOH 'H SOXV VHORQ TXH O¶RQ V¶LQWpUHVVH j O¶XQH RX O¶DXWUH GHV FDWpJRULHV GH WUDYDLOOHXUV QRXV sommes en tant que chercheur renvoyé à telle ou telle tradition épistémologique. Les marchands des fêtes populaires sont peu étudiés dans le domaine des sciences sociales car associés à la tradition des fêtes populaires, qui, elles-mêmes, ont longtemps été sous la coupole des folkloristes. Lorsque les fêtes sont étudiés du point de vue des sciences sociales, SULQFLSDOHPHQW O¶DQWKURSRORJLH F¶HVW SRXU HQ UHWHQLU OHV DVSHFWV V\QFUpWLTXHV HW V¶HQ VHUYLU pour illustrer des propos sur la culture noire de Bahia, participant toujours j O¶LPDJH TXH Bastide et Verger ont largement contribuée à forger de Bahia la noire, syncrétique et populaire. Les acteurs marchands des fêtes populaires restent aux marges de ces recherches. ,OIDXWGLUHTX¶LOVSDUWLFLSHQWGHPDQLqUHGRXEOHPHQt profane à la question : dans un premier niveau, ils se réfèrent aux fêtes populaires qui sont, elles-même, une transgression de la fête FDWKROLTXH VXU OD SODFH GH O¶pJOLVH. Dans un second temps, ils sont en marge des considérations syncrétiques en participant aux ³petits boulots´ GH OD IrWH GH O¶pFRQRPLH festive, VRXYHQWWHQXHjO¶pFDUWGHVFRQVLGpUDWLRQV© culturalistes » de ces chercheurs. De leur 30 point de vue, la grandeur de la culture noire et métisse se trouve dans la capacité spirituelle et religieuse du petit peuple et non dans sa face populaire et souvent irrespectueuse du petit commerce de rue qui participe souvent de la vulgarisation des pratiques traditionnelles comme, par exemple, le son mécanique à volume élevé de musique populaire contre la tradition de samba de roda (Serra, 2009 &HV PrPHV FRQVLGpUDWLRQV Q¶RQW SDV PLV QRQ SOXV O¶pWXGH GHV PDUFKDQGV GHV IrWHV SRSXODLUHV DSSHOpV ³barraqueiros72´, au centre des intérêts des folklorLVWHV TXL VH FRQFHQWUHQW SOXW{W VXU O¶DVSHFW HVWKpWLTXH HW KLVWRULTXH GHV IRUPHVVSHFWDFXODLUHVGDQVXQVRXFLGHSUpVHUYDWLRQGXVHQWLPHQWG¶DXWKHQWLFLWp&HVGHUQLHUV sont généralement portés par le désir de répertorier, classer et valoriser des formes culturelles SRSXODLUHV HQ OHV XWLOLVDQW SDUIRLV GDQV GHV GpPDUFKHV SHUVRQQHOOHV GH FROOHFWLRQQHXU G¶DUW (Ganzelevich, 2005)73. '¶XQDXWUHF{Wpune autre tradition de recherche concerne le commerce de rue, du point de vue des ³petits boulots´ urbains, le « commerce informel » fait de débouilles et de courtes perspectives pour des populations pauvres et marginalisées socialement (et souvent racialement) des grands centres urbains des pays pauvres, sous-développés ou émergents selon les époques. Cette problématique est plutôt celle des chercheurs engagés dans des questions économiques et politiques qui ont rarement à voir avec le contexte festif (Lautier, 2004 ; Le Pape, 1983)74. Le premier obstacle auquel nous nous sommes confrontée était donc celui de la problématique : comment ne pas nous cantonner à une étude folklorique des agents des fêtes populaires "1RXVDYRQVYXFHSHQGDQWTX¶LOV ne provoquent SDVWHOOHPHQWO¶HQJouement des DJHQWVGHODWUDGLWLRQTXLQHYRLHQWSDVHQHX[GHGLJQHVUHSURGXFWHXUVG¶DXWKHQWLFLWp, mais GHVDFWHXUVG¶DFFXOWXUDWLRQTXLPDOWUDLWHQWODWUDGLWLRQ/HULVTXHpWDLWGRQFGHVPRLQGUHV(W comment ne pas tomber non plus dans des considérations strictement économiques qui enferment ces populations dans des problématiques de précarité et de pauvreté, sans autre 72 Nom en relation avec la baraque de fête dans laquelle ils travaillent. 73 Dimitri Ganzelevitch organisa OHFRQFRXUVGHODSOXVEHOOHEDUDTXHGHIrWHHQV¶DSSX\DQW sur des sponsors privés, alors que la mairie HOOH pWDLW HQ WUDLQ G¶LQLWLHU XQ SURJUDPPH GH normalisation et de standardisation des baraques et du commerce de rue en général, sans accorder aucune spécificité aux baraques des fêtes populaires et à leur tradition de décoration GHEDUDTXHHQERLV)DFHDXSHXG¶LQWpUrWTXHODPDMRULWpGHVPDUFKDQGVOXLDFFRUGDLHQWFH collectionneur a arrêté le projet au bout de quelques années, au regret de quelques vendeurs qui, comme lui, misaient sur la tradition pour valoriser leur travail de rue précaire et menacé par les mesures des pouvoirs publics. 31 KRUL]RQHWVDQVUHQGUHFRPSWHGHVMHX[LGHQWLWDLUHVTXLRQWOLHXHQUHODWLRQDYHFO¶LPDJHGH Salvador, en tant que ville festive et syncrétique ? La GLIILFXOWpUpVLGDLWGRQFGDQVODPDQLqUHG¶DUWLFXOHU ces dimensions sans pour autant en être prisonnière ? Notre étude se trouve implantée à la fois dans la tradition culturaliste du syncrétisme bahianais (point de vue emic des marchands), et à la fois dans des problématiques urbaines et actuelles de développement économique et touristique (point de vue etic GHVSRXYRLUVSXEOLFV&¶HVWjSDUWLUGHFHWWHTXHVWLRQTXH nous posons les premiers jalons de notre thèse qui a comme base de questionnement une conception nouvelle de O¶LPDJHGH%DKLDjSDUWLUG¶XQFRQWH[WHDXWDQWXUEDLQTXHWUDGLWLRQQHODXWDQWPRGHUQHTXH FRQVHUYDWHXU&HWWHGXDOLWpGXPRGHUQHHWGHO¶DQFLHQVHUHQIRUFHet prend en plus de la vision LGHQWLWDLUH HW pFRQRPLTXH XQH WRXUQXUH PRUDOH ORUVTX¶HOOH HVW DSSOLTXpH j OD IRLV GDQV OH FRQWH[WHGHVIrWHVSRSXODLUHVHWGDQVOHFRQWH[WHFDUQDYDOHVTXH3OXW{WTXHG¶rWUHH[FOXVLYH QRXVGpFLGRQVG¶rWUHH[KDXVWLYH Enfin, O¶DXWUH QLYHDX G¶DUWLFXODWLRQ GH QRWUH WKqVH SUHQG SODFH GDQV XQ FRQWH[WH GH GXUFLVVHPHQW GH OD SDUW GHV SRXYRLUV SXEOLFV DILQ G¶LQWpJUHU GHV DWWLWXGHV HW G¶REWHQLU GHV UpVXOWDWVDWWHQGXVSDUOHVDJHQFHVLQWHUQDWLRQDOHVGDQVOHFDGUHG¶XQHpFRQRPLHPRQGLDOisée qui repose à Salvador sur la mise en vente touristique de la ville (patrimoine historique) et de ses fêtes (image festive de Bahia). Les échanges et résistances entre le local et le global participent du terrain actuel des marchands de rue dans leTXHO V¶RSqUH XQH UHFRQILJXUDWLRQ SHUPDQHQWHGHOHXUFRQGLWLRQGHWUDYDLOHWGHOHXUYLVLELOLWp9LVLELOLWpTXLG¶DSUqVQRXVDWRXW à voir avec les conditions historiques de la place laissée au Noir dans la société : de la rue comme espace de relégation de la population noire, à la rue comme théâtre de la mise en scène touristique. Les marchands voient leur tradition modifiée plastiquement et normativement. Le marchand de rue des fêtes populaires a perdu sa tradition à cause des politiques de formalisatLRQ TXL O¶RQW WRXFKp GHSXLV XQH YLQJWDLQH G¶DQQpHV /D QRVWDOJLH HVW JUDQGH SRXU FHX[ TXL RQWFRQQX O¶kJH G¶RU RODPL[LWp VRFLDOH GHV IrWHV SRSXODLUHV DLGDLW j JDJQHU XQH visibilité et une reconnaissance sociale même avec un travail informel, de rue, réservé aux pauvres travailleurs inscrits dans une tradition, souvent des femmes chefs de ménage. Ainsi, DXGpWRXUG¶XQHFRQYHUVDWLRQ, nous entendons raconter un mythe originel, où les marchandes 74 Lautier (2004) op. cit. p. 15 ; Le Pape (1983), op. cit. p. 29 32 de mère en fille perpétuaient une certaine image de la fête. Depuis les fêtes populaires ont, elles aussi, perdu de leur grandeur et subissent le même abandon que les quartiers centraux qui les accueillent. Le centre ville et ses manières de vivre ont été abandonnées au profit de quartiers modernes plus fragmentés où le bain de foule ne se réalise que dans des scénarios G¶HQIHUPHPHQW© dedans » pour ceux qui ont les moyens, ou « dehors », pour ceux qui, par manque de moyen, restent sur les marges. Le carnaval reproduit parfaitement et toujours plus clairement cette nouvelle conception de O¶HVSDFH HW GHV pFKDQJHV VRFLDX[ 6HXOV FHUWDLQV JURXSHV VXU OH PRGqOH GHV PLQRULWpV ethniques (afro-descendant ou indigène/autochtone) représentant les populations traditionnellement exclues gagnent une visibilité dans ce scéQDULRRO¶HVSDFHjWUDYHUVXQH ultra privatisation, devient de plus en plus excluant. Le contexte carnavalesque ne respecte pas non plus les anciennes formes de travail des marchands et permet une mise en concurrence sans limite où les petits se font manger par les grands ou par ceux qui sont « introduits ». De ce fait, le marchand de rue endure parfois doublement le poids des logiques ILVFDOHVWD[pSDUOHVHFWHXUSULYpHWSDUOHVHFWHXUSXEOLFSRXUDYRLUDFFqVjO¶HVSDFHPDUFKDQG dans le cadre du carnaval, ce qui lui rend la tâche difficile et le profit nettement amoindri. Cette marginalisation du commerçant de rue se voit augmentée par une image négative qui se développe autour de son travail et de son image au fur-et-à-mesure que ses conditions de travail se détériorent et que le modèle de vie évolue. Nous essaierons de comprendre les mécanismes qui empêchent le marchand de rue de se construire une identité dans le foisonnement identitaire que permet le carnaval. Nous remarquerons à cette occasion que cette institutionnalisation identitaire concerne prioritairement les minorités ethniques, à travers des catégories déjà bien uniformisées par les organismes internationaux, telles que la culture afro ou indigène. Le marchand devra-t-il être afro-descendant ou indigène pour accéder à une visibilité " 6UHPHQW SDV FDU O¶LPSRVLWLRQ TX¶LOVXELWGHWRXWHs sortes de normes O¶HQWUDvQH dans une autre option identitaire (bien que QRXVSHQVRQVTX¶LOQ¶DLWQLFKRL[QLRSWLRQQRQSOXVHWKQLTXH, mais globaOLVpH,OV¶DJLWGH O¶LPDJH GX © bon pauvre ª GDQV O¶RSWLTXH GH FRQVWUXFWLRQ G¶XQH JUDQGH XWRSLH TXL WHQG j transformer la masse mondiale des pauvres en une multitude de citoyens modèles, certes pauvres, mais impliqués et investis dans la société de marché. Ce projet est à demi avoué par la Banque mondiale (Lautier 2002)751RXVO¶DQDO\VHURQVHWOHPHWWURQVjO¶pSUHXYHjSDUWLU du quotidien des marchands de rue. /¶KDELWJOREDODLGHjVHIRQGUHGDQVOHGpFRUjSDUWLFLSHU 75 Op. cit. p. 16 33 à O¶pFRQRPLH FDSLWDOLVWH HW DOLPHQWH OHV JRXYHUQDQFHV LQWHUQDWLRQDOHV j O¶pFKHOOH ORFDOH j travers les conditions exigées pour être un pays aidé. Les marchands de rue à leur échelle connaissent les contraintes globales et nous les font découvrir. D- Annonce linéaire du plan de la thèse La problématique se construit autour GH O¶DUWLFXODWLRQ GH FHV GLIIpUHQWHV WKpPDWLTXHV GH O¶LGHQWLWpGHODIrWHHWGXWRXULVPHHQUHODWLRQDYHFOHFRPPHUFHGHUXH(OOHYLHQWUHIOpWHU XQHVpULHG¶LQWHUURJDWLRQVTXLRQWJXLGp notre recherche : ³Qui sont les marchands de rue ?´ ³Des Noirs ?´, ³Des pauvres ?", ³4X¶HVW-ce que le commerce informel ?´ ³4X¶D-t-il G¶LQIRUPHO ?´ ³Comment les différents groupes sociaux se distinguent-ils socialement ?´ ³Comment est-ce que la mondialisation identitaire se manifeste à Salvador ?´ ³Et dans le cas des marchands de rue ?´ ³4X¶HVW-ce qui fait que les fêtes populaires et ses marchands sont discriminés et que le carnaval garde le vent en poupe ?´, ³3RXUTXRLO¶DIUR-brésilien a-t-il une LPDJHIDYRUDEOHTXLV¶H[porte bien ?´ ³Pourquoi le Noir est-il toujours si mal vu ?´ ³Qui est noir ?´ ³Qui est afro-descendant ?´ &¶HVW GDQV OH EXW GH UpSRQGUH j FHV TXHVWLRQV TXH M¶DL pWDEOL dans une première partie une analyse temporelle renvoyant à différentes ères morales qui ont participé à la construction du Brésil en tant que nation HWjODFRQVWUXFWLRQG¶XQHFODVVHGDQJHUHXVHFKDUJpHG¶LQFRUSRUHUOHV LQGpVLUDEOHVRXLQXWLOHVGHODVRFLpWp'DQVODGHX[LqPHSDUWLHO¶DQDO\VHVHIDLWVSDWLDOHDILQ de découvrLU OHV PpFDQLVPHV G¶H[FOXVLRQ PLV HQ MHX SHQGDQW OH TXRWLGLHQ HW H[DFHUEpV pendant le carnaval afin de maintenir à distance cette classe dangereuse. Nous travaillons également à mettre en valeur comment les travailleurs de rue ont été associés à cette classe dangereuse et comment les pouvoirs publics sont chargés du contrôle de cette profession sans O¶LQWHUGLUH SRXU DXWDQW (QILQ GDQV OD WURLVLqPH SDUWLHO¶DFFHQW HVW PLV VXU OHV SROLWLTXHV TXL ont accompagné et encadré les rapports en classe et entre race au Brésil (et plus particulièrement à Bahia), elles-PrPHVLVVXHVG¶XQVFKpPDLGHQWLWDLUHJOREDOLVpGDQVOHTXHO XQFDSLWDOLVPHVDXYDJHV¶H[HUFHWDQWDXQLYHDXGHODYLOOHYLOOHPDUFKDQGLVHTXHGHODIrWH (méga carnaval), et des identités (tourisme ethnique). 34 CHAPITRE Ier : IDENTITÉS Construction historique de la classe dangereuse 35 Dans cette première partie, nous posons les jalons qui permettront de mener la double analyse jODIRLV³FXOWXUDOLVWH´HW³XUEDLQH´TXLFRQVWLWXHODSUREOpPDWLVDWLRQGHQRWre objet, à savoir GHVPDUFKDQGVGHUXHHQWHPSVGHIrWHRXHQFRUHGHV³SDXYUHV´GXFRPPHUFHGHUXHGDQVOD IrWH PRQGH FDUQDYDO 'DQV XQ SUHPLHU WHPSV M¶H[SRVH OHV FDUDFWpULVWLTXHV GX FRPPHUFH informel en relation avec le contexte légal brésilien afin de O¶LQWpJUHUGDQVXQHSUREOpPDWLTXH DFWXHOOHHWXUEDLQHG¶XQHFDSLWDOHHQDVFHQVLRQ3XLVMHUHSUHQGVXQHDQDO\VHKLVWRULTXHGHV relations morales qui ont régi et qui régissent encore les corrélations entre les différents groupes sociaux à Bahia afin de comSUHQGUH FH TX¶HVW XQH FXOWXUH © syncrétique » et un peuple « métisse ». -HP¶H[FXVHDXSUqVGXOHFWHXUEUpVLOLHQSRXUDYRLUUHSULVO¶DQDO\VHTXLSRUWHVXUOHVUDSSRUWV VRFLDX[DX%UpVLOjOHXURULJLQHUpSpWDQWGHVpOpPHQWVGpMjFRQQXVGHOXLPDLVMHO¶DL fait dans OHVRXFLG¶pFODLUHUOHOHFWHXUIUDQoDLVVXUXQHKLVWRULFLWpTXLQ¶DSDVpWpUpHOOHPHQWWUDGXLWHHQ français ce TXL SHXW DPHQHU j XQH SHQVpH VLPSOLILpH TXL Q¶HVW SDV VRXKDLWDEOH -¶DL GRQF retranscrit, dans toute sa complexité, à partir de textes trop cités et pas assez lus, la base des rapports sociaux à partir des fondements raciaux au Brésil. Au final, il se peut que le lecteur brésilien puisse WURXYHUPDWLqUHjUpIOH[LRQHQUHOLVDQWFHTX¶LOVDLWGpMjSXLVTX¶LOV¶DJLWG¶XQH lecture originale issue des sources premières et non de réinterprétations FLWDWLRQV G¶DXWUHV auteurs. I- Le commerce de rue et ses acteurs À Salvador, le commerce de rue est très répandu aussi bien dans les quartiers populaires que dans les quartiers des classes moyennes. On trouve un peu de tout sur les étals des marchands QRXUULWXUHERPERQVHQFDVEHLJQHWVVDOpVRXVXFUpV«ERLVVRQVVRGDVELqUHV eau), CD, torchons, bijoux, etc. Leur présence est plus concentrée dans les quartiers à forte fréquentation : avenues commerciales, quartiers de bureaux, arrêts de bus, autour des centres commerciaux, des stades de football, etc. Les étals peuvent être légers et transportés sur le dos, sur le bras, en bandoulière, ou bien être poussé (brouette). Des aménagements artisanaux VRQWSDUIRLVUDMRXWpVSDUOHXUVSURSULpWDLUHV,OSHXWV¶DJLUpJDOHPHQWG¶XQPDWpULHOLQGXVWULHO et standardisé. Dans certaines rues très fréquentées du centre ville, du fait du grand nombre de marchands, la mairie délimite des zones, ruelles ou passages, où la vente est autorisée. En 36 GHKRUV GH FH SpULPqWUH OHV PDUFKDQGV ULVTXHQW G¶rWUH FKDVVpV HW GH IDLUH O¶REMHW G¶XQH amende, avec parfois confiscation de leur marchandise. Dans le reste de la ville, ils ne sont pas inquiétés. /¶DFWLYLWp FRQFHUQH GHV KRPPes, des femmes et parfois des enfants, dans des proportions GLIIpUHQWHV 6HORQ O¶HPSODFHPHQW TX¶LOV RFFXSHQW LOV VRQW SOXV RX PRLQV WROpUpV HW GRQF contrôlés. Dans les quartiers les plus populaires, il est entendu que quiconque peut travailler même avec des moyeQV WUqV LPSURYLVpV HW OLPLWpV %LHQ TX¶LQWHUGLW SDU OD ORL Oe travail infantile est toléré dans les quartiers pauvres. Cependant, ces dernières années, un système a été mis en place par le Président sortant, Luis Ignacio da Silva Lula, pour généraliser la scolarisation des enfants OD³%ROVDIDPLOLD76´ Dans les quartiers qui abritent les classes moyennes et hautes, le commerce de rue offre des tarifs beaucoup plus intéressants que ceux pratiqués dans les boutiques, mais avec une qualité moindre. Il vise principalement ceux qui travaillent comme employés domestiques chez les SDUWLFXOLHUVRXYHQGHXUVJDUGLHQV«/DSUR[LPLWpODGLYHUVLWpHWODIDFLOLWpG¶DFKDWSURSUHVj ce type de commerce rend leur vie quotidienne plus facile. CHW\SHG¶DFWLYLWpHVW propre aux SD\VHQYRLHGHGpYHORSSHPHQWRXpPHUJHQWVDORUVTX¶LODGLVSDUXGDQVOHVSD\VGpYHORSSpV chassé par une fiscalisation dévorante. /¶LQIRUPHO ORLQ G¶rWUH XQH QRWLRQ FOp HVW SOXW{W XQ IRXUUH-WRXW &HV ³SHWLWV ERXORWV´ VH trouvent souvent sur uQHOLJQH G¶pTXLOLEUH TXL YDFLOOH HQWUH OH WUDYDLO j WHPSV FRPSOHW HW OH WUDYDLO G¶DSSRLQW OH WUDYDLO j O¶DQQpH HW OH WUDYDLO VDLVRQQLHU HQWUH OH IRUPHO HW O¶LQIRUPHO entre les cadres légaux et les cadres moraux, entre la marginalité et la charité, entre la SDXYUHWp HW O¶HQWUHSUHQDULDW HWF '¶R O¶LPSRUWDQFH G¶XQH UHFKHUFKH GH WHUUDLQ GDQV XQ domaine qui ne se laisse pas facilement saisir ni comptabiliser du fait de son opacité et de ses multiples facettes. Nous allons tenter de saisir cette notion et ses contradictions tout au long de notre travail. A- 'pILQLWLRQVGHO¶LQIRUPDOLWp 76 La « bolsa familia ªHVWXQSURJUDPPHG¶DLGHDX[IDPLOOHVLQVWDXUpSDU/XOD/HVSDUHQWV qui peuvent prouver la scolarisation de leur enfant reçoivent une aide qui va de R$22,00 à R$ PHQVXHOVDILQG¶DFKHWHUOHPDWpULHOVFRODLUH&HWWHDLGHHVWSDrfois le seul revenu fixe HW SHUPHW j GHV IDPLOOHV GH VH KLVVHU KRUV GH O¶pWDW GHPLVqUH GDQVOHTXHO HOOHV VH WURXYHQW principalement dans des contextes ruraux mais aussi parfois en ville, dans des situations de YLHTXLUHVWHQWHQPDUJHGHO¶XUEDLQ 37 Le petit commerce de rue qui ne répond à aucun critère étatique de licence ou taxe se voit désigné, à partir des années 1970, comme « secteur informel » ou « économie informelle ». %UXQR/DXWLHUUHSUHQGOHVFRQGLWLRQVGHO¶DSSDULWLRQGHFHWWHQRPHQFODWXUHFHTX¶HOOH UHFRXYUH HW FH TX¶HOOH SHUPHW ± ou non. La première definition, donnée par le Bureau international du travail, date de 1976 : « petite taille des unités de production et caractère familial de ces dernières ; absence G¶REVHUYDWLRQGHODUpJOHPHQWDWLRQ ; faible niveau technologique » (Lautier : p 6-7). Lautier77 récapitule les différents termes employés pour parler des activités échappant au FRQWU{OH GH O¶eWDW HQ V¶LQVSLUDQW G¶XQ RXYUDJH GH :LOODUG /D OLVWH HVW impressionnante : 7HUPHVHPSOR\pVSRXUGpVLJQHUO¶DFWLYLWppFKDSSDQWDX[QRUPHVOpJDOHVHWVWDWLVWLTXHV Économie non officielle Économie non déclarée Économie dissimulée Économie submergée Économie sous-marine Économie parallèle Économie alternative Économie autonome Économie grise Économie marginale Contre-économie Économie invisible Économie illégale Économie non enregistrée Économie non observée Économie cachée Économie souterraine Économie clandestine Économie secondaire Économie duale Économie occulte Économie noire Économie irrégulière Économie périphérique eFRQRPLHGHO¶RPEUH Économie informelle '¶DSUqV:LOODUG &HVWHQWDWLYHVG¶H[SOLFDWLRQYRQWUHWHQLUWRXWHO¶DWWHQtion des organismes internationaux dès les années 1970 et, chose peu courante, ces derniers vont réussir à imposer (cela vient UDUHPHQWGXKDXWODQRWLRQG¶LQIRUPDOLWpELHQTX¶HOOHDLWpWpFULWLTXpHSDUOHVFKHUFKHXUVHQ sciences sociales dès le départ pour la faiblesse de son concept analytique. Cette notion ne désigne pas seulement un secteur marginal ou archaïque, mais devient pour tous une nouvelle IDoRQ GH SHQVHU OH GpYHORSSHPHQW GpEDUUDVVp GH O¶LGpDO G¶LQWpJUDWLRQ GH OD WRWDOLWp GH OD 77 Lautier (2004 : 12), se référant à Willard J. C (1989), « /¶pFRQRPLHVRXWHUUDLQHGDQVOHV comptes nationaux », Economie et statistiques, n°226, INSEE, Paris, Novembre, p.25-51. 38 population urbaine dans le salariat moderne à WUDYHUV O¶LQGXVWULDOLVDWLRQ En effet, contrairement à ce qui avait été pensé dans un premier temps, ces activités informelles étaient HQSOHLQHH[SDQVLRQHWQRQYRXpHVjGLVSDUDvWUH(OOHVFRQFHUQDLHQWODPDVVHG¶LPPLJUpV des régions rurales qui était sur le banc de touche et qui y resteraiW VDQV GRXWH FDU O¶DFWLYLWp industrielle ne pouvait absorber toute cette main-G¶°XYUHYHQXHHQYLOOH Les tentatives de définitions de ce secteur se sont heurtées à différents problèmes notamment O¶LPSRVVLELOLWp G¶HQ GpFULUH WRXWHV OHV IDFHWWHV. Il fallait également éviter les généralités grossières, qui auraient tendu à le considérer comme illicite. Les degrés et les formes de O¶LQIRUPHOVRQWWUqVYDULDEOHVVHORQOHVSD\VHWOHVVHFWHXUs. Dans les années 1980, la paupérisation du service public et la baisse des activités salariées stables ont engendré des politiques de formalisation. Force est de constater que tout le monde Q¶DSDVVDSODFHGDQVODVRFLpWpPRGHUQH/¶LQIRUPHOHVWGRQFYoué à perdurer. Dans les années 1970, ce secteur, a pu être associé à la marginalité caractérisée alors par « la GpOLQTXDQFH O¶DEVHQFH G¶KDELWDW IL[H HW SDUIRLV OH UHIXV G¶LQWpJUDWLRQ GDQV OD société moderne » (Lautier : 7). Cela correspond au constat que « O¶DUPpH LQGXVWULHOOH GH UpVHUYH » (Lautier : ibid) des migrants vers la ville ne sera jamais mobilisée. Une assimilation au sousHPSORLVHORQOHVWUDYDX[G¶2VFDU/HZLVTXLRSSRVHOHVHFWHXUWUDGLWLRQQHODJULFROH au secteur moderne (industriel D pJDOHPHQW H[LVWp /H VHFWHXU WUDGLWLRQQHO G¶DERUG YRXp j alimenter en main-G¶°XYUH OH VHFWHXU LQGXVWULHO GDQV XQ V\VWqPH GH GHPDQGH GHYLHQW j OD OXPLqUHGHODUpDOLWpIRXUQLVVHXUH[FpGDQWG¶© XQHPDVVHG¶XUEDLQVSDXYUHVHQDWWHQWHG¶XQ emploi » (Lautier : ibid) à cause de la crise du secteur industriel. Du fait de leur faible production et malgré une charge horaire énorme, ces travailleurs informels seront associés au sous-HPSORL (QILQ XQH WURLVLqPH YRLH FHOOH GH O¶LQIRUPDOLWp FRPPH PR\HQ GH VXUYLH, HPSUXQWHEHDXFRXSDX[WUDYDX[GHO¶eFROHGH&KLFDJR3DUNTXLIRQWGHODSDXYUHWp un mode de vie fait de débrouille. Dans une certaine mesure, ces chercheurs ont contribué à exagérer ces caractéristiques dans lesquels la population pauvre peut se reconnaître au point GH V¶HQ WURXYHU SULVRQQLqUH WRXW FRPPH OHV SRXYRLUV SXEOLFV TXL YRQW RXEOLHU TXH FHWWH SUpFDULWpSRXYDLWIDLUHO¶REMHWGHSURJUDPPHVVRFLDX[VSpFLILTXHV La première voie offre donc un scénario de marginalité qui va souvent de pair avec la répression ; la deuxième ouvre sur le registre du manque de moyens qui a donné lieu à des SROLWLTXHVGHIRUPDOLVDWLRQHWG¶DFFqVDXFUpGLW/DWURLVLqPHTXDQWjHOOH DERXWLWVXUO¶idée que la débrouillardise du pauvre peut créer un modèle de développement alternatif auprès des 39 organisations internationales, type projets de commerce équitable. B- Contexte légal du travail ¬ WUDYHUV O¶H[SRVLWLRQ GHV GRQQpHV RIILFLHOOHV WLUpHV GHV UHFHQVHPHQWV PRQ LGpH HVW GH présenter les conditions légales du travail au Brésil, en observant les droits et les devoirs du WUDYDLOOHXU-¶HVSqUHDLQVLUHQGUHFRPSWHGHODUpDOLWpEDKLDQDLVHHWEUpVLOLHQQHGHVPDUFKDQGV de rue. Cependant, je ne souhaite pas opposer arbitrairement deux mondes clos, qui seraient celui du forPHOHWGHO¶LQIRUPHOPDLVUHWUDFHUOHVVFKpPDVPHQWDX[TXLSHXYHQWSDUWLFLSHUGH ODFRQVWUXFWLRQGHVSUpMXJpVjWUDYHUVO¶XWLOLVDWLRQPHQWDOHGHFDWpJRULHVKHUPpWLTXHV Je cherche à dresser le portrait robot du travailleur brésilien moyen, ou plutôt du travailleur bahianais moyen, tout en le mettant en relation avec la réalité des autres États du pays. Je dresse ainsi un tableau du « monde formel », de « O¶HPSORL PR\HQ », qui me servira de UpIpUHQFHSRXUSUpVHQWHUOHVVSpFLILFLWpVGHO¶LQIRUPDOLWpjWUDYHUVPHVUpVXOWDWVG¶HQTXrWHVHW les quelques données officielles sur le sujet. Je dois toutefois relativiser cette entreprise car QRPEUHVGHFKLIIUHVPLVHQpYLGHQFHSDUO¶,%*(FRQFHUQHQWOHVUpJLRQVPpWURSROLWDLQHVOHV plus peuplées soit celles du Brésil urbain et émergent. En cela, je laisse de côté beaucoup G¶DXWUHVDVSHFWVGX%UpVLO&HSHQGDQWFHWpFKDQWLOORQMHSUpIqUHOHFRQFHYRLUFRPPHFHODD OH PpULWH G¶LQWpJUHU %DKLD GDQV XQ %UpVLO SURIRQGpPHQW XUEDLQ j O¶LPDJH GH PRQ WHUUDLQ $LQVLM¶HVSqUHDUriver à introduire la notion de « ville à plusieurs vitesses » (Mongin, 2005 : S&HWWHH[SUHVVLRQHVWHQUpDOLWpGH-DFTXHV'RQ]HORWTXLO¶XWLOLVHSRXUH[SOLTXHUODYLOOH selon une tripartition : les espaces de relégations, les zones périurbaines et la gentrification GHVFHQWUHVYLOOH-HP¶HQVHUYLUDLVSOXW{WFRPPHG¶XQPDUTXHXUUHOHYDQWOHVGLIIpUHQWVW\SHV de développement et leur imbrication respective: entre structure formelle / informelle ; économie traditionnelle / économie de marché ; système paternaliste / système libéral ; ville idéale / ville fragmentée UHYHQGLFDWLRQGHFODVVHUHYHQGLFDWLRQHWKQLTXH« 1) La carte de travail Nous souhaitons apporter quelques données de base pour le lecteur non brésilien sur O¶RUJDQLVDWLRQOpJDOHGXWUDYDLO. Il existe au Brésil un petit livret individuel appelé « carte de travail ª TXL VDQFWLRQQH OH SDUFRXUV SURIHVVLRQQHO G¶XQ LQGLYLGX HQ PHQWLRQQDQW WRXV OHV HPSORLVGpFODUpVTX¶LODFFRPSOLUDDXORQJGHVDYLHOHQRPGHO¶HQWUHSULVHOHVDODLUHSHUoX 40 Cette carte de travail sert de base de référence pour payer les arriérés en cas de licenciement. Elle permet également de suivre officiellement les différentes entreprises fréquentées, ajoutant un sceau officiel au curriculum vitae. Cette carte est délivrée à condition que O¶LQGLYLGXHQTXHVWLRQVRLWHQUqJOHDYHFVHVREOLJDWLRQVFLWR\HQQHVGHYRWH(OOHRFWURLHGRQF des droits à ceux qui sont en règle en tant que citoyen. 2) Le salaire minimum Le salaire au Brésil se calcule fréquemment sur la base du salaire minimum qui, en plus G¶rWUH XQ SODIRQG VDODULDO HVW XQH XQLWp GH PHVXUH ,O HVW FRXUDQW G¶pYRTXHU OH IDLW TX¶XQ VDODLUHPLQLPXPQ¶HVWSDVVXIILVDQWSRXUVXUYLYUHGLJQHPHQWVXUWRXWHQYLOOHROHVGpSHQVHV sont facilement augmentées par la nécessité de se déplacer (transport en commun), mais aussi jFDXVHG¶XQPRGHGHYLHTXLV¶LQVFULWGDQVODVRFLpWpFDSLWDOLVWHRLOIDLWERQGpSHQVHUSRXU tout : alimentation, santé, éducation. On négocie alors son salaire sur la base de 2, 3 ou X salaires minimums. Cette XQLWp GH PHVXUH VHUYDLW pJDOHPHQW GH EDVH VWDWLVWLTXH j O¶,QVWLWXW national de géographie du Brésil (IBGE), producteur officiel du recensement et des LQGLFDWHXUVVRFLDX[$XMRXUG¶KXLHOOHHVWUHPSODFpHSDUOHFDOFXOGHVUHYHQXVPR\HQV Peutêtre à cause des deux mandats successifs de Lula qui ont changé la réalité du salaire minimum. Lula a exercé la fonction de Président de la République du 1 er janvier 2003 au 1er MDQYLHU6LO¶RQVHUpIqUHjODYDOHXUGXVDODLUHPLQLPXPDXFRXUVGHFHWWHSpULRGHRn YRLW TX¶LO HVW SDVVp GH 5 j 5 78, suivant une augmentation annuelle de R$ 3URJUHVVLRQ TXH OD 3UpVLGHQWH 'LOPD 5RXVVHI Q¶D SDV UHPLVH HQ FDXVH SXLVTXH FHWWH année le salaire minimum a augmenté de R$ 35,00. Ce dernier tend à devenir un vrai revenu et non plus une valeur symbolique. La semaine de travail est de 44 heures. 3) La négociation en cas de depart 8Q IRQGV GH JDUDQWLH HVW FRQVWLWXp SDU O¶HPSOR\p HW O¶HPSOR\HXU SHQGDQW WRXWH OD GXUpH GX FRQWUDW/RUVTXHO¶HPSOR\pSHUGVRQHPSORLil est en droit de toucher ce fonds de garantie ou GH FRQWLQXHU j OH FRQVWLWXHU V¶LO WURXYH XQ DXWUH HPSORL ,O HVW FXPXODWLI 'H SOXV LO SHXW WRXFKHU WURLV PRLV GH FK{PDJH FDOFXOpV VXU OD EDVH GH VRQ VDODLUH PHQVXHO 6L O¶HPSOR\p demande son arrêté des comptes, il perd ses allocations chômage, mais pas son fonds de 78 Données recueillies sur le site :http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/salario_minimo.htm 41 JDUDQWLH (Q FDV GH GHPLVVLRQ O¶HPSOR\p SHXW QpJRFLHU XQ OLFHQFLHPHQW j O¶DPLDEOH SRXU conserver ses droits au chômage et son fonds de garantie. 4) /¶HQWUHSUHQHXULQGLYLGXHO En 2005, étant donQp O¶LPSRUWDQFH GX PDUFKp LQIRUPHO GHV HQWUHSULVHV IDPLOLDOHV RX individuelles non déclarées principalement dans les quartiers périphériques, mais aussi des SUHVWDWLRQVGHVHUYLFHFKH]O¶HPSOR\HXUFRPPHIHPPHGHPpQDJHRXFRQFLHUJHO¶eWDWODQFH un programme de mise aux normes de ces micro-HQWUHSULVHV VRXV OH QRP G¶³HQWUHSUHQDULDW LQGLYLGXHO´jWUDYHUVGHVGpPDUFKHVVLPSOLILpHVDXPRPHQWGHO¶LQVFULSWLRQGHVGpFODUDWLRQV G¶LPS{WV HW GHV FRQWULEXWLRQV VRFLDOHV DX[TXHOOHV OH WUDYDLOOHXU GRLW VRXVFULUH &Htte mesure IRUPDOLVHOHYHQGHXUGHUXHHQOXLRFWUR\DQWOHVPrPHVGURLWVTX¶XQWUDYDLOOHXULQGpSHQGDQW : LO FRWLVH DX V\VWqPH GH VDQWp HW j OD UHWUDLWH ,O D OH GURLW G¶DYRLU XQ VDODULp /HV WD[HV simplifiées mensuelles tournent autour de 40,00 Reais. C- Marginalisation, pauvreté, débrouille Michel Agier (1999 : p. 58-V¶RSSRVHFRXUDQWLQWHOOHFWXHOTXLDGRQQpOLHXjODQRWLRQGH « culture du pauvre » (Oscar Lewis). Il décompose à son tour en trois déclinaisons ce préjugé qui enferme une population hétérogène dans une fausse homogénéité. Le premier degré est FHOXLGHO¶HQIHUPHPHQWVSDWLDOOHVHFRQGHVWFHOXLGHO¶LGHQWLILFDWLRQH[WHUQHGHJURXSHV© les exclus », « les pauvres », « O¶XQGHUFODVV ªOHWURLVLqPHHVWFHOXLGHO¶LQYHQWDLUHFXOWXUHO&HV attriEXWVFRQWULEXHQWjQRXUULUXQHLPDJHGXSDXYUHIDLWHG¶DPDOJDPHVHWGHSUpMXJpV : ainsi, il est plus ou moins consciemment associé au marginal (du moins potentiel), au sous-homme GHVFHQGDQW GLUHFW GH O¶HVFODYH VDQV pGXFDWLRQ HW DGKpUDQW j XQH VRXV-culture ou enfin à un groupe de nécessiteux parfois associés aux misérables. Toutes ces références anciennes et tenaces fonctionnent comme une chape de plomb sur une population que nous découvrons à travers notre recherche comme totalement hétérogène (au contraire GH O¶LGpH GH PDVVH QpFHVVLWHXVH DX[ DUUDQJHPHQWV IDLWV VXU PHVXUH GDQV OH FDGUH informel qui leur sert de structure de vie parfois délibérément choisie et non seulement subie. En effet, pour certains ce secteur peut présenter certains atouts comme être son propre patron, aménager ses horaires (même si parfois les 44 heures hebdomadaires légales seront dépassées), ne rendre de compte à personne, travailler chez soi ou devant chez soi ce qui 42 permet aux femmes de concilier travail, vie domestique et éducation des enfants etc. Si O¶LPDJHTXLHVWDVVRFLpHDXFRPPHUFHLQIRUPHOHVWQpJDWLYHOHVLQWpUrWVSHUVRQQHOVGHFHX[ TXLV¶\HQJDJHQWSHXYHQWrWUHPHVXUpVHWDGRSWpVHQFRQQDLVVDQFHGHFDXVH'DQVODSOXSDUW des cas, cette activité est familiale et les nouvelles générations sont initiées après avoir aidé les parents dès leur plus jeune âge. D- Salvador en chiffres 1) Population /H%UpVLOHVWXQSD\VTXLV¶pWHQGVXU 514 215,3 km2 avec une population recensée de plus de 192 000 000 personnes. Pour se concentrer sur notre terrain, Salvador de Bahia compte 2 675 000 habitants (ville stricto sensu). Elle est la troisième ville du Brésil derrière São Paulo et Rio de Janeiro. Salvador, en tant que première capitale du Brésil, a une histoire qui remonte au début de la colonie. Fondée en 1549, sa population et son occupation du sol augmentent au fil du temps. 8Q JUDQGERRPGpPRJUDSKLTXHVHSURGXLWGDQVOHVDQQpHV6XUOHPRGqOHGHO¶H[RGH rural, la ville accueille un grand nombre de migrants venus des campagnes. Nous renvoyons ici à un petit récapitulatif de la population de Salvador très parlant dont Michel Agier (2000 : 18) nous fait part et que je complète avec des données plus récentes : Début XIX 1900 1940 1960 1970 1980 1991 2000 2011 45 000 205 000 290 000 655 000 1 027 000 1 531 000 2 072 000 2 440.000 2 675 00079 1RPEUHVG¶LQGLFDWHXUVVRFLDX[VHEDVHQWVXUOHVUpJLRQVPpWURSROLWDLQHVOHVSOXVLPSRUWDQWHV HQ WHUPHV GH SRSXODWLRQ -H FLWH GDQV O¶RUGUH 6mR 3DXOR 5LR GH -DQHLUR %HOR +RUL]RQWH Porto Alegre, Recife, Fortaleza et Salvador en septième position pour le dernier recensement GH -XVTX¶DORUV 6DOYDGRU RFFXSDLW OD VL[LqPH SRVLWLRQ GHYDQW )RUWDOH]D /HV UpJLRQV PpWURSROLWDLQHVLQFOXHQWODFDSLWDOHGHO¶eWDWHWWRXWHXQHVpULHGHYLOOHVYRLVLQes formant la zone industrielle. Dans le cas de Salvador la région métropolitaine (RM) accueille le pôle pétrochimique. Le recensement 2010 de la région métropolitaine de Salvador compte 79 Le recensement de 2010 présente des résultats estimatifs, car il est en cours de traitement. 43 3 574 804 habitants. 2) Inégalités face au travail a) Le taux de chômage : (Q PDUV O¶,%*( UHFHQVH SRXU OD UpJLRQ PpWURSROLWDLQH GH 6DOYDGRU LQFOXDQW OH S{OH pétrochimique, 3 324 SHUVRQQHVHQkJHG¶rWUHDFWLYHV80. Le taux de chômage est en baisse par rapport à mars de 201081 en affichant 10,5%. Cependant, la moyenne des 6 régions métropolitaines est de 6,5%. Salvador a le plus fort taux de chômage, et ce depuis longtemps : déjà en 2002, elle affichait 17,4% contre la moyenne des 6 régions métropolitaines de 12,9%. Nous pouvons noter que les six régions métropolitaines affichent un résultat qui a diminué de moitié entre 2002 et 2011. Les résultats concernant Salvador présentent une nette amélioration, mais accusent cependant un retard par rapport aux autres régions métropolitaines. b) /HVPDUTXHVGHO¶LQpJDOLWpGDQVOHVVWDWistiques officielles : Il est intéressant de détailler les résultats obtenus selon le sexe. Le taux de chômage pour les hommes est de 14,9%, alors que celui des femmes est de 20,2% en 2002, en 2006 il est respectivement de 11,2% et 16,4%. Les données du dernier recensement sur cette répartition Homme )HPPHVQ¶DSDVHQFRUHpWpSXEOLp&HSHQGDQWFHWDEOHDXSHXWrWUHFRPSOpWpSDUXQ autre qui révèle les motifs avancés pour expliquer le fait de ne pas travailler ; à plus de 85%, le motif avancé est de ne pas rWUHGLVSRQLEOH2QSHXWLPDJLQHUTXHF¶HVWOHFDVG¶XQFHUWDLQ nombre de femmes occupées à élever les enfants. Le taux de chômage reste plus important chez les femmes que chez les hommes, 8,9% pour les hommes contre 14,2 pour les femmes en 2008, les deux taux connaissant cependant une diminution au long des années de la recherche, de 2003 à 2011. Je souhaite rendre compte également des inégalités soulignées par un rapport tirant ses sources du recensement national, mais dont les finalités sont de distinguer les résultats sur le critère de la race82. Pour la première fois dans un recensement, la population noire est 80 /¶,%*(GRQQHFRPPHGpILQLWLRQGHVSHUVRQQHVHQkJHVG¶rWUHDFWLYHVOHVSHUVRQQHVGH ans ou plus à la date de référence. 81 En mars 2010, on affichait un taux de chômage de 11,3%. 82 Dinâmica demografica da população negra brasileira, 15/05/2011. IPEA, n°91. Ce bureau de statistique nationale dépend directement de la Présidence de la République et vise à 44 VXSpULHXUHjODEODQFKH/HUHFHQVHPHQWDX%UpVLOLQFOXWO¶DXWRGpWHUPLQDWLRQGHODFRXOHXUGH peau : blanc, noir, métisse, jaune ou indigène (métisse et indigène ne sont pas des couleurs). 97 millions de personnes se sont déclarées noires ou métisses alors que 91 millions de personnes se sont déclarées blanches. Ces chiffres peuvent être dus au plus grand nombre de déclarations de personnes se définissant eux-mêmes comme métisses plutôt que blanches et / ou au taux de fécondité de la population noire et métisse en relation avec la population EODQFKH /¶pWXGH SRLQWH XQ FKDQJHPHQW GDQV OD VWUXFWXUH IDPLOLDOH HW OHV UDSSRUWV GH JHQUH avec un plus grand nombre de familles monoparentales chez la population noire, la femme SUHQDQW DORUV OH U{OH GH FKHI GH IR\HU DLQVL TX¶XQH DXJPHQWDWLRQ VLJQLILFDWLYH GH OD participation de la femme dans les revenus du foyer tant chez la population banche que noire. Une GLIIpUHQFHVHIDLWVHQWLUVXUO¶kJHGHODPRUWDOLWpHQWUHSRSXODWLRQEODQFKHHWQRLUH /HV Blancs meurent plus vieux alors que les Noirs, ont une forte mortalité entre les hommes âgés GH j DQV SULQFLSDOHPHQW SRXU FDXVH G¶KRPLFLGHV /¶pWXGH UpYqOH pJDlement que la pauvreté a une couleur : la proportion de noirs pauvres est deux fois plus importante que celle des blancs. En résumé, la population noire est majoritaLUH SOXV MHXQHD SOXV G¶enfants, est plus pauvre et plus exposée à la mortalité dont la cDXVHSULQFLSDOHHVWO¶KRPLFLGH&HVFKLIIUHV qui ont pour objectif de dénoncer les inégalités sociales devront être maniés avec prudence pour ne pas risquer de stigmatiser la population noire comme étant une population marginale. Les chiffres présentent un ULVTXH GH V\VWpPDWLVDWLRQ HW G¶KRPRJpQpLVDWLRQ TXL SHXW VH FRPSDUHUjO¶XVDJHGHFDWpJRULHVG¶DQDO\VHSRXUH[SOLTXHUOHVIDLWV6LHOOHVQRXVDLGHQWGDQV une certaine mesure, elles peuvent aussi nous limiter ou nous mener à des amalgames regrettables. c) Le salaire moyen83 : /H VDODLUH PR\HQ HVW OD PHVXUH TXL D UHPSODFp O¶XQLWp GX VDODLUH PLQLPXP GDQV OHV statistiques officielles. Il atteint pour la région métropolitaine de Salvador R$ 1 197,0084, marquant une augmentation de 6,1% en 2011. Salvador se trouve en avant-dernière position, juste avant Recife dans le tableau récapitulatif des salaires moyens dans les six régions orienter les politiques publiques en fonction des inégalités raciales entre population noire et population blanche. 83 Les données ont été tirées de: Pesquisa mensal de emprego. IBGE, março de 2011. Accessible en ligne: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/pme_20 1103pubCompleta.pdf en date du 13/05/2011. 84 Salaire moyen à ne pas confondre avec le salaire minimum qui lui est de R$ 545,00. 45 métropolitaines suivantes : Recife, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre, São Paulo et Rio de Janeiro. Le salaire moyen pour les six régions métropolitaines confondues est de R$ 1 ,OSHXWrWUHLQWpUHVVDQWGHSUHQGUHOHVDODLUHPR\HQSDUPRGHG¶RFFXSDWLRQSRXUOHV six régions métropolitaines. Ainsi, le revenu minimum pour les employés, dont la carte de travail a été signée, ce qui sLJQLILH TXH O¶HPSOR\HXU HW O¶HPSOR\p VRQW HQ UqJOH HVW GH 5 1 146,30, celui des militaires et fonctionnaires est de R$ 2 802,90 et celui des autonomes de R$ 1 328,90. Nous observons donc que les postes de fonctionnaires offrent des revenus plus élevés quHOHVGHX[DXWUHVFDWpJRULHVFHTXLFRQWULEXHjYDORULVHUFHW\SHGHFDUULqUHV6LO¶RQ répercute ces résultats sur le nombre de personne constituant la famille, le revenu moyen par tête est de R$ 765,69 à Salvador contre R$ 1.036,98 pour la moyenne des six régions métropolitaines, soit en net retrait. 3) Conclusions sur Bahia, en relation avec les autres régions métropolitaines: 6DOYDGRUELHQTXHWUqVSUpVHQWHVXUOHSODQGXQRPEUHG¶KDELWDQWVDIILFKHXQFHUWDLQQRPEUH de retards par rapport aux États de São Paulo et Rio de Janeiro. On sent que ce UDSSURFKHPHQW GHV VL[ JUDQGHV UpJLRQV PpWURSROLWDLQHV Q¶HVW SDV YUDLPHQW XQH PLVH HQ concurrence, pour de nombreuses raisons historiques Salvador garde un certain retard ou un FHUWDLQ FRQVHUYDWLVPH TXL O¶HPSrFKH G¶LQWpJUHU OHV PHLOOHXUHV SODFHV GHV FODVVHPHQWV QDWLRQDX[ 3DUPL OHV UDLVRQV O¶LQIRUPDOLWp MRXH XQ U{OH LQGpQLDEOH ,O H[LVWH FHSHQGDQW TXHOTXHVWHQWDWLYHVGHUHFHQVHPHQWGHO¶pFRQRPLHLQIRUPHOOHTXLGRLvent être maniées avec attention, vu la grande disparité des activités concernées. E- Portraits /¶LQIRUPDOLWp HVW XQ IRXUUH-WRXW O¶LQIRUPDOLWp HVW PXOWLIRUPH LPSDOSDEOH« SRXUWDQW HOOH existe, elle se retrouve dans tous les domaines, ou presque, à différents niveaux, plus ou PRLQVYLVLEOHFDPRXIOpH«&RPment la capter ? Comment la dater "'¶RYLHQW-elle ? Face à des réponses en forme de « tout », comment la caractériser ? /¶LQIRUPHO LOOLFLWH O¶LQIRUPHO OLp j OD FRUUXSWLRQ O¶LQIRUPHO OLp j OD VXUYLH« DXWDQW GH registres dans lesquels on le retrouve. Ces registres ont chacun leurs règles propres et SRXUWDQWQHVRQWSDVKHUPpWLTXHV/HSDVVDJHGHO¶XQjO¶DXWUHHVWSRVVLEOHDXVVLELHQSRXUVHV DFWHXUVTXHSRXUFHX[TXLODFDUDFWpULVHGHO¶H[WpULHXU2QSHXWFRQIRQGUHPrOHUFHVUHJLVWUHV 46 selon les époques HWOHVFOLPDWVVRFLDX[HWPRUDX[2QSHXWSDVVHUG¶XQUHJDUGFRPSODLVDQWHW compatissant du style « OHV SDXYUHV LO IDXW ELHQ TX¶LOV WUDYDLOOHQW », à un registre de condamnation du désordre ambiant menant directement à la criminalité du fait du manque de cRQWU{OHGHO¶LQIRUPHO 3RXUFHVDFWHXUVQRXVDYRQVUHSpUpVXUOHWHUUDLQGHX[W\SHVGHUpSRQVHVHWG¶DWWLWXGHIDFHj la condition de vendeur de rue GRQW QRXV VRXKDLWRQV UHQGUH FRPSWH XQ TXL V¶DVVXPH HW VH UHYHQGLTXHDFWHXUGHO¶LQIRUPHOSDUFKRL[DSUqV une expérience dans le domaine formel, et O¶DXWUHTXLVHUHYHQGLTXHG¶XQHWUDGLWLRQUHOHYDQWGHO¶LQIRUPDOLWpGHPqUHHQILOOHPDLVTXL se représente comme victime (des pouvoirs publics). Ces deux expériences partagées le temps de quelques entretiens me VHUYHQWjFDGUHUXQWDQWVRLWSHXO¶LQIRUPDOLWpGH6DOYDGRUGDQVOH cadre du quotidien, des fêtes populaires, et du carnaval. En effet, les registres sont mous et les marchands du carnaval relèvent en bonne partie soit du commerce de rue, soit de la tradition des marchands des fêtes populaires de Salvador. Chacun de ces parcours est singulier mais se UHQFRQWUHVXUO¶DUqQHFDUQDYDOHVTXH3DUOHXUGLIIHUHQFHQRXVFKHUFKRQVjUHVWHUSURFKHVGHOD UpDOLWp TXL PDOJUp OHV PHVXUHV G¶XQLIRUPLVDWLRQ GHV SRXYRLUV Sublics reste très largement hétérogène. 1) Carlos Carlos est un des premiers marchands de rue avec qui je me suis entretenue, figure syndicale des marchands de rue du centre ville. Il travaille sur la très animée place du Relogio de São Pedro dans le vieux centre de Salvador. Carlos explique son parcours professionnel : après VRQVHUYLFHPLOLWDLUHLODWUDYDLOOpFRPPHYHQGHXUSHQGDQWDQVGDQVXQHERXWLTXHG¶XQGHV premiers grands complexes commerciaux de Salvador, le shopping Iguatemi, mais il a finalement demandé ses comptes, pour « revenir à la rue ». Ses parents étaient marchands de UXHHWLODWUDYDLOOpGHSXLVO¶kJHGHDQVDYHFHX[,ODIDLWOHFKRL[GHWUDYDLOOHUjVRQFRPSWH SRXUJDJQHUSOXVTX¶HQpWDQWYHQGHXUHWSRXUDYRLUVDSURSUHDIIDLUH© F¶HVWPLHX[QRQ ?! », conclut-il. La position de Carlos démontre bien que le travail informel est bien plus complexe que les images qui lui sont associées ne le laisse envisager. En tant que leader syndical, Carlos a une DFWLYLWpG¶DJHQWQpJRFLDWHXUDYHF les pouvoirs publics (la mairie) et ses collègues marchands GHUXH6HVMRXUQpHVVRQWGRQFSDUWDJpHVHQWUHO¶DSSURYLVLRQQHPHQWHWOHERQIRQFWLRQQHPHQW GHVRQQpJRFHOHVUpXQLRQVSXEOLTXHVHWO¶DLGHjO¶DSSOLFDWLRQGHVSROLWLTXHVGHIRUPDOLVDWLRQ 47 auprès de ses collègues marchands. Plusieurs personnes travaillent avec lui à la vente, dont VRQIUqUHHWVDV°XUHWTXDWUHHPSOR\pV(QWRXWTXDWUHVWDQGV : noix de coco, beignets, hotdogs et grillades. Tous les soirs, les camions de propreté de la mairie rythment leur démontage à heure fixe. -H UHSUHQGV LFL OD GHVFULSWLRQ TXH M¶DL IDLWH GH PD SUHPLqUH UHQFRQWUH DYHF &DUORV SRXU OH DEA : « &DUORV 5RGULJXHV D pWp PRQ SUHPLHU FRQWDFW F¶HVW DYHF OXL TXH M¶DL HIIHFWXp PRQ premier entretien, en janvier 2003. La mise en scène qui a accompagné cette rencontre me semble importante et je tiens à la restituer -¶DYDLVIL[pXQUHQGH]-vous j&DUORV5RGULJXHVSDUWpOpSKRQHLOpWDLWFRQYHQXTXHO¶RQVHUHWURXYHVXUXQHSODFH assez centrale, Piedade, à une heure donnée. Arrivée sur cette place très fréquentée à cette heure de la journée, je cherchais des yeux une personne qui pourrait être ellePrPH j OD UHFKHUFKH GH TXHOTX¶XQ FDU QRXV QH QRXV pWLRQV MDPDLV UHQFRQWUpV DXSDUDYDQW 3HUVRQQH Q¶DYDLW O¶DLU GH VRXKDLWHU P¶DERUGHU -¶pWDLV SRXUWDQW OD SOXV IDFLOHPHQW ORFDOLVDEOH GHV GHX[ SXLVTXH MH OXL DYDLV GLW TXH M¶pWDLV IUDQoDLVH /HV personnes aussi blanches que moi à Bahia ne courent pas les rues, surtout dans ce quartier, il lui aurait donc été facile de me reconnaître. AXERXWG¶XQHYLQJWDLQHGH PLQXWHVG¶DWWHQWHMHO¶DSSHOOHVXUVRQWpOpSKRQHSRUWDEOHHWWRPEHVXUXQHIHPPHTXL D O¶DLU GH QH SDV rWUH DX FRXUDQW HW PHGLW TX¶HOOH OH SUpYLHQW SDU WpOpSKRQH GHPD SUpVHQFHTX¶LOQHWDUGHUDSDV¬ODILQGHODFRQYHUVDWLRQ je me rends compte que PRQLQWHUORFXWULFHHVWGHO¶DXWUHF{WpGHODUXHDGRVVpHjXQHFDUULROHGHKRW-dogs. Je suis moi-PrPHDUUrWpHGHYDQWXQPDUFKDQGGHMXVGHQRL[GHFRFRDXSUqVGHTXLM¶DL étanché ma soif. Peu de temps se passe et arrive une grosse voiture qui essaie de se JDUHUGDQVODUXHTXLVpSDUHOHVGHX[PDUFKDQGVGRQWM¶DLSDUOpHWTXLQHVHUWSOXV TX¶DXVWDWLRQQHPHQWGHWD[LHWDX[SLpWRQV&HWWHYRLWXUHPHVHPEOHWRXWjIDLWJrQDQWH car elle vient se coller au marchand de noix de coco. Je me GLVTX¶HOOHYDJrQHUVRQ FRPPHUFH(QVRUWXQKRPPHG¶kJHPR\HQTXLVHGLULJHG¶DERUGYHUVODIHPPHTXH M¶DLHXHDXWpOpSKRQHSXLVYHUVPRL*UkFHDXVHQVGHO¶REVHUYDWLRQGHPRQPDULTXL P¶DFFRPSDJQHHWTXLGHPDQGHFRQILUPDWLRQj&DUORV5RGULJXHVQRXVVavons que la marchande de hot-GRJVHWOHPDUFKDQGGHQRL[GHFRFRVRQWUHVSHFWLYHPHQWVDV°XU HW VRQ IUqUH &DUORV 5RGULJXHV PH VDOXH UDSLGHPHQW HW PH GLW TX¶LO DYDLW SHQVp P¶DPHQHUGDQVOHORFDOGHO¶DVVRFLDWLRQTXLVHWURXYHjF{WpPDLVTXHILQDOHPHQW il PHSURSRVHGHUHVWHULFLSRXUIDLUHO¶HQWUHWLHQGHIDoRQSOXVLQIRUPHOOH1HYRXODQW 48 pas contrarier mon premier informateur direct concernant le commerce informel à 6DOYDGRUM¶DFTXLHVFHDORUVPrPHTXHM¶DYDLVSUpYXG¶HQUHJLVWUHUO¶HQWUHWLHQDYHFXQH cDPpUDQXPpULTXHTXHO¶RQP¶DYDLWSUrWpHIDXWHG¶DYRLUGXPDWpULHOGHSULVHGHVRQ &HWWH UHQFRQWUH HQ SOHLQH UXH P¶HPSrFKH GRQF G¶HQUHJLVWUHU O¶HQWUHWLHQ FDU LO PH VHPEOH EHDXFRXS WURS ULVTXp SRXU OD FDPpUD G¶rWUH H[KLEpH VXU FHWWH SODFH WUqV fréquentée. -HP¶DUPHGRQFG¶XQVW\ORHWG¶XQFDKLHUSRXUQRWHUWDQWELHQTXHPDOOH GLVFRXUVGH&DUORV5RGULJXHV-HFRQILHGRQFODFDPpUDjPRQPDULTXLV¶HQYDIDLUH un petit tour de la place avec un compagnon, filmant à mon insu les différents types G¶pWDOVGHVPDUFKDQGV$XERXWG¶XQHGL]DLQHGHPLQXWHVLOVVRQWGHUHWRXUSUqVGH PRLHWVHPHWWHQWjILOPHUPRQHQWUHWLHQ7UqVJrQpHPDLVUDYLHjO¶LGpHGHSRXYRLU compter sur un autre support que les maigres notes que je prenais, je demande à Carlos Rodrigues si cela ne le dérange pas que nous enregistrions la conversation, SUpFLVDQW SRXU QH SDV O¶LQWLPLGHU TXH O¶LPDJH Q¶pWDLW SDV QpFHVVDLUH /RLQ GH OXL GpSODLUH FH GLVSRVLWLI D O¶DLU GH OH IODWWHU 3HX GH WHPSV DSUqV MH PH UHQGV FRPSWH TX¶XQFHUFOHGHEDGDXGVHW GHSURFKHVWHOVODV°XUHWOHIUqUHGH&DUORVV¶HVWIRUPp DXWRXUGHQRXV&DUORV5RGULJXHVHQWDQWTXHGLUHFWHXUG¶DVVRFLDWLRQHVWKDELWXpj SUHQGUHODSDUROHHQSXEOLFHWVHVHQWELHQDFFRXGpjVDJURVVHYRLWXUHHWV¶DGUHVVDQW à la jeune femme européenne que je suis. La scène se termine de façon assez VXUUpDOLVWHSXLVTX¶HQSOXVGHO¶DWWURXSHPHQWIRUPpDXWRXUGHQRXVQRXVDSHUFHYRQVj TXHOTXHVGL]DLQHVGHPqWUHVSOXVLHXUVYRLWXUHVGHSROLFH&DUORV5RGULJXHVGLWTX¶LOV sont là pour nous, pour nous surveiller ! Ma première prise de contact timide se WHUPLQHGRQFHQXQYpULWDEOHUDVVHPEOHPHQWJUkFHjO¶RXWLOFDPHUDª ¬WUDYHUVFHWWHPLVHHQVFqQHLPSURYLVpHLOHVWGRQFSRVVLEOHGHYRLUXQHILJXUHG¶KRPPH G¶DIIDLUHV GH SLYRW VRFLDO GDQV VRQ GRPDLQH G¶DFWLYLWp PrPH V¶LO QH SURILWH SHXW-être pas G¶XQHYLVLELOLWpVRFLDOHKRUVGHVRQPLOLHX/DSUpVHQFHGHFHW\SHGHSHUVRQQDJHQRXVSHUPHW GHUpIXWHUO¶LGpHVHORQODTXHOOHOHFRPPHUFHLQIRUPHOQHVHUDLWTXHOHWUDYDLOGHODGHUQLqUH chance, pour ceux qui Q¶DXURQW MDPDLV OHV SRVVLELOLWpV GH IDLUH DXWUH FKRVH 'DQV OH FDV GH &DUORV QRXV SRXYRQV pJDOHPHQW UHPDUTXHU TX¶LO V¶DJLW G¶XQ GRPDLQH G¶DFWLYLWp TXL VH SUDWLTXH GH SqUH HQ ILOV FH TXL SHUPHW j QRWUH LQWHUORFXWHXU G¶rWUH SOHLQHPHQW RSpUDWLRQQHO ORUVTX¶LO VHODQFHjVRQFRPSWHLODGpMjXQHFHUWDLQHPDvWULVHGHFHGRPDLQHG¶DFWLYLWpSRXU O¶DYRLUSUDWLTXpGHSXLVVRQHQIDQFH,ODFHUWDLQHPHQWEpQpILFLpG¶XQLQYHVWLVVHPHQWGHGpSDUW grâce au fonds de garantie accumulé durant quatre ans de travail formel. 49 DaQVOHFDGUHG¶DXWUHVHQWUHWLHQV85, Carlos me fait part de sa collaboration avec la mairie pour aider à organiser et à réaliser le commerce de rue du centre ville. Il agit comme agent LQWHUPpGLDLUH 6L OHV PDUFKDQGV IRQW OHVGpPDUFKHV G¶HQUHJLVWUHPHQW DXSUqV de la mairie et V¶LOV SDLHQW XQH SHWLWH SDWHQWH SRXU OHXU FRPPHUFH IDFXOWDWLI HQ IRQFWLRQ GHV OLHX[ G¶LQVWDOODWLRQ LOV JDUDQWLVVHQW OHXU HPSODFHPHQW GH WUDYDLO HW RQW DFFqV DX FUpGLW EDQFDLUH &DUORV YDQWH FHWWH SRVVLELOLWp TXL OXL D SHUPLV G¶DFTXpULU ses petites voitures dédiées aux ventes de hot-dogs et de noix de coco, toutes deux en plastique et offrant des conditions G¶K\JLqQHHWGHVpFXULWpDX[QRUPHV,OSUpFLVHTX¶LODGHVUHODWLRQVpWURLWHVDYHFOHJpUDQWGH la banque car il aide les vendeurs de rue à faire les démarches liées au prêt (remplissage de formulaire, constitution de dossier, rendez-vous avec le gérant). Il a le même genre de relations privilégiées avec les agents de la SESP 86 FDU LO DLGH j O¶HQUHJLVWUHPHQW GHV marchands de rue. Dans le cadre qui nous intéresse du commerce de rue pendant les fêtes, &DUORV QRXV GLW TX¶LO D REWHQX TXDWUHHPSODFHPHQWV PDUFKDQGV GDQV OHFDUQDYDOj GHV SUL[ symboliques en remerciement de ses services de médiateur. 3HQGDQW O¶DQQpH &DUORV PqQH GH IURQW son activité DX VHLQ GH O¶RUJDQLVDWLRQ V\QGLFDOH VRQ U{OHG¶LQWHUPpGLDLUHHQWUHOHVVHUYLFHVSXEOLFVHWOHVPDUFKDQGVGHUXHHWVRQVWDWXWGHFKHIGH petite enterprise. Il a sous ses ordres quatre employés et deux collaborateurs associés : son IUqUHHWVDV°Xr87. Il a, par le biais de la formalisation de ses points de vente, accès au crédit FHTXLOXLDSHUPLVG¶pODUJLUVRQFRPPHUFHHWGHVHPHWWUHDX[QRUPHVeYLGHPPHQWOHFDV GH &DUORV Q¶HVW SDV JpQpUDOLVDEOH j WRXV OHV PDUFKDQGV GH UXH PDLV LO HVW VXIILVDPment VSpFLILTXH SRXU DWWLUHU O¶DWWHQWLRQ VXU OHV LPEULFDWLRQV HW OHV UHODWLRQV TXL H[LVWHQW HQWUH OH GRPDLQHIRUPHOHWLQIRUPHOQRXVSHUPHWWDQWDLQVLGHUpIXWHUO¶LGpHVHORQODTXHOOHIRUPHOHW informel seraient antithétiques et suffisants pour expliquer lD UpDOLWp -H P¶DSSOLTXHUDL j GpPRQWUHU TXH O¶XQ Q¶H[LVWH SDV VDQV O¶DXWUH HW TXH GH FHV PRWLIV G¶LPEULFDWLRQ QDvW XQH dynamique qui est prépondérante et peut-être singulière à Salvador. 85 -¶DLHIIHFWXpXQHVpULHG¶HQWUHWLHQVDYHF&DUORVHQWUHHW,OP¶DDLGpjFRQWDFWHU G¶DXWUHVPDUFKDQGVGHUXHSRXUPXOWLSOLHUPHVVRXUFHVG¶LQIRUPDWLRQ 86 Secrétariat des services publics de la Mairie de Salvador responsable de la délivrance des patentes de fonctionnement du commerce de rue au quotidien et pendant les fêtes. 87 De fait, il est possible que chacun des équipements appartiennent à un de ses frères et V°XUVTXLHX[-PrPHVRQWXQHPSOR\p&DUORVV¶HVWSHXWV¶rWUHDSSURSULpOHQpJRFHIDmilial pour me montrer son importance. 50 2) Dona India Le deuxième exemple concerne deux marchandes des fêtes populaires de Salvador. Il existe un syndicat représentant cette catégorie particulière qui se distingue de celle du commerce de rue au quotidien dont Carlos RodriguHVHVWO¶XQGHVUHSUpVHQWDQWV Pourtant, plutôt que de se UHFRQQDLWUHGDQVO¶RUJDQLVDWion politique, certains de ces marchands préfèrent se référer à la tradition des barraqueiros des fêtes populaires. Le nom provient de la baraque dans laquelle le marchand de rue des fêtes populaires vend des boissons et des plats cuisinés. Normalement, il dispose des tables et des chaises sur le devant SRXUTXHOHVFOLHQWVV¶LQVWDOOHQW Portrait : Dona India Je suis allée rendre visite à Dona India, à son domicile. Elle est une des figures les plus importantes des barraqueiros des fêtes populaires, et cela se sait aussi par la renommée de VDEDUDTXHHWQRQVHXOHPHQWSDUVRQkJHDYDQFp(OOHKDELWHGDQVOHTXDUWLHUG¶8UXJXDLVXU la Baie de Tous les Saints. Un quartier très populaire et pauvre qui a déjà fait parler de lui car de nombreuses ONG se sont intéressées à son sous-quartier de « palafita », maison sur pilotis construites très pauvrement sur la Baie, dans des conditions matérielles et G¶LQVDOXEULWp LQTXLpWDQWHV 'RQD ,QGLD QH YLW SDV GX F{Wp GHFH VRXV-quartier mais pour se rendre chez elle il faut suivre un canal enterré, transformé en égout et dont le cheminement Q¶HVW QL WUqV DJUpDEOH QL WUqV UDVVXUDQW -¶DUULYH ILQDOHPHQW FKH] HOOH GDQV XQH UXH WUDQVYHUVDOHjFHFDQDOGDQVXQHPDLVRQDQFLHQQHHWVLPSOH(OOHP¶DFFXHLOOHDYHFVDILOOH G¶XQH TXDUDQWDLQH G¶DQQpH HOOH DXVVL HVW EDUUDTXHLUD /¶HQWUHWLHQ DYHF 'RQD ,QGLD VH transforme en un double entretien avec sa fille. Comme je suis moi -même accompagnée par mon mari, il y a parfois une double trame qui se joue au même moment. Néanmoins, la voix GHODILOOHpWDQWEHDXFRXSSOXVIRUWHHWIHUPHTXHFHOOHGHODPqUHF¶HVWVXUWRXWHOOHTXLHVW DXGLEOHVXUPRQHQUHJLVWUHXUPrPHVLSHQGDQWO¶HQWUHWLHQM¶DLSOXVGLVFXWpDYHFODPqUHTXL susurrait à demi voix ses souvenirs passés, assise à côté de moi sur le canapé du salon, elle disait : « je participais à toutes les fêtes, mais maintenant, avec ma jambe qui me fait VRXIIULU« ª 6D ILOOH SUHQG OD SDUROH HOOH GLW TX¶HOOH DLPH TXH WRXW VRLW ELHQ GpFRUp HW DUUDQJp(OOHHPPqQHMXVTX¶jO¶HDXSRXUrWUHVUe de ne dépendre de rien sur place. Il faut 51 DUULYHU XQ MRXU DYDQW SRXU VH SUpSDUHU V¶LQVWDOOHU VH IDLUH IDLUH OHV RQJOHV DUUDQJHU OHV cheveux. Ma mère ne vient que le jour de la fête. Le premier jour est fait pour gagner un peu G¶DUJHQW SRXU DFKHWHU OHV JODoRQV GHV EDUUDTXHLURV Q¶RQW SDV GH FRQJpODWHXU LO IDXW DFKHWHU GHV JODoRQV /D PDLULH QRXV HPSrFKH G¶DFFpGHU DVVH] W{W j QRV pWDOV HW SDUWLFLSH DLQVL j QRWUH SHUWH &¶pWDLW WRXW ELHQ DUUDQJp WRXW MROL ,O \ DYDLW OHV WDEOHV HW OHV FKDLVHV AujouUG¶KXLF¶HVWOD6FKLQFKDULROOD%DYDULDOD6NROOD%UDPKDOHVHQWUHSULVHVGHELqUH qui met à disposition le matériel. « 6HXOVFHX[TXLQ¶RQWSDVG¶RULJLQHGHEDUDTXHSHXYHQWVH contenter de ça ! 88 ª'HFHWWHPDQLqUHO¶HQIDQWQ¶DSOXVEHVRLQGXPDWpULHl que sa mère lui laisse pour travailler. Il suffit de brancher le congélateur que la Schin lui met à disposition. 0RLM¶DLXQQRP ! « Barraca da India ªHWMHQHYDLVSDVP¶LQVWDOOHUVDQVGpFRUDWLRQ-¶DL O¶REOLJDWLRQG¶KRQRUHUOHQRPGHPDPqUH&KDTXH IrWHF¶pWDLWXQHFRXOHXUGHSDSLHUFUpSRQ %RQILPF¶pWDLWWRXWHQEODQF : toutes les fêtes je devais acheter les rideaux et une fleur que PDPqUHP¶HQYR\DLWFKHUFKHU«TXHOpWDLWVRQQRP ? Palma de Santa Rita «-HSUHQDLVOH taxi pour aller chercher ces fleurs : elles étaient blanches et jaunes. Il y avait les fleurs et le SRLVVRQ ,O IDOODLW TXH M¶DLOOH FKHUFKHUOHSRLVVRQ j OD © rampa89 ». On avait notre vendeur, F¶pWDLWNJGHSRLVVRQVGHODUDLH3XLVGHVJRPERVSXLVOHVFUHYHWWHV2QSD\DLWDSUqV la fête. On achetait à crédit. « Où est le sac ? » demande-t-elle à sa mère. Elle a déjà tout acheté pour la fête du Bonfim. Tout en vert et bleu. Mais ils ne veulent plus rien de tout ça. 6HV FRXYHUWV HQ LQR[ VRQW WRXW ELHQ JDUGpV ,O Q¶\ D SDV G¶pWDJqUHV dans leurs baraques. 3DUIRLVRQDUULYHLOVVRQWHQFRUHHQWUDLQGHSHLQGUH«&¶HVWIDWLJDQW ! India mère se plaint de sa jambe. Elle ne peut plus marcher. Elle veut mourir à la maison. Elle nous offre un jus de fruits. « Regarde où est India ! », me dit-elle. Elle me parle de 'LPLWULLODIDLWXQFRQFRXUVLODHVVD\pGHUHYLWDOLVHUOHVIrWHVHWOHXUWUDGLWLRQPDLVoDQ¶D SDVPDUFKp« Quand je demande qui fait les fêtes, la fille India répond sans hésiter, « les barraqueiros ». a) Le mythe des origines ToXV OHV PDUFKDQGV GHV IrWHV SRSXODLUHV TXH M¶DL LQWHUURJpV VH UpIqUHQW j XQH WUDGLWLRQ TXL comprend divers éléments, le plus visible et aussi le plus fameux étant celui de la devanture de la baraque: peindre sa baraque en suivant des thèmes qui lui donnent une identité, le plus souvent basés sur la religion afro-brésilienne du candomblé. Je renvoie en 88 ³6RVHUYHSDUDTXHPQmRWHPRULJHPGHEDUUDFD´ILOKDGD,QGLD 52 DQQH[HDXWUDYDLOG¶$GHQRU%RQILPSKRWRJUDSKHEDKLDQDLVTXLUHQGFRPSWHGHFHWWHWUDGLWLRQ j WUDYHUV TXHOTXHV FOLFKpV TXL UHPRQWHQW DX[ DQQpHV DYDQW TX¶une loi municipale LQWHUGLVHO¶XWLOLVDWLRQGHFHVEDUDTXHVHQERLVGpFRUp>$QQH[HV,@-HQ¶DLSDVFRQQXFHWWH époque mais cette référence ressort dans tous mes entretiens avec les barraqueiros des fêtes populaires. Ces décorations restent aussi dans le souvenir des personnes qui fréquentent les IrWHVRXTXLOHVRQWIUpTXHQWpHV(OOHVpWDLHQWODPDUTXHODSOXVIRUWHGHO¶LGHQWLWpGHFKDFXQH GH FHV EDUDTXHV /D WUDGLWLRQ GpSHQG DXVVL G¶XQ VDYRLU-faire particulier et de relations marquée par la confiance et le respect aux anciens. Il existe un consensus, entre les marchands de rue des fêtes populaires et les gens qui IUpTXHQWHQWOHVIrWHVSRSXODLUHVVXUXQHWUDGLWLRQSDVVpHTXLDXMRXUG¶KXLQ¶DSOXVGHOLHXQLGH place pour exister. Un mythe des origines qui ne se date pas mais qui raconte comment DXWUHIRLV OHV IrWHV SRSXODLUHV RIIUDLHQW XQ FRQWH[WH GH WUDYDLO GLJQH TXL Q¶H[LVWH SOXV DXMRXUG¶KXL /D WUDGLWLRQ GH WUDYDLO GH UXH TXL H[LVWH GHSXLV OD QXLW GHV WHPSV V¶HVW développée avec un caractère particulier pendant les fêtes populaires. Les fêtes permettent une mixité sociale et les marchands de rue ont une clientèle aisée et parfois célèbre qui en plus de contribuer au développement économique du négoce, participe de la dignité du PDUFKDQGHWGHO¶LPDJHGH marque de la baraque. Nous pouvons donc difficilement raconter le travail des barraqueiros sans parler des fêtes populaires qui leur sert de contexte, ce qui sera fait dans le deuxième chapitre de cette thèse. Je reprends ici les principaux éléments pour reconstituer le discours sur la tradition passée : « Le travail était avant tout un plaisir et un art de travailler. Il engageait toute la IDPLOOH&KDTXHEDUDTXHDYDLWVDGpFRUDWLRQHWVHVKDELWXpV2QDOODLWV¶DVVRLUFKH] « Dona India », etc. La tradition se perpétuait de père en fils, ou mère en fille. La YLROHQFHQ¶H[LVWDLWSDV8QV\VWqPHG¶HQWUDLGHH[LVWDLWHQWUHOHVPDUFKDQGV,O\DYDLW VXIILVDPPHQWGHUHQWUpHVG¶DUJHQWSRXUWRXV ». Dona India. Je reprendrai en quatre points les éléments mis en avant par les marchands des fêtes populaires en ce qui concerne le sentiment de perte : Les marchandes affirment avoir une tradition dont les fondements sont contenus dans un savoir-IDLUH/DWUDGLWLRQDFRPPHSRLQWG¶RUJXHO¶DUWGHGpFRUHUOD baraque ainsL TX¶XQ PRGH RSpUDWLRQQHO /D EDUDTXH GRLW UHSUpVHQWHU OD IrWH 'H OD 89 Près du port, lieu de vente en gros du poisson, à bas prix. 53 PrPHIDoRQTXHOHV%UpVLOLHQVGpFRUHQWODVDOOHOHJkWHDXHWV¶KDELOOHQWSRXUIrWHUXQ anniversaire, le barraqueiro décore sa baraque, ses tables, ses chaises selon le saint du jour. Cette décoration peut chercher également à se distinguer des autres et à attirer O¶DWWHQWLRQ GHV FOLHQWV © tout doit être bien arrangé et bien décoré », dit la fille de Dona India. (OOHV UDFRQWHQW O¶LPSRUWDQFH G¶DSSRUWHU VRQ HDX SRXU QH GpSHQGUH GH SHUVRQQH sur SODFHFDUOHVEDUDTXHVQHGLVSRVHQWSDVG¶HDXFRXUDQWH /HV barraqueiros travaillent avec des glacières en polystyrène et des blocs de glace. Le premier gain de la fête sert j DFKHWHU OD JODFH FDU LO Q¶\ D SDV RX SHX GH IRQGV GH URXOHPHQW DX FRPPHUFH Le premier jour, veille de la fête, les barraqueiros sont donc déjà en place faisant les derniers préparatifs qui consistent également à soigner son apparence en se faisant faire les ongles et en se coiffant pour les femmes. Ce premier jour, la mère Dona India Q¶HVWSDVSUpVHQWHjODIrWHHOOHHVWjODPDLVRQHWVHSUpSDUHDXFDOPH Pour récapituler, cette tradition repose donc sur un savoir-faire, une esthétique WUDYDLOOpHHWSHUVRQQDOLVpHXQPRGHG¶RUJDQLVDWLRQHWXQUHVSHFWSRXUOHVDQFLHQV Le point GH UXSWXUH HVW ILJp GDQV OD ORL PXQLFLSDOH LQWHUGLVDQW O¶XWLOLVDWLRQ G¶pOpPHQWV QRQ VWDQGDUG /D PDLULH HVW OH VHXO IRXUQLVVHXU DXWRULVp j GpOLYUHU OHV structures adéquates pour la vente : structure tubulaire en aluminium et bâche en plastique épais. En plXV GH SHUGUH O¶pOpPHQW YLVXHO SULQFLSDO GH OHXU PDUTXH identitaire, la baraque peinte, les marchandes se trouvent désormais à la merci des horaires et de la temporalité de la mairie afin de se préparer. Le matériel est délivré à la dernière minute. Le premLHUMRXUG¶LQVWDOODWLRQHVWSHUGX/DPDLULHDJLWDXQRPGH O¶RUJDQLVDWLRQ GH O¶RUGUH GH O¶K\JLqQH HW GH OD VpFXULWp /H PDWpULHO XQLIRUPLVp remplit un rôle « esthétique » aux yeux des organisateurs de la fête et de la ville en général, même si cette esthétique est opposée à celle des barraqueiros, elle est celle des dominants en relation aux pauvres. Cette standardisation facilite également le WUDYDLO GHV DJHQWV GH ILVFDOLVDWLRQ GH OD PDLULH TXL HQ XQ FOLQ G¶°LO UHSqUHQW TXL HVW HQUHJLVWUp HW TXL QH O¶HVW SDV PDLQWHQDQW DLQVL XQH FHUWDLQH QRWLRQ GH O¶RUGUH HW GX FRQWU{OHSDUOHELDLVG¶XQHFHUWDLQHRUJDQLVDWLRQ&HVPDWpULDX[VRQWWHQXVSRXUrWUH plus hygiéniques que le bois qui était autrefois utilisé. Enfin, les traditionnelles bouteilles de bière en verre de 600 ml et les verres sont remplacés par des cannettes et du plastique, évitant ainsi les débordements de fins de soirées pendant lesquels les bouteilles se transformaient en armes tranchantes. 54 Le résultat de cette confrontation entre tradition et standardisation est un VHQWLPHQWSURIRQGGHSHUWHOLpjO¶LPSRVVLELOLWpGHFRQWLQXHUjWUDYDLOOHUVHORQOHVFKpPD ancien. Cette perte se fait aussi bien matérielle que morale. Au niveau matériel, les normes de décoration sont changées et la possibilité de V¶LQVWDOOHUODYHLOOHSRXUJDJQHU O¶DUJHQW GHOD JODFHHVW UHQGX LPSRVVLEOH SDU OD GpSHQGDQFHj OD PDLULH TXL GpOLYUH OH PDWpULHO VHORQ XQH DXWUH WHPSRUDOLWp '¶DXWUH SDUW LQWHUYLHQQHQW GH QRXYHDX[ DJHQWV les sponsors, quasi toujours des marques de bière. Ces sponsors, qui gagnent grâce à GHVDSSHOVG¶RIIUHGHVH[FOXVLYLWpVVXUGHVIrWHVDPqQHQWDYHFHX[GHVQRXYHDX[PRGHV GH IRQFWLRQQHPHQW GDQV OHTXHO OD UpIpUHQFH j OD WUDGLWLRQ Q¶D SOXV DXFXQH FUpGLELOLWp Pour eux, seules les lignes marketing et commerciales comptent. Ils mettent à GLVSRVLWLRQGHVIUHH]HUVGHVWDEOHVHWGHVFKDLVHVHQpFKDQJHG¶XQHH[FOXVLYLWpGHYHQWH dans la baraque, dans une guerre entre les différentes marques de bière. Les marques de bières deviennent de ce fait la décoration la plus évidente pour la plupart des baraques RUQpHVG¶DIILFKHVSXEOLFLWDLUHVGLVWULEXpHVJUDWXLWHPHQWORUVGHODVLJQDWXUHGXFRQWUDW /DILOOH,QGLDUHVVHQWXQJUDQGGpJRWHWpSURXYHXQVHQWLPHQWG¶LPSXLVVDQFHIDFHjOD vulgarité de ces sponsors qui repréVHQWH XQH SHUWH GH VHQV PRUDO (OOH O¶H[SULPH ORUVTX¶HOOHGLW© TXHVHXOVFHX[TXLQ¶RQWSDVG¶RULJLQHGHEDUDTXHSHXYHQWVHFRQWHQWHU DYHFoD/HVHQIDQWVQ¶RQWSOXVEHVRLQGXSDWULPRLQHGHVSDUHQWVLOVXIILWGHEUDQFKHUOH freezer ! ª (OOH V¶H[SULPH pJDOHPHQW SDU O¶LQFDSDFLWp G¶H[HUFHU VD SURIHVVLRQ FRPPH avant OD WUDQVPLVVLRQ PDWHUQHOOH RX SDWHUQHOOH Q¶D SOXV OLHX G¶rWUH /¶KRPPDJH DX VDLQW TXL UHTXpUDLW XQH GpFRUDWLRQ VLQJXOLqUH HVW HPSrFKp SDU O¶XQLILFDWLRQ HW OD VWDQGDUGLVDWLRQHQILQO¶LQWHUGLFWLRQG¶XWLOLVHUODVWUXFWXUHGHODEDUDTXHHQERLVUHPHWHQ cause toute la visibilité et la singularité des marchands des fêtes populaires qui se SHUGHQW DORUV GDQV XQH FRQFXUUHQFH GpOR\DOH DYHF WRXW W\SH G¶DXWUHV SHUVRQQHV DOODQW des plus pauvres aux plus riches investisseurs, dans le cadre du carnaval. La seule réponse possible est celle du « nom ªJDUDQWG¶XQHGLJQLWpG¶XQVHQV GH O¶KRQQHXU TXL PDOKHXUHXVHPHQW SRXU OHV PDUFKDQGHV QH UHoRLW DXFXQ pFKR SRVLWLI dans la nouvelle configuration. Ce nom est bien GpFULW GDQV O¶pSLVRGH GH O¶DFKDW GX SRLVVRQ HW GHV LQJUpGLHQWV GH EDVH UHQIRUoDQW O¶LGpH TX¶LO Q¶\ D SDV G¶LQYHVWLVVHPHQW SUpDODEOH PDLV XQ FRQWUDW G¶KRQQHXU HQWUH OD PDUFKDQGH HW VHV IRXUQLVVHXUV TXL VH réalise dans une vente à crédit sans intermédiaire bancaire. Ce système, basé sur la confiance et la familiarité, ne trouve plus sa place dans les nouvelles normes pour lesquelles seuls le système du capitalisme libéral du type « qui possède et investit le plus gagne toujours plus » est valorisé. La reconnaissance par le nom est niée par le 55 système de valeurs de la grande fête carnavalesque. Le fait de résumer leur travail à O¶DFTXLVLWLRQ G¶XQ PDWpULHO FKRTXH SURIRQGpPHQW OHV PDUFKDQGHV (OOHV UHIXVHQW GH V¶LQVWDOOHU VDQV DXFXQH GHFRUDWLRQ (OOHV UHODWHQW les couleurs du crépon choisi SDUWLFXOLqUHPHQWSRXUFKDTXHIrWHOHVULGHDX[OHVIOHXUVFODPDQWDLQVLTX¶HOOHVQHVH laisseront pas totalement perdre dans les nouvelles normes qui nient leur singularité. &HWWH OXWWH HVW GRQF SOXV SURIRQGH TX¶XQH VLPSOH OXWWH GH PDWpULHO GH EDUDTXH F¶HVW aussi celle des barraqueiros contre le système de valeur du capitalisme représenté ici par la mairie et encore plus par les sponsors, afin de ne pas être réduit à des « pauvres sans tradition ». b) Remarques : Ces marchanGHVGHPqUHHQILOOHQHUHPHWWHQWSDVHQFDXVHOHIDLWG¶rWUHPDUFKDQGHVGHUXH mais plutôt celui de ne plus pouvoir pratiquer leur métier conformément à leur savoir-faire. /HYpFXGHOHXUFRQGLWLRQQ¶HVWGRQFSDVDXVVLSRVLWLITXHFHOXLGH&DUORV5RGULgues. Elles ne VHVHQWHQWSDVDFWULFHVPDLVYLFWLPHG¶XQV\VWqPHTXLQ¶HVWSDVOHOHXU -HPHVXLVWURXYpHHQIDFHG¶XQGLOHPPHpSLVWpPRORJLTXHDYHFOHFRQWHQXGHVHQWUHWLHQVGHV barraqueiros GHV IrWHV SRSXODLUHV 7RXV pWDLHQW G¶DFFRUG SRXU UHJUHWWHU XQ « bon vieux temps », « un temps perdu ª HW VH SODLQGUH GX WHPSV SUpVHQW 'DQV XQ SUHPLHU WHPSV M¶DL essayé de repérer quelles étaient les plaintes ou les revendications mais tout semblait être tourné vers le passé pour celles qui vénéraient une certaine tradition qui prenait pied dans les fêtes populaires. Pas de revendications politiques fortes, mais plutôt une complainte de la perte. Dans ce scénario catastrophe, la fille de Dona India laisse cinq ans aux barraqueiros avant de disparaître. Pronostic qui nHV¶HVWSDVYpULILpFDUHOOHOHIDLVDLWHQ« &HWWH SHUWH FRPPH RQ O¶D YX M¶DL HVVD\p GH OD TXDOLILHU : perte de son identité par O¶LQWHUGLFWLRQGHWUDYDLOOHUDYHFVRQpWDOGpFRUpSHUWHGHVHVFRPSpWHQFHVSURIHVVLRQQHOOHVj cause de O¶LPSRVVLELOLWpGe fonctionner sur un mode qui leur est propre, perte du sentiment G¶KRQQHXU j FDXVH G¶XQ QRXYHDX V\VWqPH TXL YLHQW FRQWUHFDUUHU XQ DQFLHQ PRGH GH fonctionnement UHPSODFHPHQW GH OD WUDGLWLRQ SDU OHV FDQRQV GX FDSLWDOLVPH GH O¶LQGXVWULH carnaval. Mais quel serait ce mode de fonctionnement qui leur serait propre et constituerait OHXUVLQJXODULWp"'¶RYLHQGUDLW-il ? Serait-il condamné à disparaître complètement, ou juste GDQVFHUWDLQHVFRQGLWLRQV"'¶DXWUHSDUWTXLVRQWFHVDFWHXUV ? Des pauvres ? Des Noirs ? Les YRL[GLVFRUGDQWHVGH&DUORVHW'RQD,QGLDP¶DPqQHQWjXQHSURVSHFWLRQKLVWRULTXH 56 II- 7DEOHDX[G¶pSRTXHV $ILQGHUpSRQGUHjFHVTXHVWLRQVMHVRXKDLWHUHQGUHFRPSWHG¶XQHOHFWXUHKLVWRULTXHGX%UpVLO et plus particulièrement de Bahia qui prenne en compte différentes « époques ». Ces « époques » se distinguent les unes des autres par différents facteurs : Temporel : nous les daterons dans le temps. Économique : les « époques » adoptent un modèle économique spécifique. Politique : ce sont leV SROLWLTXHV PLVHV HQ °XYUH SRXU SRUWHU OH SURMHW pFRQRPLTXH HW UpJXOHUO¶pTXLOLEUHVRFLDO Social : les rapports entre les groupes sociaux et la manière dont ceux-ci sont conditionnés par les aspects cités ci-GHVVXV GH O¶pFRQRPLH HW GH OD SROLWLTXH HW Oa manière dont ils se voient et se nomment. -HSRXUUDLVMXVWLILHUFHWWHSORQJpHGDQVOHSDVVpHQUHSUHQDQWOHVWHUPHVGH)RXFDXOWORUVTX¶LO H[SRVHVRQLQWHQWLRQGHIDLUHO¶KLVWRLUHGXV\VWqPHSpQLWHQFLHU : « &¶HVW GH FHWWH SULVRQ DYHF WRXV OHV LQYHVWLVVHPHQWV SROLWLTXHV GX FRUSV TX¶HOOH UDVVHPEOH GDQV VRQ DUFKLWHFWXUH IHUPpHTXH MH YRXGUDLV IDLUH O¶KLVWRLUH 3DU XQ SXU anachronisme "1RQVLRQHQWHQGSDUOjIDLUHO¶KLVWRLUHGXSDVVpGDQVOHVWHUPHVGX SUpVHQW2XLVLRQHQWHQGSDUOjIDLUHO¶KLVWRLUHGu présent ». Foucault (1975 :35) /¶KLVWRLUHGRLWP¶DLGHUjFRPSUHQGUHOHSUpVHQWGDQVFHTX¶LOWUDQVSRUWHGXSDVVp0DOJUpOH IDFWHXU WHPSRUHO HW O¶DWWDFKHPHQW GH FHV PRGqOHV j XQH WUDQFKH KLVWRULTXH VSpFLILTXH OHV GLIIpUHQWHV pSRTXHV QH V¶DQQXOHQW SDV O¶XQH O¶DXWUH GDQV OH WHPSV : elles se succèdent et SDUIRLV V¶HQFKHYrWUHQW RX VH VXSHUSRVHQW &H SULQFLSH UHWLHQW QRWUH DWWHQWLRQ HW QRXV souhaitons nous en servir pour analyser nos éléments de terrain concernant les barraqueiros. De cette forme, nous interprèterons leurs conceptions et leurs perceptions comme des traces, des persistances de telle ou telle époque et non comme des anachronismes. Dans ce sens, nous cherchons à savoir ce qui fait que le discours de certains acteurs se trouve être anachronique eQUHODWLRQDYHFOHVORJLTXHVGRPLQDQWHV3OXVTX¶XQHVLPSOHQRVWDOJLHOH GLVFRXUVWRXUQpYHUVOHSDVVpGHFHUWDLQVDFWHXUVHVWODPDUTXHG¶XQV\VWqPHpFRQRPLTXHHW VRFLDO TXL pWDEOLW XQH FHUWDLQH IRUPH GH UHODWLRQ j O¶DXWUH 3RXUWDQW VL MH SHX[ SDUOHU GH « situation » anachronique les concernant, je ne peux cependant pas en faire des êtres DQDFKURQLTXHV (Q HIIHW OH V\VWqPH GH UHODWLRQ GDQV OHTXHO LOV pYROXHQW Q¶HVW SDV TX¶XQH 57 ombre du passé, mais une réalité contemporaine. De ce fait, nous nous intéresserons aux modes de cohabitation de ces différentes « époques » SRXU UHQGUH FRPSWH GH FH TXL SRXUUDLW rWUH G¶DSUqV QRXV XQH VSpFLILFLWp GH OD VRFLpWp brésilienne contemporaine. Nous nous intéresserons donc à relever les situations dans lesquelles ces « époques » sont coprésentes et la manière dont elles se tolèrent ou non. /¶D[H SULQFLSDO TXL QRXV IDLW WUDYHUVHU OHV GLIIpUHQWHV © époques » est celui de la IRUPDOLVDWLRQ$XF°XUGHQRWUHpWXGHQRXVDYRQVODTXHVWLRQGXFRPPHUFHGLW© informel ». Notre hypothèse est que si la structure formelle est amenée à changer de forme plus ou moins radicale selon les tournants historiques et les mesures politiques qui les accompagnent, les us HW FRXWXPHV HX[ SHUGXUHQW WDQW TX¶LOV VRQW XVLWpV LQGpSHQGDPPHQW GX V\VWqPe formel en YLJXHXU 1RXV FKHUFKRQV GRQF j UHSpUHU OD SODFH ODLVVpH j O¶LQIRUPDOLWp GDQV OD VRFLpWp brésilienne. Pour rendre compte de ces « époques ª QRXV GpFRXSRQV O¶KLVWRLUH GX %UpVLO HQ WURLV morceaux qui se déclinent selon le point de vue. Dans une vision politique, nous avons : Brésil colonie / Brésil République / et Brésil multiculturel. Dans une vision économique ces « époques » se caractérisent par : Brésil esclavagiste et agricole / Brésil industriel / Brésil comme carte postale touristique. Enfin, du point de vue de la formalisation des rapports sociaux, nous avons : une société hiérarchisée sur des critères raciaux pendant la colonie / la « démocratie raciale ª j O¶pSRTXH GH OD 5pSXEOLTXH OHV PLQRULWpV HWKQLTXHV GH OD VRFLpWp multiculturelle. Ou encore, de façon systématique, nous pouvons représenter ces aspects sous IRUPHG¶XQWDEOHDX : Contexte Dates À partir du économique e XVI siècle (1545) À partir du Brésil esclavagiste et agricole XIX siècle (1822) Contexte Politique Contexte Social Brésil colonie Hiérarchie raciale Brésil République Démocratie raciale Brésil multiculturel Minorités ethniques e Brésil industriel À partir des années Carte postale 1980 touristique /HV GDWHV GH FHV WDEOHDX[ QH VRQW SDV FORVHV FDU O¶DSSDULWLRQ GH O¶XQH Hst une sorte 58 G¶DYqQHPHQWVXUOHORQJWHUPHGHO¶DXWUH-¶DLIDLWFRPPHQFHUOHSUHPLHUWDEOHDXjO¶DUULYpH GH 7RPp GH 6RX]D ORUVTX¶LO HVW FKDUJp G¶pGLILHU 6DOYDGRU ; le second au moment de O¶,QGpSHQGDQFH GX %UpVLO FHWWH GDWH HVW UHVWpH LQVLJQLILDQWH DX SODn politique car nous sommes HQFRUH ORLQ GH O¶DYqQHPHQW GH OD PRQDUFKLH PDLV HOOH D GRQQp OLHX VXU OH SODQ économique à la mise en place de la structure institutionnelle capable de supporter le capitalisme ; le troisième est daté en accord avec les travaux de réhabilitation du centre historique de Salvador, offrant une infrastructure de base au touriste. Les différents contextes évoqués dans ce tableau, évoluent plus ou moins en adéquation les uns avec les autres selon les moments et se résument de la sorte : Contexte économique : LO V¶DJLW GX SDVVDJH G¶XQ V\VWqPH HVFODYDJLVWH HW SDWHUQDOLVWH GH monoculture de la canne à sucre à celui capitaliste du développement industriel de Salvador, avec création de la Région métropolitaine de Salvador (nouvelle configuration spatiale de GpFHQWUDOLVDWLRQHWGHO¶RXYHUWXUHDXWRXULVPH Contexte politique /¶pYROXWLRQ SROLWLTXH VH FDUDFWpULVH SDU OH VWDWXW GH %UpVLO-colonie SHQGDQWSUqVGHWURLVFHQWVDQVDORUVTXHO¶KLVWRLUHGX%UpVLOHQFRPPHQoDQWDXGpEXWGHOD colonie, ne compte pas plus de cinq cents ans. Soit plus de la moitié du temps. Puis, O¶LQGpSHQGDQFH GDQV XQ SUHPLHU WHPSV HW O¶DEROLWLRQ GH O¶HVFODYDJH GDQV XQ VHFRQG WHPSV donnent lieu à une République souveraine qui oscille entre la démocratie et les dictatures militaires. Et enfin, une redémocratisation du pays dans les années 1980 qui mène à la UpGDFWLRQGHODQRXYHOOHFRQVWLWXWLRQGX%UpVLOHQ1RXVDVVLVWRQVDORUVjO¶pPHUJHQFH G¶XQHVRFLpWpPXOWLFXOWXUHOOHTXLVHVXEVWLWXHjO¶eWDWVRXYHUDLQ Contexte des relations raciales : QRXVYHUURQVO¶pYROXWLRQGHVUHODWLRQVLQWHUUDFLDOHVDX%UpVLO HWSOXVSDUWLFXOLqUHPHQWj%DKLDG¶DSUqVO¶pYROXWLRQVRFLR-économique ci-dessus développée. 6RLWOHSDVVDJHGXV\VWqPHVpJUpJDWLRQQLVWHGHO¶HVFODYDJHRFRPPDQGe le statut, à celui de la jeune Nation brésilienne du début du XXe VLqFOHRO¶LGpHG¶une entente cordiale entre les 3 races reconnues par la démocratie raciale est devenue un projet politique, puis la reconnaissance des droits aux minorités ethniques sur OHPRGqOHDPpULFDLQTXLV¶LQVFULWGDQV la Constitution de 1988. Au niveau de la mise en forme, nous aurons le souci de retracer trois « tableaux G¶pSRTXH » qui recoupent donc de façon transversale les différents contextes exposés dans le tableau, ciaprès dénommé Tableau 1 ; Tableau 2 ; Tableau 3. 59 Tableau 1 /¶HVFODYDJH En 1549, Tomé de Souza arrive à Salvador90. Il est chargé par le roi du Portugal de construire la première capitale du Brésil sur la Baie de Tous les Saints. La Baie, découverte par $PHULJR9HVSXFFLHQIXWQRPPpHGHODVRUWHHQO¶KRQQHXUGHODIrWHGHOD7RXVVDLQW jour de sa découverte. La construction de la ville ne débute que 50 ans plus tard, quand les 3RUWXJDLVGpFLGHQWG¶H[SORLWHUOH3DX%UDVLO, le bois de braise dont ils extraient le rouge pour teindre leur tissu, ainsi que la canne à sucre. /HVDFWLYLWpVpFRQRPLTXHVTXLHQGpFRXOHQWIRQWGX%UpVLOXQSD\VH[SRUWDWHXU /¶LQWHQWLRQ SUHPLqUHGHV3RUWXJDLVQ¶HVWSDVGHFRORQLVHUFHWWHWHUUHPDLVEHOHWELHQG¶HQH[SORLWHr au maximum les ressources naturelles. Se met alors en place, comme dans les modèles déjà existants, une société hiérarchisée91. /¶H[SORLWDWLRQ GH OD FDQQH j VXFUH TXL SDU XQ SURFHVVXV GH WUDQVIRUPDWLRQ VH GpFOLQH HQ différents produits, devient la première rente du Brésil colonie : le sucre est exporté en Europe, alors que la mélasse (sorte de jus de la canne non raffiné), la rapadura (ce même jus durci et consommé en bloc) et la cachaça O¶DOFRRO GH FDQQH j VXFUH VRQW FRQVRPPpV VXU 90 Les principaux ouvrages de références pour ce tableau sont: AGI ER, M ichel, « Salvador de Bahia. Rome noire, ville métisse.´3KRWRV GH &KULVWLDQ &UDYR (GLWLRQV $XWUHPHQW Collection Monde, pp. 157, 2005 ; ALCOFORADO Fernando, Os Condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia, Tese de Doutorado apresentada como exigência para obtenção do grau de Doutor em Planificacíon Territorial y Desarrollo Regional da Universidade de Barcelona, sob a orientação do Professor Doutor José Luis Luzón Benedicto, 2003. Thèse en ligne sur le site TDR (Tesis Doctorales en Red) : http://tdx.cat/handle/10803/1944; FREYRE, Gilberto, Maîtres et esclaves : la formation de la société brésilienne [1934], Paris, Gallimard, 1974 ; PI ERSON, Donald, Brancos e prêtos na Bahia: estudo de contacto racial; introdução de Artur Ramos e Robert E. Park, 2ª edição, São Paulo, Companhia Editora Nacional, Brasiliana, vol. 241, pp. 430, 1ère édition en 1944, 1971. Egalement publié par University of Chicago Press, 1967 [1942]; RODRI GUES, Raymundo Nina, Os Africanos no Brasil, Biblioteca virtual de ciências humanas, en ligne: www.bvce.org, pp. 154, [1933], 2010. 60 place. Cette monoculture implique une main-G¶°XYUH UpVLVWDQWH HW QRPEUHXVH TXH OHV Portugais vont trouver sur les terres du Recôncavo. Ils y installeront la plupart des exploitations agricoles. « Déjà en 1587, il y avait dans la ville et ses alentours quarante ± sept moulins de canne à sucre, qui fournissaient en grande partie, avec ceux de Pernambouc, les tables européennes », Pierson (1971 : 92). En ville, les premières régions colonisées sont celles du pourtour de la Baie, le port de Salvador devenant la plaque tournante des échanges. Les marchandises, comme les nouveaux venus, débarquent sur le port, centre autour duquel est conçue la ville. Les activités logitisques et commerciales se déroulent dans sa partie basse (le port), alors que sa partie haute accueille les residences de la noblesse et les administrations. Salvador, ville planifiée, est la première ville du Brésil, de part la chronologie, mais aussi de part son importance commerciale et de sa concentration des richesses. Pierson92 (1971) trace un portrait de BahLD j O¶RFFDVLRQ GH VRQ TXDWULqPH centenaire : « (QFRPSDUDLVRQDYHFOHVDXWUHVYLOOHVGXQRXYHDXPRQGHF¶HVWXQHYLHLOOHYLOOHHWGH fait une des plus anciennes. Fondée définitivement en poste avancé de la civilisation portugaise, cinquante ans avant Jamestown et trente-cinq ans avant St Augustine ± les principaux noyaux de population européenne des États-Unis ± elle fut un des ports les SOXVULFKHVDXPRQGHELHQDYDQWTXH1HZ<RUNVRUWHGHO¶HQIDQFH´(p.92). Au début du e XVIII siècle, Pierson indique que la ville compte déjà 70 000 habitants et décrit la ville de la sorte : 91 Ce qui se passé dans le sud des États-Unis est assez similaire. Nous connaissons mieux les rapports entre maîtres et esclaves qui ont été popularisés par la production cinématographique et littéraire. 92 PIERSON, Donald, Brancos e prêtos na Bahia : estudo de contacto racial; introdução de Artur Ramos e Robert E. Park, 2ªedição, São Paulo, Companhia Editora Nacional, Brasiliana, vol. 241, pp. 430, 1ère édition en 1944. Egalement publié par University of Chicago Press, 1971, 1967 [1942]. 61 « Des immeubles de six ou sept étages étaient communs, posséder des meubles en bois G¶pEqQHVFXOSWppWDLHQWOHV\PEROHG¶XQUDQJVRFLDOOHVVRLHVOHVSDODQTXLQVOHVSOXV fines porcelaines étaient importées de Chine. Dans les plantations de canne à sucre FLUFXODLHQW HW WUDYDLOODLHQW VHORQ OHV FDOFXOV GL[ IRLV SOXV G¶HVFODYHV TXH GDQV OHV plantations de Virginie » (p.94). Il cite également un contrebandier anglais qui écrivait, un siècle plus tard, à propos des HPEDUFDWLRQV GX SRUW HW GHV ELMRX[ HQ RU GHV IHPPHV EDKLDQDLVHV TX¶LOV DWWHLJQDLHQW « un degré de richesse méconnu en Europe » (p.94). 'H IDLW MXVTX¶j OD PRLWLp GX XVII e VLqFOH O¶pFRQRPLH HVW HQ H[SDQVLRQ &HSHQGDQW OD FRQFXUUHQFH DYHF OHV $QWLOOHV DIIDLEOLW FHWWH FURLVVDQFH 0DOJUp FHOD O¶pFRQRPLH VXFULqUH UpVLVWH j WURLV VLqFOHV GH GpSUHVVLRQ HW GH FULVHV ¬ O¶LQWpULHXU GHV WHUUHV OD PDLQ-G¶°XYUH LQGLJqQHHVWGpGLpHjO¶pOHYDJHGHVE°XIV&HWWHDFWLYLWpHVWDXGpEXW VRXWHQXHSDUO¶pFRQRPLH VXFULqUHHWVHUWjODFRQVRPPDWLRQORFDOHPDLVDXVVLjO¶H[SRUWDWLRQFXLU&HWWHSURGXFWLRQ prend le relais, comme économie de subsistance pendant les lourdes crises du sucre. Freyre décrit cette situation ainsi : « Non, pas un pays de cocagne XQHWHUUHG¶DOLPHQWDWLRQLQFHUWDLQHGHYLHGLIILFLOH YRLOj FH TX¶D pWp OH %UpVLO GHV WURLV VLqFOHV FRORQLDX[ /¶RPEUH GH OD PRQRFXOWXUH stérilisant tout. Les seigneurs ruraux toujours endettés. Les fourmis, les inondations, les sécheresses rendant difficiles les fournitures des vivres. » (Freyre 1974, p 73)93 /H WDEOHDX GH FHWWH pSRTXH FRORQLDOH HW HVFODYDJLVWH G¶XQH VRFLpWp DJULFROH HVW GRQF IDLW GH contrastes entre une richesse incomparable et des conditions de vie difficiles sur des terres sauvages. LD QRWLRQ GH ³VDXYDJHULH´ VH KHXUWH pJDOHPHQW DX[ GLIIpUHQFHV HQWUH OHV ,QGLHQV autochtones et les Européens. $YDQWO¶pGLILFDWLRQGH6DOYDGRUOHVUHQFRQWUHVSDFLILTXHVHWDPRXUHXVHVHQWUHOHV,QGLHQVHW les Européens, avaient provoqué la construction de quelques agglomérations. À partir de O¶XQH G¶HOOHV se IRUPH DXWRXU G¶XQ 3RUWXJDLV 'LRJR $OYDUHV &RUUHLD UHVFDSp G¶XQ naufrage et sauvé par les Indiens. Ils le surnomment « Caramuru ªO¶DQJXLOOHHQODQJXH7XSL 62 sans doute à cause de sa maigreur94. Colons et indiens se regroupent aux abords du Rio Vermelho, les colons prennent femme parmi les Indiennes suivant le processus courant de la colonisation. Marié à la fameuse Catherine Paraguaçu, première Indienne à être baptisée en France, Caramuru travailla toute sa vie à pacifier les rapports entre colons et Indiens en tant que chef G¶XQH IDPLOOH PpWLVVH mameluca PpWLVVDJH GX EODQF HW GH O¶,QGLHQ 7RXWHV VHV ILOOHV épousèrent des colons. Ces agglomérations métisses sont les premières colonies du Brésil. &DUDPXUX HQGRVVH XQ U{OH G¶LQWHUPpGLDLUH PDUFKDQG HQWUH OHV ,QGLHQV OHV FRORQV HW OD FRXURQQHSRUWXJDLVH,OQ¶HVWFHSHQGDQWSDVWRXMRXUVHQWHQGXFRPPHLOOHVRXKDLWHUDLWWDQWDX QLYHDXFRPPHUFLDOTXHGHO¶HQWHQWHFRUGLDOHTX¶LOSUpconise envers les Indiens. À son arrivée, Tomé de Souza débarque avec environ un millier de colons dont les SURIHVVLRQQHOV QpFHVVDLUHV j VD PLVVLRQ G¶pGLILFDWLRQ G¶XQH YLOOH : architectes, maçons, ingénieurs, ainsi que la main-G¶°XYUHHVFODYH$YHFaldeamentoLOSDUWLFLSHjO¶DEDQGRQGH O¶HQWHQWHFRUGLDOHDYHFOHV,QGLHQVen opérant un déplacement massif et obligatoire des tribus TXLRFFXSDLHQWOHOLWWRUDOYHUVO¶LQWpULHXU des terres dans le Sertão, dans des villages « aldeia », souvent sous la coupole des jésuites qui opèrent leur catéchisation. Bien que la soumission des Indiens soit intrinsèque à la colonisation, ils ne furent pas asservis comme les Africains dans un contexte agricole. Les jésuites nourrissent le mythe du bon sauvage à domestiquer, grâce au rôle civilisateur que souhaite jouer la religion catholique. On sait ce que cette mission civilisatrice a donné XQH PRUWDOLWp pQRUPH G¶XQH SDUW GH FHX[ TXL RQW pWp FRQWDPLQpVSDUOHVPDODGLHVGHVFRORQVHWG¶DXWUHSDUWGHFHX[TXLRQWpWpWXpVFDU ils ne se SOLDLHQWSDVDXMRXJ6LO¶LGpHGHUHQGUHHVFODYHVOHV,QGLHQVDSDUIRLVpWé envisagée par les Portugais, HOOHQ¶DMDPDLVpWpUHWHQXH 6HORQ)UH\UHO¶,QGLHQHVWOHVDXYDJHPDLQWHQXDXVWDGHGHO¶HQIDQFHSDUOHWUDLWHPHQWTXHOXL infligent les jésuites. Isolés dans des villages, coupés de leur vie traditionnelle, ils perdent leur autonomie. Freyre, pourtant peu versé à la hiérarchisation raciale, se permet une UpIOH[LRQSSRXUH[SOLTXHUO¶DGDSWDWLRQGX1qJUHjO¶HVFODYDJHDORUVTXHO¶,QGLHn ne se fait pas à une vie sédentaire : 93 FREYRE, Gilberto, Maîtres et esclaves : la formation de la société brésilienne [1934], Paris, Gallimard, 1974. 94 Version racontée par Agier (2005 : 8-13). 63 « /H UpVXOWDW F¶HVW TXH GDQV O¶DJULFXOWXUH LO >O¶LQGLHQ@ GHYLQW FH WUDYDLOOHXU IDWLJXp HW PRODVVH TXH O¶RQ GXW UHPSODFHU SDU OH 1qJUH &HOXL-ci, appartenant à un niveau plus élevé de civilisation, correspondait mieux aux nécessités brésiliennes de travail intense et G¶HIIRUWVSK\VLTXHVFRQWLQXV » (Freyre, p. 176.) /¶HVFODYDJH HVW GRQF j OD EDVH GX SURMHW FRORQLDO TXL FRPSWH VXU OD PDLQ-G¶°XYUH HVFODYH pour produire la canne à sucre. Dès 1549, le roi du Portugal, João III, autorise à importer des esclaves du Congo, 120 par propriétaire terrien (Rodrigues, 1933 : 21). Dans le système HVFODYDJLVWHO¶DUJHQWWUDQVLWHHQWUHOHSURGXFWHXUH[SRUWDWHXUHWO¶H[WpULHXU/DPDLQ-G¶°XYUH Q¶HVWSDVSD\pHPDLVjODFKDUJHGXSUopriétaire terrien. Avant cette autorisation officielle, un petit nombre G¶HVFODYHV D pWp DPHQp GX 3RUWXJDO sporadiquement, sur les premières plantations, ayant pour origine la Guinée, terme qui GpVLJQHjO¶pSRTXHWRXWHODF{WHDIULFDLQHGRPLQpHSDUOHV3ortugais du Cap Vert au Cap de la Bonne Espérance. Mais le trafic organisé, commence en 1550, transportant des esclaves des comptoirs africains jusque dans les sobrados (maisons de maître en ville) ou les fazendas (propriété agricole). Entre 6 et 10% en mo\HQQHPHXUHQWSDUQDYLUHDOODQWMXVTX¶jHQ cas de maladies contagieuses. 7URLVPLOOLRQVG¶HVFODYHVRQWpWpDPHQpVDX%UpVLOSHQGDQWODWUDLWHTXLDGXUpWURLVVLqFOHV Cette traite peut se décomposer en 4 étapes (Agier, 2005) 95 : XVIe siècle : le cycle de Guinée qui concerne des esclaves Wolofs, Mandingues, Mossi, +DRXVVDVVRLWGHO¶$IULTXHGHO¶2XHVWVHSWHQWULRQDOH XVIIe siècle OHF\FOH&RQJRTXLFRQFHUQHOHVHVFODYHV%DQWRXVGX&RQJRHWGHO¶$QJROD XVIIIe et début XIX e siècle : cycle Yoruba, les esclaves viennent de la région soudanaise, GHO¶DLUHFXOWXUHOOH)RQ-Yoruba, embarqués depuis le comptoir du Bénin. XIX e siècle F\FOH GH O¶LOOpJDOLWp 'HV HVFODYHV FRQWLQXHQW G¶rWUH DPHQpV PDOJUp OµLQWHUGLFWLRQGXWUDILFGpFLGpSDUOHV$QJODLVen 1808, adoptée par les Portugais en 1830 et appliquée dans le Brésil indépendant en 1850. Leurs origines restent confuses du fait de leur clandestinité. 95 Lui-même se réfère à Nina Rodrigues, 2010 (1933). 64 Michel Agier (2005, p. 15) 96, en se référant à Luis Viana97DIILUPHTX¶HQODYLOOHHWVHV alentours comptent 3 000 Portugais, 8 000 indiens chrétiens, 3 ou 4 000 esclaves de Guinée. /HPrPHQRPEUHG¶HVFODYHVYLWGDQVOHVSODQWDWLRQV'qVOHGpEXWGHODFRORQLVDWLRQGRQFLO \ D XQH PDMRULWp G¶HVFODYHV SRXU XQH PLQRULWp GH FRORQV98. Se pose alors la question du nombre pour les colons pour qui la population noire et métisse se fait menaçante. &HSHQGDQW OHV UDSSRUWV GH GRPLQDWLRQ HW PrPH GH QpJDWLRQ GH O¶DXWUH FRQWHQXV GDQV OH système esclavagiste sont remis en question par la plupart des auteurs. Agier fait remarquer combien « O¶LQWLPLWp OD FRUGLDOLWp HW OD SURWHFWLRQ TXH OH PDvWUH DFFRUGDLW j O¶HVFODYH « tant que celui-FLUHVWDLW³jVDSODFH´ ªSVRQWjO¶RULJLQHGHVUHODWLRQVSDWHUQDOLVWHV si ancrées dans les relations raciales à BahiD 1DvW DORUV O¶LGpH G¶XQH SUR[LPLWp j FRQWUHcourant des rapports maîtres / esclaves qui sont régis par une ségrégation spatiale et sociale, RSpUDQWIRUWHPHQWELHQTXHQRQLQVFULWHGDQVO¶DSSDUHLOOpJLVODWLIQLGDQVODFRQVWLWXWLRQGX pays. La proximité de certaines esclaves, participant à la vie quotidienne de leur maîtresse et vivant dans la propriété de leur maître pour les servir, a rendu les rapports plus affectueux et plus intimes que ceux entretenus avec les esclaves des champs qui vivaient à la senzala, située à quelque distance de la maison des maîtres. Dans le même ordre idée, les modes de vie à la senzala sont bien décrits par Freyre (1980) : FHUWDLQVHVFODYHVWULpVHQIRQFWLRQG¶XQHKLpUDUFKLVDWLRQHWKQLTXHRIILFLDLHQWGDQVODPDLVRQ des maîtres en tant que domestiques tandis que les plus robustes étaient dédiés au lourd ODEHXUGHVFKDPSVGHFDQQHjVXFUH/HVGRPHVWLTXHVpWDLHQWDXSOXVSURFKHGHO¶LQWLPLWpGHV maîtres, servant parfois de mère nourricière pour les fils du patron, ou de confidente pour la SDWURQQH RX HQFRUH G¶DPDQWH DX PDvWUH GH PDLVRQ RX j VHV ILOV &HWWH KLpUDUFKLVDWLRQ coloniale des ethnies africaines est critiquée par Caponne (2000). Elle y voit les fondements G¶XQHKLpUDUFKLVDWLRQUDFLDOHHQFRUHHQYLJXHXUDXMRXUG¶KXLDX travers de préjugés fortement ancrés dans les structures sociales. Les Noirs aux traits plus fins, associés aux Yorubas, sont considérés comme plus intelligents et rebelles, ce sont eux qui occupent les places de 96 AGIER, Michel, « 6DOYDGRU GH %DKLD 5RPH QRLUH YLOOH PpWLVVH´3KRWRV GH &KULVWLDQ Cravo. Editions Autrement, Collection Monde, pp. 157, 2005. 97 Luis Viana F., O negro na Bahia, Nova Fronteira, 1988 (1 ère édition : 1944), p.74. Luimême cite le voyageur Fernão Cardim. 98 2QGLVWLQJXHODSUHPLqUHJpQpUDWLRQG¶HVFODYHV© les africains » des esclaves nés sur le sol brésilien, « les criolos ». 65 domestiques alors que les Bantous aux traiWV QpJURwGHV VRQW G¶DSUqV FHWWH KLpUDUFKLH SOXV UREXVWHV HW GRFLOHV HW GRQF UpVHUYpV DX[ WUDYDX[ OHV SOXV SpQLEOHV '¶DSUqV &DSRQQH 1LQD 5RGULJXHV SUHPLHU HWKQRJUDSKH GH O¶$IULTXH j %DKLD D XQH JUDQGH SDUW GH UHVSRQVDELOLWp dans cette construction ethnique99. Provocateur ? Peut-rWUH«)UH\UHGpPRQWUHTXHOHVHVFODYHVV¶DOLPHQWDLHQWPLHX[TXH leur maître pendant la colonie. Ils savaient cuisiner avec les ingrédients qui poussaient sur ces WHUUHV WURSLFDOHV /H PDQLRF OD QRL[ GH FRFR HW O¶KXLOH GH palme faisant partie de leurs habitudes alimentaires. Ils bénéficiaient également du bon vouloir de leur maître qui voulait une main-G¶°XYUH HIILFDFH DX WUDYDLO HW QRQ DIIDLEOLH SDU XQH PDXYDLVH QRXUULWXUH /D QREOHVVH HQ UHYDQFKH Q¶DYDLW SDV GH WUDGLWLon culinaire liée aux Tropiques et importait du Portugal grand nombre de produits qui arrivaient en mauvais état et en carence de vitamines. De plus, la monoculture de la canne à sucre appauvrissait la terre et les menus étaient répétitifs et peu variés. « /¶HVFODYH QqJUH DX %UpVLO PH VHPEOH PDOJUp WRXWHV OHV ODFXQHV GH VRQ UpJLPH DOLPHQWDLUHO¶pOpPHQWOHPLHX[QRXUULGHQRWUHVRFLpWp « » (Freyre, p. 82) Freyre relativise finalement un peu cette vision « carnavalesque ªG¶HVFODYHVELHQSRUWDQWHW de mDvWUHVHQFDUHQFHDOLPHQWDLUHORUVTX¶LOSDUOHGHVIHVWLQVTXLRQWOLHXSRQFWXHOOHPHQWHWTXL RQWG¶DLOOHXUVpWpUDFRQWpVSDUGHVYR\DJHXUVUHoXVGDQVO¶DERQGDQFHOHOX[HHWOHVXSHUIOX « Il est vrai que le Père Fernão Cardim, dans son Traité, nous parl e toujours de O¶DERQGDQFHGHYLDQGHGHYRODLOOHYRLUHGHOpJXPHVHWGHIUXLWVGHVUpFHSWLRQVTX¶RQ lui donnait un peu partout au Brésil, chez les hommes riches, dans les collèges de Frères du XVI e siècle. » (p. 71.) Il ajoute cependant que ces festins pouvaient être immédiatement suivis de moments de jeûne ou pour le moins de routine alimentaire pauvre. Ou encore, que le Père Cardim « était un touriste, reçu dans les moulins et les collèges avec des fêtes et des dîners de gala » (p. 71). &¶HVW SHXW-être cette alternance entre débauche de richesses et de superflu et manque de 99 /¶DXWHXU FRQVDFUH XQ FKDSLWUH GH VRQ °XYUH j SURXYHU OD SUpGRPLQDQFH <RUXED WDQW DX niveau du nombre que des qualités, comme pour laver le peuple brésilien alors en construction des tares liées à ses ancêtres : Rodrigues, (1933), chapitre I, « Procedência africana dos negros brasileiros », p. 19-43. 66 SURGXLWVDOLPHQWDLUHVGHEDVHTXLSRXUUDLWFDUDFWpULVHUFHWWHpSRTXHGHFRORQLVDWLRQHWG¶HIIRUW « civilisateur » des Européens vis-à-YLVG¶XQHWHUUHHWG¶XQSHXSOH© sauvage ». PouUWDQWOHVUHODWLRQVPDvWUHHVFODYHQ¶pWDLHQWSDVWRXMRXUVDXVVLDIIHFWXHXVHVHWGHVUpYROWHV collectives, ainsi que des fugues, ont eu lieu. La révolte des Malês au XIX e siècle100, a été portée par les Yorubas101. Dans les campagnes depuis toujours des esclaves fugitifs V¶LQVWDOOHQWGDQVGHVOLHX[WHQXVVHFUHWVHWSRXUWDQWSDVWRWDOHPHQWjO¶pFDUWGHODFLYLOLVDWLRQ SRXUFRQWLQXHUOHVpFKDQJHVPDUFKDQGVGDQVGHVOLHX[DSSHOpV³Quilombos´'HQRPEUHX[ supplices, liés à la désobéissance, la fuite ou la jalousie, ont également été racontés. /DYLVLRQGH)UH\UHROHVHVFODYHVMRXLVVDLHQWG¶XQHDOLPHQWDWLRQULFKHHWYDULpHGXIDLWTXH OHVDOLPHQWVTXLSRXVVDLHQWpWDLHQWOHVPrPHVTXHFHX[TX¶LOVFRQQDLVVDLHQWHQ$IULTXHHVWj contrebalancer avec une autre réalité, celle « la grande masse des gens libres, plus misérables », je cite : « Si les seigneurs et les esclaves étaient mieux alimentés, et dans un certain sens les HVFODYHVPLHX[TXHOHVVHLJQHXUVF¶HVWVHXOHPHQWHQFRPSDUDLVRQGHVFDPSDJQDUGV culs terreX[ FDERFOHV DJUpJpV HW VHUWDQHMHV SDXYUHV FHV VL[ PLOOLRQV G¶LQXWLOHV GX calcul de Couty (sur une population de douze millions), ce vide énorme qui lui VHPEODLW H[LVWHU HQWUH OHV VHLJQHXUV GHV ³PDLVRQV GH PDvWUHV´ HW OHV QqJUHV GHV senzalas. » (Freyre, p. 69.). Pour Louis Couty (1854-SKLORORJXHHWELRORJLVWHIUDQoDLVOH%UpVLOQ¶DSDVGHSHXSOH mais une masse de nécessiteux. Cette introduction du tiers-pWDW TXL Q¶HVW QL OH PDvWUH QL O¶HVFODYH HW SDV QRQ SOXV OH FLWR\HQ UHWLHQW QRWUH DWWHQWLon. Freyre cite Couty qui déplorait « O¶DEVHQFHG¶XQYpULWDEOH³SHXSOH´EUpVLOLHQ » (p. 69). Paroles reprises par Joaquim Nabuco qui disait à son tour : 100 celle qui est restée la plus fameuse et a donné lieu au mythe de Zumbi, le héros quilombola TXLVHUWDXMRXUG¶KXLGHUpIpUHQFHjODFXOWXUHDIUR 101 Les Yorubas se distingueQW SDU OH IDLW G¶rWUH PXVXOPDQV ,OV RQW depuis lors représenté GDQV O¶LPDJLQDLUH FROOHFWLI O¶LGpH G¶XQ SHXSOH TXL D XQH FXOWXUH ULFKH TXL ne se laisse pas GRPLQHUIDFLOHPHQW,OVVHUDLHQWGDQVODFRQWLQXDWLRQGHFHWWHLGpHO¶pOLWHQRLUH 67 « Ils se comptent par millions, disait-il en 1833, ceux qui se trouvent dans cette situation intermédiDLUHTXLQ¶HVWSDVFHOOHGHO¶HVFODYHPDLVTXLQ¶HVWSDVQRQSOXV FHOOHGHFLWR\HQ« » Freyre (p. 69). Dans ce cadre, ceux qui ne font pas partie de la demeure du propriétaire terrien vivent dans des conditions de marginalité et de pauvreté, exclus du système patriarcal de la « casa grande ª LOV Q¶RQW SDV DFFqV DX[ UHVVRXUFHV 'DQV OH V\VWqPH HVFODYDJLVWH HQ GHKRUV GHV PDvWUHVLOQ¶\DG¶LQWpUrWTXHSRXUXQHSRWHQWLHOOHPDLQ-G¶°XYUH6LO¶RQQ¶est pas dominant, il faut être rentable, ce qui ne paraît pas être le cas de cette masse, reléguée alors au ban des LQXWLOHV /¶pFRQRPLH OLpH DX WUDILF KXPDLQ V¶DSSXLH VXU OH SURMHW GH IRXUQLU GH OD PDLQG¶°XYUH j O¶pFRQRPLH DJULFROH RIILFLHOOH 3RXUWDQW HOOH UHSUpVHQWH XQH pFRQRPLH j SDUW entière qui selon les époques a été contrôlée et autorisée ou clandestine et souterraine. Des hommes, principalement des métisses, se sont considérablement enrichis avec le trafic G¶HVFODYHV1LQD5RGULJXHVS-115)102 relate par exemple le parcours de Chachá de Ajuda XQ PpWLV EUpVLOLHQ TXL D IDLW IRUWXQH HQ $IULTXH JUkFH j O¶H[SRUWDWLRQFODQGHVWLQH G¶HVFODYHV GDQV OD GHUQLqUH SpULRGH GH OD WUDLWH LO DFTXLHUW DLQVL XQ SRXYRLU SROLWLTXH GH corruption) et une aura princière. Au sujet de cette dernière, il raconte une anecdote dont nous voulons nous servir comme guide et qui introduit la deuxième époque : « $YDQWGHIDLUHXQYR\DJHO¶(XURSpHQGRLWWRXMRXUVIDLUHDWWHQWLRQGHVHPXQLUG¶XQH insigne spéciale qui appartient à un grand chef ou au propre Roi. Ainsi, au Dahomey, OD OLEUH FLUFXODWLRQ HVW FRQFpGpH DX %ODQF TXL SRVVqGH OD FDQQH GH &KDFKi &¶HVW FRPPHoDTXHV¶DSSHOOHOHFKHIFKDUJpGHVUHODWLRQVHQWUHOHVpWUDQJHUVHWOH5RLGX SD\V « 3RXU DOOHU j $EHRNXWD LO IDXW GHPDQGHU DX 5RL GH FHWWH JUDQGH YLOOH (80 000 âmes) un insigne spécial : une queue de cheval montée sur un manche en ivoire. Grace à lui, le voyageur trouve ouverts et praticables tous les chemins V¶LOQH O¶DSDVHQVDSRVVHVVLRQRQOXLRSSRVHXQHWHOOHIRUFHG¶LQHUWLHTX¶LOGRLWUHQRQFHUj son YR\DJH« » (p. 115). ,OIDXWUHWHQLUTXH&KDFKiO¶LQWHUPpGLDLUHPpWLVVHDXQSRXYRLUGHOLDLVRQHQWUHOHV1RLUVHW les Blancs. Bien sûr, la scène se passe en Afrique et non au Brésil ; les Noirs dont il est question sont les rois et les Blancs des commerçants ; mais, dans son essence, cette histoire 68 est comme prémonitoire de la deuxième époque. Nous souhaitons avant cela aborder la situation en ville. En effet, le tableau devient plus complexe dans le cadre urbain car les esclaves ne sont pas cantonnés aux champs ou à la senzala. LD SRSXODWLRQ Q¶HVW SDV LQXWLOH PDLV HQ FKDUJH G¶XQH SDUWLH GX FRPPHUFH alimentaire (plats cuisinés) et surtout du fret de marchandises. Reis (1992, 1995) 103 décrit SDUWLFXOLqUHPHQW ELHQ OHV FRQGLWLRQV GH WUDYDLO HW O¶LQIOXHQFe des « Africains » en ville. Esclaves de gain rendant des comptes à leur maître, hommes libres ou affranchis, les « Africains ª WUDYDLOOHXUV GH UXH GpWLHQQHQW XQ PDUFKp TX¶LOV GRLYHQW IUpTXHPPHQW renégocier avec les pouvoirs publics qui les encadrent de manière plus ou moins contraignante selon les époques. Les organisations de travail créées par les Noirs de la ville sont les « Cantos ». Elles sont peut-rWUH GpULYpHV GHV JURXSHV GH WUDYDLO YRORQWDLUH G¶$IULTXH RFFLGHQWDOH OHV © aro » en Yoruba. Ces groupes ont un caractère ethnique et ont des territoires de travail délimité. Les travailleurs sont caractérisés de la manière suivante : 1) les transporteurs de liquide SULQFLSDOHPHQWO¶HDXHQEDULOVRXGHVROLGHVHQSDQLHUV ; 2) les transporteurs de perches et GHFRUGHVTXLWUDQVSRUWHQWHQJURXSHGHVSRLGVSOXVORXUGVjO¶DLGHGHSHUFKHVHWGHFRUGHV 3) les porteurs de chaises qui travaillent en groupe de deux au transport de personnes ; 4) et tous ceux qui ont profession de gains. Cette population regroupe une grande majorité des Noirs de Salvador, esclaves ou libres, dont les femmes qui ont en charge le commerce G¶DOLPHQWVFXLVLQpV5HYHQRQVVXUOHVFRQVLGpUDWLRQVGH5HLVVXUOHVSRUWHXUVDIULFDLQVDXTXHO il dédie ses analyses. Les coins étaient dirigéVSDUGHVFDSLWDLQHVTXLV¶RFFXSDLHQWGHQpJRFLHUOHVFRQWUDWVDYHFOHV FOLHQWVUpSDUWLUOHVWkFKHVUHFHYRLUHWUpSDUWLUO¶DUJHQWVHUYLUGHPpGLDWHXUVGDQVG¶pYHQWXHOV conflits entre les travailleurs de gain ou avec les commerçants. Ils percevaient pour cela une rémunération différenciée des autres membres du groupe. Leur prise de fonction donnait lieu à un rituel XQFRUWqJHRWU{QDLWOHQRXYHDXFDSLWDLQHVXUXQEDULOG¶HDXXQHERXWHLOOHjOD main. Le groupe entonnait des chants dans toute la ville basse puis retour au canto où il était DFFXHLOOLSDUGHV1RLUVG¶DXWUHVFRLQVHWRLOUHQYHUVDLWGHODFDFKDoDSDUWHUUHGDQVXQJHVWH de démarcation territoriale. 102 RODRIGUES, Raymundo Nina, Os Africanos no Brasil, Biblioteca virtual de ciências humanas, en ligne: www.bvce.org, pp. 154, 2010 [1933]. 69 3HXLPSRUWDLWG¶rWUHHVFODYHRXOLEUHGHVFULWqUHVWHOVTXHO¶DQFLHQQHWpVXUOHVROEDKLDQais et la maîtrise de la langue étaient plus importants ; ainsi que la capacité à mener le groupe. Les FULWqUHV GHV %ODQFV Q¶pWDLHQW SDV FHX[ HQ YLJXHXU GDQV O¶RUJDQLVDWLRQ GHV FRLQV /HV FRLQV (croisements, intersections) et la cachaça ne sont pas sans rappeler Exu, le messager dans le candomblé, référence spirituelle qui nous rappelle que les références culinaires de Dona India et sa fille renvoient également aux plats utilisés dans la religion afro-brésilienne. Tableau 2104 : La démocratie raciale 1) Transition 103 Je me réfère ici jGHX[DUWLFOHVGH5HLV³$JUHYHQHJUDGHQD%DKLD´5HYLVWD863 São Paulo (28):14-39, dez-fev 1995-1996 - Dossiê, 1995 ³5HEHOLmR HVFUDYD QR %UDVLO : a KLVWRULDGROHYDQWHGRV0DOrVHP´6mR3DXOR&RPSDQKLDGDVOHWUDV 104 Les références principales pour ce tableau sont : ALCOFORADO Fernando, Os Condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia, Tese de Doutorado apresentada como exigência para obtenção do grau de Doutor em Planificacíon Territorial y Desarrollo Regional da Universidade de Barcelona, sob a orientação do Professor Doutor José Luis Luzón Benedicto, 2003. Thèse en ligne sur le site TDR (Tesis Doctorales en Red) : http://tdx.cat/handle/10803/1944; HOLANDA, Sergio, Buarque, (de), Racines du Brésil, Gallimard, 1998 (1939) ; AGI ER, M ichel, « Salvador de Bahia. Rome noire, ville PpWLVVH´3KRWRVGH&KULVWLDQ&UDYR(GLWLRQV$XWUHPHQW&ROOHFWLRQ0RQGHSS ; FREYRE, Gilberto, Maîtres et esclaves : la formation de la société brésilienne, Paris, Gallimard, 1974,[1934] ; GUI M ARÃES, Antônio, Sergio, « Démocratie raciale » in Cahier du Brésil contemporain, « Les mots du discours afro-brésilien en débat », 2002, p11 à 37 ; PI ERSON, Donald, Brancos e prêtos na Bahia : estudo de contacto racial; introdução de Artur Ramos e Robert E. Park, 2ª edição, São Paulo, Companhia Editora Nacional, Brasiliana, vol. 241, pp. 430, 1971, 1ère édition en 1944. Egalement publié par University of Chicago Press, 1967 [1942]; AZEVEDO, Thales de.,As elites de cor numa cidade brasileira : um estudo de ascenção social & Classes sociais e grupos de prestigio. Apresentação e prefacio de Maria de Azevedo Brandão. ± 2ème édition ± Salvadore : EDUFBA:EGBA, 1996, pp.186; RODRI GUES, Raymundo Nina, Os Africanos no Brasil, Biblioteca virtual de ciências humanas, en ligne: www.bvce.org, 2010, [1933], pp. 154; SCHWARTZ, Lilia M oritz ³(VSHWDFXOR GD PLVFLJHQDomR´ LQ (VWXGRV DYDQoDGRV PASSOS, Alberto, Guimarães , As classes perigosas, Editora UFRJ, 2008, pp. 274. 70 /H %UpVLO HVW XQH WRXWH MHXQH 1DWLRQ /D SURFODPDWLRQ G¶,QGpSHQGDQFH GX 3RUWXJDO GDWH GH 1822 et fait suite aux guerres napoléoniennes en Europe qui secouent le Portugal et le transfert de la cour à Rio de Janeiro. En 1840, le fils de Pedro Ier, empereur du Brésil, lui VXFFqGHVRXVOHQRPGH'RP3HGUR,,(QSHQGDQWVRQUqJQHVHUDGpFUpWpHO¶DEROLWLRQ GHO¶HVFODYDJHSDUODSULQFHVVH,VDEHO(QLOHVWGHVWLWXpGHVRQWU{QHSDUOHVPLOLWDLUHV La Ire 5pSXEOLTXHYRLWDORUVOHMRXUV¶Drticulant économiquement autour de la production et de O¶H[SRUWDWLRQ GX FDIp 6mR 3DXOR /¶pFRQRPLH VXFULqUH GX 1RUGHVWH SHUG GH VRQ DPSOHXU avec la fin du système esclavagiste. Les intérêts sont tous portés vers le sud du Brésil qui connaît une très fortHLPPLJUDWLRQHXURSpHQQHLPSXOVpHSDUO¶eWDWSRXUFRPEOHUOHPDQTXHGH main-G¶°XYUHGHODSURGXFWLRQGHFDIpPDLVDXVVLSRXUUpSRQGUHDX[LQTXLpWXGHVFRQFHUQDQW O¶XQLWpQDWLRQDOHGDQVFHTXLHVWXQHWRXWHQRXYHOOHQDWLRQKDQWpHSDUODTXHVWLRQUDFLDOH PlXVLHXUV ORLV PDUTXHQW OD OHQWH SURJUHVVLRQ TXL YD DPHQHU MXVTX¶j O¶DEROLWLRQ /H V\VWqPH esclavagiste a demeuré si longtemps plutôt par habitude et à cause des profondes marques relationnelles laissées entre maîtres et esclaves que par nécessité économique. Ainsi, SURJUHVVLYHPHQWjWUDYHUVO¶LQVWLWXWLRQGHQRXYHOOHVORLVOHVHVFODYHVVRQWOLEpUpV x (Q OD ORL (X]HELR GH 4XHLUR] LQWHUGLW OH WUDILF G¶KRPPHV QRLUV YHQDQW G¶$IULTXHVXLYDQWDLQVLXQHGLUHFWLYHDQJODLVHGHFHVVHUOHWUDILFG¶HVFODYHVNous savons pourtant que le trafic a continué clandestinement, car il était toujours très rentable. x La loi du « ventre libre » de 1871 fait que tout nouveau-né est désormais libre. x La loi des sextagénaires déclare tous les esclaves de 60 ans et plus, libres ; ce qui ne concernait pas énormément de personnes car beaucoup mourraient avant G¶DWWHLQGUHFHWkJH/DPRUWDOLWpGXIDLWGHVFRQGLWLRQVGHYLHGLIILFLOHVHWGXSHX G¶K\JLqQHGLPLQXDLWFRQVLGpUDEOHPHQWO¶HVSpUDQFHGHYLH x Enfin, la loi Aurea signée par la princesse Isabel déclare libre tous les esclaves. De fait le climat social est tendu, la production de canne à sucre est en déclin et la main-G¶°XYUHHVWWURSQRPEUHXVHHWWURSFRWHXVH&HWWHORLDQQRQFHGpMjODILQGH ODPRQDUFKLH,OQ¶\DGpMjSOXVDX%UpVLOTXHG¶HVFODYHV ; 12% à Bahia. La société change et annonce de façon souterraine le changement politique et économique à WUDYHUV OD PLVH HQ SODFH G¶XQH EDWWHULH G¶LQVWLWXWLRQ TXL VHUYLUD GH SLOLHU DX FDSLWDOLVPH Holanda (1998, [1939])105 parle G¶XQH© fièvre de réformes » qui commence dès le début du 105 HOLANDA, Sergio, Buarque,de., Racines du Brésil, Gallimard, (1939), 1998. 71 XIX e VLqFOH HW V¶LQWHQVLILH DX PLOLHX GHV DQQpHV DFFRPSDJQDQW O¶LQWHUGLFWLRQ GX WUDILF G¶HVFODYHV/HVPHQWDOLWpVFKDQJHQWHWOHPRGqOHVWUXFWXUHOGHO¶RUJDQLVDWLRQGXWUDYDLODXVVL /¶DXWHXU cite : constitution des sociétés anonymes, fondation de la première banque du Brésil, de la première ligne télégraphique, création de la Banque rurale et hypothécaire, création des premières lignes de chemin de fer, organisation et expansion du crédit bancaire, etc. Je cite : « On pourrait même dire que le chemin ouvert par de telles transformations ne SRXUUDLW ORJLTXHPHQW FRQGXLUH TX¶j XQH OLTXLGDWLRQ SOXV RX PRLQV UDSLGH GH QRWUH YLHLOKpULWDJHUXUDOHWFRORQLDOF¶HVW-à-dire de la richesse fondée sur l¶HPSORLGXEUDV HVFODYHHWO¶H[SORLWDWLRQH[WHQVLYHGHVWHUUHVGHVWLQpHVjO¶DJULFXOWXUH » (p. 111.) /D WUDQVIRUPDWLRQ VWUXFWXUHOOH V¶pWDLW GpMj IDLWH ORUVTXH OD SULQFHVVH ,VDEHO DQQRQFH SOXW{W tardivement en comparaison avec les autres colonies, la fin GHO¶HVFODYDJH /HVPDUTXHVGX FDSLWDOLVPH pWDLHQW GpMj HQ SODFH LO QH OXL PDQTXDLW SOXV TX¶XQ eWDW LQGpSHQGDQW HW 5pSXEOLFDLQHWXQSHXSOHYLYDQWVXUGHVEDVHVG¶pTXLWp&HTXLQHWDUGDSDV : la proclamation de la République se fait immédiatement après ODGpFODUDWLRQGHO¶DEROLWLRQGHO¶HVFODYDJHHQ 1889. Le changement à la fois politique, économique et structurel nous amène donc dans une DXWUH pSRTXH FHOOH G¶XQH MHXQH 5pSXEOLTXH TXL VH GpWRXUQH GH VD WUDGLWLRQ DJUDLUH esclavagiste pour se moderniser et devenir une puissance industrielle. 2) Industrialisation /HVXGGXSD\VFRQQDLWXQIRUWHVVRUpFRQRPLTXHDXWRXUGHO¶H[SRUWDWLRQGHFDIpjSDUWLUGH /HVFRQGLWLRQVG¶HQULFKLVVHPHQWSRXUOHVSURGXFWHXUVGHFDIpVRQWGLIIpUHQWHVGHFHOOHV GH O¶DJULFXlture coloniale du Nordeste car ils bénéficient directement du fruit de leur PDUFKDQGLVH WDQGLV TXH OHV LQWpUrWV GH O¶pSRTXH FRORQLDOH GpSHQGDLHQW GH QpJRFLDWHXUV HQ (XURSH/¶HQULFKLVVHPHQWHVWGRQFSOXVFRPSOHWO¶DXWRQRPLHDXVVL&HWWHpFRQRPLHUHQIRUFH OHGpSODFHPHQWG¶LQWpUrWVGpMjDPRUFpSDUODSUpVHQFHGHODFRXUj5LRGH-DQHLURYHUVOH Sud. Le Nordeste (principalement Bahia et Pernambouco) stagne dans la culture de la canne à VXFUH HQ GpFOLQ SHUPDQHQW HW UHVWH OH V\PEROH G¶XQ YLHX[ PRQGH TXL Q¶D pas accès au SURFHVVXVGHPRGHUQLVDWLRQGpMjHQURXWHDXVXGGXSD\V6LOH%UpVLOQ¶DSDVFRQQXGHJXHUUH de Sécession, sa situation est comparable à celle des États-Unis, déchiré entre un monde PRGHUQH HW FDSLWDOLVWH G¶XQ F{Wp HW XQ PRQGH DUFKDwTXH EDVp VXU O¶H[SORLWDWLRQ DJULFROH HW O¶HVFODYDJHGHO¶DXWUH0DLVOHVS{OHVVRQWLQYHUVpV/HYLHX[VXGGHVeWDWV-Unis équivaut au 72 Nordeste et le Nord capitaliste et démocratique au sud du Brésil, à la fois centre politique et économique avec Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais et Espȓrito Santo. Le plus gros problème est celui de la main-G¶°XYUH FDU OH %UpVLO GpWLHQW OHV ô GH OD SURGXFWLRQPRQGLDOHGHFDIp3RXU\UHPpGLHUO¶LPPLJUDWLRQLWDOLHQQHHVWIDYRULVpHGqVODILQ du XIX e siècle. La main-G¶°XYUHVDODULpHDXJPHQWHOHVSURSULpWDLUHVHWO¶eWDWV¶HQULFKLVVHQW Pendant ce temps, Salvador sommeille, tout comme la production de canne à sucre, seul le VXGGHO¶eWDWPDLQWLHQWXQFHUWDLQG\QDPLVPHDYHFODSURGXFWLRQGHFDFDR/DPDLQ-G¶°XYUH bahianaise émigre principalement au Nord (production de caoutchouc en Amazonie). Salvador traverse alors un long moment de léthargie. Les grandes fortunes migrent, le centre KLVWRULTXH HW SODQLILp VH YRLW ODUJHPHQW DEDQGRQQp /¶DFWLYLWp DJULFROH GH OD FDQQH j VXFUH décline, le cacao finit également par connaître la crise. Salvador mettra du temps à se relever. (Q OH FUDVK pFRQRPLTXH PRQGLDO PHW ILQ j FHW kJH G¶RU GX FDIp /H %UpVLO V¶LQGXVWULDOLVH HW V¶XUEDQLVH106. À Salvador, le réveil a lieu dans les années 1950, avec O¶H[WUDFWLRQGHSpWUROHGDQVOD%DLHGH7RXVOHV6DLQWV/HVXVLQHVV¶LQVWDOOHQWDX[DOHQWRXUV de la ville créant ainsi la Région métropolitaine de Salvador. « 'DQV OD VHFRQGH PRLWLp GHV DQQpHV FLQTXDQWH GpPDUUHQW O¶H[SORLWDWLRQ HW OH raffinage de péWUROHDFWLYLWpVXUODTXHOOHV¶DSSXLHUDWRXWOHGpYHORSSHPHQWXOWpULHXU /¶DPSOHXUGHODSURGXFWLRQODQDWXUHGXSURFHVVXVSURGXFWLIHWOHVW\OHGHJHVWLRQGX WUDYDLOIRQW GH O¶HQWUHSULVH SXEOLTXH GH SpWUROH OD3HWUREUiV XQ PRQGH j SDUW 6HV salariés, malgré leur faible poids numérique, se distinguent alors comme un ensemble complètement différencié des autres travailleurs », (Agier et Castro, 1995, p. 153)107. 106 3RXUSOXVGHGpWDLOVVXUO¶pYROXWLRQpFRQRPLTXHGX%UpVLOYRLU$FRIRUDGR 107 AGIER, Michel, CASTRO, Nadya, « Projet ouvrier et destins personnels à Bahia (Brésil) », in Salariés et entreprises dans les pays du Sud. Contribution à une anthropologie 73 3) Mutation des relations sociales /D VRFLpWp TXL DYDLW MXVTX¶j SUpVHQW FRPPH SRUW G¶DWWDFhe la vie rurale se détourne des campagnes et une forte immigration se fait en direction des pôles urbains, changeant la structure basée sur le domaine familial comme microcosme indépendant économiquement et politiquement. Buarque de Holanda (1998) soulignHO¶DXWDUFLHHWOHFDUDFWqUHGHPLFURFRVPH ou plutôt de microsociété de la fazenda. Il cite le frère Vincente qui relate une anecdote au VXMHWGHO¶pYrTXHGH7XFXPDQORUVGHVRQYR\DJHDX%UpVLOjODILQGXXVIIIe siècle : Il dit que « ORUVTX¶LOHQYR\DLW FKHUFKHUXQSRXOHWTXDWUH°XIVHWXQSRLVVRQSRXUVRQ UHSDVRQQHOXLUDSSRUWDLWULHQSDUFHTX¶RQQHWURXYDLWULHQQLDXPDUFKpQLFKH]OH ERXFKHU WDQGLV TXH V¶LO GHPDQGDLW FHV FKRVHV GDQV OHV GRPLFLOHV SDUWLFXOLHUV LO REWHQDLWWRXWFHTX¶LOYRXODLW » (p. 122.) « $ORUVGLWO¶pYrTXHYUDLPHQWF¶HVWXQSD\VjO¶HQYHUVFHQ¶HVWSDVXQH5pSXEOLTXH mais chaque maison en est une. » (p. 123.)108 Buarque de Holanda conclut VXUO¶RPQLSRWHQFHGXpater familias et sur la structure familiale de la fazenda comme structure sociale puissante opprimant individus et structures politiques : « Le cadre familial devient ainsi tellement puissant et exigeant que son ombre poursuit les individus même au-GHKRUV GH O¶HQFHLQWH GRPHVWLTXH /¶HQWLWp SULYpH précède toujours che] HX[ O¶HQWLWp SXEOLTXH /D QRVWDOJLH GH FHWWH RUJDQLVDWLRQ compacte, unique et sans transfert possible, où dominent nécessairement les préférences fondées sur des liens affectifs ne pouvaient manquer de marquer profondément notre société, notre vie publique, toutes nos activités. » (p. 125). 2Q LPDJLQH ELHQ TXH FHV PDUTXHV Q¶RQW SDV GLVSDUX GX MRXU DX OHQGHPDLQ HW TXH OD 5pSXEOLTXHKRUVGHODVSKqUHIDPLOLDOHDGV¶LPSRVHUHQGRXFHXUHWGDQVOHWHPSV%XDUTXH de Holanda voit pourtant les prémisses de l¶DIIDLEOLVVHPHQW GH OD IDPLOOH GqV OH GpEXW GX politique. Ss Direction de Robert Cabanes, Jean Copans, Monique Selim, Editions Kartala et Orstom, p. 153-182, 1995. 108 Frey Gaspar da Madre de Deus, Memórias para a historia da capitania de S. Vicente, /LVERQQH S 0DUFHOLQR 3HUHLUD &OHWR ³'LVHUWDomR D UHVSHLWR GD FDSLWDQLD GH 6 Paulo, sua decadência e modo de restabelecê-OD´Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, XXI, Ro de Janeiro, 1900, p. 201. 74 XIX e VLqFOH ORUVTXH OHV FHQWUHV XUEDLQV FRPPHQFHQW j SUHQGUH GH O¶LPSRUWDQFH HW TXH OHV QRPEUHX[FKDQJHPHQWVVWUXFWXUHOVVRQWHQWUDLQGHVHSUpSDUHU/HGpFOLQGHO¶DJULFXOWXUHHVW un des facteurs les plus décisifs de ces changements. Le modèle capitaliste apporte un cadre IRUPHO TXL YLHQW V¶DMRXWHU RX UHPSODFHU XQ FDGUH SOXV DQFLHQ G¶LQIRUPDOLWp FDUDFWpULVDQW OH %UpVLOGHO¶DSUqV-esclavage. $YHF O¶HQWUHSULVH OHV UDSSRUWV DX WUDYDLO HW j O¶HPSOR\HXU FKDQJHQW Salvador toute entière prend acte des profondes mutations que le pays a initiées dès le XIX e siècle et dont elle est UHVWpHjO¶pFDUWXQFHUWDLQWHPSV$XQLYHDXGXWUDYDLOODFXOWXUHG¶HQWUHSULVHOHV\QGLFDOLVPH entrent en jeu. Pourtant cela ne concernHTXHODVSKqUHGHO¶HQWUHSULVH&HX[TXLHQVRQWWHQXV j O¶pFDUW FDU SDV DVVH] TXDOLILpV RX VLPSOHPHQW WURS QRPEUHX[ UHVWHQW GDQV GHV UHODWLRQV souvent plus informelles de travail. Ainsi, le monde rural, tout comme « O¶DUPpHGHUpVHUYH » industrielle restent dans des rapports de travail plus proches de la première époque, où le paternalisme est puissant et les revendications sociales à peu près nulles. '¶DSUqV XQH DQDO\VH pFRQRPLTXH GHV SD\V VXE-cités, Passos (2008) fait remarquer que le système féodal109 ne GLVSDUDvWSDVGXMRXUDXOHQGHPDLQHWTXHO¶DQDO\VHGHFHV© restes ªQ¶D pas été retenue par Marx. De manière schématique, les grands propriétaires terriens restent OHV PDvWUHV GH OD WHUUH OHV SDXYUHV Q¶RQW SDV DFFqV j OD SURSULpWp SULYpH FDU OHV WHUUHV en grande majorité appartiennent aux grands propriétaires terriens, donc les pauvres ne cultivent SDV OHV WHUUHV TX¶LOV RFFXSHQW FDU LOV VDYHQW SRXYRLU rWUH PLV GHKRUV GDQV XQ GpODL GH heures. « Les résidus du féodalisme continuent à être une force latHQWH«HQFRUHFDSDEOHGH mettre en tutelle la politique agraire brésilienne. » (Passos 2007, p. 124.) /¶DXWHXU FRPSDUH OD VLWXDWLRQ DYHF OHV eWDWV-Unis, qui après la guerre de Sécession, ont découpé et partagé les grandes propriétés terriennes du Sud notamment auprès de la forte vague de migrants qui venait en masse, guidés par la possibilité de gagner un lopin de terre à cultiver. Rien à voir donc avec la situation brésilienne qui a toujours privilégié les intérêts des conservateurs : « on ne touche pas aux latifundios », au détriment des intérêts démocratiques qui allaient dans le sens des intérêts populaires. Ces positions conservatrices ont été à O¶RULJLQHGXUHWDUGWHFKQRORJLTXHDX%UpVLOFDURQQHV¶pTXLSDLWSDVGHODPrPHPDQLqUHGDQV les plantations gigantesques où la main-G¶°XYUHpWDLWH[FpGHQWHHWVHUYLOHHWGDQVOHVSHWLWHV propriétés privés des États-Unis, où on a vite fait appel aux outils et aux machines. 109 /¶H[LVWHQFHGXIpRGDOLVPHDX%UpVLOHVWFHSHQGDQWUpIXWpHSDUQRPEUHG¶KLVWRULHQV 75 Passos cite après Freyre un journaliste du Diàrio de Pernambuco en 1856 dont les propos lui semblent encore adaptés à la situation contemporaine : « 6XUOHVWHUUHVGHVJUDQGVSURSULpWDLUHVLOV>OHVSDXYUHVOLEUHV@QHMRXLVVHQWG¶DXFXQ GURLWSROLWLTXHFDULOVQ¶RQWSDVG¶RSLQLRQOLEUH ; pour eux le grand propriétaire est la police, les tribXQDX[ O¶DGPLQLVWUDWLRQ HQ XQ PRW WRXW « OD FRQGLWLRQ GH FHV malheureux ne diffère en rien de celle des serfs du Moyen-Âge. », Diàrio de Pernambuco, 24/03/1856, apud Freyre (1937, p. 247) ; apud Passos (p. 133.) /¶DXWHXUjWUDYHUVVHVGHVFULSWLRQVIDLWDSSDUDvWUHGLIIpUHQWVW\SHVG¶HVFODYDJHVTXLHQJOREHQW DXVVL OD SRSXODWLRQ SDXYUH OLEUH /¶HVFODYDJH GHV $IULFLDQV Q¶HVW GRQF SDV OD VHXOH IRUPH G¶DVVHUYLVVHPHQW 3DVVRV UHSUHQG OHV GHVFULSWLRQV GH &RXW\ TXL IDLW UHPDUTXHU TXH OD population libre pauvrH Q¶D SDV JUDQG-chose à envier à la population esclave. La race « caipira110 », FRPPHLOO¶DSSHOOHUpVLVWHDXMRXJSDUO¶LQGROHQFHPDLVPHXUWGHIDLP Le préjugé de la classe dominante sur la prédisposition de cette population à la paresse est tel que lorsque le sud du pays a besoin de main-G¶°XYUH SRXU OD SURGXFWLRQ GH FDIp LO YD OXL WRXUQHU OH GRV HW HQFRXUDJHU O¶LPPLJUDWLRQ HXURSpHQQH HW FKLQRLVH WRXW HQ VH SODLJQDQW beaucoup du coût de cette opération, incluant parfois le don de terres aux migrants. Ce mouvement avait aussi pour dessein de nettoyer la race inférieure (selon une théorie évolutionniste) en incorporant des Européens au Brésil. Les caipiras connaissent donc un abandon économique, politique et moral : « «,OQ¶pWDLWSDVIRXUQLjFHWWHPDVVHLPPHQVHGHSD\VDQVG¶RXYULHUVDJULFROHVHW XUEDLQVG¶$IIUDQFKLVG¶HVFODYHVGHPLVpUDEOHVTXLYLYDLHQWGHEDQDQHVHWGHIDULQH abandonnés à eux-mêmes, à leur paresse, les moyens suffisants pour les tirer de leur ignorance et les élever à une condition plus digne et plus humaine. » Max Leclerc, Journal de débats, après une visite à Rio de Janeiro, 1942, apud Passos (p. 149.) &¶HVW HQ FH VHQV TXH 3DVVRV DIILUPH TXH OHV HVFODYHV XQH IRLV OLEpUpV RQW pWp Up-esclavisés G¶XQH DXWUH IRUPH SDU OD PLVqUH HW SDU OHV ORLV IDLWHV SRXU O¶HQFDGUHU : faute de terres, ils restaient tributaires et dépendants de la classe dominante. Ce qui faisait dire à Rui Barbosa 76 TXHO¶DEROLWLRQGHO¶HVFODYDJHDYDLWGRQQpOLHXjXQH© ironie atroce » en observant trente ans plus tard son inefficacité en termes de liberté (Passos, p. 150). Cette dépendance du pauvre envers le riche a donné lieu à un grand nombre de « faveurs », sorte de rémunération qui reste en dehors du travail salarié. Ces faveurs peuvent se décliner dans le IDLW GH WURXYHU XQ HPSORL SUrWHU GH O¶DUJHQW UHQGUH YDOLGHV GHV WLWUHV REWHQLU GHV FUpGLWVGDQVGHVFRPPHUFHVIDLUHDSSHODXVHUYLFHG¶XQDYRFDWLQIOXHQFHUGHVMXUpVVWLPXOHU et « préparer » des témoins, trouver un médecin ou hospitaliser une personne, et plus de vingt autres options citées par Rubens do Amaral111, ibid Passos (p.1 57). Encore un moyen G¶DQFUHUOHWUDYDLOGDQVXQHGpSHQGDQFHVHUYLOHGHW\SHIpRGDOSOXW{WTXHGHO¶LQVFULUHGDQVOH binôme travail / salaire du capitalisme. Mais ce qui reFUpDLWOHVFRQGLWLRQVG¶DVVHUYLVVHPHQWGHPDQLqUHSURQRQFpHHWUDGLFDOHpWDLW sans aucun doute « la loi de prestation de services ª&HWWHORLDSSDUDvWDYDQWO¶DEROLWLRQ(OOH faisait du travailleur libre une espèce de serf, ce qui explique le refus des travailleurs libres de WUDYDLOOHU GDQV OHV ID]HQGDV HW OHV DIIXEOH SDU OD PrPH RFFDVLRQ G¶XQH UpSXWDWLRQ GH SDUHVVHX[ERQVjULHQHWF5HJDUGRQVG¶XQSHXSOXVSUqVFHWWHORL (Passos, p. 178) : « Selon la loi de 1830, les travailleurs employés ne pouvaient rompre leur contrat TX¶jFRQGLWLRQGHSD\HUDXSDWURQODPRLWLpGHVVDODLUHVTX¶LOVDXUDLHQWUHoXGDQVOH FDV FRQWUDLUH LOV pWDLHQW FRQGDPQpV j OD SULVRQ DYHF WUDYDX[ IRUFpV MXVTX¶j UHPERXUVHPHQWGHOHXUGHWWH'DQVODORLGHFHQVpH³DWWpQXHU´ODpremière, les employeurs ont le droit de renvoyer leur employé, pour différents motifs, mais ces derniers, même renvoyés doivent rembourser leur dette y compris le prix de leur YR\DJH GH OHXU UpJLRQ G¶RULJLQHMXVTX¶DX OLHX GH WUDYDLO 'H OD PrPH PDQLqUH les HPSOR\pVpWDLHQWFRQGDPQpVjODSULVRQV¶LOVQHUHPERXUVDLHQWSDVOHXUGHWWH » /¶DXWHXU DMRXWH TXHPrPH j OD YHLOOH GHO¶DEROLWLRQODORLLQFRUSRUDLWHQFRUH GHVSHLQHV GH prison pour fixer les travailleurs sur la terre où ils travaillaient. Ainsi, le statut de pauvre était SURFKH GH FHOXL GH O¶HVFODYH PDLQWHQX GH IRUFH GDQV OD WHUUH GX SDWURQ SRXU XQ VDODLUH GH misère ou parfois juste pRXU UHPERXUVHU FH TX¶LO GHYDLW Le résultat de ces conditions de travail est, comme nous O¶Dvons vu, la résistance SDVVLYH SDU O¶LQGROHQFH RX HQFRUH OD IXLWH 110 Terme qui se réfère aux populations campagnardes. Dans le cas du Nordeste, des métisses G¶LQGLHQVHWG¶(XURSpHQVSDXYUHV ; mélange qui a lieu dès les débuts de la colonie. 111 $PDUDO%UjVGR5XEHQV)DWRVGDYLGDQR%UDVLO6DOYDGRU7LSRJUDIȓDQDYDO 77 YHUVODYLOOH1RQSDVTXHFHWWHGHUQLqUHRIIUHTXHOTXHRSWLRQPDLVSOXW{WSDUFHTX¶HOOHSHUPHW G¶pFKDSSHUjODVHUYLOLWpGHODFDPSDJQHjWUDYHUVO¶LQIRUPDOLWpOHVSHWLWVERXORWVWHPSRraires. En 1875, le sénateur Joaquim Floriano de Godoi se livre à un exercice de recensement des travailleurs libres agricoles ainsi que des travailleurs libres sans occupation. Son décompte VHUDLWSDUPLOHVSOXVMXVWHVG¶DSUqV3DVVRV-RDTXLP1DEXFRHW2OLYHLUD9LDQDjODOXPLqUe de FHGpFRPSWHRQWFRPSOpWpOHUHFHQVHPHQWSDUOHQRPEUHG¶HVFODYHVFHTXLOHXUDSHUPLVGH conclure sur la prédominance du travail libre à cette époque. Voyons les chiffres pour Bahia: État de Bahia Travailleurs libres occupés aux labours 376 548 Travailleurs esclaves occupés dans les labours 82 957 Travailleurs libres sans emploi entre 16 et 45 ans 526 528 Les auteurs ont travaillé sur les six régions les plus développées du Brésil et le constat est le même. Les travailleurs libres sans emploi, encore appelé « vagabonds », « bons à rien » (la liste est longue), sont supérieurs aux travailleurs libres occupés et aux esclaves réunis. En dehors de ces États développés économiquement, la situation était encore pire. Le problème GXPDQTXHG¶HPSORLHVW GRQFUpFXUUHQWGHSXLVORQJWHPSV,OQ¶HVWSDVXQHFUpDWLRQFDSLWDOLVWH /HSUREOqPHUpVLGDQWFRPPHRQO¶DGLWG¶DERUGGDQVOHUHIXVGHGLVWULEXWLRQGHWHUUHVDX[ populations pauvres qui pourraient vivre sans avoir besoin de travailler pour les autres, puis GDQV OHV FRQGLWLRQV GH WUDYDLO IDLVDQW GHV WUDYDLOOHXUV GHV rWUHV VHUYLOHV GDQV OH FDV G¶XQ O¶HPSORLGDQVOHVJUDQGHVSURSULpWpVWHUULHQQHV 4) Marginalisation /DILQGHO¶HVFODYDJHVLJQLILHSRXUEHDXFRXSOHGpEXWGHODPDUJLQDOLVDWLRQ. Le soulagement TX¶pSURXYHO¶HVFODYHDIIUDQFKLVHPEOHrWUHSDUWDJpSDUOHPDvWUHTXLQ¶DSDV plus à tenir ses obligations (le nourrir et le loger) envers lui. Pour beaucoup de Noirs, cette OLEHUWp D GRQF XQ JRW G¶DEDQGRQ VXUWRXW HQ YLOOH R OD VWUXFWXUH IDPLOLDOH Q¶HVW plus si LPSRUWDQWH 3RXU G¶DXWUHV SULQFLSDOHPHQW GDQV OHV FDPSDJQHV OH FRQWH[WH GHV UHODWLRQV paternalistes est malgré tout est préservé. /D SRSXODWLRQ QRLUH VRXIIUH GHSXLV VRQ DUULYpH VXU OH VRO EUpVLOLHQ G¶XQ PDQTXH GH 78 « visibilité » Agier (2009, p. 17). Il est possible de trouver dans la Constitution de 1824 que « ODOLEHUWpHVWXQGURLWLQDOLpQDEOHGHO¶KRPPH ªDORUVTX¶jO¶pSRTXH % de la population HVW HVFODYH HW TXHOHWUDILF FRQWLQXH &¶HVW FRPPH VLOHV HVFODYHV Q¶H[LVWDLHQW SDV RX TX¶LOV étaient invisibles dans la société brésilienne, une sorte de non-GURLW'¶DLOOHXUVO¶HVFODYHQ¶D pas de statut juridique individuel, il existe en fonction de son maître dont il prend souvent le QRP $SUqV O¶DEROLWLRQ FH QRQ-GURLW Q¶HVW SDV LPPpGLDWHPHQW UHPLs en cause. Les Noirs gonflent alors les chiffres des « inutiles » ou encore de la « classe dangereuse ª '¶DSUqV Agier (2005, p. 29)112 les sociologues des années 1950 classent la population de Salvador en « trois grands groupes de prestiges » 1/ les « blancs dominants », 2/ les « morenos » et les « mulatos » (des métisses plus ou moins foncés) artisans ou commerçants, fonctionnaires, et 3/ « la pauvreté » qui regroupe indistinctement les travailleurs manuels noirs et mulâtres, soit plus de 50 % de la ville. Cette « pauvreté ª VHPEOH rWUH OD UHPSODoDQWH GH O¶DQFLHQQH catégorie des « inutiles ª R V¶DPDOJDPHQW WRXV FHX[ TXL VRFLDOHPHQW RX UDFLDOHPHQW QH V¶LQWqJUHQWSDVjODVRFLpWpIRUPHOOHUpVHUYpHDX[JURXSHVFLWpV En ville, les esclaves travaillaient surtout comme employés domestiques et esclaves à gage, ils étaient travailleurs indépendants (artisans ou commerçants) qui reversaient à leur maître WRXWHVOHVVHPDLQHVFHTX¶LOVJDJQDLHQWHWQHVHYR\DLHQWRFWUR\HUTX¶XQSHWLWSRXUFHQWDJHGH cette valeur. &KH]FHW\SHG¶HVFODYHVOHVUHYHQGLFDWLRQVHWOHVUpYROWHVVHVRQWRUJDQLVpHVj partir du XIX e VLqFOHHWXQHJUDQGHSDUWLHV¶HVWYXHDIIUDQFKLH&HSHQGDQWODOLEHUWpSRXUOHV DIIUDQFKLVFRPPHSRXUOHVIXJLWLIVHVWGHYHQXHUDSLGHPHQWV\QRQ\PHG¶DEVHQFHde travail : F¶HVWOHGpEXWGHODPDUJLQDOLVDWLRQGHODSRSXODWLRQQRLUH 113 qui se trouve livrée à elle-même, HW VRXYHQW FRPPH RQ O¶D YX RFFXSDQW XQH SODFH GDQV OH FRPPHUFH LQIRUPHO GH UXH /HV professions manuelles dépréciées par les Blancs restent pourtant un gagne-pain pour les Noirs, hommes ou femmes. Nina Rodrigues détaille les activités pratiquées par les Noirs au OHQGHPDLQGHO¶DEROLWLRQORUVTXHEHDXFRXSG¶HQWUHHX[YLHQQHQWYLYUHHQYLOOHSRXUSUDWLTXHU le petit commerce et le fret, je cite : 112 AGIER, Michel, « Salvador de Bahia. 5RPH QRLUH YLOOH PpWLVVH´3KRWRV GH &KULVWLDQ Cravo. Editions Autrement, Collection Monde, 2005, pp. 157. 113 Nina RodriJXHV VH UpIqUH j OD SRSXODWLRQ DIULFDLQH F¶HVW-à-dire la première génération G¶HVFODYHVHWQRQjOHXUVGHVFHQGDQWVjTXLUHYLHQWO¶DWWULEXWGH© criolos »). Ces derniers ne MRXLVVHQWSDVGHODPrPHUpSXWDWLRQG¶LQWpJULWpjODTXHOOHVHUpIqUH1LQD5RGULJXHs dans la citation à suivre. A ce sujet, voir Bacelar, (2008). 79 « Les femmes, dans des boutiques ou des échoppes, sur le pas de la porte, ou ambulantes avec un étal, elles pratiquent le commerce urbain de plats cuisinés, particulièrement des spécialités culinaires africaines, qui sont au goût de la population, condiments, IUXLWVOpJXPHVSURGXLWVGHOD&{WH« » (Rodrigues 1933, p. 109.) Nous pouvons YRLULFLO¶RULJLQHGHVPDUFKDQGHVGHUXHOHV baianas vendant leur acarajé, et dans une certaine mesure, celle du commerce festif des barraqueiros. « Des hommes, les plus valides sont travailleurs à gage ou marioles114 ; une petite quantité conduit ou porte les derniers sièges ou palanquins, les autres sont vendeurs G¶HDX ; certains, petits agriculteurs ou éleveurs dans les banlieues ou les jardins aux alentours de la ville'¶DXWUHVVRQWYDOHWVGHFKDPEUHRXFRQFLHUJHVGDQVOHVJUDQGV immeubles de la ville basse et commerciale. Sur cette responsabilité repose la UpSXWDWLRQG¶LQWpJULWpGRQWLOVMRXLVVHQW » (p. 110.) /DPDUJLQDOLVDWLRQQ¶HVWSDVJpQpUDOLVpHPDLVGHVSRSXODtions pauvres vivent dans la ville à O¶DIIW G¶XQH SHWLWH UHQWUpH G¶DUJHQW JUkFH j GHV SHWLWV ERXORWV PDO SD\pV HW KDVDUGHX[ qui UHSUpVHQWHQW OH FRPPHUFH LQIRUPHO XUEDLQ &HWWH PDUJLQDOLVDWLRQ HVW SOXW{W OH IDLW G¶XQH tradition ségrégative qui concerne les populations noires : leur mode de vie, leur profession VRQW WHQXHV j SDUW FRPPH DX WHPSV GH O¶HVFODYDJH /HV UHYHQGLFDWLRQV V\QGLFDOHV TXL V¶LQVWDOOHQWGDQVOHPLOLHXGHO¶LQGXVWULHQ¶DIIHFWHQWHQULHQFHWWHYLHLOOHWUDGLWLRQVpJUpJDWLYH dans laquelle le système de faveur occupe une place au moins aussi importante que le système monétaire. 0°XUV FRXOHXUV FRXWXPHV FUR\DQFHV ODQJXH GLIIpUHQWHV« DXWDQW G¶pOpPHQW pWUDQJHV HW étrangers qui alimentent une crainte, une menace de la population noire. Des auteurs de la première moitié du XXe VLqFOHQ¶RQWSDVPDQTXpG¶LQWHUURJHUOHVPRGHVGHIDLUHGHVHYrWLU« des Noirs de Bahia. Pierson (1971) relate en détails la manière dont hommes, femmes, enfants portent sur leur tête des énormes poids, dans une tenue parfaite et digne ; Nina 5RGULJXHV LQVLVWH VXU OH VWDWXW G¶pWUDQJHUV GH OD SUHPLqUH JpQpUDWLRQ G¶HVFODYHV : les Africains. Il fait remarquer combien ils sont différents des crioulos (les générations de Noirs nés sur le sol brésilien), en ce qui concerne OHXUPDQLqUHG¶rWUHHWGHIDLUHHWSOXVHQFRUHGH 114 Dans le sens de fréteur ou messager. 80 leur sens de la droiture et du commerce, au contraire des crioulos plus à même de « tremper » dans des affaires douteuses. /D SUHPLqUH PHQDFH FRQVWLWXpH SDU OH SHXSOHPHQW G¶$IULFDLQV HW PpWLVVHV QRLUV DX %Uésil vient de leur supériorité numérique: depuis le début de la colonisation la proportion de Noirs dans un premier temps est largement supérieure à celle des Blancs et même des Indiens, puis la proportion de métisses devient plus importante que celle des Blancs ou des Noirs. Michel Agier résume cela par une formule bien faite: « la peur (blanche) du (pouvoir) noir» (1995, p. 454). Les termes de la marginalisation de la population noire viennent se poser en des termes aussi anciens et aussi proches que la peur ressentie envers les Noirs et va être au FHQWUHGHO¶HIIRUWGHFRQVWUXFWLRQGHO¶XQLWpQDWLRQDOH 5) Construction identitaire de la Nation Les fondements de la République sont donnés. Le Brésil cherche à se constituer en tant que Nation indépendante. Pour cela, il doit créer une unité entre les différents groupes sociaux. Les anciennes catégories de maîtres et esclaves sont bannies et le Brésil se cherche. Au niveau politique, le modèle de la démocratie cherche à se forger un chemin alors que les régimes PLOLWDLUHV GLFWDWRULDX[ VH VXFFqGHQW &¶HVW ILQDOHPHQW SRXU UpVRXGUH OD TXHVWLRQ GH O¶XQLWp QDWLRQDOH TXH OD QRWLRQ GH GpPRFUDWLH VHUD OH SOXV XWLOLVpH VRXV OD IRUPH GH « démocratie raciale ». Les problèmes entre groupes sociaux continuent à être pensés sous le YRFDEOH UDFLDO /¶HVFODYDJLVPH D ODLVVp VHV HPSUHLQWHV GH IRUPH SURIRQGH /H %ODQF Q¶HQYLVDJH SDV OH PpODQJH DYHF OH 1RLU TXL UHVWH DVVRFLp j O¶HVFODYH 6HXOHV OHV FDWpJRULHV UDFLDOHV UHQGHQW OD GLVWLQFWLRQ SRVVLEOH &HOD Q¶HPSrFKH SDV TXH OHV LGpDux égalitaires et IUDWHUQHOVSU{QpVSDUOD5pYROXWLRQIUDQoDLVHVRLHQWSULVDXVpULHX[&¶HVWHQFHVHQVTXHOD « démocratie raciale ªFRPPHQFHjrWUHXWLOLVpHSDUOHVLQWHOOHFWXHOVGHO¶pSRTXH(OOHVLJQLILH la bonne entente entre les races et devient le PRWG¶RUGUHGX%UpVLOTXLVHGUHVVHFRQWUHOHV dérives ethniques de la Seconde Guerre mondiale. Au niveau scientifique, les théories évolutionnistes sont celles qui servent à étayer ces arrangements de la construction identitaire. a) Nina Rodrigues Nina Rodrigues, pionnier, fait une recherche dédiée aux Africains du Brésil au tout début du XX e siècle, dans les années 1900. Il sera largement critiqué par la suite pour ses positions UDFLVWHVRXSRXUOHPRLQVpYROXWLRQQLVWHVTXLIRQWTX¶LOSDUWGXSUpVXSSRVpGHO¶LQIpULRULWpGH 81 la race noire. Cependant, en prenant soin de replacer ses écrits dans son époque, en tout cas VRQ°XYUHSRVWKXPHLes Africains au Brésil, se dresse alors un magnifique tableau de la fin du XIXe VLqFOHGRQWLOUHQGFRPSWHjSDUWLUG¶XQH étude sur le terrain. Sans vouloir exagérer les GLVWLQFWLRQV MH UHOqYHUDL WRXW GHPrPH TXH ULHQ Q¶REOLJHDLW XQ PpGHFLQ OpJLVWH jDGRSWHUOD méthode anthropologique de recherche sur le terrain, alors que celle-FL Q¶HQ HVW TX¶j VHV balbutiements, pour parler de la population africaine, dont personne ne se préoccupe à O¶pSRTXH GHV 1RLUV YHQXV G¶$IULTXH SRXU VHUYLU GH PDLQ-G¶°XYUH HVFODYH HW TXL VH retrouvent, peu de temps après leur arrivée, libérés par décision royale de la princesse Isabel115. Certainement que cet intérêt nait dans le cadre de son activité de médecin légiste, et son originalité est de sortir des murs de la morgue pour aller voir comment les Africains YLYHQWHWQRQSOXVVHXOHPHQWFRPPHQWLOVPHXUHQW,OHVWERQGHUDSSHOHUTX¶jO¶pSRTXHOHV PpGHFLQVVRQWjODWrWHGHODUpIOH[LRQVXUODSHQVpHUDFLDOHHWTXHOHVVFLHQFHVKXPDLQHVQ¶HQ VRQWTX¶jOHXUEDOEXWLHPHQW3RXUWDQWVDSURSUHPRUWQHOXLODLVVHUDSDVFRQWLQXHUVRQWUDYDLO dont il avait imaginé plusieurs volumes. Il laissera inachevé le premier tome dont je souhaite rendre compte sommairement ici afin de replacer la question du Noir, ou, comme dit Nina Rodrigues, le « problème » du Noir au Brésil aux débuts de sa formulation et SUREOpPDWLVDWLRQVFLHQWLILTXH6RQ°XYUHpFULWHGDQVOHVSUemières années du XX e siècle sera publiée en 1933. Je cite : « /H SUREOqPH ³1qJUH´ DX %UpVLO D GH IDLW GH PXOWLSOHV IDFHWWHV : une du passé, ± études des Noirs africains qui ont colonisés le pays ; une autre du présent : ± Nègres créoles, Blancs et Métisses ; et pour finir, une du futur : ± Métisses et Blancs créoles. » Nina Rodrigues (1933, p. 18.)116 ¬WUDYHUVFHWWHFLWDWLRQQRXVSHUFHYRQVTXHO¶DXWHXUVHSUpRFFXSHGHO¶pYROXWLRQGHVUDFHVDX %UpVLO ,O V¶LQWpUHVVH DX[ $IULFDLQV HQ WDQW TXH UHSUpVHQWDQWV RULJLQDX[ G¶XQH FXOWXUH pWUDQJqUH &HSHQGDQW FH TXL O¶LQWHUURJH HVW FH TX¶LOV YRQW GHYHQLU DX VHLQ GH OD VRFLpWp brésilienne. Ils ne pourront pas rester Africains au Brésil car dès la deuxième génération, les Noirs nés sur le sol brésiliens sont déjà assimilés aux criolos. Les Africains sont donc voués à 115 ,OHVWERQGHUDSSHOHUTX¶DXqPHVLqFOHOHWUDILFHVWLQWHUGLWPDLVGDQV la clandestinité DUULYHQWHQFRUHEHDXFRXSG¶$IULFDLQV 116 « O problema « o Negro » no Brasil tem, de fato, feições múltiplas: uma do passado, _ HVWXGR GRV QHJRV DIULFDQRV TXHFRORQL]DUDP R SDȓV RXWUD GR SUHVHQWH B 1HJURV FULRXORV %UDQFRV H 0HVWLoRV D ~OWLPD GR IXWXUR B 0HVWLoRV H %UDQFRV FULRXORV´ Nina Rodrigues (1933 :18). 82 GLVSDUDvWUH SXLVTXH OH WUDILF Q¶D SOXV OLHX ,O YHXW UHFXHLOOLU XQ SHX GH O¶RULJLQDOLWp GH OHXU culture comme une pièce arrangée pour intégrer les musées. Un autre point soulevé par cette citation est que le métissage est responsable de la dissolution GHODUDFHQqJUHGDQVODUDFHEODQFKH&RPPHO¶pYRTXHODFLWDWLRQOHV1RLUVVRQWGXSDVVp tandis que créoles, Blancs et métisses sont de « son présent » et que le futur est entre les mains des métisses et %ODQFVFUpROHV&HWWHLGpHQ¶HVWSDVVRUWLHGHVDVHXOHLPDJLQDWLRQPDLV GHVGLVFXVVLRQVGHO¶pSRTXHD\DQWSRXUEDVHWKpRULTXHODWKpRULHGHO¶pYROXWLRQGH'DUZLQ&H naturaliste anglais prouve que dans la nature les espèces évoluent et que certaines sont à des stades plus avancés que les autres. Appliquée aux sciences humaines, cette théorie part du principe que la race blanche HVWOHGHUQLHUFKDvQRQGHO¶pYROXWLRQKXPDLQHjODTXHOOHOHVUDFHV noires ou jaunes encore primitives doivent accéder avec le temps comme allié et le métissage comme moyen. Ainsi, le comte de Gobineau alors consul de France à Rio de Janeiro théorise jSDUWLUGHO¶pYROXWLRQQLVPH O¶DYHQLUGXSHXSOHEUpVLOLHQ'DQVVDYHUVLRQOHPpWLVVDJHHVWXQH dégénérescence, il voit comme futur de la race brésilienne son blanchiment grâce à des SROLWLTXHVG¶LPPLJUDWLRQHXURSpHQQHVVXVFLWpHVSDUOHJRXYHUQHPHQWEUpVLOLHQ 1LQD 5RGULJXHV HVW EHUFp SDU OHV WKpRULHV VFLHQWLILTXHV GH O¶pSRTXH ,O FURLW TXH OHV UDFHV noires et jaunes sont inférieures et TX¶HOOHVSRXUURQWV¶DPpOLRUHUjFRQGLWLRQGHVHEODQFKLU Le seul problème relevé est que, dans ce processus de métissage, la race blanche est aussi vouée à disparaître, comme il le fait lui-même remarquer en parlant de « métisses et Blancs créoles » et non de Blancs dans la troisième partie de sa citation. b) Le spectacle du métissage Nina Rodrigues participe donc du grand débat sur la question raciale au Brésil, notamment dans le champ anthropologique, à ses débuts. À la même époque, nous pouvons G¶DSUqV Schwarz (1994)117, distinguer deux grandes tendances dans la pensée raciale : celle de Bahia UHSUpVHQWpHHQWUH DXWUH SDU 1LQD 5RGULJXHV TXL SRVH O¶LQIpULRULWp UDFLDOH GX 1RLU HW FKHUFKH des réponses dans un système pénal discriminant ; celle de Rio de Janeiro, également menée par des médecins et hommes de loi, appelée « dictature sanitaire », car elle a comme point G¶RUJXHFHOXLGHODFRQWDPLQDWLRQ/HVSDXYUHVVRQWjFRQWU{OHUDILQG¶pUDGLTXHUOHVJUDQGHV épidémies ; fièvre jaune, maladie de Chargas dont on FKHUFKHjO¶pSRTXHXQYDFFLQ'DQVOH Brésil des années 1930, cette idée de métissage comme solution au problème racial issue de la théorie évolutionniste reste très en vogue et va être retenue par les intellectuels et 117 6FKZDUW]/LOLD0RULW]³(VSHWáFXORGDPLVFLJHQDomR´LQ(VWXGRVDYDQoDGRV 83 SROLWLFLHQVGHO¶pSRTXH /¶LGpHG¶XQ blanchiment de la race fait son chemin. Le métissage devrait réussir à blanchir la race : les Noirs disparaîtraient au profit des mulatos, dont le métissage avec les Blancs est autorisé socialement (dans certains cas sur lesquels nous allons revenir avec Thales de $]HYHGR /¶LPSXOVLRQ GH O¶LPPLJUDWLRQ HXURSpHQQH V¶LQVFULW GDQV FH GHVVHLQ GHV FDOFXOV VRQWIDLWVFKLIIUDQWOHQRPEUHG¶DQQpHVQpFHVVDLUHVjODUpXVVLWHGXSURMHWGHEODQFKLPHQWGHOD race. Même si les chiffres ne sont pas probants, tirant un peu du crédit de la théorie pYROXWLRQQLVWH O¶LGpH GH UDFH HOOH UHVWH SUpSRQGpUDQWH &¶HVW DLQVL TXH GH GLVFXVVLRQV HQ interprétations, la notion de « démocratie raciale ª IDLW VRQ DSSDULWLRQ GDQV O¶KRUL]RQ LQWHOOHFWXHO GH O¶pSRTXH118. La jeune nation brésiOLHQQH V¶RSSRVH DX IDVFLVPH LQWHUQDWLRQDO ambiant en affichant la notion de « démocratie ª/¶DWWULEXW© racial » veut rendre compte de O¶HQWHQWHFRUGLDOHHQWUHOHVWURLVUDFHVFRQVWLWXWLYHVGX%UpVLOO¶,QGLHQOH1RLUHWO¶(XURSpHQ avant que celles-ci nH VH GLVVROYHQW FRPSOqWHPHQW GDQV XQH VHXOH UDFH TXL VHUD O¶XQLWp GX SHXSOHEUpVLOLHQ5HVWHSRXUWDQWOHSUREOqPHGHODWDUHDQFHVWUDOHOLpHjO¶LQIpULRULWpGXQqJUH et à sa préposition au vice. /DMHXQHQDWLRQDEHVRLQGHVHUHSUpVHQWHUDILQGHV¶DIILFKHU au monde F¶HVWjWUDYHUVO¶LGpH GH VSHFWDFOH GX PpWLVVDJH 6FKZDUW] HW GH O¶HQWHQWH FRUGLDOH HQWUH OHV WURLV UDFHV fondatrices que se déveORSSHVRXV9DUJDVO¶LGpHGHODGémocratie raciale. Le problème reste alors la hiérarchie entre les races. La population largement noire et métisse ne peut pas être IDFWHXUGHGpTXDOLILFDWLRQGHODQDWLRQ,OIDXWTX¶HOOHVHWDLOOHXQHLPDJHGLJQHGHODVRFLpWp blanche et aristocrate qui a colonisé le pays. Pour reprendre une citation de Nina Rodrigues dans laqueOOHLOVHODPHQWHVXUOHIDLWTX¶DXFXQHpWXGHQ¶DpWpIDLWHVXUOHV1RLUV DX%UpVLO QRXV DSSX\RQV O¶LGpH VHORQ ODTXHOOH FKDTXH UDFH RFFXSH XQH SODFH SDUWLFXOLqUH GDQV OD société : « 1RXV TXL DYRQV OH PDWpULHO j OD PDLVRQ TXL DYRQV O¶$IULTXH GDQV QRV FXLVines, FRPPH O¶$PpULTXH GDQV QRV IRUrWV HW O¶(XURSH GDQV QRV VDORQV QRXV Q¶DYRQV ULHQ produit dans ce sens ! » (1933, p. 23.)119 Dans ce cadre, reste à voir comment pouvait se concevoir le métissage racial alors que la race était aussi un statut social dans OHTXHOODFODVVHGRPLQDQWHQ¶DYDLWDXFXQLQWpUrWjVHPpODQJHU aux autres, ses subalternes. 118 Voir à ce sujet, Guimarães (2003). 84 c) /¶HQWHQWHFRUGLDOHHQWUHOHVUDFHV 9 /DFRPPDQGHGHO¶8QHVFR As elites de cor 120 de Thales de Azevedo, publié en 1955 la première fois est une commande GHO¶8QHVFRTui organise, suite à une demande du Secrétariat des Nations-Unies, un comité pour examiner la question raciale121. Il existe un présupposé sur le Brésil qui serait un exemple positif de cohabitation entre les différentes races, au contraire de ce qui se passe aux États-8QLV¬SDUWLUGHVRXVO¶pJLGHG¶$OIUHG0HWUDX[VRQWFRPPDQGpHVGHVpWXGHVVXU Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo et Recife. Les chercheurs étaient Roger Bastide et Florestan Fernandes, Thales de Azevedo, René Ribeiro et Charles Wagley. En UpDOLWpG¶DSUqV7KDOHV GH$]HYHGRSFHWWHFRPPDQGHGRQQHQDLVVDQFHjXQF\FOHG¶pWXGHVFULWLTXHVVXU la « démocratie raciale » brésilienne, pendant plus de 25 ans. 9 Le parti pris : fidélité à la commande En regardant de plus près le nom des chapitres on se rend compte que le présupposé de O¶8QHVFRHVWUHSULVSDU7KDOHVGH$]HYHGR : « Un minimum de tension sociale », « la couleur est un simple accident », « une société multi-raciale de classe », « les mariages interraciaux ». La commande initiaOHV¶LQILOWUHGDQVOHSDUWLSULVGXFKHUFKHXUSDUIRLVjVHVGpSHQV,OGLWGqV O¶LQWURGXFWLRQ : « Cette monographie est destinée à donner une compréhension de la dynamique de O¶DVFHQVLRQVRFLDOHGHVSHUVRQQHVGHFRXOHXUGDQVXQHYLOOHEUpVLOLHQQH«). La ville FKRLVLHSRXUO¶pWXGH est Bahia, pour être traditionnellement considérée comme étant OHPHLOOHXUH[HPSOHG¶KDUPRQLHUDFLDOHDX%UpVLO » (p. 25.) /¶LGpHVHORQODTXHOOHOHFOLPDWVRFLDOHVWGHVSOXVGRX[Q¶HVWGRQFSDVXQLTXHPHQWODVLHQQH mais vient GH ORLQ UHPRQWDQW FHUWDLQHPHQW DX WHPSV GH O¶HVFODYDJH HW j O¶DPELDQFH GHV grandes propriétés terriennes où le quotidien des Blancs se mêlait à celui des Noirs, dans une 119 1LQD5RGULJXHVFLWH6LOYLR5RPHURXQIRONORULVWHGHO¶pSRTXH 120 AZEVEDO, Thales de., As elites de cor numa cidade brasileira : um estudo de ascenção social & Classes sociais e grupos de prestigio. Apresentação e prefacio de Maria de Azevedo Brandão. ± 2ème édition ± Salvadore : EDUFBA:EGBA, pp.186, 1996. 121 &HWWH GpPDUFKH YHXW HPSrFKHU G¶DXWUHV GpULYHV VFLHQWLILTXHV TXL VXU EDVH raciale et pYROXWLRQQLVWHO¶HXJpQLVPHRQWDERXWLWDX[FULPHVGHODVHJRQGHJXHUUHPRQGLDOH 85 microsociété autonome122/DVSpFLILFLWpHWODWKqVHGHO¶°XYUHGH7KDOHVGH$]HYHGRHst de WKpRULVHUODWUDQVLWLRQGX%UpVLOFRORQLDOYHUVXQ%UpVLOPRGHUQHHQSURMHWDQWOHVWHUPHVG¶XQH VRFLpWp GH VWDWXW TX¶LO FRQQDvW ELHQ HQ FHX[ G¶XQH VRFLpWp GH FODVVH TXL V¶DQQRQFH DYHF O¶LQGXVWULDOLVDWLRQGH6DOYDGRU d) /¶DUJXPHQW : Une société de statut, sans préjugé de couleur Thales de Azevedo décrit minutieusement les us et coutumes des bahianais en matière de relations sociales. Je cite : « Pour comprendre une description de la population bahianaise locale ou pour interpréter une statistique démographique bahianaise, ancienne ou moderne, il faut connaître en profondeur la signification des termes qui servent à décrire les différents types physiques réunis dans ce grand melting-pot. Les expressions les plus utilisées pour cela sont : Blancs, Noirs, mulâtres, morenos et caboclos. Apparemment, ces vocables décrivent des types physiques déterminés ; en réalité, le sens de ceux-ci est FRQGLWLRQQp VRFLDOHPHQW ELHQ TX¶HVVHQWLHOOHPHQW HQ UHODWLRQ DYHF OHV WUDLWV UDFLDX[ spécialement la couleur de la peau, les cheveux, et les formes faciales. » (p. 34.) Bien que signalant que la question de la reconnaissance raciale est intimement liée à la question sociale, Thales de Azevedo décrit en détails les différentes appellations utilisées dans le quotidien des Brésiliens, soit une classification emic des termes qui reprennent les standards officiels de Noir, mulâtre, moreno, et Blanc auxquels ils ajoutent des nuances bien SOXVGpWDLOOpHVGHFRXOHXUGHSHDXSVXUODTXHOOHMHQHP¶DWWDUGHUDLSDV,ODMRXWHTXH le WHUPH GH PXOkWUH HVW SOXW{W GpSUpFLDWLI HW TX¶LO HVW SOXV SROL G¶DSSHOHU TXHOTX¶XQ SDU OHV vocables « moreno » ou « pardo » et si son niveau social le permet, il intègre ainsi automatiquement le groupe des blancs. Le moreno a même une connotation romantique forte. « Noir » est réservé aux personnes de basse condition et reste très dépréciatif. De même, être « Blanc » est une question de moyen, non de couleur : les Noirs se blanchissent en montant O¶pFKHOOHVRFLDOH/HV© Indiens » ont été, quant à eux, dans un premier temps classés comme 1RLUVMXVTX¶DX XVIIIe siècle puis, la mention de « caboclo » qui se référait à eux est interdite et ils sont assimilés aux Blancs pour grossir les chiffres et occuper les charges publiques car ODSRSXODWLRQEODQFKHQ¶HVt pas assez nombreuse. Cependant, malgré cette grande variété de dénomination de couleur, Tales de Azevedo ajoute 122 A ce sujet, revoir Freyre (1980). 86 que la société brésilienne coloniale et postcoloniale est une société de statut où la couleur peut orienter mais non décider quelle sera la catégorie raciale utilisée pour telle ou telle personne. ,OGRQQHGHQRPEUHX[H[HPSOHVROH%ODQFSDXYUHQ¶HVWSOXVFRQVLGpUpFRPPH%ODQFFDULO ne participe pas de la classe dominante ou comment des métisses, principalement ceux qui ont la peau claire, soQW DVVLPLOpV j OD FODVVH EODQFKH VXUWRXW V¶LOV RQW IUpTXHQWp XQH ERQQH pFROHRXV¶LOVRQWXQHERQQHSRVLWLRQVRFLDOHGXIDLWGHOHXUSURIHVVLRQRXGHOHXUPDULDJH(Q IDLWODSRVLWLRQVRFLDOHOHVPDQLqUHVHWOHEDJDJHG¶pWXGHVVRQWELHQSOXVGpWHUPLQDQWs que la FRXOHXU 6XUWRXW ORUVTX¶RQ VH UHQG FRPSWH TXH OHV EDUULqUHV QH VRQW SDV IHUPpHV SRXU OHV PpWLVVHVG¶DXWDQWSOXVORUVTXHOHXUQH]Q¶HVWSDVWURSpSDWpHWOHXUVFKHYHX[FUpSXVVLJQDX[ TXL VRQW ELHQ SOXV IRUWV TXH FHX[ GH OD QXDQFH GH FRXOHXU /¶DVcendance également a son poids : les fils illégitimes des hommes blancs avec des femmes noires ou mulâtres reçoivent SDUIRLVODPrPHpGXFDWLRQTXHOHXUVILOVOpJLWLPHVHWFHGHSXLVOHWHPSVGHO¶HVFODYDJH'DQV ces conditions, son ascension sociale est facilitée. Rappelons-nous que le facteur du nombre Q¶HVW SDV pWUDQJHU j FHWWH SRVVLEOH DVVLPLODWLRQ GHV PpWLVVHV WRXV OHV DXWHXUV FLWpV MXVTX¶j SUpVHQW VRQW G¶DFFRUG SRXU GLUH TXH OH 3RUWXJDO Q¶DYDLW SDV DVVH] G¶KRPPHV HW GH IHPPHV pour peupler le Brésil. Cette petite nation riche en colonies a dû compter sur le métissage SRXUV¶pOHYHUHWVHPDLQWHQLUFRPPHSXLVVDQFHFRORQLDOH e) /HVOLPLWHVGHO¶DVVLPLODWLRQVRFLDOH Pour Thales de Azevedo, dans le système de caste auquel il compare le Brésil traditionnel, la GLVWDQFHHQWUHFODVVHPR\HQQHHWULFKHHVWIUDQFKLVVDEOHSDUOHVERQQHVPDQLqUHVO¶pGXFDWLRQ ou le mariage. En revanche, une rupture se fait entre les pauvres et la classe moyenne, HPSrFKDQWRXFRQWU{ODQWIRUWHPHQWO¶DVFHQVLRQVRFLDOHGHVSDXYUHV De fait, la grande majorité des pauvres est noire ou métisse. Mais cette logique est parfois renversée : si les Noirs sont pauvres alors les pauvres sont noirs, cette fois-ci sans FRQVLGpUDWLRQ GH QXDQFHV GH FRXOHXU '¶XQ PRGH JpQpUDO F¶HVW WRXMRXUV O¶HQVHPEOe bonnes PDQLqUHVFKHYHX[SUpVHQWDWLRQTXLO¶HPSRUWH2QUHFRQQDvWGHORLQXQSDXYUHjVHVPDQLqUHV GLIIpUHQWHV$LQVLODPDVVHGHVSDXYUHVHVWQRLUHPrPHTXDQGHOOHQHO¶HVWSDVFDUHOOHHVW GLUHFWHPHQW DVVRFLpH j O¶KpULWDJH GH O¶HVFODYDJH HW HVW HQFlavée (tenue vestimentaire, éducation, mode de parler différents) O¶DVFHQVLRQVRFLDOHQHIRQFWLRQQHSDVSRXUHX[QLGDQV le domaine public du travail ni dans le domaine privé du mariage. Pourtant, certains Noirs, souvent des femmes, sortent de leur basse condition par des liaisons cachées, qui donnent lieu 87 à des enfants métisses. f) /¶DVVRFLDWLRQHQWUH© race » et « classe » 3LHUVRQ UHODWH TXH GDQV OHV DQQpHV XQH LGpH WHQDFH V¶LQVWDOOH GDQV OD WrWH GHV gens, celle de blanchiment de la race. Les métisses comme les Blancs faisaient souvent ce type de déclaration : « Nous, brésiliens, sommes en train de devenir un peuple unique. Un jour prochain, il y aura dans notre pays une seule race. » (p. 186.) Il ajoute que les mères noires ayant des enIDQWVSOXVFODLUVTX¶HOOHVV¶HQHQRUJXHLOOLVVHQWHOOHV SDUOHQWVRXYHQWG¶© améliorer la race » ou de « laver la race » (p. 182). g) Conclusions : Le non-problème de la couleur au Brésil 3LHUVRQ UHSUHQG XQ FRPPHQWDLUH GH 7KHRGRUH 5RRVHYHOW FRPSDUDQW O¶H[HPSle brésilien à O¶H[HPSOHGHVeWDWV-Unis. Dans le premier cas, le métissage réduit les frontières raciales en EODQFKLVVDQWODUDFHXQLILDQWFRPPHRQO¶DYXFHWWHGHUQLqUH'DQVOHFDVGHVeWDWV-Unis, dans XQ IXWXU SOXV RX PRLQV ORLQWDLQ O¶eWDW GHYUD JpUHU des conflits raciaux complexes dû à un JURXSHQRLUWUqVLPSRUWDQW/¶H[FOXVLRQUDFLDOHTXLV¶RSqUHGXVHXOIDLWGHSRVVpGHUXQHJRXWWH GHVDQJQRLUHQJHQGUHXQHSRSXODWLRQQRLUHLPSRUWDQWHTXLHVWYRXpHGDQVO¶DYHQLUjSRVHUXQ problème de poids. Pierson DMRXWH TX¶DX %UpVLO LO HVW LQGpOLFDW GH UHPRQWHU VXU SOXVLHXUV JpQpUDWLRQV O¶DUEUH généalogique des notables car il est très courant de rencontrer un aïeul noir. Le principe étant G¶DVVLPLOHUODSRSXODWLRQPpWLVVHFODLUHjODSRSXODWLRQEODQFKH/HPpWLVVe, symbolisé par la ILJXUHGH&KDFKiMRXHFHU{OHG¶LQWHUPpGLDLUHGHOLDLVRQHWGHFRPPXQLFDWLRQHQWUHOH%ODQF et le Noir. La thèse de Thales de Azevedo est que la société brésilienne de statut est vouée à être remplacée par une société de classe dans O¶qUHLQGXVWULHOOHTXLV¶DPRUFHGDQVOHVDQQpHV à Bahia. Ainsi, il présente déjà comme un non-problème celui de la couleur de peau qui est YRXpVRXVSHXjGLVSDUDvWUHWRWDOHPHQW¬O¶pSRTXHGHOHXUUHFKHUFKHODVRFLpWpGHFODVVHTXL V¶DPRUFHHVWELen constituée par des catégories raciales, même si celles-ci opèrent comme des catégories sociales. Les Blancs représentent la classe dirigeante ; la classe moyenne est 88 mulata et morena et les pauvres sont noirs. Pierson et Thales de Azevedo voient dans un court terme le problème du Noir au Brésil résolu grâce au métissage. Je pense que cet argument constitue la base de la démocratie raciale bien que ce terme ne soit pas au centre de leur étude. Nous reprendrons cette notion à SDUWLU GH O¶DQDO\VH TX¶HQ IDLW Guimarães (2002 DILQ GH FRPSUHQGUH FH TX¶HOOH D SURGXLW HW vers quoi elle a mené. 6) La « démocratie raciale » Nous voulons rendre compte de la notion de « démocratie raciale » que Guimarães123 WUDYDLOOHSDUWLFXOLqUHPHQW3OXW{WTX¶XQPRWG¶RUGUHFLYLTXH la démocratie raciale a plutôt à YRLU DYHF OH P\WKH &¶HVW OD QRWLRQ TXL V¶HVW LPSRVpH SRXU UHQGUH FRPSWH GH OD VSpFLILFLWp brésilienne de bonne entente raciale, chère aux voyageurs et repris par les intellectuels, brésiliens ou étrangers. 4X¶HVW-ce que la démocratie raciale ? Le premier à utiliser cette expression dans un texte DFDGpPLTXHHVWO¶DPpULFDLQ:DJOH\TXLSDUWLFLSHDX3URMHW8QHVFR « Le Brésil est renommé mondialement pour sa démocratie raciale. » (Wagley 1952, introduction.) Pourtant le préFXUVHXU RX O¶LQVSLUDWHXU VHUDLW )UH\UH DXWHXU GX Nordeste brésilien, dont les LGpHVDXUDLHQWpWpLQWHUSUpWpHVSDU%DVWLGHHW$UWXU5DPRVDXFRXUVG¶pFKDQJHVLQWHOOHFWXHOV IHUWLOHV&HODH[SOLTXHSRXUTXRLFHWHUPHHVWDEVHQWGHV°XYUHVPDMHXUHVGH)UH\UH Celui-ci parlait de démocratie sociale et plus tard de démocratie ethnique. Longtemps tenu pour le YpULWDEOHUHVSRQVDEOHGHFHWWHQRWLRQLOQ¶HVWSRXUWDQWSDVOHSUHPLHU ! « /¶LGpH VHORQ ODTXHOOH OD %UpVLO pWDLW XQH VRFLpWp VDQV ³OLJQH GH FRXOHXU´ F¶HVt-àGLUHVDQVEDUULqUHVOpJDOHVHPSrFKDQWO¶DVFHQVLRQVRFLDOHGHVSHUVRQQHVGHFRXOHXUpWDLW déjà très connue dans le monde, surtout aux États-Unis et en Europe, bien avant la fondation de la sociologie. » (Guimarães, p. 13.) 123 GUIMARÃES, Antônio Sergio, « Démocratie raciale » in Cahier du Brésil contemporain, « Les mots du discours afro-brésilien en débat », p11 à 37, 2002. 89 Paradoxalement, au moment où la science veut se débarrasser des races, la presse et le public choisissent le terme de démocratie raciale au détriment de la démocratie sociale ou ethnique de Freyre. « On retrouve ici [ à Bahia] les résultats, dans une ambiance parmi les plus douces du Brésil, de la démocratie ethnique, inséparable de la démocratie sociale. » (Freyre 1944, p. 30.)124 &HWWHQRWLRQQ¶HVWSDVXQHOLJQHIRUPHOOHGHO¶eWDWPDLVVHPRGqOHHQIRQFWLRQGHVDXWHXUVTXL O¶XWLOLVHQW (Q HIIHW GDQV OHV pFULWV GH )UH\UH OD GpPRFUDWie raciale est au service du métissage à travers la mise en avant de la spécificité portugaise de créer des peuples métisses de par le monde, soit une caractéristique biologique. « Il y a dans ce problème de plus en plus important pour les peuples modernes ± celui du métissage, celui des relations entre les Européens et les Noirs, les mulâtres, les jaunes ± une attitude distinctement, typiquement, caractéristiquement portugaise ou, plutôt, lusobrésilienne, luso-asiatique, luso-africaine, qui nous transforme en une unité psychologique et de culture fondée sur un des événements, peut-rWUHTX¶RQSHXWGLUHVXU XQH GHV VROXWLRQV KXPDLQHV G¶RUGUH ELRORJLTXH HW HQ PrPH WHPSV VRFLDO OHV SOXV significatives de notre temps : la démocratie sociale à travers le mélange des races. » (Freyre, 1938, p. 14.)125 3RXU %DVWLGH LQIOXHQFp SDU -RUJH $PDGR OD QRWLRQ VH WHLQWH G¶XQH FRXOHXU FXOWXUHOOH /D spécificité brésilienne est le métissage des cultures. Souvenons-nous ici de la citation de Nina Rodrigues : « [nous] qui avRQV O¶$IULTXH GDQV QRV FXLVLQHV FRPPH O¶$PpULTXH GDQV QRV IRUrWV HW O¶(XURSH GDQV QRV VDORQV « ». 3RXU %DVWLGH HW $PDGR LO V¶DJLW ELHQ GH FHWWH UHQFRQWUHGHFXOWXUHVGLVWLQFWHVTXLYLHQQHQWV¶LQIOXHQFHUHWVHPRGLILHUDXFRQWDFWGHO¶DXWUH Nous retrouvRQVLFLO¶LGpHG¶DFFXOWXUDWLRQTXLVHUDWDQWWUDYDLOOpHSDU%DVWLGH 124 Freyre, Gilberto, Na Bahia em 1943, Rio de Janeiro, Cia. Brasileira de artes graficas, 1944. 125 Freyre, Gilberto, Conferências na Europa, Rio de Janeiro, Ministério da educação e da saúde, 1938. 90 « La démocratie à laquelle se réfère Bastide, inspiré par Freyre et Amado, ne peut pas être réduite aux droits et aux libertés civiques, mais atteint plutôt une région plus sublime : la liberté esthétique, culturelle, de création et convivialité métisse. » (Guimarães, p. 22.) Avec Florestan Fernandes, Bastide ajoute à cet aspect culturel un aspect plus politique puisque ensemble ils mettent en avant une distinction primordiale entre ce qui se dit et ce TXLVHIDLWHQWHUPHVGHGpPRFUDWLHUDFLDOHDX%UpVLO,OVUHPHWWHQWHQFDXVHO¶DEVHQFHGH préjugé racial mis en avant entre autres par Wagley : « ³1RXV%UpVLOLHQV± nous affirmait un homme blanc ±, nous avons le préjugé de ne pas avoir de préjugé. Et ce simple fait suffit à montrer à quel point le préjugé racial HVWSUpVHQWSDUPLQRXV´3OXVLHXUVUpSRQVHVQpJDWLYHV>FHOOHVTXHGpQLHQWO¶H[LVWHQFH GXSUpMXJpGHFRXOHXU@V¶H[SOLTXHQWSDUFHSUpMXJpGHO¶DEVHQFHGHSUpMXJpSDUFHWWH fidélité du Brésil à son idéal de démocratie raciale. » (Bastide et Fernandes 1955, p. 123.)126 Guimarães continue : « Autrement dit, Bastide et Fernandes ne voient pas de problèmes à concilier la réalité du ³SUpMXJp GH FRXOHXU´ j O¶LGpDO GH OD ³GpPRFUDWLH UDFLDOH´ HQ OHV FRQVLGpUDQW respectivement comme pratique et norme sociales qui peuvent avoir des existences contradictoires, concomitantes et pas nécessairement exclusives. » (Guimarães, p. 23). 6LjWUDYHUVODQRWLRQGHGpPRFUDWLHHVWPLVHHQDYDQWO¶LGpHG¶pJDOLWpOHWHUPHUDFLDOOXLQH IDLWTXHUHQIRUFHUXQHGLYLVLRQGXSHXSOHTXLVHIDLWHQGHVWHUPHVG¶LQpJDOLWpVUDFLDOHV(Q G¶DXWUHVWHUPHVHOOHUHQGFRPSWHG¶XQHUpDOLWpUDFLDOLVpHDX%UpVLO/¶DFFHSWDWLRQGH%DVWLGH se fait donc culturelle et non politique. Freyre, lui, croyait le métissage capable de remédier aux inégalités raciales car à travers lui les inégalités deviennent sociales et la société industrielle se charge de les contenir. 126 Bastide et Fernandes, 1955, « Relações raciais entre Negros e Brancos em São Paulo: ensaio sociológico sobre as origens, as manifestações e efeitos do preconceito de cor no PXQLFLSLRGH6mR3DXOR´3DULV6mR3DXORHG8QHVFR$QKHPELS 91 « (Q WDQW TXH %UpVLOLHQV QRXV QH SRXYRQV rWUH TX¶XQ SHXSOH par excellence antiségrégationniste : soit que le ségrégationnisme suive la mystique de la ³EODQFKLWXGH´ VRLW TX¶LO VXLYH OH P\WKH GH OD ³QHJULWXGH´ 2X GH OD ³MDXQLWXGH´ » (Freyre, 1962.)127 /HVLQWHOOHFWXHOVGHO¶pSRTXHUHQIRUFHQWO¶LGpHG¶KDUPRQLHGX « mythe du paradis racial » au GpWULPHQWGHO¶pWXGHGHVLQpJDOLWpVFULDQWHVTXLH[LVWHQWHQWUHOHVGLIIpUHQWHVUDFHVRXFODVVHV La classe vient donc jouer le rôle de substitut dans la société industrielle mais elle garde tous les travers de la catégorisaWLRQUDFLDOH&¶HVWjSDUWLUGHOjTXH3LHUVRQRX7KDOHVGH$]HYHGR ont pu parier sur une société brésilienne de classe et non plus de statut. Théorie qui sert de UpSRQVH j O¶DWWHQWH GHV FRPPDQGLWDLUHV DPpULFDLQV GHV 1DWLRQV-8QLHV &H SDVVDJH G¶XQH société hiérarchisée racialement à une société hiérarchisée économiquement est parfois remis HQTXHVWLRQDXMRXUG¶KXLSXLVTXHODGpPRFUDWLHUDFLDOHDFULVWDOLVpRXV¶HVWIDLWOHFDWDO\VHXUGH cette opération magique qui transformait des races en classes ou plutôt qui a permis au tour GHQHSDVVHUpDOLVHUPDLVWRXWMXVWHGHEHUQHUOHSXEOLF&RPPHF¶HVWVRXYHQWOe cas avec les tours de magie. À partir des années 1970, de lourdes critiques à la démocratie raciale sont formulées par les mouvements contestataires noirs, menant à la réécriture de la Constitution en 1988. Tableau 3 Avec la fin de la dictature, ceux qui avaient dû fuir le pays reviennent et peuvent occuper des postes susceptibles de modifier la réalité brésilienne. Les critiques à la démocratie raciale GHYLHQQHQWGRQFXQPRWG¶RUGUHGXGHGDQVHWQRQSOXVGXGHKRUV¬VDVXLWHXQHSURIRQGH PRGLILFDWLRQGHOD&RQVWLWXWLRQDOLHXFRQFHUQDQWSULQFLSDOHPHQWOHUDSSRUWjO¶DXWUHGDQVOD société brésilienne, revenant sur les anciennes considérations de race unique ou de peuple unique et adoptant un modèle radicalement différent, de société multiculturelle. Ces 127 )UH\UH*LOEHUWR³2%UDVLOHPIDFH GDV$IULFDVQHJUDVHPHVWLoDV´5LRGH-DQHLUR 92 nouvelles lois interviennent dans des domaines différents, comme celui du droit à la terre qui est sans doute un des sujets très délicats au Brésil car aux mains de puissants qui échappent VDQVFHVVHDX[ORLVRXHQFRUHGHO¶pGXFDWLRQDYHFGHVORLVGHTXRWDVSRXUOHVSRSXODWLRQVTXL ont un statut ethnique inscrit dans la nouvelle constitution. Ce modèle engendre au Brésil, comme dans les autres pays où il a pu être implanté, des améliorations, mais aussi des critiques sur lesquelles nous nous pencherons. Dans la même période, le Brésil, et notamment %DKLDV¶RXYUHDXWRXULVPHHWFRQVWUXLWVRQLQIUDVWUXFWXUHDXWRXUGXWRXULVPHGHSODJHHWGX tourisme festLI TXL VH GpFOLQHDXMRXUG¶KXL HQWRXULVPH HWKQLTXH 'DQV FH FRQWH[WH OHV IrWHV connaissent de nouvelles organisations et normalisations qui ne sont pas sans intervenir sur les barraqueiros. 1) Les critiques de la « démocratie raciale » Sous la dictature Vargas, dans les années 1930, les mouvements noirs apparaissent dans un SUHPLHUWHPSVGDQVXQVRXFLVRFLDOG¶DLGHjODSRSXODWLRQSDXYUH/HVWDWXWGX1RLUQ¶HVWSDV UHPLVHQTXHVWLRQQLODGpPRFUDWLHUDFLDOHDXFRQWUDLUH/HSURMHWG¶DVVLPLODWLRQGHVUDFes est intégré par les mouvements noirs. Les mouvements des années 1970, bercés par le climat international, critiquent cette position HW V¶DIILUPHQW FRPPH IRUFH G¶RSSRVLWLRQ ,OV FULWLTXHQW IRUWHPHQW OD QRWLRQ GH GpPRFUDWLH raciale en reprenant la distinction faite par Bastide et Fernandes entre les faits et le discours. Ils dénoncent la discrimination qui opère fortement au quotidien. La négritude prend le GHYDQWGHODVFqQHGHSURWHVWDWLRQDXQRPG¶XQHUHYHQGLFDWLRQVWDWXWDLUHGHV1RLUVEUpVLOLHQV notamPHQWjWUDYHUVODUHYHQGLFDWLRQV\QGLFDOHGHVWUDYDLOOHXUVGHO¶LQGXVWULH&HSHQGDQWOD GLFWDWXUHPLOLWDLUHQHOHVODLVVHUDSDVORQJWHPSV°XYUHUHWYDOHVIRUFHUjO¶H[LO « (QSHXGHWHPSVDYDQWO¶H[LOSROLWLTXH$EGLDVGR1DVFLPHQWRSDUOHGpMjGe tromperie ³/HVWDWXWGHUDFHPDQLSXOpSDUOHVEODQFVHPSrFKHTXHOHQRLUSUHQQH FRQVFLHQFH GH OD WURPSHULH TX¶DX %UpVLO RQ DSSHOOH GpPRFUDWLH UDFLDOH HW GH FRXOHXU´ » (Nascimento, 1968, p. 22 et apud Guimarães, p. 26.) /D GLFWDWXUH TXL V¶pWHQG MXVTX¶DX[ DQQpHV UHSUHQG IRUWHPHQW OD QRWLRQ GH GpPRFUDWLH UDFLDOHpYDFXDQWODQRWLRQG¶pJDOLWpFLYLTXHHWFRQVHUYDQWO¶DVSHFWFXOWXUHO/HPpWLVVDJHGHV Federação das associações portugusas, 48p. 93 cultures fait la spécificité brésilienne, ou qui plus est, bahianaise. La notion de bahianité sera alors développée à travers un retour aux sources de la culture populaire, pour la construction G¶XQHFXOWXUHPpWLVVHJDUDQWHGHO¶RULJLQHGHVWURLVUDFHVIRQGDWULFHVGHODQDWLRQ O¶$IULFDLQ O¶,QGLHQHWO¶(XURSpHQ Il faudra attendre la fin de la dictature et la forte critique suscitée par la démocratie raciale de la part de la société civile (mouvements noirs et intellectuels) pour que le Brésil change au QLYHDX FRQVWLWXWLRQQHO VRQ UDSSRUW j O¶DXWUH DGRSWDQW XQ PRGqOH GH VRFLpWp PXOWLFXOWXUHOOH comme le fDLVDLHQWDXPrPHPRPHQWG¶DXWUHVSD\VG¶$PpULTXHODWLQH « 'DQV OH GLVFRXUV DFDGpPLTXH EUpVLOLHQ OH ³P\WKH´ FRPPHQFH GpVRUPDLV j rWUH pensé comme étant une clé pour la compréhension de la formation nationale, alors que les contradictions entre les discours et les pratiques du préjugé racial vont être pWXGLpHV VRXV O¶pWLTXHWWH SOXV DGpTXDWH ELHQ TXH PDUTXpH SDU FHUWDLQHV YDOHXUV GH ³UDFLVPH´ » (Guimarães, p. 29.) Guimarães conclut de la sorte : « Notion créée (1937) et diffusée (1943-1944) durant les deux périodes dictatoriales de Getúlio Vargas pour nous introduire dans le monde des valeurs politiques XQLYHUVHOOHV OD ³GpPRFUDWLH UDFLDOH´ DXUDLW EHVRLQ G¶rWUH DXMRXUG¶KXL XQLTXHPHQW démocratie, qui inclut tous sans faire de distinction de races. Les racHVQ¶H[LVWDQWSDV nous ferions mieux de ne pas en faire mention dans notre idéal de nationalité, réservant leur emploi pour la dénonciation du racisme. » (p. 33.) 2) Le changement constitutionnel (QOH%UpVLOFRQQDvWXQFRXSG¶eWDWPLOLWDLUHGRQWODGLFWDWXUHV¶pWHQGUDMXVTXHGDQVOHV DQQpHV$XQLYHDXORFDOLO\DXQUpJLPHDXWRULWDLUHTXLQ¶DUULYHSRXUWDQWSDVjpWRXIIHU O¶pFKR GHV SURWHVWDWLRQV UDFLDOHV GHV 1RLUV DPpULFDLQV &HSHQGDQW FHX[ TXL VH ULVTXHQW j élever la voix sont persécutés et HPSULVRQQpV %HDXFRXS G¶DUWLVWHV HW G¶LQWHOOHFWXHOV VRQW forcés de quitter le pays. Certains iront aux États-8QLV HW G¶DXWUHV HQ (XURSH R OD protestation sociale se fait aussi entendre. À la suite de vingt ans de dictature militaire, le Brésil comme bon nombre de pays G¶$PpULTXH/DWLQHFRQQDLWXQHQRXYHOOHYDJXHGHFKDQJHPHQWVFRQVWLWXWLRQQHOV,OV¶DJLWGH 94 la reconstitution démocratique des pays. Dans ce contexte, la notion de nation homogène GLVSDUDvWHWOHPRGqOHPXOWLFXOWXUHOO¶HPSRUWH8QHQRXYHOOHConstitution entre en vigueur en 'DQVOHFDGUHGHODVRFLpWpPXOWLFXOWXUHOOHO¶eWDWGRLWJDUDQWLUODGLYHUVLWpFXOWXUHOOHj travers une législation qui reconnaît et protège les différents groupes ethniques qui constituent la nation. Le Brésil est lHVHXOSD\VG¶$PpULTXHODWLQHGDQVOHTXHOOHVUHYHQGLFDWLRQVVHIRQWVXUODEDVH G¶LQpJDOLWp UDFLDOH DORUV TXH OHV DXWUHV YDORULVHQW OD GLYHUVLWp FXOWXUHOOH RX HWKQLTXH /H %UpVLO SDU FHWWH GpFLVLRQ YD j O¶HQFRQWUH GHV UHYHQGLFDWLRQV LQGLJqQHV GRQW OHV Oeaders ont toujours revendiqué le statut de peuple à part, dans sa diversité. En revanche, il adhère aux revendications de la contestation noire. 'DQV O¶KLVWRLUH OD FXOWXUH QRLUH D pWp VRLW SRXUFKDVVpH HW LQWHUGLWH VRLW LQWpJUpH HW SDUIRLV absorbée, mais jamais reconnue comme une entité autonome et indépendante. Pour cela, il DXUDLWIDOOXTXHOH1RLUMRXLVVHG¶XQHYLVLELOLWpYRLUHG¶XQVWDWXWFHTXLQ¶DSDVpWpOHFDV,OD pWpVWLJPDWLVpHQWDQWTX¶HVFODYHPDLVHQPrPHWHPSVDFFXHLOOLGDQVODPDLVRQ familiale où ses chants et musiques ont doucement intégré le répertoire collectif tandis que ses rituels ont pWp VRLW LJQRUpV VRLW LQWHUGLWV $SUqV O¶DEROLWLRQ O¶LQYLVLELOLWp GX 1RLU GDQV OH VHQV G¶XQH négation de statut a été caractéristique de cette période. Aucune mesure pour reconnaître la diversité de sa culture, mais plutôt une tendance à amalgamer « les cultures noires » en « une culture noire » syncrétique, qui épouse la culture blanche. Les revendications noires se sont faites sur la base de la race, non de la diversité ethnique. Or, les revendications raciales V¶DSSXLHQWVXUOHVLQpJDOLWpVVRFLDOHVQRQVXUODGLYHUVLWpFXOWXUHOOH $X FRQWUDLUH OHV ,QGLHQV RQW pWp WHQXV j O¶pFDUW GH OD VRFLpWp FRORQLDOH HW GH VRQ SURMHW économique et social. Leur regroupement en aldeia a accentué leur éloignement aussi bien SK\VLTXHTXHFXOWXUHO /HXUFXOWXUHV¶DIILUPHSDUODGLIIpUHQFHODGLYHUVLWpHQWUHGLIIpUHQWHV ethnies et la distance (aussi bien physique que culturelle). 3) Les discriminations positives AX %UpVLO G¶DSUqV *XLPDUmHV GDQV OD SpULRGH TXL SUpFqGH OD GLFWDWXUH OHV intellectuels (comme Roger Bastide ou Florestan Fernandes) cherchent principalement à FRPEDWWUHOHVLQpJDOLWpVVRFLDOHVjWUDYHUVO¶DFFqVjO¶pGXFDWLRQHWjODVDQWp/HXULGéal étant GHTXLWWHUODVRFLpWpGHFODVVHSRXULQWpJUHUXQHGpPRFUDWLHEDVpHVXUO¶pJDOLWpGHVFKDQFHVj travers une révolution. /HFRXSG¶eWDWPLOLWDLUHURPSWDYHFFHUWDLQHVGHFHVLGpHVPDLVSDVWRXWHV : la compétition par 95 le mérite et le combat à la cRUUXSWLRQRQWpWpOHVPRWVG¶RUGUHGXUpJLPH/¶pGXFDWLRQHVWDX FHQWUH GX SURMHW GH VRFLpWp /H GRPDLQHGH O¶pGXFDWLRQ DpWp UpIRUPp SHQGDQWFHWWH SpULRGH JDUDQWLVVDQWO¶HQWUpHjO¶XQLYHUVLWpDSUqVXQWHVW/¶XQLYHUVLWpUHVWHGRQFJUDWXLWH Cependant, au même moment, de nombreuses universités privées et payantes font leur DSSDULWLRQ GHVWLQpHV DX[ FODVVHV GRPLQDQWHV '¶XQ F{Wp O¶eWDW pTXLOLEUH OHV FKDQFHV GH O¶DXWUHODFODVVHGRPLQDQWHJDUDQWLWO¶DYHQLUGHVHVHQIDQWVDYHFXQHHQWUpHjO¶XQLYHUVLWpTXL se fait non plus sur la base du mérite, mais sur celui des moyens économiques. Les écoles primaires et secondaires connaissent la même évolution vers la privatisation au point que les écoles publiques primaires et secondaires vont être abandonnées par la classe moyenne et par O¶eWDW Malgré le test, les places dans les universités sont comptées et la préparation se fait dans des cours privés fréquentés par les enfants des classes moyennes à la peau claire. Le projet de UHQGUHSD\DQWHO¶XQLYHUVLWpSRXUOHVHQIDQWVSOXVULFKHVWRPEHjO¶HDXHWHQUHYDQFKHOHVFRXUV préparatoires sont tous privés. La reproduction sociale des élites se durcit, associant le rapport classe-FRXOHXU HW RSSRUWXQLWp SXEOLTXH G¶DVFHQVLRQ j FHOXL GH D ,re République (Guimarães 2006, p. 271). 3RXUUHSUHQGUHO¶H[HPSOHGHO¶pGXFDWLRQXQV\VWqPHGHTXRWDVRXGLVFULPLQDWLRQSRVLWLYHD été mis en place à partir de 2005 par des universités fédérales (publiques) pour faciliter O¶DFFqVGHV© minorités ethniques » aux études supérieures. Les conditions de sélection sont pour les Indiens OD UHFRQQDLVVDQFH SDU OD FRPPXQDXWp G¶DSSDUWHQDQFH GX FDQGLGDW déclaration de la FUNAI (organisme national dédié aux indiens) et avoir fait ses études dans O¶HQVHLJQHPHQWSXEOLFDXPRLQVXQDQGHSULPDLUHet trois ans de collège ou lycée) ; pour les Noirs : une déclaration personnelle dans laquelle on dit être « afro-descendant ». /¶pYDOXDWLRQGHFHVFULWqUHVSULQFLSDOHPHQWFHOXLG¶DXWRUHFRQQDLVVDQFHTXLVHIDLWVXUODEDVH G¶XQH SKRWRJUDSKLH IRXUQLH SDU le candidat) est contestée car elle mène souvent à des FRQVLGpUDWLRQV QDWXUDOLVWHV G¶DSSDUWHQDQFH HWKQLTXH TXL VRQW SDU DLOOHXUV FULWLTXpHV HW discutées afin de ne pas tomber dans des considérations de pureté ethnique de culture SDUWDJpH,O\DDXMRXUG¶KXi 42 universités au Brésil qui ont opté pour ces actions affirmatives. ,OQ¶\SDVGHORLQDWLRQDOHPDLVGHVLQLWLDWLYHVTXLFRUUHVSRQGHQWHQJpQpUDOjGHVSUHVVLRQV des communautés locales. Bahia, Minas Gerais et Maranhão sont les États pionniers en matière de quotas. Ces derniers sont distribués de la façon suivante : des catégories raciales sont pré déterminées ; dans un premier temps, les « indigenos ªF¶HVW-à-dire les Indiens, et les « afro-descendants ªF¶HVW-à-dire les Noirs. Étant donné que les criWqUHVG¶pYDOXDWLRQSDVVHQW 96 par la reconnaissance physique, un nouveau groupe a été revendiqué, celui des « descendant G¶LQGLHQV ªFHTXLSHUPHWjGHVLQGLHQVPpWLVVHVG¶DYRLUDFFqVDX[FRWDV&HWWHFDWpJRULHD été largement critiquée, principalement par les « afro-descendants », qui voient là une menace G¶HPSLqWHPHQWVXUOHXUTXRWDGHSODFHV1pDQPRLQVLO\DGpVRUPDLVOHV© indio aldeado » et les « indio-descendants », à savoir les Indiens qui vivent à O¶DOGHLD et les descendants G¶,QGLHQVTXLSHXYHQWrWUHXUEDLQVRXYLYUHWRXWDXPRLQVKRUVG¶XQH aldeia. Ils ne sont pas WHQXV G¶rWUH GHV UHSUpVHQWDQWV DXWKHQWLTXHV PDLV GHV PpWLVVHV TXL PDLQWLHQQHQW OHXU FXOWXUH YLYDQWH/DQRWLRQG¶DXWKHQWLFLWpHVWKLVWRULTXHPHQWOLpHDX[,QGLHQV'DQVFHWRUGUHG¶LGpHOe Nordeste EUpVLOLHQV¶HVWORQJWHPSVYXGpFODVVpGDQVOHPLOLHXLQWHOOHFWXHOLQGLJpQLVWHFDUOHV LQGLHQV GH FHWWH UpJLRQ pWDLHQWWURS PpWLVVpV 6HXOV OHV LQGLHQV GH O¶$PD]RQLH RIIUDLHQW XQH SXUHWpFXOWXUHOOH&¶HVWGDQVOHVDQQpHVTXHOHJURXSHGHUHFKHUFKHVTXLP¶DDFFXHLOOLj O¶8)%$ V¶HVW FUpH j O¶LQLWLDWLYH G¶XQ DQWKURSRORJXH 3HGUR $XJXVWLQR TXL D LQLWLp GHV recherches sur les indiens du Nordeste avec ses étudiants, dont Maria Rosario de Carvalho, GDQV OH FDGUH GX 3LQHE /¶LGpH GH VRFLpWp HQFRUH vierge peut intéresser certains DQWKURSRORJXHV PDLV HOOH Q¶HVW QpDQPRLQV SOXV XQH UqJOH KHXUHXVHPHQW &HWWH QRXYHOOH FDWpJRULH G¶,QGLHQV HQ HVW OD SUHXYH YLYDQWH /HV TXRWDV VH UpSDUWLVVHQW GH OD PDQLqUH suivante : 45 GHV SODFHV j O¶XQLYHUVLWp VRQW GHstinées aux categories concernées par les quRWDV VRLW G¶afro-GHVFHQGDQWV HW DX[ G¶LQGLR-descendants. Deux places sont réservées dans chaque discipline aux Indiens aldeados et 2 places aux quilombolas. 4) Les critiques générées par ce modèle Certains RQWYXGDQVFHPRGqOHPXOWLFXOWXUHOXQPR\HQGHIUHLQHUOHVUHYHQGLFDWLRQVG¶RUGUH pFRQRPLTXH RX SROLWLTXH TXL DYDLHQW OLHX j O¶pSRTXH FRPPH VL F¶pWDLW XQH DUPH GX néolibéralisme. Pour renforcer ces soupçons, ces mesures ont été immédiatement suivies par O¶LQWURGXFWLRQ GH SROLWLTXHV QpROLEpUDOHV GDQV OHV FKDPSV VRFLDO HW pFRQRPLTXH DILQ GH réintégrer le système mondial après la période de protectionnisme des années de dictature. Guimarães (2006, p. 275) propose une lecture du contexte international dans lequel se sont produits ces changements constitutionnels. Au niveau politique, les dictatures du Cône Sud sont remplacées par des démocraties représentatives DXQLYHDXpFRQRPLTXHLO\DLQWpJUDWLRQjO¶RUGUHpFRQRPLTXHLQWHUQDWLRQDO du néolibéralisme ; et au niveau culturel et idéologique, trois directions : 1/ la doctrine du multiculturalisme est choisie aux États-Unis, en Afrique du Sud et dans les pays anglosaxons ODOXWWHSRXUOHVGURLWVGHO¶KRPPHREWLHQWODFDXVHLQWHUQDWLRQDOHHOOHVHWUDQVpose 97 en lutte contre le racisme pour les revendications noires O¶pFRORJLHHWODGpIHQVHGXPLOLHX naturel, la diversité biologique et culturelle deviennent le leitmotiv des agences internationales. &RQFOXVLRQV /¶DYDQW-crise des années 1970 se produit dans un contexte de démocratie raciale, de nations métisses. La sortie de la crise des années 1980 se définit sur des bases qui FKHUFKHQWO¶pJDOLWpGLVWULEXWLRQGHVULFKHVVHVRSSRUWXQLWpVGHYLH-HFLWH*XLPDUmHV : « Le multiculturalisme et les poOLWLTXHV G¶LGHQWLWpV pWDLHQW OHV SUDWLTXHV LGpRORJLTXHV disponibles sur le marché international au moment où les nouvelles démocraties latinoaméricaines écrivaient leur constitution. » (p. 276.) '¶DSUqV &KULVWLDQ *URV128, cela avait été la même histoire pour la démocratie raciale à O¶pSRTXH : c¶pWDLWOHPRGqOHGLVSRQLEOHjO¶pSRTXH 5) /¶RXYHUWXUHDXWRXULVPH /¶LPSODQWDWLRQ GX WRXULVPH j %DKLD SHXW V¶H[SOLTXHU HQ IRQFWLRQ GHV GLIIpUHQWV PRPHQWV FKDUQLqUHV GH O¶LQVWLWXWLRQ GH FH VHFWHXU pFRQRPLTXH &¶HVW GH Fette manière que Mello e Silva129 en 1999, ont H[SOLTXp O¶LPSODQWDWLRQ GX WRXULVPH j 6DOYDGRU HQ TXDWUH SpULRGHV principales du point de vue des mesures étatiques : 9 1951-1962 : Implantation du tourisme à Bahia 9 1963-1972 : Expansion du tourisme bahianais dans le scénario national 9 1971-1990 ,QWHQVLILFDWLRQGHO¶LPSODQWDWLRQGHO¶LQIUDVWUXFWXUH 9 1991-1999130 : Tourisme comme stratégie de développement Dans la première période, à partir de 1951, différentes actions sont menées comme la création G¶XQ VHFWHXU GH GLIIXVLRQ GX WRXULVPH OLp j OD PDLULH OD FRQVWUXFWLRQ GH O¶+{WHO GH %DKLD 128 Cité par Guimarães (2006 : 276). 129 Mello e Silva. Sylvio Bandeira de, (1999), Geografia, Turismo e Crescimento : O exemplo do Estado da Bahia. In: Rodrigues, Adyr A. B. (Org.). Turismo e Geografia: reflexões teoricas e enfoques regionais. 2 ed. São Paulo: Hucitec, Apud DIAS, Climaco Cesar, Siqueira, Carnaval de Salvador : mercantilização e produção de espaços de segregação, exclusão e conflito, Dissertação de Mestrado, 2002, Curso de Pos-Graduação em Geografia, Instituto de Geociencias, Universidade Federale da Bahia. Orientadora : Profesora Dra. Maria Auxiliadora da Silva. 130 Date de fin de recherche des auteurs supra cités. 98 O¶LQFOXVLRQ SRXU OD SUHPLqUH IRLV GX WRXULVPH GDQV OHV OLJQHV GLUHFWULFHV GH O¶eWDW D\DQW FRPPH REMHFWLI G¶rWUH LQWpJUp DX 3/$1'(% 3ODQ GH GpYHORSSHPHQW GH O¶eWDW GH %DKLD entre 1960 et 1962. Selon Ribard (1999), en 1955 est mis au point le premier plan de développement du tourisme. 'DQV OD GHX[LqPH SpULRGH O¶LQIUDVWUXFWXUH GHV WUDQVSRUWV HVW DPpOLRUpH : multiplication des routes et des voies anciennes. Les organismes étatiques dédiés au tourisme également : en O¶(0%5$785HVWFUpHSDUOH*RXYHUQHPHQWIpGpUDOVXLYLGHOD%$+,$7856$ 131 en 1968. 'DQVODWURLVLqPHSpULRGHO¶eWDWWHUPLQHVDWkFKHG¶LPSODQWDWLRQGHO¶LQIUDVWUXFWXUHEDVLTXH dédiée au tourisme avec la réhabilitation dHO¶DpURSRUWGH6DOYDGRUODFUpDWLRQGXFHQWUHGH FRQYHQWLRQGH%DKLDHWG¶XQHFKDvQHK{WHOLqUHGHOX[H Dans la dernière période énoncée par Mello et Silva, le tourisme devient une stratégie de GpYHORSSHPHQWpFRQRPLTXHSRXUO¶eWDWGDQVOHVFpQDULRQDWLRQal et international. Les actions gouvernementales sont pour Dias guidées par un ouvrage, Salvador une alternative postindustrielle. Culture, tourisme et haute technologieSURGXLWSDUOHVHFUpWDULDWGHO¶,QGXVWULH du commerce et du tourisme (1990)132. Ouvrage dans lequel Salvador adopte un modèle G¶HQWUHSUHQDULDWXUEDLQHWGHVSpFLDOLVDWLRQSURGXFWLYH(QG¶DXWUHVWHUPHV6DOYDGRUHQWUHVXU le marché international des villes touristiques à travers la commercialisation de son image. Le WLWUHGHO¶RXYUDJHGLW FODLUHPHQWTXHFHODHVWO¶DOWHUQDWLYHjODSKDVHLQGXVWULHOOHTXLSHUGGH VRQDPSOHXU/HIXWXUpFRQRPLTXHHVWGRQFO¶DOWHUQDWLYHWRXULVWLTXHjWUDYHUVODPLVHHQYHQWH QRQSOXVG¶XQHYLOOHPDLVGHORJLTXHVXUEDLQHV Cette image de Salvador est à aller chercher au profond de son histoire, alors que les voyageurs du XVIIIe siècle commençaient à diffuser leurs impressions sur cette terre lointaine HWpWUDQJH0HOORHW6LOYDUHFRQQDLVVHQWGHSULPHDERUGXQHSpULRGHDQWpULHXUHjFHOOHVTX¶LOV FLWHQWTXLQ¶HVW SDVXQSURGXLWpWDWLTXHPDLVXQHIDEULFDWLRQG¶LPDJHSDUOHVYR\DJHXUVOHWWUpV TXL RQW IDLW FRQQDvWUH %DKLD j O¶H[WpULHXU GRQW 'DUZLQ $OEHUW &DPXV 7KRPDV /LQGOH\ /¶LPDJH SURGXLWH SDU HX[ VH UpIOpFKLW HW UHYLHQW SDU XQ HIIHW GH MHX GH PLURLU GRQQHU XQe FRXOHXUj%DKLD&¶HVWjSDUWLUGHFHWWHLPDJHYXHSDUFHX[GXGHKRUVTXHO¶eWDWFRQVWUXLWVRQ tourisme : vision mi-subjuguée, mi-GpJRWpHSDUODVDOHWpHWOHVP°XUV/HVDXWHXUVFLWHQW : 131 Office de tourisme de Bahia. 132 Salvador, uma alternativa Pos-Industrial. Cultura, Turismo e Alta Tecnologia. Secretaria da Industria, do comercio e do Turismo, 1990. 99 « Bahia, où on ne voit que des Noirs. On dirait une casbah fréti llante, misérable, sale et belle. » A. Camus. « -H Q¶DL MDPDLV YX XQ SD\V R OHV KDELWDQWV VRQW WDQW QpJOLJHQWV HQ PDWLqUH GH propreté comme les brésiliens. », T. Lindley. 2XHQFRUH'DUZLQjSURSRVGHO¶entrudoO¶DQFrWUHGXFDUQDYDO qui donnait lieu à des jetés de IDULQHHWG¶°XIV « Il était impossible de garder sa dignité en marchant dans les rues de Salvador. » 6) La rue est au Noir133 Les Africains sont les commerçants de rue de Salvador ; ils tiennent le marché par leurs petits prix et leur force hors du commun (ils sont les seuls travailleurs de cordes et bâtons qui transportent les poids les plus lourds en répondant au chant de leur capitaine). Ces dispositions particulières face au travail leur ont procuré des ennemis ± notamment du point de vue économique ± OHV FRPPHUoDQWV Q¶DFFHSWDQW SDV OD FRQFXUUHQFH DUGXH ,OV RQW également fait peur. /HV FODVVHV GRPLQDQWHV OHV SRXYRLUV SXEOLFV Q¶RQW TX¶XQ VRXFL PDLQWHQLU GRFLOH O¶pQRUPH masse noire, esclave, libre ou affranchie. En ce sens, les travailleurs de rue ont pu être quelque peu ménagés PrPHVLRQQ¶DSSUpFLHSDVOHXUSUpVHQFHWUqVYLVLEOHGDQVOHVUXHVRX leur concurrence, on reconnaît que leur organisation du travail les maintient calmes, revenir dessus peut être motif de contestations et de confrontations. La plus grosse des peurs est celle de la révolte car ils ont toujours été plus nombreux, et ce depuis le début de la colonie. Les mesures des pouvoirs publics concernant le commerce de rue prend en compte cette peur de la rébellion, ce qui explique que les mesures les plus dures ont été appliquées juste après la révolte des Malês. Cette révolte a été la plus importante et a, G¶DSUqV 5HLV pWp ODUJHPHQW RUJDQLVpH HW IDLWH SDU OHV WUDYDLOOHXUV GH UXH GHV « cantos » : travailleurs de fret, artisans, ambulants. La réponse des pouvoirs publics a donc FRQFHUQp SULRULWDLUHPHQW FH VHFWHXU GH WUDYDLO j O¶H[FHSWLRQ GHV IHPPHV /¶RUJDQLVDWLRQ traditionnelle du travail a été attaquée à sa base par de nouvelles lois qui interviennent pour 133 '¶DSUqV5HLV 100 imposer une logique et une emprise blanche sur un milieu de travail noir. ¬O¶RULJLQHGXFRQIOLWHQWUHOHVWUDYDLOOHXUVGHUXHHWOHVSRXYRLUVSXEOLFVMHYRLVFRPPH5HLV un dessein politique de vouloir discipliner le Noir sur la voie publique, tant en ce qui conFHUQHOHVORLVLUVTX¶HQFHTXLFRQFHUQHOHWUDYDLO5HLVGLWTX¶LOHVWSRVVLEOHG¶DIILUPHUTXH tous les Africains sont au moins en travail partiel sur la voie publique (artisans, porteurs, etc.) TX¶LOV pWDLHQW UHVSRQVDEOHV GXWUDQVSRUW GHV PDUFKDQGLVHV HW GHV SHUVRQQHV TX¶RQ QH voyait pour ainsi dire pas de métisses dans ces activités lourdes et moins encore de Blancs. Bref, du travail que seuls les Africains avaient le pouvoir et le vouloir de faire. Les voyageurs de toutes époques décrivent le pittoresque du va-et-vient de la population noire dans la ville, population aux manières africaines. Pittoresque pour ceux du dehors, mais incompréhension HWUHMHWSRXUFHX[GXGHGDQVFRPPHF¶HVWOHFDVSRXUOHVFRPPHUoDQWVIL[HVDYHFERXWLTXH La preuve, ce commentaire retranscrit par Reis : « 2K'LHXMHQ¶DLMDPDLVULHQYXGHWDQWUHVVHPEODQWDYHFOD*XLQpH$IULFDLQH « ,O Q¶\ D TXH Oj TX¶RQ WURXYHUDLW DXWDQW GH SRUFKHULHV DXWDQW GH QqJUHULHV rassemblées. » (22/04/1839, Correio Mercantil, apud Reis 1996, p. 20.)134 &RPPH H[HPSOH GH FHWWH YRORQWp GH FRQWU{OH 5HLV UDSSHOOH TX¶LO pWDLW G¶XVDJH PrPH VL VRXYHQW FHOD Q¶pWDLW SDV UHVSHFWp TXH OHV 1RLUV SUpVHQWHQW DX[ DXWRULWpV SROLFLqUHV XQ passeport autorisant certains de leurs trajets dans la ville signé par les Seigneurs dans le cas des esclaves et par les autorités publiques pour les hommes libres. Le but étant de contrôler le commerce de rue mais aussi les batuques, les capoeiras et tous les déplacements même ceux qui semblaient les plus oisifs. Le point d¶RUJXH pWDLW PLV VXU OH IDLW G¶HPSrFKHU OHV regroupements nocturnes et les regroupements qui pouvaient mener au soulèvement. /D UXH HVW GRQF OH WKpkWUH G¶XQH SHUSpWXHOOH FRQIURQWDWLRQ HQWUH GHX[ ORJLTXHV FHOOH GHV Africains contre celle de la classe dominante blanche. On la retrouve dans la conception du temps et du travail des Africains qui résiste à celle du capitalisme. Les « ganhadores » décident de leur charge de travail par mission et non par charge horaire, ce qui fait que leur journée de travail peut être ponctuée de loisirs ou de flâneries entre plusieurs missions, sans TXH FHOD GpUqJOH OHXU V\VWqPH GH WUDYDLO /D QRWLRQ G¶RXYULHU PRGqOH Q¶H[LVWH SDV /HV 101 $IULFDLQVFRQoRLYHQWOHWUDYDLOHQJURXSHU\WKPpSDUGHVFKDQWV&HODOHXUSHUPHWG¶DEDWWUH GHVWkFKHVTXHEHDXFRXSUpFXVHQW/¶RUJDQLVDWLRQKLpUDUFKLTXHHWWHUULWRULDOHHVWpJDOHPHQWHQ GHKRUVGHVFDQRQVGHVSRXYRLUVSXEOLFV/HV$IULFDLQVVHUpSDUWLVVHQWO¶HVSDFHGHWUDYDLOVXU base ethnique. Chaque unité territoriale ou « canto » est commandé SDUXQFDSLWDLQH'¶DSUqV Reis (1996) les « cantos » peuvent être des angles de rue (angulo), des places (largo) ou des SRLQWVG¶DQFUDJHGHVEDWHDX[ancouradora) dont ils portaient le nom. Ils étaient avant tout un carrefour où se croisent et se rencontrent les porteurs mobiles, les artisans fixes (tresseurs de chapeaux ou de collier, médecins populaires ou barbier, sculpteurs G¶RUL[DV, pratique de la prière, étude du Coran, vendeuses de bouillies ou nourriture africaines) permettant des échanges sur la teUUHPqUHHWUHQIRUoDQWOHVHQWLPHQWG¶DSSDUWHQDQFHDXFRLQ 6LO¶RQUHSUHQG)RXFDXOWOHVUHODWLRQVGHSRXYRLUQHVRQWSDVGRQQpHVXQHIRLVSRXU WRXWH HW QH GRLYHQW SDV VH FRQFHYRLU FRPPH XQH VpULH GH SULYLOqJHV /¶DXWHXU SURSRVH XQH « microphysique » du pouvoir qui prendrait place entre les institutions « et les corps euxmêmes avec leur matérialité et leur forme » (p. 31). « 2U O¶pWXGH GH FHWWH PLFURSK\VLTXH VXSSRVH TXH OH SRXYRLU TXL V¶\ H[HUFH QH VRLW SDV conçu comme une propriété, mais comme une stratégie, que ses propres effets de GRPLQDWLRQQHVRLHQWSDVDWWULEXpVjXQH³DSSURSULDWLRQ´PDLVjGHVGLVSRVLWLRQVjGHV PDQ°XYUHVjGHVWDFWLTXHVjGHVWHFKQLTXHVjGHVIRQFWLRQQHPHQWVTX¶RQGpFKLIIUHHQ lui. Plutôt un réseau de relations toujRXUV WHQGXHV WRXMRXUV HQ DFWLYLWp SOXW{W TX¶XQ SULYLOqJHTX¶RQSRXUUDLWGpWHQLU TX¶RQOXLGRQQHFRPPHPRGqOHODEDWDLOOHSHUSpWXHOOH SOXW{WTXHOHFRQWUDWTXLRSqUHXQHFHVVLRQRXODFRQTXrWHTXLV¶HPSDUHG¶XQGRPDLQH » (p. 31.) Cette notion de « bataille perpétuelle » nous renvoie à une histoire des réglementations municipales concernant le commerce de rue, commençant en 1836, juste après la révolte de Malês. La révolte des Malês (1835) est celle des Africains connus à Bahia sous le nom de « Nagôs », de religion musulmane et le plus souvent servant le culte des orixas. Elle a eu comme but de UHQYHUVHUOHSRXYRLUHQSODFHHWGHV¶HQHPSDUHU5HLV/HVVXLWHVGHFHWWHUpYROWHTXL se termine de manière sanglante lorsque la garde massacre la troupe des rebelles, est une 134 « Oh Ceos, nunca vi nada tão parecido com a Guiné Africana! (...) So ali se veria tanta 102 grande peur qui se maîtrise à travers une série de lois de contrôle de la population africaine. Les libres, affranchis et esclaves qui circulent assez librement en ville et travaillent dans les coins de travail, des organisations entièrement africaines, vont devoir rendre des comptes de SOXVHQSOXVVHUUpVDX[IRUFHVGHO¶RUGUH La révolte, selon Reis (2003), concerne environ 600 hommes, soit un bon contingent. La peur du Noir, ou comme dit Agier (1995), « la peur (blanche) du pouvoir (noir) » est ancienne. Si O¶RQV¶HQUHPHWDX[VWDWLVWLTXHVGHO¶pSRTXHVXU 500 habitants à Salvador, 78 % sont afrodescendants (noirs, métisses, esclaves libres, affranchis confondus), 40 % sont esclaves (dont 63 % sont nés en Afrique), contre 22 % de la population qui est banche. Cette majorité noire FUpHXQVHQWLPHQWGHFUDLQWHHWXQHWHQGDQFHjO¶DPDOJDPH/RUVGHVUpYROWHVFHVDPDOJDPHV permettent une répression sans discernement. Ce qui rapprochait les Africains à ce moment-là était, comme on l¶D GLW XQ GHVVHLQ SROLWLTXH Oa religion musulmane en association avec le culte des orixas en était le liant. $LQVLDSUqVODUpYROWHOHVSRXYRLUVSXEOLFVpWDEOLVVHQWGHVUqJOHVVpYqUHVjO¶pJDUGGHWRXVOHV marchands de rue du quartier du port, hommes, sans distinction. De fait, la révolte avait été IDLWHSDUFHUWDLQVG¶HQWUHHX[Les attaques des pouvoirs publics, en réponse au soulèvement, FRQFHUQHQWO¶RUJDQLVDWLRQLQWHUQHGXWUDYDLODJLVVDQWVXUODUpSDUWLWLRQDIULFDLQHGHVWkFKHV et des loisirs, OD YDOHXU GHV WD[HV OHV SODTXHV G¶LGHQWLILFDWLRQV GHV WUDYDLOOHXUV OHV DXWRULVDWLRQV GH WUDYDLO 6¶HQ SUHQGUH j O¶RUJDQLVDWLRQ LQWHUQH GX WUDYDLO HQ LPSRVDQW OH modèle de la classe dominante est un point crucial des tentatives de contrôle des pouvoirs publics. Infiltrer des agents et hiérarchiser, en multipliant les échelons, a fait partie des mesures prises par les pouvoirs publics à la suite des révoltes. Les capitaines des coins ont été alors remplacés par des « capatazes », soit des AfricainV TXL Q¶pWDLHQW SDV GX FDQWR HW TXL devait rendre des comptes aux autorités ±des genres de mouchards tenus de dénoncer les risques de révolte ou les comportements délictueux. De même, les inspecteurs et juges de quartiers sont multipliés, complexifiant la hiérarchie ; parfois les coins sont démantelés et reconstitués lorsque ceux-Oj QH FRPSRUWHQW SDV DVVH] GH WUDYDLOOHXUV /¶RUGUH HWKQLTXH HVW donc contrarié de différentes manières SDU O¶LQWUXVLRQ GH QRXYHDX[ DJHQWV HW SDU OH démantèlement et la redistribXWLRQ GDQV G¶DXWUHV FDV /¶RUGUH HWKQLTXH GDQV O¶RUJDQLVDWLRQ DIULFDLQH Q¶pWDLW SDV IHUPp GpMj GHV UHGLVWULEXWLRQV SRXYDLHQW DYRLU OLHX ORUVTXH FHUWDLQHV ethnies étaient trop peu nombreuses, mais ces remaniements se faisaient comme des porcaria, tanta negraria junta ». 103 alliances, non comme des redistributions de type administratif. Les taxes à payer pour obtenir la licence de fonctionnement étaient régulièrement augmentées lors des resserrements des mesures à leur égard, après la révolte des Malês ou plus régulièrement sur pression des autres commerçants qui trouvaient la concurrence déloyale car les Africains détenaiHQW XQ WHUULWRLUH FRPPHUFLDO DXTXHO QXO Q¶Dvait accès. En effet, ils entretiennaient des rapports privilégiés avec ceux qui effectuaient le ravitaillement depuis le continent africain. Les pouvoirs publics, sur pression des commerçants, ont encadré et durcit OHVFRQGLWLRQVGHWUDYDLOPDLVQ¶HQsont jamais venu à LQWHUGLUHO¶DFWLYLWpGHUXHFDUFHODaurait remis HQFDXVHWRXWO¶pTXLOLEUHFRPPHUFLDOGHODYLOOH± les Africains garantissant des bas prix ± et cela aurait mené aux révoltes, ce qui était craint par dessus tout. 8QSDUUDLQDJHGHYLHQWREOLJDWRLUHSRXUOHVWUDYDLOOHXUVOLEUHVDXSUqVG¶XQHSHUVRQQHGHELHQ QRUPDOHPHQWEODQFKH&¶HVW-à-GLUHTXHO¶$IULFDLQQRLUQHSHXWVHSDVVHUG¶XQHDXWRULVDWLRQHW G¶XQH GpSHQGDQFH DXSUqV G¶XQ QRWDEOH EODQF SRXU WUDYDLOOHU /HV HVFODYHV HX[ GpSHQGHQW G¶XQH DXWRULVDWLRQ GH OHXU PDvWUH /HV KRPPHV OLEUHV SHUGHQW DYHF FHWWH PHVXUH XQ SHX GH leur liberté et beaucoup de leur autonomie. Ces meVXUHVPrPHFRQWUDLJQDQWHVQ¶pWDLHQWSDVSRXU5HLVOHVSOXVGpFLVLYHVSRXUPHQHUjOD grève de 1857. Celle qui touchait au corps du travailleur était bien moins facile à accepter. Le SRUW REOLJDWRLUH G¶XQ QXPpUR G¶LQVFULSWLRQ G¶DERUG DX EUDV VRUWH GH EUDssière) puis au cou SRUW G¶XQH SODTXH G¶LGHQWLILFDWLRQ PpWDOOLTXH pWDLHQW SULV FRPPH DXWDQW G¶DWWHLQWH j OD dignité. Le port obligatoire de la plaque au cou est sans doute la mesure qui a mené à la grève de 1857. Les Africains sont habitués à porter des marques corporelles pour se distinguer VRFLDOHPHQW ,OV Q¶DFFHSWHQW GRQF SDV G¶rWUH UDEDLVVpV DX VWDWXW GH EpWDLO SDU OHV IRUFHV GH O¶RUGUHGRQWLOVUHOqYHQWGHSXLVODUpYROWHGHV0DOrV8QpTXLOLEUHLQVWDEOHV¶pWDEOLWHQWUHOHV seigneurs, les pouvoirs publics, et les travailleurs esclaves, affranchis ou libres dans lequel la désobéissance civile, la grève (ou la révolte) ont autant de réponses des Africains à O¶RSSUHVVLRQHWjODGLVFULPLQDWLRQDPELDQWH0rPHVLOHVJUpYLVWHVQ¶REWLHQQHQWSDVJDLQGH cause pour toutes leur revendication, la paralysation de la ville en matière de fret qui a duré XQHVHPDLQHIDLWSUHQGUHFRQVFLHQFHGHO¶LPSRUWDQFHGHO¶XQLRQHWGHO¶RUJDQLVDWLRQSROLWLTXH des travailleurs africains, à la manière de ce qui se passera par la suite avec les syndicats dans le secteur industriel. 5HLVFRPSOqWHVDUHFKHUFKHDXWRXUGHODGDWHGHjODYHLOOHGHO¶DEROLWLRQORUVTXHWRXV les coins et leurs membres doivent être enregistrés auprès des services de police qui 104 deviennent responsablHV GX VHFWHXU GHV WUDYDLOOHXUV GH UXH DIULFDLQV /¶eWDW QH SHXW SOXV compter sur le contrôle effectué par les mDvWUHVSXLVTX¶LOQ¶\DSOXVG¶HVFODYHV /HFRQWU{OH HVWGRQFUHQIRUFp /HFDSLWDLQHGHVFRLQVHVWUpKDELOLWpDILQTX¶LOFRQWU{OHVHVWUDYDLOOHXUV et UHODLHQW OH WUDYDLO GH OD SROLFH ,O HVW SXQL V¶LO QH GpQRQFH SDV OHV FROOqJXHV TXL IDXWHQW RX FRQVSLUHQW /H SRXYRLU SXEOLF UpWDEOLW XQ RUGUH TX¶LO VDLW rWUH HIILFDFH j VDYRLU O¶RUGUH GH WUDYDLOLQGXLWSDUO¶RUJDQLVDWLRQWUDGLWLRQQHOOHGHVFRLQV/¶Hnregistrement des travailleurs se IDLWDXSUqVGHVVHUYLFHVGHSROLFHHWOHVLQIRUPDWLRQVUHTXLVHVVRQWG¶RUGUHSROLFLHU(QSOXV GHVLQIRUPDWLRQVVXUO¶LGHQWLWpHWO¶DGUHVVHXQHGHVFULSWLRQSK\VLTXHFRQFHUQDQWOHVPRLQGUHV marques distinctives, même les plus intimes sont recueillies. Ce qui fait penser à Reis que O¶H[DPHQGHVWUDYDLOOHXUVVHIDLVDLWQX/HVDWWDTXHVjODGLJQLWpGHVSHUVRQQHVDIULFDLQHVjOD YHLOOH GH O¶DEROLWLRQ Q¶pWDLHQW SDV WHUPLQpHV &HW HQUHJLVWUHPHQW V\VWpPDWLTXH QRXV GRQQH O¶LQIRUPDWLRQTX¶HQFRLQVIRQFWLRQQDLHQWDYHF 703 membres enregistrés. Sans avoir de source sûre faisant un lien sérieux entre les marchands des fêtes populaires et les marchands ambulants des « cantos », nous pouvons tout de même, à la lumière de nos dRQQpHVSRSXODWLRQQRLUHSDXYUHUHOHYDQWG¶XQHWUDGLWLRQSDUWLFXOLqUHGHWUDYDLOOHXUVGHUXH avancer que la tradition de commerce de rue rattache les marchands à un certain mode de travail fait par les Africains et régulièrement défait par les pouvoirs publics. La place des marchands de rue des fêtes populaires peut donc être considérée comme un « canto » car celui-FL GpWHUPLQH SOXW{W XQH IDoRQ GH WUDYDLOOHU WUDGLWLRQ HW XQ SpULPqWUH G¶DFWLRQ WHUULWRLUHTX¶XQVLPSOHSRLQWGHUHQFRQWUH'DQVFHV© cantos », existe une intense activité commerciale. Autour des travailleurs de fret et parfois parmi eux, des marchands ambulants YHQGHQW GHV DOLPHQWV YHQXV G¶$IULTXH YHQGXV SDU GHV $IULFDLQV j GHV $IULFDLQV HW GHV quitandeiras (baianas) vendent de la nourriture africaine. Cette problématique des tensions entre formel (les pouvoirs publics) et informel (le travail de rue) est celle qui nous guide dans la deuxième partie de la thèse. 1RXVpWLRQVSDUWLVG¶XQHQWUHWLHQDYHF'RQD,QGLDHWVDILOOH$XYXGHFHW éclairage historique nous pouvons imaginer nos informatrices, héritières des travailleurs des « cantos », qui RFFXSHQWOHVUXHVGDQVXQHWUDGLWLRQGHWUDYDLOLQWHUPLWWHQWVµDGDSWDQWDX[UqJOHVHQYLJXHXU et aux demandes. Comme le rappelle Reis (1996) dès le XVIII e siècle, les voyageurs de passage relatent comment les Noirs occupent les rues de Salvador, laissant claire la présence QRLUHGDQVODYLOOHXQHSUpVHQFHPRQRSROLVDQWOµDVSHFWYLVXHOGH6DOYDGRU1RXVWHQWHURQVGH démontrer dans la troisième partie de la thèse que le carnaval, encore plus que le quotidien, 105 reprend et généralise le durcissement occasionnel des pouvoirs publics en relation avec les WUDYDLOOHXUVQRLUVGHUXH /DUDLVRQHQHVWO¶XWLOLVDWLRQGHO¶LPDJHGHODYLOOHSDUOHVFpQDULR marketing des pouvoirs publics, qui cherche à vendre une image de Salvador aux touristes. ,PDJH TXL QH FRwQFLGH SDV DYHF FHOOH GRQQpH SDU O¶LQIRUPDOLWp GX WUDYDLOOHXU GH UXH DX[ racines africaines. En conclusions sur ces considérations historiques, nous relevons plusieurs points qui nous aideront dans la suit de notre travail sur les barraqueiros, à savoir : Amalgame. Les travailleurs de rue forment un groupe indifférencié pour les pouvoirs publics. Ils ne distinguent que deux types qui sont les travailleurs Hommes sur OHVTXHOV V¶DEDWWHQW OHV SOXV ORXUGHV PHVXUHV FRUUHFWLRQQHOOHV HW GH FRQWU{OH HW OHV Femmes qui sont peut être moins visibles car mobiles dans la ville ou pour le moins PHQDoDQWHV GX SRLQW GH YXH GHV UpYROWHV 5HLV Q¶RXEOLH SDV GH VLJQDOHU OHXU rôle décisif de renfort et ravitaillement en signe de solidarité pendant la grève de 1857. Informel1RXVUHOHYRQVTXHOHSUREOqPHGXFRPPHUFHGHUXHGLW³LQIRUPHO´Q¶HVWSDVOH manque de forme organisationnel mais plutôt la différence dans les valeurs et les PRGHV RSpUDWLRQQHOV /¶LQIRUPDOLWp UHVWH XQH GRQQpH DGPLQLVWUDWLYH HW QRQ SUDWLTXH FDUO¶RUJDQLVDWLRQGHV$IULFDLQVHVWWUqVSXLVVDQWH Affaiblissement &RPPHUoDQWV HW SRXYRLUV SXEOLFV V¶HQWHQGHQW SRXU WUDYDLOOHU j OLPLWHU O¶LQIOXHQFH GHV $IULFDLQV sur le marché à travers la pression des premiers sur les seconds afin de durcir les mesures discriminantes et financières afin de les affaiblir. Esthétique /H SUREOqPH GH O¶LPDJH GH OD YLOOH VH IDLW VHQWLU GHSXLV ORQJWHPSV /H pittoresque relaté par leVYR\DJHXUVQ¶HVWDJUpDEOHTXHSRXUFHX[GHSDVVDJHFDUOHV gens du dedans pourchassent cette image africaine, jugée dégradante, non civilisée. III- Conclusion A- La classe dangereuse Le terme de classe dangereuse qui figure dans le titre de cette première partie est de manière assez étonnante absente de la plupart des ouvrages que nous avons utilisés pour assoir notre analyse des différentes ères morales. Le choix de ces ouvrages lui même a été porté par 106 O¶LPSDFW TX¶LOV RQW SURYRTXpV HW O¶LQIOXHQFH TX¶LOs continuent à exercer dans le milieu des sciences sociales. Ils sont des classiques dans leur genre. &HSHQGDQWQRXVDYRQVWURXYpFHWHUPHGDQVO¶RXYUDJHGH3DVVRVTXLSRUWHGLUHFWHPHQWVXU les conditions dans lesquelles est apparut ce terme ainsi que dDQV O¶RHXYUH G¶XQ KLVWRULHQ Sidney Chalhoub qui explique la fin des cortiços135 j 5LR GH -DQHLUR HQ UDLVRQ G¶XQH OXWWH HQJDJpHSDUOHVSRXYRLUVSXEOLFVFRQWUHODFODVVHGDQJHUHXVHHQQRPGHO¶K\JLpQLVPHWUqVHQ YRJXH j O¶pSRTXH 'DQV OHV GHX[ FDV OHV DXWHurs se refèrent au contexte européen pour expliquer les conditions sociales dans lesquelles apparait ce terme. /D FODVVH GDQJHUHXVH HVW WRWDOHPHQW OLpH DX FRQWH[W LQGXVWULHO HW j O¶H[FpGHQW GH PDLQ G¶RHXYUH TXL SHXSOH OHV JUDQGHV YLOOHV HW qui doit vivre de petits boulots, de débrouille ou G¶DUQDTXHV /HV OLHX[ G¶KDELWDWLRQ PLVpUDEOHV RX OHV DJJORPpUDWLRQV GH PDUFKDQGV GH UXH (commerce informel) provoque de la part des pouvoirs publics (en raisonnance avec les classes moyennes et hautes) une peur multidirectionnelle. Peur du pauvre car il peut envier ou convoiter les biens des autres et devenir un voleur ou un criminel potentiel, pour arriver à ses fins. Peur de la contamination, de la saleté et du manque G¶K\JLqQH SUovoquée par les conditions de misère dans lesquelles se trouve cette population. Dans le cas décrit par Chalhoub, Rio de Janeiro est confronté à des épidémies (fièvre jaune QRWDPPHQWTXLGpFLPHQWODSRSXODWLRQG¶LPPLJUpV(XURSpHQVUpFHPPHQWDUULYée et devant participer au blanchiment de la nation brésilienne par le métissage. La population noire semble moins touchée par cette épidémie 136 6L HOOH Q¶HVW SDV YLFWLPH HOOH HVW VDQV GRXWH FDXVH GH OD SURSDJDWLRQ GH FHWWH PDODGLH &¶HVW HQ FHV WHUPHV TXH OHV SRXYRLUV SXEOLFV HQYLVDJHQWO¶pSLGpPLH&¶HVWpJDOHPHQWHQFHVWHUPHVTXHVHIDLWO¶DPDOJDPHHQWUHOHSDXYUH et le Noir. Ce dernier est le premier suspecté à constituer la classe dangereuse en raison de VRQRLVLYHWpLOQ¶DSDVDFFqVDXWUDYDLOIRUPHOHWYLWGHSHWLWVERXORWVHWGHVHVPRGHVGH vie (confinés dans des morceaux de ville ségrégée il échappe aux contrôles des pouvoirs publics). /¶K\JLpQLVPHTXLUqJQHHQPDvWUHHQFHWWHILQGH;,;qPHHWGpEXWGH;;qPHVLqFOHUHSRVH sur la notion de progrès et sur les théories évolutionnistes. Il créé les conditions de durcissement du contrôle des pouvoirs publics qui doivent apprendre à gérer une population 135 /¶pTXLYDOHQWGHVWDXGLVHQ)UDQFH 136 La population noire meurt beaucoup plus de tuberculose que de fièvre jaune. Les pouvoirs SXEOLFVQHV¶LQpUHVVHQWSDVGXWRXWjODWXEHUFXORVHFDUGHIDLWHOOHQHFRQFHUQHTXDVLPHQWTXH la population noire. Ils sont bien plus inquiétés par la fièvre jaune et la population blanche. 107 qui hier était esclave et sur laquelle les seigneurs régnaient en maître ayant droit de vie ou de PRUW HW TXL DXMRXUG¶KXL pWDLW OLEUHHW UHSUpVHQWDLW SRWHQWLHOOHPHQW XQH PHQDFH j O¶RUGUH HW j O¶LGpDOGHSURJUqVSRUWpVSDUODERQQHVRFLpWpGDQVODMHXQH5pSXEOLTXHEUpVLOLHQQH Cette notion de classe dangereuse est marquée dans le temps, elle appartient à la fin du XIXème et au début du XXème siècle. Pourtant cette notion a donné lieu à une catégorie pour penser les populations pauvres au Brésil qui elle semble traverser les époques. Nous verrons au detour de notre recherche sur le commerce de rue apparaître son ombre à travers la tradition de contrôle de la rue par les pouvoirs publics encore bercée par des valeurs hygiénistes. B- La ville festive Les plans de développement du tourisme veulent répondre principalement à la construction G¶XQHLPDJHRODVDOHWpHVWVXSSULPpHHWROH1RLUHVWDEVHQWGH la rue ; alors que dans un PrPHWHPSVO¶LQGXVWULHFXOWXUHOOHPLVHVXUO¶DWWUDLWH[HUFpSDUOHV1RLUVVXUOHVpWUDQJHUVj WUDYHUV OD PLVH HQ YDOHXU GHV U\WKPHV HW GDQVHV G¶RULJLQH DIULFDLQHV /¶DVSHFW TXL UHoRLW OD force négative est celui du désordre et de la saleté représenté par le noir dans la rue alors que O¶DVSHFWSRVLWLIHVWFHOXLSRXVVpSDUO¶LQGXVWULHIHVWLYHHWPXsicale atour de la culture afro qui, ceci étant ditSHXWVHSDVVHUGX1RLU/RUVTXHO¶RQYRLWOHVLF{QHVGHODPXVLTXH$[pSURGXLW maUNHWLQJ GX FDUQDYDO LO V¶DJLW G¶DERUG GH IHPPHV EODQFKHV GH OD FODVVH PR\HQQH et seulement dans un second temps, les blocs afros issus des périphéries. Cette chasse à la saleté et au désordre représentée par la population noire prenant possession de la rue, lieu de O¶LQIRUPHO R RQ OHXU D ODLVVp VRXV FHUWDLQH FRQGLWLRQ FDUWH EODQFKH SRXU WUDYDLOOHU GHSXLV O¶HVFODYDJHGHYLHQWOHOHLWPRWLYGXFDUQDYDO$XQRPGHO¶LPDJHGH6DOYDGRUqui doit séduire et réconforter le touriste, un nettoyage est imposé. Une ville in, prête à accueillir et à être vue par les touristes va surgir dans Salvador alors que OH UHVWH GHV TXDUWLHUV VRQW ODLVVpV j O¶DEDQGRQ (tant que leur attrait sur le marché de O¶LPPRELOLHU QH VH IDLW SDV VHQWLU), formant ainsi une ville off, énorme, IDLWH G¶LQYDVLRQV HW G¶LQIRUPDOLWp137. 137 Cette informalité se donne tant au niveau du titre de propriété que de la manière dont V¶DSSOLTXHODORLWUDYDLOOLVWHRXHQFRUHGRQWV¶RUJDQLVHOHTXRWLGLHQjWUDYHUVO¶DFFès à la rue. 108 'DQVODGHX[LqPHSDUWLHGHFHWWHWKqVHTXLV¶RXYUHPDLQWHQDQWQRXVYHUURQVFRPPHQWpWXGLHU la ville de Salvador et ses logiques urbaines en matière de travail de rue et de visibilité du Noir du point de vue des « aires spatiales ª'¶DXWUHSDUWXne distinction sera opérée entre les fêtes populaires, largement délaissées par les pouvoirs publics, et le carnaval qui est au centre de tous les plans et stratégies markéting de la ville-produit, afin de mettre en évidence une hiérarchie festive qui relève à la fois de logiques urbaines et morales. 109 CHAPITRE II : FÊTES FÊTES POPULAIRES ET CARNAVAL Régions morales, hiérarchie raciale et politiques de contrôle des travailleurs de rue 110 « ,O V¶DJLW HQ TXHOTXH VRUWH G¶XQH PLFURSK\VLTXH GX SRXYRLU TXH OHV appareils et les institutions mettent en jeu, mais dont le champ de validité se place en quelque sorte entre ces grands fonctionnements et les corps eux-mêmes avec leur matérialité et leurs forces. » Foucault (1975, p. 31.) 111 Dans cette partie, nous proposons une mise en contexte des barraqueiros en étudiant le milieu dans lequel ils évoluent, à savoir les fêtes en ville. Dans un premier temps, nous présentons notre outil conceptuel pour aborder la ville. Le contexte urbain est multiple et difficilement cernable. Nous continuerons donc notre lecture plurielle qui associe des moments historiques clés à une analyse plus particulière, celle de la ville et de son évolution. Pour cela, nous empruntons un concept déjà utilisé par plusieurs générations de chercheurs, celui de « régions morales » dont nous proposons une lecture en fonction de ses divers usages jWUDYHUVOHWHPSVHWOHVGLVFLSOLQHVTXLO¶RQWXWLOLVp8QHIRLVFHGpWRXURSpUpQRXVIDLVRQV une lecture de SalvaGRU j SDUWLU GH FH FRQFHSW GLYLVDQW DLQVL O¶DQDO\VH HQ WURLV pSRTXHV '¶DXWUHVDYDQWQRXVVHVRQWGpMjSUrWpVjO¶H[HUFLFHHWQRXVUHSUHQGURQVOHXUDQDO\VH3LHUVRQ 1971, Agier 2009). Cette lecture originale de la ville nous permet de présenter le contexte festif de Salvador en relation avec le contexte moral dont il dépend, la tradition des fêtes populaires étant directement liée à son origine au catholicisme populaire. Nous présentons alors une analyse personnelle de la ville et de ses fêtes qui nous permet de conclure à une scission entre cette tradition de fêtes populaires et le carnaval qui traditionnellement était la fête de clôture du cycle et qui rompt avec cette tradiWLRQ HQ V¶LQVFULYDQW FRPPH PpJD pYpQHPHQWDQQXHOGHO¶LQGXVWULHFXOWXUHOOHHWWRXULVWLTXH&¶HVWGDQVFHFRQWH[WHTX¶HQWUHQWHQ jeu les acteurs de cette recherche, à savoir les marchands de rue des fêtes de Salvador, appelés « barraqueiros ». I- Lecture de la ville Nous avons relevé une opposition entre deux modes de fonctionnement et de vécu du travail en ville OHSUHPLHUYLHQWG¶XQHFHUWDLQHWUDGLWLRQGRQWOHV barraqueiros des fêtes populaires sont les témoins et le GHX[LqPH HVW LPSRVp SDU OHV SRXYRLUV SXEOLFV DX QRP G¶XQH organisation festive qui oblige ses acteurs à se plier à des règles pour atteindre des objectifs de développement touristique. Cependant nous ne souhaitons pas nous arrêter à cette analyse TXLWRXWHYpULGLTXHTX¶HOOHVRLWQRXVSODFHHWSHXW-être nous enferme, dans une catégorisation de type binaire : marchands / pouvoirs publics et tradition / modernité que nous souhaitons GpSDVVHU &¶HVW GDQV FHWWH RSWLTXH TXH QRXV DQDO\VHURQV GDQV FH FKDSLWUH OHV PRGHV G¶DGDSWDWLRQ RX OHV FRQIURQWDWLRQV HQJHQGUpHV SDU FHWWH ELQDULWp RX FRPPHQW OHV DFWHXUV 112 VRFLDX[ DX QRP G¶XQH Qpcessité vitale, sont capables de transcender la tradition et / ou la réalité ou bien comment ils sont écrasés par cette dernière. Dans une analyse in situ des marchands, nous verrons que dans le cadre rigide du carnaval il existe de multiples façons de se faire commerçant. 1RXV SRXYRQV GLUH TXH QRWUH SURSRV HVW DVVH] SURFKH GH O¶DQWKURSRORJLH XUEDLQH WHOOH TXH définie par Hannerz : « &HX[ TXL QH VH UpFODPHQW SDV DXVVL QHWWHPHQW GH O¶DQWKURSRORJLH VRFLDOH SHXYHQW V¶pWRQQHUGHPHYRLUPHWWUHHQDYDQWOHSRint de vue relationnel plutôt que la culture, ce FKDPSSULYLOpJLpGHO¶DQWKURSRORJLH «(QUqJOHJpQpUDOHQRXVFRPPHQoRQVSDUGpILQLU O¶XUEDQLWpFRPPHXQV\VWqPHSDUWLFXOLHUGHUHODWLRQVVRFLDOHVDYDQWGHO¶pWXGLHUFRPPH O¶HQVHPEOHGHVYDOHXUVGXFLWDGLQ. » (1980, p. 28.) De fait, les systèmes de valeurs que nous avons cherchés à mettre en valeur dans le premier chapitre ne sont pas ceux voulus par les marchands de rue, mais plutôt les résultats de la UHODWLRQPRXYDQWHHWYLYDQWHTXLV¶LQVWDXUHHQWUHOHXUPRGHGHIDLUHGHSHQVHUHWG¶DJLUHWOHV normes dites ou non dites, qui leurs sont extérieures, mais dont ils ne peuvent nier O¶H[LVWHQFH(VW-ce la peine de le rappeler, les systèmes de valeurs, ou la notion de culture ne doivent pas être envisagés comme un bloc monolithique et immuable, mais comme étant le UpVXOWDW G¶XQH LQFHVVDQWH PLVH HQ UHODWLRQ VRXYHQW GDQV OH VHQV GH O¶RSSRVLWLRQ GHV PDUFKDQGVDYHFO¶LQVWLWXWLRQHWDYHFO¶DOWpULWpOHVFODVVHVGRPLQDQWHV&¶HVWHQFHODTXHQRXV ne nous sentons SDV pWUDQJqUH DX FRXUDQW GH O¶DQWKURSRORJLH XUEDLQH WHOOH TXH GpILQLH SDU Hannerz. 'DQV O¶DQDO\VH TXH QRXV SURSRVRQV j SUpVHQW QRXV FKDQJHURQV XQ SHX OH SRLQW GH YXH GH QRWUHLQYHVWLJDWLRQ/DSURVSHFWLRQKLVWRULTXHQ¶HVWSOXVXQHILQPDLVOHPR\HQG¶DEorder la YLOOHHWOHSKpQRPqQHXUEDLQUHODWLRQQHO1RXVDERUGRQVFHSKpQRPqQHjWUDYHUVO¶DQDO\VHGHV PRGHVG¶DFFqVjO¶HVSDFH des barraqueiros dans la ville et dans la fête. A- Les régions morales 1) Choix du concept 113 3OXW{W TXH GH UHQGUH FRPSWH GH O¶pYROXWLRQ GH 6DOYDGRU G¶XQ SRLQW GH YXH FKURQRORJLTXH UHSUHQDQWVRQpYROXWLRQGDQVOHWHPSVVXUXQPRGHKLVWRULTXHQRXVDYRQVFKRLVLG¶DGRSWHUXQ FRQFHSW VRFLRORJLTXH TXL UHPRQWH j O¶pFROH GH &KLFDJR SRXU VHV RULJLQes, mais qui a été retravaillé à différentes reprises : les régions morales. Nous nous référons à Hannerz (1980) HW$JLHUSRXUGpILQLUOHFRQFHSWHWO¶DSSOLTXHUjQRWUHWHUUDLQ /¶LGpH TXL UHWLHQW SDUWLFXOLqUHPHQW QRWUH DWWHQWLRQ HVW FHOOH G¶XQH OHFWXUH j SDUWLU GH considérations morales des espaces QRQ SDV j FDXVH G¶XQ JRW GpPHVXUp SRXUOD PRUDOLWp mais plutôt pour rendre compte des profondes empreintes morales présentes dans les UHSUpVHQWDWLRQV VSDWLDOHV GH OD YLOOH ,O V¶DJLW GH GpYRLOHU PHWWUH j MRXU XQ DVSHFW VRXYHQW occulté par des considérations plus techniques et objectives. Une telle lecture faite dans le WHPSVSHUPHWGHFRPSUHQGUHOHVSURFHVVXVG¶H[FOXVLRQjO¶°XYUHGDQVODYLOOHjWUDYHUVXQH OHFWXUHGHVUHSUpVHQWDWLRQVVSDWLDOHVHWV\PEROLTXHV(QG¶DXWUHVWHUPHVVLQRXVXWilisons cet RXWLOF¶HVWjILQGHPHWWUHjQXOHVV\VWqPHVGHYDOHXUVTXLRQWODLVVpOHXUPDUTXHVRXVWLJPDWH VSDWLDOGDQVODYLOOHHWTXLVRQWWRXMRXUVDFWLIVDXMRXUG¶KXLGHPDQLqUHSOXVRXPRLQVYLVLEOH /HV IRUPHV KLVWRULTXHV QH V¶DQQXOHQW SDV PDLV FRKDbitent de sorte que dans notre enquête, QRXVDYRQVpWpFRQIURQWpHjGLYHUVpOpPHQWTXLQHVHPEODLHQWSDVV¶LQVFULUHGDQVXQPrPH contexte. Plutôt que de trancher pour une lecture qui faisait de ces éléments des formes anecdotiques ou anachroniques, du fait TX¶HOOHV UHVWDLHQW LQH[SOLTXpHV QRXV DYRQV WURXYp SOXVMXVWHGHOHVDQDO\VHUHQWDQWTX¶pOpPHQWVG¶XQHUpDOLWpPXOWLIRUPHTXLSUHQGVHQVGDQV une lecture à la fois spatiale et historique de la ville, rendant compte des systèmes de valeurs qui cohabitent. Les logiques spatiales de ségrégation, fragmentation, standardisation ou exclusion auxquelles se confrontent les barraqueiros prennent sens à partir de ce découpage de la ville en régions morales. 2) Histoire et définitions Dans les années 1920 se regroupent un certain nombre de chercheurs dont Agier (2009, p. 32) GLWTX¶LOVpWDLHQWG¶DERUGGHV © journalistes » ou « experts municipaux ªLOVIRUPHQWO¶pFROH de Chicago. Eux-mêmes se définissent comme des « ethnographes-sociologues ». Ils partagent la même préoccupation, celle de voir grandir un grand nombre de problèmes sociaux dans la ville de Chicago qui dans les années 1930 est la cinquième ville la plus SHXSOpH GH OD SODQqWH DYHF PLOOLRQV G¶KDELWDQWV 6¶\ F{WRLHQW GLYHUVHV LPPLJUDWLRQV TXL V¶RUJDQLVHQW en ethnies et autour desquelles se développent de nombreux mécanismes G¶H[FOXVLRQ HW GH VpJUpJDWLRQ DLQVL TXH OD PRQWpH GHV JDQJV GH MHXQHV GpOLQTXDQWV /D 114 mission première de ce groupe de chercheurs est de trouver des solutions pour organiser la ville à travers un « contrôle social » (2009, p. 32). Ce courant de recherche est reconnu FRPPHMRXDQWXQU{OHIRQGDWHXUjODQDLVVDQFHGHO¶DQWKURSRORJLHXUEDLQH+DQQHU]RX jO¶DQWKURSRORJLHGHODYLOOH$JLHU Hannerz souligne que Park avait comme thématique principale celle des minorités et des SUREOqPHV XUEDLQV ,O LQGLTXH pJDOHPHQW O¶LQWpUrW GH 3DUN SRXU © O¶RUGUH PRUDO », tout en rappelant que ce concept a été plus souvent utilisé que défini. De plus, Park reste parfois HPSUHLQWG¶XQWRQPRUDOLVateur, ce que Hannerz critique. « 'LVRQVVLPSOHPHQWTXHOjFRPPHDLOOHXUVGDQVOHXUVpFULWVVXUO¶RUGUHPRUDO3DUN HWO¶pFROHGH&KLFDJRSHXYHQWHQFRXULUOHUHSURFKHGHQHSDVDYRLUFRQFOXOHXUWUDYDLO PDLVVDQVGRXWHSDVFHOXLG¶DYRLUpFKRXpGDQVOHXUtentative de développer un mode G¶DSSUpKHQVLRQGHODYLHXUEDLQHª (Hannerz 1980, p. 45.) Ailleurs, Hannerz fait sienne la notion de « mosaïque de petits mondes » développée par Park (1980, p. 45) : « Les processus de ségrégation instaurent des distances morales qui font de la ville XQHPRVDwTXHGHSHWLWVPRQGHVOHVTXHOVVHWRXFKHQWVDQVV¶LQWHUSpQpWUHU&HODGRQQH DX[LQGLYLGXVODSRVVLELOLWpGHSDVVHUIDFLOHPHQWHWUDSLGHPHQWG¶XQPLOLHXPRUDOjXQ autre et encourage cette expérience fascinante, mais dangereuse, qui consiste à vivre dans plusieurs mondes différents, certes contigus, mais malgré tout bien distincts. » (Park 1952, p. 47 et 1979, p. 121.) Les « petits mondes ªGRQWLOHVWTXHVWLRQGDQVODFLWDWLRQVRQWDXWDQWG¶vORWVWUDYHUVpVSDUOHV aFWHXUV FLUFXODQW GH O¶XQ j O¶DXWUH VHORQ OHV PRPHQWV GH OD MRXUQpH RX GH OD YLH GX OLHX UpVLGHQWLHO DX OLHX GH WUDYDLO TXRWLGLHQ RX GX OLHX GH UpVLGHQFH j FHOXL G¶XQ SDUHQW G¶XQ proche installé dans une autre région). Ces espaces bien que déterminés par des processus de ségrégation ne sont pas des espaces clos, ils dépendent de la situation plus que du territoire. $JLHU S SRXU VD SDUW UDSSHOOH TXH 3DUN DYDQW G¶HPSOR\HU OH WHUPH GH © région morale ª HPSORLH FHOXL G¶© aires naturelles de ségrégation » souhaitant mettre en valeur O¶DEVHQFHGHSROLWLTXHVpJUpJDWLRQQLVWHRIILFLHOOH 115 « 'HV DLUHV VH IRUPHQW DLQVL VHORQ O¶RULJLQH RX O¶³HWKQLH´ SDU DJJORPpUDWLRQ progressive en fonction des affinités ou, au contraire, par réaction aux préjugés (LittOH6LFLO\%ODFNEHOWRXOH*KHWWRVHORQO¶kJHRXOHW\SHG¶RUJDQLVDWLRQIDPLOLDOH SDU FRQFHQWUDWLRQ GDQV FHUWDLQHV ]RQHV G¶KDELWDW KRPRJqQH HWF » (Agier 2009, p. 34.) &HSHQGDQW PrPH VDQV SROLWLTXH VpJUpJDWLRQQLVWH RIILFLHOOH GHV PpFDQLVPHV G¶H[FOXVion et de différenciation opèrent avec force. Il ajoute : « La transformation des espaces urbains en frontières identitaires, même dans sa forme la plus achevée, celle du quartier ethnique, est toujours fondée sur des regards croisés qui mettent en jeu des différences de goûts, de styles de vie, de comportements. /¶HQVHPEOH GHFHV FULWqUHV UHOqYH G¶XQHFRQILJXUDWLRQ JOREDOH GHYDOHXUV PRUDOHV j O¶pFKHOOHGHODYLOOH » (Agier 2009, p. 39.) Si la « région morale » de Park reste une notion mal définie et trop empreinte de la morale de O¶pSRTXHVXELVVDQWFRPPHRQO¶DYXDYHF+DQQHU]XQHFHUWDLQHSULVHGHGLVWDQFHHOOHWHQGj VHSUREOpPDWLVHUHWVHFRQFHSWXDOLVHUGDQVO¶HIIRUWWKpRULTXHGHO¶DQWKURSRORJLHXUEDLQH$JLHU (2009) reprendra à son tour les proSRVLWLRQV GH O¶pFROH GH &KLFDJR HW GH +DQQHU] GDQV VD SURSRVLWLRQG¶DQWKURSRORJLHGHODYLOOH ,OPHWHQSUDWLTXHFHWWHQRWLRQVXUOHWHUUDLQGH6DOYDGRUTX¶LOFRQQDvWELHQ1RXVUHSHQGURQV O¶DQDO\VH TX¶LO HQ IDLW HW O¶LQWqJUHURQV j QRWUH OHFWXUH GH OD YLOOH ,O SURSRVH G¶DPSOLILHU OD notion et de la rendre finalement plus apte à une analyse finement pratiquée. « « OH SRLQW GH YXH © régional » gagnerait, il me semble à être appliqué à tout HVSDFH VDQV D SULRUL GH OLPLWH RX G¶pFKHOOH 2Q V¶DXWRULVHUDLW ainsi à enregistrer la PDQLqUH GRQW XQ OLHX HVW GpILQL SDU OHV DFWHXUV XUEDLQV TXHOV TX¶LOV VRLHQW GX SODQLILFDWHXUjO¶KDELWDQWG¶XQIRQGGHUXHOOH&HVHQVGXOLHXVXSSRVHODYLOOHHQWLqUH comme contexte de référence. Il correspond à une cartographie i maginaire des citadins qui vivent dans certaines parties de la ville tout en ayant sur les autres espaces au moins quelques expériences, idées ou images. » (Agier 2009, p. 36.) 116 Finalement, la ville ainsi quadrillée par ses propres acteurs, privilégiant le point de vue emic révèle ses découpages identitaires et permet de repérer les circulations, les enfermements, ou encore les non-lieux. Il ajoute : « $LQVLF¶HVWjSDUWLUG¶XQHFRQILJXUDWLRQSDUWLFXOLqUHGHFULWqUHVPRUDX[TXHODYLOOH comme un ensemble VH IDLW PLURLU G¶LGHQWLWpV YRLUH ³IDFWHXU G¶HWKQLFLWp´ » (Agier 2009, p. 40)138. &¶HVWOHSRLQWGHYXHGHFHX[TXLYLYHQWHWVHUHSUpVHQWHQWODYLOOHTXLSHUPHWG¶DFFpGHUjVD GLPHQVLRQUpHOOHHWQRQOHVUqJOHVG¶pGLILFDWLRQRXGHSODQLILFDWLRQGXPRLQV HQO¶DEVHQFHGH lois ségrégatives. De plus, une cartographie de Salvador serait du seul point de vue de O¶XUEDQLVPHSODQLILpWRWDOHPHQWLQFRPSOqWHFDUO¶LQIRUPDOLWpFRQFHUQHXQHSDUWLHLPSRUWDQWH de la ville. Depuis les années 1940, les invasions se développent dans tous les espaces délaissés et les interstices urbains. B- Les découpages de l'espace urbain Nous rendons compte de la ville de Salvador à travers trois moments marquants qui FRUUHVSRQGHQWjWURLVV\VWqPHVG¶RUJDQLVDWLRQHWGHUHSUpVHQWDWLRQ économique, politique et sociale. Les tournants historiques peuvent se lire du point de vue des bouleversements PRUDX[ DLQVL TXH GH OD UHIRUPXODWLRQ GH O¶HVSDFH TX¶LOV HQWUDvQHQW '¶XQ SRLQW GH YXH physique, ces moments historiques (datables) découpent et façonnent la ville en « régions morales » distinctes. Agier (2009) applique et développe la notion de région morale à partir GH O¶H[HPSOH GH 6DOYDGRU 1RXV HQ UHSUHQGURQV GRQF OHV SULQFLSDX[ GpYHORSSHPHQWV HW aménagerons plus spécifiquement notre discours en fonction de notre terrain. &RPPHQWO¶HVSDFHVHIDoRQQH-t-il ? Que représente-t-il du point de vue etic, des concepteurs et dirigeants, et du point de vue emic, des usagers de ces espaces ? Du point de vue chronologique, ces époques correspondent 1/ à la FRORQLVDWLRQjO¶qUHLQGXVWULHOOHHWj O¶qUH GX PXOWLFXOWXUHO &HV WURLV SpULRGHV VRQW WURLV PRGqOHV GH VRFLpWpV TXH QRXV DYRQV 138 Expression tirée de J.L. Amselle, « Ethnies et espaces : pour une anthropologie topologique ªLQ-/$PVHOOHHW(0¶%RNROR(GV$XF°XUGHO¶HWKQLH(WKQLHVWULEDOLVPH et Etat en Afrique, Paris, La Découverte, 1985, pp.11-48. 117 pWXGLpVHW GRQW QRXV VRXKDLWRQVFRPSUHQGUH O¶LPSDFW VXU OD VWUXFWXUH GH OD YLOOH HW ODIDoRQ dont ils se répercutent sur les marchands ou, in extenso, sur les usagers de la ville. 1) Le premier ordre moral : hiérarchie verticale La naissance du premier découpage « moral » de la ville suit la première configuration spatiale de Salvador ; il est vertical, il prend forme autour de la séparation ville haute / ville basse ou encore autour de celle décrite par Pierson entre « les vallées » et « les hauteurs ». Pierson (1971) écrit son ouvrage au début des années 1940 139 ; dans le premier chapitre, il étudie la répartition de la popuODWLRQ'¶DSUqVOXLODYLOOHVXLWODJpRJUDSKLHQDWXUHOOHGXVLWH Il reprend ainsi une description de la topographie de Salvador faite un siècle avant lui par Darwin pour montrer que celle-ci est restée identique à peu de choses près, sous-entendant que OH PRGH GH O¶KDELWHU O¶HVW aussi resté. Cette topographie se distingue par le caractère vallonné de la Baie. Une suite de collines constitue la ville et ses alentours. Pierson remarque : « TX¶HQUpDOLWpjSUHPLqUHYXH%DKLDUDSSHODLW ± FRPPHG¶DLOOHXUVO¶DYDLW observé le Professeur Robert E. Park ± ³XQHYLOOHPpGLpYDOHHQWRXUpHGHYLOODJHV DIULFDLQV´ » (p. 105.) La ville médiévale se réfère aux fortifications. Il ajoute que toutes les hauteurs et les flancs de collines étaient occupés par les populatiRQV DLVpHV TXL GLVSRVDLHQW Oj G¶XQ V\VWqPH GH transport efficace. Les artères de circulation (bus, tramways, voitures) étaient toutes situées à flanc de montagne et se rejoignaient au sommet formant ainsi le centre ville. Sur les hauteurs, la brise marine DVVDLQLVVDLWO¶DLUUHQGDQWDJUpDEOHODYLHGDQVOHVLPPHXEOHVPRGHUQHVHWOHV maisons de la classe aisée. Cette dernière était constituée par « «OHVGHVFHQGDQWVGHODYLHLOOHDULVWRFUDWLHOHVJUDQGVSURSULpWDLUHV les intellectuels de la ville et autres figures importantes de la société : les avocats, médecins, ingénieurs et politiciens OHV JUDGpV GH O¶DUPpH SRqWHV HW MRXUQDOLVWHV professeurs des universités, et les quelques industriels que compte Bahia. » (p. 100.) 139 Sa première édition date de 1942, sur les Presses de Chicago. 118 Dans cette partie de la ville, se concentraient également « les cinq journaux municipaux, les dernières modes de Paris ou +ROO\ZRRG FRQQXHV HW JpQpUDOHPHQW DGRSWpHV « /j VH WURXYDLHQW OHV propriétaires de presque tous les 3 855 téléphones, des 1 028 voitures, et des radios et bibliothèques privées de la ville. » (p. 100.) Pierson ajoute que « F¶HVWOjTXHYLYDLHQWFHX[TXHOHSHXSOHDSSHODLW³OHVULFKHV´ ». (p. 100). Ils les nomment également « chefs », « maîtres », « grosses coupures », « richards » ou simplement « Blancs » (p. 102). « Les riches ª V¶DSSHOOHQW HX[-mêmes « O¶pOLWH » ou « le grand monde ». Pierson lui fait reference aux « classes supérieure » et « inférieure » en mettant systématiquement entre guillemets les mots « supérieure » et« inférieure » signifiant ainsi que cette hiérarchie est sociale et non morale. En opposition, dans la ville des vallées, les routes se font sentiers de terre et les demeures VRQWGHVFDEDQHVGHERLVHWG¶DUJLOHDYHFXQWRLWHQIHXLOOHVGHSDOPLHUHWXQVROHQWHUUHEDWWXH recouvert de sable de la plage. Ceux qui en ont les moyens rajoutent une couche de peinture couleur pastel sur les murs de la maison. Le mobilier y est très simple : « Le mobilier consiste en général en tabourets ou tambours rudimentaires, parfois une chaise bon marché, une table rustique, une couche ou, plus communément, une natte pour dormir. Une boîte de Standard Oil, sans couvercle au fond servait souvent de réchaud. Le mobilier comprenait également un simple autel avec la petite statue du Saint protecteur de la famille, un bougeoir, peut-être un calendrier, un pied de fer rugueux pour supporter la bassine de toilette. Le récipient était généralement en argile cuite et de forme très simple. » (p. 101.) /¶DXWHXU FRPSDUH FHV LQVWDOODWLRQV GH IRUWXQH DX[ WDXGLV GHV YLOOes industrialisées et trouve que ces bicoques sont beaucoup plus sympathiques car elles procurent de la lumière et de O¶DLUVDLQJUkFHjODYpJpWDWLRQWURSLFDOHTXLHVWXWLOLVpHGDQVODFRQVWUXFWLRQ /D SRSXODWLRQ constituant la classe inférieure est analphabète. « /j YLYDLHQW FHX[ TXH OHV FODVVHV VXSpULHXUHV GpVLJQHQW FRPPH ³OH peuple´ HWTXLVHGpVLJQHQWFRPPH³SDXYUHV´ » (p. 102.) 119 La classe aisée la qualifie de « travailleurs », « ouvriers », « bas peuple » et la caricature à travers la figure de Zé Polvinho, analphabète, ingénu et insignifiant (p. 102). Leurs attitudes sont celles des Africains : O¶auteur décrit longuement le défilé des hommes, des femmes et même des enfants transportant de lourds poids sur leur tête. Leur communication est directe, sans médias (sans doute fait-il ici une référence aux moyens de communication dont raffole la ville haute), dans un Portugais rudimentaire et mêlé à de nombreux mots africains ou indiens. Dans les vallées, la religion pratiquée est le candomblé avec ses croyances, pratiques, HWIHVWLYLWpVG¶RULJLQHDIULFDLQH Les terres sur lequelles sont implantés ces quartiers sont souvent la propriété de membres de la classe supérieure. Les pauvres sont donc tolérés par le propriétaire ou redevables, ce qui Q¶HVW SDV VDQV UDSSHOHU OH V\VWqPH SDWHUQDOLVWH HQ YLJXHXU GXUDQW O¶HVFODYDJH &HWWH informalité de la dette est intéressante à relever. La propriété de la terre est rarement partagée au Brésil, elle reste la chasse gardée des grandes familles propriétaires terriennes. Certes, les WHUUDLQVIRQWO¶REMHWGHWUDQVDFWLRQVPDLVVRXVODIRUPHGHFHVVLRQVQRQG¶XQUpHOWUDQVIHUWGH propriété. Tant que ces terres ne sont pas valorisées, les plus pauvres peuvent les utiliser sans êWUHLQTXLpWpV0DLVGqVTX¶HOOHVOHVRQWGHVFRQIOLWVG¶LQWpUrWVYRLHQWOHMRXU 'DQVOHVDQQpHV7KDOHVGH$]HYHGRFRPSDUHHQFRUHO¶RUJDQLVDWLRQVSDWLDOHGH6DOYDGRU aux villes européennes tant le modèle colonial y est encore prépondérant : « À cause de son style architectural et urbanistiTXHGHVRQDLUG¶DQWLTXLWp HWGXU\WKPHPRGpUpGHYLHGHVDSRSXODWLRQ%DKLDHVWDXMRXUG¶KXLFRQVLGpUpH comme étant la ville la plus européenne du Brésil. » (1996, p. 34.) En effet, dans cette configuration « historique », la ville se calque sur le modèle de la centralité unique, typique de la ville médiévale européenne. Dans ce schéma, les hauteurs qui GRPLQHQWOHSRUWO¶DFWXHOTXDUWLHUGX3HORXULQKRFRQFHQWUHQWOHSRXYRLUPXQLFLSDOOHFHQWUH administratif et les habitations des riches propriétaires tHUULHQV&HVGHUQLqUHVVRQWG¶DLOOHXUV plutôt des pieds-à-terre urbains pour régler les affaires de la fazenda et non la résidence SULQFLSDOH TXL VH WURXYH DX F°XU GH OD JUDQGH SURSULpWp WHUULHQQH GDQV OH 5HF{QFDYR bahianais. Dans la ville basse se trouve le port et son activité grouillante, puis la ville active avec ses 120 bureaux et ses commerces. Aux alentours apparaissent les premiers quartiers périphériques (les vallées décrites par Pierson) lorsque la main-G¶°XYUHGHYLHQWOLEUHHWQ¶HVWSOXVORJpHSDU le maître de maison. 2) Le deuxième ordre moral : configuration horizontale Une nouvelle configuration urbanistique voit le jour à partir des années 1950 ; la ville devient OH FHQWUH GH WRXV OHV LQWpUrWV &HWWH DOWpUDWLRQ VXLW GH SUqV FHOOH GH O¶pYROXWLRQ GX système pFRQRPLTXH HW SUHQG IRUPH ORUVTXH O¶pFRQRPLH DJUDLUH GpFOLQH HW TXH OHV SRSXODWLRQV paysannes viennent chercher un emploi en ville. Cet exode rural se fortifie avec des SURPHVVHVG¶HPSORLTXLVRQWDVVRFLpHVDXGpYHORSSHPHQWLQGXVWULHOGH6DOYDGRU Promesses qui se sont avérées fausses puisque la demande concerne la main-G¶°XYUHTXDOLILpH'DQVFH mouvement des campagnes vers la ville, les populations riches ont tendance à émigrer au sud GXSD\VRO¶pFRQRPLHFDIpLqUHHVWIOHXULVVDQWH/HFHQWUHYLOOHKLVWRULTXHWRPEHjO¶DEDQGRQ Il sera repris par les populations pauvres qui occuperont les anciennes demeures et construiront dans les arrières-cours pour loger les différentes familles dans le cortiços, transformant ces espaces en avenidas140. « Dans le centre historique de la ville au XIXe siècle, les avenidas étaient les couloirs G¶KDELWDWLRQV GpSHQGDQWHV VLWXpHV jO¶DUULqUH GHV PDLVRQV DLVpHV TXL DYDLHQW SLJQRQ sur rue. Le terme est resté en usage pour désigner les ruelles piétonnières G¶KDELWDWLRQ « 'DQV OHV TXDUWLHUV SRSXODLUHV HOOHV GHVVLQHQW XQH WRLOH GHQVH GH pauvreté dans un cadre humide et souvent insalubre. » (Agier 1999, p. 52.) À partir des années 1960, une nouvelle scission urbaine apparaît, non plus entre la ville basse et la ville haute, mais entre les quartiers de la Baie (qui sont abandonnés aux pauvres et petits employés des nouvelles industries) et la Orla (le nouvel Eden urbanistique où la spéculation immobilière fait des miracles). La répartition de la population telle que décrite par Pierson demeure, mais la distribution spatiale change. Le déclin des activités portuaires entraîne O¶DEDQGRQSURJUHVVLIGHO¶DQFLHQFHQWUHGHODFRORQLHVXUSORPEDQWOHSRUW/¶LQGXVWULDOLVDWLRQ de la ville ouvre de nouveaux horizons, notamment au nord de la Baie, le long du littoral et au-delà de la ville. 140 Sur les Avenidas, voir Agier 1999 p.51 à 53 et 2009 p. 68 à 74. 121 Des hautes tours colorées et modernes surplombent le littoral atlantique et participent du QRXYHOLGpDOVRFLDOGXPRGHUQLVPHHWGXFDSLWDOLVPH/DVpFXULWpVHUHQIRUFHO¶pGXFDWLRQHW OHVW\SHVG¶habitations se ferment et se privatisent. Michel Agier (2009, p. 36-40) opère une analyse de ces régions morales que nous reprenons ci-dessous en les illustrant de photographies. LA BAIE Selon Agier, la « Baie » devient un pôle négatif indifférencié composé des quartiers anciens et délaissés, avec des habitats en auto-construction, parfois des invasions, habités par une population noire ou métisse. Cette région est alors associée à la PDUJLQDOLWpHWjODSpULSKpULH(OOHFRQFHUQHO¶DQFLHQFHQWUH-ville et ses périphéries, autour de la Baie de Tous les Saints. Quartier du Pau Miudo. Archives personnelle, 2010. 122 LA ORLA /D2UODEpQpILFLHG¶XQLPDJLQDLUHSRVLWLIHOOHHVWDX[DQWLSRGHV GHOD%DLHGDQVO¶HVSDFHHWGDQVO¶LPDJLQDLUH(OOHHVWFRQVWLWXée GHV TXDUWLHUV TXL VXLYHQW OH ERUG GH O¶RFpDQ LOV VRQW UpFHQWV HW composés de grands ensembles de buildings, de résidence ou de EXUHDX[ O¶DUFKLWHFWXUH HVW XQLIRUPLVpH HW PRGHUQLVWH YRLU [ANNEXE II.1]. Les shopping-centers, clubs et plages aménagées y sont concentrées. Les résidences sont des condominiums fermés et gardés. La population est plus blanche que dans la Baie, seuls les employés sont plus foncés de peau et normalement résident dans les quartiers de la Baie. Les médias emploient régulièrement OH WHUPH G¶ « apartheid social » pour décrire cette répartition « raciale » de la localisation des habitats. Vue aérienne de la Orla : Barra et Avenida Oceanica. Source:Gordilho-Souza (1993) 6LO¶RQVHUpIqUHjO¶DWWULEXW© périphérique » employé pour désigner les quartiers de la Baie, RQVHUHQGFRPSWHTX¶LOHVWSOXVVLJQLILDQWGHODGLVWDQFHVRFLDOHTXHVSDWLDOHFDUFHVTXDUWLHUV VRQW SOXV FHQWUDX[ TXH G¶DXWUHV TXL SDU OHXU VWDWXW PRUDO QH VRQW SDV FRQVLGpUpV FRPPH périphériques. Cela met en évidence le fait que cet attribut est formé par le regard de ceux qui jugent du dehors : 123 « «VLHOOH>ODUpJLRQ@SHUPHWGHUHSpUHUOHVLGHQWLWpVDWWDFKpHVjO¶HVSDFHXUEDLQ F¶HVW HQ WDQW TX¶LGHQWLWpV H[WHUQHV -H SDUOH G¶LGHQWLWpV ³H[WHUQHV´ DX VHQV R HOOHV pPDQHQW G¶DERUG G¶XQ UHJDUG GHV DFWHXUV H[WpULHXUV j O¶HVSDFH FRQVLGpUp PrPH VL HOOHV VRQW HQVXLWH UHSULVHV GX GHGDQV GDQV OHV UDSSRUWV G¶HJR DYHF DXWUXL » (Agier 2009, p. 35.) &¶HVWGRQFODYLVLRQGHFHX[TXLVRQWH[WpULHXUVDXVHFteur qui lui donne une identité unifiée HWLQGLIIpUHQFLpHYLVLRQTXLPDUTXHWRXWHODUpJLRQFRQFHUQpHHWIDLWG¶HOOHXQHUpJLRQPRUDOH >$11(;(,,@/DFKDUJHQpJDWLYHTXLSqVHDORUVVXUHOOHHVWG¶RUGUHPRUDOHW / ou social et non purement spatial. Cette réflexion permet à Agier de retourner les analyses ci-dessus exposées en prenant le point de vue emic des habitants de la Baie, et non plus celui de ceux qui sont du dehors. Les habitants de la « Baie » distinguent plusieurs régions dans cet ensemble unifié, par exemple le quartier de Liberdade se distingue des autres et gagne une identification raciale, VRFLDOH HW FXOWXUDOLVWH /¶LPDJH QpJDWLYH HVW UHQYR\pH YHUV G¶DXWUHV WHUULWRLUHV FLEOpV DX niveau micro. Des frontières posées par les habitants délimitent des zones de risque sur lesquels le stigmate négatif du point de vue etic SHXWV¶DSSOLTXHU&¶HVWOHFDVGHO¶$YHQLGD Peixe, une longue ruelle sans issue de Liberdade, qui retient toute la mauvaise réputation du quartier en elle F¶HVW OH TXDUWLHU © noir », « prolétaire », « misérable » et dangereux. De ce IDLWOHUHVWHGXTXDUWLHUSHXWMRXLUG¶XQHLPDJHSOXVYDORULVDQWHGXPRLQVG¶XQSRLQWGHYXH emicFHOXLGHO¶DXWR-estime. LIBERDADE Depuis les années 1970, ce quartier compte parmi les « plus grands TXDUWLHUV QqJUHV KRUV G¶$IULTXH » (p.38) grâce aux groupes carnavalesques qui revendiquent une identité noire relevant de la terre mère africaine, « mamãe Africa », parmi eux, le pionnier Ilê Aiyê. Le TXDUWLHU VH YRLW DWWULEXHU GHV OLHX[ G¶DVSHFW HWKnique : « la Senzala do barro preto » une salle de spectacle du groupe carnavalesque Ilê Aiyê dont la maison mère se trouve dans une rue adjacente, la rue Kingston, la Place Nelson Mandela ». A partir de ces nouvelles références identitaires, piochées dans OD SDQRSOLH LPDJLQDLUH GH O¶LGHQWLWp DIUR OH 124 quartier se fait alors « prolétaire », « populeux » et « animé », soit une image qui tend à se libérer de la charge négative des quartiers de la Baie. Dia da Conscencia Negra, nov. 2010 à la Senzala do Barro Preto, quartier de Liberdade. Archives personnelle, 2010. 3) Le troisième ordre moral : Marges, Non-lieux (Augé 1992), Archipels (Mongin 2005), Monades (Silverberg 1974) et Pollution (Douglas 1971) Les deux régions morales relevées par Agier (2009) se divisent, selon Pedro de Almeida Vasconcelos141, depuis les années 1980, pour former quatre secteurs : la Baie, la Orla, le Miolo et le centre historique et touristique du Pelourinho. Le Miolo 2QSHXWOHFRQVLGpUHUFRPPHO¶H[WHQVLRQJLJDQWHVTXHGHVKDELWDWV de la Baie. Il UHJURXSH O¶LQWpULHXU GHV WHUUHV TXL pWDLHQW HQ IULFKH HW TXL VRQW DXMRXUG¶KXL GDQV OHXU SUHVTXH WRWDOLWp RFFXSpHV &¶HVW OD UpVHUYH GH PDLQ-G¶°XYUH FDSLWDOLVWH TXL YHQXH GHV FDPSDJQHV V¶HVW DFFXPXOpH GDQV OHV ORLQWDLQHV SpULSKpULHV G¶DERUG VRXV OD IRUPH G¶XQ KDELWDW SRSXODLUH SODQLILp SXLV GDQV VHV DOHQWRXUV VRXV OD forme des invasions. Certains de ces quartiers sont devenus suffisamment indépendants pour que les pouvoirs publics pensent à une scission administrative, comme dans le cas de &DMD]HLUDVFDUWRXWHO¶LQIUDVWUXFWXUHFRPPHUFLDOHEDQFDLUH 141 VASCONCELOS, P. de A. Salvador: transformações e permanências (1549-1999). Ilhéus: Editus, 2002, ibid ANDRADE (2009), p 99. 125 et administrative y a été installée, pour éviter aux habitants de se rendre dans les DXWUHV UpVHDX[ XUEDLQV GH O¶DQFLHQ RX GHV QRXYHDX[ FHQWUHV RSpUDQW DLQVL XQH sorte de ségrégation naturelle de la population la confinant dans son lieu de résidence et la laissant dans un entre-VRLpORLJQpGHO¶XUEDLQPRGHUQLVpGHVDXWUHV centres. Conjuto São Judas Tadeu, quartier de Cabula Source : Gordilho-Souza, 1997. Le Pelourinho Partie de la vieille ville haute réhabilitée dans les années 1980 pour devenir le FHQWUHKLVWRULTXHHWWRXULVWLTXHGH6DOYDGRU$SUqVXQORQJPRPHQWG¶DEDQGRQOHV YHVWLJHV GH OD JUDQGHXU SDVVpH GH O¶DQFLHQQH FDSLWDOH VRQW PLV HQ VFqQH SRXU OHV touristes dans un centre commercial à ciel ouvert vendant souvenirs et artisanat à des prix adaptés leurs porte-PRQQDLH&HTXDUWLHUYLWULQHUHJRUJHDXVVLG¶pJOLVHVHW G¶KLVWRLUH FH TXL O¶D IDLW FODVVHU ELHQ PDWpULHO GH O¶KXPDQLWp j O¶8QHVFR j FHWWH même période. Les populations qui occupaient ce vieux centre étaient pauvres et ont été déplacées vers des quartiers distants du centre. À la place, des boutiques et des hôtels ont été établis. Le Pelourinho est également devenu le centre culturel de 6DOYDGRU DYHF O¶DPpQDJHPHQW GH SOXVLHXUV SOaces en scènes de spectacle et le montage des scènes provisoires pour les plus gros événements sur des places plus grandes. Le groupe Olodum a eu pendant longtemps son concert hebdomadaire JUDWXLW VXU OD JUDQGH SODFH GX 3HORXULQKR $XMRXUG¶KXL OH FRQFHUW a lieu dans un HVSDFHIHUPp8QHSURJUDPPDWLRQFXOWXUHOOHjO¶DQQpHHVWVXEYHQWLRQQpHSDUO¶eWDW de Bahia pour offrir aux touristes une image de Salvador qui repose sur sa musique 126 et son histoire. Pelourinho, A grandeza restaurada, 1995, FUNCEB. a) Fabrication de marges -¶DMRXWHUDLV TXH OD QRXYHDXWp GH FHWWH FRQILJXUDWLRQ HVW O¶HQFKHYrWUHPHQW TXL VH IDLW HQWUH quartiers pauvres et quartiers riches car si les zones planifiées dédiées aux populations riches se déplacent, elles le font en suivant une certaine logique topographique. En se déplaçant, HOOHVUHQFRQWUHQWGHV]RQHVGpMjKDELWpHVSDUGHVSRSXODWLRQVSDXYUHVTXLV¶\pWDLHQWLQVWDOOpHV FDUFHVWHUUHVDORUVGLVWDQWHVGXFHQWUHQ¶LQWpUHVVDLHQWJXqUH&RPPHQRXVO¶DYRQVVRXOLJQp précédemment, les popXODWLRQV SDXYUHV GDQV OD JUDQGH PDMRULWp GHV FDV V¶LQVWDOOHQW VXU GHV WHUUHV GRQW LOV Q¶RQW SDV OD SURSULpWp (OOHV OH IRQW SDUIRLV G¶XQ FRPPXQ DFFRUG DYHF OH propriétaire dans la continuation du système paternaliste, en contrepartie de leur entretien ou dHOHXUJDUGH6LQRQOHIDLWG¶RFFXSHUGHVWHUUHVVDQVDXWRULVDWLRQHVWXQH© invasion » F¶HVW XQHIRUPHFRXUDQWHG¶RFFXSDWLRQGHVWHUUHVj6DOYDGRU/¶LQIRUPDOLWpHQPDWLqUHGHSURSULpWp HVWWROpUpHWDQWTXHOHVWHUUHVHQTXHVWLRQQ¶LQWpUHVVHQWSHUVRQne HQUHYDQFKHORUVTX¶LOV¶DJLW GH JURV LQWpUrWV O¶RFFXSDWLRQ LQIRUPHOOH HVW SHUoXH FRPPH XQ FULPH O¶© invasion», et est traité en tant que tel. Les habitants sont alors chassés et, dans le meilleur des cas, quand ils sont installés depuis longtemps et Q¶RQWQXOOHSDUWRDOOHU bénéficient de dédommagements. Ils vont occuper des espaces souvent encore plus distants, recréant de nouvelles marges. b) Non-lieux « Les non-lieux, ce sont aussi bien les installations nécessaires à la circulation accélérées des personnes et des biens (voies rapides, échangeurs, aéroports) que les 127 moyens de transport eux-mêmes ou les grands centres commerciaux, ou encore les camps de transit prolongé où sont parqués les réfugiés de la planète. » (Augé, 1992, p. 48.) /¶XUEDQLVme planifié, en se déplaçant, finit par encercler des quartiers entiers, installant (par H[HPSOH GHV WRXUV HQWUH OHV YDOOpHV HW GRQQDQW O¶LPSUHVVLRQ G¶XQH YLOOH SDWFKZRUN HQWUH autoconstruction, « les aldeias africaines ª G¶XQ F{Wp HW O¶XUEDQLVPH PRGHUQLVWH GH O¶DXWUH /¶H[HPSOH GHV YDOOpHV GpYHORSSp G¶DSUqV XQH DQDO\VH GH 3LHUVRQ HVW LQWpUHVVDQW FDU FHV PrPHVYDOOpHVRQWIDLWO¶REMHWG¶XQSURMHWGHUpKDELOLWDWLRQGDQVOHVDQQpHV/HVYLOODJHV africains ont dû laisser la place aux échangeurs et autre grands axes urbains pour faire la liaison entre le vieux centre et les nouveaux quartiers. Dans ce contexte, les grandes tours ont remplacé les baraques et les grandes avenues les sentiers de terre. Les populations quant à HOOHVRQWpWpGpSODFpHV/¶pFKDQgeur en tant que non lieu, tel que défini par Augé (2000), fait place à une marginalisation spatiale et sociale des populations pauvres. Spatiale de par le GpSODFHPHQW HW VRFLDO GH SDU O¶pORLJQHPHQW GHV FHQWUHV DFWLIV F¶HVW-à-GLUH OH IDLW G¶être toujours repoussé vers les marges. LES VALLÉES ¬SDUWLUGHVDQQpHVG¶LPSRUWDQWVSURMHWVXUEDQLVWLTXHVFRQFHUQHQWOHVYDOOpHV ces « aldeias » africaines décrites par Pierson. Elles doivent se transformer en axes de circulation importants reliant les nouveaux quartiers à la vieille ville. Des quartiers résidentiels et des grands centres commerciaux sont créés. Les populations pauvres se trouvent donc chassées vers de nouvelles périphéries. Ces nouveaux axes de circulation permettent de nouvelles centralités qui renforcent O¶DEDQGRQGHO¶DQFLHQVFKpPDXUEDQLVWLTXHGHOD%DLH Source : Andrade e Brandão, 2009. 128 c) Les archipels 'DQVFHWWHWURLVLqPHFRQILJXUDWLRQO¶H[SDQVLRQGHODYLOOHjWUDYHUVO¶H[WHQVLRQGHOD2UOD se poursuit hors de Salvador jusque dans la ville voisine de Lauro de Freitas avec de nombreux FRQGRPLQLXPV IHUPpV HQ ERUG GH PHU HW PrPH SDUIRLV OHV SLHGV GDQV O¶HDX /¶H[WHQVLRQ VH IDLW pJDOHPHQW DXWRXU GH OD 3DUDOHOD XQH DUWqUH QRXYHOOH UHOLDQW OHFHQWUH GH 6DOYDGRU j O¶DpURSRUW HW DX[ QRXYeaux quartiers qui se situent derrière, en dehors des IURQWLqUHVGH6DOYDGRU/HORQJGHO¶DYHQXH3DUDOHODjSUR[LPLWpGXFHQWUHPRGHUQHVHVRQW G¶DERUG LQVWDOOpV GHV UpVLGHQFHV GHV XQLYHUVLWpV SULYpHV HW GHV PDJDVLQV W\SH HQVHLJQH GH voitures, puis des centres commerciaux et maintenant de nombreux immeubles de type condominiums fermés. Ces quartiers sont situés dans une zone de Mata Atlantica TXLQ¶DSDV résisté au poids des promoteurs immobiliers et à la faiblesse des politiciens qui privilégient O¶LQWérêt personnel et immédiat à des plans écologiques portant leurs fruits sur le long terme. 3RXU UHQGUH FRPSWH GH FHWWH FRQILJXUDWLRQ M¶HPSUXQWH OH FRQFHSW GH © ville archipel » à Olivier Mongin. Plutôt que ville avec un centre ville de référence nous avons une ville avec de nombreux centres de référence déclinés et hiérarchisés selon leur fonction principale : centres résidentiels ; centres de travail, centres de commerces ; centre administratif, centre historique. Chaque centre tend à avoir son propre réseau de commerce et de travail et ainsi à être indépendant du reste de la ville tout en maintenant des échanges assidus. Chaque maillon est à la fois unité autonome et condition du maillage global dans lequel il est un élément récepteur. Ce phénomène est expliqué par la fragmentation des lieux et des espaces urbains, supprimant la notion de continuité qui était contenue dans les projets urbanistiques lorsque ceux-FLFRQVLGpUDLHQWODYLOOHFRPPHXQWRXWFRQVWLWXpG¶XQFHQWUHHWG¶XQHSpULSKpULH « '¶XQH SDUW OD PLVH HQ UpVHDX GHV OLHX[ SDUWLFLSH G¶XQH ³pFRQRPLH G¶DUFKLSHO´UHQYR\DQWjGLIIpUHQWVQLYHDX[KLpUDUFKLVpVHQWUHHX[«'¶DXWUHSDUW O¶XUEDLQJpQpUDOLVpHWFRQWLQXSURGXLWHQUHWRXUGHVGLVFRQWLQXLWpVTXLSqVHQWVXUOD configuration des lieux. 6¶LOIDXW SUHQGUH HQ FRQVLGpUDWLRQOD IRUPH VSpFLILTXH GHV ³YLOOHVJOREDOHV´LOIDXWREVHUYHUVLPXOWDQpPHQWOHSURFHVVXVGHUHWHUULWRULDOLVDWLRQ en cours. Un processus qui se traduit par un triple phénomène : la fragmentation et O¶pFODWHPHQW TXL DIIHFWH Oes métropoles, le maillage lié à la réticulation et à la multipolarisation. » (Mongin 2005, p. 177.) 129 d) Les monades Dans ces conditions, les différents niveaux peuvent eux-mêmes se faire centre et répéter le PDLOODJHjGLIIpUHQWHVpFKHOOHV&¶HVWOHFDVORUVTX¶XQHVSDFHGHYLHQWDXWRQRPHHWUHPSOLWj lui seul plusieurs de ces fonctions : résidences, commerces, écoles, loisirs par exemple ; passant au stade de « monades urbaines ». Les monades sont des unités autonomes qui se replient sur elles-mêmes en proposant toujours plus de services en son sein sans que ses habitants aient à en sortir. Silverberg (1974) produit dans ce sens un roman de science-fiction RO¶XUEDLQQ¶H[LVWHSOXVHQGHKRUVGHVOLPLWHVGHVPRQDGHVGHVWRXUVGHPLOOHpWDJHVDEULWDQW 85 000 personnes et qui recouvrent tout ce que dont peut avoir besoin un homme. Le seul SUREOqPHHVWTXHFHVWRXUVGRUpHVELHQTX¶RIIUDQWFRQIRUWHWVpFXULWpVRQWDXVVLOHVJH{OHVGH O¶KXPDQLWpTXLQHSHXWSDVHQVRUWLUVRXVSHLQHGHPRUWFDUHQGHKRUVG¶HOOHVSlus personne QHVDLWFHTX¶LO\DPLVjSDUWXQGDQJHUPHQDoDQWHWXQSXLVVDQWLQWHUGLW/RUVTX¶jODILQGX URPDQXQSHUVRQQDJHV¶DYHQWXUHDXGHKRUVLOGpFRXYUHTX¶jSDUWFHVPpJDWRXUVVXEVLVWHXQ monde agricole destiné à approvisionner le monde des monades. Ces peuples sont maintenus j GLVWDQFH HW YLYHQW VHORQ G¶DXWUHV UqJOHV VDQV UDSSRUW DYHF FHOOHV GHV PRQDGHV /¶XUEDLQ vertical fait place dans ce monde à des maisons et à des places de villages. Le règne de la technique est ici remplacé par des rites SULPLWLIV 'DQV OHV PRQDGHV O¶XQLRQ OLEUH HW OD UHSURGXFWLRQHVWXQHFRQGLWLRQGXERQKHXUHWODUpDOLVDWLRQGHO¶LGpDOGHOLEHUWpTXL\UqJQHHQ maître ; dans les contrées agricoles, on voue des cultes de stérilité aux dieux afin de ne pas dépasser les quotas autorisés et ne pas empiéter sur les ressources destinées aux monades. /¶H[FqV GH OLEHUWp GDQV OH PRQGH WRWDOHPHQW FORV GHV PRQDGHV GHYLHQW SRXU FHUWDLQV LQGLYLGXVLPSRVVLEOHjYLYUH1RXVSRXYRQVOLUHLFLXQHPpWDSKRUHGHODPHQDFHG¶XQPRQGH tRWDOLWDLUH FRQWHQX GDQV OH SURMHW GH UHSOL VXU VRL ¬ O¶H[WpULHXU OD PHQDFH HVW FHOOH GH OD récession et du manque liés à frénésie de consommation du premier monde. 0RQJLQUHMRLQWFHSURSRVORUVTX¶LOGLW : « $XMRXUG¶KXL LO Q¶\ D JXqUH G¶DXWUH FKRL[ TXH G¶rWUH GpWHUULWRULDOLVp RX VXUWHUULWRULDOLVp SULVRQQLHU G¶XQ GHKRUV VDQV GHGDQV RX RWDJH G¶XQ GHGDQV VDQV dehors. » (p. 176.) 130 e) La pollution 3RXUHQUHYHQLUjQRWUHWHUUDLQQRXVSRXYRQVFRQVWDWHUTXHO¶HQIHUPHPHQWDFFURît les dangers de la pollution exteUQH ¬ 6DOYDGRU WRXWH ERQQH IDPLOOH VH GRLW G¶DYRLU DX PRLQV XQH employée domestique pour les tâches ménagères. Ces employés habitent les quartiers DGMDFHQWV TXL VRQW DXVVL FHX[ TXL QRXUULVVHQW OD SHXU GH O¶DXWUH GX SDXYUH FH TXL UHQIRUFH leur enfermement. De même que le condominium a besoin de se fournir en main-G¶°XYUH pour la maintenance et la sécurité, piochant toujours dans le même réservoir des quartiers « périphériques ». Ce terme de « périphérie ªHVWjFRPSUHQGUHGDQVO¶DFFHSWLRQVSDWLDOHTXH nous avons donnée de ville archipel. Il existe plusieurs centres, chacun avec un rayonnement HWXQHSpULSKpULHSURSUHV&HWWHSpULSKpULHQ¶HVWSOXVV\QRQ\PHGHGLVWDQFHVSDWLDOHPDLVGH distance sociale. Les quartiers périphériques sont ceux qui abritent les « pauvres » et les centres sont ceux de la classe supérieure, comme dans la première configuration urbaine de Pierson qui divisait la ville entre monts et vallées. 'DQVOHQRXYHDXVFKpPDXUEDLQLOHVWFHSHQGDQWLPSRUWDQWGHYRLUO¶DEDQGRQGXFHQWUHYLOle qui devait remplir le rôle de centre historique et de vitrine touristique mais qui a tendance à se marginaliser dans ses alentours immédiats. Il est occupé par une population marginale constituée de prostituées et de drogués qui trouvent dans le tourisme un moyen de survie et cherchent à rester à proximité. Depuis sa réhabilitation dans les années 1980, il est configuré FRPPHXQvORWFDULOQHFRQFHUQHTX¶XQHSHWLWHSDUWLHGXFHQWUH/HVDOHQWRXUVVRQWUHVWpVGDQV un état de dégradation préoccupant et accueillent les usagers de crack, donnant leur nom à cette région de « cracolândia ». Comme nous O¶Dvons vu avec les quartiers périphériques, le VWLJPDWHYLHQWGHO¶H[WpULHXU6XLYDQWFHWWHORJLTXHOHVFODVVHVPR\HQQHVGH6DOYDGRUIXLHQW le centre historiquHTXLEpQpILFLHGHFHWDWWULEXWQpJDWLI$XPRGqOHHXURSpHQG¶XUEDQLVDWLRQ GDQV OHTXHO RQ VH SURPqQH GDQV O¶HVSDFH SXEOLF elles préfèreront le modèle américain du centre commercial ayant en son sein différentes options de loisirs : cinémas, restaurants, boutiques, allées pour se promener, ères de jeux pour les enfants, etc. Ainsi, elles délaissent le centre malfamé à ceux qui en sont les voisins (les quartiers périphériques, ceux de la Baie) et dont les habitants privilégient, par habitude, et peut-être par manque de moyens O¶RSWLRQGX vieil urbanisme suivant le modèle européen. Dans ce modèle, les événements les plus marquants du calendrier sont les fêtes populaires encore appelées « fêtes de la place »142. 142 En Portugais, « festa de largo ». 131 II- Les festivités Tout comme il existe des régions morales dans la ville, il existe une hiérarchisation morale GHVIrWHVQRQSOXVVHORQOHYLHLORUGUHPRUDOTXLRUGRQQDLWODGpFHQFHHWOHVERQQHVP°XUV PDLVVHORQXQQRXYHORUGUHPRUDOGRQWOHPRWG¶RUGUHSRXUUDLWrWUHFRPPHOHSURSRVH$JLHU (2000, p. 44), « confort, paillette et modernité ». Dans ce cadre, les fêtes populaires liées à GHV OLHX[ OD SODFH GHV pJOLVHV GRQW RQ IrWH OH VDLQW V¶LQVFULYHQW GDQV O¶DQFLHQ VFKpPD GH O¶HVSDFH SXEOLF FRPPH HVSDFH GpPRFUDWLTXH HW PL[WH DORUV TXH OH FDUQDYDO HPSUXQWe de nouveaux clichés générant un ordre moral sur des bases nouvelles et discriminantes, notamment au niveau visuel, à travers une série de réglementations liées au travail de rue. Nous pourrons observer ces deux logiques festives amenées par les réglementations étatiques ORUVTX¶LOV¶DJLWGHVIrWHVSRSXODLUHVGLWHV©GHODSODFe ªHWORUVTX¶LOV¶DJLWGXFDUQDYDO A- Les fêtes de « largo »143 1) La « place » La fête dite de « largo », soit de la « place ª V¶LQVFULW GDQV OD WUDGLWLRQ GH VSHFWDFOH VXU OD place de O¶pJOLVH RX FHOOH DGMDFHQWH DX PDUFKp &H PRGqOH QRXV UHQYRLH DX VFKpPD XUEDQLVWLTXHPpGLpYDOTXLFRPPHOHUDSSHOOH0XPIRUGHVWFRQVWLWXpSDUO¶pJOLVHHWOD place du marché qui, « VDQVrWUHSODFpHDXSRLQWFHQWUDOJpRPpWULTXH«pWDLWOHYpULWDEle FHQWUHGHO¶DJJORPpUDWLRQ » (p. 389). Cette FHQWUDOLWpGHO¶pJOLVHTXLjO¶pSRTXHHVWOHOLHXOH SOXVIUpTXHQWpHVWpJDOHPHQWDFWLYHjO¶LQWpULHXUGHVTXDUWLHUV0XPIRUGDMRXWHTX¶LO existait « une répartition géographique par professions ou VXUODEDVHG¶LQWpUrWVSDUWLFXOLHUV >TXL@ FRPSOpWDLW FHWWH IRUPDWLRQ G¶XQLWpV UpVLGHQWLHOOHV SULPDLUHV RX JURXSHPHQWV GH voisinage » (p. 394). En outre, la place du marché était traditionnellement le lieu des rassemblements publics politiques, festifs ou punitifs. « Sur la place du marché, les guildes dressaient des tréteaux pour la représentation des mystères144, les criminels subissaient le supplice de la roue ou la peine capitale ; 143 Terme portugais désignant la place. 132 à la fin du Moyen Âge on y organisait les tournois, parades urbaines qui évoquaient les activités guerrières des seigneurs. » (Mumford, p. 390.) 1RXVUHSUHQRQVFHWWHFRPSDUDLVRQDYHFODFLWpPpGLpYDOHFDUG¶XQSRLQWGHYXHXUEDQLVWLTXH Salvador a été planifiée et relève dans sa première configuration G¶XQHVWUXFWXUHPpGLpYale. 0DLVG¶DSUqV3DUNFHWWHIRUPDWLRQSHUGXUe encore dans les années 1940 alors que Salvador connaît une période de léthargie économique. $X %UpVLO OHV SODFHV VRQW GHYHQXHV OD VFqQH R V¶H[SULPH OD IRL GHV FLWR\HQV TXL GH IRL catholique syncrétique ou non, viennent adorer un saint auquel ils sont fidèles le jour de sa IrWH&HVIrWHVFRQVLVWHQWOHSOXVVRXYHQWHQXQHPHVVHHWXQHSURFHVVLRQSRXUO¶DVSHFWVDFUp et en une réunion conIUDWHUQHOOHVXUODSODFHGHO¶pJOLVHRXDGMDFHQWHSRXUO¶DVSHFWSURIDQe ; la IUpTXHQWDWLRQGXULWXHOUHOLJLHX[Q¶HPSrFKHSDVODUpXQLRQLQIRUPHOOHVXUODSODFHGHO¶pJOLVH au contraire. '¶DSUqV)UH\UHOHFDWKROLFLVPHSRUWXJDLVHVWG¶DERUGSRSXODLUH/DIrWHWLHQWXQU{OH important dans la diffusion de la religion et la conversion des Noirs ou Indiens. « Il ne manquait que la chair aux anges et aux saints pour descendre de leurs autels OHVMRXUVGHIrWHHWV¶DPXVHUDYHFOHSHWLWSHXSOH «ª)UH\UHS '¶DSUqVOXLOHVFRORQVSRUWXJDLVQHVHSUpRFFXSaient pas tant des races ou de leur pureté tant les bras manquaient. Le véritable objet de leur inquietude était la religion. « Le Portugais oublie la race et considère comme son égal celui qui professe la même religion que la sienne » (Azevedo ibid Freyre, p. 61)145. 2) Syncrétisme religieux Les fêtes participent au processus de conversion. Les jésuites déjà avaient utilisé les chants et les danses pour attirer les Indiens vers le catholicisme. Les Noirs selon leur ethnie, se 144 )RUPHWKpkWUDOHGHO¶pSRTXH 145 '¶DSUqV3HGURGH$]HYHGR© os primeiros Donatórios », Historia a colonização Portuguesa no Brasil, III, p.194, sans indication de date). 133 voyaient attribuer un saint et avaient le droit de se réunir dans le cadre de confréries UHOLJLHXVHV G¶RUGUH FDWKROLTXH 1LQD 5RGULJXHV prend pour exemple O¶pOHFWLRQ GHV 5RLV Congo. Élus pour représenter la communauté et réguler les possibles tensions, ils endossaient le rôle de surveilODQWVGHODFRPPXQDXWpQRLUHDXVHUYLFHGHV%ODQFV&¶HVWOHMRXUGXFXOWHj Nossa Senhora que le Roi Congo était investi de ses fonctions et se posait en juge de la fête. Celle-FL DYDLW OLHX j %DKLD GDQV O¶pJOLVH GH 1RVVD 6HQKRUD GR 5RVDULR VLWXpH %DL[D dos Sapateiros. « Déjà en 1697, le livre du Jésuite Pedro Dias : $UWHWODQJXHG¶$QJROD pWDLW³GpGLpj OD 9LHUJH 1RVVD 6HQKRUD GR 5RVDULR PqUH HW SDWURQQH GHV PrPHV QRLUV´ », (Rodrigues 2010,p. 127.) Ce sont ces mêmes saints protecteurs qui sont loués lors des fêtes populaires. En dehors du contexte formel, blanc et catholique, les rassemblements des Noirs étaient JrQpV YRLUH HPSrFKpV SDU OHV SRXYRLUV SXEOLFV $LQVL OH FXOWH GX FDQGRPEOp G¶RULJLQH africaine, a épousé le cadre de la religion catholique pour que ses fidèles puissent continuer à se réunir sans être persécutés. Les seules manifestations religieuses autorisées étant celles du FDWKROLFLVPHHOOHVIXUHQWO¶RFFDVLRQGHFpOpEUHUGHVIrWHVGHFDQGRPEOp/HULWXHOGXODYDJH des marches du parviVGHO¶pJOLVHHVWXQH[HPSOHGHFpUpPRQLHLVVXHGHVUHOLJLRQVDIULFDLQHV que nous retrouvons dans les fêtes de largo de Salvador. Les prêtres catholiques Q¶DXWRULVDLHQW SDV O¶HQWUpH GDQV O¶pJOLVH GHV baianas PDLV OHV ODLVVDLHQW DYDQFHU MXVTX¶DX parvis où HOOHV VH VRQW PLVHV j HIIHFWXHU XQ ULWXHO GH ODYDJH VXU OHV PDUFKHV GH O¶pJOLVH, comme par exemple, la très populaire fête du Bonfim ou encore celle de São Lazaro ou G¶,WDSXj 3) Les « cantos » 146 Nina Rodrigues prend le soin de détailler les lieux où les Noirs pratiquaient leur activité professionnelle (souvent commerce ambulant ou fret) ou rituelle (activité rituelle et profane autour de la confrérie religieuse), les « coins », qui constituent ainsi un quadrillage de Salvador. Pour lui, cette distribution spatiale est largement conditionnée par une répartition 146 Terme portugais désignant les coins. 134 HWKQLTXHGHODSRSXODWLRQDIULFDLQHHQFHTXLFRQFHUQHOHVKRPPHVPRLQVORUVTX¶LOV¶DJLWGHV femmes qui sont plus mobiles que les hommes dans leur commerce de nourriture. « Les Nations encore nombreuses possèdent leur coin, des sites dans la ville où, tout en tressant leur chapeau ou leur panier de paille, et à se remémorer leurs agréables souvenirs de jeunesse, les petits vieux attendent leur fret. » (p. 110.) Nina Rodrigues continue en faisant une longue description de tous les « coins ª TX¶LO D observés et auxquels il peut associer un regard de spécialiste ethnique. Je transcris ici ce passage afin de nommer ces coins et les comparer ensuite avec les « places » festives. « Dans le ville basse, sous les arcs de Santa Barbara se trouvent les *XUXQFLV8QSHXSOXVORLQHQWUHOHVDUFVGH6DQWD%DUEDUDHWO¶+{WHOGHV1DWLRQV TXHOTXHVYLHX[IDWLJXpVHWDSDWKLTXHVGHUQLHUVUHSUpVHQWDQWVGHO¶DQFLHQQHFRORQLH des Haussas énergique, belliqueuse et guerrière, se réunissent tous les jours ici. Plus nombreux encore sont les coins des Nagos. Au coin du marché, rue du Comercio, à côté des grands hangars, sur plusieurs points de la rue des Princesses en face des grands bureaux commerciaux, se regroupent les vieux Nagos, encore forts, robustes, nombreux et bavards. On trouve aussi des Nagos aux coins de la YLOOHKDXWH$XFRLQGHODUXHG¶$MXGDGHUULqUHO¶pGLILFHGHOD0DLULHVXUODSODFHGH la Piedade en face du couvent, à celui de la porte de la maison qui se trouve à côté GH O¶+{WHO 3DULV GDQV OD ODGHLUD 6mR %HQWR VH UpXQLVVHQW GHV 1RLUV GH FHWWH provenance. Dans ces deux derniers coins se trouvent les Africains qui possèdent encore et portent des palanquins qui en des temps passés et sous le joug de O¶Hsclavage étaient les voitures de la place ou celles de luxe des classes riches. Au coin du Campo Grande, venant du fort de São Pedro, il y a quelques Nagôs qui se réunissent avec quelques Gêges. Dans la rue des Mercês, au coin de la rue São Raimundo, se réunissent des nègres Minas, deux ou trois. Dans la Baixa dos Sapateiros, au coin de la rue Vala, se réunissent des Africains de diverses nationalités. Les femmes se trouvent à ce dernier point, dans la rue Vala au coin de la rue São Miguel, rue de la Guadelupe, dans la rue de la Cabeça, sur la place Dois de Julho, HWVXUOHVTXDLVG¶DUULYpHGHOD/DGHLUDGX%RTXHLUmRj6DQWR$QW{QLR(QJpQpUDO 135 elles ne se séparent pas autant que les hommes en fonction des nationalités. » (p. 110-111.) Même si tous ces liHX[QHGLVHQWULHQjFHX[TXLQHFRQQDLVVHQWSDV6DOYDGRUHWV¶LOQ¶HVWSDV ici possible de reproduire une carte exacte de ces emplacements, je propose pourtant de les associer lorsque cela sera possible aux places des fêtes populaires. Nous verrons ainsi V¶LOHVW SRVVLEOHG¶DVVRFLHUODWUDGLWLRQIHVWLYHTXHQRXVDYRQVGLWHOLpHDXFDWKROLFLVPHSRSXODLUHGHV Noirs à leurs « coins » dans la ville au quotidien, associant ainsi les barraqueiros aux vendeurs Africains du début du XXe siècle. Les « coins » africains Quartier Localisation Ethnie Activité Au coin du Mercado Modelo et de la rue Nâgos Fret Nâgos Fret Les femmes Vente de nourriture du Comercio Coin de la rue des Ville basse Princesses et des hangars du port Sur les quais de déchargement des marchandises Quartier Localisation Entre les arcs du marché Santa Barbara Baixa dos Entre les arcs de 147 Santa Barbara et sapateiros Ethnie Les Guruncis Haoussas O¶+{WHOGHV1DWLRQV Au coin de la rue Les femmes de Activité Tressage de panier et de chapeau et fret Tressage de panier et de chapeau et fret Vente de nourriture 147 -¶DLVpSDUpOD%DL[DGRV6DSDWHLURVFDUELHQTX¶LOV¶DJLVVHGHODYLOOHKDXWHLOPHVHPEODLW que cette rue avait un statut un peu différent du reste de la ville haute car elle se trouve au SLHGGHO¶DXWUHIODQFGHODPRQWDJQH 136 Vala Quartier diverses nationalités Localisation Ethnie Activité Au coin de la rue G¶$MXGDGHUULqUHOD Nâgos Mairie Ville Haute Place de la Piedade Nâgos Porteur de palanquin Ladeira São Bento Nâgos Porteur de palanquin Campo Grande Nâgos et Gêges Rua das Mercês Minas Rua São Miguel Les femmes Vente de nourriture Rua da Guadalupe Les femmes Vente de nourriture Rua da cabeça Les femmes Vente de nourriture Place 2 de Julho Les femmes Vente de nourriture 1LQD 5RGULJXHV Q¶D\DQW SDV OXL-même systématisé les informations, nous ne nous sommes SDV ULVTXp j FRPSOpWHU OH WDEOHDX TXDQG OHV DFWLYLWpV Q¶pWDLHQW SDV GpWDLOOpHV KRUPLV OD confection et la vente de nourriture par les femmes en nous basant sur une autre citation (Rodrigues, 1933, p. 109, déjà cité dans ce travail) dans laquelle il donne les activités typiques des Africains en fonction de leur sexe. Le fait que les activités féminines soient liées à la confecWLRQHWjODYHQWHG¶DOLPHQWV sont une caractéristique première des barraqueiros. En effet, ces fêtes religieuses revêtent toujours des activités profanes, ce qui contribue à leur aspect populaire. Des étals pour la vente de boissons et de nourriture sont montés sur les « places ª/DFRQVRPPDWLRQG¶DOFRROHVWIRUWH Si nous cherchons les analogies avec le tableau des « places » festives, nous pouvons observer suivant la considération ville haute / ville basse que la grande majorité des fêtes se trouvent dans le même périmètre que celui des « coins », à savoir la vieille ville de Salvador, autour de la Baie. 4XDQGDX[DQDORJLHVHQWUHHWKQLHHWFXOWHG¶XQVDLQWVSpFLILTXHQRXVQHVRXKDLWRQVSDVWLUHU de trop rapides conclusion, ce recoupement par emplacement ne permettant pas de le faire. 0rPH GDQV O¶H[HPSOH SRXU OHTXHO QRXVGLVSRVRQV GX SOXV G¶LQIRUPDWLRQV OHV DQDORJLHV QH sont pas concluantes. En effet, la fête de Santa Barbara qui a pour église de référence celle de 137 Nossa Senhora do Rosario devrait être une fête Angola car Nina Rodrigues insiste sur le fait que le culte était attribué aux Noirs Angola depuis fort longtemps. Cependant, le tableau des « coins » indique que les Africains qui occupent les alentours du marché Santa Barbara sont les Guruncis et un peu plus loin les Haoussas, et non les Angolas. Ces confréries sont-elles restées fidèles aux unités ethniques à travers les âges ? 1RXVQHVRXKDLWRQVSDVGHYHORSHUFHWWHTXHVWLRQLFL1RXVQRXVFRQWHQWHURQVG¶DSSX\HUO¶LGpH selon laquelle les fêtes SRSXODLUHV GpFRXOHQW G¶XQH WUDGLWLRQ IHVWLYH HW UHOLJLHXVH GH OD SRSXODWLRQQRLUHGH6DOYDGRUPrPHVLOHVFHDXRIILFLHOHVWGRQQpSDUO¶pJOLVHFDWKROLTXHHW que la fréquentation des messes ou même des fêtes concernait la communauté catholique en général. 4) Rapport entre les « coins » et les « places » La relation que nous souhaitons établir entre les « coins » et les « places ªQ¶HVWSDVGLUHFWH De même, la filiation entre les barraqueiros et les marchandes de rue africaines est indirecte. Ainsi, la relDWLRQ JpQpDORJLTXH GHV PDUFKDQGV Q¶HVW SDV DX F°XU GH FH WUDYDLO HW VHUDLW GX reste, difficilement prouvable. En revanche, les réglementations possèdent une ligne qui est restée fidèle aux craintes générées par la population noire jugée sale et dénuée de bonnes manières, et susceptible de freiner le Brésil dans sa course à la civilisation avancée. Voyons FH TX¶LO \ D HQ FRPPXQ HQWUH OHV PHVXUHV PXQLFLSDOHV FRQFHUQDQW OHV $IULFDLQV WHOOHV TX¶pWXGLpHV GDQV OD SUHPLqUH SDUWLH GH OD WKqVH HW FHOOHV GpGLpHV DXx barraqueiros DXMRXUG¶KXL Nous avons déjà évoqué une peur de la population noire libre, esclave ou affranchie venant des pouvoirs publics qui se traduit par GHVDORXUGLVVHPHQWGHVWD[HVSHUPHWWDQWO¶DFFqVDX travail ; 2) un contrôle de la liberté à travers diverses mesures comme le passeport pour se GpSODFHUODOHWWUHG¶DXWRULVDWLRQG¶XQPDvWUHRXGHUHFRPPDQGDWLRQG¶XQQRWDEOHOHSRUWGHOD SODTXH G¶LGHQWLILFDWLRQ ; et 3) un système de valeurs imposé fidèle aux canons de la classe dominante, avec PRGLILFDWLRQ GH OD KLpUDUFKLH HW GH O¶RUJDQLVDWLRQ GX WUDYDLO FRPPH SDU H[HPSOHO¶LQWUXVLRQGX© capataz » à la charge des travailleurs. $XMRXUG¶KXLOHVbarraqueiros doivent 1) payer un ensemble de taxes qui se décomposent en des taxes SHUPHWWDQWO¶DFFès au travail (une taxe de fonctionnement, le paiement de la liaison DYHF OD FRPSDJQLH G¶pOHFWULFLWp OD UpWULEXWLRQ G¶XQ IRQGV GH SROLFH HW OH SRVVLEOH ULVTXH GH 138 payer des amendes) ; 2) lHFRQWU{OHGHODOLEHUWpVHWUDGXLWSDUOHFRQWU{OHGHO¶LQVWDOODWLRn des équipements à lieu et heure fixes décidés par les services compétents de la mairie, par la QpFHVVLWpG¶rWUHSRUWHXUGHVDFDUWHG¶LGHQWLWpSDUOHUqJOHPHQWGHODWD[HGHIRQFWLRQQHPHQW et par le devoir de respecter la longue liste de normalisations concernant la manière de travailler ; 3) un système organisationnel imposé du dehors se retrouve dans la bureaucratie pQRUPH SRXU V¶HQUHJLVWUHU HW REWHQLU O¶DXWRULVDWLRQ GH WUDYDLOOHU OD WXWHOOH G¶XQ VHUYLFH GH contrôle et de fiscalisation de la mairie qui opère avant, pendant et après les fêtes, et la lourde liste de normes qui encadre le fonctionnement opérationnel. La mairie garde un rapport privilégié avec le président du syndicat, élu des barraqueiros et UHVSRQVDEOH GH O¶HQUHJLVWUHPHQW GHV FRPPHUoDQts et du depôt officiel de la liste. Son rôle peut paraître similaire à celui des capitaines des coins mais ces derniers étaient bien plus opérationnels en matière de contrat, et ne restaient pas de simples intermédiaires bureaucratiques. Il existe plusieurs syndicats pour les travailleurs de rue des fêtes de Salvador GRQWFHOXLGHVPDUFKDQGVWUDGLWLRQQHOVGHVIrWHVSRSXODLUHV,OV¶HVWVFLQGpUpFHPPHQWHQXQ syndicat et une association dont India fait partie revendiquant une tradition et le rôle fondateur GH FHWWH WUDGLWLRQ /D SULQFLSDOH FDXVH GH FHWWH VFLVVLRQ HVW G¶DYRLU DFFqV j GH meilleurs emplacements que ceux attribués par le syndicat148. Malgré le temps écoulé entre ces deux situations, nous constatons que certains lieux sont restés destinés au commeUFHLQIRUPHO6¶LOVDYDLHQWXQHLPSRUWDQFHFRPPHUFLDOHSDUOHSDVVp ils sont, j FDXVH GH O¶pYROXWLRQ VRFLDOH pFRQRPLTXH HW VSDWLDOH GH OD YLOOH WRPEpV GDQV O¶RXEOL $LQVL VL OHV © coins » des Africains ont disparu par manque de travail, excès de formalisation ou disparition des Africains ± comme le prédisait Nina Rodrigues ±, les PDUFKDQGVGHUXHOLpVjO¶H[WUD-quotidien, au culte des saints, dans une tradition profane, ont gardé leur place dans le schéma désuet de la vieille ville. Place que personne ne leur envie ou QHOHXUGLVSXWHFDUHOOHV¶LQVFULWGDQVODYLHLOOHYLOOHDEDQGRQQpHGHWRXWHQMHX[SROLWLTXHHW économique (ainsi que de la vue de la classe moyenne) HW TX¶HOOH UHVWH DWWDFKpH j XQH tradition festive liée au calendrier catholique encore en vigueur. &¶HVWODSHUVLVWDQFHSRXUOHVSDXYUHVGXSUHPLHUVFKpPDXUEDLQDXVVLELHQGDQVO¶DFFqVjXQ KDELWDW TX¶j XQ HPSORL RX TXH OD UpJXODWLRQ GH OD YLH VXU GHV EDVHV PRUDOHV HW PDWpULHOOHV 148 Les EDUUDTXHLUDVVHSODLJQHQWG¶XQV\VWqPHGRQQDQWWRXMRXUVOHVPHLOOHXUVHPSODFHPHQWV 139 alors que tous les intérêts sont déjà passés par le deuxième VFKpPDHWV¶LQVFULYHQWGHSOXVHQ plus dans le troisième. Les barraqueiros sont restés dans la hiérarchie verticale, alors que les intérêts et les classes moyennes et dominantes sont allés vers la hiérarchie horizontale, puis YHUV OD IUDJPHQWDWLRQ HW O¶pFlatement urbain. Nous pouvons donc comprendre comment les valeurs de Dona India et sa fille sont devenues désuètes en relation avec celles des pouvoirs publics, tout en ayant une complète résonnance dans leur propre système de relations, elles, les héritières indirectes des travailleurs de rue Africains. 5) Le cycle festif Les fêtes sont liées au calendrier catholique dont elles fêtent un saint. Pour autant, comme QRXV O¶DYRQV GLW WRXWHV FHV IrWHV RQW XQ UDSSRUW GLUHFW DYHF OH FDQGRPEOp OD UHOLJLRQ syncrétique afro-EUpVLOLHQQH /RUVTXH O¶pJOLVH IrWH 6DQWD %DUEDUD OHV 1RLUV VRQW HQ WUDLQ GH IDLUHGHVRIIUDQGHVj,DQVjSRXUQHSUHQGUHTXHO¶H[HPSOHGHODSUHPLqUHIrWHGXF\FOH(Q effet, ces fêtes sont liées par un ordre et une durée déterminés une fois pour toutes et qui agit rituellement chaque année sur les fidèles. Si tout catholique ou tout pratiquant du candomblé ne suit pas forcément le cycle dans son intégralité, il y a en fonction de son saint protecteur GHVDIILQLWpVDYHFG¶DXWUHVVDLQWVHWXQSDUFRXUVIHVWLIHWULWXHOV¶pFULWHWFUpHXQU\WKPHSURSUH jFKDFXQ'HPrPHOHVXQVVRQWDWWLUpVSULQFLSDOHPHQWRXSUHVTXHH[FOXVLYHPHQWSDUO¶DVSHFW religieux tandis que les autres recherchent la chaleur de la fête, et certains participent aux deux aspects. 3RXU UHQIRUFHU O¶DIILUPDWLRQ TXH FHV IrWHV VRQW DYDQW WRXW GHV PRPHQWV GH communion de la communauté noire, nous avons relevé systématiquement le syncrétisme UHOLJLHX[TXLRSqUHGDQVFKDFXQHG¶HOOHV&KDTXHVDLQWFDWKROLTXHGRQQHOLHXjXQHIrWHTXL honorera aussi un orixa de la religion des Noirs de Salvador. Le syncrétisme religieux Date Fête Cycle Syncrétisme St(e) Patron(ne ) Pompiers et le 04 décembre Santa Bárbara non Iansà marché São Miguel (Santa Barbara) 08 décembre Nossa Senhora Novaine Oxum Salvador DX[PrPHVSHUVRQQHVHWTXLQHSUHQGSDVWRXMRXUVHQFRPSWHO¶DQFLHQQHWp 140 da Conceição 13 décembre Santa Luzia Du 08/12 au 13/12 Oxum Apará Aveugles Nosso Senhor 01 janvier Boa Viagem Treizaine (à partir du 27/12) Oxala dos Navegantes, protecteur des pêcheurs Les Rois Mages 06 janvier Lapinha 05 et 06/01 non qui cloent le cycle de noël Considéré comme le saint 07 janvier Nosso Senhor do Novaine (à partir Bonfim du 07/01) Oxala patron de la ville ELHQTX¶LOQHOH soit pas. Énorme succès populaire. Le lundi gras Cette fête est (suivant le dimanche de Ribeira non non clôture du Janeiro 2 février Une semaine avant le carnaval profane, de quartier. Bonfim) 27 à 30 de entièrement São Lázaro 3 jours Omulu Médecins Iemanja non Iemanja Pêcheurs N.S. da Itapuà 7 jours Conceição et Fête de quartier Iemanja Du jeudi précédent le mardi gras MXVTX¶DX Carnaval 7 jours Non non mercredi des cendres 141 Les fêtes populaires commencent donc le 4 décembre avec Santa Barbara et terminent avec le carnaval. Ce tableau est celui des fêtes populaires qui suivent le calendrier catholique de célébration des saints : Sainte Barbe, Conceição da Praia, Santa Luzia, Nosso Senhor dos Navegantes, fête des rois mages, Nosso Senhor do Bonfim, São Lazaro, Yemanja, et le carnaval. Nous pouvons remarquer deux intrus dans cette liste qui ne se réfère pas à des saints mais à des fêtes 5LEHLUDHW,WDSXi'DQVOHFDVGH5LEHLUDLOV¶DJLWG¶XQHIrWHSURIDQH TXLYLHQWFORUHODQHXYDLQHGX%RQILPGDQVOHFDVG¶,WDSXjF¶HVWXQHIHPPHGXTXDUWLHUTXL organise un culte à Iemanja et à Nossa Senhora da Conceição, suite à un rêve. Ces deux fêtes sont situées dans des quartiers de pêcheurs situés aux deux extrémités de la ville. Reprenons chacune de ces fêtes pour en donner ses caractéristiques et son implantation spatiale. Santa Barbara ouvre le cycle des fêtes populaires, elle appartient au calendrier religieux associé à la religion afro-EUpVLOLHQQHOHFDQGRPEOp8QHSURFHVVLRQSDUWGHO¶pJOLVHGH1RVVD Senhora do Rosario, parcourt les rues du Pelourinho, le centre historique, descend vers la caserne des pompiers dont elle est la sainte patronne et traverse le marché qui porte son nom où est offert un caruru aux fidèles. La couleur du cortège est le rouge de Iansá 149. Des baraques de fêtes sont installées dans le Pelourinho. Cette fête, avec ses couleurs et ses fleurs, attire la population au-delà des adeptes. Ainsi, les touristes basés au centre historique peuvent parcourir le temps de quelques clichés la procession joyeuse des baianas. Conceição da praia est la sainte patronne de la ville de Salvador. Son église a été bâtie dès les débuts de la colonie, sans doute par Tomé de Souza. Son culte est également le plus DQFLHQ O¶RULJLQH GH FHWWH IrWH UHPRQWDQW j 150. Après une messe, une procession se déroule dans le quartier de Comercio, près du port, au pied du célèbre ascenseur Lacerda. Les EDUDTXHVV¶LQVWDOOHQWVXUODSODFHGX0HUFDGR0RGHOROHJUDQGPDUFKpG¶DUWHWG¶DUWLVDQDWGH 149 Iansá est la Sainte du candomblé qui a été associée à la Sainte catholique Barbara. 150 Les informations concernant les fêtes populaires ont été recueillies pour une part sur le WHUUDLQSHQGDQWOHF\FOHGHVIrWHVSRSXODLUHVHWG¶DXWUHSDUWVXUOHVLWHGHOD)XQGDomR Gregorio de Mattos: http://www.culturatododia.salvador.ba.gov.br/festas.php et celui du portail du carnaval 2011 : http://www.portaldocarnaval.ba.gov.br/2011/Servicos/Calendario.asp le 08/03/2011. 142 6DOYDGRUILHIGHVWRXULVWHVjODUHFKHUFKHGHO¶REMHWTX¶LOVUDPqQHURQWDX[HQIDQWVSDUHQWV grands-parents pour partager avec eux leur voyage. Cette fête connaîWHQFRUHDXMRXUG¶KXLXQH IRUWH SDUWLFLSDWLRQ SRSXODLUH PrPH V¶LO VH GLW TX¶HOOH SHUG GH OD YLWDOLWp TX¶DXSDUDYDQW OD IUpTXHQWDWLRQpWDLWDXWUH« Santa Luzia est la sainte patronne des aveugles. Elle reçoit beaucoup de promesses de la part GHFHX[GRQWODYXHHVWPHQDFpHSDUXQHPDODGLH/DIrWHDOLHXDXWRXUGHO¶pJOLVHGH1RVVD Senhora do Pilar dans laquelle est gardée sa statue, dans le quartier du Pilar, Comercio. Elle est associée à Oxum Aparà dans le candomblé. AXMRXUG¶KXLFHWWHSDUWLHGXTXDUWLHUHVWWUqV délabrée et abandonnée aux infortunés. Nous pouvons observer cependant, depuis quelques années, des îlots rachetés par des artistes, investissant dans de vieilles ruines coloniales comme le Mercado do Ouro repris par Carlinhos Brown ou le Trapiche Barnabé en cours de rénovation par Bernard Attal, un metteur en scène français, investi dans la production audiovisuelle. Cette gentryfication peut-HOOH DJLU HQ IDYHXU G¶XQH IUpTXHQWDWLRQ SOXV importante ou, au contraire, participer à sa fin ? Boa Viagem : Le réveillon du 31 décembre commence sur la plage de Boa Viagem, dans le TXDUWLHUGHOD%DLH0RQW6HUUDW&¶HVWO¶RFFDVLRQG¶XQHSURFHVVLRQPDULWLPHFHOOHGH1RVVR Senhor dos Navegantes. La statue du saint sort de la chapelle de Boa Viagem installée dans le quartier du même nom, le long de la Baie de tous les saints et est installée dans un des EDWHDX[ TXL LUD MXVTX¶j O¶DXWUH F{Wp GH OD EDLH 6XU OH SHWLW SRUW GH SrFKH V¶LQVWDOOHQW OHV baraques de fêtes. Les fidèlHVOHVEDGDXGVHWOHVWRXULVWHVV¶DPDVVHQWVXUODSODJHSRXUYRLUOH départ des bateaux décorés, puis prennent place dans les baraques pour boire un verre et attendre le coucher du soleil. Le retour de la statue se fait le 1 er DSUqVTX¶HOOHDSDVVpODQXLt GDQVO¶pJOLVHGH&RQFHLoDRGDSUDLD/HVEDWHDX[UHSUHQQHQWDORUVODPHUSDVVHQWSDUOHSRUW de Barra et retournent à la plage de Boa Viagem. Le saint est le protecteur des marins, il est Oxala dans le candomblé. Fête de Lapinha : Lapinha est le nom du quartier où se déroule cette fête dédiée aux rois mages. Le défilé des rois mages est organisé par les quartiers alentours de la Baie. Une messe HVWFpOpEUpHGDQVO¶pJOLVHGH/DSLQKDRVHWURXYHXQHFUqFKH&HWWHIrWHFO{WOHF\FOHGH1RsO Elle connaît de grosses difficultés car les groupes de quartiers qui maintiennent cette tradition se plaignent de ne pas avoir de ressources, or les costumes nécessitent une certaine quantité 143 de matériaux et de main-G¶°XYUH Nosso Senhor do Bonfim : Cette fête est la plus importante du calendrier festif avant le FDUQDYDO&¶HVWXQHQHXYDLQHTXLFRPPHQFHOHGHX[LqPHOXQGLDSUqVODIête des rois mages et V¶pWHQGMXVTX¶DXGLPDQFKHDSUqVOHODYDJH/HMRXUFXOPLQDQWHVWFHOXLGXODYDJHGHVPDUFKHV GX SDUYLV GH O¶pJOLVH exécuté par des baianas &H ULWXHO GX ODYDJH GHV PDUFKHV GH O¶pJOLVH V\PEROLVHO¶LQWHUGLFWLRQTXLSHQGDQWORQJWHPSVDSHVpVXUODFRPPXQDXWpTXLYRXDLWXQFXOWH j2[DODO¶DFFqVjO¶pJOLVHOHXUpWDQWLQWHUGLW/DUHOLJLRQFDWKROLTXHDIILUPHDLQVLGHVSRVLWions et marque les limites du syncrétisme. Pour Nina Rodrigues, cette fête est pleinement yoruba. /¶DXWHXUQHSDUOHPrPHSDVGHV\QFUpWLVPHUHOLJLHX[PDLVG¶XQHH[SUHVVLRQTXLDWRXWG¶XQH IrWH DIULFDLQH VDQV VRXIIULU G¶DOWpUDWLRQV VXU OH VRO EUpVLOLHQ %onfim représente Obatala. 7RXMRXUV VHORQ OXL LO V¶DJLW G¶XQH IrWH UHOLJLHXVH G¶XQH FUR\DQFH YLYH DX FRQWUDLUH GX FDUQDYDO TXL HVW XQ PpODQJH GH WUDGLWLRQ TXL Q¶DSSDUWLHQW SDV GLUHFWHPHQW j OD UDFH QRLUH 5RGULJXHV 6XU OD SODFH DXWRXU GH O¶pJOLVH Ht tout le long du circuit de 8 kms de la SURFHVVLRQTXLSDUWGHO¶pJOLVH1RVVD6HQKRUDGD&RQFHLomRGD3UDLDHWYDMXVTX¶DX%RQILP OHV EDUDTXHV GH ERLVVRQV HW G¶DOLPHQWDWLRQ VH VXFFqGHQW (OOHV VRQW GH SOXV HQ SOXV FRQFHQWUpHVjO¶DSSURFKHGX%RQILP6HUra (2009) voit dans cette fête une carnavalisation du PRGqOHIHVWLIHQJHQGUpSDUO¶LQWUXVLRQGHTXHOTXHWULRVpOHFWULTXHVLOVQHGpILOHQWTXHVXUXQ court trajet). Nous pensons que si tentative de carnavalisation il y a, elle est inefficace dans le cadre des fêtes populaires situées dans des régions morales trop marquées négativement pour attirer une forme carnavalesque. Celle-FL D SOXV j YRLU DYHF OHV IrWHV ³lights´ TXH QRXV étudions ci-après. Ribeira : Fête profane qui sert de porte de sortie au Bonfim. On dit que les fêtards du dernier dimanche de la neuvaine se retrouvaient dans le quartier de Ribeira pour terminer la fête. Les barraqueiros quittent la place du Bonfim dans la nuit du dimanche pour accompagner les IrWDUGV,OV¶DJLWG¶XQHVRUWHG¶XOWLPH prolongation du Bonfim. São Lazaro )rWHHQO¶KRQQHXUGH6mR5RTXH2PXOXGDQVOHFDQGRPEOp(OOHHVWIrWpGDQV OD SHWLWH pJOLVH GH 6mR /D]DUR SDU OD FRPPXQDXWp GX TXDUWLHU HW OHV DGHSWHV G¶2PXOX protecteur des médecins. Des bains de pop corn sont faits par les baianas j O¶RFFDVLRQ GH cette messe. I emanja : Le 2 février est un classique des fêtes populaires. Le quartier du Rio Vermelho se 144 prépare à recevoir beaucoup de fidèles et de touristes pour une jolie fête où beaucoup G¶RIIUDQGHV YRQW rWUH IDLWes à la déesse de la mer, Iemanja, principalement des fleurs. La FRPPXQDXWpGHSrFKHXUVGX5LR9HUPHOKRHVWjO¶RULJLQHGHFHWWHIrWHTXLGRQQHOLHXjXQH messe, et à une procession maritime. I tapuà /DIrWHG¶,WDSXjHVWG¶DERUGXQHIrWHGHTXDUWLHU(OOHYLHQGUDLWG¶XQUrYHGH'RQD Niçu qui dès lors rend un culte à Iemanja et Nossa Senhora da Conceição da Praia. Comme au Bonfim, lHVPDUFKHVGXSDUYLVGHO¶pJOLVHVRQWODYpHVSDUOHVbaianas, avec démonstration GH FDSRHLUD HWF $XMRXUG¶KXL LQWHUGLWV OHV trios électriques de groupes du quartier étaient VRXYHQWSUpVHQWV6XUODSODFHGHO¶pJOLVHHWOHORQJGHODSURFHVVLRQTXLSDUFRXUWOD2UODOHV barraqueiros sont également présents. 6) Hiérarchie morale Le cycle de fêtes dont nous avons rendu compte est celui qui vient « da boca do povo » 151, F¶HVW-à-dire, celui qui est considéré traditionnellement comme calendrier festif. /¶DGPLQLVWUDWLRQ HOOH D VRXYHQW HVVD\p GH SURSRVHU G¶DXWUHV GpFRXSDJHV GDQV XQ EXW classificatoire et de hiérarchisation de ces fêtes. Les critères retenus sont ceux de la fréquentation de ces fêtes, divisant en deux groupes distincts les festivités (Groupe I et Groupe II), chacun donnant lieu à une tarification différente pour exploiter un espace marchand, les fêtes les plus courues éWDQWOHVSOXVFKqUHV'DQVFHWWHWHQWDWLYHG¶RUGUHHWGH fiscalisation, les pouvoirs publics ont aussi ajouté de nouvelles fêtes, moins traditionnelles, PDLV WUqV SRSXODLUHV j FH FDOHQGULHU IHVWLI $LQVL SRXU OH ODQFHPHQW GH O¶© Opération fête populaires 2007 », le secrétariat de services publics de la mairie de Salvador fait figurer la IrWHGHUpYHLOORQGH'DQLHOD0HUFXU\XQHLF{QHGHODPXVLTXH$[pGXFDUQDYDO&¶HVWFRPPH VLO¶LQGXVWULHFXOWXUHOOHSUHQDLWOHGHVVXVVXUOHVIrWHVSRSXODLUHV0DLVDYDQWG¶DIILUPHUFHOD nous allons avancer quelques hypothèses concernant les fêtes populaires et le carnaval. Si ce dernier faisait traditionnellement partie du cycle populaire, depuis les années 1990, il est integré au projet économique basé sur le tourisme IHVWLIGHO¶eWDWGH%DKLDHWGHODYLOOHGH Salvador. De la même forme, des fêtes purement commerciales comme celle du réveillon de Daniela Mercury, par simple facilité organisationnelle pour les pouvoirs publics en charge de sa réalisation, intègre le calendrier de fêtes populaires. Mais, regardons de plus près quelles 151 7UDGXFWLRQ³GHODERXFKHGXSHXSOH » 145 VRQW OHV IrWHV GH O¶2SpUDWLRQ IrWHV SRSXODLUHV GH 6DOYDGRU /H -RXUQDO RIILFLHO GH 6DOYDGRU décrète, en mars 2007, la création de cette opération qui concerne les fêtes de réveillon, Boa Viagem, Nossa Senhora da Conceição, Lavagem do Bonfim, Itapoan, Yemanja. Que deviennent donc les fêtes de Santa Barbara, Santa Luzia, de Lapinha, de Ribeira et de São Lazaro "/DSUHPLqUHEpQpILFLHG¶XQVWDWXWXQSHXSDUWLFXOLHUFDUHOOHVHGpURXOHGDQVOHFHntre KLVWRULTXH GX 3HORXULQKR HW SRXU FHOD GpSHQG GH O¶RUJDQLVDWLRQ GH O¶,QVWLWXW GX SDWULPRLQH ,3$&HWSRXUFHTXLFRQFHUQHOHFRPPHUFHGHUXHGHO¶$VVRFLDWLRQGHVEDUUDTXHLURVGX centre historique. Toutes ces fêtes « manquantes ª j O¶2SpUDWLRQ IrWHV populaires DSSDUWLHQQHQW DX *URXSH ,, VL O¶RQ VH UpIqUH DX[ WDEOHDX[ GHV WH[WHV HW GpFUHWV IL[DQW OHV conditions du commerce de rue que je récapitule ici : Fêtes populaires du Groupe I Fêtes populaires du Groupe I I Réveillon Santa Barbara Boa Viagem Santa Luzia Nossa Senhora da Conceição Lapinha Lavagem do Bonfim Ribeira Itapoan São Lazaro Yemanja Nous avons ici la SUHXYH G¶XQHFHUWDLQHKLpUDUFKLH RUJDQLVDWLRQQHOOH j O¶LQWpULHXU GHV IrWHV populaires. Le carnaval quant à lui a perdu son statut de fête populaire, il est pour les organismes en charge de sa réalisation « le carnaval » ou encore « la plus grande fête populaire du monde ». Nous discuterons par la suite cette notion de populaire attribuée au FDUQDYDO5HWHQRQVSRXUO¶LQVWDQWODGLVWLnction entre fêtes populaires et carnaval et celle qui est faite à plus petite échelle entre les fêtes populaires. a) Lieux Je relèverai maintenant de façon assez systématique les emplacements des fêtes populaires, soit les « places » festives dans la ville. -¶DLJDUGpO¶RUGUHFKURQRORJLTXHGXFDOHQGULHUIHVWLI 1RXV SHQVRQV TX¶LO HVW SRVVLEOH TXH FHV IrWHV DLHQW pWp FRQILpHV DX[ FRQIUpULHV GHV 1RLUV comme Nina Rodrigues le faisait remarquer car chaque ethnie avait son saint de référence 146 DWWULEXpSDUO¶pJOLVHFDWKROLTXH&HVDLQWSHXWDYRLUXQUDSSRUWDYHFO¶DFWLYLWpSURIHVVLRQQHOOH FDUDFWpULVWLTXH GH O¶HWKQLH RX XQH UHVVHPEODQFH DYHF XQ FXOWH ORFDO &HSHQGDQW QRXV QH GLVSRVRQVSDVGHFHW\SHG¶LQIRUPDWLRQVGDQVOHFDGUHGHFHWWHUHFKHUFKHSRXUIDLUHDSSDUDître systématiquement les analogies et retrouver les possibles acteurs de chacune de ces fêtes. Les « places » festives152 Fête Procession Place Quartier Place du Pelourinho Santa Bárbara Baixa dos Sapateiros/ HQIDFHGHO¶pJOLVH Centro histórico Nossa Senhora do Ville haute Rosario Festa N.S. da Dans les rues du Place du Mercado Conceição Comercio Modelo Ville basse Rua do Pilar / Festa Santa Luzia &RPHUFLRMXVTX¶j /DSODFHGHO¶pJOLVH O¶pJOLVHGH1RVVD de Nossa Senhora do Ville basse Senhora da Pilar Conceição da Praia) Procession maritime Festa da Boa Viagem entre le quartier du /DSODFHGHO¶pJOLVH Monte Serrat et celui de Boa Viagem Ville basse du Comercio. Dans le quartier de Festa da Lapinha Lapinha et les Place de Lapinha Ville haute quartiers adjacents 3URFHVVLRQGHO¶pJOLVH Lavagem do Bonfim de Nossa Senhora da 3ODFHGHO¶pJOLVHGX Conceição da Praia Bonfim Ville basse MXVTX¶jFHOOHGX 152 Les informations concernant les fêtes populaires ont été recueillies pour une part sur le WHUUDLQSHQGDQWOHF\FOHGHVIrWHVSRSXODLUHVHWG¶DXWUHSDUWVXUOHVLWHGHOD)XQGDomR Gregorio de Mattos: http://www.culturatododia.salvador.ba.gov.br/festas.php et celui du portail du carnaval 2011 : http://www.portaldocarnaval.ba.gov.br/2011/Servicos/Calendario.asp le 08/03/2011. 147 Bonfim Quartier de Ribeira. Fête de Ribeira Fête profane, Quartier de Ribeira Ville basse 3ODFHGHO¶pJOLVH Orla « sortie » du Bonfim. Fête de São Làzaro Quartier de São Làzaro Bord de mer du Fête de Iemanja quartier du Rio Place de la Mariquita Orla Vermelho )rWHG¶,WDSXj Bord de mer du Place Dorival TXDUWLHUG¶,WDSXj Caymmi Orla Dans ce tableau, nous avons fait figurer les fêtes populaires ou de « largo » de Salvador, selon leur ordre chronologique dans le calendrier allant de décembre à février et en mettant à part le carnaval dont nous étudierons plus spécifiquement les différents circuits par la suite. Ces fêtes sont au nombre de dix. Ce calendrier diffère un tant soit peu de celui du service de la mairie responsable de la fiscalisation des travailleurs de rue sur lequel nous sommes déjà UHYHQXjSURSRVGHO¶2SpUDWLRQIrWHVSRSXODLUHVTXLGpWHUPLQHOHVIêtes qui y participent. La première constatation est que sur ces dix fêtes, sept ont lieu dans les quartiers de la Baie. Parmi ces dix fêtes, cinq sont implantées dans la ville basse : deux aux alentours du port, Conceição da praia et Santa Luzia et trois dans les quartiers de la Baie plus distants du centre historique, autrefois quartiers de la bourgeoisie locale : fête de Nosso Senhor dos Navegantes dans le quartier de Boa Viagem, lavage du Bonfim à Ribeira et fête de Ribeira également dans le quartier du même nom. La fête des rois mages et Santa Barbara ont lieu dans la ville haute. Enfin, les trois dernières se déroulent sur la Orla, à des points stratégiques KLVWRULTXHPHQW 5LR 9HUPHOKR HVW OH SRUW G¶DWWDFKH GH &DUDPXUX DQFLHQ TXDUWLHU DYHF XQH tradition de pêche. Itapuà, longtemps considéré comme un village distant, était également le SRUW G¶DWWDFKH G¶XQH FRORQLH GH SrFKHXUV (QILQ 6mR /D]DUR VH WURXYH VXU OHV KDXWHXUV GH 2QGLQDUHJDUGDQWOHOLWWRUDOGXKDXWGHODFROOLQH&HVTXDUWLHUVDQFLHQVQ¶RQt pas attendu que la Orla se modernise pour exister, ils ont leur propre histoire et leur propre tradition. Ce sont avant tout des fêtes de quartier. Dans le cas de Rio Vermelho, la colonie de pêcheurs rend hommage à la déesse de la mer, Iemanja. Dans celuL G¶,WDSXj LO V¶DJLUDLW G¶XQH SURPHVVH 148 faite par une habitante du quartier à Nossa Senhora da Conceição qui aurait initié cette fête qui a toujours lieu une semaine avant le carnaval. Quand à São Lazaro, un culte à São Roque, Omulu dans le candomblé, est rendu dans une église de quartier. Nous pouvons donc affirmer que ces dix fêtes sont hors des circuits urbains modernes et des FLUFXLWVWRXULVWLTXHVV¶LQVFULYDQWSOXW{WGDQVXQHOHFWXUHOLWXUJLTXHGHODYLOOHTXLUHPRQWHDX WHPSV R O¶pJOLVH FDWKROLTXH Mouait un rôle important dans le quotidien de la population et GDQVO¶RUGRQQDQFHPRUDOHGHODFLWp '¶DXWUHSDUWODOHFWXUHSDUOHVRUJDQLVPHVSXEOLFVGHFHVIrWHVGpQRWHXQHKLpUDUFKLVDWLRQTXL SUHQGHQFRPSWHSULQFLSDOHPHQWO¶DPSOHXUGHODIrWHeWDQWGonné que la classification donne OLHXjXQHILFKHWDULIDLUHGLIIpUHQWHSRXUDXWRULVHUODYHQWHG¶DOLPHQWVHWGHERLVVRQVODPDLULH SUHQGHQFRPSWHOHSRWHQWLHOGXFKLIIUHG¶DIIDLUHVGHVFRPPHUoDQWVGHUXH&HFLGLWFHVIrWHV de moindre ampleur attirent moins de marchands que les fêtes les plus fréquentées, souvent le groupe resserré de marchand des fêtes populaire alors que les fêtes les plus importantes accueillent énormément de marchands de type « glacière ªTXLG¶DSUqV'RQD,QGLDHWVDILOOH Q¶RQW QL tradition, ni investissement préalables. La concurrence est donc moindre dans les fêtes moins fréquentées. b) Tarifs /HV W\SHV G¶pTXLSHPHQWV DXWRULVpV SRXU OHV IrWHV SRSXODLUHV VRQW OHV VXLYDQWV 153 : 1) « carrinho », soit un équipement mobile spécialisé dans la distribution des produits suivants : jus de fruit, esquimaux, barba papa, frites, crêpes de tapioca, friandises, hot-dog, café, jus de canne, brochettes, churros, gâteau de maïs, hamburger et pizzas, épis de maïs, pop corn, pizza, fromage grillé, glaces, biscuits artisanaux, brochettes de crevettes, en-cas préalablement préparés, beignets ; 2) des étals qui se déclinent aussi selon les aliments autorisés à la vente : acarajé SRPPH G¶DPRXU VXFUHULHV HW FLJDUHWWHV IHLMRDGD ELqUHV HW sodas ; 3) les glacières pour la vente de bières et sodas ; 4) les voitures de vente de glaçons et OHVYpKLFXOHVVSpFLDX[W\SHFDUDYDQHSRXUODYHQWHG¶HQ-cas et de boissons. Les valeurs à acquitter varient en fonction des équipements et des fêtes (Groupe I ou Groupe II) de la manière suivante : 149 Groupe I Groupe I I « Carrinhos » et étals R$ 25,00 R$ 20,00 Glacières R$ 20,00 R$ 15,00 Voiture de glaçons R$ 80,00 R$ 80,00 Véhicules type caravanes R$ 50,00 R$ 35,00 Les dimensions des équipements figurent également dans cet arrêté municipal qui « définit O¶H[HUFLFH GHV DFWLYLWpV GX FRPPHUFH LQIRUPHO GDQV O¶HVSDFH SXEOLF GXUDQW OHV IrWHV SRSXODLUHVGHHWOHFDUQDYDOGHHWVXUG¶DXWUHVFRQVLGpUDWLRQV »154. Les baraques ont aussi leur définition décrite minutieusement dans cet arrêté municipal, en IRQFWLRQGHFHTX¶HOOHVFRPPHUFLDOLVHQWHWGXW\SHGHIrWHVFRQFHUQpHV : 1) kiosque à en-cas, fruits, imprimés, tampons, clés, fleurs, artisanat ; 2) kiosque du marché municipal, boxe du marché municipal, kiosque démontable pour hot-dog ; 3) étal démontable pour cocktails, étals démontables pour bondieuseries et parfums ; 4) baraque standardisée de la mairie de 6DOYDGRU GH YHQWH G¶DOLPHQWV HW GH ERLVVRQV SRXU OHV IrWHV GH &RQFHLomR %RD 9LDJHP HW Itapuà, baraques standardisées de la mairie de Salvador pour les fête de Bonfim et Iemanja, 5) baraques traditionnelles ; 6) baraques du type kermesse. Chacune donne lieu à un tarif spécifique selon le tableau suivant : Kiosques (sauf artisanat) Groupe I Groupe I I R$ 40,00 R$ 30,00 R$ 40,00 R$ 30,00 R$ 25,00 R$ 20,00 R$ 180,00 - Kiosque et boxe du marché municipal et kiosque à artisanat Étals démontables Baraque standardisée de la mairie (Conceição et 153 '¶DSUqVO¶$UUrWp0XQLFLSDOQGX-RXUQDO2IILFLHOGH$12;;,,, n°5.020. 154 Arrêté Municipal n° 197/2009 du Journal Officiel de 25/11/2009, ANO XXIII, n°5.020. 150 I tapuà) Baraque standardisée de la R$ 213,42 - Baraques traditionnelles - R$ 35,00 Baraque type quermesse R$ 180,00 R$ 35,00 mairie (Bonfim et I emanja) &H W\SH G¶arrêté municipal, publié et révisé annuellement attribut les bases du commerce informel en temps de fête à Salvador. La base des politiques de standardisation y est comprise en matière de commerce de rue pour les fêtes populaires et comme nous le verrons par la suite, pour le carnaval. Ces textes se déclinent en Arrêtés, Décrets et Lois, dépendant du « Secrétariat du Service Public » (SESP) renommé il y a quelques années « secrétariat du service public et de prévention de la violence » (SESP), lorsque la Mairie a elle-même été rebaptisée par le maire en fonction João Henrique, « mairie de participation populaire », sur laquelle nous reviendrons dans la troisième partie. c) Concurrence Ces prix qui peuvent sembler à première vue dérisoires, surtout en ce qui concerne la vente ambulante et de glacière, représentent pour certaines personnes démunies une barrière qui ne peut être franchie sans V¶HWUH HQGHWWpV ,O IDXW SUHQGUH HQ FRPSWH TXH O¶DFKDW GH OD PDWLqUH première et du matériel de vente est déjà dans la plupart des cas un sacrifice ou lié à un HQGHWWHPHQW/RUVTX¶LOV¶DJLWGHWUDYDLOHQEDUDTXHVVWDQGDUGLVpHVRXWUDGLWLRQQHOOHVOHVSUL[ IODPEHQWG¶ROHVORXUGHVUpFODPDWLRQVGHVPDUFKDQGVGHVIrWHVSRSXODLUHVTXLQ¶RQWSDVGH IRQGVGHURXOHPHQWHQDUJHQWPDLVHQPDWpULHOFHTXLIDLWTXHFHVWD[HVSD\DEOHVjO¶DYDQFH représentent des obstacles et souvent des endettements supplémentaires. Ce tableau explique également pourquoi les marchands de boissons en glacière arrivent à pratiquer des tarifs moins élevés que ceux des baraques qui ont plus de frais, créant ainsi une concurrence déloyale pour ceux qui investissent dans un équipement plus lourd qui offre plus de confort. /D FKDVVH DX PDUFKDQG GH JODFLqUH TXL Q¶RFFXSH SDV XQH SODFH VXU OHV PDUJHV FRPPH OD GpOLPLWDWLRQ GH OD PDLULH O¶RUGRQQH HVW UpJXOLqUHPHQW GHPDQGpH SDU OH FRPPHUoDQW GH baraque qui retrouve bon nombre de clients occupant ses tables et chaiVHVHWDORUVTX¶LOVVH fournissent au vendeur de glacière le plus proche. Pourtant, dans le cadre des fêtes populaires, notre enquête de terrain nous a révélé une tolérance vis-à-vis des règles et des normes en vigueur. 151 7) Règles souples Un peu à la manière GHO¶RUJDQLVDWLRQemic des « coins » qui comprenait une hiérarchie et un rapport au temps spécifique, différent de celui des pouvoirs en place, nous retrouvons dans OHV IrWHV SRSXODLUHV XQ UDSSRUW DX[ UqJOHV TXL Q¶HVW SDV FHOXL SUHVFULW SDU O¶REOLJDWLRQ Du UHVSHFW GHFHV GHUQLqUHV PDLV SOXW{W XQHSRVVLELOLWp G¶DGDSWDWLRQHW GHFRPSUpKHQVLRQ GH OD situation. $LQVL ORUV G¶XQ WHUUDLQ SHQGDQW OD IrWH G¶,WDSXj HQ QRXV DYRQV SX QRXV constater un autre mode de régulation des marchands, de la part des pouvoirs publics. Je me suis entretenue avec un agent de la SESP, organe de la mairie chargé de la réglementation et de la fiscalisation du commerce de rue. Je lui demandais si les vendeurs qui ne disposaient pas de structure solide, PDLVVLPSOHPHQWG¶XQHJODFière GHYDLHQW SD\HU XQHWD[H SRXU REWHQLUOHGURLW GH WUDYDLOOHU /¶HPSOR\p P¶D UpSRQGX dans le même temps que tout le monde devait payer une taxe pour obtenir une licence GHYHQWHPDLVTXHOHVPDUFKDQGVHQTXHVWLRQQ¶HQDYDLHQWSDVSD\pJe lui demandais V¶LODOODLWOHXUGHPDQGHUG¶DFTXLWWHUOHXUGPDLVLOP¶DUpSRQGXTXHQRQ : tant que SHUVRQQH QH IDLVDLW GH UpFODPDWLRQ LO Q¶LQTXLqWHUDLW SHUVRQQH Alors que nous GLVFXWLRQVOHFKHIGHFHWHPSOR\pHVWDUULYp,OV¶HVWHPSUHVVpGHFRUULJHUO¶HPSOR\p avec qui je discutais affirmant que tous les marchands devaient payer une taxe. Cependant, il a continué HQGLVDQWTX¶LOQHGLUDLWULHQjFHX[TXLQ¶HQQ¶DYDLHQWSDV SD\pFDULO\DWHOOHPHQWGHIDPLOOHVQpFHVVLWHXVHVTX¶LOQHSHXWSDVOHVHPSrFKHUGH travailler. Il a ajouté TX¶LO YHLOOHUDLW DYHF VRQ pTXLSH DX UHVSHFW GHV HPSODFHPHQWV Ces marchands ne devaient pas occuper la place centrale de la fête mais rester sur les rues adjacentes. 3RXUWDQWHQMHWDQWXQFRXSG¶°LODOHQWRXUVMHPHUHQGDLVFRPSWHTXHFHV marchands jODJODFLqUHRFFXSDLHQWMXVWHPHQWOHF°XUGHODIrWHDX[DERUGVLPPpGLDWVGHO¶pJOLVH RDYDLWOLHXOHODYDJH6HORQODPrPHORJLTXHWDQWTXHSHUVRQQHQHGLVDLWULHQ«OHV JDUGHVPXQLFLSDX[OHVODLVVHUDLHQWVXUODSODFHFHQWUDOHGHO¶pJOLVHG¶Itapuà155. Les possibles plaintes auxquelles se référaient les agents de la SESP peuvent venir : 155 Journal de terrain de janvier 2011. 152 G¶DXWUHV YHQGHXUV VDQV pWDOV TXL RQW SRXU OHXU SDUW DFTXLWWpV OHV GURLWV DXSUqV GH OD 6(63&¶pWDLWOHFDVG¶XQHPDUFKDQGHYHQXHYRLUOHFKHISRXUOXLSUpVenter sa licence SHQGDQW TXH M¶pWDLV SUpVHQWH 6XU FHOOH-ci figurait OH W\SH G¶pTXLSHPHQW GRQW HOOH GLVSRVDLWODIrWHRHOOHWUDYDLOODLWOHWDULIDFTXLWWpO¶HPSODFHPHQWTX¶HOOHRFFXSHUDLW Il est évident que si son emplacement était occupé par un autre marchand qui ne V¶pWDLW SDV DFTXLWWp GH OD WD[H OHV DJHQWV GH ILVFDOLVDWLRQ OXL DXUDLHQW GHPDQGp GH laisser sa place. des barraqueiros : payant des taxes plus lourdes pour travailler (incluant la structure fournie par la mDLULHHW OD WD[H G¶pOHFWUicité), ils pratiquent des prix plus élevés que ceux qui ne paient rien ou très peu. Lorsque les vendeurs sans étals, qui pour la SOXSDUW QH V¶DFTXLWWHQW SDV GH OHXU GURLW GH YHQWH HW SUDWLTXHQW GHV SOXV EDV SUL[ YLHQQHQWV¶LQVWDOOHUWURSSUqVGHVEDUUDTXeiros il y a conflit car le client achète au plus EDVSUL[ODELqUHjFRQVRPPHUHWV¶DVVLHGFKH]OHVEDUUDTXHLURVTXLRQWGHVWDEOHVHW des chaises devant leur baraques. Ces derniers en appellent alors aux agents de la SESP qui font alors respecter les règles. Dans le cas qui nous intéresse, nous avons de la part des agents de la SESP une compréhension du monde des barraqueiros. Un savoir emic de leur réalité et de leur mode G¶DJLUTXLDjYRLUDYHFXQHSUDWLTXHGHO¶LQIRUPDOLWpDQFLHQQHGDQVODTXHOOHOHs règles dures GHV SRXYRLUV SXEOLFV Q¶LQWHUYLHQQHQW TXH ORUVTXH OHV UqJOHV VRXSOHV GX FRPPHUFH GH UXH V¶HVVRXIIOHnt, ne répondent plus aux besoins de régulation de la communauté de marchands. -¶XWLOLVHOHPRWFRPPXQDXWpGHPDQLqUHXQSHXDEXVLYHFDUQRXVDvons vu que les marchands ne partagent pas les mêmes devoirs ni les mêmes règles selon leur type de vente, ce qui participe plutôt de leur mise en concurrence plutôt que de leur réunion. Cependant, de notre point de vue, ils restent des marchands de rue, divisés par les pouvoirs publics mais réunis SDUXQPRGHGHIDLUHHWG¶DSSUpKHQGHUOHWUDYDLOHWOHVFRQIOLWV '¶DXWUH SDUW QRXV XWLOLVRQV OD GLFKRWRPLH UqJOHV VRXSOHVUqJOHV ULJLGHV HQ DGpTXDWLRQ DYHF O¶DQDO\VHGH0DU\'RXJODVGDQVVRQRXYUDJH'HODVRXLllure (2001)156 ORUVTX¶HOOHV¶HIIRUFH G¶pWDEOLUXQOLHQHQWUHODQRWLRQGHSROOXWLRQGDQVOHVVRFLpWpVSULPLWLYHVHWGDQVQRVVRFLpWpV 153 développées. Elle critique et dénonce les théories anthropologiques qui ont fait des sociétés primitives des sociétés arriérées, où les hommes et les femmes auraient des stades primaires G¶LQWHOOLJHQFHFRPSDUpVSDUIRLVDXVWDGHGHO¶HQIDQFHHWWRXMRXUVHQGHojGHO¶LQWHOOHFWGHV hommes et des femmes des sociétés développées. Elle élabore donc une théorie qui fait de O¶XVDJHdes notions de pollution ou de tabou dans les sociétés primitives un puissant allié du SRXYRLUHWGHO¶RUGUHVRFLDOSOXW{WTXHGHVVXSHUVWLWLRQVTXLQ¶DXUDLHQWSDVGpSDVVpHVOHVWDGH fécal. Là où les lois ne sont pas fermes, les notions de pollution aident à maintenir un ordre social cohérant où le danger du désordre est contenu. Au contraire, les sociétés développées mettent en place des systèmes basés sur la bureaucratie et la police pour astreindre ses citoyens à obéir à un ordre défini par des textes. En ce sens elles utilisent moins la notion de pollution. Le danger de la pollution est parfois représenté par une contamination qui V¶RSqUHUDLWSDUOHVRULILFHVFRUSRUHOVGDQVXQHPpWDSKRUHROHFRUSVVRFLDOGHYLHQWXQFRUSV KXPDLQ/¶DXWHXUFLWHGHVH[emples de sociétés primitives où il existe de nombreux interdits liés au sexe ou à la manière de confectionner le repas, ODERXFKHFRPPHO¶DQXVVRQWDXWDQW G¶RXYHUWXUHs exposées au danger exercé par la pollution, qui retire les forces vitales des hommes. LHPR\HQGH V¶HQSUpVHUYHUHVWGHUHVSHFWHUOHVUqJOHVRXOHVWDERXV /RUVTXHOD UqJOH Q¶D SDV pWp UHVSHFWpH GHV ULWHV SXULILFDWHXUV H[LVWHQW, qui lavent rapidement et efficacement la pollution contractée pendant la désobéissance. Dans les sociétés primitives où les règles ne sont pas trop fermes, la solution est donc réparatrice ; il existe peu de peine FDSLWDOH /¶LGpDO GH FHWWH PpWDSKRUH FRUSRUHOOH HVW OH FRUSV LPSHUPpDEOH RX pWDQFKH TXL résout à la fois les contradictions internes des sociétés et à la fois les dangers externes de pollution. 1RXV UHWURXYRQV GDQV VRQ DQDO\VH XQ pFKR j QRWUH DQDO\VH VXU O¶RUJDQLVDWLRQ emic du commerce de rue, sans arrêt contrainte et soumise par la bureaucratie du pouvoir en place. /¶RULJLQDOLWpGHQRWUHH[HPSOHGHODIrWHG¶,WDSXjUHVWHFHSHQGDQWODFDSDFLWpGHVDJHQWVGHOD SESP, fonctionnaires publics qui prennent alors le rôle de « capatazes » modernes, G¶LQFRUSRUHU GHV UqJOHV GH UpJXODWLRQ LVVXHV GX SURSUH VFKpPD GH O¶LQIRUPDOLWp FRPPH VL eux-mêmes en étaient issus. Mary Douglas continue son analyse sur les règles en disant que ces dernières dans leur ordonnance souple, sont faites pour réguler les conflits et non pour être prises au pied de la 156 ,OV¶DJLWG¶XQHUppGLWLRQ/DYHUVLRQRULJLQDOHHVWVRUWLHHQODSUHPLqUHpGLWLRQ 154 lettre. Cela nous renvoie au fait que le monde du commerce de rue, dans le cadre des fêtes populaire, a une structure légale souple qui permet des arrangements et des régulations. Cependant, dans ce schéma, les tabous sont censés protégés la société contre les attitudes déviantes. Dans notre contexte, les tabous peuvent être ce qui permet de distinguer le « bon pauvre » et le « mauvais pauvre ». Les bons pauvres GDQV O¶H[HPSOH UHODWp FL-dessus sont selon les dires du chef de la fiscalisation ceux qui méritent de travailler, quitte à ne pas respecter les règles établies pour subvenir aux besoins de leur famille. Dans ce cas O¶LQIUDFWLRQ VH WUDQVIRUPH HQ QpFHVVLWp PRUDOH G¶DLGHU XQ ERQ SqUH GH IDPLOOH XQ KRQQrWH WUDYDLOOHXUSDXYUHTXLHVWWHQXjO¶pFDUWGHODVRFLpWpIRUPHOOHHWGHVUqJOHVSDUODVLWXDWLRQGH misère dont il relèvH ,O HVW FRQVLGpUp FRPPH YLFWLPH /¶LGpH FRQVWLWXWLYH G¶XQH FHUWDLQH économie morale est la suivante : « Il faut les laisser travailler, les pauvres ! Leur laisser une FKDQFHG¶rWUHG¶KRQQrWHVWUDYDLOOHXUV ». (Q UHYDQFKH WRXW VHFWHXU \ FRPSULV O¶LQIRUmel doit se protéger contre les « mauvais pauvres » ou mauvais travailleurs. Nous avons relevé par exemple un gros titre du journal A tarde, quotidien de référence à Bahia, « Trafiquant de drogue se faisant passer pour un camelot est arrêté ». Cela révèle-t-il un lien entre les économies souterraines du trafic de GURJXHHWO¶pFRQRPLHLQIRUPHOOH "&HUWDLQHPHQWSDVLOV¶DJLWWRXWVLPSOHPHQWG¶XQHVWUDWpJLH DGRSWpHSDUXQEDQGLWTXLDWURXYpSOXVVLPSOHG¶DGRSWHUXQHILJXUHGHFDPHORWTXLOXLIDLVDLW bénéficLHU GH UqJOHV VRXSOHV HQ UHODWLRQ DYHF OHV SRXYRLUV SXEOLFV SHQVDQW DLQVL Q¶DYRLU GH compte à rendre à personne. Nous pouvons LPDJLQHU TX¶LO D DGRSWp O¶LPDJH GX WUDYDLOOHXU pauvre pour tromper les adversaires sur sa véritable identité de canaille. Ce type G¶H[HPSOH QRXUULW O¶LPDJLQDLUH VXU OH © bon pauvre » et le « mauvais pauvre ª HW O¶DPDOJDPH HQWUH commerce informel et commerce illégal. Dans la même optique, nous pouvons relever dans le discours de la fille India à propos des vendeurs de glacière une VpULH GH UpIpUHQFHV QpJDWLYHV TXDQW DX[ PDUFKDQGV TXL Q¶RQW SDV « O¶RULJLQH GH EDUDTXH », qui vendent sans culture et sans âme, parfois à la limite de la malhonnêteté car ils ne respectent pas les règles internes des marchands, notamment les prix minimums GHV ERLVVRQV (OOHFULWLTXHO¶DWWLWXGH © souple » de la mairie à leur égard. A son échelle, elle reproduit le schéma du « bon pauvre ª DVVLPLOp DX ERQ WUDYDLOOHXU LVVX G¶XQH tradition et du « mauvais pauvre » sans culture qui vient empiéter sur un savoir-faire dont elle française en 1971 chez Maspero, et en 2001 à La Découverte. 155 a hérité et dont les règles ne sont pas partagées. Elle utilise elle aussi un système GLVFULPLQDWRLUH HQWUH FHX[ TXL SDUWDJHQW OD PrPH WUDGLWLRQ TX¶HOOH HW FHX[ TXL VRQW GHV pauvres vulgaires, voire malhonnêtes dans leur non respect des règles souples. Il est intéressant de voir que de son point de vue la mDLULHQ¶HVWSDVHQDGpTXDWLRQDYHFOHVUqJOHV GXFRPPHUFHGHUXHHWTX¶HOOHUHSURFKHDX[DJHQWVGHODILVFDOLVDWLRQGHQHSDVUHPSOLUOHXU rôle de règles dures. 8) Décadence des fêtes populaires Selon une marchande interrogée par un journaliste157 à la fête de Nossa Senhora da Conceição da praia, « LOQ¶\DSOXVOHPrPHpFODWTX¶DXWUHIRLVHWQRXVOXWWRQVEHDXFRXSSRXU que cette fête ne meure pas ª /H VDFULVWDLQ GH O¶pJOLVH SDUWDJH OD PrPH RSLnion et se rappelle : « $YDQWOHVJHQVYHQDLHQWSRXUODQHXYDLQHSXLVLOVDOODLHQWV¶DFKHWHUGHV IUXLWVGHVFKDSHDX[GHSDLOOHHWGLVFXWHU$XMRXUG¶KXLSOXVSHUVRQQHQHYHXWDOOHU DX[EDUDTXHVHWVXUODSODFHLOVVRUWHQWGHODPHVVHHWV¶HQYRQW »158. Les motifs souvent mis en avant par les fidèles et autres sympathisants des fêtes, sont la saleté et la délinquance. Nous remarquons également que la variété de produits offerte par les baraques est limitée par rapport à la description du sacristain. AujRXUG¶KXL OHV DUWLFOHV proposés sont très majoritairement des boissons et de la nourriture, parfois des fleurs et du SDUIXP TXDQG OD FpOpEUDWLRQ FRQWLHQW GHV RIIUDQGHV /¶DUWLFOH SRUWH OH WLWUH GH © Fêtes populaires en franche décadence », et souligne le fait que certaines fêtes sont tombées dans O¶RXEOLHWFHPDOJUpOHXULQWpUrWSDWULPRQLDOHWWRXULVWLTXHFRPPHF¶HVWOHFDVDYHFODIrWHGH Santa Luzia. Seuls les dévots à cette sDLQWHIUpTXHQWHQWHQFRUHO¶pJOLVHGX3LODURDOLHXOD messe car les alentours sont suffisamment malfamés et abandonnés pour rebrousser son FKHPLQ DYDQW G¶DUULYHU DX OLHX-GLW &HSHQGDQW DXMRXUG¶KXL GHV LQYHVWLVVHXUV DUWLVWHV HW SURGXFWHXUV DUWLVWLTXHV FRPPHQFHQW j UpQRYHU HW V¶pWDEOLU GDQV OHV SURFKHV DOHQWRXUV changeant peut-êWUHjODORQJXHO¶LPDJHGXTXDUWLHU/¶DUWLFOHVRXOLJQHpJDOHPHQWOHIDLWTXH les durée de permanence des marchands sur le lieu de la fête a été beaucoup réduit, puisque 157 A tarde, 09/12/2004, « Já não temos o mesmo brilho de antes e lutamos muito para que a IHVWDQmRPRUUD´ 156 par exemple pour la neuvaine de Conceição da praia ils ne travaillent que trois jours, le reste du temps, les affaires ne sont pas assez fleurissantes pour que cela vaille la peine. Ce discours pessimiste sur les fêtes populaires rejoint celui de Dona India et sa fille, tout DXVVL SHVVLPLVWH (Q HIIHW OD YLHLOOH YLOOH ELHQ TX¶DX FHQWUH G¶un projet de réhabilitation va devoir attendre des jours meilleurs pour aborder une apparence réjouissante. De nombreux immeubles abandonnés depuis des années sont tombés en ruine ou alors squattés par la SRSXODWLRQ GH UXH VRXYHQW GURJXpH DX FUDF 6L O¶RQ SUHQG O¶H[HPSOH GH O¶pJOLVH GH 1RVVD Senhora da pUDLD O¶LPPHXEOH DGMDFHQW SUpVHQWH OHV FDUDFWpULVWLTXHV GH UXLQHV /H VRXVTXDUWLHUGX3LODURVHWURXYHO¶pJOLVHDEULWDQW6DQWD/X]LDHVWGpMjXQH© cracolândia », soit aux mains des drogués du crac, donnant un aspect fantasmatique et désolant au quartier tout entier. Comme réponse à cette désolation, les classes moyennes et hautes préfèrent fuir et DEDQGRQQHUFHWWHYLHLOOHYLOOHHWVHVWUDGLWLRQVGHUXHHQV¶HQIHUPDQWGDQVXQPRGqOHGHORLVLU autre qui sDQVRXEOLHUWRWDOHPHQWOHVWUDGLWLRQVOHXUWRXUQHSOHLQHPHQWOHGRV&¶HVWOHFDVGHV « fêtes lights », inaugurées en 1998 qui se servent de la tradition comme marketing IRONORULTXHPDLVRXEOLHQWWRXWHO¶HVVHQFHGHOD© fête de largo ». B- Les « fêtes light » 1) Le « Light » /¶XVDJH GX WHUPH © light ª DX %UpVLO FKDQJH XQ SHX GH FH TX¶RQ SHXW HQWHQGUH SDU OXL HQ France. Le « light » se fait le porte-parole ou porte-bannière GXPRGHGHYLHjO¶américaine ou j O¶européenne. Il est synonyme de minceur et reflète O¶HVWKpWLTXH GHV WRSV PRGqOHV TXL figurent dans la presse féminine brésilienne ou étrangère. Le « light », est ce qui remplace la mention « allégé » sur les produits alimentaires dans lesquels il y a moins de sucre ou moins de graisses que dans le modèle classique (différent du « Diet » qui lui est sans sucre). Mais il est encore plus que ça, il est un style de vie. Être « light ªF¶HVWpSRXVHUXQPRGHGHYLHGDQV lequel on assujettie sa vie au système capitaliste de consommation, et où on accorde aux canons physiques médiatisés une référence de réussite sociale. Dans ce modèle les références 158 A tarde, 09/12/2004, « « Antes, as pessoas vinham para a novena, depois saiam para comprar frutas, chapeu de palha e conversar. Hoje, ninguem quer mais ficar nas barracas e no largo. Saem GDVPLVVDVHYmRHPERUD´ 157 culturelles sont généralement celles desÉtats-Unis. Au niveau des loisirs, O¶HQWUH-soi est favorisé en privilégiant les espaces privés (centres commerciaux, clubs récréatifs, fêtes privées) aux lieux publics. À Salvador, la « fête light » est lancée en 1998. Elle a lieu le PrPHMRXUTXHODIrWHSRSXODLUHjODTXHOOHHOOHHPSUXQWHOHQRPPDLVQ¶DSOXVDXFXQHUHODWLRQ DYHFO¶pJOLVHQLVDSODFH(OOHV¶LQVFULWGDQVOHVFKpPDGHO¶LQGXVWULHFXOWXUHOOH 2) « Bonfim Light » Le terme apparait associé à une fête du calendrier populaire, Nosso Senhor do Bonfim, en 1998. Cette fête a lieu le jour du lavage de Bonfim, mais dans un espace différent. En effet, cette fête payante à la différence des fêtes de largo a lieu dans un complexe de luxe (restaurants et loisirs) qui jouxte le bâtiment de la Marine, aux abords du port. Proche géographiquement de la fête de largo (en face presque du point de départ de la procession) mais éloigné eWGpOLPLWpVRFLDOHPHQW6LO¶RQVHUpIqUHDXVLWHZZZERQILPOLJKWFRPEUOD fête se décline en : « un événement », « une vue », « des attractions » et « une bénédiction » PRIVILÉGIÉES. Ce terme apparaît autant de fois que ces catégories attestant que la fête est celle de la classe privilégiée qui peut se payer une fête qui garantit un entre-soi doré, une fête « pour un public bien choisi » (sic). Ce site dit encore : « Bonfim Light, de tradition religieuse en relation avec le lavage de Bonfim est une commémoration de grand style. Un pYpQHPHQWSULYLOpJLpTXLIDLWVXFFqVHWXQGHVSOXVFRWpHWDWWHQGXGHO¶pWpEDKLDQDLV ». Dans cette fête qui se veut élitiste on retrouve « la Baie », symbole chargé négativement, valorisée en tant que « vue privilégiée ». C¶HVW O¶DVSHFW YLVXHO GX W\SH FDUWH SRVWDOH TXL HVW YDORULVp avec vue sur la mer, non sur la ville. « Bonfim » en tant que fête de largo est associée à une mauvaise réputation, celle de O¶LQVpFXULWpGHODSUR[LPLWpDYHFODSDXYUHWpHWODVDOHWp© Bonfim Light » fait bien attention GHVHGLVWLQJXHUGHVDV°XUSUHVTXHMXPHOOHHQRIIUDQWODSRVVLELOLWpjXQSXEOLFFKRLVLGHVH distinguer à son tour du public de la fête de largo grâce à un espace fermé qui permet de rester fidèle à la tradition sans avoir à se mêler à ceux qui la font vivre, à savoir la foule, le SHWLW SHXSOH /D VWUDWpJLH PDUNHWLQJ GHFHWWH IrWH UHSRVH VXUODWUDGLWLRQ TX¶HOOH GpQLJUH SDU DLOOHXUVSXLVTX¶LOV¶DJLWG¶XQH © fête de la place publique » qui est ici transformée en « fête privée dHO¶HVSDFHIHUPp ». Ce phénomène rejoint celui étudié au niveau urbanistique de repli sur soi. La récupération commerciale de la tradition bahianaise faite de joie, de festivité et de PXVLTXHHVWLQWpJUpHGDQVXQQRXYHDXULWXHOG¶K\JLqQHVpFXULWpFRQIRUW et entre soi _ termes 158 TXL QRXV UHQYRLHQW j O¶DQDO\VH GH 0LFKHO $JLHU GHV JURXSHV GH $[p GX FDUQDYDO EDKLDQDLVIRUPpVSDUO¶pOLWHEODQFKHGH6DOYDGRU/DIrWHOLJKWHVWVDQVDXFXQGRXWHODIrWHGH la classe supérieure qui, comme dirait Pierson, se distingue du Zé Polvinho. 3) Le « Reveillon Light » Daniela Mercury, une des « icônes ªGHODPXVLTXH$[pVHVXEVWLWXHjO¶LF{QHFDWKROLTXHHW propose de célébrer le premier « coucher de soleil ª GH O¶DQQpH DYHF XQ FRQFHUW JUDWXLW TXL réunit plusieurs célébULWpVDXSKDUHGH%DUUDFRQQXSRXUVHVFRXFKHUVGHVROHLO/¶pYpQHPHQW est très apprécié des touristes et des Bahianais qui le transforment en un « classique » des IrWHV SRSXODLUHV SXLVTX¶RQ OH UHWURXYH GDQV OD OLVWH RIILFLHOOH SXEOLpH SDU OH 3RUWDLO GX carnaval, ainsi que dans le calendrier des fêtes populaires du service compétent de la mairie pour ce qui concerne la fiscalisation des marchands de rue. 'DQV OD FpOpEUDWLRQ GX SUHPLHU GH O¶DQ VH GpPDUTXH DLQVL IRUWHPHQW OHV WHQVLRQV HQWUH OHV quartiers de la Baie qui accueillent traditionnellement les fêtes populaires qui sont en déclin et les nouveaux quartiers du littoral qui concentrent les infrastructures de loisirs et dans le cas de Barra, les infrastructures touristiques. La fête de Nosso Senhor dos Navegantes, la traditionnelle célébration du nouvel an qui a lieu dans le quartier de Boa Viagem devient une fête de quartier, rassemblant un public de la vieille Baie alors que le coucher de soleil de Barra rassemble un public moins enclavé dans la Baie. La fête est encore une fois ouverte sur O¶RFpDQ QRQ VXU OD YLOOH /HV DUWLVWHV TXL V¶\ SUpVHQWHQW VRQW SOXV FRQQXV HW SRSXODLUHV TXH ceux de Boa Viagem. Bien que la fête de Barra ne soit pas payante, la hiérarchie festive opère. 4) Multiplication du « light » « Bonfim Light », « Fête du Reveillon » de Daniela Mercury, « Enxaguada do Bonfim » de Carlinhos Brown, « Festa de largo » do Jaù, « Festival de verão », etc. Les artistes multiplient les initiatives privées de fêtes promotionnelles travaillant ainsi à leur notoriété tout en V¶HQULFKLVVDQWHQGHKRUVGHODVHPDLQHGHFDUQDYDOTXLDYDLWWHQGDQFHjFRQFHQWUHUWRXWHVOHV HQWUpHVG¶DUJHQWGHO¶DQQpH5HFUpHUXQF\FOHGHIrWHVTXLQHVRLWSOXVFHOXLTXLHVWHQFODYp GDQVOD%DLHDX[PDLQVHWDXF°XUG¶XQHSRpulation noire et métisse pauvre, tel semble être le dessein de ces fêtes privées qui se multiplient et qui cherchent à offrir à un public trié par OHSRWHQWLHOpFRQRPLTXHGHVFRQGLWLRQVG¶HQWUH-VRLTXLOHVVDWLVIDVVHQW&HUWDLQHVG¶HQWUHHOOHV 159 comme le Bonfim Light O¶HQ[DJXDGD GR %RQILP O¶HVVRUDJH GH %RQILP TXL D OLHX DSUqV OH lavage des baianasODIHVWDGHODUJRGR-DV¶LQWqJUHQWGDQVOHSURMHWGHUHYLWDOLVDWLRQGHOD Baie et le processus de gentryfication qui est en cours. Carlinhos Brown, icône de la musique afro, a acheté un ancien entrepôt « O mercado do Ouro » dans lequel il fait son « enxaguada » TXL YLHQW V¶DMRXWHU DX[ SOXV WUDGLWLRQQHOOHV UpSpWLWLRQV SXEOLTXHV HW SD\DQWHV GX FDUQDYDO Les autres fêtes, données par des artistes de la Axé Music, la musique des classes dominantes et plus blancs, ont lieu le long de la Orla. La gentryfication passe donc par la privatisation et O¶LQGXVWULDOLVDWLRQ GHV IrWHV GH ODUJR ODLVVpHV j O¶DEDQGRQ FDU WpPRLQ G¶XQ DXWUH WHPSV TXL éloigne de la modernité. Ces fêtes lights sont dans la droite ligne du carnaval de Salvador, GHYHQXO¶pOpPHQWSKDUHGHO¶LQGXVWULHWRXULVWLTXHHWFXOWXUHOOH,OQ¶\DSas de place pour le commerce de rue, traditionnel ou non, dans ce cadre fermé ou alors de forme microscopique. Par exemple, une baiana GHDFDUDMpWUDYDLOOHSHQGDQWO¶HQ[DJXDGDGR%RQILPVXUGHPDQGH de Carlinhos Brown qui a fait personnellement appel à ses services. III- Le carnaval A- Circuits carnavalesques : caractéristiques, histoire et réputation -H SURSRVH G¶DQDO\ser les circuits carnavalesques selon la même grille de régions morales GpMjXWLOLVpHSRXUpWXGLHUODYLOOHGDQVVRQHQVHPEOH,FLLOV¶DJLWGHODYLOOHWUDQVILJXUpHOH WHPSVGXFDUQDYDO3RXUDQDO\VHUOHVGLIIpUHQWVFLUFXLWVM¶DSSOLTXHXQHJULOOHGHOHFture. Le modèle est le suivant : nom du circuit, implantation, topographie, qualité résidentielle, programmation musicale, public, réputation. Nom du circuit Batatinha Osmar Dodô I mplantation Entre la Place da Sé Entre la Place du et la Place Castro Campo Grande et la Entre Barra e Ondina Alves (centre Place Castro Alves historique) Topographie Rues étroites et courtes avec ouverture sur trois places. Avenues grandes et Avenues importantes larges des quartiers de la configuration plus recents de la ancienne de la ville. Orla, avec ouverture VXUO¶RFpDQ 160 Type de résidence Programmation Public Réputation Maisons coloniales reformées, Immeubles et hôtels Immeubles grands et monuments étroits. Au rez-demodernes, hôtels et historiques (Palácio chaussée, des FKDPEUHG¶K{WHV do Rio Branco) et boutiques. immeubles anciens. Groupes de Quelques trios Trios électriques des percussions, défilés électriques (les plus DUWLVWHVGHO¶$[p de travestis, blocs petits) et les cortèges Music et quelques afros, fanfare et afro. blocs afros groupe du 3ème âge. Familial, enfants et Classe moyenne Public noir et métisse personnes âgées dominante blanche, des quartiers fréquentent ce touristes, et les autres populaires. carnaval. (les indésirables). Carnaval familial Carnaval touristique tranquille auquel peut Carnaval des pauvres, et médiatisé, plus sûr, être associé les peu conseillé aux plus cher et plus attractions du centre touristes. Indice de moderne que les historique, le violence important. autres circuits. Pelourinho. 1) Batatinha /HV QRPV GH FLUFXLWV UHQGHQW KRPPDJH j GHV DUWLVWHV EUpVLOLHQV F¶HVW OH FDV SRXU OHV WURLV circuits étudiés, Batatinha, Dodô et Osmar. Le circuit Batatinha est situé entre la place Sé et la place Castro Alves, son parcours est de petite taille. Il fait une boucle en parcourant deux rues relativement courtes et étroites et il est ponctué de grandes places : (Sé, Municipale et Castro Alves). Le style des immeubles est assez hétéroclite : des maisons coloniales réhabilitées sur la place Sé, le beau Palais Rio Branco, ancien palais du gouverneur de Bahia TXL DEULWH DXMRXUG¶KXL OD )RQGDWLRQ FXOWXUHOOH GH %DKLD VXU OD SODFH municipale et les immeubles plus modernes mais déjà anciens (datant des années 1960) des rues Chile et Misericordia. Les déILOpVRQWOLHXO¶DSUqV-midi ; la programmation est constituée de groupes de taille réduite de percussions, de travestis, blocs afros, afoxés, fanfares, et bloc du troisième âge. Le public y est assez familial, les enfants y sont les bienvenus et les personnes âgées pJDOHPHQW ,O SHXW rWUH IDFLOHPHQW UDWWDFKp j PRQ DYLV j G¶DXWUHV S{OHV G¶DFWLYLWpV WUqV proches géographiquement, comme celui de la place municipale où une scène est montée 161 pour accueillir de nombreux concours ou encore celui du Pelourinho, centre historique de la ville qui accueille de nombreux cortèges « jO¶DQFLHQQH ». Le centre historique joue le rôle du FUHXVHWGHODWUDGLWLRQHQGRQQDQWjYRLUXQFDUQDYDOjO¶DQFLHQQHHWGXIRONORUHORFDOSRXUOHV touristes : capoeira, marchands ambulants dans la figure de la baiana, les boutiques de WRXULVPH TXL UHJRUJHQW G¶DUWLVDQDW ORFDO GHQWHOOHV SHWLWV LQVWUXPHQWV GH SHUFXVVLRQV VDFV tableaux et autre bibelot). Les trios électriques ne peuvent pas passer dans les rues étroites, ce FLUFXLW Q¶HVW Gonc pas envahi par les foules, il est le lieu des promenades familiales et des DWWUDFWLRQV2QV¶\SURPqQHHQWRXWHWUDQTXLOOLWpFDULOQ¶\DSDVGHULVTXHGHPRXYHPHQWVGH foule, et les voleurs ont la vie dure dans ce quartier car, en tant que centre touristique, il est ELHQpTXLSpHQFDPpUDVHWSROLFLHUVHWFHWRXWDXORQJGHO¶DQQpH 2) Osmar /HFLUFXLW2VPDUV¶pWHQGGHODSODFHGX&DPSR*UDQGHjODSODFH&DVWUR$OYHV/DERXFOH TX¶LO HIIHFWXH HPSUXQWH OHV DYHQXHV 6HWH GH 6HWHPEUR HW &DUORV *RPHV GHX[ avenues LPSRUWDQWHV GDQV O¶DQFLHQQH FRQILJXUDWLRQ GH OD YLOOH &HV DYHQXHV VRQW HQFDLVVpHV FDU ERUGpHVG¶LPPHXEOHVHWG¶K{WHOVDFFROpVOHVXQVDX[DXWUHV6HXOHVGHVSHWLWHVUXHVUHOLHQWOHV deux avenues du circuit et peuvent servir au dégorgement du surplus de la foule si besoin, mais elles sont elles-mêmes très vite saturées. La programmation de ce circuit est constituée de trios électriques de petites envergures et plus traditionnellement de blocs afro (groupe de percussions). La couleur dominante du public est le marron foncé, QRXVQ¶DYRQVSDVHX pas eu O¶RFFDVLRQ GH FURLVHU GH SHUVRQQHV EODQFKHV SHQGDQW mon enquête de terrain, du côté de la SODFH&DVWUR$OYHV,OHVWUHFRPPDQGpVXUODSHWLWHEURFKXUHpGLWpHSDUOD6DOWXUO¶RIILFHGH tourisme chargé de O¶RUJDQLVDWLRQ GX FDUQDYDO GH QH SDV VRUWLU DYHF GHV REMHWV GH YDOHXU (bijoux, montre, porte-monnaie) sur « O¶DYHQXH ª F¶HVW-à-dire, sur ce circuit carnavalesque. &HWWH UHFRPPDQGDWLRQ ILJXUH HQ GHX[LqPH SRLQW HQWUH OH FRQVHLO GH V¶KDELOOHU HW PDQJHU léJHUHWO¶LQWHUGLFWLRQGHO¶XVDJHGHODGURJXH&HFDUQDYDOHVWSHXFRQVHLOOpDX[WRXULVWHVTXL sont plutôt orientés vers le circuit Dodô. Toutefois la place du Campo Grande qui se trouve à une de ses extrémités reste le point de rencontre des trios et des EORFVDIURFDUF¶HVWOHOLHXGHV tribunes officielles et du jury carnavalesque. Chaque année, des groupes de musique y sont consacrés. 162 3) Dodô Le circuit Dodô est le plus récent, il a été crée dans une optique de développement du carnaval, la capacité des grandes avenues reliant le quartier de Barra à celui de Ondina est donc plus importante que celle du circuit Osmar. Les quartiers traversés sont les nouveaux quartiers conçus pour les classes moyennes et hautes de Salvador, et pour le tourisme (on y trouve de nombreux moyens de se loger bon marché vers Barra ou beaucoup plus chers vers 2QGLQD&HFLUFXLWHVWERUGpG¶LPPHXEOHVJUDQGVHWPRGHUQHVVRXYHQWHVSDFpVOHVXQVGHV DXWUHV/¶RXYHUWXUHVXUO¶RFpDQG¶XQF{WpHWVXUGHVSHWLWHVUXHVGHO¶DXWUHSHUPHt à ce circuit GH JDUGHU GHV ]RQHV QDWXUHOOHV G¶pYDFXDWLRQ GH OD IRXOH /D SURJUDPPDWLRQ HVW FRQVWLWXpH presque exclusivement de trios électriques à succès et depuis peu de quelques blocs afro, les plus reconnus (Timbalada, Olodum, Ara Ketu). Le public recherché est celui des classes moyennes et hautes de Salvador ainsi que les touristes brésiliens ou étrangers. Une FRPPLVVLRQG¶HQTXrWHGHPDQGpHSDUODFKDPEUHPXQLFLSDOHGRQQDQWOLHXjXQUDSSRUWDpWp HQWDPpH HQ DSUqV TX¶XQ SURJUDPPH WpOpYLVp GH GLIfusion nationale ai dénoncé des pratiques racistes dans plusieurs blocs carnavalesques de Salvador. Dans ce rapport, le racisme est clairement démontré à travers trois types de discrimination dans les pratiques G¶LQVFULSWLRQGHVWULRVpOHFWULTXHVODGLVFrimination raciale, la discrimination esthétique et la GLVFULPLQDWLRQ JpRJUDSKLTXH WRXWHV WURLV V¶HQWUHODoDQW PDLV VXLYDQW XQ RUGUH KLpUDUFKLTXH O¶RUGUHGHO¶pQRQFLDWLRQ$LQVLOHFULWqUHUDFLDOHVWOHSOXVIODJUDQWFDUVDPHVXUHVHIDLWSDU la couleur GH SHDX GX FDQGLGDW OH FULWqUH HVWKpWLTXH UHOqYH GH O¶DSSDUHQFH YHVWLPHQWDLUH HW peut être amélioré, enfin le critère géographique peut donner lieu à une production de faux MXVWLILFDWLIV GH GRPLFLOHV 7RXWHIRLV FHV JURXSHV PDOJUp TXHOTXHV FDV G¶HQWRUVH Dux règlements restent très majoritairement réservés à une élite riche et blanche. Il est intéressant de souligner que ce rapport a été mis de côté et remplacé par un second rapport, produit sur O¶LQLWLDWLYH GH SROLWLFLHQV FRQVHUYDWHXUV HW GH JURXSHV GH SUoduction carnavalesque, où la portée raciste des actes dénoncés dans le premier rapport a été très édulcorée. Enfin, ce carnaval est présenté comme étant le plus moderne et le plus sécuritaire par les organisateurs, les médias et par les gens en général. 163 B- Les trois carnavals et leur identité Le découpage spatial que nous proposons correspond à une classification opérée par Michel $JLHU GDQV VRQ RXYUDJH $QWKURSRORJLH GX FDUQDYDO /¶DXWHXU GLYLVH OH FDUQDYDO HQ WURLV moments : carnaval du matin, carnavDOGHO¶DSUqV-midi et carnaval du soir. Ces trois moments FRUUHVSRQGHQW DX GpFRXSDJH SDU FLUFXLW FDUQDYDOHVTXH WHO TXH QRXV O¶DYRQV DERUGp 3RXU Michel Agier, ces trois carnavals correspondent à une segmentation socio-raciale de la fête, il les analyse en ces termes : - Le carnaval satirique du matin est celui de la critique sociale. Il renvoie au carnaval des années 1930-1950 par sa formation musicale FHVRQWGHVSHWLWVJURXSHVG¶LQVWUXPHQWVj vent, percussions, et parfois guitares, violons ou accordéons, souvent exclusivement masculins, ils peuvent être « de travestis » car on y caricature grossièrement la femme, soit de critique sociale. Ce carnaval est celui de la petite classe moyenne métisse de Salvador vivant dans les quartiers populaires du nord de la ville. - /HV WULRV pOHFWULTXHV GH O¶DSUqV-midi constituent le carnaval blanc. ,O V¶DGUHVVH DX[ MHXQHVGHVFODVVHVPR\HQQHVHWVXSpULHXUHV'HX[PLOOHjWURLVPLOOHSHUVRQQHVV¶LQVFULYHQW SRXU GpILOHU DX[ FRXOHXUV GH FKDTXH WULR /HV PRWV G¶RUGUH GH FHtte jeunesse aisée est « Confort, Paillette et Modernité ». « Confort » de défiler dans un dispositif qui fonctionne en YDVHFORVpTXLSpGHVDVDOOHGHUHSRVGHVRQEDUHWGHVRQVHUYLFHG¶RUGUH© Paillette » pour les couleurs et le « look » des tenues SRUWpHVSRXUOHGpILOpHWSRXUODUpIpUHQFHjO¶DGMHFWLI G¶© allégresse » qui fait souvent partie du slogan officiel du carnaval et qui est adressé à cette population en particulier, et « Modernité » pour les puissants équipements sonores du trio électrique. La danse qui accompagne cette musique est le frevo, une marche frétillante et sautée qui peut vite dégénérer vers la violence avec des coups de coude ou des déplacements PHQDQWjGHVERXVFXODGHV/¶DFFqVjFHVWULRVUHVWHGLIILFLOHRQDVRXYHQWGLWTXH les Noirs et PpWLVVHVIRQFpVHQpWDLHQWVFLHPPHQWWHQXVjO¶pFDUW,OVVRQWWUqVPDMRULWDLUHPHQWFRPSRVpV des jeunes des quartiers des classes moyennes et riches de Salvador Barra, Ondina, Pituba etc, les « gente bonita ªTXHO¶RQDGpMjHXO¶RFFDVLRQGHciter, ainsi que des touristes brésiliens ou étrangers. - Les groupes afro du soir GH SHUFXVVLRQV RX G¶DIR[pV /HV FKRUpJUDSKLHV VRQW G¶LQVSLUDWLRQDIURODGDQVHHVWOHVDPED : amples mouvements de bras accompagnés de petits pas glissés (opposition avec le frevo des trios). Les chansons, les danses, les rituels, les noms des groupes puisent beaucoup dans les pratiques du candomblé, la religion afro-brésilienne. 164 Les paroles des sambas sont très importantes car elles font passer des messages culturels, moraux et politiques forts pour la population jeune et noire des quartiers périphériques. Deux jWURLVPLOOHSHUVRQQHVGpILOHQWDYHFFHWWHEDWWHULHJpDQWHG¶HQYLURQGHX[FHQWVSHUVRQQHV/H public est majoritairement noir ou métis. A ses débuts, le groupe du Ilê Ayê, premier groupe afro, créé HQ LQWHUGLVDLW FDWpJRULTXHPHQW OH GpILOp j FHX[ TXL Q¶pWDLHQW SDV QRLUV $XMRXUG¶KXL OHV FULWqUHV VRQW PRLQV FDWpJRULTXHV /HV SUHPLHUV JURXSHV DIUR VH VRQW constitués en opposition aux discriminations sociales que subissent les Noirs de la ville. Nous SRXYRQVQRWHUOHPrPHVHFWDULVPHTXHGDQVOHVWULRVpOHFWULTXHV/HVJURXSHVG¶DIR[pVVRQW nés de la religion afro-brésilienne, Bastide les qualifiait de « candomblé pour rire ªLOVQ¶RQW pas la même revendication que les groupes afro. 6L O¶RQ FRQWLQXH O¶DQDO\VH GH 0LFKHO $JLHU FHV WURLV FDUQDYDOV GRQQHQW OLHX j WURLV IRUPHV GRPLQDQWHVG¶LPDJLQDWLRQHWGHWUDQVIRUPDWLRQFDUQDYDOHVTXHGHODUpDOLWpVRFLDOH - La dérision : caricatures politiques ou sexuelles. Cet humour constitue le sujet de prédilection des hommes dans le quotidien, il illustre le machisme de la société brésilienne. - La métaphore du carnaval électrique dans lequel les symboles forts de la classe GRPLQDQWH UHVWHQW LQWDFWV RQ \ UHWURXYH O¶LQGLYLGXDOLVPH incarné par la danse, et la technologie représentée par les trios. - /¶LQYHQWLRQ G¶XQ DXWUH PRQGH SUpVHQW GDQV OD UKpWRULTXH LGHQWLWDLUH GX FDUQDYDO DIULFDLQ GH OD QXLW 3RXUWDQW O¶DXWHXU FRQFOXW VXU XQ SDUDOOqOH DYHF OD QRWLRQ GH communitas de Victor TurneU HW FRQVWDWH TX¶RQ QHWURXYH SDV GH YpULWDEOH © pouvoir des faibles ªDXVHQVG¶XQUHQYHUVHPHQWSURIRQGGHVU{OHVVRFLDX[FDUO¶H[HPSOHGX,Or $\rPRQWUHTXHF¶HVWO¶pOLWHQRLUHTXLVHSUrWHOHPLHX[jFHMHXGHULWXDOLVDWLRQ Le carnaval du matin défiOHVXUOHFLUFXLW%DWDWLQKDVHVFDULFDWXUHVIRQWSDUWLHGHO¶KXPRXU RIILFLHOGHODSHWLWHFODVVHPR\HQQHPpWLVVHGH6DOYDGRUHWQ¶HIIUDLHQWSDVOHSXEOLFIDPLOLDO qui déambule sur ce circuit, au contraire cela fait rire parents et enfants. Le carnaval de O¶DSUqV-PLGLDOLHXVXUOHFLUFXLW'RG{OHVYDOHXUVPRGHUQLVWHVGHFHX[TXLV¶LQVFULYHQWGDQV FH FLUFXLW OHV FODVVHV DLVpHV EODQFKHV VRQW HQ DGpTXDWLRQ DYHF O¶DUFKLWHFWXUH GX TXDUWLHU nouveau centre actif de la ville. Enfin, le carnaval afro du soir rHQRXH DYHF O¶DQFLHQ FHQWUH YLOOHGHYHQXSpULSKpULHjFDXVHGXGpSODFHPHQWGXQR\DXDFWLIGHODYLOOH&HGpILOpV¶LQVFULW GDQVO¶RPEUHGHODYLOOHHWGXFDUQDYDO Nous émettrons cependant quelques réserves sur ce découpage devenu trop systématique par rapport à une réalité changeante. Ainsi, les blocs 165 DIURSDUWLFLSDQWDXMRXUG¶KXLGHO¶LPDJHGH%DKLDRQWpWpSRXUFHUWDLQVOHVSOXVDQFLHQVHWOHV plus connus) intégrés au carnaval officiel, à savoir celui du circuit Dodô, à destination des classes blanches et aisées de Salvador et des touristes car comme nous O¶Dvons vu ces groupes VRQW IRUPpV SDU XQHpOLWH QRLUH &¶HVWO¶pPHUJHQFH G¶XQH QRXYHOOH FODVVH PR\HQQH HW KDXWH noire qui rejoint la classe traditionnellement dominante de la population blanche. Si nous pouvons noter une certaine tradition de contestation sociale dans le carnaval, nous proposons WRXWHIRLVGHODPHWWUHjO¶pSUHXYHHQGpWDLOODQWOHFKDPSG¶DFWLRQGHO¶RIILFHGHWRXULVPHGH Salvador, grand ordonnateur du carnaval mandaté par la mairie. Cette tension entre une WUDGLWLRQIHVWLYHTXLSUHQGVHVIRUFHVGDQVOHVGRPDLQHVGHODFRQWHVWDWLRQHWGHO¶LQIRUPDOLWp et un cadre structurel qui se rigidifie étayera notre discours concernant le commerce informel et ses acteurs dans la fête. C- Ordre spatial / ordre social /H JUDQG RUGRQQDWHXU GHV IrWHV SRSXODLUHV j 6DOYDGRU HVW O¶2IILFH GH WRXULVPH OD SALTUR1596HVREMHFWLIVSUHPLHUVQHVRQWSDVWHOOHPHQWGLIILFLOHVjGpFU\SWHULOV¶DJLWGHVH servir de la tradition festive de Bahia et de la mettre au service du développement touristique GHODYLOOH,OHVWFODLUTXHOHVSRSXODWLRQVFLEOpHVFRPPHSXEOLFSRWHQWLHOLGpDOVRQWG¶DERUG celles qui peuvent participer économiquement au développement de la fête, en payant pour V¶DPXVHU /HV SRSXODWLRQV OHV SOXV SDXYUHV ELHQ TXH SURSULpWDLUHV G¶XQ FHUWDLQ ODEHO « G¶DXWKHQWLFLWp » pour ce qui concerne « la culture afro » ne rentrent pas dans le cadre du développement, elles restent, nous le verrons, souvent sur les marges de la fête. Nous aimerions FRQWLQXHUO¶DQDO\VHspatiale du carnaval du point de vue de son organisation (programmation musicale, contrôle et organisation du public, contrôle et organisation des circuits, contrôle et organisation du commerce informel) et voir quelles en sont les conséquences en termes d¶H[FOXVLRQGHVpJUpJDWLRQRXGHIUDJPHQWDWLRQVRFLDOH 1) Programmation musicale et territoires Osmar voit défiler sur son circuit des trios de plus petite ampleur et de plus petite notoriété que ceux qui passent sur le circuit Dodô. Les tarifs de défilé sont également moins élevés. Il a 159 Ex EMTURSA 166 tendance à être déqualifié, on lui reproche sa violence et une dégradation de sa programmation musicale. Il y a quelques décennies, il était pourtant le grand circuit carnavalesque de Salvador, celui qui a vu naître la tradition carnavalesque des blocs afro (Ilê $\r2ORGXP0X]HQ]D$XMRXUG¶KXLLOHVWDVVRFLpjODUDFDLOOHHWjODYLROHQFHFDUXQDXWUH grand circuit a été crée pour attirer les gens de biens et les touristes, le circuit Dodô. Osmar a été laissé en pâture aX[ SOXV GpVKpULWpV TXL VH O¶pWDLHQW GpMj DSSURSULp JUkFH j XQH IRUWH UpIpUHQFH LGHQWLWDLUH SDVVDQW SDU OD UHFRQQDLVVDQFH HW OD FUpDWLRQ G¶XQH LGHQWLWp QRLUH RULJLQDOH/HVEORFVDIURFRQWLQXHQWOHXUGpILOpVXUFHFLUFXLWPDLVDXMRXUG¶KXLOHVSOXVFRQQXV ont également leur défilé sur le circuit Dodô, seuls les moins connus ont « O¶H[FOXVLYLWp » du FLUFXLW 2VPDU /¶LPSUHVVLRQ ODLVVpH SDU OD SURJUDPPDWLRQ HVW TXH FH FLUFXLW HVWPRLQV ELHQ servi que le circuit Dodô, et donc, que sonpublic est également moins bien servi que le public plus clair, et plus riche, de ce dernier. Une certaine rancune est visible de la part de ceux qui défilent sur le circuit Osmar car ils y sont moins par conviction que par manque de moyen. /¶DSSDUWHQDQFHLGHQWLWDLUHjXQJURXSHDIURGDQVOHFRQWH[WHGHVRQWHUULWRLUHG¶RULJLQHQ¶est VRXYHQW SOXV VXIILVDPPHQW IRUWH SRXU VDWLVIDLUH TXHOTX¶XQ GH SDXYUH FDU DXMRXUG¶KXL FHV groupes ne sont plus réservés aux Noirs mais participent largement de la notoriété du carnaval tout entier, et à la discrimination spatiale car ils défilent pour les gens plus aisés et plus blancs du circuit Dodô. Autre conséquence, ces blocs attirent une forte population métisse vers le circuit Dodô qui suit sa référence identitaire dans ses avancées, abandonnant en SDUWLHVRQWHUULWRLUHG¶RULJLQH Dodô, justifie les prix pratiqués et le public sélectionné grâce à son environnement de grands K{WHOVFKLFVHWG¶LPPHXEOHVPRGHUQHVTXLDXTXRWLGLHQHVWGpMjIUpTXHQWpSDUXQH© clientèle choisie ». Ce circuit est très largement fermé aux plus démunis, par les prix pratiqués sur le FLUFXLW 6RQ LPSODQWDWLRQ VSDWLDOH MRXH VDQV DXFXQ GRXWH VXU OHV PRGDOLWpV G¶DFFès à ce circuit : nous pouvons noter une continuation entre la fréquentation quotidienne de ces quartiers et celle ponctuelle du carnaval, au moins dans les intentions des organisateurs. Le circuit fonctionne en tant que territoire blanc avec ses références culturelles propres. Les artistes qui se produisent sur ce circuit sont les plus connus et les plus chers (y compris GHSXLV TXHOTXHV DQQpHV OHV EORFV DIUR OHV SOXV FRQQXV DORUV TX¶LOV pWDLHQW FRQILQpV VXU OH circuit Osmar qui les a vu naître) et encore plus récemment les artistes hyper médiatisés du « pagode ª YDULDQWH GH VDPED PRGHUQH SURGXLW GH O¶LQGXVWULH PXVLFDOH &¶HVW OH FLUFXLW recommandé aux touristes pour sa sécurité et sa modernité. Conçu pour être réservé à un certain public, il attire néanmoins une large population des quartiers populaires qui vient voir 167 OHV DUWLVWHV TXL V¶\ SURGXLVHQW HW YLHQW SURILWHr des conditions offertes par ce circuit mieux FRQoXSRXUUHFHYRLUGXPRQGH/HFDUQDYDOGH%DKLDQ¶HVWSDVHQFRUHWRXWjIDLWIHUPpHQFH VHQVTXHO¶RQSHXWWRXMRXUV\DFFpGHUHQWDQWTXH© pipoca » en suivant les trios qui défilent sans faire partie du gURXSHQLHQSRUWHUVHVFRXOHXUVQLVHWURXYHUjO¶LQWpULHXUGHODFRUGHTXL délimite le dedans du dehors. Barrière plus humaine que matérielle, elle délimite une IURQWLqUHHQWUHFHX[TXLRQWOHVPR\HQVHWFHX[TXLQ¶HQRQWSDV Nous laissons volontairement de côté le circuit Batatinha et sa programmation de groupes de travestis et de critique sociale que nous connaissons PRLQV ELHQ HW TXL QH V¶LQVFULW SDV YUDLPHQWGDQVXQSURFHVVXVGHFUpDWLRQG¶LGHQWLWpHQUHODWLRQDYHFXQWHUULWRLUHGRQQp 2) Contrôle et organisation du public /HFDUQDYDOHVWXQHIrWHTXLDOLHXGDQVODUXHVXUO¶HVSDFHSXEOLFHWSRXUWDQWQRXVSRXUURQV QRWHUGLIIpUHQWVPRGHVGHIRQFWLRQQHPHQWTXLQRXVUDSSURFKHQWG¶XQHXWLOLVDWLRQSULYDWLYHGH O¶HVSDFH/¶RUJDQLVDWLRQGXSXEOLFHWVRQHncadrement sont intéressants à étudier de ce point de vue : qX¶LO V¶DJLVVH GH WULRV pOHFWULTXHV RX GH EORFV DIUR OH VFpQDULR HVW OH PrPH OHV groupes vendent un droit de défiler, en leur nom, et à leurs couleurs. Ainsi, une partie du public est active et GpILOHjO¶LQWpULHXUGHVFRUGRQVGHVpFXULWp/DFRUGHHVWWHQXHHWUHWHQXH SDUGHVSHUVRQQHVTXLWUDYDLOOHQWSRXUOHJURXSHTXLVHSURGXLWLOVDVVXUHQWOHVHUYLFHG¶RUGUH HWO¶LPSHUPpDELOLWpHQWUHOHVJHQVGXGHGDQVHWOHVJHQVGXGHKRUV3RXUGpILOHUjO¶LQWpULHXUGH OD FRUGH LO IDXW SD\HU XQ GURLW G¶DFFqV 1RXV SRXYRQV SDUOHU GH SULYDWLVDWLRQ G¶XQ HVSDFH celui que parcourt le défilé. Ceux qui se trouvent hors de ce scénario, sont sur la voie publique, simples badauds profitant de la fête. Le personnel chargé de tenir la corde et de PDLQWHQLUO¶RUGUHV¶pOqYHjVRL[DQWHPLOOHSHUVRQQHVSRXUOHFDUQDYDOWUDYDLOODQWSRXUXQ salaire très minime et risquant les agressions de la part des gens « du dehors » mais aussi de ceux « du dedans », ivres et énervés. 1RXVSRXYRQVDQDO\VHUFHGLVSRVLWLIHQG¶DXWUHVWHUPHV : O¶LQGpVLUDEOHF¶HVW-à-GLUHFHOXLTXLQHV¶LQVFULWSDVGDQVFHWWHRUJDQLVDWLRQGHO¶HVSDFHHWGX public, est rejeté sur la marge, entre les cordons du bloc et les immeubles qui bordent la rue. Comme dans le modèle urbanistique, il y a création de périphérie. Les populations riches V¶HQIHUPHQWGDQVXQHQWUH-VRLSRXUpFKDSSHUjODWHUUHXUTXHOXLLQVSLUHFHOXLTXLQ¶DSDVOHV PR\HQVGHVHIRQGUHGDQVO¶XQLWpLGHQWLWDLUHUHSUpVHQWpHSDUOHGpILOpGX groupe carnavalesque ou par la classe sociale dans le contexte quotidien. Le discours sécuritaire mis en avant pour protéger les « bonnes gens ªQ¶DTX¶XQSDVjIUDQFKLUSRXUTXHODPDUJHVSDWLDOHVXUODTXHOOH 168 est refoulée la population indésirable se transforme en marginalité. Au nom de la sécurité, le SURFHVVXV G¶H[FOXVLRQ SHXW GRQF VH YRLU UHQIRUFp 1RWRQV TXH FH W\SH GH GLVFRXUV VHUW DX GpYHORSSHPHQW GH OD SULYDWLVDWLRQ GH OD IrWH HW GRQF j VD FDSLWDOLVDWLRQ LO Q¶HVW GRQF SDV étonnant de le voir manié avec autant de facilité par les différents intéressés (pouvoirs publics, office du tourisme, médias). Plus les gens auront peur des autres, plus ils SDUWLFLSHURQW j O¶pFRQRPLH GH OD IrWH HQ V¶HQIHUPDQW GHUULqUH GHV EDUULqUHV PDWpULHOOHV RX symboliques. Le PrPHSKpQRPqQHGHSULYDWLVDWLRQGHO¶HVSDFHHWG¶HQWUHVRLV¶RSqUHSRXUOH SXEOLF GHV WULEXQHV ,O V¶DJLW GH JUDGLQV LQVWDOOpV OH ORQJ GH FHUWDLQV FLUFXLWV &H SXEOLF IRQFWLRQQHHQYDVHFORVLOQ¶DSDVEHVRLQGHVRUWLUGXSpULPqWUHSULYDWLVpFDUHQDFKHWant sa SODFHLODOHGURLWjXQORWGHVHUYLFHVFRPPHO¶DFFqVjGHVERLVVRQVHWjGHODQRXUULWXUH/H circuit Dodô est celui qui est le plus pourvu de gradins. Le circuit Osmar en propose sur la place du Campo Grande mais pas sur « O¶DYHQXH » qui est trop étroite pour accueillir des JUDGLQV&HW\SHGHSDUWLFLSDWLRQDXFDUQDYDOHVWFHOXLTXLVHWURXYHHQKDXWGHO¶pFKHOOHGH YDOHXUHQPDWLqUHGHVpFXULWpHWGHFRQIRUWFDUF¶HVWFHOXLTXLVpSDUHOHSOXVYLVLEOHPHQWFHX[ qui sont dedans et ceux qui sont dehors : aucune interférence, ni contact physique entre le F°XUGHODIrWH© dangereux » et synonyme de « pagaille » et sa périphérie offrant « confort » et « sécurité ª 'H FH IDLW F¶HVW OH PRGH GH SDUWLFLSDWLRQ j OD IrWH TXL UHYLHQW OH SOXV FKHU Encore une fois, comme dans le modèle urbanistique nous retrouvons une inversion des valeurs DSUqV O¶H[FOXVLRQ GHV SDXYUHV j OD SpULSKpULH QRXV DVVLVWRQV j XQH PLVH j O¶pFDUW volontaire des riches et leur enfermement, par eux-mêmes, dans des « gated communities » fonctionnant le plus possible en autarcie. 3) Contrôle et organisation des circuits Un autre élément participe au contrôle spatial de la fête, le fait de fixer et de répertorier les WUDMHFWRLUHV GHV IrWHV /HV GpILOpV VSRQWDQpV Q¶H[LVWHQW TXDVLPHQW SDV HQ dehors des limites OpJDOHV GX FDUQDYDO 3RXU OXWWHU FRQWUH O¶LQVpFXULWp j O¶LQWpULHXU GHV FLUFXLWV GX FHQWUH YLOOH (principalement Dodô et Osmar), la ville ré-instaure des carnavals de quartier (après les avoir méprisés) pour que les populations pauvres aLHQW GH TXRL V¶DPXVHU © à domicile » et ne YLHQQHQW SOXV HQYDKLU OHV WHUULWRLUHV GpGLpV j O¶H[SDQVLRQ WRXULVWLTXH GH 6DOYDGRU /H programme de ces carnavals figure à la fin du petit guide de la programmation officielle du carnaval bahianais, édité par la S$/785 O¶RIILFH GH WRXULVPH 1RXV SRXYRQV FLWHU OHV quartiers de Liberdade, Cajazeira, Itapuà et Periperi. Quatre grands quartiers populaires de 169 Salvador aux extrémités Nord et Sud de la ville. Les jeunes des quartiers périphériques continuent évidemment G¶DOOHUJRQIOHUOHFDUQDYDOGXFHQWUH 4) Organisation du commerce informel '¶DSUqVXQHHQTXrWH160 PHQpHSDUOHVHUYLFHGHO¶HPSORLGHOD0DLULHGH6DOYDGRUOHFDUQDYDO compte autour de 150.000 travailleurs161. Ils se répartissent autour de onze activités différentes, dont : barraqueiros162, vendeurs de boissons et aliments, vendeurs ambulants, baianas de acarajé163, gardes de voitures, agents de sécurité, cordeiros de blocs et trios164, employés des camarotes165 et hôtels (cuisine, nettoyage et sécurité), chiffonniers166, services techniques (montages de tubulations et éclairages), et chauffeurs. Nous pouvons noter et être VXUSULVGHSULPHDERUGTXHOHVYHQGHXUVG¶DOLPHQWVHWERLVVRQVRFFXSHQWjHX[VHXOVTXDWUHGH ces onze catégories167. &HODPHWO¶DFFHQWVXUOHIDLWTX¶LOQHV¶DJLWSDVG¶XQJURXSHG¶LQGLYLGXV XQLILp PDLV SOXW{W G¶XQH UpDOLWp PXOWLIRUPH GRQW LO HVW FRPSOH[H GH GRQQHU OH UHIOHW 1RXV relevons également le fait que ces quatre catégories représentent presque 45% de la totalité des onze activités recensées pDU O¶HQTXrWH GRQQDQW O¶DPSOHXU GH OD SDUWLFLSDWLRQ j FH W\SH G¶DFWLYLWp 160 SEMPRE. Secretaria municipal de emprego e renda (2005). 161 /¶HQTXrWHVHEDVHLFLVXUGHVGRQQpHVIRXUQLHVSDUOD%DKLDWXUVDO¶HQWUHSULVHGHWRXULVPH de Salvador, sur un échantillon de 780 personnes interrogées. 162 Les barraqueiros sont des forains travaillant a la vente de boissons et aliments pendant le cycle de fêtes populaires, qui commence le 2 décembre et se conclut avec le carnaval. 163 Baiana de acarajé : Les baianas de acarajé sont des vendeuses de rue de beignets de haricots, elles représentent par leur habit et la tradition culinaire, la baiana, soit la femme noire dans la tradition du candomblé. Nous reviendrons sur elles. 164 Cordeiro : Les cordeiros sont les personnes qui tiennent et retiennent la corde qui sert à GpOLPLWHUO¶HVSDFHSULYpGXEORFFDUQDYDOHVTXHUpXQLWDXWRXUGXWULRpOHFWULTXHTXLGpILOHGH O¶HVSDFHSXEOLFGHODIrWH 165 Les camarotes sont des gradins installés le long des circuits carnavalesques qui offrent des services de réfections et boissons, des toilettes, des espaces VIP, et des attractions supplémentaires à celles proposées par la programmation officielle. 166 Les chiffonniers : les chiffonniers sont souvent des enfants ou des personnes âgées qui ramassent les canettes de bière et de sodas qui jonchent la voie publique pendant les fêtes dans le but de les revendre à des entreprises de recyclage. 167 Les quatre premières citées ci-dessus. 170 Le monde des camelots, fortement représenté pendant les fêtes, subit également de lourdes PHVXUHVGHUpJOHPHQWDWLRQHWG¶XQLIRUPLVDWLRQQRWDPPHQWGHSXLVOLpDXPDQGDWGHOD MDLUH/LGLFHGD0DWDjOD0DLULHGH6DOYDGRU6LO¶RQFRQVLGqUHO¶HVSDFHFDUQDYDOHVTXHDYHF les éléments décrits antérieurement nous avons donc un espace occupé par des défilés, du public en électron libre, et à certains endroits, du public assis dans les tribunes. Autant dire TXH O¶HVSDFH HVW GpMj DVVH] ODUJHPHQW VDWXUp PDLV UHVWH HQFRUH j GpFULUH WRXW O¶pYHQWDLO GX commerce informel qui se déploie pendant le carnaval. Déjà largement représenté au quotidien dans les rues de Salvador, le commerce informel tiHQW SUHVTXH O¶H[FOXVLYLWp GH O¶pFKDQJHPDUFKDQGSHQGDQWOHVIrWHV6HVVHXOVFRQFXUUHQWVVRQWOHVWULEXQHVHWFHUWDLQVWULRV pOHFWULTXHVTXLSURSRVHQWGHTXRLVHUHVWDXUHUjOHXUSXEOLFUHVWUHLQW/HQRPEUHG¶HPSOR\pV pour la commercialisation de boissons et nourriture dans les blocs est réduit. Autrement, le commerce informel est roi dans la rue. Nous pouvons facilement imaginer que les tentatives GH IRUPDOLVDWLRQ GH FH VHFWHXU VRQW HQ °XYUH /H PRQGH GHV PDUFKDQGV GH UXH EDUV comptoirs, marchands ambulants, baianas) comprend pour le carnaval 2003, 54.005 personnes, et pour 2004, 68.400 personnes. En fait ces chiffres sont très aléatoires car bon QRPEUHG¶HQWUHHX[QHUpSRQGHQWSDVDX[REOLJDWLRQVPXQLFLSDOHVGHVHGpFODUHUHWGHSD\HU une patente. De pluV QRXV DYRQV YX TXH FHV FKLIIUHV GRQQpV SDU O¶RUJDQLVDWHXU RIILFLHO GX FDUQDYDOVRQWGRQFWUqVDSSUR[LPDWLIVYRLUHHUURQpVFDULOVIRQWSDUWLHG¶XQHVpULHGHFKLIIUHV GHVWLQpV jUHQGUHFRPSWH GX QRPEUH G¶HPSORLV JpQpUpV SDUOHFDUQDYDO 3OXVOH QRPEUH HVt important, plus est renforcé le discours des pouvoirs locaux sur le « carnaval populaire », dans lequel les pauvres ont leur place. Nous verrons que dans la réalité les plus pauvres et les moins organisés sont ceux qui souffrent le plus des mesures municLSDOHV1RPEUHG¶HQWUHHX[ VRQW REOLJpV GH V¶HQGHWWHU SRXU SDUWLFLSHU j XQH IrWH TXL SDUIRLV OHXU VHUYLUD j SHLQH j UHPERXUVHU FH TX¶LOV GRLYHQW DX SUL[ G¶XQ pQRUPH HIIRUW SK\VLTXH HW G¶XQH ORXUGH IDWLJXH pour la famille tout entière. Cependant, ces chiffres coïncident avec le sentiment partagé par tous que le nombre de marchands augmente chaque année en forte proportion. Cette proportion serait celle du nombre de personnes sans emploi et sans ressources. En réalité les opérations menées par la mairie pour contrôler ce secteur se développent à SDUWLU GH O¶DQQpH HW ILJXUHQW GDQV XQH YRORQWp SOXV ODUJH GH © défavélisation » du FDUQDYDO&HWHUPHHVWHPSOR\pSDUODPDLULHHWO¶2IILFHGH7RXULVPHSRXUMXVWLILHUFHUWDLQV éléments du programme carnavalesque : réintroduction du carnaval dans des quartiers SRSXODLUHV SRXU OLPLWHU O¶DIIOX[ GH SHUVRQQHV SDXYUHV GDQV OH FHQWUH VRLJQHU O¶LPDJH GX 171 carnaval en prenant soin de son apparence : accent sur la décoration des rues, leur illumination et la standardisation des équipements des marchands de rue. Après un cadastrage précis des territoires festifs, la mairie propose des lots aux marchands en échange du SDLHPHQW G¶XQH SDWHQWH (Q OD PDLULH SURSRVH DXWRULWDLUHPHQW GHV © baraques standardisées » pour remplacer les baraques traditionnelles jugées de mauvais goût car « favélisantes ». Les termes exacts du discours sont : « les marchands en utilisant des matériaux divers et inadéquats, contribuent à ce que le résultat esthétique de la fête soit totalement compromis ª &HWWH VWDQGDUGLVDWLRQ Q¶HVW SDV LPPpGLDWHPHQW HIILFDFH FDU OH compte-UHQGXGXFDUQDYDOHIIHFWXpSDUO¶2IILFHGH7RXULVPHGpSORUHOHVPDQLqUHVGHV marchands, comparant leurs installations à la configuration des demeures brésiliennes au temps GHO¶HVFODYDJHTXLFRPSUHQDLHQWODEHOOHHWJUDQGHPDLVRQGXPDvWUHDXSUHPLHUSODQHW FHOOHGHO¶HVFODYHHQGHX[LqPHSODQ1RWRQVDXSDVVDJHTX¶XQHUpIpUHQFHGLUHFWHjO¶RXYUDJH de Gilberto Freyre est faite, reprenant le titre de son fameux ouvrage pour décrire les installations. En brésilien, le titre est « casa grande e senzala », soit « maison de maîtres et FDKXWHG¶HVFODYH ». Dans le compte-UHQGXLOHVWGLWTX¶HQDYDQWVFqQHILJXUHQWOHVEDUDTXHV VWDQGDUGLVpHV DYHF WDEOHV HW FKDLVHV PDLV TX¶HOOHV QH Iont que cacher le décor miséreux FRQVWLWXp GH OD FXLVLQH HW GH OD FKDPEUH GHV PDUFKDQGV TXL UHQYRLHQW j O¶LPDJH GH « favélisation » du carnaval dont ils essaient de se débarrasser. Il est à noter que dans le processus de standardisation, les tailles des baraques ont été diminuées, ce qui explique O¶pWDOHPHQW GHV PDUFKDQGV KRUV GHOD EDUDTXH GHUULqUH HOOH /D UpIpUHQFHj *LOEHUWR )UH\UH QRXV GRQQH ELHQ O¶XQLYHUV GH UpIpUHQFH GHV RUJDQLVDWHXUV SXEOLFV GX FDUQDYDO j VDYRLU OD YLHLOOH WUDGLWLRQ GH O¶KDUPRQLH UDFLDOH HW GH OD FXOWXUH G¶DEVRUSWLRQ ; pas question de revendication noire spécifique. L¶LGHQWLWpDIURHVWDEVRUEpHSDUO¶LPDJHRIILFLHOOHGXFDUQDYDO La mairie mena donc une guerre esthétique aux marchands qui par tradition décoraient leur baraque en bois avec des peintures illustratives et toute sorte de bibelots. Les actuelles EDUDTXHV VWDQGDUGLVpHV VRQW FRQVWLWXpHV G¶XQH VWUXFWXUH HQ PpWDO HW GH EkFKHV HQ SODVWLTXH &HWWH UHODWLRQ j O¶LPDJH QRXV UHQYRLH j GHV pOpPHQWV GpMj pWXGLpV SUpFpGHPPHQW R Oa hiérarchie sociale repose sur des critères visuels de couleur de peau, de lieu de résidence ou G¶DSSDUHQFH YHVWLPHQWDLUH7RXMRXUV j SURSRV GH O¶HVWKpWLTXH GDQV VRQpWXGH VXUOH JURXSH afro-brésilien du Ilê Aiyé, Michel Agier met en avant le travail esthétisant effectué par ce JURXSH GRQQDQW O¶LPDJH G¶XQH pOLWH QRLUH HW SHUPHWWDQW XQH UHYDORULVDWLRQ SHUVRQQHOOH HW collective. Ce groupe a su se faire respecter et adopter par la population blanche de Salvador VDQV GRXWH JUkFH j O¶LPDJH YDORULVDQWH TX¶LO SURGLJXH $LQVL OH QRLU HVW DFFHSWp V¶LO VH 172 présente bien. On parlait autrefois de blanchiment car le modèle de « présentabilité » était FHOXL GH OD SRSXODWLRQ EODQFKH /H ,Or $L\r D FUpp VHV SURSUHV PRGqOHV HVWKpWLTXHV TX¶LO revendique comme étant un patULPRLQHQRLUPDLVTXLV¶LQVFULWjPRQDYLVGDQVFHWWHPrPH ORJLTXHGHO¶LPDJHTXHO¶RQGRQQHjYRLUGHVRLRXGHVRQJURXSHG¶DSSDUWHQDQFH/DJXHUUH HVWKpWLTXH D GRQF OLHX j SOXVLHXUV QLYHDX[ GX FDUQDYDO GDQV OH VRXFL TXH O¶LPDJH carnavalesque ne soit pas assimilable à la pauvreté. Nous pouvons noter deux moments dans la démarche de réglementation de la mairie : le SUHPLHUHVWFHOXLGHODVWDQGDUGLVDWLRQTXHQRXVYHQRQVG¶DERUGHUOHGHX[LqPHHVWFHOXLGX contrôle et de la limitation. Si nous nous référons aux chiffres donnés dans les comptesUHQGXV FDUQDYDOHVTXHV UpDOLVpV SDU O¶2IILFH GH WRXULVPH VXU WURLV FHQW YLQgt-deux baraques VWDQGDUGLVpHV HQ UpSDUWLHV VXU OHV GLIIpUHQWV FLUFXLWV LO Q¶HQ UHVWH TXH TXDWUH-vingt en 2003 et cinquante neuf en 2010168 dont 12 réservées aux handicapées. Notons également TX¶HQWURLVPLOOHKXLWFHQWPDUFKDQGVGLVSRVHQWG¶XQHOLFHQFHGRQQDQWOLHXRXQRQj une baraque standardisée), alors que ceux qui ont exercé sans licence sont estimés à mille cinq cents. En 2010, un gilet est remis aux marchands ayant effectué leur inscription dans les règles et D\DQW SDUWLFLSp DX VWDJH REOLJDWRLUH GH SURIHVVLRQQDOLVDWLRQ DILQ GH GpEXVTXHU G¶XQ VLPSOH FOLQ G¶°LO OHVPDUFKDQGV QRQ OpJDX[ /HV EDUDTXHV VWDQGDUGLVpHV V¶LPSODQWent mieux sur le circuit Dôdo qui est plus jeune et ne présente pas un ancrage ancien de la part des marchands, jODGLIIpUHQFHGHVDXWUHVFLUFXLWVRFHUWDLQVQ¶HQWHQGHQWSDVTXLWWHUOHXUHPSODFHPHQWVDQV VHEDWWUH/HQRPEUHGHPDUFKDQGVGLVSRVDQWG¶XQpquipement standardisé est donc minime SDU UDSSRUW DX QRPEUH JOREDO GH PDUFKDQGV HQUHJLVWUpV /HXU HVSDFH HQ SOXV G¶rWUH VWDQGDUGLVpHVWGLPLQXpGHWDLOOH,OIDXWTX¶LOVVHSHUGHQWOHSOXVSRVVLEOHGDQVOHGpFRUQRQ TX¶LOV \ SDUWLFLSHQW /D VWDQGDUGLVDWLRQ V¶DFFRPSDJQH G¶XQH UpSUHVVLRQ GHV PDUFKDQGV DPEXODQWVHWSHXWVHUpVXPHUSDUFHVSDUROHVG¶XQDGMRLQWDX0DLUH : « Plus que jamais, il faut bien emballer le produit carnaval ». Seuls certains marchands ont dorénavant le droit de V¶LQVWDOOHUVXUOHVSRLQWs stratégiques du carnaval comme la Place Municipale, le Terreiro de Jesus, la Place Castro Alves et le Jardim Suspenso. /DOLFHQFHSHUPHWWDQWDX[PDUFKDQGVG¶RFFXSHUXQGHFHVOLHX[UHOqYHSHQGDQWXQHGL]DLQH G¶DQQpHVjSDUWLUGHG¶XQSURFpGpSDUticulier : la mise aux enchères. La mairie justifie 173 FHSURFpGpHQGLVDQWTX¶LOSHUPHWGHFRQWU{OHUOHSUL[HWG¶HPSrFKHUTXHFHUWDLQVPDUFKDQGV DEXVHQWHQUHYHQGDQWjG¶DXWUHVODOLFHQFHSOXVFKqUHTXHFHTX¶HOOHYDXW(QUpDOLWpODPDLULH par ce procédé, VH JDUDQWLW GH UpFXSpUHU WRXW O¶DUJHQW TXH OH GURLW GX VRO SHXW UpFROWHU VDQV avoir à le partager avec un certain marché noir. Depuis quelques années cette mise aux enchères est remplacée par un contrat entre la Mairie et le sponsor officiel du carnaval, normalement une marque de bière, stipulant que ce sponsor a en charge de monter et organiser la structure nécessaire au commerce de rue. Autant dire que les espaces réservés aux baraques traditionnelles dont il a la charge ne cesse de diminuer. Ceux qui y ont accès sont ceux qui figurent sur la liste pré-établie par le syndicat responsable. '¶DXWUHVOLHX[LPSRUWDQWVWUDGLWLRQQHOOHPHQWFRPPHOH&DPSR*UDQGHVRQWGHYHQXVLQWHUGLWV aux marchands. Dans le bilan du carnaval 2004 fourni par le service de la mairie en charge de ODUpJOHPHQWDWLRQGHVPDUFKDQGVOD6(63LOHVWQRWpTXHGHVLQYDVLRQVG¶DPEXODQWVRQWHX OLHXVXUOH&DPSR*UDQGHHQWUHGHX[GpILOpVHWTX¶LOVHUDLWERQGHYHLOOHUDX[KRUDLUHVGHV GpILOpVVXUFHWWHSODFHO¶DQQpHSURFKDLQHDILQTXHFH W\SHG¶pYpQHPHQWVQHVHSURGXLVHSOXV (QSOXVGHVWDQGDUGLVHUOHVpTXLSHPHQWVHWUpJOHPHQWHUO¶DFFqVjO¶HVSDFHOD6(63SpQDOLVH les infractions. En 2003, mille cent soixante-trois infractions ont été relevées pour mille dixneuf en 2004 pour des motifs WHOVTXHO¶XWLOLVDWLRQGHpics à brochette pour faire les grillades, GHEURXHWWHVRXGHERXWHLOOHVHQYHUUHSRXUVHUYLUO¶DOFRRO,OQ¶HVWSDVTXHVWLRQGHVLQIUDFWLRQV dues au non-SDLHPHQW GH ODOLFHQFH RX j O¶RFFXSDWLRQ G¶XQ HVSDFH QRQ DGpTXDWH 6HORQ OHs informations recueillies dans les entretiens avec les marchands, la mesure la plus fréquemment appliquée dans ce type de situation est la confiscation du matériel et des PDUFKDQGLVHVMXVTX¶jODILQGXFDUQDYDODYHFSRVVLELOLWpGHUpFXSpUHUVRQELHQPR\HQnant le SDLHPHQWG¶XQHDPHQGH ; le prix à payer est souvent plus élevé que les biens qui sont donc DEDQGRQQpVSDUOHXUSURSULpWDLUH,OVHUDLWQpDQPRLQVSRVVLEOHGHEpQpILFLHUGHO¶LQGXOJHQFH GHVDJHQWVUHVSRQVDEOHVGXFRQWU{OHjFRQGLWLRQGHTXLWWHUO¶HPplacement non-autorisé et de QH SDV rWUH UpFLGLYLVWH /H GLVFRXUV GH IRQG GH OD SDUW GH WRXV OHV DFWHXUV HVW TX¶LO IDXW SHUPHWWUHDX[SOXVGpPXQLVGHWUDYDLOOHUKRQQrWHPHQWVLRQQHVRXKDLWHSDVTX¶LOVJRQIOHQWOHV rangs des marginaux dangereux. ConcernanW O¶DFFqV j O¶HVSDFH SXEOLF XQH GHPDQGH GRLW rWUH IDLWH VHORQ GHV QRUPHV SUp pWDEOLHVGDQVOHFDVSUpVHQWF¶HVWODPDLULHGH6DOYDGRUTXLUpJOHPHQWHHWHQFDLVVH$SDUWLU 168 La SALTUR ne produit plus de Compte-rendu complet du carnaval mais un bilan résumé. 174 du moment où le marchand occupe de façon stable un emplacement, il est tenu de payer une SDWHQWH DX VHUYLFH FRPSpWHQW GH OD PDLULH 6HXOV OHV PDUFKDQGV DPEXODQWV F¶HVW-à-dire ne SRVDQWSDVOHXUPDUFKDQGLVHVXUOHVROPDLVODSRUWDQWGDQVGHVJODFLqUHVVXUO¶pSDXOHSHXYHQW SUpWHQGUHpFKDSSHUjODWD[HSRXURFFXSHUXQERXWG¶HVSDFHSXEOic. Les marchands sont soit des professionnels qui vivent de cette activité au quotidien, soit des marchands spécialisés dans le commerce de la restauration pour les fêtes populaires, soit encore des personnes souvent sans emploi ou bien occupant sporadiquement différentes fonctions souhaitant arrondir les fins de mois. Le travail pendant le carnaval est sans relâche. On vit sur son emplacement marchand durant les six nuits et les sept jours de fête. 5) Tarifs et réglementation du carnaval Le service de la CFM (Contrôle des marchés et foires) dépendant de la SESP (Secrétariat des Services Publics) de la Mairie est en charge depuis quelques années du commerce informel du carnaval, soit la mise en vente de 5.280 emplacements marchands (lots) pour 2012. Avant 2009, le commerce informel dépendait du service des mises aux enchères publiques. Ces mises aux enchères devaient couvrir les frais occasionnés par les baraques traditionnelles et OHXUPDQXWHQWLRQ1¶RXEOLRQVSDVTXHGHSXLVFHVEDUDTXHVGRLYHQWVXLYUHun modèle de standardisation dont le modèle est détenu par la Mairie. Selon Edson, employé de la CFM avec qui je me suis entretenue, la Mairie ne rentrait jamais dans ses frais et pour cette raison HOOHV¶HVWGpFKDUJpHGHFHWWHIRQFWLRQ6HVGLUHVVRQWYpUifiés par Dias (2002) qui reprenait une analyse faite par un adjoint au Maire, selon laquelle apparaissait que la Mairie avait dépensé, selon le Journal Officiel, en 2001, cinq millions pour les préparatifs du carnaval. Les revenus couvraient à peine 14% de ce qui avait été dépensé. La non-rentabilité du carnaval pour la Mairie est un constat ancien. Toujours selon Edson, il revient dorénavant au Sponsor Officiel GX FDUQDYDO GH UHPSOLU FHWWH IRQFWLRQ /H VSRQVRU HVW FKRLVL j WUDYHUV XQ DSSHO G¶RIIUH ,O V¶agit depuis ces dix dernières années de marques de bières. Nous avons fait une demande à la SALTUR pour consulter le contrat qui les lie à AMBEV, le vainqueur de cette année mais O¶DFFqV DX[ GRFXPHQWV HVW UHQGX GLIILFLOH /D 0DLULH QH GLVSRVH SOXV G¶LQIRUPation sur les baraques pendant le carnaval. Encore une fois, le sort des marchands de rue est rendu impalpable et incertain. 1RPEUHG¶LQIRUPDWLRQV ne sont donc plus récoltées ou pour le moins diffusées. 175 Le service du CFM reste en charge du commerce informel en dehors des baraques traditionnelles. Pour ces dernières, son rôle se limite à O¶LQVFULSWLRQ GHV PDUFKDQGV OD délimitation des emplacements en relation directe avec la SALTUR qui indique tous les points déjà occupés par les gradins, et la normalisation des équipements autorisés selon la loi GH VWDQGDUGLVDWLRQ /H EHVRLQ G¶RUdonner est expliqué par Edson par le désordre représenté par le commerce informel et le besoin de défendre les droits de ceux qui sont en règles vis-àYLVGHFHX[TXLQHOHVRQWSDV,OHVWFLWpIUpTXHPPHQWO¶DEXVFRPPLVSDUGHVFRPPHUoDQWV YHQDQW G¶DXWUHs municipalités de venir travailler pendant le carnaval alors que ce droit est réservé aux habitants de Salvador. La Mairie a donc le rôle de défendre le « bon pauvre » de Salvador, du « mauvais pauvre ªGXGHKRUV-XVTX¶jO¶DQQpHGHUQLqUHOHVSRQVRUGXcarnaval qui était la SCHIN, une autre grande marque de bière qui a dominé le marché pendant 10 ans IDLVDLWXQFRXUVREOLJDWRLUHG¶pGXFDWLRQSURIHVVLRQQHOOHHWIRXUQLVVDLWjO¶LVVXHGHFHFRXUVXQ gilet orange (la couleur du sponsor) pour rendre identifiable les vendeurs dûment enregistrés. &HWWHDQQpHWRXWGpSHQGDLWGXQRXYHDXVSRQVRU« 7RXVFHVDJHQWVGXFRPPHUFHLQIRUPHOVRQWWHQXVG¶rWUHUpSHUWRULpHWGHSD\HUXQGURLWGX sol. Pour les baraques, les tarifs sont les suivants : Carnaval 2012 (circuits Dodô, Osmar et Batatinha) 7\SHG¶pTXLSHPHQW Tarif Etals R$ 115,00 Boxes R$ 207,00 Glacière R$ 27,60 Baiana R$ 27,60 Carrinhos R$ 34,50 Etals démontables R$ 149,50 Véhicules spéciaux R$ 172,50 Caravanes R$ 230,00 Carnaval 2012 (circuits des quartiers périphériques) 7\SHG¶pTXLSHPHQW Tarif Baraques standardisées R$ 172,50 Baraque traditionnelle R$ 96,60 176 Glacière R$ 11,50 Baiana R$ 11,50 Carrinhos R$ 17,25 Etals démontables R$ 17,25 A travers la tarification, on se rend compte que les circuits périphériques jouissent grosso modo de la tarification des fêtes populaires, alors que le carnaval affiche des prix bien plus élevés. La hiérarchie morale aidant les « bons pauvres » à travailler tout en restant dans la périphérie fonctionne dans le cadre du carnaval. Les circuits périphériques se retrouvent avec un statut proche du statut moral des fêtes populaires, appartenant à la même aire morale de la ville noire. Les baraques traditionnelles et standardisées ont disparu des circuits centraux, puisque la Mairie ne contrôle plus leur vente. La quantité G¶HVSDFHV PDUFKDQGV SRXU FHV catégories est HQQHWWHUpJUHVVLRQG¶DQQpHVHQDQQpHV 'DQV OH FDGUH GX FDUQDYDO OD WROpUDQFH j O¶LQIUDFWLRQ HVW QXOOH /H GLVFRXUV HVW GH « professionnaliser » le commerce informel. A ce titre, les mesures adoptées sont celles correspondant à des règles dures forçant le travailleur à adopter un équipement et une attitude standardisée. 6) Totalitarisme visuel Reprenons une analyse faite par Dias (2002), sur O¶LPSXOVLRQ GRQQpH par la Maire de Salvador, Lidice da Mata à partir de 1993, en vue de faire entrer Salvador sur le ring international de la compétitivité des villes globales169. /¶DXWHXU VRXOLJQH TXH Oa ville doit devenir une référence du « mieux ». Dans ce dessein, la Maire, en 1993, ouvre une « guerre des lieux » contre Rio de Janeiro et mène une campagne (médiatique) contre le carnaval carioca. Elle affirme que ODIUpTXHQWDWLRQGXFDUQDYDOGH6DOYDGRUV¶HVWDPpOLRUpHjO¶LVVXHGH cette campagne. Dias souligne que le concept de « vente de la ville » est issu de la crise du modèle industriel HW TX¶LO UHSRVH SULQFLSDOHPHQW VXU XQ FRQVHQVXV TXL OXL GRQQH XQH WRWDOH OpJLWLPLWp. /¶DOWHUQDWLYHjla crise se cristalisée autour du tourisme et dans le cas de Salvador, le carnaval 169 V¶LQVSLUDQWGXPRGqOHGH%DUFHORQHGDQVVDFRXUVHDX[-HX[2O\PSLTXHVHQ 177 en est le moment fort. La fête V¶LPSRVH comme réponse à la crise et au chômage et en ce sens ne peut souffrir aucune critique au risque de mener le projet économique j O¶pFKHF. Le sauvetage de la ville en dépend. Les décisions des pouvoirs publics sont en ce sens hors de portée des critiques. Dans ce schéma, les politiciens peuvent être critiqués mais jamais le PRGqOH GH JOREDOLVDWLRQ TXL HVW HQ °XYUH &H GHUQLHU GRLW DYRLU WRXWH O¶LPSXQLWp GH © la solution », et cela bien que le tourisme exclut une grande partie de la population du projet. Il °XYUHau nom du chômage et de la création G¶HPSORLV L¶XQLIRUPLVDWLRQ YLVXHOOH GX FDUQDYDO RSqUH FRPPH XQ élément de cette logique globale. /¶LPDJH GH OD YLOOH doit rester festive et musicale et celle de ses habitants joyeuse et insouciante, comme dans le schéma de la baianité TXLV¶HVWGpYHORSSpDXWRXUGHVQRWLRQVGH paresse de la population noire dès le début du XX e siècle alors que Salvador était dans sa phase de léthargie économique. De cette volonté de régulation visuelle naissent les politiques GH VWDQGDUGLVDWLRQ HW GH FRQWU{OH GX FRPPHUFH LQIRUPHO TXH QRXV DYRQV pWXGLpHV /¶LPDJH recherchée est celle de la propreté et de la modernité, qui comme nous O¶Dvons YXQ¶pSRXVH pas les contours de la tradition des barraqueiros PDLVO¶pFUDVHHWO¶DQQXOH Dias reprend le « plan stratégique de la ville ªTX¶LODQDO\VHGHODVRUWH : la ville est déclinée en 1/ Ville marchandise ; 2/ Ville entreprise ; 3/ Ville patrie. Les rares critiques que ce plan stratégique ont suscité de la part des intellectuels sont bien résumées dans ce commentaire de O¶KLVWRULHQ5HQDWRGD6LOYHLUD170 : « -HQHYRLVLFLTX¶XQHSROLWLTXHLGLRWHGHWRXVOHVSRXYRLUVSROLWLTXHVTXLVH sont succédés. En réalité, il y a surtout une folklorisation de l a culture, ou une instrumentalisation de la culture traditionnelle comme prestation de service exotique pour le tourisme international ». Ces commentaires ouvrent sur notre prochaine partie dans laquelle nous étudierons la globalisation des identités à Salvador. Ces dernières sortent du cadre carnavalesque et intègrent le projet de « vente de la ville » dans un scénario touristique, orchestrant O¶LGHQWLWp du pauvre, du noir, etc. 170 Silveira Renato da, (2001). Enretien in Revista SBPC Cultural : Bahia, Bahia, que lugar é este ? 53ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Universidade Federal da Bahia ± Pro-Reitoria de Extensão, Salvador, 13 a 18 de julho de 2001; Dias (2002:54). 178 CHAPITRE III: TOURISME Identités globales, tourisme ethnique et travailleurs de rue 179 « Aussi pénible que puisse être pour nous cette constatation, nous sommes obligé de la faire SRXUOH1RLULOQ¶\DTX¶XQ destin. Et il est blanc. » Frantz Fanon (1952.) 180 Dans cette dernière partie, nous cherchons à mettre en relation deux points de vue sur la culture noire de Salvador, le premier étant ce que nous analysons et repérons dans la culture des barraqueiros, leur « savoir-faire » ou tradition, le deuxième étant la culture officielle « afro ªjWUDYHUVO¶DQDO\VHHWODSUpVHQWDWion du circuit « etnico afro » de la Bahiatursa. Cet RUJDQLVPHHVWOLpjO¶eWDWGH%DKLDHWHVWHQFKDUJHGHODGLYXOJDWLRQGHODFXOWXUHORFDOH\ FRPSULV j O¶pWUDQJHU DYHF GHSXLV XQH DWWHQWLRQ SDUWLFXOLqUH SRUWpH DX WRXULVPH ethnique et son public cible, les Noirs américains. Nous nous concentrons d'abord sur les particularités culturelles des barraqueiros, pour ensuite observer les mécanismes et les dynamiques de création des catégories raciales (rétrospective historique) et des identités ethniques. Enfin, nous confrontons nos analyses au WRXULVPHHWKQLTXHGH6DOYDGRUDILQGHFRPSUHQGUHG¶RYLHQQHQWOHVSURFHVVXVG¶H[FOXVLRQ réservés au barraqueiros. I- Identités locales Nous prenons comme idée préalable que les commerçants de rue se distinguent les uns des autres par un ensemble de références culturelles, une esthétique et un équipement particulier (lié à une technique). Nous allons détailler ici les éléments dont nous disposons sur le commerce en temps de fêtes pour caractériser les différents types de marchands en fonction de leur contexte de travail et de leur pratique. Dans un premier temps, nous énonçons OHVGLIIpUHQWVW\SHVG¶pTXLSHPHQWVXWLOLVpVSDU OHV PDUFKDQGV SHQGDQW OHV IrWHV SRSXODLUHV HW SHQGDQW OH FDUQDYDO HQ UHOHYDQW O¶DVSHFW esthétique de leur pratique. C'est l'occasion pour nous de pointer le fait que les fêtes populaires font référence à une culture syncrétique, ce qui n'est pas le cas du carnaval. Dans un deuxième temps, nous nous intéressons aux éléments qui font référence au syncrétisme religieux dans les fêtes populaires en général, et dans la pratique des barraqueiros en particulier. Enfin, dans un troisième temps, ces différents types de marchands nous amènent à faire une lecture du commerce informel à partir de quatre profils types qui sont : le pauvre déraciné, le pauvre capitalisé, le pauvre dangereux et le pauvre ethnique. 181 A- Espaces et identités des barraqueiros 1RXV UHSUHQRQV OHV FRQGLWLRQV G¶DFFqV DX FRPPHUFH GH UXH SDU FLUFXLW HW OD PDQLqUH GH travailler pour chaque segment reconnu du « commerce informel ». Nous cherchons à UHFRQQDvWUH HW GLVWLQJXHU GX SRLQW GH YXH GH O¶DFFqV j O¶HVSDFH OHV GLIIpUHQWV W\SHV GH marchands de rue, UpYpODQWO¶KpWpURJpQpLWpTXLH[LVWHHQWUHHX[. Nous avons vu que les espaces festifs détiennent une forte teneur morale, liée au modèle socio-économique en vigueur. Nous cherchons maintenant à distinguer les différentes représentations identitaires qui sont en jeu pendant les fêtes populaires et le carnaval, du point de vue du commerce de rue. 1) Les fêtes populaires /HVFRQGLWLRQVG¶DFFqVDX[IrWHVSRSXODLUHVRQWGpMjpWppWXGLpHVVHORQOHVQRUPHVGXVHUYLFH de la mairie compétent, la SESP ; les modes opérationnels également. En revanche, O¶HVWKpWLTXHHWO¶DVSHFWYLVXHOUHVWHQWGHVSRLQWs délicats à traiter du point de vue des services SXEOLFVSXLVTX¶LOVUHQYRLHQWjXQORXUGSDVVLIFRQFHUQDQWODWUDGLWLRQGHFRPPHUFHGHUXHHQ général et plus particulièrement la présence africaine dans la rue qui se fait carte postale indésirable (mauvaisHV RGHXUV HW SHX G¶K\JLqQH HW HQILQ PHQDFH OHV ERQQHV P°XUV 1RXV souhaitons rendre compte des différents type de commerces au sein des fêtes à partir de leur visibilité particulière et de leur décoration. Sur le terrain, nous repérons des baraques traditionnelles qui rivalisent en matière de décoration affichant, ou non, les marques de bières qui les sponsorisent, à condition de vendre exclusivement leur(s) marque(s)171. 171 1RXV PHWWRQV HQWUH SDUHQWKqVH XQ SOXULHO FDULO V¶DJLW GH JUDQGV WUXVWV HW DGKpUHU j O¶XQ deux, permet de vendre toute la gamme de marques que ce trust possède. 182 Baraque traditionnelle, fête de Boa Viagem, 01/01/2012. %DUDTXHG¶XQHILOOHGHIndia, fête de Nossa Senhora da Conceição, 08/12/2011. Baraque de Nini, fille de India, fête de Nossa Senhora da Conceição, 08/12/2011. Baraque de Nini, fille de India, fête de Iemanja, 02/02/2010. 183 1RXVUHPDUTXRQVO¶HIIRUWSOXVRXPRLQVPDUTXpSRXUGpFRUHUVDEDUDTXHHWO¶LQVFULUHGDQVOD forme traditionnelle du commerce des fêtes populaires. /¶XVDJH GH OD GpFRUDWLRQ WUDGLWLRQQHOOHQ¶HVWSDVREOLJDWRLUHHOOHGpSHQGGXJRWGHFKDTXHPDUFKDQG 'HV PDUFKDQGV PRLQV ³LQVWDOOpV´ RIIUHQW G¶DXWUHV W\SHV G¶pWDODJHV &¶HVW OH FDV GHV PDUFKDQGVDX[JODFLqUHVTXLQ¶RQWSDVODPRLQGUHVWUXFWXUHGHEDUDTXHHWTXLUHVWHQWVRXYHQW MRXUHWQXLWVXUOHVOLHX[GHODIrWHSRXUQHSDVSHUGUHGHWHPSVQLG¶DUJHQWXQRXSOXVLHXUV tickets de bus) en retournant chez eux. Le camping se fait de manière plus ou moins organisé selon les cas. Glacière - Fête de Boa Viagem, tôt le matin, 01/01/2012. Chez certains de ces marchands, nous pouvons noter une importance accordée à l'apparence qui participe de l'image professionnelle et qui contrecarre le préjugé sur la saleté du marchand de rue. La créativité sert de garde-fou contre les on-dit diffamatoires (voir cidessous la glacière décorée et mobile). Vendeur à la glacière décorée, fête de Boa Viagem, 01/01/2012. D¶DXWUHVYHQGHXUVRQWGHVJODFLqUHVSOXVOpJqUHVTX¶LOVSRUWHQWjO¶pSDXOHDYHFXne courroie Nous avons donc pendant les fêtes populaires : les marchands traditionnels des fêtes populaires (barraqueiros et vendeurs de cocktails dont la baraque est souvent décorée de 184 fruits), les marchands à la glacière, et les « carrinhos » vendant des petites colations (hot-dog, pop-corn, barbapapa, etc.). Voyons maintenant la variété du commerce informel pendant le carnaval. 2) Le carnaval Pendant le carnaval, il existe deV PRGDOLWpV G¶DFFqV j O¶HVSDFH HQ IRQFWLRQ GX W\SH G¶pTXLSement des marchands. LD WHQGDQFH HVW j O¶XQLILFDWLRQ GHV PHVXUHV FRQFHUQDQW OH « commerce informel », mais des différences se font sentir en fonction du circuit concerné. /¶LQVFULSWLRQ GX FRPPHUFH Ge rue dans telle ou telle région morale se fait analyseur du UDSSRUWTX¶HQWUHWLHQQHQWOHVSRXYRLUVSXEOLFVDYHFOHFRPPHUFHGHUXHHWGHO¶LPDJHjGRQQHU de Salvador. Différentes catégories de marchands émergent des circuits, non plus selon une inscription identitaire volontaire, mais à partir de normes de standardisation orchestrées par les pouvoirs publics et de la manière dont elles sont appliquées par les agents de la fiscalisation. a) Les comptoirs du circuit Osmar Sur le circuit qui est considéré traditionnel172 OHV DYHQXHV VRQW pWURLWHV VXLYDQW O¶DQFLHQ schéma urbanistique de la ville. La fréquentation des quartiers populaires de la Baie est intense. Le circuit Osmar se trouve dans le centre de cette configuration. Sa réputation est associée à la violence et aux possibles vols. Le commerce informel y est important mais tout DXVVL UpJOHPHQWp TXH GDQV O¶DXWUH FLUFXLW SOXV PRGHUQH /HV UqJOHV VRXSOHV GHV IrWHV SRSXODLUHV Q H[LVWHQW SDV VXU OHV FLUFXLWV SULQFLSDX[ HOOHV V¶DSSOLTXHQW VHXOHPHQW DX[ carnavals de quartiers qui sont situés aux quatre coins de la ville dans des quartiers populaires : Peri Peri, Plataforma, Cajazeiras, Pau da Lima, Liberdade, Itapuà. Sur ce circuit aux avenues étroites, la vente autorisée est celle qui a lieu devant les innombrabOHV ERXWLTXHV TXL IRQFWLRQQHQW j O¶DQQpH HW TXL IHUPHQW OH WHPSV GX FDUQDYDO ¬ cette occasion, chaque propriétaire de boutique cède le temps du carnaval le devant de la ERXWLTXHVRLWO¶HVSDFHFRPSULVHQWUHVDGHYDQWXUHHWODUXHjGHVPDUFKDQGVYHQDQWWravailler OHWHPSVGXFDUQDYDO/HSUL[GHFHWWHWUDQVDFWLRQGpSHQGGHO¶DUUDQJHPHQWIDLWHQWUHOHVGHX[ 172 comme le rappelle un peu de mauvaise grâce le site officiel du carnaval, cette appellation IDLVDQWDSSDUDvWUHVRQDQFLHQQHWpDORUVTX¶LOPLVHVXUOHFLUFXLW© moderne » de Barra Ondina pour attirer les touristes 185 SURWDJRQLVWHVSXLVTX¶LOQ¶H[LVWHDXFXQHOpJLVODWLRQjFHVXMHW1pDQPRLQVLOHVWJpQpUDOHPHQW pOHYpOHVFRPPHUoDQWVjO¶DQQpHHVVD\DQWGHUpFXSpUHUO¶DUJHQWSHUGXSHQGDQWFHWWHVHPDLQH '¶XQ DXWUH F{Wp RFFXSHU O¶HVSDFH SXEOLF OH WURWWRLU SHQGDQW OH FDUQDYDO HVW pJDOHPHQW FRQWU{Op SDU OD PDLULH 'DQV OH FDV GH FHV PDUFKDQGV OH VHUYLFH UHVSRQVDEOH Q¶HVW SOXV OD SESP (secrétariat des services publicsPDLVOD68&20&RQWU{OHHWRUGRQQDQFHGHO¶XVDJH du sol de la municipalité de Salvador). En effet, les marchands construisent sur le trottoir un « comptoir » derrière lequel ils travaillent et sont enregistrés par la mairie au même titre que les producteurs qui construisent des loges ou autres gradins pour assister au carnaval. Ils SULYDWLVHQW O¶HVSDFH SXEOLF FH TXL HVW XQ SHX GLIIpUHQW GHV ORWV PDUFKDQGV TXL HX[ RQW XQ statut négocié par les syndicats respectifs des marchands de rue. Dans le cadre normatif de la SUCOM, les marchands doivent payer un prix fixe pour une base de comptoir de trois mètres de long. En 2012, les prix étaient de : R$ 405,59 + R$ 35,86 par m supplémentaire. Pour avoir une base de comparaison, les producteurs qui investissent dans des gradins et loges personnelles paient la valeur de R$ 45,12 le m . Après la construction de leur structure opérationnelle, ils revendent des places « au balcon » à des prix élevés et en nombre très important. Il est assez surprenant et très peu connu que les marchands du commerce de rue sont soumis à des conditions équivalentes à celles de ces IDLVHXUVG¶DUJHQW Les commerçants doivent construire leur comptoir. En 2003173, nous avons effectué un relevé plus systématique des sommes engagés pour ce type G¶LQVWDOODWLRQ1RXVDYRQVSXFRQVWDWHU GHVQLYHDX[G¶HQGHWWHPHQWWUqVpOHYpVSRXUODSOXSDUWGHVFRPPHUoDQWVDYDQWPrPHTXHOD fête ne commence. Les gains obtenus étaient bien souvent en deçà de ceux espérés. Les marchands traditionnels ne faisaient pas partie de ce groupe qui regroupait plutôt des WUDYDLOOHXUVRFFDVLRQQHOV&HVGHUQLHUVQ¶DYDLHQWSDVWRXMRXUVG¶H[SpULHQFHFRQILUPpHGDQVOH commerce de rue et notamment dans celui, spécifique, de la fête. En revanche, Carlos et sa famille étaient présents. Habitués au commerce de rue dans cette région de la ville, ils prolongeaient leur activité quotidienne. Des restaurateurs de villes voisines étaient également concernés, malgré la décision municipale de limiter le commerce de rue du carnaval et des 173 Je me réfère ici à mon mémoire de DEA soutenu en 2005 : LOURAU, Julie, Circuits urbains, Une analyse spatiale du commerce informel du carnaval de Salvador de Bahia, Mémoire de DEA sous la Direction de Michel Agier soutenu à l¶(FROHGHV+DXWHV(WXGHVHQ Sciences Sociales, Paris, 2005. 186 fêtes aux habitants de Salvador. Les résultats de notre enquête ont fait clairement apparaître que les moins expérimentés croulaient sous les dettes. Comptoirs du circuit Osmar, 2011. b) Le commerce de rue : baraques de drink, glacières. Pourtant le carnaval attire aussi un grand nombre de vendeurs « glacière ªTXLQ¶RQWSDVOHV PR\HQV G¶LQYHVWLU GH IRUWHV VRPPHV HW VH FRQWHQWHQW G¶XQH JODFLqUH TX¶LOV UHPSOLVVHQW GH boissons (sodas, eau et bières). Les pouvoirs publics à travers les équipes de surveillance de la SESP ou de la SUCOM organisent la répartition sur le terrain. Seuls les vendeurs comptoir ont accès aux avenues des circuits centraux, au même titre que les « camarotes » (gradins ou loges). Les autres vendeurs, glacière ou de « petites voitures » type hot-dogs, doivent se répartir sur les allées adjacentes aux circuits principaux. Pour le circuit Osmar, une multitude de ruelles relient les deux avenues principales (Carlos Gomes et Avenida Sete) tout le long du parcours. DaQV OH FDV GX FLUFXLW %DWDWLQKD LO V¶DJLW SULQFLSDOHPHQW GHV UXHV DGMDFHQWHV jOD 3ODFH 0XQLFLSDOH 3RXUOHFLUFXLW 'RG{ LOV V¶DJLW GHV UXHV SDUDOOqOHV DXFLUFXLWF¶HVW-à-dire G¶DXWUHV JUDQGHV DYHQXHV WUDQVIRUPpHV HQ © SODFH G¶DOLPHQWDWLRQ » sur le modèle des shopping centers ou dans des rues adjacentes plus petites où le contrôle se fait moins pressant. La population qui vit dans ces quartiers résidentiels de la classe aisée de Salvador se plaint de O¶LQYDVLRQGHFHVPDUFKDQGVGHUXHjO¶RFFDVLRQGXFDUnaval, car ils changent le standing de leur rue de manière radicale. Les équipes de fiscalisation de la mairie se concentrent sur les FLUFXLWVGRQWO¶LPDJHHVWKDXWHPHQWPpGLDWLVpHHWGRQWLOIDXWpOLPLQHUWRXWDVSHFWGHGpVRUGUH de saleté ou de marginalisation. Ce cadre doit servir de vitrine touristique à Salvador et au Brésil. Afin de garantir une image lavée de signes extérieurs de saleté ou de pauvreté, les 187 pouvoirs publics implantent une batterie normative à destination du commerce de rue, ayant pour dessein la « défavelisation du carnaval ª 'DQV OH PrPH RUGUH G¶LGpH, les rues plus KXSSpHVGRLYHQWDFFHSWHUOHWHPSVG¶XQFDUQDYDOG¶rWUHVDFULILpHDXFRPPHUFHGHUXHHWDX[ WRLOHWWHV SURYLVRLUHV SRXU VDXYHU O¶LPDJH PpGLDWLTXH GH OD YLOOH FRQFHQWUpH Dutour des caméras qui filment les défilés carnavalesques. Le temps du carnaval, la majeure partie des équipes de police ou de surveillance est concentrée sur les circuits carnavalesques. Le reste de la ville doit supporter la paralysie momentanée. Quoi qX¶LO HQ VRLW ERQ QRPEUH GH SHUVRQQHV H[FXVH 0RQVLHXU &DUQDYDO VRLW SDUFH TX¶LOV YRQW HX[-PrPHV V¶\ DPXVHU VRLW \ WUDYDLOOHU /HV SOXV LPSRUWXQpV YLYHQW j proximité des circuits. Ils partent alors en voyage non sans avoir loué leur appartement à des touriVWHVDYLGHVGHIrWHePHUJHDLQVLXQWRXULVPHSDUDOOqOHDXFDUQDYDOFHOXLGHO¶pYDVLRQRX du tourisme vert. Les marchands, eux, travaillent jour et nuit. Ils campent tant bien que mal sur leur lieu de travail profitant de quelques heures de repos lorsque pointe le matin. Glacières et tente dans une rue adjacente au circuit Batatinha, tôt le matin, 2011. Glacières dans une rue adjacente au circuit Osmar, 2011. 188 'DQVOHVPpGLDVQRXVUHWURXYRQVWRXMRXUVODUKpWRULTXHGXPDQTXHG¶K\JLqQHGH O¶LPSURvisation de mauvais goût et parfois du travail infantile. « Sans structure, les ambulants dorment dans des hamacs et urinent dans la rue. Viviane et Erick improvisent un lit sous un camion qui vent des glaçons près de Bara-Ondina. »174 c) Les baraques traditionnelles Mis à part quelques emplacements particuliers, les tables et les chaises sont interdites sur les circuits pour ne pas gêner la circulation du carnaval. Ces espaces réservés sont peu nombreux et ne sont pas toujours intéressants aux yeux des barraqueiros au point que ceux-ci préfèrent V¶DEVWHQLUGHWUDYDLOOHUSHQGDQWOHFDUQDYDORXELHQFRPPHla fille India, opte pour une autre solution, occuper un restaurant dont elle connaît le propriétaire à qui elle paie un loyer occasionnel, sur le modèle des pas-de-porte loués par les ambulants. En effet, ces rares emplacements répondent plutôt aux normes des pouvoirs publics, en relation avec la SALTUR, qui privilégient le fait qu'ils ne gênent pas la circulation du carnaval, qu'à des intérêts commerciaux. La distribution d'un équipement conventionné SDUWLFLSHGRQFDXFRQWU{OHGHO¶HVSDFHFDUQDYDOHVTXHSXLVTXHOHVPDUFKDQGVQHSHXYHQWSOXV V¶LQVWDOOHURLOVYHXOHQWQLGLVSRVHUGXPDWpULHOGRQWLOVRQWEHVRLQ De ce fait, les baraques traditionnelles sont de moins en moins nombreuses sur les circuits du carnaval. Les chiffres sont parlants : en 1999175XQDSSHOG¶RIIUHHVWODQFpSRXUODPLVHHQYHQWHGH baraques traditionnelles pour le carnaval 2000, réparties sur 11 aires des 3 circuits principaux. 174 Reportage sur le site : http://diversao.terra.com.br/carnaval/2012/noticias, consulté en date du 12/04/2012 189 En 2009176, nous ne connaissons pas le nombre exact de baraques traditionnelles en place, PDLVQRXVVDYRQVG¶DSUqV les relevés trouvés dans le Journal officiel TX¶LO\Dun plafond de 80 baraques$XMRXUG¶KXLOHQRPEUHHVWencore inférieur. Les baraques les moins menacées sont celles du Terreiro de Jesus, les baraques officielles du 3HORXULQKRTXLVRQWPRQWpVjFKDTXHpYpQHPHQWIHVWLI(OOHVGpSHQGHQWG¶XQHDVVRFLDWLRQOLpH au centre historique et non aux fêtes populaires. Il reste encore quelques baraques Praça Castro Alves et au Jardim Suspenso (Campo Grande) mais la tendance est nettement au déclin. De plus, ces baraques ne gardent plus les éléments visuels distinctifs des baraques traditionnelles. Elles se fondent dans le décor carnavalesque tapissées de bâches publicitaires en matière plastique des sponsors commerciaux. En comparaison, OH QRPEUH G¶DPEXODQWV enregistrés pour travailler comme vendeurs LQIRUPHOVV¶pOqYHj2 000177 en 1999, à 3 760178 en 2009179 et à 5 280 en 2012180. Est-ce que cette hausse signifie que les mesures de contrôle sont telles que les marchands ne peuvent plus échapper aux mesures d'enregistrements " 2X TX¶LO \ D XQH QHWWH DXJPHQWDWLRQ GX nombre de travailleurs informels ? Les deux hypothèses peuvent être vraies. Nous pouvons donc conclure que les mesures restrictives des pouvoirs publics touchent principalement les baraques traditionnelles. Le commerce de rue standardisé est lui à la hausse, relégué dans des zones périphériques. 175 Diario Oficial do Municipio du 13/10/1999, N°2.582; du 19/10/1999, N°2586 ; du 21/10/1999, N°2588, du 25/10/1999, N°2590, et du 11/11/1999, N°2.601. 176 Diario Oficial do Municipio do 20 a 26/02/2009, ano XXII, N°4.843. 177 &HSHQGDQW XQ DUWLFOH GX PrPH -RXUQDO RIILFLHO IDLW DSSDUDvWUH TX¶XQ JUDQG QRPEUH G¶DPEXODQWV D WUDYDLOOp VDQV DXWRULVDtion préalable, et souligne que les contrôles de fiscalisations devront désormais être plus efficaces. 178 /HVPHVXUHVGHFRQWU{OHVRQWHIIHFWLYHPHQWUHQIRUFpHVSXLVTX¶XQJLOHWHVWGLVWULEXpDX[ ambulants qui ont payé leur taxe et suivi le stage concernant O¶K\JLqQHHWODPDQLSXODWLRQGHV aliments. De cette manière, le travail des agents de contrôle de la SESP est simplifié. Ils n'ont plus qu'à vérifier les licences des porteurs de gilet. 179 Diario Oficial do Municipio do 20 a 26/02/2009, ano XXII, N°4.843. 180 Chiffre fourni par un responsable du CFM da SESP, service en charge du commerce informel pendant le carnaval le 05/01/2012. 190 Baraques traditionnelles, Praça Castro Alves, 2011. Baraques traditionnelles du centre historique, 2011. B- Syncrétisme religieux Dans notre exposition des différents types de marchands nous relevons le fait que les baraques qui présentent des signes de tradition à travers une décoration spécifique sont SUpVHQWHVGDQVOHVIrWHVSRSXODLUHV&HVPrPHVEDUDTXHVQ¶RQWSRXUDLQVLGLUHSOXVG¶HVSDFH dans le carnaval où les affiches publicitaires des marques de bières tiennent lieu de décoration. Nous allons maintenant détailler les signes de syncrétisme religieux présents dans les fêtes populaires et chez les barraqueiros DILQG¶HQFRPSOpWHUOHSURILO 1) Présence du candomblé religieux ou commercial dans les fêtes populaires ¬ SDUWLU G¶H[SpULHQFHV GHWHUUDLQ QRXV DSSRUWHURQV TXHOTXHV pOpPHQWV YLVXHOV HWGHVcriptifs sur le syncrétisme religieux pendant les fêtes populaires. 191 a) /¶DXWHO Nous nous appuierons ici, pour démontrer le syncrétisme religieux, sur la fête de Santa Barbara, non pas que ce soit un cas unique dans le calendrier des fêtes populaires, mais parce TX¶HOOHHVWSHXW-être la plus significative visuellement. Santa Barbara, ou Sainte Barbe, pour être la sainte patronne des pompiers, et donc liée au feu, été associée dans le syncrétisme UHOLJLHX[j,DQVjODGpHVVHGXIHXGHO¶pFODLUHWGHODWHPSrte. Sa couleur est le rouge. Sur les deux premières photographies prises au cours de la dernière édition, nous pouvons observer l'autel dont la couleur dominante des fleurs est le rouge et la statue de São Benedito, un saint noir, un esclave affranchi considéré comme un modèle de pénitence. Dans le candomblé, il est Ossain, le maître des feuilles et de la médecine. Il a été, selon certains cultes, un des époux de Iansà. Cet autel se trouve dans l'enceinte du marché São Miguel où a lieu la distribution du caruru, un des plats rituels de Iansà. Le marché São Miguel est le haut lieu de ODIrWHDXPrPHWLWUHTXHO¶pJOLVH'DQVOHUHQIRQFHPHQWVRUWHGHQLFKHVHUYDQWG¶DXWHOVH tiennent donc les statues de sainte Barbe, de saint Benoît, les offrandes rituelles composées GHFUHYHWWHVHWGHSODWVSUpSDUpVDYHFGHO¶KXLOHGHSDOPHGHFRXOHXUURXJHHWXQHbaiana en tenue, imposante dans cet espace étriqué, qui demande une contribution à tous ceux qui viennent se recueillir et faire une offrande à sainte Barbe sous forme de fleur ou de parfum. &HWWH FRQWULEXWLRQ SHXW rWUH DVVLPLOpH j XQH DXP{QH HQ O¶KRQQHXU GH OD VDLQWH GDQV OH EXW G¶HQWUHWHQLUVRQDXWHO 'DQV FHW HVSDFH SURIDQH XQ PDUFKp FRXYHUW OH V\QFUpWLVPH HVW FRPSOHW ,O H[LVWH G¶DXWUHV autels dédiée à la sainte, mais celui-ci est le plus connu et le plus visité. La distribution de nourriture y est sûrement pour quelque chose. Photo 1 - Statue de santa Barbara, 04/12/2011. Archives personnelles. 192 Photo 2- São Benedito, à côté de santa Barbara, recevant des offrandes, 04/12/2011. Archives personnelles. b) La foi ([DFWHPHQW HQ IDFH GH O¶HQWUpH GH O¶DOF{YH WRXMRXUV GDQV OH PDUFKp 6mR 0LJXHO WURLV SHUFXVVLRQQLVWHV G¶XQ FDQGRPEOp -HMr MRXHQW GHV U\WKPHV HQ O¶KRQQHXU GH OD VDLQWH ,OV VH plaignent que les FRPPHUoDQWVGXPDUFKpQHOHXURIIUHQWSDVPrPHXQHERXWHLOOHG¶HDXDORUV TX¶LOVYLHQQHQWMRXHUGHSXLVGHVDQQpHVSRXUVDLQWH%DUEH,OV\VRQWWHQXVSDUXQHREOLJDWLRQ liée à leur terreiro GRQWO¶XQGHVPXVLFLHQVHVWOHILOVGX Pai de Santo. Ils jouent donc sans UHFXHLOOLU G¶DUJHQW PDLV SOXW{W FRPPH XQH REOLJDWLRQ ULWXHOOH 1RXV SRXYRQV REVHUYHU OHV musiciens sur la photo 4 ainsi que la file des fidèles attendant leur tour pour se recueillir quelques instants aux pieds de la statue de la sainte où coule une source. Le lieu est très fortement chargé en énergie, on en sort apaisé. Les murs du marché São Miguel ont été fraîchement repeints en rose orangé. Photo 3- File des fidèles allant faire une offrande à sainte Barbe dans sa niche / autel du marché São 0LJXHOHWILGqOHVGXFDQGRPEOpV¶DSSUrWDQWjMRXHUSRXU,DQVj 193 &HWWH DQQpH O¶pJOLVH GH 1RVVD 6HQKRUD GR 5RVDULR GRV SUHWRV TXL VH WURXYH j XQ SkWp GH maison du marché, dans la « ladeira du Pelourinho181 », est en travaux. En conséquence, la meVVHDpWpGRQQpHVXUODUXHHQSHQWHTXLODORQJHVXUXQHVFqQHPRQWpHSRXUO¶RFFDVLRQ/H public des fidèles et des badauds est vêtu de rouge même pendant la messe catholique. La VDLQWHVRUWGHO¶pJOLVHSRXUUHMRLQGUHOHSUrWUHHWSDUWLFLSHUjXQHSURFHVsion qui passe par la FDVHUQHGHV3RPSLHUVSXLVSDUOHPDUFKp6mR0LJXHOHWUHWRXUQHjO¶pJOLVH /¶pPRWLRQjOD sortie de la statue est intense, beaucoup de femmes crient et pleurent : « Ma mère ! Ma mère !... ª/¶LGHQWLILFDWLRQGHODVDLQWHjO¶RUL[DHVt complète. Photo 4- Fidèles de sainte Barbe / Iansà assistant à la messe qui a lieu en plein air devant O¶pJOLVH c) Le commerce religieux Aux abords de la foule, les vendeurs ambulants se pressent, notamment ceux qui font FRPPHUFHG¶LPDJHVet autres bibelots de la sainte, le tout aux couleurs rouge et blanche de Iansà. En rayon, collier de candomblé représentant Iansà, petites statuettes, reproductions de VRQLPDJHSULqUHVHQVRQQRPSHQGHQWLIVEUDFHOHWVHWFKDSHOHWV/¶DVSHFWFRPPHUFLDOautour GHODIRLFDWKROLTXHQ¶HVWGRQFSDVDEVHQW 181 La côte qui donne le nom au quartier historique et touristique. Cette côte est aussi emblématique des concerts gratuits qui ont été donné pendant des années par le groupe du Olodum, au même endroit où la scène pour le prêtre a été montée. 194 Photo 5- Fête de sainta Barbara, 2011. Vendeuse de bondieuseries. 6XU OD SKRWR OH FDGUH FKDQJH SXLVTX¶LO V¶DJLW GH OD IrWH GH 1RVVD VHQKRUD GD FRQFHLomR mais des scènes identiques étaient visibles le jour de santa Barbara : des pais de santos et des baianas ODQFHQW GHV SRS FRUQ HQ VLJQH GH EpQpGLFWLRQ VXU OHV SDVVDQWV HW V¶HPSUHVVHQW GH demander deux reais. Il s'agit là d'une autre forme de "petit boulot" lié au religieux, mais cette présence du canGRPEOp DX[ DERUGV GH O¶pJOLVH FDWKROLTXH GDQV XQ EXW OXFUDWLI HVW UpFHQWH6HXOHVOHVIrWHVTXLGRQQHQWOLHXjXQODYDJHGXSDUYLVGHO¶pJOLVHHWTXLQpFHVVLWHQW un grand nombre de baianas SHXYHQWIDLUHO¶REMHWG¶XQHUpPXQpUDWLRQ/HVSRXYRLUVSXEOLFV se cKDUJHQWFHVGHUQLqUHVDQQpHVGHIRXUQLUODPDLQG¶°XYUHQpFHVVDLUHHQHPSOR\DQWFRPPH prestataires de service des baianas SRXU rWUH VUV TX¶HOOHV QH PDQTXHURQW SDV DX WDEOHDX WRXULVWLTXH,OQ¶HVWSDVGHPDQGpG¶DUJHQWDX[ILGqOHVRXDX[WRXULVWHVSDUOHVbaianas. /HFDQGRPEOpHQWDQWTXHIRONORUHF¶HVW-à-dire en dehors de son cadre rituel est donc une nouveauté dans le cadre des fêtes populaires. Il dénote une volonté de commercialisation de la religion afro brésilienne auprès des touristes, badauds et fidèles des fêtes populaires. Nous SRXYRQV SHQVHU TXH OHXU SUpVHQFH DX SLHG GH O¶pJOLVH YLVH SOXW{W OD IRXOH GHV ILGqOHV 1RXV DYRQV YX TXH FHWWH IrWH EpQpILFLH FHV GHUQLqUHV DQQpHV G¶XQH FKXWH GH IUpTXHQWDWLRQ /¶pWDW G¶DEDQGRQGXTXDUWLHUQ¶DLGHSDVjDWtirer du public. Les touristes ne sont donc pas nombreux. Ainsi les Pais de Santos doivent jouer sur la foi syncrétique des fidèles pour gagner leur aumône. 195 Photo 6- /HV3qUHVHW0qUHVGH6DLQWDXSLHGGHO¶pJOLVHGHOD&RQFHLomR faisant des bénédictions aux fidèles de Nossa Senhora da Conceição, 08/12/2011. 2) Les BarraqueirosO¶$IULTXHHWOH&DQGRPEOp Si nous avons pu constater une similarité entre le traitement réservé aux barraqueiros et celui réservé aux Africains au XIXe siècle de la part des poXYRLUVSXEOLFVQRXVQ¶DYRQVSRXUWDQW pas associé directement leur tradition, les uns travaillant dans un environnement quotidien il y a 150 ans, les autres se débattant dans le cadre festif contemporain. Cependant, force est de constater que certaines pratiques sont issues du candomblé, parmi elles, vouer un culte à un saint au sein de sa baraque. Cela peut se résumer à la présence discrète d'une image (par exemple un saint Georges terrassant le dragon) jusqu'à l'installation d'un autel avec bougie (voir pKRWR&HVSUDWLTXHVQRXVUHQYRLHQWDX[FpUpPRQLHVG¶LQYHVWLWXUHVGHV&DSLWDLQHVGH « cantos » qui prenaient elles aussi appui dans le candomblé. Photo 7- Baraque traditionnelle avec ses Saints protecteurs, Cosme et Damião, Fête de Boa Viagem, 01/01/2012. 196 Photo 8- =RRPVXUO¶DXWHOGH&RVPHHW'DPLmR Fête de Boa Viagem, 01/01/2012. À travers ces cultes familiers, nous avons la confirmation que les barraqueiros relèvent, en SOXVG¶XQPRGHGHIDLUHHWG¶rWUHHQUHODWLRQDYHFOHVDXWUHVG¶XQV\Vtème de croyances qui OHV OLHQW DX[ IrWHV SRSXODLUHV HW SOXV JpQpUDOHPHQW j O¶DLUH PRUDOH GH OD SUHPLqUH SpULRGH celle où l'activité était concentrée dans le vieux centre autour de la Baie. À l'époque, le système de valeurs reposait sur des principes de GpSHQGDQFHV HW G¶HQWUDLGH SRXU O DVSHFW social, et de syncrétisme, pour l'aspect religieux. Pourtant, tous les barraqueiros ne s'inscrivent pas dans cette tradition. Pendant le carnaval, les genres se mélangent et créent un amalgame entre des commerçants issus de traditions très différentes, même si elles sont toutes répertoriées sous l'appellation de « commerce informel » par les pouvoirs publics. Nous allons quant à nous tenter de définir quatre idéaux-types à partir des marchands rencontrés sur le terrain. C- Les quatre identités du pauvre : formalisation identitaire 1) Le pauvre déraciné ± « Dona India » La présentation de Dona India et sa fille que nous avons faite dans la première partie est reprise dans son contenu par une journaliste du journal A Tarde du 13/12/2011, Juliana Dias. 1RQ SDV TX¶HOOH DLW HX DFFqV j PHV pFULWV PDLV SDUFH TXH 1LQL OD ILOOH ,QGLD VH SODvW j VH UDFRQWHU GH OD VRUWH j TXL YHXW O¶HQWHQGUH RX GX PRLQV DX[ UHSUpVHQWDQWV GH TXHOTXHV HQWUHSULVHVRXLQVWLWXWLRQVFRPPHO¶XQLYHUVLWp dans mon cas, ou le journal A Tarde, dans le FDVGH-XOLDQD'LDV'HIDLWMHFURLVTX¶HOOHDVVLPLODLWPRQWUDYDLOjFHOXLG¶XQHMRXUQDOLVWH un possible porte-SDUROHGHVHVUHYHQGLFDWLRQV&¶HVWHQFHVHQVTXHM¶DLSULVVDILJXUHFRPPH 197 emblème des marchands des fêtes populaires. Elle dramatise peut-être mieux que les autres la SURIHVVLRQHWOHVREVWDFOHVUHQFRQWUpV1¶RXEOLRQVSDVTX¶HOOHHVWXQHGHVWrWHVSHQVDQWHVGH O¶DVVRFLDWLRQGHVPDUFKDQGVGHVIrWHVSRSXODLUHV(QIDLWWRXVVXELVVHQWjSHXSUqVOD même UpDOLWp HW VH SODLJQHQWHQ SUHPLHU OLHX GH OD GLPLQXWLRQ GHOHXU UHQWUpH G¶DUJHQW/H WLWUH GH O¶DUWLFOH182, « Les fêtes populaires bahianaises vivent un rythme de changements : Les célébrations comme celles de Santa Luzia gagnent un nouveau visage et une nouvelle dynamique entrainés par les changements opérés ces quarante dernières années ». Dans cet DUWLFOHODMRXUQDOLVWHUHODWHjODIRLVOHVSDUROHVGHODILOOH,QGLDHWG¶DQWKURSRORJXHVHWFRQFOXW sur une nette décadence des fêtes populaires. Le désarroi de Nini y est présent, elle relate comment sa mère, Dona India avait pu nourrir douze enfants avec cette seule activité et la GpFDGHQFH GHV IrWHV SRSXODLUHV G¶DXMRXUG¶KXL XQLTXH PRWLI PLV HQ DYDQW SDU OD MRXUQDOLVWH quant au désarroi de Nini). Les pouvoirs publics ne sont pas mis en cause. 'DQVODGHUQLqUHHQWUHYXHTXHM¶DLHXHDYHF1LQLSHQGDQWODIrWHGHOD&RQFHLomRGD3UDLDHQ GpFHPEUHM¶DLPRL-PrPHpWpVXUSULVHSDUO¶DEVHQFHGHUDQF°XUYLV-à-vis des pouvoirs publics et plus encore vis-à-vis des sponsors des marques de bière183. Cette fois-ci elle me présentait la marque de bière qui la soutenait comme un partenaire avec qui elle entretenait une relation de confiance et qui la traitait de façon privilégiée, lui prêtant par exemple en plus des congélateurs, tables et chaises, de façon occasionnelle une sonorisation qui lui permettait OHVRLUYHQXG¶DQLPHUVDEDUDTXHDYHFGHV© serestas », style musical romantique et populaire. /¶DQLPRVLWp GH QRWUH SUHPLHU HQWUHWLHQ HQYHUV OHV VSRQVRUV GH ELqUH TXL P¶DYDLW PDUTXp Q¶pWDLWGRQFSOXVYLVLEOH$FURLUHTXHODWUDGLWLRQTXLV¶pWDLWVHQWLHWHOOHPHQWPDOPHQpHSDU FHVQRXYHDX[SDUWHQDLUHVV¶pWDLWILQDOHPHQWDGDSWpHHWDSSUpFLDLWGRUpQDYDQWO¶LQWUXVLRQGHOD technique dans son horizon. '¶DSUqV OHV DQWKropologues et historiens, la journaliste recense différents motifs comme responsables de la décadence : « densité démographique, massification, privatisation, fragmentation des groupes sociaux, violence et infrastructure précaire ». Ordep Serra, anthropologue conclut sur la « massification des fêtes » au détriment de la fête FRPPXQDXWDLUH5REHUWR$OEHUJDULDDXWUHDQWKURSRORJXHEDKLDQDLVGpQRQFHO¶pWLUHPHQWGHV tissus urbains qui causent une véritable distance et indique que les moyens techniques 182 « Festas populares baianas vivem ritmo de mudanças », A Tarde, 13/12/2011. 183 Lors de mes entretiens en 2003 et 2005, il y avait beaucoup de ranc°XUGDQVVRQGLVFRXUV à ce sujet. 198 permettenWG¶LPSURYLVHUXQHIrWHjWRXVOHVFRLQVGHUXHTXDQGO¶HQYLH\HVW Ces arguments, nous les avons-nous-PrPHVDERUGpVjSDUWLUG¶DQDO\VHVGpWDLOOpHVGHVIrWHVSRSXODLUHVHWGX FDUQDYDO WDQW GDQV O¶DVSHFW GH PDVVLILFDWLRQ TXH GDQV FHOXL GH OD OHFWXUH PRUDOe du tissus urbain. La tradition des marchands des fêtes populaires semblent donc être principalement affaiblie du fait de la perte de vigueur de leur contexte originel : les fêtes de « largo ». Nous retrouvons les barraqueiros plongés dans un univers quL Q¶HVW SDV VSpFLILTXHPHQW OH OHXU FHOXL GX WUDYDLOOHXULQIRUPHO SHQGDQWOH FDUQDYDO &HW DPDOJDPH GH O¶LQIRUPDOLWp HQ UDMRXWH VXUODSHUWHLGHQWLWDLUHSXLVTX¶LOIDXWVHSOLHUjGHVUqJOHVTXLQ¶RQWSDVpWpWDLOOpHVVXUPHVXUH mais qui tendent au contraire à unifier, standardiser des populations de marchands de rue qui Q¶RQWSDVOHVPrPHVUpIpUHQFHVGHWUDYDLO A cela peut être ajouté le fait que les mesures des SRXYRLUV SXEOLFV j O¶pJDUG GX FRPPHUFH GH UXH Q¶HQ ILQLVVHQW SDV G¶rWUH UpDPpQDJpHV ; comme si les travailleurs de rue restaient un éternel problème, jamais résolu, qui doit être VDQVDUUrWPLHX[HQFDGUpSOXVVWDQGDUGLVp«$WLWUHG¶H[HPSOHOHMRXUQDO$7DUGHGDQVVRQ édition du 08/12/2011 annonçait les changements propres à cette édition du carnaval, dénonçant en filigrane la préoccupation de ce qui sera visible dans le circuit Barra Ondina qui est principalement médiatisé : installation de caméras dans les gradins et les loges et certains blocs, tournées vers la rue (dispositif qui pourra être rendu obligatoire en 2013) ; une nouvelle réglementation concernant les ballons publicitaires ; réglementation et contrôle des temps de défilés et des réglages sonores ; création de zones spéciales pour les vendeurs ambulants, ils devront rester à proximité des cordons des blocs, uniquement avec des glacières de petites tailles dont les dimensions seraient fixées préalablement ». Des zones de campement étaient en projet permettant repos et hygiène minimum à cette population qui le temps du carnaval devient nomade. Ces zones se situent évidemment à une distance honorable du circuit et des caméras. En réponse plausible à une de mes questions initiales, Dominique Vidal 184 (2002) apporte des éléments de réponse. Pourquoi ces marchands qui revendiquent un savoir faire propre, une tradition, ne rencontrent-LOV SDV XQ WHUUDLQ IDYRUDEOH TXL SRXUUDLW OHV LQWpJUHU DX QRP G¶XQH culture populaire au calendrier touristique ? Pourquoi leur savoir-IDLUHQ¶HVW-LOSDVG¶DYDQWDJH YDORULVp HQ WDQW TXH VXUYLYDQFH GX SDVVp TX¶HOOH soit associée à une matrice africaine ou 199 purement brésilienne ? Ou encore, plus simplement, pourquoi ces pauvres, noirs ou métisses RXDVVRFLpVjO¶XQHRXO¶DXWUHGHFHVFDWpJRULHVQHSHXYHQW-ils pas participer de O¶HXSKRULH\ compris économique) qui caUDFWpULVHOHPRXYHPHQWDIURTXLV¶pSDQRXLWSOHLQHPHQWSHQGDQWOH FDUQDYDO R OHV U\WKPHV HW GDQVHV VRQW DVVRFLpV j O¶RULJLQH DIULFDLQH GH OD SRSXODWLRQ GH 6DOYDGRU« QRWDPPHQW SDU OHV WRXULVWHV ? Dominique Vidal à propos des bonnes (les employées domestiqueVGH5LRGH-DQHLURHWGH5HFLIHDYDQFHO¶DQDO\VHVXLYDQWH : la bonne qui est associée à la « mulata ª UHIXVH SRXU O¶LQVWDQW O¶DVVLPLODWLRQ j O¶LGHQWLWp IRUPDOLVpH afro car elle aspire aux mêmes idéaux sociaux que sa patronne. Elle ne souhaite pas un statut jSDUWPDLVMXVWHSOXVG¶pTXLWpHWGHFRQVLGpUDWLRQ Ces considérations rejoignent en cela celles de Dona India et de sa fille qui ne se voient pas HQPDUJHGHODIrWHDXFRQWUDLUHHOOHVVHVHQWHQWGpWHQWULFHVG¶XQVDYRLUIDLUHSURSUHjODIrWH IO Q¶\ D SDV GH YRORQWp G¶DIILFKHU XQH FXOWXUH DXWUH VHXOHPHQW XQH YRORQWp G¶DIILFKHU XQH FXOWXUHSURSUH'HPrPHLOQ¶\DSDVGHUpIpUHQFHjXQH$IULTXHSHUGXH/HVERQQHVGH9LGDO UHFKHUFKHQWO¶pJDOLWpjWUDYHUVOHUHVSHFWPRWG¶RUGUHGHODSDUWGHVHs patrons (pour India le PRWG¶RUGUHHVWODUHFRQQDLVVDQFHGHOHXUVDYRLU-faire posé comme tradition). Le mode de vie GHVSDWURQVHVWFRPPHRQO¶DGLWHQYLpHWQRQFULWLTXpVXUOHIRQG&¶HVWMXVWHPHQWFHGpVLU G¶pJDOLWp TXL HPSrFKH G¶DGKpUHU OHV ERQQHV ou les barraqueiros au mouvement afro qui a SRXU IRQGHPHQW OD GLIIpUHQFH $YHF OXL V¶LPSRVH OD GLIIpUHQFH FXOWXUHOOH &H PRXYHPHQW G¶DSUqV 9LGDO QH SUHQG SDV GDQV OHV FRXFKHV SRSXODLUHV TXL RQW LQFRUSRUp OHV YDOHXUV GX métissage (pouvoir sexuel du « noir », du « mulâtre », du « moreno » sur le « blanc ») à la manière dont Thales de Azevedo explique les relations raciales dans les années 1950. La tendance est à se blanchir pour accéder au modèle social de la classe moyenne majoritairement blanche, et non à se noircir pour accéder aux discriminations positives. Dans OH FDV GHV ERQQHV OD FRQFXUUHQFH DYHF OD SDWURQQH HVW SOXV IRUWH TXH O¶DIILUPDWLRQ G¶XQH opposition cultuelle. /¶LGHQWLWpDIURGDQVOHFDGUHGXFDUQDYDOHVWODLVVpHVDX[EORFVFXOWXUHOVHW ne représentent SDVOHQRLUGHODUXHFRPPHUoDQWRXWUDYDLOOHXUGHO¶LQIRUPHO6WHIHQ6HONDpWXGLHFHWWHPrPH question avec les participantes de la confrérie de la Bonne Mort à Cachoeira qui jonglent entre ces deux modèles identitaires (du syncrétisme et GH O¶DIILUPDWLRQ G¶XQH GLIIpUHQFH culturelle) pour obtenir une visibilité. 184 VIDAL, Dominique, « Le bel avenir de la mulata : La bonne, sa patronne et son patron » 200 Les emplacements des baraques traditionnelles sont ceux qui ont été le plus malmenés et persécutés par les pouvoirs publics et qui se trouvent en quantité minime et à des conditions qui découragent le plus grand nombre. Dans le carnaval, il ne fait pas bon être « tradition », mieux vaut adopter un habit standardisé « afro » pour les groupes culturels ou « informel » pour les barraqueiros. 2) Le pauvre capitalisé ± « Carlos » '¶DSUqVles données obtenues auprès de la SESP, la catégorie des travailleurs informels dans ODTXHOOHV¶LQVFULW&DUORVYHQGHXUDX[© carrinhos ») est en constante augmentation pendant le FDUQDYDO /HV HPSODFHPHQWV PDUFKDQGV SRXU OH FRPPHUFH LQIRUPHO FURvVVHQW G¶Dnnées en DQQpHVFHTXLSURXYHTXHOHVSRXYRLUVSXEOLFVQ¶RQWSDVXQHDWWLWXGHVWULFWHPHQWKRVWLOHDX commerce de rue. Nous pouvons cependant nous demander pourquoi ce modèle plutôt que celui des marchands des fêtes populaires ? Un premier élément de réponVH VHUDLW TXH O¶DEVHQFH GH UHYHQGLFDWLRQ LGHQWLWDLUH IDFLOLWH O¶XQLIRUPLVDWLRQHWODVWDQGDUGLVDWLRQGHFHW\SHGHPDUFKp'HSOXVVHVDFWHXUVQHVRQWSDV réticents à ces mesures, au contraire. Carlos, comme tous les marchands de rue du quotidien avec lesTXHOVMHPHVXLVHQWUHWHQXHYDORULVHOHIDLWG¶DYRLUDFFqVjXQFUpGLWEDQFDLUHDILQGH V¶pTXLSHUDYHFGXPDWpULHOVWDQGDUGLVpHWDXWRULVp,OQ¶RSSRVHSDVGHUpWLFHQFHDXFRQWUDLUH il adhère au projet qui représente un effort de professionnalisation. Les pouvoirs publics souhaitent donner un aspect plus professionnel et moins improvisé aux yeux des badauds et OHV PDUFKDQGV SHXYHQW XVHU GHV DUJXPHQWV G¶K\JLqQH HW GH SURIHVVLRQQDOLVDWLRQ DXSUqV GHV clients. Les normes de standardisation ne sont donc plus un signe de manque de respect à une WUDGLWLRQPDLVXQHPDUTXHG¶LQWpUrWSRXUXQHFDWpJRULHGHODLVVpVSRXUFRPSWHGHODVRFLpWp qui a dû improviser un moyen de survie. /D WHQGDQFH HVW GRQF j OD PXOWLSOLFDWLRQ HW j O¶DFFHSWDWLRQ GH OD SUpFDULWp VRXV FHUWDLQHs conditions WD[H G¶HQUHJLVWUHPHQW HWRX GH IRQFWLRQQHPHQW QRUPHV G¶K\JLqQH j UHVSHFWHU matériel standardisé, signe distinctif (badge, gilet), etc. Ainsi, tous les marchands sont regroupés en fonction de normes et non plus de distinctifs identitaires. Cet amalgame permet de classer, ranger « la pauvreté », sans opérer de distinction, car seule cette catégorie est YDOLGpH SDU OHV DJHQFHV LQWHUQDWLRQDOHV VXVFHSWLEOHV G¶DLGHU OHV SD\V HQ YRLH GH développement ou émergents. in Cahiers du Brésil Contemporain, n°49-50, 2002, p.153-166. 201 3OXW{WTX¶XQHLGHQWLWpORFDOHPDl vue ou marginalisée, « la pauvreté globale ªEpQpILFLHG¶XQ UHJLVWUH PRUDO SRVLWLI GRQW %UXQR /DXWLHU UHWLHQW O¶HIIHW PRUDOLVDWHXU (Q HIIHW GDQV VRQ article185 sur le discours de la Banque Mondiale dans sa lutte contre la pauvreté, il analyse la rhétoriTXHPRUDOLVDWULFHTX¶LOPHWHQUHODWLRQDYHFFHOOHGHO¶pFRQRPLHVRFLDOHTXLGRPLQHDX 19ème VLqFOH 6¶LO OHV PHW HQ UHODWLRQ F¶HVW SRXU PRQWUHU TXH FKDFXQ GH FHV SURMHWV pFRQRPLTXHVV¶DSSXLHVXUXQSURMHWVRFLDO &¶HVWHQWUHHWTXHVHGpYHORSSHOHGLVFRXUVGHODSKLODQWKURSLHHWGHO¶pFRQRPLH VRFLDOH TXL HVW UHSULV DXMRXUG¶KXL SDU OD %DQTXH 0RQGLDOH 6HORQ FH GLVFRXUV LO IDXW GLVWLQJXHU OD SDXYUHWp GH OD PLVqUH 6L O¶RQ QH SHXW SDV PHWWUH ILQ j OD SDXYUHWp LO IDXW DX PRLQV TX¶HOOH QH GpJpQqUe pas en misère de masse. Un second point consiste en un découpage entre « le bon pauvre » et « le pauvre honteux » ou « mauvais pauvre ». Le premier est « honnête, respectueux reconnaissant et résigné » (Marbeau186, 1847:25-26, ibid Lautier 2002), il « ne sDXUDLW VH SRVHU HQ VXMHW G¶DXFXQ GURLW SXLVTX¶LO QH UHYHQGLTXH SDV G¶H[LVWHU HQ WDQW TXH SDXYUH » (Procacci187, 1993 :209, ibid Lautier 2002). Le second, le « mauvais » prétend à une assistance légale, « or les économistes sociaux ne cessent précisément de pURFODPHU TX¶LO IDXW j WRXW SUL[ pYLWHU G¶DQDO\VHU OD PLVqUH VRFLDOH GDQV OH registre du droit » (ibid : 210). Ne tenons-nous pas ici un élément de réponse pour les marchands des fêtes populaires ? Ils Q¶DFFqGHQWSDVjXQHLGHQWLWpSRVLWLYHSURSUHTXLOHXU octroierait des droits mais doivent se IRQGUHGDQVO¶DPDOJDPHGHO¶LQIRUPDOLWpHWUHPHUFLHUHQERQSDXYUHYHUWXHX[SRXUOHVDLGHV DX FUpGLW TX¶LOV UHoRLYHQW Les mesures établies par la Banque Mondiale ne sont autres que des réponses à ces préoccupations du 19ème siècle qui sont restées les mêmes à quelques détails près concernant les idéaux sociaux. Ainsi, les bons pauvres ne sont plus ceux qui GpWLHQQHQW XQ VDODLUH HW XQH IDPLOOH PDLV FHX[ TXL DFFqGHQW j FH TX¶RQ OHXU RIIUH : crédit, formation technique, droit de propriété. Ils accèdent au « marché salvateur ». Les mauvais SDXYUHVVRQWGRQFFHX[TXLQ¶\DGKqUHQWSDVVRLWSDUErWLVHGXSRLQWGHYXHGHOD%DQTXH 0RQGLDOHVRLWSDUFHTX¶LOVQHVRXKDLWHQWSDVVHSURMHWHUGDQVO¶DYHQLUPDLVJRWHUHWpSXLVer les ressources du présent. 185 LAUTIER, Bruno, « Pourquoi faut-il aider les pauvres ? Une étude critique du discours de la Banque mondiale sur la pauvreté, In: Tiers-Monde., tome 43 n°169, 2002, pp. 137-165. 186 Marbeau J. B. F., Du paupérisme en France et des moyens d'y remédier, Paris, 1847. 187 Procacci G., Gouverner la misère, Paris, Le Seuil, 1993. 202 Tout comme au 19ème siècle, « ODPRUDOHGHO¶DLGHXUHVWUDEDWWXHVXUOµDLGp » (Lautier :152) et « le bon aideur est celui qui aide le bon aidé » (ibid&¶HVWOHGLVFRXUVGHODGRPLQDWLRQ qui créé des pauvres méritants, ou non. Nous voyons donc que le dessein moral cache un dessein politique et économique qui renferme un modèle de citoyenneté nouvelle basé sur la capitalisation à tout va. /¶XQLIRUPLVDWLRQ FRQWHQXH GDQV OH SURMHW GHV SRXYRLUV SXEOLFV HVW GRQF SDUWLH SUHQDQWH GX projet global de la Banque Mondiale dans le sens où si le « bon pays ª IDLW SUHXYH TX¶LO possède de « bons pauvre » prêts à être absorbés par la société de marché, il bénéficiera G¶DLGHVLQWHUQDWLRQDOHVGHOXWWHFRQWUHODSDXYUHWp$SDUWLUGHFHVFRQVLGpUations, nous nous rendons FRPSWH TX¶HQ SOXV GHV FRQVLGpUDWLRQV ORFDOHV HVWKpWLTXHV HW K\JLpQLVWHV OH SURMHW G¶XQLIRUPLVDWLRQGHO¶LQIRUPHOHVWSROLWLTXHHWpFRQRPLTXH/HFDUQDYDOTXLHVWOXL-même une fête qui dispute sa place sur les marchés internationaux ne fait que renforcer ces logiques JOREDOHVG¶XQLIRUPLVDWLRQ &HWWHLGpHGHUHMHWGHFHOXLTXLQHV¶LQWqJUHSDVDXSURMHWFDSLWDOLVWHGHODVRFLpWpHVWSUpVHQWH également chez Souza 188 (2006) pour qui le problème des inégalités sociales est à découvrir « en deçà de la couleur », contrairement à la tradition des chercheurs en sciences sociales EUpVLOLHQV(QHIIHWDX%UpVLOOHVLQpJDOLWpVRQWG¶DSUqVOXLpWpWURSSHQVpHVG¶XQSRLQWGH YXH UDFLDO DORUV TX¶HOOHV VH VLWXHQW GDQV GHV FRGHV \ FRPSULV FRUSRUels, intégrés dès la naissance et renforcés au court de la vie par les institutions (école, famille, administration, HWF TXL IDoRQQHQW OHV FRUSV HW OHV HVSULWV 'H OD PDQLqUH G¶LQFRUSRUHU OH UDWLRQDOLVPH GHV lumières dépend son acceptation dans la société capitaliste (qui nait à cette époque) bien plus que de sa couleur. Je cite : « Dans la société compétitive, la couleur fonctionne comme un indice « relatif » de primitivité ± toujours en relation avec le modèle contingent du type humain définit comme utile et productif dans le rationalisme occidental et soutenu par ses institutions fondamentales », (P.86). /¶HQJDJHPHQWVRFLDOGHOD%DQTXH0RQGLDOHHVWFRPPHOHIDLWUHPDUTXHU/DXWLHUpWRQQDQW VLO¶RQSUHQGODQDWXUHPrPHGHFHWWHLQVWLWXWLRQ : comment un établissement financier met en 188 SOU=$-HVVp³$YLVLELOLGDGHGDUDoDHDLQYLVLELOLGDGHGDFODVVH&RQWUDDVHYLGrQFLDVGR FRQKHFLPHQWR LPHGLDWR´ LQ $ LQYLVLELOLGDGH GD GHVLJXDOGDGH EUDVLOHLUD %HOR +RUL]RQWH Editora UFMG, 2006, pp. 74-115. 203 première ligne des considérations morales et sociales alors que son rôle est avant tout de produire du capital ? Si dans le cas des inégalités brésiliennes il faut regarder en deçà des couleurs ; pour comprendre les inégalités au niveau mondial, il faut regarder en deçà des desseins moraux de la Banque Mondiale ; soit la formation ou la consolidation du capitalisme à travers le monde. /¶LQIRUPDOLWpFRQVWLWXHGRQFO¶pQRUPHPDVVHLQGLVWLQFWHGHVSDXYUHVTX¶LOIDXWWHQLUjO¶pFDUW GHODPLVqUHHWUHQGUHDFWLIVGDQVOHV\VWqPHFDSLWDOLVWHSULQFLSDOHPHQWjSDUWLUGHO¶DFFqVDX crédit et à un certain « uniforme ª/¶XQLWpLGHQWLWDLUHDLQVLFRQVWLWXpHFUpHXQJURXSHGLVWLQFW qui peut être maintenu à distance des autres groupes VRFLDX[ DILQ G¶pYLWHU OHV ULVTXHV GH FRQWDJLRQGDQVO¶DFFHSWDWLRQGH0DU\'RXJODVGHIDLEOHSURGXFWLYLWp /HV PHVXUHV G¶HQUHJLVWUHPHQW GHV FRPPHUoDQWV LQIRUPHOV DX TXRWLGLHQ GpERUGHQW VXU OH carnaval. Ceux-FL j WUDYHUV OH SDLHPHQW G¶XQH WD[H PHQVXHOOH Forrespondant aux SDUWLFLSDWLRQVVRFLDOHVDFFqGHQWjXQVWDWXWFHOXLG¶HQWUHSUHQHXULQGLYLGXHOHWMRXLVVHQWG¶XQH reconnaissance auprès des banques et des pouvoirs publics. Les banques peuvent leur prêter O¶DUJHQWSRXUDFKHWHUOHPDWpULHOTXHOD0DLULHOHXULPSRVH$LQVLOHSDXYUHGHUXHV¶LQWqJUH bon gré mal gré à la société de marché. Les pauvres inutiles et encombrants des fêtes SRSXODLUHVGHYLHQQHQWGRQFGHVSDXYUHVVXVFHSWLEOHVG¶REWHQLUXQFUpGLWVHUYDQWjFHWLWUHOD société globale. Pendant le carnaval, ils peuvent commercialiser, en suivant les normes G¶K\JLqQH HW GH VpFXULWp GHV EURFKHWWHV RX GHV KRWV GRJV JUkFH j OHXU © carrinho » standardisé. Le pays, reçoit en change de cette lutte interne contre (les signes de) la pauvreté, des aides globales. 3) Le pauvre dangereux 'DQV OH FRQWH[WH TXH QRXV YHQRQV G¶DQDO\VHU OD IRUPDOLVDWLRQ HVW OD FRQGLWLRQ ORFDOH HW JOREDOHGHO¶DFFHSWDWLRQGXPDUFKDQGSDXYUH(OOHHVWFHOOHSDUODTXHOOHGRLWSDVVHUO¶DGKpVLRQ au capitalisme pour les pauvres. En reprenant Souza, cette uniformisation ne concerne pas seulement le matériel ou les produits commercialisés mais le corps de la personne qui est censée représenter corps et âme le rationalisme des lumières pour être un digne intégrant du capitalisme. Le pauvre seUD FRQVLGpUp FRPPH XQ ERQ SDXYUH PpULWDQW O¶DFFqV DX PDUFKp j FRQGLWLRQTX¶LOGRPSWHQRQVHXOHPHQWVHVIDoRQVGHIDLUHPDLVDXVVLVHVPDQLqUHVG¶rWUHHW G¶HQYLVDJHU OH PRQGH 8QH SHQVpH WURS HPSUXQWH GH O¶DQFLHQ V\VWqPH SOXV IpRGDO TXH 204 capitaliste, ou une tenue corporelle trop expressive sont autant de marques à effacer sous SHLQHG¶rWUHH[FOXGHODPDVVHXQLILpHGXERQSDXYUHGHO¶LQIRUPHOIRUPDOLVpHWQRUPDOLVp /HVW\OHDIURV¶LQVFULWGDQVFHWWHOHFWXUHFRUSRUHOOHGXFDSLWDOLVPHHQRIIUDQWXQHLPDJHHW une culture noire formatée au niveau mondial et facilement commercialisable. Les noirs qui SDUWLFLSHQW GH FHWWH LPDJH GRLYHQW O¶DOLPHQWHU HVWKpWLTXHPHQW FRLIIXUH WHQXH HW idéologiquement (théorie de la différence culturelle). A ces conditions, le noir intègre HIIHFWLYHPHQW OD VRFLpWp FDSLWDOLVWH TXL UHQYRLH XQH LPDJH SRVLWLYH GH OXL SXLVTX¶LO D incorporé, au sens propre, ses institutions. /H VW\OH DIUR DX[ PDLQV G¶XQH SRSXODWLRQ QRLUH SDUWLFLSH DFWLYHPHQW DX GpYHORSSHPHQW culturel de la ville alors que le noir en dehors de cette appartenance identitaire est stigmatisé : HQ WDQW TXH SDXYUH LO HVW PDUJLQDO SXLVTXH WHQX j O¶pFDUW GH OD PDVVH 'DQV O¶LPDJLQDLUH collectif, le pas est facilement franchi entre marginalité sociale et criminalité. Régulièrement paraissent dans le journal des articles assimilant les vendeurs de rue à des voleurs. Dans le journal A Tarde, un article189 du 24/02/2005 fourmille de commentaires sur le harcèlement des vendeurs ambulants aux touristes : « Les guides disent que le PelouriQKRQ¶HVWSOXVVU », « les commerçants se réunissent pour adopter des stratégies de protection des visiteurs », « le harcèlement des ambulants est préoccupant », « les attaques des vendeurs ambulants avec les petits rubans du Bonfim et autres souvenirs incommodent les visiteurs ». Les FRPPHQWDLUHV GHV JXLGHV WRXULVWLTXHV SODLGHQW HQ OD IDYHXU G¶XQ FRQWU{OH SOXV JUDQG GHV VHUYLFHVGHSROLFHFDULOQ¶HVWSDVUDUHTXHGHVYROHXUVIHLJQHQWG¶rWUHGHVYHQGHXUVDPEXODQWV HW V¶DSSURFKHQW GHV WRXULVWHV SRXU OHXU dérober des objets personnels : montres, chaînes, DSSDUHLOV SKRWRV /D SUR[LPLWp GX FHQWUH KLVWRULTXH DYHF O¶XQ GHV SOXV JUDQGV FHQWUH GH drogue de Salvador est également mis en question par des propriétaires de boutiques (agence de tourisme et bijouterie GHOX[HFDUQRPEUHG¶DGROHVFHQWVTXLIRQWO¶DXP{QHDX3HORXULQKR YRQW pFKDQJHU FH TX¶LOV JDJQHQW FRQWUH GH OD GURJXH &HV ERXWLTXLHUV RQW SURGXLW XQ WUDFW LQIRUPDQWOHVWRXULVWHVTX¶LOVDOLPHQWHQWOHWUDILFGHGURJXHVVDQVOHVDYRLU Cet article nous renvoie aux écrits de Reis sur la bataille entre les Africains (ambulants) et les ERXWLTXLHUVEODQFVPDLVSDVVHXOHPHQW/¶DPDOJDPHHQWUHFRPPHUFHLQIRUPHOHWFRPPHUFH 189 « Guias dizem que o Pelô é inseguro », sous titre « Comerciantes se unem para montar HVWUDWHJLDV GH SURWHomR DRV YLVLWDQWHV R DVVpGLR GH DPEXODQWHV SDUD HOHV p SUHRFXSDQWH´ ³$WDTXH´GRVYHQGHGRUHVGHILWLQKDVHRXWUDVOHPEUDQoDVGH6DOYDGRULQFRPRGDYLVLWDQWHV´ A Tarde, 24/02/2005. 205 illicite, voire banditisme est ici exemplaire et sert à nous montrer que le domaine de la rue reste celui du potentiel danger. Cette idée est partagée à la fois par les commerçants ERXWLTXLHUV HW SDU OHV SRXYRLUV SXEOLFV TXL FRPPH RQ O¶D YX WUDYDLOOHQW UpJXOLqUHPHQW j GXUFLUOHVUqJOHVGXFRPPHUFHLQIRUPHOjSDUWLUGHO¶XQLIRUPLVDWLRQ/DXWier (p.7) à ce propos dit « l¶LQIRUPDOLWpQ¶HVWGRQFSDVXQHGRQQpHVWDEOHPDLVXQSURFHVVXVGHPDUJLQDOLVDWLRQ ». Cette rhétorique de la marginalisation et du danger se retrouve dans les campagnes antifavela190 des rues de Salvador. Nous retrouvons cette intention dans un article du journal A Tarde du 08/12/2011191 : « La Mairie promet de venir à bout des favelas des ambulants » JUkFH DX SURMHW G¶LQVWDOODWLRQ G¶XQ FDPSLQJ SRXU OHV FRPPHUoDQWV DILQ GH GRUPLU HW GH prendre une douche pendant le carnaval. Ce type de mesure participe du projet touristique GDQVOHTXHO6DOYDGRUHVWXQHFDUWHSRVWDOHTXLIDLWUrYHUGDQVODTXHOOHODSDXYUHWpQ¶DSDVVD place. « Nous ne permettrons pas la favelisation de la fête en 2012 » à propos des zones concernant la colline du Christ à Barra et la rue Sabino Silva (une de celle où vivent les classes aisées, à Ondina). Ces termes sont donc récurrents de la part des pouvoirs publics. /LGLFH GD 0DWWD Q¶pWDLW GRQF SHXW rWUH SDV O¶LQLWLDWULFH PDLV QH IDLVDLW TXH UHSUHQGUH XQ classique en matière de commerce de rue. /DIDYHODF¶HVWGRQFWRXWFHTXLHVWWURSYLVLEOHHWQRQXQLIRUPLVp&¶HVWHQFHVHQVTX¶HOOHHVW GDQJHUHXVHHWPHQDoDQWHHWTX¶LOIDXWHQYHQLUjERXW/HVFDPSLQJVHQTXHVWLRQQHUpVROYHQW rien puisque les vendeurs continuent à être nomades le temps de la fête et que cela se fait GDQVGHVFRQGLWLRQVG¶H[WUrPHSUpFDULWpPDLVDXPRLQVTXHFHODVHIDVVHDLOOHXUVSOXVORLQ sur des marges imaginaires et de façon uniformisée, chacun avec sa tente et sa savonnette ! Cette gestion de la pauvreté renvoie à la classe dangereuse et aux pratiques décrites par Chalhoub (2006) lors de la destruction du cortiço da cabeça de porco à Rio de Janeiro. En une nuit, le 26 janvier 1893, a lieu la destruction intégrale et brutale du cortiço « cabeça de porco ªTXLDEULWDLWDSHXSUqVSHUVRQQHVDXQRPGXSULQFLSHGXPDLQWLHQGHO¶RUGUHHW de la lutte contre la menace exercée par la « classe dangereuse ». Les populations délogées Q¶RQW UHoX DXFXQH VRUWH GH GpGRPPDJHPHQW HW O¶DXWHXU VH demande au nom de quoi, les 190 Les campagnes de « défavélisation » comme celle menée par Lidice da Matta pour imposer les mesures propres au commerce des marchands des fêtes populaires dans les années 1990. 191 « Prefeitura promete acabar com « favelas » dos ambulantes », A Tarde, 08/12/2011 206 pouvoirs publics pouvaient agir de manière tant brutale vis-à-vis de la population vivant dans ce cortiço ",OSURSRVHO¶LGpH selon laquelle O¶LQGpSHQGDQFHILQDQFLqUHRXUpVLGHQWLHOOHGHOD SRSXODWLRQQRLUHDXOHQGHPDLQGHO¶DEROLWLRQGHO¶HVFODYDJHHIIUD\DLW /HV cortiços, en tant TXH OLHX G¶KDELWDWLRQ GHV SDXYUHV pWDLHQW DXVVL OH OLHX GH UHYHQGLFDWLRQV HW G¶DIILUPDWLRQ LGHQWLWDLUHjWUDYHUVXQHTXrWHG¶LQGpSHQGDQFHYLV-à-vis du système esclavagiste dans lequel le noir devaiW WRXW j VRQ PDvWUH &HWWH FUDLQWH GH O¶LQGpSHQGDQFH GH OD SRSXODWLRQ QRLUH TXL vivait dans les cortiços nourrissait leur mauvaise réputation, ils représentaient potentiellement XQHPHQDFHjO¶RUGUHSXEOLF Transposée au barraqueiros DXMRXUG¶KXLFHWWHDQDO\VHHQWHUPHVG¶DIILUPDWLRQG¶XQHLGHQWLWp QRLUHOLEUHGHVFDQRQVGHODFODVVHGLULJHDQWHVHFRQILUPH&HSHQGDQWDXMRXUG¶KXLFRPPH KLHU OD SRSXODWLRQ FRQFHUQpH SDU FHWWH OLEHUWp FRQWLQXHQW j rWUH PDOPHQpH DX QRP G¶XQH SRWHQWLHOOHPHQDFHjO¶RUGUHSXElic. 4) Le pauvre ethnique ± La baiana de acarajé 4X¶HVW-FHTXLSHXWFDUDFWpULVHUO¶HWKQLFLWpG¶XQPDUFKDQGGHUXH "RXHQFRUHG¶XQSDXYUH ? -¶DLPHUDLVSRXUWHQWHUGHUpSRQGUHjFHWWHTXHVWLRQUHQYR\HUjGHX[W\SHVGHUpIpUHQFHV : une centrée sur les enquêWHV PHQpHV SDU GHV FKHUFKHXUV HQ VFLHQFHV VRFLDOHV VXU O¶LQIRUPHO HQ $IULTXHGDQVOHEXWG¶DUULYHUjOHGpILQLURXjOHFHUQHUHWO¶DXWUHSRUWDQWVXUXQHFRQFHSWLRQ GHO¶HWKQLFLWpOLpHjO¶LQIRUPHO$SDUWLUGHFHVGHX[W\SHVGHUpIpUHQFHVM¶LQWURGXLUDL un type GHPDUFKDQGVGHUXHHQOLHQDYHFO¶HWKQLFLWpj6DOYDGRU : les Baianas de acarajé. A partir de Le Pape192 MH UHYLHQV VXU OD PDQLqUH GRQWD pWp SUREOpPDWLVp O¶LQIRUPHO GHSXLVGDWHjODTXHOOHO¶DXWHXUFRQVLGqUHTXHO¶LQIRUPDOLWpHVWQpH au sein des sciences VRFLDOHV$VRQDYLVODORJLTXHGXDOHDpWpDXFHQWUHGHVFRQVLGpUDWLRQVVXUO¶LQIRUPDOLWpGqV ses débuts. ,OSURSRVHXQHYLVLWHGHO¶pYROXWLRQGHFHVGXDOLWpV : 192 LE PAPE 0DUF 'H O¶ « indigène ª j O¶ « informel », 1955- &DKLHUV G¶(WXGHV Africaines, 89-90, XXIII ± 1, 2, 1983, pp. 189-197. 207 Dualités Secteur « indigène » ou « Africain » secteur « européen » Secteur « artisanal » ou « traditionnel » secteur « industriel » ou « moderne » Secteur « non structuré » ou « informel » secteur « structuré » ,ODMRXWHTX¶jSDUWLUG¶$JLHUGHVWHUPHVVRQWVXEVWLWXpVSDUG¶DXWUHVWHOVTXHGpFULW dans le tableau ci-dessous : Avant « secteur » Après « réseau » « irrégulier » ; « clandestin » « économie souterraine » /D TXHVWLRQ TX¶LO SRVH HVW : Est-ce que les modèles nouveaux viennent se substituer aux anciens dans une continuité " (Q G¶DXWUHV WHUPHV SOXW{W TX¶XQH OHFWXUH KRUL]RQWDOH GHV tableaux, pouvons-nous envisager une lecture verticale qui donne une continuité entre « O¶LQGLJqQH », « O¶$IULFDLQ », « O¶DUWLVDQDO », « le traditionnel », « le non structuré », « O¶LQIRUPHO », et dans un autre registUH FRPPHQW SRXYRQV QRXV SHQVHU O¶pYROXWLRQ GH « secteur » en « réseau ªHWFHOOHG¶pFRQRPLH© irrégulière » ou « clandestine » en « économie souterraine »? $XWUH TXHVWLRQ SRVpH SDU /H 3DSH j TXRL QRXV UHQYRLH O¶KLVWRULRJUDSKLH GHO¶pYROXWLRQ GHV termes ? 4X¶HVW-FHTX¶HOOHQRXVOLYUHGDQVOHFDGUHpSLVWpPRORJLTXHGHO¶LQIRUPDOLWp ? Si elle QRXVUHQYRLHjO¶XQLYHUVPRUDOTXLDFFRPSDJQHO¶pYROXWLRQpSLVWpPRORJLTXHXQSHXFRPPH OHIDLWWRXWHPLVHHQTXHVWLRQGHVFDGUHVQRUPDWLIVG¶XQHVRFLpWpTX¶HVW-FHTX¶elle révèle ? &HTXLGRPLQHF¶HVWXQFKDQJHPHQWGHPpWKRGH : les méthodes quantitatives sont remplacées par des approches qualitatives pour accompagner le caractère mouvant et instable de O¶LQIRUPHO$SDUWLUGHO¶DFFHSWDWLRQGHODGLIIpUHQFHOHVTXDOLILcatifs qui se rapportent à lui FKDQJHQWSRXUpSRXVHUPLHX[VHVFDUDFWpULVWLTXHVHWPRLQVOHODLVVHUDX[PDUJHVG¶XQV\VWqPH dominant. Ces changements prennent en compte, à partir des changements induits par Agier, un changement de point de vue. Le seul point de vue etic Q¶HVWSDVVDWLVIDLVDQWjO¶DQDO\VHLO faut prendre en compte le point de vue emic GHVDFWHXUVGHO¶LQIRUPHODILQGHOHVUHSUpVHQWHU 208 comme faisant partie de la société et non en étant exclus. Cela rappelle les considérations sur O¶LQIRUPDOLWé de Lautier qui fait remarquer que ce qui avait été envisagé comme une armée de réserve dans les années 1970 se voit perçu dans les années 1980 comme faisant partie de la VRFLpWp V¶RUJDQLVH VXU OHV PDUJHV GX V\VWqPH GRPLQDQW TXL Q¶DUULYH SDV j O¶LQWpJUHU. Cette situation est alors perçue dans le long terme. $ SDUWLU GHV FRQVLGpUDWLRQV GH /H 3DSH VXU O¶LQIRUPHO QRXV VRXKDLWRQV QRXV LQWHUURJHU VXU O¶RULJLQH GX FRPPHUFH HWKQLTXH (VW-ce que le secteur ethnique peut être issu de cette conception duale des sociétés urbaines des pays émergents ? Peut-on lui attribuer un nouveau JUDGHGHO¶pYROXWLRQGHO¶LQIRUPHOTXLDSUqVDYRLUpWp© indigène », « africain », « artisanal », « traditionnel », « non structuré », « informel ªSRXUUDLWDXMRXUG¶KXLrWUH© ethnique » ? Cela donnerait un secteur informel désuet et marginal contre un secteur ethnique formalisé en tant que secteur de la pauvreté capitalisé. 'DQV XQ GHX[LqPH WHPSV M¶DLPHUDLV UHYHQLU VXU OHV DQDO\VHV GH 0XKHPH 193 (1992 :23) à propos de la tentative de Le Pape (1983) de recenser les indicateurs qui ont aidé à rendre FRPSWHGHO¶LQIRUPDOLWpGDQVOHFRQWH[WHDIULFDLQ'HFHVLQGLFDWHXUVGRQWMHQHVRXKDLWHSDV ici discuter le bien fondé, je retiendrai que 1/ Le Pape met en avant le fait que ce « secteur se GpYHORSSH j O¶pFDUW GHV UpJOHPHQWDWLRQV HXURSpDQLVpHV ª F¶HVW-à-GLUH FRPPH QRXV O¶DYRQV vu, en dehors du système capitaliste implanté par les Européens TX¶LO HQJDJH © une sociabilité particulière, une manière africaine de travailler» TX¶LOHVt associé à la rue de SDU VD VpGHQWDULWp HW VD YLVLELOLWp HW TX¶LO FRQFHUQH © un cadre familial conforme aux mécanismes traditionnels de solidarité ». /HVFULWLTXHVTXH/H3DSHWHQGjSUHQGUHHQFRPSWHVRQWG¶RUGUHTXDOLWDWLIjODGLIIpUHQFHGH nombreuses tentatives quantitatives notamment menées par le BIT (Bureau International du travail) et ils correspondent de fait à plusieurs de nos considérations concernant les PDUFKDQGVGHUXH1RXVUHWHQRQVSDUPLFHVLQGLFDWHXUVFHOXLG¶DYRLUODSRVVLELOLWpG¶Dvoir un mode de fonctionnement en dehors des modèles européens. Cet indicateur est je pense, une SRVVLEOH SRUWH RXYHUWH j O¶HWKQLFLWp GDQV XQ FDGUH ORFDO GH UpIpUHQFH R FKDTXH JURXSH 193 08+(0( %DJDOZD %DVHPDNH *DVSDUG /HV DVSHFWV SURGXFWLIV GH O¶pFRQRPLH informelle. Recherche des indicateurs pour une réponse au développement en Afrique. Afrika Focus, Vol. 8, n°1, 1992, pp. 5-32. 209 ethnique peut avoir des manières différentes de faire son travail, en dehors des canons européens. 6LO¶RQSUHQGO¶H[HPSOHGHOD Baiana de acarajé, elle se distingue des autres vendeuses de nourriture par un certains nombres de signes matériels comme son étal, ses plats de céramiques et cuillères en bois, son huile de palme frémissante pour frire les beignets ou encore sa tenue blanche avec des couches superposées de tissus et de dentelles qui ne correspondent en rien aux habits adoptés par les classes dominantes qui suivent le modèle occidental HQSOXVG¶XQFHUWDLQVQRPEres de pratiques qui la lie à la religion du candomblé qui sort des rituels de la religion officielle catholique ou tout simplement de la rue qui lui donne une marque différente par rapport aux commerçants avec boutique. Cette porte ouverte j O¶HWKQLFLWp Q¶HVW FHSHQGDQW SDV FHOOH TXL D pWp HPSUXQWpH SDU OD JUDQGH PDMRULWp GHV PDUFKDQGV HOOH FRUUHVSRQG j OD GpPDUFKH GHV PDUFKDQGV GHV IrWHV SRSXODLUHV PrPH V¶LOV Q¶REWLHQQHQW DXFXQH UHFRQQDLVVDQFH SXEOLTXH RIILFLHOOH RX j FHOOH GHV baianas de acarajé mais pDVDX[FRPPHUoDQWVGHUXHGHO¶LQIRUPHOTXLRQWGDQVXQHJUDQGHSURSRUWLRQUHFRXUWj des matériels standardisés et à des modes de crédit qui les intègre au système capitaliste. Il est à noter cependant que malgré les revendications des marchands des fêtes populaires, leur réalité se rapproche plutôt de celle des commerçants de rue que de celle des baianas. Ces GHUQLqUHV RQW SRXU HOOH OD UpIpUHQFH GH OD GHVFHQGDQFH GLUHFWH DYHF O¶$IULTXH HW V¶LQWqJUHQW dans le paysage urbain en tant que telles. Mais elles ont surtout intégré le panthéon touristique de référence. Leur apparence et leur manière de faire bien réglées par les services SXEOLFV OHXU GRQQHQW OH GURLW GH UHSUpVHQWHU XQH WUDGLWLRQ HW G¶LQWpJUHU OD FDUWH SRVWDOH officielle. II- Race, classe, ethnie Conformément à la première partie de notre thèse, nous reprendrons systématiquement les catégories raciales qui ont servies historiquement à distinguer les différentes catégories VRFLDOHV DX[TXHOOHV QRXV DMRXWHURQV OHV FDWpJRULHV JOREDOHV G¶ « afro-descendants » et G¶ « autochtones ». A partir du début du XXème siècle, le carnaval devient une scène pour la population noire qui dramatise sa culture alors très mal vue par la classe dominante et souvent persécutée et 210 interdite (Ribart, Riseiro, Dias). Le carnaval, grâce à sa permissivité intrinsèque permet cette présentation de la culture noire. Dans les années 1970, bercée par le contexte international, une bande de jeunes crée le premier bloc de carnaval noir, réservé aux noirs : le Ilê Aiyê (Agier). Le carnaval devient donc une scène de création identitaire et non plus une scène de WUDGLWLRQFRQWHVWDWDLUHFRPPHRQOHFRQVLGqUHVRXYHQWHQSHUPHWWDQWO¶LQYHUVLRQGHVYDOHXUV A partir du carnaval, nous dresserons des fiches ethniques pour voir si elles se recoupent ou SDVDYHFOHVFDWpJRULHVUDFLDOHVUHOHYpHVGDQVO¶DQDO\VHKLVWRULTXH Comment est-ce que ces identités carnavalesques ont réussi à tracer leur chemin ? Que sontHOOHV GHYHQXHV DXMRXUG¶KXL ? Sont-elles de pures illusions festives ou de réels modèles implantés dans la société bahianaise ? A- Les catégories raciales et le contexte épistémologique Il y a au Brésil une assimilation du problème racial à celui des inégalités sociales. Pour résumer ce dilemme, nous pourrions dire que les noirs sont les anciens esclaves et donc la pauvreté est noire, comme les anciens esclaves. Il a pourtant des pauvres blancs ou indiens et PrPH SOXV UpFHPPHQW DVLDWLTXHV PDLV GDQV O¶LPDJLQDLUH KLVWRULTXH O¶LQpJDOLWp QH SHXW dépasser celle qui a opposé les blancs des noirs dans le système esclavagiste. Cela est UHQIRUFpSDUOHIDLWTXHOHVEODQFVFRQWLQXHQWWUqVPDMRULWDLUHPHQWjFRQVWLWXHUO¶pOLWHGHSDUOH manque de mixité matrimoniale et un système de parrainage efficace ; que les noirs sont majoritairement pauvres surtout si on entend par noirs tous les dégradés de métissage ; ou HQFRUHTXHODSDXYUHWpQ¶HVWSDVEODQFKHPrPHV¶LOH[LVWHGHVSDXYUHVEODQFVLOVVRQWGHSDU leur pauvreté assimilés aux noirs. A ce sujet, de nombreux auteurs ont déjà écrits (Guimarães 2002 et 2006, Passos194 2008, Agier 2000 et 2005, pour ne citer que ceux dont je travaille plus particulièrement les écrits). Après avoir survolé dans la première partie, les catégories utilisées pour rendre compte de la différence sociale au Brésil, nous proposons d¶HQ IDLUH XQH OHFWXUH SOXV VSpFLILTXH HW personnelle. La spécificité de ces catégories est TX¶HOOHVXWLOLVHQWOHYRFDEOHUDFLDOSRXUFUpHU des distances entre les groupes sociaux et les rendre ainsi imperméables les uns aux autres, ce qui a permis à la classe dominante de garder sa position de force malgré son petit nombre. 194 PASSOS, Alberto, Guimarães, As classes perigosas, 2008, Editora UFRJ, pp. 274. 211 Le recensement opère des classifications raciales formelles qui sont : blanc, jaune, noir, métisse (pardo), et indien (indȓgeno) mais il nous a semblé est intéressant de recenser les clDVVHPHQWV XWLOLVpV FKH] OHV GLIIpUHQWV DXWHXUV TXH QRXV DYRQV pWXGLpV DILQ G¶LQLWLHU QRWUH réflexion sur les catégories raciales au Brésil à travers le temps. Nous aurons ainsi le point de YXH GHV XVDJHUV HW QRQ VHXOHPHQW GH O¶LQVWLWXWLRQ TXL UHFHQVH -H Ueprendrais donc les différents classements que nous avons relevés au cours de notre lecture historique de Salvador dans la première partie de la thèse. 1) Dans le système esclavagiste Dans la période coloniale et esclavagiste, le schéma racial est assez clair et concis. Nous nous sommes principalement référée à Gilberto Freyre pour qui il existe quatre grands groupes social : Les maîtres, les esclaves, les indiens et les « inutiles », un fourre-tout de la misère. Au niveau racial, ce classement correspond à une division entre Blancs (les maîtres), Noirs O¶HVFODYH,QGLJqQHO¶LQGLHQHW&DERFORVHWGLYHUVPpWLVVDJHVOHVLQXWLOHV Maîtres Colonie/ Esclavagisme(Freyre) Blancs Esclaves Noirs Indigène Indien Les « inutiles » Caboclos et autres métisses 'DQVFHVFKpPDLOQ¶\DSDVGHSODFHSRXUOHVPpWLVVHVFDULOVVRQWQLpVVDQVGRXWHGXIDLWGH leur illégitimité. Ils apparaissent dans le fourre-tout de la misère. Le fils illégitime du 6HLJQHXUGH0RXOLQQ¶DSDVGHUHFRQQDLVVDQFHVSpFLILTXH,OHxiste comme cas isolé et leur WUDLWHPHQWGpSHQGODUJHPHQWGHO¶DWWHQWLRQTXHOXLSRUWHUDVRQSqUH &H TXL HVW UHPDUTXDEOH GDQV FH FODVVHPHQW F¶HVW TXH OD VWUXFWXUH pFRQRPLTXH FRQGLWLRQQH O¶RUJDQLVDWLRQ GH WUDYDLO HQWUH PDLWUH HW HVFODYH HW TXH GDQV FH FRntexte, O¶HVFODYHELHQ TXH 212 considéré seulement du point de vue de sa force de travail, a une visibilité plus marquée que celle des « inutiles ªTXLQ¶RQW ni de place dans le système productif ni dans O¶HVSDFH de la ID]HQGD 'H PrPH SRXU O¶,QGLHQ TXL QH VXSporte pas le travail sédentaire de la production agricole intensive et se retrouve ségrégé hors de la fazenda, dans des villages sous la coupole des jésuites. Nous avançons donc que le modèle productif est celui qui a orienté les considérations sociales, à travers une répartition raciale, pendant la colonie. De même, les formes de dominations se retrouvent de façon très marquée dans le conditionnement spatial : la « casa grande » pour les colons, la « senzala » pour les esclaves, le village ségrégé pour les Indiens et la marginalisation hors des cercles productifs pour les « inutiles ». 2) Pendant la « Démocratie raciale » /HV GpEDWV LQWHOOHFWXHOV IXUHQW WUqV SUROL[HV DSUqV O¶DEROLWLRQ GH O¶HVFODYDJH HW OD ILQ GH OD monarchie sur les questions de statut social, racial, ou encore des classes sociales. Il fallait WURXYHUXQHQRXYHOOHGRQQHG¶pTXLOLEUHVRFLDOVXUODEDVHG¶XQHpTXLWpDXPRLQVGXSRLQWGH YXH PRUDO 3RXUWDQW OHV PDUTXHV GH SOXV GH DQV G¶HVFODYDJH QH V¶HVWRPSHQW SDV facilement. Ce qui retienWSDUWLFXOLqUHPHQWQRWUHDWWHQWLRQF¶HVWODFRQVWUXFWLRQGHFDWpJRULHV raciales pour schématiser les relations entre les groupes. Si dans notre partie traitant de O¶HVFODYDJHQRXVDYRQVUHOHYpOHV%ODQFVOHV1RLUVOHV,QGLHQVHWOHV,QXWLOHVUHVWHjYoir ce que deviennent ces catégories dans la nouvelle ère de « démocratie raciale ». 'DQVO¶DSUqVDEROLWLRQTX¶HQHVW-il de la classification raciale ? Agier rappelle que selon les sociologues des années 1950, la population de Salvador se divise alors entre les « blancs dominants », les « morenos » et les « mulatos » (des métisses plus ou moins foncés) artisans RXFRPPHUoDQWVIRQFWLRQQDLUHVG¶XQF{WpHW© la pauvreté » qui regroupe indistinctement les travailleurs manuels noirs et mulâtres, soit plus de GHODYLOOHGHO¶DXWUHF{Wp,O\DXUDLW donc 3 catégories statutaires : les « blancs dominants » assimilables aux anciens maîtres, les morenos et mulatos TXLRSqUHQWO¶LQWURGXFWLRQG¶XQHSHWLWHFODVVHPR\HQQHGHIRQFWLRQQDLUHV publics et commerçantV HW HQILQ OD SDXYUHWp TXH QRXV UHWURXYLRQV GpMj GDQV O¶DQFLHQQH configuration à travers des « inutiles ». Nous ajoutons à ce schéma la catégorie « étranger » qui regroupe entre autre immigrants, les Africains du trafic clandestin opéré depuis 1850 et constituant une population étrangère, aux manières exotiques et avec des réseaux FRPPHUFLDX[OLpVjO¶$IULTXHconfère Rodrigues 1933 et Reis 1996 ). 213 Démocratie raciale (Rodrigues, Azevedo, Pierson, Agier) Blancs dominants Blancs et métisses « assimilés » (morenos,mulâtres et cabocles) , (les Indiens) La petite classe moyenne Morenos et Mulatos La pauvreté Les étrangers Les Noirs et les métisses non assimilés, les criolos, les Indiens Les Africains et autres immigrants de la première génération 6LO¶RQ compare les « PLOOLRQVG¶LQXWLOHV » de Couty à « la pauvreté ªTX¶$JLHUDWWULEXHDX[ sociologues des années 1950, nous avons dans le premier cas : des campagnards, culs terreux, cabocles, agrégés, et sertanejes pauvres ; et dans le deuxième cas : les travailleurs manuels noirs et mulâtres. Dans le premier cas la population est plutôt de la campagne, dans le second FDVF¶HVWOHGpEXWGHO¶H[RGHUXUDOGHVSD\VDQVYHUVOHVSURPHVVHVGHODYLOOHLQGXVWULHOOHDORUV TXH O¶H[SORLWDWLRQ DJULFROH HVW HQ FULVH Nous pourrions GLUH TXH F¶HVW © O¶DUPpH GH UpVHUYH industrielle » en reprenant les termes de Marx. Au niveau des métissages, les « inutiles » de ODSUHPLqUHpSRTXHVRQWGHVPpWLVVHVG¶(XURSpHQVSDXYUHVHWGHVLQGLHQVVXLYDQWO¶H[HPSOH du regroupement initiDOIRUPpSDU&DUDPXUXDX[TXHOVV¶DMRXWHQWGHVQRLUVIXJLWLIV'DQVOD GHX[LqPHpSRTXHOHQRLUVRUWGHVRQVWDWXWG¶HVFODYHHWLQWqJUHFHWWHFDWpJRULHGH© pauvre » qui doit aussi se mélanger à la masse de caboclos et sertanejes. La catégorie « pauvre » rassemble donc les « inutiles » et les esclaves affranchis, trop noirs ou pas assez distingués pour être assimilables aux classes supérieures, créant une pauvreté à dominante noire. Les catégories « moreno » et « mulato » décrivent directement un processus de mélange de races : la blanche et la noire et induit des distinctions par des tonalités de peau différentes. Les morenos195 sont plus blancs que les noirs et les mulâtres. ; les mulatos sont plus foncés que les morenos et plus marqués par les traits négroïdes, ils sont cependant moins foncés que les noirs et peuvent se distinguer par des cheveux moins crépus ou un nez moins épaté. Ces catégories « moreno » ou « mulato » sont celles qui permettent O¶pPHUJHQFH G¶XQH classe 195 0rPHVLO¶RQDYXTXHFHVFDWpJRULHVXWLOLVHQWpJDOHPHQWG¶DXWUHVW\SHGHGLVWLQFWLRQ : les traits, les manières ou la sensualité (surtout pour les femmes « morenas ªTXLVRQWO¶LGpDO-type des hommes). 214 moyenne qui se distingue du reste de la pauvreté grâce au critère de couleur (ou physionomie) mais aussi et surtout, grâce au statut (déterminé par les manières)196. Nina Rodrigues prédit la disparition des Africains et Pierson celle des blancs jFDXVHG¶XQH logique raciale qui voit dans le métissage la fin des races blanche ou noire. /HVDIULFDLQVGHYLHQQHQWFULRXORVGqVODGHX[LqPHJpQpUDWLRQLOHVWGRQFORJLTXHTX¶j SDUWLUGXPRPHQWROHWUDILFV¶DUUrWHOHV$IULFDLQVGLVSDUDLVVHQWHQWDQWTXHUDFHen suivant la logique de la théorie évolutionniste TXLHVWGRPLQDQWHjO¶pSRTXH), ou en tant que catégorie « étranger » G¶DSUqVQRWUHDQDO\VHSDUFHTX¶LOVLQWqJUHQWFHOOHGHV« natifs » (les criolos197). 4XDQGDX[EODQFVLOVRXYUHQWODSRUWHDX[PpWLVVHVG¶DERUGSDUFHTX¶LOVQHVRQWSDV assez nombreux et ont besoin de se multiplier et aussi parce que les métisses bien souvent VRQW GH OD IDPLOOH« LOOpJLWLPHV PDLV IDPLOLHUV ; ou encore illégitimes socialement mais légitimes biologiquement car descendant du maître de maison avec son esclave noire ou avec une domestique affrancKLH DSUqV OD ILQ GH O¶HVFODYDJH 198. Thales de Azevedo, (1996 :38), rappelle que les caboclos et Indiens furent à partir de la seconde moitié du 18 ème siècle assimilés aux blancs, de manière à pouvoir se marier avec des blanches et occuper des postes publics dans la colonie&¶HVWGRQFHQWDQWTXH© blanc » que cette population a été recensée à partir de cette époque199. 1RXVSRXYRQVGRQFUHPDUTXHUTXHOHVFDWpJRULHVV¶DGDSWHQWjO¶pYROXWLRQVRFLDOHGHODVRFLpWp brésilienne en lui donnant les moyens de rendre compte de ses rêves de nation et de peuple. La catégorie « étranger » représentée par les Africains laisse donc la place à celle de « crioulos » et la catégorie « blancs » se met à intégrer les éléments nécessaires à sa survie, à WUDYHUV OH PpWLVVDJH &HV pTXDWLRQV VRQW G¶DXWDQW SOXV FRPSOLTXpHV TXH OHV WKqVHV TXL OHV sous-WHQGHQWYLHQQHQWG¶(XURSHHWYRLHQWGDQVOHPpWLVVDJHXQHGpJpQpUHVFHQFHGDUZLQLVPH social). Le Brésil devra créer son identité nationale en aménageant les modèles théoriques européens à sa réalité sociale (Schwarcz, 1994). 196 Je renvoie à ce sujet à Azevedo (1996). 197 Les « crioulos » sont les descenGDQWV G¶$IULFDLQV QpV VXU OH Vol brésilien, libres ou esclaves. 198 Cette tension entre légitime/illégitime RX IRUPHOLQIRUPHO HVW DX F°XU GH QRWUH problématique concernant les marchands des fêtes populaires et du carnaval et il nous semble GHSUHPLqUHLPSRUWDQFHG¶HQUHOHYHUOHVusages aux différents niveaux de la société 199 Thales de $]HYHGRDMRXWHTX¶DYDQWFHODon appelait « nègre » les indigènes qui habitaient le pays avant sa découverte par les portugais (p.36). 215 Finalement, nous pouvons observer que les catégories raciales évoluent peu par rapport à la FRORQLH 8QH SODFHHVW IDLWHj ODFODVVHPR\HQQH TXL Q¶H[LVWDit pas dans le modèle colonial mais celle-ci VHIDLWHQFRUHVXUFULWqUHUDFLDOFDUPDOJUpO¶DEROLWLRQGHO¶HVFODYDJHOHVQRWLRQV GH KLpUDUFKLHV VRFLDOHV UHVWHQW HQFRUH ODUJHPHQW OHV PrPHV TXH VRXV O¶DQFLHQ UpJLPH /¶DVFHQVLRQVRFLDOHGXQRLUVHIDLWVRXVpWURLWHVXUYHLOODQFHjWUDvers des préjugés raciaux déjà effectifs dans la société brésilienne et sur la base du métissage. Ainsi le capitalisme qui dans un contexte international nait de valeurs égalitaires tirées de la Révolution Française, ne remet pas en cause au Brésil la struFWXUHUDFLDOHGHO¶pSRTXHFRORQLDOH 3) Dans la société multiculturelle 'DQV O¶pSRTXH FRQWHPSRUDLQH TXL VH GLVWLQJXH GHV GHX[ DXWUHV pSRTXHV SDU XQH IRUPH GH société nouvelle, multiculturelle, nous observons de nouveau des changements dans O¶LQVWLWXWLRQGes catégories raciales au Brésil, celles-FLVHUYDQWSOXVTXHMDPDLVG¶RUGRQQDWHXU VRFLDO/¶RULJLQDOLWpGHFHPRGqOHHVWO¶LQVWLWXWLRQRIILFLHOOHGHFDWpJRULHVUDFLDOHVSUpGpILQLHV dans la Constitution du pays, formalisant les rapports entre groupes sociaux par des FRQVLGpUDWLRQVUDFLDOHV1RXVGpFOLQRQVHQWURLVJURXSHVOHVFDWpJRULHVUDFLDOHVGDQVO¶pSRTXH actuelle : la classe dominante qui continue majoritairement à être constituée par une population blanche, les minorités que je décline ici en quatre sous-catégories qui sont celles des Afro-descendants, des Indiens, des Indiens-descendants et des Quilombolas (ces catégories peuvent augmenter en fonction des revendications sociales de nouveaux groupes), HWHQILQXQHGHUQLqUHFDWpJRULHTXHM¶DMRXWHHWTXL correspond aux catégories historiques des « inutiles » ou encore de la « pauvreté ª TXH M¶DSSHOOH LFL OHV © exclus du pacte de réparation ». M ulticulturalisme (Guimarães, 2006) Le groupe dominant Les Blancs et les représentants des minorités Les minorités : 1/Noirs, métisses, morenos ou mulâtres -‐ Les afro-descendants jFRQGLWLRQGHV¶DXWR-définir afrodescendant ; 2/indiens certifiés -‐ Les indiens FRQIRUPHVSDUO¶RUJDQLVPHRIILFLHO dédié à la question indienne au Brésil -‐ Les indiens(FUNAI) ainsi que par une descendants communauté indienne ; 3/en réponse à ODQRWLRQG¶DXWKHQWLFLWpYpKLFXOpHSDUOD -‐ Les Quilombolas catégorie précédente, des métisses 216 UpFODPHQWODSRVVLELOLWpGHV¶DXWRdéfinir « GHVFHQGDQWG¶LQGLHQ », comme F¶HVWOHFDVSRXUOHVDIUR-descendants ; 4/le « Quilombo », communauté rurale RXXUEDLQHTXLV¶HVWIDLWUHFRQQDLWUHDX SUpDODEOHHQWDQWTXHGHVFHQGDQWG¶XQH lignée de nègres fugitifs. Les exclus du pacte de réparation /DSRSXODWLRQPpWLVVHTXLQHV¶LQWqJUH pas ou ne fait pas les démarches pour être reconnue comme telle ou telle minorité, bercée par le mythe de la Démocratie raciale. Le Brésil, après voir affirmé que le problème des races était un non-problème (Azevedo 1996, Pierson, 1971), se retrouve finalement à suivre les mesures de discrimination positives calqué sur celui des Etats-8QLV &H PRGqOH YLHQW VDQV GRXWH V¶LQVFULUH GDQV OD FRQWLQXDWLRQ des combats du mouvement noir qui depuis les années 1970 milite en faveur de reconnaissance sociale et de différence culturelle. Ces revendications ont donné lieu dans un premier temps à des lois punissant les actes racistes et plus récemment à de nouvelles catégories raciales qui au niveau constitutionnel ont des droits singuliers. Ces revendications LQWHUYLHQQHQW DX QRP G¶XQH UpSDUDWLRQ PRrale en réponse aux traitements inhumains SURGLJXpVSHQGDQWO¶HVFODYDJHRXHQFRUHDX[SUpMugés de couleur induits par la « démocratie raciale » &¶HVW HQ FHOD TXH *XLPDUmHV UDSSHOOH TXH OH %UpVLO HVW OH VHXO SD\V G¶$PpULTXH/DWLQHjLQVWDXUHUXQHVRFLpWpPXOWLFXOWXUHOOHDXQRPG¶XQHUpSDUDWLRQDORUVTXH les autres pays mettent en avant la notion de diversité culturelle. Cette marque forte de protestation noire est donc lisible en filigrane dans cette nouvelle donne. a) Les afro-descendants « Nous sommes arrivés à Santiago en tant que noirs, nous en sommes repartis en tant TX¶DIURGHVFHQGDQWV » (Cunin200, 1996(c) : 2). Cette phrase de leaders latino-américains ayant participé aux conférences contre le racisme de Santiago en 2000 et Durban 201 en 2001 reflète OH FDUDFWqUH LQVWDQWDQp GX FKDQJHPHQW GH VWDWXW TX¶RQ FRQQX OHV SRSXODWLRQV QRLUHV HW PpWLVVHVGHVSD\VG¶$PpULTXH/DWLQHDXOHQGHPDLQGHVGpFLVLRQVHWQRUPHVpWDEOLHVORUVGHV 200 CUNIN, Elisabeth, 2006(c), La « diaspora noire » est-elle latine ? Ethnicité, nation et globalisation en Colombie, Editorial n°38, en ligne : http://www.autrepart.ird.fr/sommaires/Som38.html 217 réunions internationales, puis à partir du changement de constitution au niveau national, adoptant le multiculturalisme. Le « noir ªGHYLHQWV\PEROHG¶LQYLVLELOLWpGDQVODVRFLpWpDORUV TXH O¶ « afrodescendant » gagne un statut particulier avec des droits qui en découlent. Ces changements viennent à la suite de la reconnaissance de ODWUDLWHGHO¶HVFODYDJHFRPPHFULPH FRQWUHO¶KXPDQLWp'DQVFHWWHUpXQLRQHVWFUpppJDOHPHQWOHSUHPLHUJURXSHGHWUDYDLOVXUOHV DIURGHVFHQGDQWV GpSHQGDQW GH O¶218 HW PDUTXDQW XQH DYDQFpH IRQGDPHQWDOH © pour le GpYHORSSHPHQW G¶XQ HVSDFH HWKQLTXH JOREDOLVé » (p.2). Ses acteurs : des agences internationales (Banque Mondiale), ONG, médias, des gouvernements, etc. Cunin (ibid) montre cependant que les dimensions locales et nationales202 ont toute leur LPSRUWDQFH GDQV OD FRQVWUXFWLRQ G¶XQHpOLWH SROLWLTXH QRLUe qui se forme à force de volonté parmi les leaders des communautés locales qui se mettent à fréquenter les « salons » internationaux où se côtoient des acteurs politiques tels que 203 : Banque Mondiale, Banque interaméricaine de développement, PNUD, US Aid, OH3UpVLGHQWGHO¶DVVRFLDWLRQGHV0DLUHV noirs des Etats-Unis ainsi que des acteurs du mouvement noir mondialisé. Celui qui se rend à une réunion globale ressort avec beaucoup de documentations, de contacts et une certaine DXUD ORUVTX¶LO UHQWUH GDQV VRQ SD\V R LO HVW DFFXHLOOL HQ WDQW TX¶H[SHUW LQWHUQDWLRQDO GH O¶HWKQLFLWpHWGXGURLWDX[PLQRULWpV '¶DXWUHSDUWODFRQVWUXFWLRQG¶XQV\VWqPHQRUPDWLIJOREDOVHPEOHDYRLUOLHXGDQVXQHHVSqFH de dialogue de sourd entre les leaders locaux et les représentants des gouvernements dans une course aux intérêts. Ainsi, Cunin (ibidUDSSRUWHOHVSDUROHVG¶XQOHDGHUDIURFRORPELHQ204 au FRXUV G¶un entretien : « Le Palais de Naniño [siège de la présidence de la République] ne P¶pFRXWH SDV PDLV LO UHWLHQW FH TXH GLW :DVKington ». Les organisations internationales jouent un U{OH GH UpJXODWHXU HW G¶LQWHUPpGLDLUH en VRXWHQDQW OHV DFWHXUV GH O¶HWKQLFLWp OHV UHSUpVHQWDQWV GHV PLQRULWpV WHOV TX¶2VFDU *DPERD j FRQGLWLRQ TXH FHX[-ci adoptent le 201 5pXQLRQRUJDQLVpHSDUO¶218j'XUEDQHQVHSWHPEUH 202 (OOHV¶LVFULWLFLHQRSSRVLWLRQDYHF*LOUR\TXLLQVLste sur les flux transationaux. 203 Je prends ici comme exemple les acteurs présents à une des réunions citées par Cunin en WDQW TX¶H[HPSOH GH UHSUpVHQWDWLRQ LQWHUQDWLRQDOHV ,O V¶DJLW GH OD 3ULPHLUD &RQIHUrQFLD Institucional de fortalecimento Afrocolombiano qui a leu lieu à Cali en Colombie le 01/08/2003. 204 Entretien réalisé le 21/09/2003 avec Oscar Gamboa, Directeur international de la Federacion de Municipios del Pacifico FDQGLGDW j O¶$VVHPEOpH 1DWLRQDOH DX WLWUH GH OD Circonscription Nationale Spéciale en tant que représentant des populations afrocolombiennes lors des élections de mars 2002. 218 langage et les concepts de la monGLDOLVDWLRQ(QHIIHWO¶HWKQLFLWpHVWSOXVVRXYHQWXQSUpWH[WH TX¶XQH ILQDOLWp (OOH SHUPHW GH WUDLWHU GH SDXYUHWp GpYHORSSHPHQW GXUDEOH FRQTXrWH GH pouvoir, développement institutionnel, autant de termes des agences internationales. Au Brésil Guimarães (2006) indique également que sous le gouvernement de Lula plus que sous Q¶LPSRUWHTXHODXWUHOHVTXHVWLRQVVRFLDOHVHWFXOWXUHOOHVRQWpWpFRQILpHVDX[21*GRQWOHV OHDGHUV QRLUV RQW SX RSpUHU XQH DVFHQVLRQ VRFLDOH QRQ SOXV DX QRP G¶XQ EODQFKLPHQW GHOD race mais au contraire en tant que représentant officiel et entier du groupe des afrodescendants. Les places soumises à cotas dans les universités sont en partie occupées par cette classe montante de représentants culturels et politiques de la « minorité » noire. Cette catégorie ne prétend pas englober tous les métisses et noirs du pays mais seulement ceux qui IRQW OD GpPDUFKH GH O¶DXWR-LGHQWLILFDWLRQ HW TXL SHXYHQW V¶LQVFULUH GDQV OH VFKpPD à la fois local et transnational de la négritude. b) Les autochtones205 'HSXLV OD ILQ GHV DQQpHV VRLW ELHQ DYDQW O¶DIURGHVFHQGDQFH O¶DXWRFKWRQLH IDLW VRQ apparition dans les réunions internationales ; porté par des les organisations de Droits de O¶+RPPHYRODQWDXVHFRXUVGHFRPPXQDXWpVRXPLQRULWpVPDOPHQpHVHWSDUIRis décimées par O¶(WDWGDQVOHTXHOLOVVHWURXYDLHQWSUHVTX¶HQpWUDQJHUVQHSDUODQWSDVODPrPHODQJXHQLVH FRPSUHQDQW QH SDUWDJHDQW SDV OHV PrPHV PRGHV G¶DSSUpKHQVLRQ GX PRQGH HWF /HV SDUWLFLSDQWV j OD FUpDWLRQ G¶XQ RUJDQH GH GpIHQVH GH FHV JURXSHV sont : International Work Group on Indigenous Affair (IWGIA) créé en 1968, Survival International créé en 1969, Cultural Survival en 1971 qui donne lieu à une première Déclaration « de la Barbade » en 1971. 3XLVXQGHX[LqPHWHPSVV¶HVWFRQVWLWXp autour G¶XQHVpULHGHFRQIpUHQFHVLQWHUQDWLRQDOHVTXL ont eu lieu à Genève et qui ont porté la voix des autochtones au niveau international. 1977- « Discriminations contre les populations autochtones des Amériques » 1978- « Combattre le racisme et la discrimination raciale » 1981- « Peuples autochtones et leur rapport à la terre » 205 -H P¶DSSXLH SRXU FH FKDSLWUH VXU OH WH[WH GH %(//,(5 ,UqQH © Identité globalisée, territoires contestés: les enjeux des peuples autochtones dans la constellation onusienne, 2006, Autrepart, n°38, p. 99-118. 219 ,O V¶RSqUH XQH XQLRQ GHV SHXSOHV DXWRFKWRQHV GH SDU OH PRQGH XQH UHSUpVHQWDWLRQ TXL V¶RUJDQLVH SDU © région du monde » et constitue une identité autochtone transnationale. On compte aXMRXUG¶KXLSOXVGHUHSUpVHQWDQWVDXWRFKWRQHVYHQXVGHVFLQTFRQWLQHQWV « les peuples autochtones ont reconnu leur destin partagé et leur cause commune », (Bellier 2006 /HSOXVGLIILFLOHHVWG¶pODERUHUXQH'pFODUDWLRQ8QLYHUVHOOHGHV'URLWVGHVPeuples Autochtones (orchestrée par les Nations Unies). Les lignes directrices sont pourtant définies : O¶DXWRGpWHUPLQDWLRQOHGURLWjODWHUUHOHGURLWDXSDWULPRLQHHWjODSURSULpWpLQWHOOHFWXHOOHOD protection de la diversité biologique, la sauvegarGH GH O¶HQYLURQQHPHQW OD SURWHFWLRQ GH O¶LQWpJULWpHWGHODGLYHUVLWpFXOWXUHOOH Bellier (ibid) nous dit que « sont concernés, selon les sources onusiennes, environ 350 millions de personnes qui sont réparties sur tous les continents206. Plus de 60% se trouve dans la zone Asie-3DFLILTXH PDLV OHV SOXV DFWLIV VXU OH SODQ SROLWLTXHV SRXU O¶REWHQWLRQ GH GURLWV sont ceux de la zone Amérique (Nord ± Centrale ± Sud). /HVUHYHQGLFDWLRQVGpSDVVHQWpJDOHPHQWOHFDGUHVWULFWHPHQWHWKQLTXHHWV¶LQVFULYHQWGDQVOHV prRJUDPPHV GH OXWWH FRQWUH OD SDXYUHWp RX GH VDXYHJDUGH GH O¶HQYLURQQHPHQW DX QRP GH O¶DXWRFKWRQLH'HSXLVOHVDQQpHVOHVSD\VG¶$PpULTXHVRSqUHXQHpQRUPHDYDQFpHVXU le plan national en adoptant une constitution multiculturelle (Nicaragua 1987, Brésil 1988, Colombie 1991, Paraguay 1992, Pérou 1993, Bolivie 1994, Equateur 1998, Venezuela 2000). Or comme le fait remarquer Irène Bellier (ibid), « GDQVFHFRQWH[WHG¶pYROXWLRQPXOWLVFDODLUH les Etats deviennent « maître ª GX MHX SXLVTX¶LOV GpWLHQQHQW OH pouvoir de décision et QRWDPPHQW OH SRXYRLU G¶DGRSWHU OD 'pFODUDWLRQ GH WUDQVIRUPHU FHW LQVWUXPHQW HQ XQH convention, ainsi que de pouvoir respecter leurs engagements et de les faire respecter par les acteurs non étatiques puissants comme les compagnies multinationales et les ONG », (p.22). La mobilisation américaine donne lieu à une Convention qui avance plus vite que celle des Nations Unies (revendications qui correspondent à des réalités ayant plus de points communs TX¶DYHFOHVDXWUHVUpJLRQVGXPRQGH « YLVDQWjO¶RUGUHLQWHUQDWLRQDOGX* », (p.20). En attendant, seule la Convention 169 relative aux peuples indigènes et tribaux de O¶2UJDQLVDWLRQ ,QWHUQDWLRQDOH GX WUDYDLO D pWp UDWLILpH HW SHXW VHUYLU DX QLYHDX juridique : Elle « aborde les quHVWLRQV UHODWLYHV j OD WHUUH j O¶HPSORL j OD IRUPDWLRQ 206 jO¶H[FHSWLRQGHO¶(XURSHVDXIHQVRQH[WUrPH1RUGRYLYHQWOHV6DPL » (ibid p.9) 220 SURIHVVLRQQHOOH j OD VDQWp HW HQYLVDJH OD FRRSpUDWLRQ WUDQVIURQWDOLqUH VRXV OD IRUPH G¶XQ DUWLFOH>HOOH@Q¶DpWpUDWLILpHSDUDXFXQSD\VDIULFDLQRXDVLDWLTXHHWVHXOHPHQWSDUWURLV pays européens » (p.20). 0rPHVLOHVDYDQFpHVVXUOHSODQMXULGLTXHHWPrPHVXUOHWHUUDLQQ¶RQWSDVHQFRUHDERXWLHV on note une énorme différence entre le début des années 1980 comme nous le fait remarquer Bellier207 HWDXMRXUG¶KXL$O¶pSRTXHOHVLQGLHQVpWDLHQW traités comme des sous-hommes et nommés de forme dépréciatives par les gouvernements, « indigène », « sauvage », « nativos ªHWSOXVHQFRUHORUVTX¶LOV¶DJLVVDLWGHVPpWLVVHVORFDX[TXLOHVDSSHODLHQW© indios bravos », ou « bâtards ª DORUV TX¶LOV pWDLHQW eux les « Péruviens » ou « civilisés ». $XMRXUG¶KXLOHVHFWHXUGXGURLWV¶HVWRXYHUWSRXUHX[PrPHVLVXUOHWHUUDLQOHVPHQWDOLWpVHW OHV HQJUHQDJHV VRFLDX[ G¶H[FOXVLRQ VRQW ELHQ DQFUpV HW FKDQJHQW DX PRLQV DXVVL OHQWHPHQW que la Convention onusienne. Un changement notable est le fait que les leaders autochtones sont considérés comme des experts en la matière, il existe des cursus universitaires VSpFLDOLVpVHWDXMRXUG¶KXLLOVSDUWLFLSHQWjODSURGXFWLRQVFLHQWLILTXHVXUOHXUSURSUHVRUWDORUV que jusqu¶jSUpVHQWVHXOVOHVDQWKURSRORJXHVTXLQ¶pWDLHQWMDPDLVLVVXVGHFHVFRPPXQDXWpV avaient ce rôle. Entre acteurs politiques et producteurs de savoir, les nouvelles générations DXWRFKWRQHVQ¶RQWSDVHQFUHGLWOHXUGHUQLHUPRW Au Brésil La question de la terre est de loin la plus significative au Brésil en relation aux peuples indigènes. Des territoires sont officiellement délimités et attribués aux peuples indigènes PDLVVDQVFHVVHOHVLQWpUrWVSULYpVRXSXEOLFVWHQWHQWGHUHYHQLUVXUFHVDFTXLV&¶HVWXQH lutte entre les droits de ces peuples à leur habitat originel, en tant que condition même de leur existence en tant que peuples indigènes, et les intérêts économiques qui se font toujours plus SUHVVDQWV 'DQV O¶DFWXDOLWp LQWHUQDWLRQDOH QRXV HQWHQGRQV SDUler de Belo Monte. De QRPEUHXVHV21*HWDVVRFLDWLRQVHVVDLHQWG¶LQIOXHQFHUOHVGpFLVLRQVSROLWLTXHVjSDUWLUG¶XQ relai médiatique fort. De nombreux autres cas sont relayés plus ou moins au niveau local et VRQWVLJQLILFDWLIVGXSHXGHSRLGVTX¶H[HUFHXQGUoit face aux puissants (trusts énergétiques au Pará ou fazendeiros au Sud de Bahia ou ailleurs). Les leaders indiens des communautés en danger bien souvent risquent (ou perdent) leur vie dans la lutte à la terre. Cependant, comme le fait remarquer Irène BeOOLHUSHWLWjSHWLWGHVDYDQFpHVVHIRQWVHQWLU«FHSHXWrWUHOHFDVGX 221 système de cotas dans les universités qui permet aux leaders de se forger des armes sur mesure pour revendiquer leurs droits. En ce qui concerne la population indienne au Brésil en mDWLqUHGHFRWDVOHFULWqUHGHO¶DXWRpYDOXDWLRQ Q¶HVW SDV VXIILVDQW SHXW-être à cause du proverbe brésilien qui dit que tous les EUpVLOLHQVVRQWLQGLHQVRXTXHWRXWHIDPLOOHDXQDQFrWUHLQGLHQ«2XSOXW{WFDUO¶HQFDGUHPHQW formel des communautés indiennes diffère depuis le début de la colonisation de celui réservé DX[ QRLUV 1RXV DYRQV YX TX¶LOV VRQW UHJURXSpV HQ aldeia par les jésuites au début de la FRORQLVDWLRQ $XMRXUG¶KXL LOV GpSHQGHQW G¶XQ RUJDQLVPH SXEOLF OD )81$, 208 ainsi que de nombreuses ONG. EnfLQODQRWLRQG¶DSSDUWHQDQFHHVWGLIIpUHQWHFDUelle est associée jO¶LGpH de pureté culturelle et raciale. Les peuples indiens, dans certaines régions, ont de fait été PDLQWHQXV ORLQ GH OD FRQWDPLQDWLRQ GH OD VRFLpWp GHV EODQFV /D QRWLRQ G¶DXWKHQWLFLWp Hst intrinsèquement liée au peuple indien qui en a souvent souffert dans le Nordeste où les PpWLVVDJHVRQWHXOLHXGHSXLVORQJWHPSVVDQVSRXUDXWDQWTX¶LO\DLWHXSHUWHRXGLVVROXWLRQGH leur culture. Les indiens qui vivent en ville ont du mal à se faire reconnaitre. La nouvelle catégorie G¶© indiens-descendants » a été revendiquée par des indiens qui ne pouvaient avoir de UHFRQQDLVVDQFH j SDUWLU GHV FULWqUHV G¶DXWKHQWLFLWp OLpV j O¶LQGLDQLWp G¶DSUqV OHV RUJDQLVPHV responsables et les communautés indiennHV&HWWHFDWpJRULHQ¶H[LVWHSDVGDQVODFRQVWLWXWLRQ F¶HVWXQDUUDQJHPHQWTXLV¶HVWIDLWDYHFOHVXQLYHUVLWpVGDQVOHFDGUHGHODORLGHVFRWDV&HWWH catégorie pose problème car elle est mal vue par les « indiens » aussi bien que par les « afrodescendants », pour des raisons peut-rWUHXQSHXGLIIpUHQWHVPDLVTXLGDQVOHFDGUHGHO¶DFFqV aux places réservées aux cotas dans les universités peuvent être assimilées à la concurrence. c) Les Quilombolas Enfin, les Quilombos, des communautés de nègres marrons dans lesquelles la culture de racine Africaine se serait conservée, ont la possibilité de se faire reconnaitre comme telles et HQ FH QRP IRUPDOLVHU OD SURSULpWp GHV WHUUHV TXL HVW UHVWpH MXVTX¶j DXMRXUG¶KXL GDQV O¶LQIRUPDOLWp 207 /¶DXWHXUSUHQGO¶H[HPSOHG¶XQH© petite société » vivant en Amazonie péruvienne, les Mai huna. 208 FUNAI : Fondation nationalHGHO¶,QGLHQ 222 Ces terres sont parfois ruralHVHWSDUIRLVXUEDLQHVDXSOHLQF°XUGHVPpJDFLWpVEUpVLOLHQQHV &HWWH UHFRQQDLVVDQFH Q¶HVW SDV WRXMRXUV OH IDLW G¶XQH IRUWH OLDLVRQ DYHF OH VHQWLPHQW G¶DSSDUWHQDQFH j OD FRPPXQDXWp QRLUHPDLV UpSRQG VRXYHQW j XQ UpHO EHVRLQ G¶DXWKHQWLILHU les terres occXSpHV GHSXLV GHV JpQpUDWLRQV HW SDUIRLV DXMRXUG¶KXL PHQDFpHV SDU GHV SURMHWV XUEDQLVWLTXHVRXGHVULVTXHVG¶H[SURSULDWLRQSDUGHVJUDQGVSURSULpWDLUHVWHUULHQV Dans ce cadre, des aménagements de la loi ont dû être opérés afin que les termes utilisés correspondent aux réalités vécues sur le terrain. En effet, en 2003, après quinze ans de discussions entre les communautés locales, les intellectuels et les représentants étatiques, les termes de la Constitution de 1988 concernant les Quilombolas sont révisés prenant dorénavant en compte les revendications des représentants des communautés qui souhaitent être reconnues comme Quilombos. Il faut rappeler que la propriété terrienne a été rendue quasiment inaccessible aux populations noires à travers de la « loi des terres », de 1850. $YDQWFHWWHGDWHO¶RFFXSDWLRQG¶XQHSDUFHOOHGHWHUUHHWODFXOWXUHGHFHOOH-ci pouvait garantir la propriété mais avec la « loi des terres ªRQQHGHYLHQWSURSULpWDLUHTXHVLO¶DSSURSULDWLRQGH la terre se fait à travers un contrat de vente de cette dernière, donnant alors lieu à un titre de propriété. Cette loi rend impossible la propriété aux Quilombolas qui sont alors clandestins, O¶DEROLWLRQGHO¶HVFODYDJHQµD\DQWSDVHXOLHXLOVVRQWFRQVLGpUpVFRPPHIXJLWLIV&HWWHORLD favoULVpODIL[DWLRQGHODPDLQG¶°XYUHOLEUHjODID]HQGDFDUOHVSURSULpWDLUHVWHUULHQVDYDLHQW bien plus de facilité que les esclaves libres pour acquérir des terres, parfois même en falsifiant les documents pour devenir propriétaire, la loi étant du côté de ceux qui sont IDPLOLHUVDYHFO¶DGPLQLVWUDWLRQ /D&RQVWLWXWLRQGHpWDLWOHSUHPLHUWH[WHFRQFHUQDQWO¶DFFqVjODSURSULpWpSULYpHGHSXLV ODILQGHO¶HVFODYDJHVRLWWRXWMXVWHDQVDSUqVO¶DEROLWLRQ/HVWHUPHVTX¶HOOHHPSORLHRQW posé problème SRXU OµDWWULEXWLRQ GH WHUUHV DX[ FRPPXQDXWpV TXL VH UHYHQGLTXDLHQW Quilombos car selon Arruti209 (2006) le problème se trouvait dans la forme lexicale de trois termes : 1/ La définition de Quilombos qui était ancienne et qui était associée à la notion de « réminiscence ª FH TXL LPSOLTXDLW SDU H[HPSOH TX¶LO IDOODLW SRXYRLU SURXYHU TXH OD 209 ARRUTI, José Maurício A., Mocambo: Antropologia e história do processo de formação quilombola. Bauru: Edusc, 2006. 368 p. 223 FRPPXQDXWpH[LVWDLWGHSXLVDYDQW«8QHQRXYHOOHGpILQLWLRQVHORQ$OPHLGD 210 (2002), GHYDLWSUHQGUHHQFRPSWHO¶DFWXDOLWpGHODTXHVWLRQHQpWDQWjO¶pFRXWHGHVUHYHQGLFDWions des populations sur le terrain ; 2/ Le terme de « WHUUHG¶XVDJHFRPPXQ ªTXLQ¶DYDLHQWSDVFRPPH focus la population afro-descendante car faisait référence plus largement à une forme G¶RFFXSDWLRQGXVROFRXUDQWHDSUqVO¶DEROLWLRQTXLpWDLWXQHVWUDWpJie collective de résistance face aux gros propriétaires LO IDOODLW GRQF VSpFLILHU O¶RFFXSDWLRQ GX VRO GDQV OH FDV GHV 4XLORPERVVDQVSRXUDXWDQWUHWRPEHUGDQVO¶DQFLHQQHGpILQLWLRQTXLpWDEOLVVDLWXQOLHQHQWUH OHV 4XLORPERV HW O¶XVDJH SURYLVRLUH GHV WHrres /H WHUPH G¶HWKQLFLWp GDQV OH WH[WH constitutionnel attendait des groupes qui savent manier une identité politique comme si cette LGHQWLWppWDLWXQHLGHQWLWpGRQQpHXQHIRLVSRXUWRXWHV$UUXWLGHPDQGHG¶HQILQLUDYHF cette identité « substantielle » afin de redéfinir cette notion à partir du point de vue « relationnel » qui définit les groupes en relation ou par contraste avec ceux qui les entourent. %HDXFRXS G¶DQWKURSRORJXHV VRQW RFFXSpV GHSXLV TXHOTXHV DQQpV j IDLUH UHFRQQDLWUH GHV terriWRLUHV TXLORPERODV HW j IDLUH DYDQFHU OD OpJLVODWLRQ TXL Q¶DLGDLW SDV PrPH DSUqV OD Constitution de 1988. La question est très présente dans les congrès nationaux G¶DQWKURSRORJLH HW GDQV O¶DFWXDOLWp &RPPH GDQV OH FDV GHV SHXSOHV LQGLJqQHV OD problématiqXHSUHPLqUHHVWFHOOHGHODUHFRQDLVVDQFHGHVWHUUHVSDUO¶(WDW'HVUDSSRUWVVRQW produits par les antropologues pour discuter le bien fondé des demandes de reconnaissance de la part des commuautés et/ou appuyer leur demande. Les conflits qui mettent en cause des intérêts fonciers sont très fréquents. 3HXW rWUH SOXV HQFRUH TXH GDQV OHV GHX[ DXWUHV FDV O¶HWKQLFLWp HVW SRXU FHV FRPPXQDXWpV O¶RSRUWXQLWpGHSURYRTXHUXQHFRQMRQFWXUHIDYRUDEOHjO¶REWHQWLRQGHWHUUHVFHTXLQ¶HPSrFKH SDVXQHIRLVUHFRQQXHG¶rtre utilisée dans des projets de tourisme ethnique de développement durable dans lesquels la culture afro-GHVFHQGDQWHHVWPLVHHQDYDQW/¶HWKQLFLWpHVWDYDQWWRXW G¶DSUqVQRXVXQHSRVVLELOLWpG¶H[LVWHUIRUPHOOHPHQW d) Les exclus du pacte de réparation Les exclus du pacte sont entre autres les barraqueiros qui ne V¶LQVFULYHQW GDQV DXFXQH GHV catégories préalablement citées qui octroît des droits. Ils restent donc dans des zones de non 210 $/0(,'$$OIUHGR:DJQHU%HUQRGH2V4XLORPERVHDV1RYDV(WQLDV,Q2¶':<(5 Eliane C. (org.). Quilombos: Identidade Étnica e Territorialidade. Rio de Janeiro: FGV, pp. 43-81, 2002. 224 droits qui dépendent beaucoup de la bonne volonté des puissants : politiques, pouvoirs publics, sponsors, etc. 6¶LOV Q¶RQW SDV GH GURLWV VSpFLILTXHV liés à une ethnicité, ils ont par contre le devoir de V¶LQVFULUHGDQVOHVSURJUDPPHVLQWHUQDWLRQDX[G¶DLGHjODSDXYUHWpDXULVTXHGHGHYHQLUGHV marginaux du système capitaliste et être montrés du doigt comme marginaux à la société, certainement dangereux. La « démocratie raciale » a pris le relai des hiérarchies raciales portées par la société coloniale jWUDYHUVXQHOHFWXUHLQIRUPHOOHGHO¶DXWUHGHVDFRXOHXUHWGHVRQVWatut. Elle a été jugée raciste dans les années 1970 par les groupes noirs activistes et remplacée par la société multiculturelle dans laquelle le métissage fait place à une revendication raciale. La race reste DXF°XUGXGpEDWEUpVLOLHQVXUOHVUDSSRUWVVociaux mais dans une dynamique de différence, QRQSOXVG¶DVVLPLODWLRQ Cependant, comme le souligne Hall (2007) : « En aucun cas une nouvelle phase de la politique culturelle noire ne pourrait UHPSODFHU OD SUpFpGHQWH 1pDQPRLQV LOHVW YUDL TX¶j PHVXUH TXH la lutte avance et prend de nouvelles formes, elle déplace, réorganise, et repositionne, à différents degrés, les différentes stratégies culturelles les unes par rapport aux autres » (p.288). B- Le carnaval ritualisé Nous reprenons maintenant, dans le cadUH GX FDUQDYDO KDXW OLHX GH O¶H[SUHVVLRQ GH OD différence ethnique, les catégories raciales qui sont opérantes, en les comparants avec celles GXTXRWLGLHQ/HFDUQDYDOpWDQWG¶DSUqVQRXVODIrWHTXLDSHUPLVODULWXDOLVDWLRQGHVUDSSRUWV raciaux et sociau[GH6DOYDGRUHWGRQWOHVWURXYDLOOHVLGHQWLWDLUHVVRQWDXMRXUG¶KXLGHYHQXHV GHV FODVVLTXHV GH O¶LPDJH GH 6DOYDGRU HW j FH SUL[ GHV FODVVLTXHV GH O¶LPDJH YpKLFXOpH HW commercialisée par les pouvoirs publics. +LVWRLUHG¶XQHLQVWLWXWLRQQDOLVDWLRQLGHQWLWDLUH« 1) Petite histoire du carnaval -H PH UpIqUH GDQV FHWWH SDUWLH j )UDQFN 5LEDUG SRXU OHV GRQQpHV FRQFHUQDQW O¶KLVWRLUH GX carnaval. 225 a) /¶HQWUXGR )RUPHIHVWLYHG¶RULJLQHSRUWXJDLVHTXLDOLHXOHPDUGLJUDVTXLFRQVLVWHjMHWHUVXUVHVSDLUVGH la farine et dHV °XIV 6XUWRXW SUDWLTXpV SDU OHV MHXQHV FHV MHX[ VRQW DGRSWpV DXVVL SDU OHV esclaves qui jouent entre eux VL SDU DYHQWXUH LOV VRQW PrOpV DX[ PDvWUHV F¶HVW SRXU OHXU VHUYLUGHFLEOHQRQOHFRQWUDLUH/¶HQWUXGRFXOPLQHDX ème siècle mais est pratiqué depuis GHVVLqFOHV&¶HVWjSDUWLUGXPLOLHXGX ème siècle que des critiques à son égard surgissent, VXUWRXWGHODSDUWGHVPpGLDV,OYDjO¶HQFRQWUHGHVERQQHVP°XUVHWVXUWRXWGHO¶LPDJHGH pays civilisé que le Brésil veut présenter de lui-même au monde. A la place, des bals privés SRXUXQHSRSXODWLRQWULpHVXUOHYROHWYRLHQWOHMRXUSRXUO¶pOLWHGHODYLOOH/DUXHUHVWHDX[ mains du peuple, principalement à travers des formes festives véhiculées par la population noire, comme les batuques. Dès son origine, les pouvoirs publics ont la main mise sur la fête à travers la bonne société qui doit faire montre de distinction. b) Les clubs carnavalesques Fin du 19ème VLqFOH O¶HQWUXGR HVW DEDQGRQQp DX SURILW G¶XQ FDUQDYDO G¶LQVSLUDWLRQ européenne, type carnaval de Venise. Les clubs carnavalesques de la haute société défilent, OHV XQV SOXV H[XEpUDQWV TXH OHV DXWUHV DYHF PDVTXHV HW FRVWXPHV G¶LQVSLUDWLRQ DQLPDOLqUH KDXWV HQ FRXOHXUV $X PrPH PRPHQW V¶RUJDQLVHQW GHV FOXEV FDUQDYDOHVTXHV DIULFDLQV SRXU défilHUHQDUERUDQWGHVWKqPHVKLVWRULTXHVOLpVjO¶$IULTXH&HVFOXEVFDUQDYDOHVTXHVDUULYHQW j V¶LPSRVHU VXU O¶DYHQXH DORUV TXH OHV EDWXTXHV DYDLHQW WRXMRXUV pWp FULWLTXpV /HXU RUJDQLVDWLRQHWOHIUDQFVXFFqVTX¶LOVUHPSRUWHQWDXSUqVGHODSRSXODWLRQQRLUHHt métisse leur laisse un accès sur la nouvelle avenue qui accueille les défilés carnavalesques, à la sortie du FHQWUH KLVWRULTXH GRQW OHV UXHV HW UXHOOHV pWDLHQW WURS pWURLWHV /¶DYHQLGD VHWH TXL SDUW GH OD SODFH &DVWUR $OYHV HW YD MXVTX¶DX &DPSR *UDQGH Geux grandes places prisées est alors retenue. Les deux carnavals partagent donc un même espace, la rue. Pourtant leur public ne se mélange pas. /HVpOLWHVSUpWHQGHQWVHGLIIpUHQFLHUGHO¶H[KLELWLRQQRLUHHWXQHVpULHGHORLVYRWpHVGDQVOD première décennie du 20ème siècle va interdire le défilé des clubs carnavalesques africains, accusés de promouvoir le désordre. « Ainsi en 1905, les « candomblés de rue » sont interdits tout comme, en 1909 O¶XWLOLVDWLRQGHVPDVTXHVXQHIRLVODQXLWWRPEpH ». Ribard (p.172). /HV GpILOpV GH O¶pOLWH FRQWLQXHQW GRQF VXU OHV DYHQXHV FHQWUDOHV DORUV TXH V¶RUJDQLVHQW GH O¶DXWUH F{Wp GX IODQF GH FROOLQH GDQV OD %DL[D GRV 6DSDWHLURV GHV EDWXTXHV HW GHV EORFV GH 226 WHQHXUDIULFDLQHWSRSXODLUHGRQWO¶DQLPDWLRQQHSHXWrWUHQLpHSDUOHVMRXUQDOLVWHVGHO¶pSRTXH La cause avancé est le fait que cette avenue populeuse et commerciale attire plus de gens, ou HQFRUHTXHOHVPRPHQWVFUHX[GHO¶LQVSLUDWLRQFDUQDYDOHVTXHGHO¶pOLWHQHIDLVDLHQWTXHPHWWUH en valeur les festivités périphériques de la Baixa dos Sapateiros. « « OH GLPDQFKH GH &DUQDYDO pWDLW OH MRXU G¶pOHFWLRQ SUpVLGHQWLHOOH HQWUH *HWXOLR 9DUJDV HW -XOLR 3UHVWHV HW « OH 'LDULR GH 1RWLFLDV FRPPHQWDLW OH 0HUFUHGL GHV Cendres, que le meilleur carnaval « V¶HVWSDVVpGDQVOD%DL[D dos Sapateiros et dans OHPDUFKp6mR0LJXHOROHSHXSOHµPD[L[D211¶jYRORQWp » ». Ribard (p.176). &¶HVWVHXOHPHQWjSDUWLUGHVDQQpHVTX¶DSSDUDLVVHQWj%DKLDOHVpFROHVGH6DPEDTXL vont remporter un fort succès. Cependant, le manque de soutien financier aussi bien public que privé a fait que cette forme disparait dans les années 1970, remplacées par les blocs G¶LQGLHQV SXLV OHV EORFV DIUR $ 5LR GH -DQHLUR DX FRQWUDLUH OHV pFROHV GH 6DPED RQW VX SURILWHU j OD IRLV GH O¶DLGH GHV SRXYRLUV SXEOLFs et du soutien du jeu de loterie mafieux du Bicho. c) Le carnaval électrique En 1950 va apparaitre de gros changements, une nouvelle forme de carnaval liée par aux progrès techniques, celle du Trio électrique$O¶RULJLQHGHX[PXVLFLHQV'RGRHW2VPDUTXL YRQW OLHU OHXU WDOHQW O¶XQ G¶HX[ HVW pOHFWULFLHQ HW FUpHU GDQV XQ SUHPLHU WHPSV OH © pau eletrico » (un manche de guitare électrifié) et dans un deuxième temps, la « Fobica », une automobile qui donne naissance au concept du trio électrique typique du carnaval de Salvador OHSXEOLFVXLWO¶DXWRPRELOHHQGDQVDQWHWFKDQWDQW/HU\WKPHPXVLFDOTXLLQDXJXUH cette nouvelle forme carnavalesque est également une création du duo Dodo et Osmar, SXLVTX¶LOVRQWHPSUXQWpOHfrevo GH5HFLIHTX¶LOVRQWpOHFWULILpHWrendu plus sautillant, créant un frevo bahianais. $XMRXUG¶KXL OHV DXWRPRELOHV VRQW GHV JURV FDPLRQV VRQRULVpV pTXLSpV VXU OHXU WRLW G¶XQH plate-forme sur laquelle se produisent les groupes musicaux carnavalesques. Ces camions ont comme contrainte de devoir circuler dans des rues suffisamment larges. Dans les années OH FDUQDYDO SUHQG GH O¶DPSOHXU VDQV GRXWH GX IDLW GH O¶pQRUPH H[SORVLRQ démographique de Salvador et de la place faite au tourisme (premier plan directeur du 227 tourisme). Le carnaval initié par Dodo et Osmar se caractérise par son aspect gratuit et ouvert à tous, sur les modèles des groupes de samba et batucada des anciens carnavals. Il met fin au carnaval aristocratique qui se retire dans les salons privés. Cependant, progressivement O¶HVSDce carnavalesque se privatise (gradins, espaces marchands, cordons fermant les blocs) et rend le carnaval plus accessible à la classe haute qui cherche à démarquer ses territoires et jIXLUOHPpODQJHGHVFODVVHVTX¶jODFODVVHSRSXODLUH/HVSUHPLHUV© blocs de barons », terme employé pour désignés les riches, sont très sélectifs et interdits pour certains à la population noire. Dans les années 80 est créé un nouveau circuit dans les nouveaux et beaux quartiers du littoral Atlantique reliant les quartiers GH%DUUDHW2QGLQDRQDWXUHOOHPHQWYRQWV¶LQVWDOOHUOHV EORFV GHV EDURQV /¶DQFLHQ FLUFXLW JDUGH SRXU OXL OHV EORFV GH SHUFXVVLRQV DIUR HW TXHOTXHV trios électriques de moindre ampleur. Le carnaval électrique populaire donne naissance à O¶LQGXVWULHIHVWLYHOLpHjODPXVLF$[pTXLG¶LQVSLUDWLRQDIURPDLVG¶DSSDUWHQDQFHEODQFKHGHV classes élevées, sait conquérir les sphères médiatiques et des productions lourdes, laissant hors circuit les artistes noirs du carnaval. d) Le carnaval ethnique des années 1970 Dès la fin des années 1940, la volonté de libérer la culture noire des lourds préjugés et des mesures de persécutions amène toujours plus les terreiros de candomblé vers la rue pour SUpVHQWHUXQHFXOWXUHVXUOHPRGHIHVWLIOLEpUpHGHO¶LPDJHQpJDWLYHGHOD magie noire et de la VRUFHOOHULH GRQW HOOH HVW GpWHQWULFH GHSXLV OHV GpEXWV GH OD FRORQLH &¶HVW GRQF OH GpEXW GHV EORFVG¶DIR[pVFRPPH© Congo da Africa », « Africano de ouro » et le plus connu et encore existant « Filhos de Gandhi ª &HV GpILOpV VRQW O¶DIILUPDWLRQ G¶XQH FXOWXUH QRLUH FRPPH culture ouverte et amie, contre les préjugés de secte ou de magie noire. Le contexte social des années 1970 local et international pousse la population noire et métisse (sur le modèle des Afoxés) à montrer une culture qui lui est propre et qui valorise son image j WUDYHUV XQ WUDYDLO HVWKpWLTXH FRQVpTXHQW $ O¶RUGUH GX MHX OHV WURLV UDFHV IRQGDWULFHV GX %UpVLO O¶,QGLHQ OH QRLU HW OH EODQF WUDQVILJXUpV SHQGDQW OH FDUQDYDO HQ © EORFV G¶,QGLHQV », « blocs afro » et « blocs axé ». Le dernier est le seul à ne pas mettre en avant dans le nom sa YpULWDEOHLGHQWLWpTXLHVWEODQFKH'DQVOHFDGUHGXFDUQDYDOO¶HWKQLFLWpVHIDLWGLVWLQFWLRQGH qualité et revendication populaire de statut différencié en fonction de son origine, avec en SUHPLHUOLHXO¶DSSDULWLRQGHV© EORFVG¶,QGLHQV », suivis des « blocs afros », puis des « blocs 211 Danse qui prend origine dans une musique cubaine et un pas de la polka, (cf. note de bas 228 axé ». A cette époque se produit le déclin des écoles de samba trop lourdes à maintenir. Seuls les « blocos de embalos » issus des écoles de samba connaissent une transformation et GRQQHQWOLHXDXFDUQDYDOGHVWULRVpOHFWULTXHVTXLVXLWDXGpSDUWFHWWHWUDGLWLRQG¶HPSRUWHUVXU VRQSDVVDJHOHSXEOLFGDQVXQWRXUELOORQGHGDQVHHWGHFKDQWHWDX[EORFVG¶,QGLHQV « Grupo de embalos », littéralement, groupe qui emballe. 2) Fiches ethniques carnavalesques a) Les blocs indiens Issus de la tradition de « embale 212» des groupes de samba, les premiers blocs ethniques à apparaitre furent ceux des Indiens. Le premier fut le « Cacique du Garcia », issu du quartier du Garcia où opérait déjà une école de samba. Pourtant, quitte à surprendre ceux qui ne FRQQDLVVHQW SDV OH FDUQDYDO GH %DKLD FHWWH HWKQLFLWp LQGLJqQH Q¶D SDV GH UDSSRUW DYHF OHV SHXSOHVLQGLJqQHVGX%UpVLO,OVV¶LQVFULYHQWGDQVODJUDQGHPDMRULWpGDQVO¶LPDJLnaire nord américain véhiculé par les westerns. Les blocs sont ceux des « Apaches », des « Comanches », des « Sioux », des « cheyennes ªHWOHXUSDUWLFLSDQWVQ¶RQWULHQjYRLUDYHF GHV GHVFHQGDQWV GLUHFWV RX LQGLUHFWV G¶LQGLHQV G¶LFL RX G¶DLOOHXUV ,O V¶DJit des jeunes des quartiers périphériques majoritairement noirs et métisses. Ces blocs ont été les précurseurs des blocs afro. Sans doute a-t-il été plus facile dans un premier temps de revendiquer une injustice sociale sur fond de scénario de western plut{WTXHGHO¶DQFUHUGDQVODUpDOLWpXUEDLQH GH6DOYDGRUDORUVJUDQGLVVDQWH'DQVOHVDQQpHVLO\DYDLWSOXVGHYLQJWEORFVG¶LQGLHQV Ses organisateurs ont été ceux qui par la suite ont ouvert des blocs afro, qui gardent la même structure interne : batWHULHGHSHUFXVVLRQVDLOHVGHGDQVHHWGHFKDQW$XMRXUG¶KXLLOQ¶\DSOXV TXHGHX[EORFVG¶LQGLHQVOHV© Apaches » et les « Commanches du Pelô », les ailes de danse ont diminué significativement et la recherche de sponsors est de plus en plus compliquée. Au FRQWUDLUH OHV JURXSHV DIUR VH VRQW PXOWLSOLpV HW RQW VX SRXU FHUWDLQV V¶LPSRVHU GDQV OH scénario national et international. de page de Ribard, p.172). 212 Groupe musical qui entraine sur son passage le public qui danse à sa suite. 229 Photographie : Patrick Silva / Setur Disponible sur le site http://www.carnaval.bahia.com.br en date du 29/03/2012 b) Les blocs afro Alors que le climat de la Démocratie raciale règne en maître pendant les années de dictature TXL YRQW GHV DQQpHV DX[ DQQpHV XQ JURXSH G¶DPLV G¶XQ TXDUWLHU SRSXODLUH GH 6DOYDGRULPSURYLVHHQODVRUWLHG¶XQEORFGHFDUQDYDOH[FOXVLYement réservé aux gens de couleur noire, arborant dans les rues et sur les tracts des slogans tels que « juste un bloc original », « les Africains à Bahia » sur un ton mi humoristique mi provocateur. Bercés à la fois par un contexte international de revendication noire (Etats-Unis, Afrique du Sud), par la GpFRORQLVDWLRQGHVWHUULWRLUHV$IULFDLQVG¶DSSDUWHQDQFH3RUWXJDLVHFRPPHOH0R]DPELTXHRX la Guinée Bissau, et une affirmation identitaire en formation notamment dans les grandes villes du Sud du Brésil comme Rio de Janeiro et São Paulo, le duo Vovô et Apolônio, tout GHX[DSSUHQWLVDX3{OH3pWURFKLPLTXHGH6DOYDGRURQWO¶DXGDFHGHVHODQFHUGDQVO¶DYHQWXUH carnavalesque dans un but à la fois de loisir et de début de professionnalisation. En effet, les deux MHXQHV RQW O¶KDELWXGH G¶RUJDQLVHU GHV VRUWLHV SRXU OHV JHQV GX TXDUWLHU 8Q VHPEODQW G¶HQWUHSULVHGHORLVLUVRVHPrOHXQJRWSRXUOHVDPEDHWOHVDPXVHPHQWVHQJpQpUDOGRQQH OLHXDXEORFFDUQDYDOHVTXHGX,Or$L\rGRQWXQHGHVVRXUFHVG¶LQVSLUDWLRQVHUa le terreiro de la mère de Vovô. Entreprise qui sort presque naturellement du chapeau de ces deux jeunes, et PrPH V¶LO Q¶D SDV pWp H[DFWHPHQW OH SUHPLHU JURXSH $IUR LO HVW j O¶RULJLQH G¶XQ DSSRUW fondamental pour le carnaval de Salvador, celui de la revendication raciale du noir bahianais jWUDYHUVODUpLQYHQWLRQG¶XQH$IULTXHOpJHQGDLUHHWRULJLQHOOHGDQVVDGXUpH /HVV\PEROHV forts qui ont fait le succès du bloc, malgré ses débuts difficiles. La reconnaissance et O¶LQWpJULWpGHODGpPDUFKHQ¶pWDLWSDV gagnée, elle a été conquise à travers de messages et de symboles forts qui ont touchée en premier lieu la jeunesse noire et métisse. En premier lieu, la « Black beauty ª TXL HVW FRQVDFUp j WUDYHUV O¶pOHFWLRQ G¶XQH UHLQH QRLUH GX FDUQDYDO j 230 travers la valorisation des coiffures africaines ou des tissus africains, de références historiques véhiculées principalement par les paroles des musiques dont les compositeurs VRQW LVVXV GHV PrPHV TXDUWLHUV SRSXODLUHV 3XLV XQ DWWDFKHPHQW j OD UHOLJLRQ G¶RULJLQH Africaine, le Candomblé et enfin par un programme social et éducatif fort au sein du quartier matrice du Ilê Aiyê, Liberdade situé sur la Baie de Tous les Saints, dans la région morale urbaine chargée négativement et délaissée par les pouvoirs publics. Le Ilê Aiyê en restant ancré dans son quartier malgré sa réussite sociale fait montre de sa détermination à être du « ghetto », à rester dedans, au côté des populations les moins favorisées, même si on a vu que ces « ghettos » se subdivisent et que les quartiers ethniques se distinguent des quartiers dangereux. &HEORFQ¶HVWSDVOHSUHPLHUGHVEORFVDIURVPDLVLOHVWFHOXLTXLDVXIDLUHSDUOHUGHOXL/HV DXWUHV Q¶RQW SDV WRXV HX OD SRVVLELOLWp GH VXUYLYUH FDU OD SDUWLFLSDWLRQ VH IDLW WRXMRXUV SOXV onéreuse au cDUQDYDO GH SOXV HQ SOXV JXLGpH SDU GHV ORJLTXHV PDUFKDQGHV TXL Q¶pSDUJQHQW SDVOHVSOXVSHWLWV/¶LQIOXHQFHjODIRLVPXVLFDOHHVWKpWLTXHHWLGpRORJLTXHGHVJURXSHVDIUR V¶HVWIDLWUHVVHQWLUGDQVWRXVOHFDUQDYDOTXLDFRQVWUXLWVRQLGHQWLWpVRQLQGXVWUie culturelle et discographique dessus. Son influence est très nette y compris dans les groupes de barons, de EODQFVGRQWWRXWHVOHVWrWHVG¶DIILFKHVHVRQWLQVSLUpHVPXVLFDOHPHQWHWHVWKpWLTXHPHQWFHOD ne laisse aucun doute. 3KRWRJUDSKLHG¶(GXDUGR0DUtins du bloc Ilê Aiyê, avec en premier plan Vovô. Disponible en date du 29/03/2012 sur le site : mundoafro.atarde.uol.com.br 231 c) Le carnaval axé La « axé music ªXQVW\OHPXVLFDOLVVXGHO¶LQQRYDWLRQWHFKQRORJLTXHGHVWULRVpOHFWULTXHVGH Dodô et Osmar et des blocs afro du carnaval de Salvador, est très fortement soutenu par les grosses productions culturelles. Elle est la musique de référence des blocs de baron et fait largement ses preuves HOOH V¶H[SRUWH LQWHUQDWLRQDOHPHQW HW FKDQJH O¶LPDJH PXVLFDOH du Brésil jusque là monopolisée par les « grands » de la bossa ou par les écoles de samba de Rio GH -DQHLUR &H FDUQDYDO GH O¶pOLWH D pWp GpFULW SDU OD IRUPXOH GH 0LFKHO $JLHU © Confort, paillette et modernité» que nous avons déjà appliqué à la région morale de la ville moderne implantée sur la Orla depuis les années 1960 et surtout 1980 et qui prend tout son sens dans VRQFRQWH[WHG¶RULJLQH OHFDUQDYDO3OXW{WTX¶XQHIrWHjO¶HQYHUVFRPPHRQDO¶KDELWXGHGH représenter le carnaval, celui-ci, dans les mains de la classe aisée se fait plutôt réaffirmation du pouvoir déjà acquis dans le quotidien et enfermement à outrance dans un entre-soi doré GDQV OHTXHO VHXOV TXHOTXHV pFKRV GH O¶DXWUH FDUQDYDO SDUYLHQQHQW j FRQGLWLRQ TX¶LOV VRLHQW H[SORLWDEOHV SDU O¶LQGXVWULH IHVWLYH FRPPH FHOD D pWp OH FDV SRXU O¶LGHQWLWp DIUR HW VRQ LQIOXHQFH PXVLFDOH 'H SOXV LO Q¶\ D DXFXQH FLWDWLRQ UHVSHFWXHXVH GH O¶DXWHXU LQLWLDO PDLV SOXW{WUpXWLOLVDWLRQGDQVOHVHQVGXSURILWLPPpGLDWHWGXUDEOHGHVDUWLVWHVGHO¶D[pEODQFVHW de leur producteurs. Ce carnaval est celui par excellence du circuit Barra Ondina. 3KRWRJUDSKLHG¶,YHWH6DQJDORSDU5DID0DWHL figurant sur la page facebook, carnaval 2012. 232 C- Les identités ethniques du carnaval comme objectif institutionnel de résolution des relations raciales dans une mise en spectacle touristique de Salvador et du Brésil. /¶DIURHVW-il ethnique "6LO¶RQHQFURLWOHVHFWHXUWRXULVWLTXHGpYHORSSpjVRQpJDUGLOIDXW FURLUHTXHRXL6LO¶RQV¶HQWLHQWjGHVGpILQLWLRQVSOXVSRLQWXes, du point de vue des sciences sociales, nous pouvons nous SRVHUODTXHVWLRQ4X¶HVW-ce qui définit une ethnie ? Et à partir de là observer si la culture afro est réellement ethnique. 6LQRXVDYRQV YXTXHMXVTX¶DORUVOHVWHUPHVGHVUHODWLRQVVRFLDOHVDX Brésil se basaient sur des considérations raciales, la création carnavalesque, elle, prend comme source la référence HWKQLTXH ELHQ TXH VRXYHQW LO QH VRLW SDV IDLW GH UpIpUHQFH GLUHFWHV j GHV HWKQLHV &¶HVW XQ « ethnique » qui détermine de façon aussi flRXTXHFHOXLGHUDFH,OQ¶\DSDVGH VFLVVLRQj O¶LQWpULHXUGHJURXSHVTXLFUppGHVHWKQLHVTXLVHUDLHQWGLVVLGHQWHVRXG¶RULJLQHGLIIpUHQWHV,O \DGHO¶HWKQLTXHDIURHWGHO¶HWKQLTXHLQGLJqQH $LQVLQRXVDYRQVYXTX¶jO¶pSRTXHGH1LQD5RGULJXHVOHV Africains étaient reconnus à partir de leur organisation ethnique. Les « coins » avaient une couleur et une tradition particulière qui faisait leur spécificité. Cependant, à partir des textes de João José Reis qui reviennent G¶XQ SRLQW GH YXH KLVWRULTXH sXU O¶RUJDQLVDWLRQ GHV © coins » nous pouvons relativiser cette harmonie ethnique, sachant que les mesures des pouvoirs publics ont toujours fait en sorte de QLHU OD FODVVLILFDWLRQ LQWHUQH GH PpODQJHU OHV JURXSHV HW G¶LQILOWUHU GHV DJHQWV SRXU désolidariser les ambiances de travail. 1RXV O¶DYRQV constaté avec la substitution des « capitaines » par les « capatazes », ainsi que par la redistribution des coins de moindre importance sans prendre en compte les affinités ethniques, à la différence de ce que les Africains faisaient naturellement. En effet, les capitaines de coins avaient dans leur pratique G¶LQWpJUHUGHVJURXSHVPLQHXUVPDLVFHODVHIDLVDLWGDQVXQHORJLTXHGHUHQGHPHQWGHWUDYDLO HW G¶DFFHSWDWLRQ GX PLFUR JURXSH GDQV OH UHVSHFW GH VD GLIIpUHQFH Dlors que les politiques SXEOLTXHVRQW°XYUpSRXUO¶XQLIRUPLVDWLRQG¶XQJURXSH© Africain » sans distinction interne, VpSDUDQWSDUIRLVFHX[TXLSDUWDJHDLHQWXQHFXOWXUHHWXQHDIILQLWpHWHQMRLJQDQWG¶DXWUHVIRLV des rivaux. Reis montre également comment O¶LGHQWLWp 1DJR HVW GHYHQXH JpQpULTXH SRXU OHV SRXYRLUV publics. A la suite de la révolte des Malês, cet amalgame a permis une répression aveugle 233 contre tout africain travaillant dans la rue, puisque la responsabilité de la révolte était celle des Nagôs. Tout Africain de la rue aux yeux des autorités devenait Nagô, au nom de la UpSUHVVLRQ&HWHIIRUWG¶DPDOJDPHGHODSDUWGHVSRXYRLUVSXEOLFVHVWHQFRUHSUpVHQWGDQVQRV DQDO\VHVVXUOHFRPPHUFHGHUXHDXMRXUG¶KXLHWOHUHIXVGHUHFRQQDLWUHO¶H[LVWHQFHVSpcifique GH FHUWDLQV JURXSHV PDUFKDQGV /D FODVVH GRPLQDQWH V¶HVW pJDOHPHQWDSSOLTXpH jHPSrFKHU OHV UHJURXSHPHQWV HWKQLTXHV GX WHPSV GH O¶HVFODYDJH GH SHXU G¶XQH UpEHOOLRQ 3XLV DSUqV O¶HVFODYDJH OD FODVVH GRPLQDQWH VH SRVH HQ PRGqOH DLGDQW DLQVL j HIIacer les traditions africaines (dpPRFUDWLHUDFLDOH/¶LGpDOVRFLDOIDLWTX¶LOIDXWRXEOLHUVHVUDFLQHVDIULFDLQHVHQ adoptant les manières des blancs. Les qualificatifs ethniques disparaissent du quotidien pour laisser place à des attributs de couleur qui, comme le faisait remarquer Thales de Azevedo DYDLHQWSOXW{WXQHVLJQLILFDWLRQGHUDQJVRFLDOTX¶XQHUpIpUHQFHUDFLDOH'DQVOD© démocratie raciale ªTXLFDUDFWpULVHFHWWHSpULRGHODUDFHSUpYDXWVXUO¶HWKQLHRXSOXW{WFHWWHGHUQLqUHVH dissout dans le FRQFHSW GH UDFH /¶DPDOJDPH HVW FRPSOHW HW GRLW HQFRUH VH IRQGUH DYHF OD culture blanche et indienne afin de donner une unité nationale au Brésil constituée par une unité raciale : le métis brésilien. /¶DPDOJDPHTXLDVVLPLODLWWRXW$IULFDLQDX\RUXEDVHOon Reis a également été repris dans le VHQVGHFODVVLILHUHWKLpUDUFKLVHUOHVQRLUV(QSOXVG¶XQHVXSUpPDWLHHQQRPEUHOHV<RUXEDV G¶DSUqV 1LQD 5RGULJXHV EpQpILFLDLHQW G¶XQH VXSpULRULWp FXOWXUHOOH GX IDLW GH OHXU GLIILFLOH absorption par les autres traditions africaines. La propre assimilation des Yorubas aux révoltes des Malês est repris par Rodrigues comme signe de leur supériorité. Ils savaient résister et donc avaient une culture plus résistante que les autres et plus originale. Les autres ethnies avaient dû, de par leur facile acceptation de la servilité dissoudre leur culture dans la culture blanche ou dans les autres traditions africaines dans un syncrétisme effréné. La tradition de chercheurs en sciences sociales comme Roger Bastide ou Pierre Verger ont repris cette idée de hiérarchie culturelle et de suprématie de la culture Yoruba. &DSRQQH GpFULW ELHQFH SURFHVVXV TXL GDWH G¶DSUqVHOOH GX SUHPLHUkJH GHV FRORQLHV DORUV TXH O¶HVFODYH pWDLW FRQVLGpUp FRPPH XQH PDUFKDQGLVH HW QRQ HQ WDQW TXH citoyen du PRQGH $ O¶pSRTXH FH W\SH GH VWpUpRW\SHV TX¶HOOH UHWURXYH SDUWLFXOLqUHPHQW FKH] 1LQD Rodrigues a servi à former une élite noire à partir de la culture yoruba, alors que la culture Bantou était reléguée à une sous culture peu résistante aux contacts avec les autres cultures et TXL pWDLW YRXpH j GLVSDUDLWUH 6HV UHVVRUWLVVDQWV HX[ pWDLHQW FRQVLGpUpV G¶XQH LQWHOOLJHQFH HW G¶XQH ILQHVVH PRLQGUHV TXL OHV DPHQDLHQW QDWXUHOOHPHQW j VHUYLU GDQV OHV FKDPSV SRXU OHV 234 lourds travaux, loin du raffinement de la grande maison du maître. Les Yorubas quant à eux y pWDLHQW DSSUpFLpV 7RXW FRPPH OHXU FDQGRPEOp .HWR D VX V¶LPSRVHU SOXV YLWH DXSUqV GH OD classe dirigeante trouvant des protecteurs en son sein. Le candomblé a donc gardé une acceptation ethnique dans ses références aux « Nations » : 1DWLRQNHWX1DWLRQ-rMHHWF/¶LQIOXHQFHGHVUHFKHUFKHVHQVFLHQFHVVRFLDOHVRQO¶DYXDpWp déterminante, les chercheurs souvent dans le but de répertorier et sauvegarder la tradition ont participé à la fixation de limiWHV GH IURQWLqUHV HW SDUIRLV j OHXU KLpUDUFKLVDWLRQ /¶DWWULEXW HWKQLTXHV¶DVVRFLHGRQFDXFXOWXUHOj6DOYDGRUQRQjODVRFLpWpFLYLOH&HWWHDVVRFLDWLRQHVW reprise par les blocs carnavalesques comme le Ilê Aiyê par exemple afin de recréer un spectacle GH O¶HWKQLFLWp SHQGDQW OHV VL[ MRXUV GX FDUQDYDO &HSHQGDQW OHV JURXSHV carnavalesques, nous O¶Dvons vu, ne gardent pas de références directes aux groupes ethniques TXLRQWH[LVWpDX%UpVLO/¶HWKQLFLWpFDUQDYDOHVTXHSXLVHGDQVXQLPDJLQDLUHZHVWHUQSRXU les EORFV G¶LQGLHQV HW GDQV GHV UpIpUHQFHV GLYHUVHV HW YDULpHV SRXU OHV EORFV DIURV PpODQJHDQW culture africaine à ethnicité globale (Agier, 2000). 6LO¶RQVHUpIqUHPDLQWHQDQWjO¶DVSHFWSROLWLTXHHQUHSUHQDQWOD&RQVWLWXWLRQGH nous observons que O¶DWWULEXW© ethnique ªQ¶HVWTXHWUqVSHXHPSOR\p,OHVWGLWTXH « O¶(WDW SURWqJHUD OHV PDQLIHVWDWLRQV GHV FXOWXUHV SRSXODLUHV LQGLJqQHV RX DIURbrésiliennes et des autres groupes participants au processus de civilisation nationale ». ,OQ¶HVWGRQFSDs question de « groupes ethniques ªHWODSUpRFFXSDWLRQGHO¶XQLWpQDWLRQDOH est celle qui reste placée en premier chef. Les différents groupes doivent former un tout cohérant servant la Nation. Le terme de « segments ethniques » apparait à propos de la « fixation de dates commémoratives de grande signification pour les différents segments ethniques nationaux ». Enfin, dans un rajout de 2005, il est question de « valorisation de la diversité ethnique et régionale » dans le Plan National de la culture pluriannuel visant au développement culturel GX SD\V HW j O¶LQWpJUDWLRQ GHV SRXYRLUV SXEOLFV. Ce plan national de la culture est très FHUWDLQHPHQWDVVRFLpjODFUpDWLRQG¶XQ0LQLVWqUHGX7RXULVPHjODPrPHpSRTXHTXLWUDYDLOOH à la régionalisation du tourisme afin de créer une offre diversifiée de produits. Le but est donc FODLUHPHQWPDUNHWLQJ,OVHPEOHUDLWTXHO¶HWKQLFLWpDLWSXrWUHDVVRFLpHDX[PrPHVGHVVHLQV 235 ce qui expliquerait la création du segment de tourisme ethnique quelques temps après (en 2007). PoXU OD %DKLDWXUVD O¶DVSHFW PDUNHWLQJ VXVFLWH SOXV GH UpIOH[LRQ TXH OH UHWRXU GH O¶HWKQLHGDQVOD&RQVWLWXWLRQEUpVLOLHQQHFHODYDVDQVGLUH ,OHVWGpMjSOXVpWRQQDQWTXHOHWHUPHG¶HWKQLFLWpnHIDVVHSDVO¶REMHWG¶XQHGpILQLWLRQGDQVOH texte constitutLRQQHO /H GLVFRXUV FXOWXUHO Q¶RIIUH SDV QRQ SOXV GH JUDQGH UpIOH[LRQ VXU OH sujet, mais plutôt une grande fresque vivante. Le terme a été utilisé au fil du temps, pour son pouvoir de diversité (secteur touristique) et sa capacité classificatoire (chercheurs en sciences VRFLDOHV ,O HVW pJDOHPHQW XWLOLVp GDQV OH GLVFRXUV WRXULVWLTXH FRPPH IDFWHXU G¶DXWKHQWLFLWp pour rendre véridique la proposition fictionnelle du circuit touristique. III- La globalisation identitaire A- Le jeu du local et du global Cuturello & Rinaudo (2002) reprenant Elbaz213 (2000) distinguent quatre dimensions qui contribuent chacune au processus de globalisation : « /DPRQGLDOLVDWLRQGHVPDUFKpV« ODPRQGLDOLVDWLRQGHVVLJQHV« ; la mondialisation idéelle qui représente le néolibéralisPH FRPPH O¶KRUL]RQ indépassable de la « bonne société », la mondialisation du politique et O¶pPHUJHQFHG¶XQHJRXYHUQHPHQWDOLWpLQWHUQDWLRQDOH«HWGHQRXYHOOHVIRUPHV de contestations transnationales » (Cuturello & Rinaudo: 6). Nous souhaitons planter une analyse de la ville de Salvador en tant que productrice G¶LGHQWLWpV entre la mondialisation des marchés (markéting urbain), la mondialisation des signes (identités globales) et DYHF FRPPH RXWLOV O¶XQLILFDWLRQ LGpHOOH HW OD PRQGLDOLVDWLRQ politique. Les quatre dimensions fonctionnent ensemble, dans un même but. /¶imagerie institutionnelle en plus de produire des lieux (Pelourinho), des fêtes (carnaval et IrWHVOLJKWVSURGXLWDXVVLGHVFLUFXLWVWRXULVWLTXHVHWKQLTXHVTXLV¶DSSXLHQWVXUGHVLGHQWLWpV glREDOHVWHOOHVTXHO¶DIUR-GHVFHQGDQFHHWO¶DXWRFKWRQLHLQGLJqQH 236 En effet, les mécanismes bien huilés de la machine globale ne doivent pas faire oublier la dimension locale qui sert de terreau fertile pour les logiques globales des pouvoirs publics participant à la course des villes globales. En allant plus loin, Bourdin (2000 apud Cuturello & Rinaudo: 6) déclare : « SDUDGR[DOHPHQW«jO¶KHXUHGHODJOREDOLVDWLRQOHPRQGHGHYLHQWORFDO ». Cuturello & Rinaudo (p.6) expliquent : « dans ce nouveau contexte, le retour aux sentiments localistes au moment où ils seraient plutôt censés disparaitre sous la pression de la mondialisation de O¶pFRQRPLHGHO¶XQLIRUPDWLVDWLRQGHODFXOWXUHGXGpYHORSSHPHQWGHVWUDQVSRUWV et de la communication électronique partLFLSH G¶XQ SURFHVVXV TXH 0 +HU]IHOG (2000) a bien nommé « ODJOREDOLVDWLRQGHO¶KpWpURJpQpLWpORFDOH » et qui a donné lieu au terme de « glocalisation » (Robertson, 1992) pour rendre comte du fait que les mouvements identitaires localisés se multiplient alors même que le monde se globalise », (Cuturello & Rinaudo: 6). Pourquoi cette multiplication du local " 3RXU FHUWDLQV FRPPH &DVWHOO F¶HVW XQ VLJQH GH contestation populaire, un sursaut antimondialiste SRXU G¶DXWUHV FHOD FRUUHVSRQG j GHV stratégies markéting des municipalités qui permettent dans le contexte de mondialisation et G¶XQLIRUPDWLVDWLRQFXOWXUHOOH : « GH VH GpPDUTXHU OHV XQHV GHV DXWUHV G¶DWWLUHU SOXV GH YLVLWHXUV SOXV G¶HQWUHSULVHV SOXV G¶KDELWDQWV SOXV GH FDSLWDX[ HW GH VH FRQVWUXLUH Fomme des « villes globales ª RX GX PRLQV FRPPH GHV OLHX[ GH GHVWLQDWLRQ G¶DXWDQW PLHX[ FRQQHFWpHV DX UHVWH GX PRQGH TX¶HOOHV RQW © quelque chose de plus », une « âme », une « identité propre » à proposer » (ibid, p.7-8). Ces dynamiques institutionnelles, nous le verrons dans une étude de cas de Salvador et de Nice, produisent une instrumentalisation de la culture locale qui peut donner lieu ou non à des mouvements de contestation : Oui, dans le cas de Nice où à la fois des groupes conservateurs revendiquent une culture locale sans signe de mondialisation et des groupes DOWHUQDWLIVSURSRVHQWG¶DXWUHVFDUQDYDOVVXUODEDVHGHFROOHFWLIVGHTXDUWLHU ; Non, dans le cas 213 ELBAZ, M., « /¶LQHVWLPDEOHOLHQFLYLTXHGDQVODVRFLpWpPRQGH », in M. Elbaz et D. Helly 237 GH 6DOYDGRU R WRXWH FULWLTXH HVW DVVLPLOpH j GH O¶DQWLSDWULRWLVPH HW R OHV JURXSHV conservateurs pauvres dans le cas des barraqueiros ne reçoivent aucun appui et souffrent à cause des mesures globales prises par les pouvoirs publics pour « emballer le produit carnaval ». Dans un effet de réciprocité, les références doivent être prises dans le local tout en étant facilement compréhensibles par les touristes. Pour cela, elles empruntent les motifs des catégories ethniques globales et gardent le local à peine comme coloration ou décoration. Les PRWLIV VRQW GpMj SUppWDEOLV &¶HVW GRQF j WUDYHUV O¶XQLIRUPLVDWLRQ TXH O¶RQ DWWHLQW OHV références globales qui seront vendues aux touristes. Nous comprenons mieux maintenant pourquoi le barraqueiroVLPSOHSLRQVXUO¶pFKLTXLHUWRXULVWLTXHGRLWVHIRQGUHGDQVOHGpFRUj partir des exigences globales de standardisationDXULVTXHG¶rWUHWRWDOHPHQWpYLQFpGXMHXV¶LO ne se plie pas à la dimension idéelle de la globalisation. 1) La ville de Nice214 (Cuturello & Rinaudo ) Nous travaillons jSDUWLUG¶XQUDSSRUWGH&XWXUHOOR5LQDXGRVXUODYLOOHGH1LFHHWVD« mise en image » ou son « markéting urbain », selon les appellations. Nous proposons une lecture croisée entre la ville de Nice (en tant que pionnière en matière de markéting touristique) et Salvador. a) /¶LGpHSOXW{WTXHOHUpHO Cuturello & Rinaudo font remarquer que Nice est une des pionnières en matière de marketing XUEDLQ FDU HOOH V¶HVW SUpRFFXSpH WUqV W{W GH GLIIXVHU XQH LPDJH DWWUD\DQWH FRPSWDQW GqV OH XIXème siècle sur le tourisme pour développer son économie. Cette image doit être : « positive, attrayante, mobilisatrice. Elle doit faire sens auprès des publics extérieurs au territoire, et ce de la façon la plus large qui soit » (p.31). (GV0RQGLDOLVDWLRQFLWR\HQQHWpHWPXOWLFXOWXUDOLVPH3DULV/¶+DUODWWDQ 214 CUTURELLO Paul, RINAUDO, Christian, Mise en image et critique de la « Côte G¶$]XU ª 0RGHV G¶DUWLFXODWLRQ GX © local » et du « global » dans les reformulations G¶LGHQWLWpV XUEDLQHV 5DSSRUW ILQDO GX 3URJUDPPH G¶$FWLRQ FRQFHUWpHLQFLWDWLYH 9LOOH « La ville : enjeux de société et questions scientifiques », recherche effectuée pour le compte du Ministère de la recherche Programme Ville, 2002. Université de Nice-Sofia Antipolis, URMIS-SOLIIS-CNRS 7032. 238 (Q G¶DXWUHV WHUPHV HOOH QH GRLW SDV rWUH WURS © locale » au risque de ne rien évoquer au potentiel touriste et ainsi de perdre un client. La ville de Nice qui distingue sur le site de la YLOOHSRUWDLORIILFLHOGHO¶LGHQWLWpPXQLFLSDOHFHTX¶HOOHHVW et FHTX¶HOOHHVWDXVVL. Elle est une : « terre de tourisme, de culture, de loisirs » et elle est aussi : « WHUUHG¶LGpH GHO¶LQQRYDWLRQGHODUHFKHUFKHGHVpFKDQJHV« » (www.ville-nice.fr apud Cuturello & Rinaudo: 34). Augé215 (1997) fait remarquer que dans les Parcs de diversion, « Center Park », ce qui FRPSWH F¶HVW O¶LGpH SOXW{W TXH OH UpHO /H UpHO ULVTXH GH GpFHYRLU O¶LGpH SUpFRQoXH TXL représente les attentes. Or, cela est à éviter à tout prix. On ne peut décevoir les attentes du touriste. Dans son étude sur les lieux de loisir Augé ajoute : « O¶LGpH F¶pWDLW OH © paradis aquatique tropical », un lagon de céramique peu profond, où chacun trouvait sa place et pouvait barboter en toute sécurité « » (p.52-53). &HWWHLGpH GX 3DUDGLV WURSLFDO DYDLWO¶DYDQWDJH GH JRPPHU OHV SRVVLEOHV GpVDJUpPHQWV G¶XQ YpULWDEOHYR\DJHVXUXQHvOHWURSLFDOH«&¶HVWXQHFRQVWUXFWLRQD\DQW FRPPHSRLQWG¶RUJXHGH correspondre aux attentes et aux clichés des visiteurs. Le réel aurait dû inclure un climat difficile, des insectes dérangeants, etc. 5LHQTXLQ¶LQWpUHVVHOHWRXULVWH Les images marchandes de Nice ou Salvador devront-elles prendre HQFRPSWHO¶LGpHTXHOH WRXULVWHVHIDLWGXOLHXSOXW{WTXHFHTXLV¶\SDVVHUpHOOHPHQW ? b) Les articulations du local et du global Cuturello & Rinaudo, dans leur conclusion sur « La mise en image et en critique de la Côte G¶$]XU » (2002) distinguent « trois modalités de production identitaire qui correspondent à GHV ORJLTXHV GLVWLQFWHV G¶DUWLFXODWLRQ GX © global » et du « local » : 1/ une logique de protection du « local » contre le « global », 2/ une logique visant à faire du « local » un produit culturel mondialisé HW XQH ORJLTXH TXL GDQV OD OLJQpH GX PRW G¶RUGUH © Think globaly, act localy » consiste à concevoir le « local ª FRPPH XQ WHUUDLQ G¶DFWLRQV HW GH 239 revendications dont la portée et les enjeux se veulent être « globaux » (p.139). Ils terminent en disant que, dans les faits, ces différentes logiques sont en interrelations. ,OVGRQQHQWO¶H[HPSOHGHO¶DLJOHTXLHVWO¶HPEOqPHRIILFLHOGXFDUQDYDOGH1LFHFHOXLTXLHVW orchestré par les pouvoirs publics pour les touristes. Une frange de la population niçoise se sent lésée par les politiques publiques tournées vers le profit touristique et créé un contre blason, la chauve-souris qui dans le carnaval a joué le rôle de blason nissart, celui du petit peuple local. Dans ce cas, la chauve-souris ne prenGGHVHQVTXHGDQVVRQRSSRVLWLRQjO¶DLJOH HW UHVWH GRQFLQWULQVqTXHPHQW OLpj FH TX¶HOOHFRQWHVWH (OOH pWDEOLW XQH UHODWLRQ VpPDQWLTXH DYHFOHV\PEROHTX¶HOOHUHMHWWH/¶DLJOHHQWDQWTXHV\PEROHGHODFXOWXUHRIILFLHOOHV¶LQVFULW dans la deuxième logique citée ci-GHVVXV TXL FKHUFKH j IDLUH G¶XQ pOpPHQW © local », ici le carnaval de Nice, un produit culturel mondialisé. La chauve-souris quand à elle représente le premier cas de figure, à savoir la protection du « local » contre le « global ». Enfin, la WURLVLqPHORJLTXHQ¶HVWSDVDEVHQWHSXLVTX¶HOOHVHUHWURXYHGDQVOHJURXSH© les francs tireurs GHO¶LGHQWLWpORFDOH », un groupe carnavalesque alternatif qui regroupe des artistes qui ne sont pas forcément niçois mais qui puisent dans le folklore local comme support de création, qui se trouve dans cet entre-deux du « Think globaly, act localy ». Voyons à partir de ces quelques considérations sur Nice comment se passe les échanges entre le local et le global à Salvador. 2) La ville de Salvador Salvador fait O¶REMHW G¶XQ SODQ GH PDUNpWLQJ XUEDLQ GRQW OHV OLJQHV GLUHFWULFHV GRLYHQW FRQVWLWXHU O¶LPDJH RIILFLHOOH GH OD YLOOH 'DQV FH 3ODQ VWUDWpJLTXH 'LDV GLVWLQJXH WURLV divisions : « la ville marchandise », « la ville entreprise », et « la ville patrie ». Nous reprendrons chacune de ces divisions pour comprendre sur quoi repose « la mise en vente de la ville » (Hall216 apud Siqueira Dias : 38) et quels sont les desseins des pouvoirs publics en matière de production identitaire. a) La ville marchandise 4X¶HVWFHTXL se vend ORUVTXHO¶RQ vend une ville, demande Siqueira Dias ? 215 Augé, Marc, /¶LPSRVVLEOHYR\DJH/HWRXULVPHHWVHVLPDJHV(GLWLRQV3D\RWHW5LYDJHV Petite bibliothèque, 1997, pp. 187. 216 HALL, Peter. A cidade empreendimento. In: Cidades do Amanhã. São Paulo: Editora Perspectiva, [1993], p. 412. 240 -H FRPPHQFHUDL SDU O¶pOpPHQW TXL D UHWHQX QRWUH DWWHQWLRQ MXVTX¶j SUpVHQW OH FDUQDYDO 'H IDLW 6DOYDGRU j O¶LPDJH GH 1LFH D FRPPH pOpPHQW SULQFLSDO GH VRQ PDUNHWLQJ WRXULVWLTXH O¶LPDJHIHVtive du carnaval. Celui-ci se transforme en produit qui doit être lapidé comme un diamant brut en respectant les normes internationales le transformant en un événement JOREDO &¶HVW GDQV FH SURFHVVXV GH JOREDOLVDWLRQ TXH OHV ORJLTXHV GH VWDQGDUGLVDWLRQ HW G¶XQLIRUPLVDWLRQV¶DEDWWHQWVDQVSLWLpVXUOHVPDUFKDQGVGHUXH Mais Salvador mise également sur ses richesses passées pour alimenter les coffres dans le SUpVHQW(OOHFUpHDLQVLXQFHQWUHKLVWRULTXHTXLFRUUHVSRQGDXF°XUGHO¶DQFLHQFHQWUHYLOOH dans noWUHDQDO\VHGHO¶HVSDFHXUEDLQOH3HORXULQKR/HSDWULPRLQHKLVWRULTXHHWDUFKLWHFWXUDO de la vieille ville coloniale est mis en valeur à partir de la restauration de quelques pâtés de maison, constitués en un centre commercial à ciel ouvert. Les rues tortueuses accumulent les boutiques de souvenirs et le soir venu les concerts agitent les différentes places donnant à HQWHQGUHOHVVW\OHVFDUQDYDOHVTXHVDVVRFLpVjO¶LPDJHQRLUHGH6DOYDGRUDYHF2ORGXPRXGHV groupes afro moins connus. (QILQO¶pOpPHQWSHXWêtre le plus important de cette marchandisation de la culture locale, est O¶HWKQLFLVDWLRQ GH OD VRFLpWp EDKLDQDLVH TXL UHSUHQG JURVVLqUHPHQW OHV VWpUpRW\SHV OLpV j OD FRORQLVDWLRQGXQRLUSDUHVVHX[HWIHVWLIHWGHO¶LQGLHQSURFKHGHODVDXYDJHULHYLYDQWGans un PRQGHSURFKHGXMDUGLQG¶(GHQDYDQWOHSpFKpRULJLQHO,OV¶DJLWGXPDUNHWLQJLGHQWLWDLUHRX ethnique. Il donne lieu aux circuits touristiques ethniques que nous aborderons plus en détail SDU OD VXLWH &¶HVW OD PLVHHQ VSHFWDFOH GH OD SDXYUHWp HW de ses modes de faire, traduits en « paresse » et « musicalité ». Dans le cas de Salvador, nous retrouvons donc la construction de la ville festive et aussi de la ville historique et ethnique. Le volet de la modernité et des techniques est laissé aux villes du Sud. b) Ville entreprise La ville entreprise est celle des résultats. Dias fait remarquer que le Pelourinho gagne O¶HQTXrWH © Top of Mind », un sondage sur les produits les mieux mémorisés par les consommateurs, preuve que le markéting urbain donne des UpVXOWDWV« Les comptes-rendus de la BAHIATURSA puis de la SALTUR, les deux responsables VXFFHVVLIV GH O¶RUJDQLVDWLRQ GX FDUQDYDO VHUYHQW j UHQGUH TXHOTXHV FRPSWHV PDLV VXUWRXW j 241 DPpOLRUHU HW FRQWU{OHU OHV UpVXOWDWV G¶XQH DQQpH VXU O¶DXWUH -H FLWDLV GDQV un article217 les chiffres du compte-rendu du carnaval, (Emtursa, 2003) : « Le développement touristique autour des fêtes et spécialement du FDUQDYDOHVWXQHUpXVVLWH/HVFKLIIUHVGRQQpVSDUO¶2IILFHGXWRXULVPHGHODYLOOH coorganisateur avec la mairie des festivités sont éloquents : deux millions deux cents mille personnes dans les rues par jour, onze kilomètres de circuits carnavalesques pour les quartiers les plus centraux et trente mille mètres carré de terrain occupés dans les quartiers périphériques. Une industrie culturelle a vu OHMRXUDXWRXUGHODSURPRWLRQG¶DUWLVWHVRXGHVW\OHVPXVLFDX[FDUQDYDOHVTXHVj OD PRGH 6DOYDGRU DFTXLHUW DLQVL OD UpSXWDWLRQ G¶XQH YLOOH IHVWLYH HW DWWLUH GHV touristes brésiliens et étrangers, son carnaval rivalise désormais avec celui de Rio de Janeiro. Durant le carnaval, la ville devient une scène pour plus de huit mille neuf cent artistes, des plus fameux aux moins connus ». Nous pouvons nous demander cependant ce que gagnent les populations marquées par O¶HWKQLFLWp touristique ? Si les résultats ne se chiffrent pas en progrès économique pour les populations pauvres, ni en conditions de travail car le secteur du tourisme tend à les rendre SUpFDLUHVO¶DQWKURSRORJXH0LOWRQ0RXUD 218 (1998, ibid Dias : 50) fait remarquer que pour le PRLQVOHVUpVXOWDWVPDUTXHQWXQHQHWWHDPpOLRUDWLRQHQPDWLqUHG¶DXWR-estime. Je cite : « &H TXL VH PHW VXU O¶pWDO GH OD EDLDQD F¶HVW OD UHSUpVHQWDWLRQ G¶XQH YLOOH HQ tant que tentative excitante de vie conjointe entre ethnies ». Une mise en scène de la bonne entente et de la bonne humeur, soit une commercialisation des identités ethniques basée sur la culture noire de la fête et de la magie, une culture blanche SDWULPRQLDOHHWKLVWRULTXHHWXQHFXOWXUHLQGLJqQHGHO¶DXWKHQWLFLWpHWGHO¶KDUPonie avec la QDWXUH 1RXV DYRQV LPSURYLVp FHWWH GHUQLqUH SDUWLH VXU OD FXOWXUH LQGLJqQH TXL Q¶HVW SDV SUpVHQWHGDQVOHFDUQDYDOPDLVTXLO¶HVWGDQVOHWRXULVPHHWKQLTXH'HIDLWHQSLRFKDQWGDQV OH UpSHUWRLUH JOREDO GH O¶DXWRFKWRQLH QRXV DYRQV SHX GH FKDnce de nous tromper ! Nous UHWURXYRQVLFLO¶LGpHG¶$XJpTXLIDLWTXHO¶RQQHGRLWSDVGpFHYRLUOHWRXULVWHHWWRXWPHWWUHHQ 217 ´2FHQWURGDFLGDGHSRUIDYRU"´8PDDQiOLVHGRVFRQFHLWRVGH©FHQWURªH©SHULIHULDª do carnaval de Salvador no contexto da globalização. ³7UDEDOKRDSUHVHQWDGRQD5HXQLmR Brasileira de Antropologia, realizada entre os dias 01 e 04 de agosto de 2010, Belém, Pará, %UDVLO´ 218 MOURA, Milton, Quem quer comprar a cara dessa cidade? Bahia Analises e dados, v.8, n°1, Salvador: SEI. 242 oeuvre pour répondre à ses attentes, soit ses idées préconçues, qui sont elles-mêmes FRQVWLWXpVG¶LPDJHVJOREDOHVjO¶pJDUGGHO¶Dutre. c) Ville patrie 'LDVGpQRQFHOHIDLWTXHSHUVRQQHQHSHXWV¶RSSRVHUjO¶LPDJHHWKQLTXHHWFRPPHUFLDOHGH 6DOYDGRU VRXV SHLQH G¶rWUH WD[p G¶DQWL-patriote. Cette ville patriote fait partie de toutes les politiques. Antonio Carlos Magalhães utilisait dans ses campagnes « O¶RUJXHLO G¶rWUH bahianais ». De façon courante, il se dit « le bahianais ne naît pas, il fait sa première ». $XWDQW G¶DWWDFKH j XQH UKpWRULTXH SDWULRWLTXH TXL QH ODLVVH SODFH QL j OD UpIOH[LRQ QL j OD FRQWHVWDWLRQHQPDWLqUHG¶LGHQWLWpRX même de marchandisation de la société locale. Ainsi, on ne parle pas de racisme, de citoyenneté, de favela, etc. mais de carnaval, de fête et de joie de vivre_ autant dans le discours tenu au touriste, que dans le GLVFRXUVTXHO¶RQVHWLHQWjVRLmême. AX VXMHW GH FHWWH LPSRVVLELOLWp GpPRFUDWLTXH G¶RSSRVLWLRQ RX GH FRQWHVWDWLRQ M¶DLPHUDLV UHYHQLU VXU OH VORJDQ PXQLFLSDO TXL SRXUUDLW SRUWHU j FRQIXVLRQ« Le Maire sortant João Durval, élu à deux reprises, a dès le début de sa prise de poste à la Mairie donné un nouvel air traduit par un slogan, « Salvador, mairie de participation populaire ». Slogan qui viendrait justement contredire mes propos quant à la non prisHHQFRPSWHGHO¶RSLQLRQ4XHO¶RQQHV¶\ WURPSH SDV LO V¶DJLW HQ IDLW G¶XQH UpIpUHQFH GLUHFWH j O¶LPDJH FRPPHUFLDOH GX SHXSOH EDKLDQDLV MR\HX[ HW SDUWLFLSDWLI GH FHWWH IrWH RUFKHVWUpH SOXW{W TX¶XQH UpIpUHQFH j XQH ouverture démocratique. Ce slogan fait partie du Plan markéting. A Bahia, la notion de participation populaire renvoie directement au patriotisme F¶HVWODSDUWLFLSDWLRQGHWRXVOHVEDKLDQDLVjODILFWLRQGXSDXYUH SDUHVVHX[HWMR\HX[&¶HVWODJDUDQWLHGHUHQGUHOHSUpMXJpWRXMRXUVYLYDFHGXIDLWGXUHODLVXU OH WHUUDLQ GH WRXWH OD FRPPXQDXWp &¶HVW O¶LPDJH TXL GRLW rWUH IRXUQLH DX WRXriste qui a WUDYDLOOp WRXWH O¶DQQpH HW TXL YLHQW FKHUFKHU VXIILVDPPHQW G¶H[RWLVPH HW GH OpJqUHWp SRXU VXSSRUWHU VRQ IDUGHDX TXRWLGLHQ &¶HVW OH VSHFWDFOH GH OD SDUHVVH HW GH OD MRLH TXL HVW particulièrement associée à la population noire qui cautionne un tel slogan municipal. &XWXUHOOR 5LQDXGR SRLQWHQW OH ODEHO GH 1LFH &{WH G¶$]XU FRPPH SRLQW G¶RUJXH GH OD FRPPHUFLDOLVDWLRQ GH OD YLOOH /DEHO TXL HVW DXMRXUG¶KXL ORXUGHPHQW UHPLV HQ FDXVH SDU OHV groupes contestataires niçois qui voient en lui le symbole de dépossession du petit peuple 243 niçois. Dans le cas de Salvador le slogan « populaire » joue le rôle de porte-bannière populaire. (QILQGDQVOHPrPHRUGUHG¶LGpHODFULWLTXHGXWRXULVPHFRPPHpFRQRPLHQHSHXWSDVDYRLU OLHXSXLVTX¶LOHVWSODFpSDUOHVdiscours de ses agents et par les politiques locales et globales comme étant la réponse à la crise, formant ainsi un consensus à son sujet. Le tourisme est FHQVpJpUHUEHDXFRXSG¶HPSORLVHWVRUWLUOHVSHWLWHVJHQVGXFK{PDJH En réalité, sur le terrain, le tourisme se fait très excluant car aucune tâche ne doit venir brouiller le scénario « idéel », il est au contraire toujours présenté dans les discours de manière positive. Les politiques de capitalisme sauvage qui lui sont associées suppriment les services sociaux et favorisent la précarisation des emplois. Le déficit des gouvernements locaux ne sont jamais mis en avant. La faute est mise sur la gestion publique locale passagère SXLVTX¶XQ PDQGDW VH VXFFqGH j O¶DXWUH /HV SROLWLTXHV JOREDOHV TXL °XYUHQW Hlles dans la GXUpH HW DX[TXHOOHV OHV SROLWLTXHV GRLYHQW REpLU DYHXJOpPHQW VRQW WHQXHV j O¶pFDUW GH WRXWH contestation. Dans ce scénario de markéting urbain, les villes sont concurrentes. Dias rappelle que la Maire des années 1990 ; Lidice da Matta dont nous avons déjà parlé à propos des lois de standardisation des barraqueiros a été celle qui a précipité Salvador dans cette course au PDUNpWLQJXUEDLQGDQVOHEXWG¶DFFpGHUDXPDUFKpLQWHUQDWLRQDOGHVYLOOHVJOREDOHV(OOHDYDLW initié la « guerre des lieux » entre le carnaval de Salvador et celui de Rio de Janeiro dans sa FDPSDJQH PDUNpWLQJ 'LDV IDLW UHPDUTXHU TXH O¶REWHQWLRQ GHV -HX[ 2O\PSLTXHV DYDLW pWp décisive pour Barcelone pour sa promotion et sa propulsion en tant que ville globale et G¶DSUqVOXLHQFRUH6DOYDGRUV¶HQHVWVHUYLGHPRGqOHSRXUPRQWHUVRQ3ODQ6WUDWpJLTXH /H résultat a été dans le même sens car Salvador est une des capitales brésiliennes à recevoir les Jeux Olympiques et la Coupe du Monde, même si à ce jeu-là, Rio a remporté la bataillH« Salvador jongle donc ente les références locales et les références globales pour se créer à la IRLV XQH LGHQWLWp HW XQH FRPSpWLWLYLWp /D GLIIpUHQFH DYHF 1LFH HVW TXH 6DOYDGRU Q¶D SDV GH groupe contestataire qui prend la parole sous forme spectaculaire pendant le carnaval pour critiquer la production idéelle des pouvoirs publics concernant la mise en scène des rapports raciaux ou ethniques. 244 d) &RQFOXVLRQVVXUOHVORJLTXHVG¶DUWLFXODWLRQVGX© local » et du « global » à Salvador Pour en revenir à la clasVLILFDWLRQGHVWURLVSRUWHVG¶HQWUpHGX© local » et du « global », que pouvons-nous dire de Salvador ? Reprenons, 1- la fabrication de produits commercialisables HWFUpDQWGHIRUWVLPSDFWVGDQVO¶LPDJLQDLUHWRXULVWLTXH'DQVOHFDGUHGH6DOYDGRUQRXVDYRQs les produits : Pelourinho, carnaval, identités ethnique; 2- /D PLVH HQ YHQWH G¶XQH LGHQWLWp officielle ou idéelle à travers le marketing urbain de Salvador avec une image du peuple bahianais souriant et paresseux et une compétitivité en matière de carnaval ; 3- La contestation contenue dans la troisième logique est étouffée par la manipulation identitaire de la population qui doit incarner la fiction markéting de « paresse », « joie », « fête », sous SHLQHGHFULPHG¶DQWLSDWULRWLVPH ; au nom du capitalisme salvateur et triomphant. Dans ces conditions, nous voyons que la logique dominante est celle qui vise à faire du « local » un produit culturel mondialisé comme dans le cas de Nice. La logique de protection du « local » contre le « global » (incarnée à Nice par un contre blason conservateur) qui SRXUUDLW DYRLU OLHX DXWRXU GH OD UHYLWDOLVDWLRQ GHV IrWHV SRSXODLUHV Q¶D SDV OLHX /D ORJLTXH contestataire « glocale ª HVW DEVHQWH DXVVL 6HXOH OD ORJLTXH JOREDOH VRXWHQXH SDU O¶DVSHFW patriotique prend le dessus. (QILQ VL O¶RQ SHQVH O¶RSWLRQ © Think globaly, act localy ª TXL D SX rWUH j O¶RULJLQH GH OD création de certains groupes carnavalesques comme le Ilê Aiyê mêlant identités locales à des LPDJHULHVJOREDOHVHOOHDpWpUpFXSpUpHHWLQWpJUpHDXF°XUGXSDnthéon identitaire officiel participant du markéting urbain. Cette production toujours vive est donc le terreau fertile dont se nourrissent les organes officiels lui ôtant par là même son caractère contestataire ou subversif. Les pouvoirs publics bahianais SUpIqUHQWO¶DVVLPLODWLRQjODIRUFHFRQWHVWDWDLUHTXL UHSUpVHQWHXQHPHQDFHjO¶RUGUHpWDEOLQRWDPPHQWORUVTX¶LOV¶DJLWGHFXOWXUHQRLUH B- Le tourisme Nous reprenons maintenant la construction idéelle du tourisme ethnique de Salvador à partir de 1) une SHWLWHKLVWRLUHGHVDPDVVLILFDWLRQHWGHO¶LQVWDOODWLRQG¶XQWRXULVPHHWKQLTXHj Bahia. 245 1) Histoire du tourisme /HWHUPHWRXULVPHDSSDUDvWDX;,;qPHVLqFOH'¶DSUqV&RXVLQ5pDX 219 (2009), il apparait pour la première fois sous la plume de Stendhal dans « 0pPRLUH G¶XQ WRXULVWH » (1938). &XWXUHOOR5LQDXGRDMRXWHQWTXHOHWHUPHYLHQWGHO¶DQJODLVFDULOVHUpIqUHjXQHSUDWLTXH « The Tour », « XQYR\DJHGpVLQWpUHVVpHWpGXFDWLIjWUDYHUVO¶(XURSHHVVHQWLHOOHPHQWO¶,WDOLH la France et la Suisse, que FKDTXHMHXQH$QJODLVGHERQQHIDPLOOHVHGHYDLWG¶HIIHFWXHUSRXU parfaire son éducation (Boyer, 2000, apud Cuturello & Rinaudo 2002 :15). De là vient O¶RULJLQHGXWHUPHWRXULVPH 2) Massification du tourisme /¶pOLWLVPH TXL FDUDFWpULVH FHWWH SUDWLTXH HVW DEDQGRQQpH DORUV TX¶HOOH VH UpSDQG GH SDU OH PRQGHHWO¶RQREVHUYHO¶DSSDULWLRQG¶XQWRXULVPHGHPDVVHTXH&XWXUHOOR5LQDXGRGDWHQW aux années 1970 pour Nice et que Dias220 (2002) date aux années 1990 pour Salvador, le tourisme prenant un rôle central dans l¶pFRQRPLHUpJLRQDOH%DKLDHWQDWLRQDOH%UpVLO&H GHUQLHU IDLW UHPDUTXHU TXH OH WRXULVPH V¶LQVFULW GDQV XQ VFpQDULR GH FULVH pFRQRPLTXH DX %UpVLOHWTX¶LOSUHQGG¶HPEOpHOHU{OHGHUpSRQVHDX[SUREOqPHVVWUXFWXUHOV/HVFKLIIUHVTX¶LO IRXUQLWGHO¶207221 VRQWSDUODQWVSXLVTX¶LOVDIILFKHQWXQHPXOWLSOLFDWLRQSDUGL[HQWUHHW UHQIRUoDQWO¶LGpHTXHFHWWHpFRQRPLHHVWSXLVVDQWHHWFDSDEOHGHVRUWLUQ¶LPSRUWHTXHOOH économie de la crise. Il faut néanmoins relativiser ces chiffres à sensation et rappeler comme OHIRQW&RXVLQ5pDXTXHO¶207VHEDVHVXUXQHGpILQLWLRQGXWRXULVPHTXL : « désigne toutes les mobilités, quelles que soient les motivations _ professionnelles, familiales, médicale ou de loisirs ». Ils ajoutent : « en annonçant 903 mLOOLRQVG¶DUULYpHVLQWHUQDWLRQDOHVHQ81:72 FHWWH DSSURFKH FRPSWDEOH FHQWUpH VXU O¶XVDJH GHV WUDQVSRUWV 219 COUSIN, Saskia et REAU Bertrand, « Tourisme. Une histoire de pouvoir », Espacestemps.net, Mensuelles, 29.07.2009. Article publié sur le site : http://espacestemps.net/document7890.html 220 DIAS, Climaco, Cesar, Siqueira, Carnaval de Salvador : mercantilização e produção de espaços desegregação, exclusão e conflito, Dissertação de Mestrado, Curso de PosGraduação em Geografia, Instituto de Geociencias, Universidade Federale da Bahia, 2002. Orientadora : Profesora Dra. Maria Auxiliadora da Silva. 221 Organisation Mondiale du Tourisme 246 internationaux permet de présenter le tourisme comme la première industrie du monde » (p.2). (QG¶DXWUHVWHUPHV : « pour les statistiques LQWHUQDWLRQDOHVO¶KRPPHG¶DIIDLUHHVWXQWRXULVWH » (ibid). Toutefois, bien que les chiffres soient à manier avec attention, il est indéniable que le WRXULVPH FRQQDLW GHSXLV XQH TXDUDQWDLQH G¶DQQpHV XQH H[SDQVLRQ LQFUR\DEOH TXL VH WUDGXLW aussi par une diversification des produits et des destinations dans une hyper valorisation de la « mobilité des loisirs ». « Tous les Occidentaux connaissent cette pratique devenue en 150 ans un élément constitutif de la vie sociale, une pratique culturelle, au sens anthropologique du terme » (ibid). 3) Le tourisme ethnique Pourtant, comme Augé (1997 :14) le demande : « Quel plaisir pourrions-QRXVSUHQGUHDXMRXUG¶KXLDXVSHFWDFOHVWpUpRW\SpG¶XQ monde globalisé et en grande partie misérable ? » Comme le font remarquer &XWXUHOOR5LQDXGRYR\DJHUF¶HVWDFFHSWHUXQVFpQDULRILFWLRQQHO EDVpVXUO¶DXWKHQWLFLWpTXLSHXWVHGpFOLQHUHQHWKQLFLWp/¶DXWKHQWLFLWpUHSRVHVXUOHVLGpHV préconçues et les images globales. Dans ce scénario, le tourisme se complait à gommer la misère, il ne reste donc que « OHVSHFWDFOHVWpUpRW\SpG¶XQPRQGHJOREDOLVp ». Augé ne remet pas en cause la nécessité de voyager mais cela doit se faire en dehors des griffes des « DJHQFHVTXLTXDGULOOHQWODWHUUHTXLO¶RQWGLYLVpHHQSDUFRXUVHQVpMRXUV« [ et qui] sont les premières responsables de la mise en fiction, de sa GpUpDOLVDWLRQG¶DSSDUHQFHBHQUpDOLWpGHODFRQYHUVLRQVGHVXQVHQVSHFWDWHXUV et des autres en spectacle » (p.14). A Bahia, ce spectacle est celui qui retient toutes les attentions depuis le début de la colonie : celui des 3 races fondatrices du Brésil. Voyons en détail ce qui se passe avec un nouveau volet touristique ethnique qui existe de par le monde des anciennes colonies et qui met en 247 scène soit des origines perdues pour les afro-descendants déracinés, soit un retour à la nature primitive pour des citoyens dénaturés. C- Le tourisme ethnique à Bahia Le tableau des minorités ethniques reconnues par la Constitution de 1988 222 sert de modèle au développement touristique alors que O¶DQFLHQ PRGqOH GH OD 'pPRFUDWLH UDFLDOH VHUW GH repère aux populations pauvres et informelles. Ainsi, nous pouvons trouver dans les circuits touristiques proposés par la Bahiatursa223 des circuits ethniques se déclinant en : circuit « etnico-afro », circuit « etnico-indigeno » chacun avec des contenus spécifiques donnant une image différente de celle étudiée au travers des travailleurs de rue. Une image redorée pour séduire les touristes. A travers de la présentation de la Bahiatursa sur son site internet 224, nous allons présenter les circuits touristiques ethniques, nés en 2007. Afin, de contextualiser ce nouveau « segment ªWRXULVWLTXHMHUHYLHQGUDLVXUO¶pYROXWLRQTXL\PqQH 222 Extraits de la Constitution Brésilienne de 1988 faisant part des différents segments FXOWXUHOV HWKQLTXHV UHFRQQXV HW SURWpJpV SDU O¶(WDW %UpVLOLHQ Section I I ± de la Culture, Article 215. « /¶(WDW JDUDQWLUD j WRXV OH SOHLQ H[HUFLFH GHV GURLWV FXOWXUHOV HW DFFqV DX[ sources de la culture nationale et appuiera les initiatives et la valorisation et diffusion des manifestations culturelles. Paragraphe 1. /¶(WDW SURWqJHUD OHV PDQLIHVWDWLRns des cultures populaires indigènes ou afro-brésiliennes et des autres groupes participants au processus de civilisation nationale. Paragraphe 2. La loi disposera de fixation de dates commémoratives de grandes significations pour les différents segments ethniques nationaux. Article 216. Constituent le patrimoine culturel brésilien, les biens de nature matériels et immatériels, pris LQGLYLGXHOOHPHQW RX HQ JURXSHV SRUWHXUV GH UpIpUHQFHj O¶LGHQWLWpj O¶DFWLRQ j OD PpPRLUH des différents groupes formateurs GHODVRFLpWpEUpVLOLHQQHGDQVOHVTXHOVV¶LQFOXHQW : I- Les IRUPHVG¶H[SUHVVLRQ ; II- Les modes de créer, faire et vivre ; III- Les créations scientifiques, artistiques, technologiques ; IV- /HV°XYUHVREMHWVGRFXPHQWVpGLILFDWLRQHWDXWUHVHVSDFHV destinés à des manifestations artistico-culturelles ; V- Les complexes urbains et sites de valeur historique paysagistes, artistiques, archéologiques, paléontologiques, écologiques et VFLHQWLILTXHV « 6HURQW FODVVpV WRXV OHV GRFXPHQWV HW VLWHV GpWHQWHXUV Ges réminiscences historiques des anciens quilombos. 223 Bahiatursa _ entreprise de tourisme de Bahia_ liée au Secrétariat du Tourisme, responsable de la divulgation et la promotion du tourisme de Bahia dans et hors frontière du Brésil. 224 Informations retirées le 13/02/2010. 248 '¶DSUqV OD %DKLDWXUVD225, alors que la crise de 2008 fait reculer le nombre de touristes, le PDUFKp GHV WRXULVWHV QRLUV DPpULFDLQV IOHXULW 3RXU FDXVH O¶LQVFULSWLRQ DX 3DWULPRLQH LPPDWpULHO GH O¶KXPDQLWp226 de manifestations de la culture noire de Bahia227, sorte de couronnement institutionnel. Dès lors, la chute du flux touristique (en 2007, 193 867 contre HQ Q¶HVW SDV GX WRXW UHSUpVHQWDWLYH GX WRXULVPH GHV QRLUV DPpULFDLQV TXL augmente dans cette période de 333%, passant de 3 478 en 2007 à 15 085 en 2008228. Les Etats Unis occupent dorénavant la 5ème place des pays de provenances des touristes, sautant FLQTSODFHVG¶XQFRXS$XYXHGHFHYLYLHUWRXULVWLTXHOD%DKLDWXUVDFUpHGqVODILQXQ département spécialement dédié au « tourisme ethnique », visant principalement les américains229. Ce subit engouement des américains semble avoir été impulsé par la visite de OD 6HFUpWDLUH G¶(WDW GHV (WDWV 8QLV230 en mars 2007, elle se disait curieuse de connaître la « plus grande ville africaine hors du continent africain », soit un voyage touristique... Enfin O¶HQJRXHPHQW SRXU OD FXOWXUH Qoire, propulsé à Salvador par un groupe carnavalesque des années 1970, se voit repris par le commerce international. Entre échanges internationaux de SROLWLTXHVHWSODQLILFDWLRQGHO¶RUJDQLVDWLRQGHV1DWLRQV8QLHVODFXOWXUHQRLUHEDKLDQDLVHDOH vent en SRXSH 3DU XQ UHWRXUQHPHQW GH VLWXDWLRQ OD FXOWXUH DIUR TXL IXW O¶REMHW GH WDQW GH FULWLTXHjVHVGpEXWVSODFHDXMRXUG¶KXL%DKLDHWOH%UpVLOHQSUHPLqUHVOLJQHVGXFRPPHUFH 225 www.bahiatursa.ba.gov.br, rubrique Noticias, « Negros americanos impulsionam turismo na Bahia », article datant du 21/07/2009. 226 $SUqVODFDPSDJQHG¶LQVFULSWLRQGHVSDWULPRLQHVPDWpULHOVGHO¶KXPDQLWpO¶8QHVFRGHSXLV quelques années recense les biens immatériels et finance les projets des communautés qui les IRQWYLYUH8QHVRUWHG¶LQVWLWXWLRQQDOLVDWLRQGHVXVHWFRXWXPHVGHFKDTXHSHXSOH 227 Exemples du Samba de Roda do Recôncavo Baiano, la pratique de la baiana de acarajé, celui des maîtres de capoeira, le carnaval de Maragogipe et la fête de Santa Barbara à Salvador et celle de Nossa Senhora da Boa Morte à Cachoeira, tous classés avant 2010. Source : « Festa da Boa Morte é oficializada como Patrimônio imaterial da Bahia, in www.atarde.com.br/cidades/noticias.jsf?id=4710889 228 Il est intéressant de souligner que pour la période de 2002 à 2006, les visiteurs américains étaient au nombre de 2 600. 229 En dehors des données économiques, nous pouvons remarquer que cette exploitation culturelle par le secteur touristique est en accord avec la Constitution de 1988, dans un rajout de 2005 : « La loi établira le Plan National de Culture Pluriannuel visant au développement FXOWXUHO GX SD\V HW j O¶LQWpJUDWLRQ GHV DFWLRQV GX SRXYRLU SXEOLF TXL YLVH j : I- Défense et valorisation du patrimoine Brésilien ; II- Production, promotion, diffusion de biens culturels ; III- Formation de professionnels culturels qualifiés pour la gestion de la culture en ses multiples dimensions ; IV- 'pPRFUDWLVDWLRQ GH O¶DFFqV DX[ ELHQV GH OD FXOWXUH ; VValorisation de la diversité ethnique et régionale ». 230 &RQGROHH]]D 5LFH HIIHFWXH XQH YLVLWH j %DKLD G¶RUGUH Srivé, après avoir rencontré le *RXYHUQHXUGHO¶(WDWGH%DKLDj:DVKLQJWRQORUVG¶XQHYLVLWHTX¶LOOXLDIDLWH/DPRQGDQLWp politique internationale joue un rôle important dans le développement du tourisme. 249 international grâce à « la plus grande fête du monde231 » ou plutôt pourrions-nous dire, « la plus grande fête-monde de la planète! ». Dès lors, le tourisme etnico afro de la Bahiatursa occupe les foires et les salons internationales. Des artistes du carnaval de Salvador comme Carlinhos Brown ou Ivete Sangalo vont présenter leur culture « afro » aux américains à travers de concerts et séminaires232. Peu de temps après, en 2010, sera lancé le tourisme « etnico indigena ». Comme marque de fidélité à la Constitution de 1998 ? Ou plutôt comme offre qui va profiter au marché du tourisme bahianais ? /¶HWKQLFLWpGHVFLUFXLWVWRXULVWLTXHV devient moteur économique. 1) Le circuit « etnico afro » de la bahiatursa a) Présentation générale Je reprends et traduis les textes du site internet233 de la Bahiatursa pour pouvoir ensuite les commenter. « Salvador eVWODYLOOHODSOXVQqJUHGXPRQGHKRUVG¶$IULTXH ! Plus de 80% est afro-descendant. La nourriture, la religion, la culture, la musique, la danse et O¶DUWG¶RULJLQHDIULFDLQHVRQWSUpVHQWVLFL3RXUYDORULVHUFHWKpULWDJHOHVHJPHQW de tourisme ethnique est créé. Le tourisme ethnique offre des circuits spécifiques comme le quartier de Liberdade qui détient la plus forte population afo-descendante du pays, près de 600 mille habitants. Une autre attraction du quartier est le bloc afro du Ilê Aiyê fondé en 1974, pionnier en matière de travail social et valorisation des racines noires. Visite des différents projets sociaux et concerts du groupe à la Senzala do Barro Preto, au Curuzu, enchantent les touristes. 8QFDOHQGULHUG¶pYpQHPHQWVHWFLUFXLWVWRXULVWLTXHV sur le motif etnico-afro servira de guide pour que le visiteur qui arrive à Salvador rencontre une SURJUDPPDWLRQMRXUQDOLqUHjO¶DQQpH'DQVOHVFLUFXLWVHWKQLTXHVLOHVWSUpYXXQH 231 Journal A Tarde, 17/02/2010, dans le Caderno réVHUYpjO¶pGLWLRQGXFDUQDYDOVLJQp par le Ministère du Tourisme. 232 Voir http://www.setur.ba.gov.br/2010/09/03/bahia-divulga-atrativos-turisticos-duranteseminario-em-nova-york/ 233 En date du 23/04/2012. 250 visite aux candomblés avec cours de préservation du patrimoine religieux et respect des traditions ». Nous observons de la part de la Bahiatursa une forte valorisation du « segment afro » en tant que produit à vendre. Nous allons voir que les réalités socio-économiques liées aux différentes régions morales urbaines disparaissent ici dans une sorte de pittoresque de la culture noire irrésistible pour le touriste de passage DXFRQWUDLUHGHO¶LPDJHQpJDWLYHTX¶HOOH possède pour ceux qui côtoient le même quotidien. Les habitants de Salvador ne goûtent pas aux charmes de la culture QRLUHPDLVSOXW{WjVHVGpVDJUpPHQWVVLO¶RQHQFURLWOHVGLIIpUHQWHV étapes de notre étude sur le commerce de rue. b) Les circuits Les circuits sont « Bahia de todas-as-cores », « Caminho dos orixas ª ³&LUFXLWRV GH 6DOYDGRU´HW³5RWDGDOLEHUGDGH´VRLW³%DKLDGHWRXWHVOHVFRXOHXUV´³OHFKHPLQGHVRUL[DV´ ³FLUFXLWVGH6DOYDGRU´HW³URXWHGHODOLEHUWp´/D%DKLDWXUVDLQWURGXLWFHVGLIIpUHQWVFLUFXLWV HQLQVLVWDQWVXUOHIDLWTXH6DOYDGRUHVWXQHYLOOHGHGHVFHQGDQWVG¶$IULFDLQV/HVSUpMXJpVGH couleur GRQWQRXVDYRQVYXOHVRULJLQHVFRPSOH[HVHWORLQWDLQHVVRQWHIIDFpHVDXQRPG¶XQH culture de « toutes les couleurs » qui se présente comme parfaitement harmonieuse. « Bahia de todas-as-cores »: Ce circuit propose des visites insolites dans les quartiers DEDQGRQQpV GHV SRXYRLUV SXEOLFV GH OD %DLH VRXV SUpWH[WH TXH ³O¶KpULWDJH GHV WULEXV DIULFDLQHV D WUDQVIRUPp %DKLD HQ XQ OLHX SDUWLFXOLqUHPHQW PDJLTXH´ /H YR\DJH GDQV OHV quartiers pauvres et métisses de la Baie est censé donner un aperçu des modes de vie des descendants des tribus africaines à travers notamment la visite aux terreiros de candomblé GRQWRQQRXVGLWTXHF¶HVWODUpJLRQTXLHQSRVVqGHOHSOXVj6DOYDGRU3RXUWDQWFHVFLUFXLWVQH possèdent pas de visites au terreiros mais des visites de la ville et de certains de ses sites historiques : « centre historique » (au sens plus large que le Pelourinho), « suburbio ferroviario » (regroupant les quartiers périphériques du premier schéma urbanistique de Salvador), « Cidade Baixa » (avec visite des sitHV WRXULVWLTXHV WHOV TXH O¶pJOLVH GH 1RVVR Senhor do Bonfim, Mercado Modelo), « Federação ªDYHFYLVLWHGHO¶pJOLVHGH6mR/D]DURHW du Dique do Tororo où il y des statues des orixas). Le circuit le plus insolite est celui du « Suburbio Ferroviario » qui, comme la Bahiatursa le IDLW UHPDUTXHU PrPH OHV KDELWDQWV GH 6DOYDGRU QH FRQQDLVVHQW SDV -¶DMRXWHUDL TXH OHV 251 habitants de Salvador le méconnaissent car il est très chargé négativement. Il fait sans arrêt la Une des émissions télévisées de reality show qui propose des arrestations de bandits en direct avec interrogatoire sur un ton moralisant. Ces quartiers de la Baie sont comme on la vu dans notre étude urbaine délaissés et stigmatisés au quotidien. Il est donc très étonnant de les voir DFWHXUVG¶XQFLUFuit touristique qui en propose la visite afin de se plonger en Afrique. Le nom du circuit « Todas as cores » qui rappelle le slogan de Benetton, « united colours of Benetton » renvoie en réalité à une seule nuance, le noir et ses dégradés. « Caminho dos orixas »: Ce circuit est celui qui propose les visites aux candomblés. ,OHVWFRQVWLWXpGHIRUPHSVHXGRP\VWLTXHSXLVTX¶LOSURSRVHFKHPLQVXQSRXUFKDTXHMRXU de la semaine. La mystique se confond ici avec les exigences marketing de servir au touriste GHV DWWUDFWLRQV WRXV OHV MRXUV WRXWH O¶DQQpH 1pDQPRLQV LO VH SUpVHQWH FRPPH XQ FLUFXLW « afro-religieux ª (Q UpDOLWp F¶HVW XQ PpODQJH GH YLVLWH DX[ terreiros, sorte de visite au PXVpH SXLVTX¶LO V¶DJLW GHV HVSDFHV DLQVL TXH GH OHXU PXVpH SHUVRQQHO HW de leur projet sociaux quand il y a, mais pas forcément des cérémonies. De plus ces visites sont ponctuées par des visites panoramiques de la ville. Pour certains orixa<HPDQMDSDUH[HPSOHLOV¶DJLW H[FOXVLYHPHQWG¶XQFLW\WRXUTXLVHFRQFHQWUHVXUOHV0 kms de plages de la Orla ainsi que sur les lacs et lagunes. Pas de terreiro3RXU2[XPF¶HVWHQUpDOLWpOHFLUFXLWGX© Suburbio Ferroviario ªGRQWO¶DJHQFHQRXVGLWDYRLUOHSODLVLUGHSUpVHQWHUXQFLUFXLWG¶XQQRXYHDXW\SH loin du centre ville. Pas de terreiro QRQSOXV3RXUGHX[DXWUHV2JXPHW2PXOXLOV¶DJLWGH YLVLWHG¶pJOLVHFDWKROLTXH5RVDULRGRV3UHWRVSRXUOHSUHPLHUHW6mR/ázaro pour le second. Enfin, seuls deux circuits offrent réellement des visites aux candomblés, Xangô qui se déroule dans le terreiro du Ilê Axê Opô Afonjà, terreiro fondé en 1910, dans le quartier du Retiro; cette visite se ponctue des différents projets sociaux ; et Oxala qui fait la visite des terreiros de la Casa Branca, Ilê Axê Oxumaré et Gantois soit des terreiros anciens et renommés, situés dans une même région géographique nous est-il informé comme raison de cette concentration de visites. ³&LUFXLWRVGH6DOYDGRU´: Dans ce circuit, la ville de Salvador est présentée comme centre du tourisme ethnique afro car elle est faite des représentants directement des Africains, leurs descendants. Je cite : ³/HVFLUFXLWVFRQWHPSOHQWWRXWHODGLYHUVLWpHWKQLTXHGHVSHXSOHV<RUXEDV Bantus et Jêje ». 252 Salvador redevient donc le théâtre des ethnies africaines telles que décrites par les voyageurs du 17ème, 18ème et 19ème VLqFOHRXHQFRUHFRPPH1LQD5RGULJXHVVHIDLVDLWO¶HWKQRJUDSKHMXVWH avant la disparition des Africains, dans Les Africains au Brésil. Il est intéressant de voir que pour la Bahiatursa, les quartiers périphériques dont ils proposent la visite (selon un cadre bien établi) sont censés représenter les modes de vie fidèles de chacune de ces ethnies. Comme si OH %UpVLO Q¶DYDLW SDV FRQQX XQHORQJXH pSRTXH SUHVTX¶XQ VLqFOH GH 'pPRFUDWLHUDFLDOH R toute assimilation ethnLTXHDYDLWGLVSDUXDXSURILWGHO¶LGpHGHPpWLVVDJHHWGHUDFHXQLTXHGH la Nation brésilienne. Alors que seul le candomblé a gardé des références directes ethniques TX¶LOH[SULPHVRXVOHYRFDEOHGH1DWLRQ&HVQDWLRQVQRXVOHVDYRQVUHSUpVHQWHQWDX%UpVLl des processus de métissages car les pouvoirs en place (pouvoir public ou pouvoir des maîtres G¶HVFODYHVRQWWRXMRXUVRSpUpGDQVOHVHQVGHODGHVWUXFWLRQGXUHJURXSHPHQWHWKQLTXHSDU SHXU GX VRXOqYHPHQW RX GH O¶DXWRQRPLHpFRQRPLTXH ,O HVW LQFUR\DEOH Ge pouvoir goûter à travers des circuits ethniques aux traditions et modes de vie typiquement yoruba, Bantous ou Jêje. Trois types de circuits reprennent des circuits du « Caminho dos orixas » comme le « centre historique » et « Suburbio Ferroviario ». Le WURLVLqPH FLUFXLW HVW LQQRYDQW F¶HVW FHOXL GH OD visite du Curuzu-Liberdade avec visite de la maison mère du Ilê Aiyê, du centre culturel, des projets sociaux, du terreiro HWGHO¶HVWKpWLTXHQqJUHSU{QpHSDUOHJURXSH(QJXLVHGHFRQWHQX ethnique, la BaKLDWXUVDRIIUHGHVFLUFXLWVGDQVODYLOOHHWGDQVO¶XQLYHUVFDUQDYDOHVTXHGX,Or $L\r /¶HWKQLFLWpORUVTX¶HOOHVHIDLWFXOWXUHOOHHVWYLVLEOHGDQVOHVSURMHWVGX,OrjFRQGLWLRQ G¶rWUHRXYHUWjODFRQVWUXFWLRQLGHQWLWDLUHIDLWHGHEULFRODJH(QUHYDQFKH O¶HWKQLFLWpOLpHDX[ modes de vivre et de faire dans la ville est une création inédite de la Bahiatursa qui ne correspond en rien à la réalité. « Rota da Liberdade » : « La route de la liberté ª HVW OH FLUFXLW TXL V¶LQWqJUH j XQ projet de développement durable lié à une communauté Quilombolas dans la région du Recôncavo. La gestion de ce projet touristique est nous dit-on fruit de la communauté quilombolas afin de « SURPRXYRLU O¶LQGpSHQGDQFH VRFLR-économique de sa communauté ». &H SURMHW G¶pFRQRPLH VROLGDLUH GpSHQG G¶XQ SOXV YDVWH SURMHW UpJLRQDO SURPX SDU XQH entreprise, la Vatorantim Energia, Instituto Vatorantim e Ibens en collaboration avec le &RQVHLO4XLORPERODV%DFLDGR,JXDSH,OV¶DJLWGRQFG¶XQSURMHWGHGpYHORSSHPHQWGXUDEOH permis par le statut de communauté quilombolas (Constitution de 1988). Les visites sont ordonnées par la communauté locale dont les guides ont suivi une formation en histoire et géographie locale, une initiation aux premiers secours et une formation de guide de 253 randonnées. Cinq circuits sont proposés : un circuit culturel (manifestations artistiques et culturelles afro telles que démonstration de danse ou capoeira de la communauté), un circuit historique (visite de sites historiques, récits officiels et histoires locales), circuit du quotidien (partager les modes de vie de la communauté Quilombola à travers de la fabrication DUWLVDQDOHGHO¶KXLOHGHSDOPHGHODIDULQHHWG¶XQHLQLWLDWLRQDX[IHXLOOHVPpGLFLQDOHV/HV deux autres circuits sont des réaménagements : de contenus avec un mélange de ces trois circuits, « circuit mix », ou dans le temps avec le « circuit compact ». 2) /HFWXUH³HWQLFRXUEDLQH´GH6DOYDGRUjSDUWLUGHOD%DKLDWXUVD Nous avons donc relevé certains traits propres au marketing touristique qui créent de la WUDGLWLRQ j WRXW SUL[ UHFUpDQW SDU H[HPSOH GH O¶HWKQLFLWp FHQVpH UHSUpVHQWHU GHV PRGHV authentiques et spécifiques de vivre et de faire, y compris dans des zones de la ville qui sont considérées au quotidien comme quasi sinistrées du fait de leur abandon par les pouvoirs publics en matière de loisirs, infrastructure sanitaire et de transport. Nous nous croyons transportés dans les années 1950, dans les « villages africains décrits par Pierson. Nous relevons donc une lecture urbaine de la Bahiatursa qui suit une autre morale que celle du TXRWLGLHQ/HVGDQJHUVOLpVjODPDUJLQDOLWpG¶XQHJUDQGHYLOOHHWjODSDXYUHWpVRQWJRPPpVHW UHPSODFpV SDU OHV DWWUDLWV G¶XQH FXOWXUH GLIIpUHQWH HW DWWUD\DQWH GH SDU VRQ H[RWLVPH HW VRQ authenticité africaine. Cette nouvelle lecture morale de la ville qui se base donc sur des critères marketing propre au secteur touristique se nourrit des inventions culturelles, y compris celle née dans le carnaval comme le Ilê Aiyê, dans les religions populaires avec un mélange de candomblé et de catholicisme et recrée la Salvador de la première région morale qui paraissait perdue du point de vue des dynamiques modernes, urbaines et capitaliste. Une DXWUH6DOYDGRUYRLWOHMRXUSRXUOHVWRXULVWHVHWKQLTXHQRLUHHWDXWKHQWLTXHJUkFHjO¶LPage construite par le marketing touristique dans laquelle la misère ou même la pauvreté ne sont SOXV GHV pOpPHQWV QpJDWLIV FDU LOV VRQW JRPPpHV GH O¶LGpH ; celle-ci se concentrant sur la PDJLH RX O¶HWKQLFLWp JOREDOH &HWWH LPDJH UHQYRLH DX PRQGH GHV barraqueiros qui avait GLVSDUX GDQV OHV ORJLTXHV QRUPDWLYHV GHV SRXYRLUV SXEOLFV HQ FKDUJH GH O¶RUJDQLVDWLRQ GHV fêtes. ,OQ¶H[LVWHSOXVTXHGDQVO¶XQLYHUVILFWLRQQHOGHVIrWHV 3) Le circuit « etnico indigeno » de la Bahiatursa a) Présentation générale 254 Je reprends à nouveau et traduis les textes du site internet de la Bahiatursa 234 pour pouvoir ensuite les commenter. « Quand les colons Portugais ont abordé Bahia au 16ème siècle, ils ont UHQFRQWUp XQ SHXSOH DXWRFKWRQH WUqV GLIIpUHQW GH O¶(XURSpHQ TXDVL QX PDLV SRUWDQt EHDXFRXSG¶RUQHPHQWV,OVpWDLHQWPDMRULWDLUHPHQWEUX\DQWVHWXWLOLVDLHQWG¶pWUDQJHV REMHWVSRXUVHGpIHQGUHGHO¶HQYDKLVVHXUTXLDYDLWMHWpO¶DQFUHjSUR[LPLWp Plus tard, nous avons identifiés que les maîtres de ces terres _ que les Portugais avaient pensées inexplorées _ étaient des indiens de nation Tupi, précisément de la tribu Tupiniquim, installés là depuis deux siècles. Berceau de la civilisation brésilienne colonisé par les Portugais, le territoire TXLDSSDUWLHQWDXMRXUG¶KXLjO¶(WDWGH%DKLDDEULWDLWDORUVG¶DXWUHVWULEXVFRPPHOHV Gês ou Botocudos et les Cariris qui malgré la décimation des premiers siècles de la colonisation ont réussi à survivre en gardant les traditions de leurs ancêtres qui UHSUpVHQWHQW DXMRXUG¶KXL XQH GHV SULQFLSDOHV DWWUDctions touristiques en plusieurs UpJLRQVGHO¶(WDWGH%DKLD 5HFRQVWLWXHU OHXU KLVWRLUH HW FRPSUHQGUH O¶RULJLQH GH OHXUV WUDGLWLRQV HW manifestations culturelles est un voyage dans le temps, une rétrospective des plus authentiques sur le peuple brésilien. 'HO¶([WUrPH6XGDX1RUGHVWHGHVFRPPXQDXWpV TXLERUGHQWOHIOHXYH6mR)UDQFLVFRDX[SHXSOHVDXWRFKWRQHVGHO¶2XHVWEDKLDQDLVOHV communautés indigènes servent autant de référence de sauvegarde et de lutte pour la SUpVHUYDWLRQGHODFXOWXUHHWGHO¶KLVWRire au Brésil que de grandes attractions pour les visiteurs ». /¶LPDJHGHVLQGLHQVUHVWHLQGLVVRFLDEOHGHFHOOHGXERQVDXYDJH/HWRQHVWGRQFjODYLVLWH GDQVOHWHPSVSRXUFRQQDLWUHXQHFLYLOLVDWLRQTXLQ¶HVWSOXVGHFHWHPSVRXTXLHVWUHVWpHj O¶pWDW RULJLQHO 'H PrPH OHXU SRSXODWLRQQ¶HVW SDV SHQVpHHQ WHUPHV GH PpWLVVDJH ,O H[LVWH GHVVFLVVLRQVHQWUHWULEXVPDLVLOQ¶HVWSDVTXHVWLRQGHSHQVHUOHPpODQJHHQWUHLQGLHQHWQRLU ni entre indien et blanc car cela brouillerait les frontières culturelles dont ils se servent pour GpOLPLWHU OHV GLIIpUHQWV VHJPHQWV GX WRXULVPH HWKQLTXH 'H SDU O¶HVSDFH VSpFLILTXH VXU OH PRGqOHGHVUpVHUYHVO¶LQGLHQJDUGHFHWWHILJXUHGHFLYLOLVDWLRQjSDUWTXLQHVHPpODQJHSDV avec les autres. De même il est difficile de SHQVHU O¶LQGLHQ HQ YLOOH 2Q OH ODLVVH GDQV FHW 234 En date du 23/04/2012. 255 imaginaire de réserve fermée où les modes de vivre et de faire sont conservés intactes, sans LQIOXHQFHGXGHKRUV /HVGLIIpUHQWVFLUFXLWVVHWURXYHQWGRQFjO¶LQWpULHXUGHVUpVHUYHVGDQV FHWWHILFWLRQGHO¶Lndien coupé du reste du monde, vivant en harmonie dans une nature vierge. Les « GHVFHQGDQWV G¶LQGLHQV ª OD QRXYHOOH FDWpJRULH GHV FRWDV XQLYHUVLWDLUHV Q¶H[LVWH SDV HQFRUHGDQVOHVFLUFXLWVGHOD%DKLDWXUVD« b) Les différents circuits Les circuits de tourisme « etnico-indigeno » sortent donc du cadre urbain et nous amène dans des espaces attribués aux indiens au nom de la sauvegarde de leurs tradition. Dans ces UpVHUYHVELHQVRXYHQWO¶LQGLHQQHSHXWSOXVFKDVVHUDXWDQWTX¶LOYRXGUDLWSRXUVXEYHQLUjVHV besoins et il se fournit en nourriture et premières nécessités dans des commerces des villes voisines. Ils ne sont donc pas « coupés » du reste du monde, même dans la réserve. &HSHQGDQWPrPHYrWXVOHVLQGLHQVJDUGHQWOHVFDUDFWpULVWLTXHVG¶XQSHXSOHTXLVHGLstingue GH OD PRGHUQLWp /¶DUWLVDQDW VHPEOH rWUH XQH VRXUFH GH WUDGLWLRQ HW GH VXUYLH j WUDYHUV VRQ FRPPHUFH DXSUqV GHV WRXULVWHV /D SUR[LPLWp DYHF OD FLYLOLVDWLRQ PRGHUQH HVW YXH G¶XQ PDXYDLV °LO FDU HOOH VLJQLILH OD FRQWDPLQDWLRQ GH OD PRGHUQLWp GRQW WRus les gadgets WHFKQRORJLTXHVQHPDQTXHQWSDVGHVXVFLWHUO¶LQWpUrWGHVFRPPXQDXWpVLQGLHQQHVDXPrPH WLWUHTX¶HOOHVpGXLWOHVVRFLpWpVGLWHVPRGHUQHV &¶HVW DLQVL TXH OD SUpVHQWDWLRQ GX FLUFXLW GH OD UpVHUYH Pataxó de Barra Vermelha est présentée : comme la plus distante géographiquement des centres urbains. Ce caractère semble être suffisant à garantir une pure tradition. Les attractions de cette réserve sont la nature exubérante, et un centre culturel dans lequel les indiens peuvent présenter leurs rituels DX[WRXULVWHV/HVQRPVGHVHWKQLHVVRQWjHOOHVVHXOHVDWWUDFWLRQVWRXULVWLTXHVFDULOQ¶\DSDV de contenu sur les spécificités de chacune. Seuls les noms doivent évoquer une culture et pour le choix définitif, seules les localisations font la difféUHQFH&¶HVWOHFDVSRXUOHVHã-HãHães, Tuxás e Tupinambás qui correspondent à des options différentes en fonction de leur localisation, non de leur contenu. Il est toutefois indiqué que dans la réserve des Tuxas, nous SRXYRQVSUDWLTXHUGHVVSRUWVG¶DYHQWure et la contemplation de la nature vierge. Le discours change pour le circuit de la « Réserve indigène da jaqueira » et celui de la « Route des réserves ª8QHDJHQFHGHWRXULVPHEDVpHVXUO¶pFRQRPLHVROLGDLUHRIIUHGHVFLUFXLWVGDQVXQ SpULPqWUH G¶j SHX près 100 kms de nature vierge et de villages indiens, recréant une LPSUHVVLRQ G¶DXWKHQWLFLWp : « 2Q V¶\ FURLUDLW !». Les touristes vivent le temps de leur SURPHQDGH WRXULVWLTXH DYHF OHV LQGLHQV GH OD PrPH PDQLqUH TX¶HX[ ,OV MRXHQW j rWUH XQ indien, le tHPSVG¶XQFLUFXLWWRXULVWLTXHGDQVXQVFpQDULRELHQPRQWp,OVVHGpSODFHQWjSLHG 256 RXHQFDQRsLOVHQWUHQWHQFRPPXQLRQDYHFODQDWXUHLOVWLUHQWjO¶DUFVHSHLJQHQWOHFRUSV écoutent des histoires contées par les indiens le soir venu au coin du feu, ils mangent indien HW GRUPHQW GDQV GHV KDPDFV /¶LOOXVLRQ HVW FRPSOqWH HOOH SUHQG OH U{OH GH ILFWLRQ YLYDQWH Comme dit Marc Augé à propos de Disneyland : « &¶pWDLW VDQV GRXWH FHOD OH SUHPLHU SODLVLU GH 'LVQH\ODQG : on nous offrait un spectacle en tout poLQW VHPEODEOH j FHOXL TX¶RQ QRXV DYDLW DQQRQFp ». Aucune surprise. » (Augé, 1997 :23). De même avec les indiens, les touristes retrouvent tous les stéréotypes liés à la culture des LQGLHQVHWV¶HQWURXYHQWVDWLVIDLWVYRLUHKHXUHX[ 4) Conclusions sur le tourisme ethnique « /¶HPEOpPDWLVDWLRQ LGHQWLWDLUH ª VH IDLW GDQV XQ VRXFL GH YHQWH SRXU QRXUULU O¶pFRQRPLH touristique. Ainsi les héros noirs retirés du passé et mis à la sauce du présent gagnent une YLVLELOLWpPDUNpWLQJ TXL Q¶HVW SDV WRXMRXUV VLJQH GH UHFRQQDLVVDQFH VRFLDOH &¶HVWOH FDV SDU exemple des quilombolas ou des peuples indigènes qui se trouvent dans des conflits territoriaux très importants et dont la tendance est à empirer. 235 A Bahia, les indiens Pataxós YLHQQHQW G¶rWUH HQWHQGXV GDQV XQ FRQIOLW qui dure depuis quarante ans où des producteurs DYDLHQW REWHQX SDU WUDILF G¶LQIOXHQFH GHV WLWUHV GH SURSULpWp VXU GHV WHUULWRLUHV LQGLJqQHV SULYDQW OHV LQGLHQV G¶XQH JUDQGH SDUWLH GH OHXU WHUULWRLUH GHV © faux » que la justice brésilienne refusait de condamner. Plus proche de Salvador , une communauté Quilombolas HVW PHQDFpH SDU OD 0DULQH TXL V¶HVW LQVWDOOpH j SUR[LPLWp HW TXL IHUPH O¶DFFqV DX WHUULWRLUH Quilombola et terrorise les habitants. Dans les périmètres urbains, les communautés Quilombolas sont menacées par les influences des promoteurs immobiliers. Les conflits dégénèrent parfois en bataille armée où généralement un grand nombre de ressortissants de ces communautés y compris des femmes et des enfants risquent leur vie ou périssent. Les exemples de conflit se multiplient dans la société civile brésilienne où les médias ont récemment joué le rôle de persécuteur donnant des informations erronées ou fausses et diabolisant les communautés indiennes. Les directeurs des médias écrits et télévisuels sont eux-PrPHVLPSOLTXpVGDQVFHVFRQIOLWVGHWHUUHHQWDQWTXHSURSULpWDLUHVWHUULHQV/¶KRUL]RQ 235 /HVPpJDSURMHWVpQHUJpWLTXHVTXLFRPSWHQWVXUOHVUHVVRXUFHVQDWXUHOOHVGHO¶$PD]RQLHB SDU H[HPSOH %HOR 0RQWH B SRXU V¶LPSODQWHU QLHQW OH IDLW TXH OHV WHUres sont des territoires indiens. 257 joyeux des ethnies vivant en harmonie qui constitue les dépliants touristiques tourne le dos à ces réalités pour proposer des images rêvées. 258 CONCLUSI ON 259 Préambule La première grande question que pourrait poser ce travail est pourquoi encore une thèse sur Bahia faite par une étudiante étrangère "2XHQFRUHTXHOOHSHUWLQHQFHO¶pWXGLDQWHHQTXHVWLRQ peut trouver à travailler sur la culture noire de Bahia aORUV TXH WDQW G¶DXWUHV V¶\ VRQW penchés ? Est-FH TXH O¶H[RWLVPH GX WHUUDLQ QH YD SDV HQJDJHU OD UHFKHUFKH VXU GHV VHQWLHUV GpMjWUDFpVHWSHXLQQRYDWHXUVDX[TXHOVG¶DXWUHVVHVRQWGpMjIDLWSUHQGUH ? Toutes ces questions, nous nous les sommes posées. Elles nous servaient de garde fou contre des dérives de perte de distance et de sens critique qui nous semblaient graves. Que pouvions-QRXVDSSRUWHUGHQRXYHDXDORUVTXHWDQWG¶DXWUHVDYDLHQWGpMjpFODLUFLOHSDQRUDPD chacun à sa façon ? A travers notre inscription universitaire et institutionnelle au Brésil, nous avons été accueillie par la professeure Maria Rosario de Carvalho au sein du groupe de recherche du PINEB, nous tenant un peu à distance des chercheurs travaillant sur la population noire mais nous permettant de créer des ponts entre les chercheurs « indigénistes » et les chercheurs travaillant sur les communautés noires. Il est intéressant de remarquer que très peu de ponts existent au niveau institutionnel et épistémologique et que les chercheurs en anthropologie VRQW WUqV VRXYHQW LQWpJUpV G¶XQ SRLQW GH YXH PLOLWDQW j OD UHFKHUFKH SXLVTXH FHOOH-ci très souvent sert de rapport officiel aux politiques sociales. Ce sont les anthropologues qui ont le rôle de rapporteurs officiels des communautés indiennes et noires vis-à-vis des organismes SXEOLFV RX SULYpV /D ILQDOLWp SROLWLTXH Q¶HVW pYLGHPPHQW SDV VDQV FRQVpTXHQFH VXU OHV productions des collègues TXLELHQVRXYHQWSqVHQWOHXUVPRWVDILQGHQHSDVrWUHjO¶RULJLQHGH SROLWLTXHVLQGXHVjO¶pJDUGGHVcommunautés étudiées. '¶DXWUH SDUW QRWUH UHFKHUFKH SRUWDQW VXU OH FRPPHUFH LQIRUPHO HW QRQ VXU GHV JURXSHV carnavalesques (par exemple) semblait assez étrangère aux thématiques abordées par les anthropologues et plus proche des recherches de type quantitaWLI pPDQDQW G¶RUJDQLVPHV RIILFLHOVWHOVTXHO¶,%*(RXODPDLULHGH6DOYDGRU1RXVQ¶LQWpJULRQVSDVGHSOHLQIRXHWXQ groupe de travail partageant notre ligne de recherche mais côtoyions des chercheurs travaillant en majorité sur des thématiques indigénistes, non moins intéressantes mais avec peu de rapport direct avec notre sujet. Après coup, nous réalisons que nous avons été sûrement influencée SDUOHVOLJQHVG¶DQDO\VHHW les techniques de traitement des informations de nos collègues, nous rendant sensible, par 260 exemple, aux catégories raciales pré établies et à la recherche de leur constitution dans un contexte donné. A y regarder de plus près ; les rapports entre pouvoirs publics et population indigène, soit « la place que leur donne la société » nous a invité à regarder « la place laissée aux noirs dans la société brésilienne ». Ce point de départ, qui a donné lieu au premier chapitre, Q¶pWDLW SDV SUpYX GDQV QRV SHUVSHFWLYHVLQLWLDOHV1RXVpWLRQVSOXW{WEDLJQpHSDUO¶LQIOXHQFHIUDQoDLVHTXHEUpVLOLHQQH, ce qui nous faisait prendre une position de force en relation avec la culture noire de Bahia avec GHVUpIpUHQFHVELEOLRJUDSKLTXHVIUDQoDLVHV&HQRXYHDXGpSDUWQHV¶DFFURFKDLWQLDXSRLQWGH YXH ELHQ TX¶LO SXLVVH \ SDUWLFLSHU DX GpWRXU GH TXHVWLRQQHPHQWs subsidiaires) des écrits étrangers des années 1950 largement imprégnées de « démocratie raciale », ni au point de vue culturel de la culture noire présente dans les recherches sur les groupes carnavalesques. Il se rattachait plutôt à la problématique de la rue comme lieu de visibilité du noir dans la ville. Nous avons ancré nos analyses dans des écrits à teneur historiques comme Reis et dans une moindre mesure Holanda et Freyre. &H YR\DJH GDQV OH WHPSV j SDUWLU G¶pFULWV ORFDX[ HVW SULPRUGLDO SRXU O¶DFFURche de notre WKqVHF¶HVWOXLTXLHQGRQQHOHVXSSRUWSULQFLSDOjVDYRLUOHVIRQGHPHQWVGHO¶LQpJDOLWpSDUPL les BUpVLOLHQV«1RXVGHYRQVFHWWHSHUVSHFWLYHKLVWRULTXHj0DULD5RVDULRGH&DUYDOKRTXL nous a demandé de retourner aux sources et de ne pas nous satisfaire des analyses des autres. Elle nous a donc mené à explorer la littérature brésilienne en matière de relation raciale en H[SORUDQWSULQFLSDOHPHQWOHVJUDQGVGpEDWVPHQpVSDUO¶81(6&2GDQVOHVDQQpHV&HOD nous a permis de prendre une distance en relation avec le point de vue culturel sur la culture QRLUHHWG¶RXYULUGHVKRUL]RQVTXLQRXVVHPEODLHQWQRXYHDX[GDQVODUHFKHUFKHVXUOH%UpVLO HQ )UDQFH 1RQ SDV TX¶LO Q¶H[LVWH SDV G¶RXYUDJHV KLVWRULTXHV SRUWDQW VXU OH %UpVLO HW particulièrement les noirs brésiliens, Queiros est un des auteurs qui me démentirait si cela était nécessaire, mais ceux-FLQ¶RQWSDVODSHUVSHFWLYHDQWKURSRORJLTXH'HIDLWPDUHFKHUFKH Q¶HVWSDVKLVWRULTXHQRXVQHIDLVRQVTX¶XQGpWRXUGDQVODSUHPLqUHSDUWLHjODUHFKHUche des origines. 5pFDSLWXODWLI« A travers une analyse historique, nous avons cherché à comprendre les préjugés qui V¶DSSOLTXHQWVXUOHVSRSXODWLRQVSDXYUHV HWSDUXQ © glissement » naturalisant sur les Noirs, IQGLHQV« j O¶LQWpULHXU G¶XQH ORJLTXH R OH Blanc occupe les places dominantes. Les 261 SRSXODWLRQV QRLUHV RQW VXEL SHQGDQW HW DSUqV O¶HVFODYDJH GHV PRGHV GH GLVWLQFWLRQ GH FODVVHPHQW TXL RQW FUpp XQH KLpUDUFKLH j O¶LQWpULHXU GX SUpMXJp G¶LQIpULRULWp PRGHOp SDU OD classe dominante. Dans notre analyse sur les conditions de travail et de vie des marchands de rue, nous DYRQV UHOHYp TX¶LOV GRLYHQW WUDQVSRUWHU XQH VpULH GH ORXUGV SUpMXJpV HW G¶LQGLVWLQFWLRQV TXL IRQWGHOHXUTXRWLGLHQXQXQLYHUVFKDUJpGHQRQGURLWGDQVOHTXHOLOVGRLYHQWV¶LQYHQWHUGHV moyens de survie. La volonté plus récente des pouvoirs publics de contrôler, réguler et XQLIRUPLVHUFHVHFWHXUQ¶DIDLWTXHUHQIRUFHUOHVGLIILFXOWpVG¶DFFqVDXWUDYDLO Rarement marginaux, les marchands de rue relèvent en revanche presque toujours de O¶LQIRUPHO KDELWDW WUDYDLO PrPH ORUVTXH OHV SROLWLTXHV G¶XQLIRUPLVDWLRQ HW GH OpJLVODWLRQ GpFODUDWLRQHQWHPSVTX¶DXWRQRPHOHVWRXFKHQW/¶LPDJHTXLOHXUHVWDVVRFLpHHVWFHOOHGH O¶LQGpVLUDEOH ODLG JURV pGHQWp SDV SUpVHQWDEOH /¶DVSHFW SLWWRUHVTXH TXi caractérisait leur pWDOIDEULTXpHWGpFRUpVHORQOHXULQVSLUDWLRQV¶HQHVWDOOpDYHFOHVSROLWLTXHVG¶XQLIRUPLVDWLRQ il ne reste donc que la force de travail des marchands de rue et leur capacité à résister avec débrouilles et parfois arnaques. Ils côtoLHQWSDUIRLVWHOOHPHQWOHVPDUJHVTX¶LOVIOLUWHQWDYHFOH bannissement (la marginalisation). Le processus de reconnaissance pour les populations marquées par le préjugé G¶LQIpULRULWp SDVVH SDU XQ PRXOH LGHQWLWDLUH TXL SHUPHW GH VRUWLU GH OD FRQGLWLRQ GH 1Rir, et G¶DFFpGHUjO¶DIUR-descendance. Cela se fait comme toujours dans des amalgames de cultures. &HV PRXOHV H[SRUWDEOHV GDQV GLIIpUHQWV SD\V V¶DGDSWHQW DX[ GLIIpUHQWV FRQWH[WHV VRFLDX[ culturels. Une fois « habillés » de ces identités afro ou indigènes par exemple, les Noirs, pauvres, Indiens, peuvent faire office de spectacle agréable pour les touristes avides de nouveautés et de différences. Cette altérité uniformisée et orchestrée au niveau global, puis au QLYHDXORFDOUHQIRUFHOHVHQWLPHQWG¶pWUDQJHWpHWG¶DOWpULWpGDQVXQFRQWH[WHGHVpFXULWp/HV FODVVHV PR\HQQHV GHV SD\V GRPLQDQWV SHXYHQW GRQF VH UpMRXLUHQW V¶pEDKLUHQW VDQV DYRLU j réviser leur code de valeurs qui se trouve protégé par la mise en scène et la mise à distance de O¶DXWUH&HVWRXrismes participent des marchés ethniques qui ont lieu de par le monde. Moins animalisé que dans les expositions universelles, « O¶DXWUH » prend une figure domestiquée, en respectant les lignes LQWHUQDWLRQDOHV GH O¶exhibition culturelle (esthétique, revendication culturelle et politique, etc.). En plus de la discrimination raciale, comme il y a eût pendant et juste après O¶HVFODYDJH YLHQW V¶DMRXWHU OD QRXYHOOH GRQQH GH OD PRQGLDOLVDWLRQ TXL VDQV UHPHWWUH profondément en cause les catégories anciennes, propose une lecture du monde où les uns sont les spectateurs des autres : soit de la richesse technologique des uns, soit de la richesse 262 FXOWXUHOOH GH O¶DXWUH GDQV XQFRQWH[WH R OHV UHODWLRQV VRQW GHV PLVHV HQ PDUFKp&HOXL TXL possède le pouvoir technologique consomme de la tradition auprès de communautés WUDGLWLRQQHOOHVTXLV¶DIILUPHQWHQWDQWTXHWHOOHVJUkFHDXVFKpPDGHO¶DOWpULWpTXHSURPHXYHQW OHVLQVWLWXWLRQVLQWHUQDWLRQDOHV/HJUDQGUrYHGHODUHQFRQWUHGHVFXOWXUHVQ¶DSDVOLHXPDOJUp O¶DEROLVVHPHnt des distances physiques de la globalisation. I'DQVODSUHPLqUHSDUWLHQRXVQRXVDWWDFKRQVjFRQWH[WXDOLVHUHWGpILQLUO¶DFWLYLWpLQIRUPHOOH GHV PDUFKDQGV GH UXH HQ UHODWLRQ DYHF O¶KLVWRLUH OD VRFLpWp OD SROLWLTXH HW OHV V\VWqPHV économiques que le Brésil a connu depuis les débuts de la colonisation. A travers les portraits de trois marchands (Carlos, Dona India et sa fille), nous mettRQV HQ pYLGHQFH OH IDLW TX¶LO Q¶H[LVWH SDV XQ W\SH GH PDUFKDQGV PDLV GHV ILJXUHV HW GHV FDGUHV SURIHVVLRQQHOV WUqV dLIIpUHQWV 1RXV DXULRQV SX pYLGHPPHQW PXOWLSOLHU j O¶LQILQL OHV VLQJXODULWpV PDLV QRXV HQ sommes tenue à deux types de relation avec les pouvoirs publics O¶pPLVVDLUHHWODYLFWLPH Ces types de relations et tensions avec les pouvoirs publics, nous cherchons à leur donner une ampleur historique à travers la référence à João José Reis et au travail des Africains dans la ville et dans la rue. Cette filiation à la fois avec la rue et la culture Africaine rattache les marchands DX GDQJHU HW j OD VDXYDJHULH /¶espace public est le lieu du danger que les pouvoirs publics veulent contrôler (VXUWRXWORUVTX¶LOV¶DJLWGHODSRSXODWLRQQRLUHTXLQ¶HVWSDV libre). Cependant, mrPHORUVTX¶LOV¶DJLWG¶DIIUDQFKLVRXGHOLEUHVOHV$IULFDLQVFRQWLQXHQWj représenter un dangHUFHOXLGXVRXOqYHPHQWHWFHOXLGHO¶XQLRQSDUOHQRPEUHHWGRLYHQW donc être contrôlés. Dans la rue, leurs manières sont associées à une culture primitive du fait de la GLVSDULWpG¶DFFHSWDWLRQHQWUHOHVQRWLRQVG¶RUGUHGpVRUGUHHWG¶K\JLqQHVDOHWpHQWUH le pouvoir établi par les Blancs (pouvoirs publics) HWODFXOWXUHYHQXHG¶$IULTXH&HWWHLPDJHVLPSOLILpH du commerce informel, vue SDUOHV°LOOqUHVGHVSRXYRLUVSXEOLFV, nous invite à reprendre en détail les différentes étapes de notre réflexion. Dans uQ SUHPLHU WHPSV QRXV FKHUFKRQV j GpILQLU O¶LQIRUPHO j SDUWLU GX FRQWH[WH épistémologique le concernant et à partir de notre terrain. En plus de son caractère multiforme faLWG¶H[SpULHQFHVVLQJXOLqUHVO¶informalité semble être une caractéristique tiersmonGLDOLVWH TXL UHWLHQW O¶DWWHQWLRQ GDQV OHV DQQpHV ,O V¶DJLW DYDQW WRXW G¶XQ PRGH GH faire qui ne correspond pas à celui utilisé dans les pays dits développés mais qui fonctionne GDQVOHVSD\VG¶$IULTXHG¶$PpULTXHGX6XGHWG¶$VLHVHORQGHVUpJXODWLRQs autres que celle GHV VRFLpWpV GRPLQDQWHV /¶LQIRUPHO HVW GRQF j pORLJQHU GH OD GpILQLWLRQ OLWWpUDOH TXL VHUDLW 263 FHOOHGXPDQTXHGHIRUPHHWjUDSSURFKHUG¶XQHGpILQLWLRQSOXVIRXLOOpHTXLHVWFHOOH G¶XQH autre manière de faire. Nous opposons en cela le caUDFWqUHPXOWLIRUPHjFHOXLG¶LQIRUPH 'H SOXV j SDUWLU GH O¶pWDEOLVVHPHQW GX FRQWH[WH IRUPHO QRXV QRXV UHQGRQV FRPSWH TX¶LO H[LVWHELHQSHXGHGLIIpUHQFHVHQWUHOHIRUPHOHWO¶LQIRUPHOHWTXHODWHQGDQFHHVWjIRUPDOLVHU O¶LQIRUPHOIDLVDQWGHVPDUFKDQGs de rue des entrepreneurs individuels. La distance entre les GHX[PRQGHVVHPEOHELHQSOXVLPDJLQpHTXHUpHOOHVHQPDWLqUHGHGHYRLUV«5HVWHjYRLUGX F{WpGHVGURLWV«/¶LPDJHGHPDUJLQDOLWpTXLFROOHjODSRSXODWLRQTXLUHOqYHGHO¶LQIRUPHOHVW portée par des chiffres officiels qui font de la population noire la plus vulnérable en matière de criminalité. Cette association bien souvent est à double tranchant car cette même population de victimes est aussi celle des criminels qui dans un jeu de concurrence dans le PLOLHXGHO¶LQIRUPHOLOOLFLWHWUDILFGHGURJXHVG¶DUPHVWXHRXVHIDLWWXHUjXQkJHSUpFRFH TXLGRQQHXQHDOOXUHLQTXLpWDQWHDX[FKLIIUHVGHO¶,%*(2QQHVDLWSOXVVLODSRSXODWLRQGHV jeunes noirs est marginalisée du fait de sa proximité avec le crime ou si elle est victime du crime à cause de sa marginalisation dans la société (ségrégation spatiale, visuelle, scolaire, etc.). Quand aux droits, les exemples de Carlos et Dona India sont suffisamment différents et antithétiques pour aller plus eQDYDQWGDQVOHVTXHVWLRQQHPHQWVDYDQWGHWHQWHUG¶\UpSRQGUH '¶R YLHQQHQW FHV WUDGLWLRQV GH UXH ? Ont-HOOHV GHV RULJLQHV GLIIpUHQWHV TXL IRQW TX¶HOOHV VXELVVHQW GHV WUDLWHPHQWV GLIIpUHQWV DXMRXUG¶KXL RX V¶DJLW-il à peine de choix actuels, différents, entre les marchands étudiés "3RXUFHODQRXVDYRQVGUHVVpGHVWDEOHDX[G¶pSRTXHV qui viennent éclairer une histoire informelle, qui viennent combler quelques manques et H[SOLTXHUGHVLPEULFDWLRQVTXLUHPRQWHQWSDUIRLVDXWHPSVGHO¶HVFODYDJH Nous cherchons à définir des « ères morales » capables de rendre compte des relations entre la société formelle et le monde informel. Les périodes traversées sonWFHOOHVGHO¶HVFODYDJH de la « démocratie raciale » HW GH OD VRFLpWp PXOWLFXOWXUHOOH HW O¶DWWHQWLRQ HVW portée aux relations raciales et plus encore à la place accordée (ou laissée) au noir dans la société brésilienne. Cette question ouvrant sur la question de la visibilité dans la rue, lieu du commerce informel par excellence. La rue est aussi le lieu de la confrontation entre le monde supposé civilisé des dominants et de la supposée sauvagerie des dominés. Pendant O¶HVFODYDJHODVRFLpWpHVWVXIILVDPPHQWVpJUpJXpHSRXUTXHOHVGHX[PRQGHVVHF{WRLHQWPDLV ne se gênent pas. Par la suite, lors de la constitution de la Nation, une mise en scène des UHODWLRQV UDFLDOHV FRUGLDOHV VH PHW HQ SODFH R O¶,QGLHQ O¶(XURSpHQ HW O¶$IULFDLQ GRLYHQW GLVSDUDLWUH SRXU ODLVVHU SODFH j XQ SHXSOH PpWLVVH &HWWH PLVH HQ VFqQH VHUW G¶DERUG GH solution informelle (non régulée par GHVWH[WHVjO¶(WDWSRXUUpVRXGUHOHSUREOqPHGHODUDFH et le passé esclavagiste (renforcé par les théories évolutionnistes) qui font que les races 264 MDXQHVHWQRLUHVVRQWLQIpULHXUHVHWTXHOH%UpVLOGRLWV¶DIILUPHUFRPPHSD\VFLYLOLVpHWFRPPH Nation. Le métissage au travers de la « démocratie raciale » doit résoudre ce problème à la fois interne (préjugés venant du dedans) et externe (image à exporter au monde). A travers cette idée, le blanchiment de la UDFH HVW HQ °XYUH HW SDU Oj O¶occultation du noir et de sa culture. La seule culture exportable et montrable est la culture syncrétique qui renforce le P\WKHGHO¶HQWHQWHFRUGLDOH Pourtant, dans la troisième époque de la société multiculturelle, la démocratie raciale est dénoncée comme pure hypocrisie par les mouvements noirs et donne lieu à une révision formelle de la Constitution brésilienne. Elle laisse place à une ethnicisation qui reprend des catégories globales telles que les « afro-descendants » et les « indigènes » (ou autochtones) et dans laquelOH OHV SHUVRQQHV GRLYHQW j WUDYHUV O¶DXWRdéclaration (pour les indigènes, il faut aussi la reconnaissance par la communauté de rattachement) être reconnues comme différentes et avoir le droit à des mesures de réparation (politiques de discrimination positive) en raison des crimes commis dans le passé envers leurs ancêtres. Nous en venons à nous demander : est-ce que cette ethnicisation ne serait pas finalement un FDPRXIODJH GH O¶LQIRUPDOLWp " 6¶DJLW-LO HQ UpDOLWp G¶XQ PrPH SKpQRPqQH GRQW OHV WHUPHV changent ? Est-ce que la mise en fiction raciale qui reprend des attributs ethniques alors que ceux-FLDYDLHQWpWpVDYDPPHQWDQQXOpVSDUWRXWHVOHVDQQpHVGHFRORQLVDWLRQG¶HVFODYDJHHW de « démocratie raciale » au nom soit de la prudence (pour éviter les révoltes esclaves) soit de la Nation (qui devait être représentée par un peuple unique et uni) serait en réalité une manière de présenter le Brésil au monde et peut-être dans un but de commerce identitaire, porté par les tourismes ethniques? Cette question sera revue dans la troisième partie. De fait O¶DPDOJDPH D pWp OD VROXWLRQ jWRXV OHV SUREOqPHV GHOD FODVVH GRPLQDQWH DILQ GHUpGXLUH j QpDQWOHVVROLGDULWpVHWOHVWHFKQLTXHVLQWHUHWKQLTXHVFRPPHF¶HVWOHFDVDYHFOHFRPPHUFH informel depuis fort longtemps (voir Reis). Sommes-nous toutefois autorisée à voir dans O¶H[SUHVVLRQ© informel » un « truc » pour éviter de parler du commerce Africain ou noir ? Ou de commerce primitif ? Est-ce un fourre-tout chargé de régler « le problème du noir » selon O¶DSSHOODWLRQ de Nina Rodrigues au début du XXème siècle. Est-ce que les solutions normatives et réglementaires proposées par les pouvoirs publics ne sont autant de réponses à XQIDX[SUREOqPHG¶RUJDQLVDWLRQGXFRPPHUFHLQIRUPHO "1HV¶DJLW-il pas en fait de contrôle de la population noire et de sa présence dans la ville ? Pour éviter de parler de culture noire, de savoir-faire spécifique, le vocable commerce informel prendrait le dessus "« 'H FHWWH PDQLqUH LO Q¶HVW SDV QpFHVVDLUH GH IDLUH XQH SODFH j FHWWH FXOWXUH j Fe savoir-faire dans la société blanche dominante. Elle reste sur les marges dans le fourre tout informel qui selon les 265 pSRTXHV HVW WROpUp RX SRXUFKDVVp« ,O HVW LQWpUHVVDQW GH UHPDUTXHU TXH OH %UpVLO HQ ORUVTX¶LORSWHSRXUOHPRGqOHGHVRFLpWpPXOWLFXOWXUHOOHHVWO¶XQLTXHSD\VG¶$PpULTXH/DWLQH qui le fait en relation au devoir de réparation. Tous les autres pays optent pour ce modèle GDQVO¶RSWLTXHG¶DIILUPHUXQHGLYHUVLWpFXOWXUHOOH«$XQLYHDXFXOWXUHOOH%UpVLOUHVWHGDQVOH V\QFUpWLVPHG¶DQWDQW laissant une certaine hiérarchie dans les cultures. /DWUDGLWLRQDIULFDLQHGHFRPPHUFHGHUXHVHPEOHJkFKHUODSURGXFWLRQILFWLRQQHOOHG¶LPDJHV touristiques (Augé). Le noir et son commerce informel ou désordonné doit laisser place à une nouvelle conceptioQXUEDQLVWLTXHTXLO¶LJQRUHRXOHGpJXLVH,OQHSHXWH[LVWHUHQWDQWTXHWHO LOGRLWLQWpJUHUOHVFpQDULRG¶XQHYLOOHIDLWHGHUpJLRQVPRUDOHVTXLQHFRPPXQLTXHQWSDVHQWUH elles, comme nous le verrons dans la deuxième partie. 4X¶HQHVW-il de la construction de la classe dangereuse ? /D FODVVH GDQJHUHXVH DSSDUDLW DYHF OH FDSLWDOLVPH HW O¶LQGXVWULDOLVDWLRQ TXL SHUPHW DX[ ouvriers (cols bleus) et aux cadres (cols blancs) de se distinguer du reste du peuple en REWHQDQWXQSRXYRLUG¶DFKDW&¶HVWORUVTXHODVRFLpWpSDVVHG¶XQV\VWqPHPDUTXpSDUOHVWDWXW BFRPPHjO¶pSRTXHGe O¶HVFODYDJHRO¶RQQDLVVDLWSDXYUHRXULFKHOLEUHRXHVFODYHBjXQ système de classes. Passos (2008) fait remarque dans ses analyses que cette classe dangereuse DSSDUDLW G¶DERUG HQ (Xrope, et plus précisément en Angleterre, berceau du capitalisme PRQGLDO$YDQWFHODODSDXYUHWpQ¶DYDLWSDVODPrPHFDUDFWpULVWLTXHGHPHQDFHRXQHWWHPHQW moins. Elle était tenue à distance par une société extrêmement ségrégée dans laquelle la mobilité sRFLDOH Q¶H[LVWDLW TXH SRXU OHV SOXV ULFKHV GDQV OH VHQV DVFHQVLRQQHO /HV WHUPHV GpVLJQDQW OHV SDXYUHV j O¶pSRTXH VRQW GHV H[SUHVVLRQV GpSUpFLDWLYHV HW KXPLOLDQWHV TXL UHQYRLHQWDXPDQTXHGHPR\HQGHQRXUULWXUHG¶LQVWUXFWLRQGHWUDYDLOHWF /¶DSSDULWion de la classe dangereuse à Salvador peut être associée au début de O¶LQGXVWULDOLVDWLRQGDQVOHVDQQpHVHWUHFRXYUH© la pauvreté » citée par Agier, elle prend XQHDOOXUHPHQDoDQWH(OOHV¶LQVFULWGDQVXQVFKpPDGHFRQFXUUHQFHYLV-à-vis du travail et du SRXYRLUG¶DFKDW6¶DMRXWHjFHWWHFRQFXUUHQFHXQHSUR[LPLWpVSDWLDOHFDXVpHSDUO¶H[RGHUXUDO : tout le monde se retrouve en ville, où même si tout le monde ne vit pas aux mêmes endroits, il est possible de VHFURLVHUGDQVO¶espace public. Mobilité sociale, concurrence et proximité VRQW j QRWUH DYLV OHV pOpPHQWV GpFLVLIV SRXU O¶DSSDULWLRQ G¶XQH FODVVH GDQJHUHXVH TXL auparavant ne concernait que les bandits de grands chemins. En ville, nous côtoyons notre ULYDOGDQVO¶HVSDFHSXEOLF&¶HVWDLQVLTXHODQécessité de (re)créer de la distance se fait sentir jWUDYHUVOHFRQWU{OHGHFHTXLVHSDVVHGDQVODUXHHWO¶RUJDQLVDWLRQVSDWLDOHGHODYLOOH 266 Les marchands de rue vont se voir marqué par le premier stigmate du potentiel danger contenu par la ruH /D YLOOH j VRQ WRXU YD V¶RUJDQLVHU HQ © régions morales », sur un mode défensif, analysées dans la deuxième partie de la thèse. 4X¶HQHVW-il également de nos questions préliminaires ? Le marchand de rue est-il noir ? Estil pauvre ? Nous pouvons commencer à apporter quelques éléments de réponses mais ces questions continueront à être traitées au cours de la troisième partie. En relation avec la couleur « noire », nous avons vu que le métissage de la première République a rendu impossible ce type de classification car le métissage est celui qui a recouvert dans une seule catégorie toutes les nuances du « non problème de la couleur » (Azevedo, Pierson), au Brésil. Cependant, ce métissage a incorporé ce que la société de classe aurait dû résoudre : une hiérarchisation de la VRFLpWp &H TXL IDLW TXH SOXV RQ HVW EODQF B PrPH VL OD FRXOHXU Q¶HVW SOXV VHXOHPHQW déterminée par la pigmentation mais par le statut _ plus on est haut placé dans la hiérarchie sociale et donc riche, et plus on est noir, moins on est haut placé et plus on est pauvre. /¶DWWULEXW QRLU HVW SOXW{W DVVRFLp j XQH DWWLWXGH HW j XQH FXOWXUH TX¶j XQ SK\VLTXH 6L OHV phénotypes continuent de fonctionner comme marqueurs sociaux ils ne sont ni excluant ni GpWHUPLQDQW(QUHYDQFKHO¶DWWDFKHPHQWjXQ savoir-faire et à des manières qui ne sont pas FHOOHV GH OD FODVVH GRPLQDQWH HVW H[FOXDQW HW GpSUpFLDWLI HW FDSDEOH G¶HQIHUPHU GDQV OD catégorie « noire » ou « pauvre » quiconque y recourt. Le noir, entendu dans ces termes et non comme une simple couleur ou origine peut caractériser du point de vue etic les marchands de rue, attachés à une tradition et associés à O¶HVSDFHSXEOLFFRQVLGpUpFRPPHHVSDFHGHODUHOpJDWLRQ1RXVYHUURQVSDUODVXLWHFRPPHQW FHV FDUDFWpULVDWLRQV GH O¶DXWUH RQW SX pYROXHU DXMRXUG¶KXL GDQV OD VRFLpWp PXOWLFXOWXUHOOH marquée par des revendications identitaires fortes. IIPour reprendre la citation de Foucault concernant la microphysique du pouvoir, je dirais que celle-FL FRQFHUQH j OD IRLV OHV FRUSV PDWpULHOV HW O¶HVSDFH SK\sique de la ville. Au niveau FRUSRUHOOHSRXYRLUVRXKDLWHV¶H[SULPHUHWPRGHOHUOHFRUSVjSDUWLUGHO¶pGXFDWLRQGXSRUW GH OD WHQXH GHV PDUFKDQGV GH UXH ,O QH V¶DJLW SDV G¶XQH VLPSOH UqJOHPHQWDWLRQ GH OHXU 267 SUDWLTXH PDLV G¶XQH QRUPDOLVDWLRQ GH OHXU FRUps. Au niveau de la ville, les espaces sont conçus en relation avec ceux qui les habitent. Une lecture de ces espaces en fonction de la manière dont ils sont perçus nous livre une physique du pouvoir dans le corps de la ville. En G¶DXWUHV WHUPHV FRPPHQW OD EDWWHULH G¶LQVWLWXWLRQV GX FDSLWDOLVPH PHW-elle HQ °XYUH GHV PpFDQLVPHV GH GpIRUPDWLRQ GH OD FXOWXUH DIULFDLQH SRXU TX¶HOOH QH VH GLVWLQJXH SOXV GH OD culture dominante ou TX¶HOOHSHUGHVHVVSpFLILFLWpV ? Pour répondre à cette question, nous abordons notUH WHUUDLQ XUEDLQ j SDUWLU G¶RXWLOV GH O¶DQWKURSRORJLHXUEDLQHWHOTXHOHGpFRXSDJHHQUpJLRQVPRUDOHVDILQGHUHSUpVHQWHUODYLOOH des points de vue de ceux qui la vivent. Une fois déterminés les espaces moraux de la ville qui ne sont pas toujours les mêmes pour tout le monde, nous appliquons la même analyse au contexte festif qui est notre terrain privilégié dans le cadre de cette recherche. Nous FRQVLGpURQVG¶DERUGOHVIrWHVSRSXODLUHVSXLVOHFDUQDYDODILQGHWURXYHUOHVFDUDFWpULVWLTXHV GH FKDFXQH G¶Hntre elles en relation avec les barraqueiros. Dans cette partie, le profil représenté par Carlos est mis de côté et sont approfondies les conditions de travail de Dona India et sa fille. /DSURSRVLWLRQGHQRXVLQVSLUHUGHO¶DQWKURSRORJLHXUEDLQHRXG¶XQHDnthropologie de la ville dans cette partie repose sur une sensibilité qui nous est propre en relation avec la ville. Ces GHX[ GLVFLSOLQHV SURFKHV O¶XQH GH O¶DXWUH QRXV GRQQHQW GHV RXWLOV TXL QRXV VHPEOHQW intéressants pour aborder la ville. Le gigantisme se fait accessible quand il est mis au niveau GH O¶KXPDLQ TXL D OD IDFXOWp GH VH UHSUpVHQWHU FH TXL O¶HQWRXUH PrPH ORUVTX¶LO QH SHXW OH GRPLQHU /¶DQDO\VH TXL QRXV LQWpUHVVH HVW FHOOH TXL IDLW XQH OHFWXUH GH O¶HVSDFH HQ UpJLRQV morales afin de chercher des réponses aux questionnements induits par les plaintes de Dona ,QGLDHWVDILOOH3RXUTXRLSOXVTXHG¶DXWUHVOHVPDUFKDQGVGHVIrWHVSRSXODLUHVVRXIIULUDLHQW du climat social ambiant ? Nous souhaitons voir si les logiques spatiales de ségrégation, fragmentation, standardisation, exclusion auxquelles se confrontent les barraqueiros SUHQQHQW VHQV j SDUWLU GX GpFRXSDJH HQ UpJLRQV PRUDOHV &HWWH DQDO\VH SHUPHW G¶DERUGHU O¶LQVFULSWLRQVSDWLDOHGHVbarraqueiros en ville et dans les fêtes. Park parle de « O¶H[SpUience fascinante, mais dangereuse, qui consiste à vivre dans plusieurs mondes différents, certes contigus, mais malgré tout bien distincts ». Nous avons ici la notion de dDQJHUDVVRFLpHjODYLOOHHWjO¶expérience spatiale de celle-ci, qui renforce notre réflexion sur la classe dangereuse en lui attribuant un volet spatial. En effet, la « classe » dangereuse peut se faire « région » dangereuse, « monde » dangereux. Ces mondes qui nous sont étrangers mais dans lesquels nous pouvons être amené à nous déplacer favorisent 268 O¶LPDJLQDLUHGXGDQJHU&¶HVWHQFHVHQVTX¶$JLHUSURSRVHXQH© cartographie imaginaire » de la ville pour repérer les différentes zones qui se distinguent les unes des autres au niveau PRUDOPrPHHQO¶DEVHQFHGHSROLWLTXHGHVpJUpJDWLRQ'DQs le cas de Salvador nous avons relevé trois configurations historiques de la ville qui, loin de se remplacer, se juxtaposent : 1/ la configuration verticale opposant la ville basse et la ville haute du temps de la colonie, 2/ la configuration horizontale qui oppose la Baie et le littoral lorsque commence O¶LQGXVWULDOLVDWLRQj6DOYDGRUHWO¶pFODWHPHQWGHVFHQWUHVTXLIRUPHXQH© ville archipels » 0RQJLQ IUDJPHQWpH GDQV ODTXHOOH O¶HVSDFH VH SULYDWLVH HW VH UHSOLH VXU OXL-même dans des constructions de type monades où la notion de pollution exprime un danger latent de contamination par un corps étranger (physique humaine ou urbaine). A partir de cette lecture, nous retirons les caractéristiques des quartiers qui accueillent les fêtes populaires. Ils sont en effet des quartiers abandonnés par le nouveau schéma urbain. Ils V¶LQVFULYHQWGDQVXQXUEDQLVPHTXLUHPRQWHDXPR\HQ-âge et à une configuration verticale qui représente une société de statut avec peu ou pas de mobilité sociale. Les fêtes occupaient aORUVXQVWDWXWSDUWLFXOLHUSXLVTX¶HOOHVpWDLHQWO¶H[WUD-quotidien qui permettait, le temps de la FpOpEUDWLRQ G¶XQ 6DLQW XQH RXYHUWXUH HW XQH PL[LWp VRFLDOH VXU OD SODFH GH O¶pJOLVH (Q revanche dans la configuration actuelle, cette région de la ville est reléguée à la pauvreté et participe à OD IDEULFDWLRQ GH GLVWDQFH VRFLDOH j WUDYHUV GH O¶LGpH GH UpJLRQ GDQJHUHXVH PDUJLQDOH/¶HVSDFHSXEOLFGRQWQRXVDYRQVGpMjPRQWUpOHVPpFDQLVPHVGHPLVHjGLVWDQFH et la région morale toute entière font que les fêtes sont désertées par les populations qui KDELWHQWG¶DXWUHVUpJLRQVPRUDOHVGHODYLOOH&HVFpOpEUDWLRQVGHYLHQQHQWGHVIrWHVVpJUpJpHV de la pauvreté. Les barraqueiros qui trouvent leur essence dans les fêtes populaires puisque leur tradition relève à la fRLVGXFRPPHUFHHWGHODYRFDWLRQG¶XQFXOWHjXQ6DLQWSHUGent tout leur sens quand ils en sortent. Ainsi, la charge négative de la région morale se répercute GLUHFWHPHQW VXU FHWWH SRSXODWLRQ TXL HQ VRXIIUH DX TXRWLGLHQ &HWWH VpJUpJDWLRQ V¶DPSOLILH encore plus lorsque nous regardons les fêtes « lights ªTXLVRQWOHVIrWHVGHO¶DIILUPDWLRQGHOD différence des classes aisées épousant toutes les valeurs des deuxième et troisième configurations urbaines. EOOHVVHUDSSURFKHQWGHO¶HVWKpWLTXHFDUQDYDOHVTXHGDQs laquelle une véritable chasse à la pauvreté est faite par les pouvoirs publics. Le carnaval qui se déroule GDQVXQHVSDFHSXEOLFUpXVVLWjPHWWUHHQSODFHOHVPpFDQLVPHVQpFHVVDLUHVjO¶pYLFWLRQGHOD pauvreté principalement sur les voies qui seront photographiées par les caméras. Dans ce scénario, les barraqueiros sont des êtres anachroniques qui ne font que rappeler le passé peu UHOXLVDQWGHO¶HVFODYDJH1RXVUHWURXYRQV GDQVO¶DUWLFOHGXMRXUQDO$7DUGH la référence à la « Casa grande e senzala » qui semble déplorer plutôt la senzala que la casa grande. Dans le 269 scénario carnavalesque où les règles sont rigides pour réussir la mise en fiction désirée, le YHQGHXUjODJODFLqUHUHoRLWSOXVG¶DWWHQWLRQTXHOHV barraqueiros. En effet, leur mobilité et leur peu de matériel semblent mieux épouser les formes du carnaval. Ils se fondent dans la foule, alors que les barraqueiros RFFXSHQW GH O¶HVSDFH TXL SRXUUDLW rWUH FRPPHUFLDOLVp j G¶DXWUHV ILQV, plus rentables, comme O¶LQVWDOODWLRQ GH JUDGLQV RX GH loges, éléments plus QREOHVTXHFHVpFKRSSHVYHQXHVGHODQXLWGHVWHPSVTXLQHV¶LQWqJUHQWQLjO¶HVWKpWLTXHQL aux valeurs du carnaval axé de Bahia. Résultat, le décor qui leur convient est dégradé (celui des fêtes populaires) tandis que celui du carnaval a pris une direction radicalement opposée. Ils en sont chassés. Les marchands « sans tradition236 » représentés par les marchands à la glacière sont ceux qui EpQpILFLHQWGHSOXVG¶HVSDFHVPDUFKDQGVSHQGDQWOHFDUQDYDOHWjGHVWDULIVSOXVDYDQWDJHX[ Comme si le sort s¶DFKDUQDLWVXUOHVbarraqueiros. Leur filiation à la tradition de commerce de rue des Africains semble être intégrée par les pouvoirs publics qui établissent les règles sur OHPrPHPRGqOHGHSXLVGHVVLqFOHV/DGLIIpUHQFHHVWGDQVO¶DSSOLFDWLRQGHFHVUqJOes qui se fait plus souple dans la région morale qui relève de la configuration ancienne, et plus rigide dans la ville moderne en général. De fait, ces règles restent très dures et restrictives lorsque la fiscalisation se fait plus sévère. Cet acharnement peut être compris à la lumière des régions morales en tant que changement GH YDOHXUV TXL IDLW TXH OHV IrWHV SRSXODLUHV GHYLHQQHQW OH PRLQGUH GHV VRXFLV G¶XQH RUJDQLVDWLRQ IHVWLYH TXL V¶DSSXLH VXU OHV PrPHV SULQFLSHV TXH OH PDUNpWLQJ WRXULVWLTXH mettant en DYDQWODFDUWHSRVWDOHWRXULVWLTXH,OQµH[LVWHSDVGDQVFHVFRQGLWLRQVGHVHQVLELOLWp sociale qui pourrait porter des projets qui bénéficieraient la population noire de Salvador ou le commerce de rue. La standardisation du carnaval en général (et pas seulement du commerce de rue) a tout à voir, de mon point de vue, avec cette idée de carte postale dans ODTXHOOH OHV IRUPHV G¶H[SUHVVLRQ GRLYHQW rWUH FHOOH GHV WHFKQLTXHV PDUFKDQGHV PDUNpWLQJ avant toute chose. Le markéting aime les images simples et parlantes où peu de signes GRLYHQW DSSDUDvWUH 'H SOXV LO IDXW ELHQ OHV FRQWU{OHU DILQ TX¶LOV QH SURGXLVHQW SDV GH significations indésirables. Dans ce contexte de nettoyage et de relégation sur les marges de la pauvreté (standardisée et uniformisée), nous pouvons annoncer les prémices du commerce identitaire orchestré par le markéting urbain de Salvador que nous étudions dans la troisième partie. 236 Terme utilisé par la fille India 270 Au début de la deuxième partie je pose quelques questions que vais reprendre ici : Quels sont OHV PRGHV G¶DGDSWDWLon ou les confrontations engendrées par la binarité barraqueiros/pouvoirs publics "&RPPHQWOHVPDUFKDQGVDXQRPG¶XQHQpFHVVLWpYLWDOHVRQWils capables de transcender la tradition ou la réalité ? Ou comment au contraire sont-ils écrasés par cette dernière ? Pour répondre, au moins partiellement à cette question, nous aimerions revenir sur une attitude de la fille India qui nous a dans un premier temps surpris mais qui, finalement, nous apparait plus comme une solution que comme une contradiction. La fille India, comme nous O¶LQGLTXRQVGDQVODSUHPLqUHSDUWLHGHODWKqVHQRXVIDLVDLWSDUWDXGpEXWGHQRVUHQFRQWUHVHQ 2004-2005 de son désarroi face à la perte de la tradition et pointait deux fauteurs : la mairie à travers ses lois de standardisation et sa fiscalisation et les entreprises de bière à travers leur prise de possession du commerce de rue des fêtes populaires. Lorsque nous avons revu la fille India en décembre dernier (2011), elle nous annonçait sur un ton complice combien elle était en bons termes avec une entreprise de bière qui lui fournissait en plus du congélateur des tables et des FKDLVHVFHTX¶HOOHIRXUQLWjWRXWHVOHVEDUDTXHVHQpFKDQJHGHO¶H[FOXVLYLWpGH vente), une sonorisation qui lui permettait, le soir venu, de transformer sa baraque WUDGLWLRQQHOOH HQ OLHX GH UHQFRQWUH R OHV FRXSOHV SRXYDLHQW VH IRUPHU DX GpWRXU G¶XQH musique brega237. &RPPH QRXV OH GLVLRQV SOXV TX¶XQH WUDKLVRQ YLV-à-vis de sa position quant à la tradition_ TX¶HOOH FRQWLQXH SDU DLOOHXUV G¶DIILUPHU SXLVTX¶HOOH D TXLtté le syndicat pour former une association plus active en termes de revendication identitaire (selon elle) _, le changement est j QRWUH DYLV DYLV OD SUHXYH G¶XQH FDSDFLWp j V¶DGDSWHUHQ IRQFWLRQ G¶XQ FRQWH[WHTXL GHSXLV toujours a ses hauts et ses bas en matière de tolérance. Ainsi, certains commerçants de rue ont acquis une sorte de sagesse qui fait que plutôt que de se buter, ils se réinventent au détour des difficultés rencontrées. Cette faculté particulière éclaire également notre hypothèse quant à la perte de la tradition que peuvent déplorer certaines personnes bercées par une idée de la FXOWXUHTXLQHFRPSUHQGSDVFHVUpLQYHQWLRQVSDUH[HPSOHFHX[TXLGpSORUHQWO¶LQWUXVLRQGH cette musique « brega » qui remplace les rondes de sambas improvisées sur la place de la IrWH 6L QRXV SRXYRQV DXVVL OH GpSORUHU HQ IRQFWLRQ G¶XQH LQFOLQDLVRQ SHUVRQQHOOH SRXU OH samba de roda, nous ne pouvons pas le faire en tant que chercheuse, restant toujours curieuse de voir comment se forment et se défont les assemblages qui donnent lieu à une culture vivante et mouvante. 271 III'DQV OD GHUQLqUH SDUWLH QRXV FKHUFKRQV OHV UHODWLRQV TX¶HQWUHWLHQQHQW OD FXOWXUH DIUR HW OD culture noire. Nous cherchons pour cela les caractéristiques culturelles des marchands de rue à travers une étude de leurs références, de leur équipement de travail et de leur esthétique. Nous repérons que pendant les fêtes populaires la décoration des baraques ou même des JODFLqUHV HVW SUpVHQWH PrPH VL HOOH Q¶HVW SDV JpQpUDOLVpH 'H OD SDUW GHV barraqueiros, les références visuelles (autres que les affiches de bières) sont toutes dirigées vers le syncrétisme UHOLJLHX[ j WUDYHUV OH FXOWH G¶XQ 6DLQW GX FDQGRPEOp /H FDGUH GHV IrWHV SRSXODLUHV HVW également baigné par le syncrétisme religieux ce que nous voyons à partir de la fête de Santa Barbara. Pendant le carnaval, les références changent. Les marchands sont plus nombreux, plus GLYHUVLILpVSOXVFRQWU{OpVHWOHXUHVWKpWLTXHV¶HQWLHQWDX[DIILFKHVIRXUQLHVSDUOHVVSRQVRUV Les baraques sont en nombre décroiVVDQW HW V¶LQWqJUHQW PDO j FH W\SH GH FRQWH[WH /HV marchands à glacière ou au « carrinho » sont ceux qui bénéficient du plus de lots disponibles. ,OVVHPEOHQWPLHX[V¶DGDSWHUDX[PHVXUHVGHVWDQGDUGLVDWLRQG¶XQLIRUPLVDWLRQDLQVLTXHGH ségrégation spatiale dans les rues adjacentes. Les comptoirs sont dans une situation GRXEOHPHQWLQIRUPHOOHSXLVTX¶LOVGpSHQGHQWGHVQpJRFLDWLRQVDYHFOHVSDWURQVGHVERXWLTXHV HW VRQW j FH WLWUH GRXEOHPHQW IUDJLOLVpV HW PHQDFpV &HSHQGDQW OHXU QRPEUH Q¶HVW SDV décroissant HWOHVFDQGLGDWVUHVWHQWQRPEUHX[PDOJUpOHULVTXHGHO¶RSpUDWLRQpFRQRPLTXH$ partir de ces expériences diverses, nous mettons en évidence quatre figures de travailleurs de rue en temps de fête : le pauvre déraciné (Dona India), le pauvre capitalisé (Carlos), le pauvre dangereux et le pauvre ethnique. La pauvre déracinée incarnée par Dona India dramatise son histoire et réinvente la WUDGLWLRQ HQ IRQFWLRQ GHV REVWDFOHV TX¶HOOH UHQFRQWUH 1RXV HQ YHQRQV j QRXV GLUH TXH OD décoration de sa baraque a pu être également une stratégie face aux préjugés liés à la pauvreté jXQHpSRTXHROHV\QFUpWLVPHUHOLJLHX[IRQFWLRQQDLWDYHFOHVSRXYRLUVSXEOLFV$XMRXUG¶KXL FHWWH UpSRQVH Q¶HVW SOXV HQ DGpTXDWLRQ DYHF OH FRQWH[WH IHVWLI HW WRXULVWLTXH 'H FH IDLW OD décoration des baraques ne serait pas un trait culturel dans le sens figé du terme mais serait par la force des choses devenue un élément de leur culture. De même que le syncrétisme qui DpWpDGRSWpGDQVXQHWHQWDWLYHG¶REWHQLUXQSHXGHO¶LQGXOJHQFHGHODUHOLJLon catholique et du monde dominant a pu être une stratégie valable pendant un long temps et qui sera peut être 237 Musique sentimentale des bals populaires dans les quartiers périphériques et les villes de province. 272 amenée à évoluer en fonction du système de droit qui est associé aux revendications ethnico globales de la société multiculturelle. De fait, rien Q¶HVW DEVROXPHQW ILJp FKH] FHV barraqueiros, dont le discours évolue. /DILJXUHGXSDXYUHFDSLWDOLVpHVWLQFDUQpHSDU&DUORV%LHQTX¶LOQHVRLWSDVYDORULVDQW YX GX GHKRUV LO V¶DJLW G¶RFFXSHU OH EDV GH OD KLpUDUFKLH FH VWDWXW YDORULVH GX GHGDQV HQ octUR\DQWGHVFUpGLWVHWXQHYLVLELOLWp$SDUWLUGXPRPHQWROHSDXYUHV¶DVVXPHHQWDQWTXH tel, il peut faire carrière dans ce type de modèle de vie du pauvre honnête et intégré dans la VRFLpWpGHPDUFKpjVRQpFKHOOH/¶RUJDQLVDWLRQOHUDQJHPHQWHWOHFlassement de la pauvreté VHIDLWDXQLYHDXORFDOPDLVHQVXLYDQWGHVQRUPHVJOREDOHVGHWD[HVGHQRUPHVG¶K\JLqQH G¶pTXLSHPHQWVVWDQGDUGLVpVGHVLJQHVGLVWLQFWLIVWHOVTXHOHEDGJHRXOHJLOHWHWOHVVWDJHVGH SURIHVVLRQQDOLVDWLRQ&¶HVWHQFHODTXHOH UHJLVWUHPRUDOOHFRQFHUQDQWGHYLHQWSRVLWLIHWTX¶LO quitte les caractéristiques de marginalisation du commerce informel. /H SDXYUH GDQJHUHX[ HVW O¶DQWLWKqVH GH &DUORV LO Q¶HVW QL pTXLSp GH PDWpULHO standardisé ni prêt à participer à la société de marché. Résultat, il représente une menace et de FHIDLWLOHVWFKDUJpQpJDWLYHPHQWPRUDOHPHQW&¶HVWHQUpSRQVHjFHJHQUHG¶LQIRUPDOLWpTXH les pouvoirs publics parlent de « défavélisation ª HW TX¶LOV DGRSWHQW GHV PHVXUHV GH marginalisation spatiale. Le pauvre ethnique participe de la carte postale de Bahia au même titre que la Baiana, TXL HOOH D GpMj VD SUDWLTXH UpSHUWRULpH DX SDWULPRLQH LPPDWpULHO GH O¶KXPDQLWp $X QLYHDX épistémologique nous repérons à travers la terminologie relative au commerce de rue une VLPLOLWXGH RX XQ UHWRXU GHV WHUPHV G¶LQGLJqQH RX G¶$IULFDLQ DYHF FHWWH GpVLJQDWLRQ GH O¶HWKQLTXHHWFHODQRXVDPqQHjQRXVTXHVWLRQQHUVXUODILOLDWLRQGXFRPPHUFHLQIRUPHODYHF FH FRPPHUFH HWKQLTXH /¶LQIRUPHO VHUDLW WRXW FH TXL Q¶HVW SDV GX PRQGH RX GX pays des GRPLQDQWVHWFDUDFWpULVHUDLWFRPPHO¶HWKQLTXHWRXWFHTXLYLHQWGHVDQFLHQQHVFRORQLHV(Q bref, nous retombons sur une logique duale qui divise le monde en fonction de ceux qui dominent et de ceux qui sont dominés. Cette conception est induite par le terme de commerce informel. &H UHFRXUV j O¶HWKQLFLWp SRXU SDUOHU GH FHX[ TXH O¶RQ GRPLQH QRXV LQYLWH j YLVLWHU OHV catégories raciales, ethniques, passées ou présentes. Pour ce faire, nous reprenons nos analyses de la première partie autour des ères morales et systématisons les catégories en YLJXHXU SRXU FKDTXH pSRTXH 1RXV \ DMRXWRQV OHV FDWpJRULHV JOREDOHV G¶DIUR-descendant et G¶DXWRFKWRQHV1RXVUHJDUGRQVpJDOHPHQWODULWXDOLVDWLRQTXLV¶HVWRSpUpSHQGDQWOHFDUQDYDO 273 des races et ethnies. Enfin nous concluons sur les derniers nés de la Bahiatursa, les circuits touristiques ethniques. $ SDUWLU G¶XQH OHFWXUH WUDQVYHUVDOH GH O¶KLVWRLUH GHV FDWpJRULHV UDFLDOHV DX %UpVLO QRXV remarquons une continuité entre la catégorie des « inutiles » (première époque) et celle de « la pauvreté ª GHX[LqPH pSRTXH 'DQV OD WURLVLqPH pSRTXH FHV FDWpJRULHV V¶DVVLPLOHQW j ceux qui ne se formalisent pas identitairement et que nous avons appelés « les exclus du pacte de réparation ». Cela peut être le cas des barraqueiros par exemple qui restent dans le schéma syncrétique, hors de toute revendication positive. Au fil du temps, des groupes sociaux ont pu LQWpJUHUOHVFDWpJRULHVGHVGRPLQDQWVOHVPpWLVVHVSDUH[HPSOH$XMRXUG¶KXLFHWWHDVFHQVLRQ concerne les représentants des minorités ethniques qui, à travers leur rôle de représentant, fréquentent toutes les sphères du pouvoir notamment des grandes réunions globales et se font XQHSODFHDXF°XUGHODVRFLpWpGHVGRPLQDQWV238&HVJURXSHVYLHQQHQWV¶LQVFULUHHQFRQWUH point GH O¶H[HPSOH GHV barraqueiros TXL HX[ JDUGHQW O¶LQIRUPDOLWp FRPPH XQ VWLJPDWH G¶LQIpULRULWp GRQW LOV QH VDYHQW VH GpIDLUH 6¶LOV Q¶REWLHQQHQW SDV GH GURLWV VSpFLILTXHV LOV GpSHQGHQW HQ UHYDQFKH GH GHYRLUV FRPPH FHX[ GH UHVSHFWHU OHV IRUPHV GH O¶LQIRUPHO contrôlées par les dominants. 'DQVOHVDQQpHVHQUpDFWLRQjO¶LPDJHGXQRLUHQWDQWTXHJURXSHLQIpULHXUGHVJURXSHV carnavalesques proposent une version critique du monde noir idéalisé par une esthétique et une histoire héroïque. Cette Afrique réinventée des groupes afro qui puise à la fois dans des réalités locales et dans des références globales sert de matière à la grosse industrie musicale qui voit le jour dans le années 1980 autour du carnaval de Bahia et de ses blocs de barons de la Axé Music. Ces blocs afro sont ceux qui vont également servir aux pouvoirs publics pour FRPSOpWHUO¶LPDJHSXEOLTXHGH%DKLDRXVRQLPDJHGHPDUTXH /¶HWKQLFLWpSUpVHQWHGDQVOHFDUQDYDOIRQFWLRQQHFRPPHXQVFpQDULRFDUQRXVDYRQVYXTXH O¶HWKQLFLWpUpHOOHDWRXMRXrs été brouillée par les pouvoirs publics (Reis, Tall, Caponne) pour éviter les coalisions. Dans le candomblé, les références sont restées ethniques car les chercheurs en sciences sociale, dans un souci de répertorier, ont nourri ces classifications. Mais DX QLYHDX SROLWLTXH RX PrPH FRQVWLWXWLRQQHOO¶HWKQLFLWpD ORQJWHPSVpWp QLpH grâce à O¶DPDOJDPH SHUPLV SDU OHV FRQVLGpUDWLRQV UDFLDOHV SRUWpHV SDU GHV YRFDEOHV GH FRXOHXU OH Noir, le Blanc) ou la référence à une origine africaine unitaire (afro-descendance). 274 Les quatre dimensions de la mondialisation fonctionnent en réseau de contrôle absolu, articulant la mondialisation 1/ des marchés, 2/ des signes, 3/ idéelle et 4/ du politique. A ces logiques implacables globales, nous devons toutefois ajouter la dimension locale qui ne V¶DIIDLEOLWSDVHWFRQVWUXLWOH© glocal ªXQORFDOTXLV¶LPSUqJQHGHVORJLTXHVPRQGLDOHV /HVH[HPSOHVGH1LFHHWGH6DOYDGRUVRQWSULVGDQVO¶RSWLTXHG¶pWXGLHUO¶LQVWUXPHQWDOLVDWLRQ opérée par les pouvoirs publics dans des stratégies de développement touristique. Dans le cas GH6DOYDGRUOHVFULWLTXHVVRQWWUqVPDOYXHVHWWD[pHVG¶DQWLSDWULRWLque. À Nice, en revanche, les jeux contestataires fonctionnent à deux niveaux : le niveau local dans une dynamique de repli sur soi conservateur et le niveau mondialisé « think globaly, act localy » des groupes de MHXQHV TXL XVHQW OD JOREDOLVDWLRQ SRXU UHQIRUFHU OH ORFDOLVPH $X QLYHDX GH O¶LPDJHULH institutionnelle, des produits sont crées à travers de lieux (le Pelourinho), de fêtes (carnaval RXIrWHVOLJKWHWGHFLUFXLWVWRXULVWLTXHVHWKQLTXHV&¶HVWjWUDYHUVODIRUPHTXHO¶RQDWWHLQW des références globales prêtes à être servies et vendues aux touristes. Un scénario fictionnel, EDVp VXU O¶DXWKHQWLFLWp HIIDFH OD PLVqUH HW RIIUH GHV SURGXLts de vente. À Salvador, le VSHFWDFOHGHYLHQWHWKQLTXHHWVHGpYHORSSHDXWRXUGHO¶LPDJHGXSHXSOHQRLUVRXULDQWIHVWLIHW SDUHVVHX[&HVFpQDULRUHSRVHVXUO¶LGpHSDUWDJpHGHODERQQHHQWHQWHGHVUDFHVIRQGDWULFHV GX%UpVLOHWGHO¶RUJXHLOG¶rWUHEDKLDnais. Il crée les conditions propices pour valoriser tout ce qui se vend comme produit culturel. Ainsi, donnant suite à ce scénario fictionnel, les industries et le développement en général restent au Sud du pays. Toutes propositions en dehors de ce scénario sont assimilées à des actes antipatriotiques. Les contestations sont donc rapidement étouffées ou récupérés par la machine à créer un produit identitaire bahianais « formel », authentique. « /¶DXWKHQWLFLWp » produite par les dépliants touristiques et le markéting urbain en général est-HOOH O¶pOpPHQW TXL YLHQW VH VXEVWLWXHU DX V\QFUpWLVPH G¶DQWDQ ? Ou plutôt, est-ce que le V\QFUpWLVPH pWDLW O¶LQVWUXPHQW GH OD « démocratie raciale » HW O¶DXWKHQWLFLWp HVW FHOXL GH OD globalisation ? Ce qui reviendrait à dire que les populations pauvres de Salvador ne sont pas en adéquation avec les directrices encore récentes de la globalisation et restent dans le VFKpPDGHO¶DVVLPLODWLRQFXOWXUHOOHFRPPHGDQVO¶H[HPSOHGHVERQQHVGH9LGDO"$SDUWLUGH là, nous rappelons comme le fait Hall (2007) à propos de la transition de deux modèles politico-pFRQRPLTXH HQ $QJOHWHUUH TX¶XQ PRGqOH QH VH VXEVWLWXH MDPDLV FRPSOqWHPHQW j O¶DXWUHPDLVTX¶LOs se superposent un temps puis gardent GHVVXUYLYDQFHVGHO¶DXWUH3HXW-être 238 1RXV SRXUULRQV DMRXWHU LFL TX¶LOV VRQW VRXYHQW OHV SUHPLHUVFRQFHUQpV SDUOH V\VWqme de 275 manque-t-il une révolution culturelle au Brésil, qui passe par sa démocratisation culturelle SRXUTXHOHVSDXYUHVDGRSWHQWO¶KDELWJOREDOFRPPHFHODVHSDVVHXQSHXSDUWRXWHWSRXUTXH le patriotisme laisse place à la création alternative "4XRLTX¶LOHQVRLWla mise en scène et en VSHFWDFOHGHODUDFHDYHFDFFHSWDWLRQHWKQLTXHRXQRQFRQWLQXHjrWUHDXF°XUGHODVRFLpWp brésilienne. 6LYR\DJHUF¶HVWDFFHSWHUXQVFpQDULRILFWLRQQHOQRXVSRXYRQVUHPDUTXHUDYHF$XJpTXHOD terre a déjà été complètement quadrillées par les agences de tourisme et que maintenant elles V¶DWWDTXHQWjODYDULpWpGHVJHQUHV&¶HVWDLQVLTXHOHWRXULVPHHWKQLTXHDSSDUDLWVDQVGRXWH pour répondre à des envies ou des besoins des populations des pays qui produisent les touristes pour leVHQYR\HU YRLUGHVSD\V SURGXLVDQWGHODFXOWXUHGHO¶HWKQLHHWELHQVUGH O¶H[RWLVPH239. Ces innovations correspondent à des ouvertures de marchés dans lesquels la YLDELOLWpDpWppWXGLpH&¶HVWOHFDVSRXUOHSXEOLFG¶DIURDPpULFDLQVTXLHVWIULDQWGHWourisme de racine ainsi que des classes moyennes et aisées des pays du premier monde qui sont en quête de retour aux sources qui peut VHPDWpULDOLVHUGDQVO¶XQHRXO¶DXWUHGHVSURSRVLWLRQV ethniques : afro ou autochtones. Pour ce qui est des contenus des circuits, il semble que la UpIpUHQFHjODILFWLRQHVWFHOOHTXLO¶HPSRUWH ! Les circuits urbano-ethnique de Salvador nous SURSRVHQWXQHSORQJpHFKH]OHVFRPPXQDXWpV%DQWRXVRX<RUXEDHWQHV¶LPSRUWHQWSDVG¶rWUH WRWDOHPHQWILFWLRQQHOVSXLVTXHO¶HWKQLHDGHpuis longtemps été effacée de la réalité des Noirs HW PpWLVVHV GH 6DOYDGRU (OOH V¶HQ HVW DOOpH DYHF OHV GHUQLHUV DIULFDLQV TXH 1LQD 5RGULJXHV GpFULYDLHQW/HVFLUFXLWVQHVRQWSURMHWpVTX¶HQIRQFWLRQGXFKLIIUHG¶DIIDLUHHWGHODSRVVLELOLWp de transformer la culture en produit marchand. 3RXUDOOHUXQSHXSOXVORLQ« &HWWHWKqVHDVRXOHYpGHQRPEUHXVHVTXHVWLRQVHWjUpSRQGXjTXHOTXHVXQHVG¶HQWUHVHOOHV« Nous aimerions terminer par quelques considérations plus générales pour inscrire cette thèse dans notre expérience personnelle et donc, sur un mode un peu plus léger, ouvrir quelques SRUWHVGHUpVRQDQFHHWGHFULWLTXHV« /H FKHUFKHXU RX O¶DUWLVWH SURGXLVHQW GH OD PDWLqUH TXL SHXW rWUH LQWpJUpH DX VFpQDULR WRXULVWLTXH&¶HVWOHFDVSDUH[HPSOHGHV© villages africains » de Pierson qui se retrouvent dans un circuit « etnico afro » ou des catégories ethniques de Nina Rodrigues (ou Bastide). discrimination positive dans les universités où ils deviennent des spécialistes. 239 Ce principe se retrouve cependant également au niveau local avec la mise en tourisme des régions (en France par exemple). 276 La production scientifique est potentiellement transformable en produit. De même, la production culturelle des noirs pHQGDQW OH FDUQDYDO V¶HVW UHWURXYpH DX F°XU GX PDUNpWLQJ touristique festif. 1¶HVW GRQF SDV VXEYHUVLI RX FRQWHVWDWDLUH TXL YHXW 0DLV TXL SHXW« /H SRXYRLU GH FRQWHVWDWLRQHVW pJDOHPHQW OLp j OD FKDUJH PRUDOH TXH O¶RQWUDQVSRUWH$LQVL XQ noir, mal coiffé, D EHDXFRXS SOXV GH FKDQFH G¶rWUH SRLQWp GX GRLJW FRPPH VXEYHUVLI RX antipatriotique que moi, jeune chercheuse blanche, française, même si le contenu de ce que M¶H[SRVHHVWODUJHPHQWSOXVFULWLTXHTXHFHOXLG¶XQFKDQWHXUGHUHJJDHSDUH[HPSOH« Nous sommes tous acteur ou spectateur dans un scénario monté au niveau international par la mondialisation idéelle, protégé par les médias. La planète (et nos vies) sont intégrées de ce point de vue à un schéma global transformant tout en un gigantesque Disneyland où les productions matérielles ou immatérielles peuvent devenir produit de consommation. Dans ce VFpQDULROHQRLUSDXYUHGRLWJDUGHUVRQU{OHG¶DFWHXUDJUpDEOHHWMR\HX[DXULVTXHGHGHYHQLU GpSODLVDQWYRLUHGDQJHUHX[0DLVFHODQ¶HVWSDVWRXWOHbarraqueiro, ou tout autre prétendant DX VXFFqV GRLW G¶DERUG DSSDUWHQLU j XQ VHFWHXU pFRQRPLTXHPHQW YDORULVp H[HPSOH GX carnaval), sinon, il reste sur les marges. Tel un produit déclassé, il quitte les rayons de la boutique pour rejoindre les arrières boutiques. ,OHVWHQWURS«-XVTX¶DXMRXURSHXWrWUHXQH QRXYHOOHPRGHOHUHPHWWUDHQUD\RQSXLVTX¶LOHVWGHPDQGHXU«4XLVDLWVLOHVIrWHVSRSXODLUHV ne vont pas connaitre une gentryfication avec renouveau du public permettant une patrimonialisation des marchands des fêtes populaires et de leurs baraques ? Mais attention, ceux qui ne se prêtent pas aux jeux (exemple des conflits de terre avec les indiens) tombent dans une réalité cruelle loin des droits, des acquis sociaux et de la &RQVWLWXWLRQPXOWLFXOWXUHOOH«'DQV XQHUpDOLWpRO¶(WDWHVWDYLGHGHFURLVVDQFHHWSULVRQQLHU des méga entreprises, il commande encore les vies des minorités « ethniques » comme au WHPSVGHODFRORQLHDYHFGURLWGHYLHRXGHPRUWVXUFHX[TXLQHV¶LQWqJUHQWSDVDXV\VWqPH Les frontières sont donc très minces entre droit et non droit pour les populations qui restent GRPLQpHVYRLUHLQVWUXPHQWDOLVpHVSROLWLTXHPHQWHWpFRQRPLTXHPHQW1RXVSHQVRQVTX¶XQH multiplication des études de cas serait bénéfique pour dénoncer les mécanismes de répression contre les populations les plus fragiles socialement et économiquement. Cela pourrait constituer une suite à cette étude sur les marchands de rue de Salvador de Bahia. 277 BI BLI OGRAPHI E 278 AGIER, Michel, 2009 (VTXLVVHVG¶XQHDQWKURSRORJLHGHODYLOOH Lieux, situations, mouvements. 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Ces plats font partis des plats traditionnellement offerts aux orixas (divinités afrobrésiliennes). Aldeia 5HJURXSHPHQWHQYLOODJHGHVLQGLHQVRSpUpjO¶RULJLQHSDUOHVMpVXLWHV Avenida : Ancienne cour intérieure des maisons bourgeoises, transformée en allée sinueuse généralement sans issue dans laquelle se juxtaposent des maisons en auto-construction dans les quartiers anciens de Salvador. Baiana de acarajé : Les baianas de acarajé sont des vendeuses de rue de beignets de haricots, elles représentent par leur habit et la tradition culinaire, la baiana, soit la femme noire dans la tradition du candomblé. Barraqueiro : Les barraqueiros sont des forains travaillant à la vente de boissons et aliments pendant le cycle de fêtes populaires, qui commence le 2 décembre et se conclut avec le carnaval. Batuque : Groupe de percussions animé traditionnellement par la population noire. Apparait très tôt dans le carnaval comme forme festive de rue. Cette formation musicale se retrouve comme base des blocs afro. Bonfim : La fête de Nosso Senhor do Bonfim se déroule aux abords du pèlerinage religieux TXL PqQH GX FHQWUH KLVWRULTXH MXVTX¶j O¶pJOLVH TXL SRUWH OH PrPH QRP R XQ FRUWqJH GH baianas ODYH OHV PDUFKHV GX SDUYLV GH O¶pJOLVH. Cette tradition vient du fait que les prêtres FDWKROLTXHV Q¶DXWRULVHQW SDV O¶DFFqV GH O¶pJOLVH DX[ DGHSWHV GX FDQGRPEOp PrPH VRXV couvert de syncrétisme religieux. Le pèlerinage doit donc V¶DUUrWHU GHYDQW O¶pJOLVH &HWWH longue marche donne lieu à une fête populaire avec mini trios électriques et boissons alcoolisées. 291 Bonfim light : Bonfim light est une fête privée organisée dans le riche complexe de la marine de Salvador aux abords du départ du pèlerinage de Nosso Senhor do Bonfim, offrant sécurité et hygiène à un public qui aime le prétexte de Bonfim pour faire la fête mais qui ne supporte pas de côtoyer la jeunesse de la périphérie de Salvador et les dangers que peuvent présenter une fête de rue. Camarotes : Les camarotes sont des gradins installés le long des circuits carnavalesques qui offrent des services de réfections et boissons, des toilettes, des espaces VIP, et des attractions supplémentaires à celles proposées par la programmation officielle. Caruru : Plat africain à base de gombos et crevettes séchées utilisé dans le candomblé pour faire des offrandes à certains Orixas. Les chiffonniers : les chiffonniers sont souvent des enfants ou des personnes âgées qui ramassent les canettes de bière et de sodas qui jonchent la voie publique pendant les fêtes dans le but de les revendre à des entreprises de recyclage. Cordeiro : Les cordeiros sont les personnes qui tiennent et retiennent la corde qui sert à GpOLPLWHUO¶HVSDFHSULYpGXEORFFDUQDYDOHVTXHUpXQLWDXWRXUGXWULRpOHFWULTXHTXLGpILOHGans O¶HVSDFHSXEOLFGHODIrWH Cortiços : Entassement de maisons simples dans les arrière-cours des anciennes maisons bourgeoises, comme dans le cas du Pelourinho, le centre historique de Salvador. Fazenda : propriété agricole qui contient la maison des maîtres (casa grande), la maison des esclaves (senzala) et les terres cultivées. Foliões : Les foliões sont les participants à la folie du carnaval défilant avec un groupe carnavalesque. Frevo : MXVLTXH RULJLQDLUH GH 5HFLIH FRQVWLWXpH G¶Lnstrument à vent et percussions, type fanfare. Une danse y est associée, où une marche est stylisée et sautée. 292 La paralela &¶HVWODYRLHUDSLGH UHOLDQW,JXDWHPLjO¶DpURSRUWVoit le moyen le plus rapide G¶DFFpGHUDX[TXDUWLHUVFHQWUDX[HWGHODEDLH&HWWHYRLHHVWSDUDOOqOHjOD2UODODURXWHTXL suit le bord de mer. Liberdade : Quartier populaire de Salvador situé dans la périphérie immédiate du centre ville qui abrite le Ilê Aiyê, un des groupes culturels fondateur de la culture afro à Salvador. Mata Atlantica : 7\SH GH YpJpWDWLRQ W\SLTXH GX OLWWRUDO EDKLDQDLV FRQVWLWXp G¶DUEUes aux dimensions exubérantes de type équatorial. Museu do ritmo : Le museu do ritmo DSSDUWLHQW jO¶DUWLVWH EDKLDQDLV &DUOLnhos Brown, à la IRLVPXVpHHWVDOOHjFLHORXYHUWGHFRQFHUWFHWHVSDFHV¶HVWpWDEOLGDQVO¶DQWLTXHEkWLVVHGX PDUFKpGHO¶RUGXTuartier du Comercio à Salvador. Nordeste 5pJLRQGX %UpVLOTXLEULOODLWSHQGDQWODFRORQLHPDLVTXLHVWFRQQXHDXMRXUG¶KXL pour son retard économique. Elle englobe les Etats de Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraiba, Rio Grande do Norte, Cearà, Piaui, Maranhão. Orixas : Divinités du culte afro-brésilien du candomblé Pipoca /D PDVVH TXL YLHQW DX FDUQDYDO VDQV V¶LQVFULUH GDQV XQ EORF FDUQDYDOHVTXH TXL QDYLJXHGHUULqUHHWDXWRXUGHVWULRVpOHFWULTXHVV¶DSSHOOH© popcorn » car elle danse ou saute comme les grains de maïs dans la casserole. &¶HVWO¶RSWLRQSRXUIDLUHODIrWHJUDWXLWHPHQWHW librement. Quilombolas : Les Quilombolas sont les esclaves marrons, qui ont monté des communautés G¶HVFODYHV IXJLWLIV 4XLORPER GX WHPSV GH O¶HVFODYDJH HW TXL IRQW DXMRXUG¶KXL O¶REMHW G¶DWWULEXWLRQGHWHUUHVSDUOHJRXYHUQHPHQWEUpVLOLHQVXUOHPrPHPRGqOHGHVFRPPXQDXWpV indiennes. Recôncavo : Région qui entoure la Baia de Todos os Santos. Elle fut la première région exploitée au niveau agricole avec, pendant la colonie, la culture intensive et unique de la canne à sucre. Entre les villes qui se trouvent dans cette région : Cachoeira, São Felix, Santo Amaro, São Francisco do Conde, etc. 293 Sobrados : Maisons de maître en ville Senzala : Maisons des esclaves dans les fazendas Senzala do Barro Preto : Ancien terrain de répétition du Ilê Aiyê, la Senzala do Barro Preto HVWDXMRXUG¶KXLXQHVDOOHGHFRQFHUWs HWVSHFWDFOHVSHUFKpHHQKDXWG¶HVFDOLHUVGDQVOHTXDUWLHU de Curuzu à Liberdade. Trios électriques : Les trios électriques sont des camions qui sont équipés en sonorisation, qui transportent sur leur partie supérieure un groupe de musique. Les trios avancent et les foliões O¶DFFRPSDJQHQWDXU\WKPHGXJURXSHTXLHVWHQWUDLQGHMRXHU 294 TABLE DES I LLUSTRATI ONS 295 Quartier du Pau Miudo/ Lourau (2010) ««««««««««««««««««p. 122 Vue aérienne de la Orla / Gordilho (1993) ««««««««««««««««p. 123 Senzala do Barro Preto / Lourau (2010) ..................................................................... p. 125 Quartier de Cabula / Gordilho (1997) .......................................................................... p.126 Pelourinho / FUNCEB (1995) ...................................................................................... p.127 Les vallées / Andrade e Brandão (2009) ..................................................................... p.128 Baraque traditionnelle / Lourau (2012) ......................................................................... p.183 %DUDTXHG¶XQH fille India / Lourau (2012) .................................................................... p.183 Baraque de Nini / Lourau (2011) .................................................................................. p.183 Baraque de Nini / Lourau (2010) ................................................................................... p.183 *ODFLqUHIrWHSRSXODLUH/RXUDX«««««««««««««««««S 9HQGHXUjODJODFLqUHIrWHSRSXODLUH/RXUDX«««««.«««««««S ComSWRLUV/RXUDX«««««««««««««««««««««««S *ODFLqUHHWWHQWHFDUQDYDO%DWDWLQKD/RXUDX«««««««««««S *ODFLqUHFDUQDYDO2VPDU/RXUDX««««««««««««««««S Ambulants, carnaval (Ondina)/ diversão.terra.cRPEU«p.189 %DUDTXHVWUDGLWLRQQHOOHV3ODFH&DVWUR$OYHV/RXUDX«««««««««S %DUDTXHVWUDGLWLRQQHOOHV7HUUHLURGH-HVXV/RXUDX««««««««««p.191 Statue de Santa Barbara / Lourau (2011) ...................................................................... p.192 Statue de São Benedito / Lourau (2011) ........................................................................ p.193 Fidèles de Santa Barbara (offrande) / Lourau (20««««««««««««... p.193 )LGqOHVGH6DQWD%DUEDUDPHVVH/RXUDX«««.««««««««««S 9HQGHXUGHERQGLHXVHULH/RXUDX«««««««««««««««««S 3qUHVHWPqUHVGH6DLQWVIrWHGH&RQFHLomRGDSUDLD/RXUDX««««...« p.196 %DUDTXHHWVDLQWVSURWHFWHXUV/RXUDX«««««««««««««««S $XWHOGH&RVPHHW'DPLDQ«««««««.««««««««««««««« p.197 %ORFG¶,QGLHQFDUQDYDO6(785«««««««««««««««««S0 Bloc du Ilê Aiyê, cernaal / mundoafro.atarGHXROFRPEU««««««««S %ORF$[pIDFHERRNFDUQDYDO«««««««««««««««««««S 296 ANNEXES 297 Annexe I.1 Baraques des fêtes populaires / Photos Adenor Gonfim Baraque Sultan da Matta 298 Baraque Messia 299 Baraque Tupinamba Baraque Santa Cruz 300 Annexe II.1 Urbanisme moderne et unifié de la Orla ± Salvador Bahia Tours modernes de la Orla, Salvador, 2010 301 Annexe II.2 La Baie, quartiers en auto-construction Quartier du Pau Miudo, 2010 302