école des hautes études en sciences sociales, études comparées

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école des hautes études en sciences sociales, études comparées
ESCOLA DE ALTOS ESTUDOS EM CI ÊNCI AS SOCI AI S,
ESTUDOS COM PARATI VOS SOBRE O DESENVOLVI M ENTO
UNI VERSI DADE FEDERAL DA BAHI A,
FACULDADE DE FI LOSOFI A E CI ÊNCI AS HUM ANAS,
DEPARTAM ENTO DE CI ÊNCI AS SOCI AI S
Doutorado
em antropologia social e etnologia pela Escola de altos estudos em ciências sociais
e
em ciências sociais pela Universidade federal da Bahia.
Julie Sarah LOURAU ALVES DA SI LVA
Festas, identidades e turismo em Salvador da Bahia
Os « pobres » do comercio de rua QR³PHJDHYHQWR´ carnaval : população
negra e informalidade
Tese dirigida por :
M ichel AGI ER e M aria Rosario GONÇALVES DE CARVALHO
defendida na Escola de altos estudos em ciências sociais em 29 de janeiro de 2013
M embros du júri :
Dominique Vidal / Université Paris Diderot ± Paris 7
Heitor Frügoli / Université de São Paulo (USP)
1 ÉCOLE DES HAUTES ÉTUDES EN SCI ENCES SOCI ALES,
ÉTUDES COM PARÉES SUR LE DÉVELOPPEM ENT
UNI VERSI TÉ FÉDÉRALE DE BAHI A,
FACULTÉ DE PHI LOSOPHI E ET SCI ENCES HUM AI NES,
DÉPARTEM ENT DE SCI ENCES SOCI ALES
Doctorat en
Anthropologie sociale et ethnologie,
GHO¶École des hautes études en sciences sociales
et
Sciences Sociales,
GHO¶8QLYHUVLWp)pGpUDOHGH%DKLD
Julie Sarah LOURAU ALVES DA SI LVA
Fêtes, identités et tourisme à Salvador de Bahia
Les « pauvres » du commerce de rue dans la « fête monde » carnaval :
population noire et informalité
Thèse dirigée par :
M ichel AGI ER et M aria Rosario GONÇALVES DE CARVALHO
VRXWHQXHjO¶eFROHGHV+DXWHV(WXGHVHQ6FLHQFHV6RFLDOHVle 29 janvier 2013
M embres du jury :
Dominique Vidal / Université Paris Diderot ± Paris 7
Heitor Frügoli / Université de São Paulo (USP)
2 Resumo (em português)
Esta tese tem como ponto de partida uma etnografia dos vendedores de rua durante as festas
populares e o carnaval de Salvador da Bahia, Brasil. A questão central defendida concerne
ao lugar atribuído à cultura negra na sociedade brasileira, particularmente quando ela é o
produto de atores negros e pobres, como é o caso dos trabalhadores de rua.
Com esse fim, duas tradições de pesquisa do campo brasileiro são simultaneamente
acionadas: uma procedente dos estudos sociológicos iniciados, nos anos 1930, por Roger
Bastide, na qual a cultura baiana é vista e entendida como cultura sincrética, que deu lugar a
uma visão da sociedade brasileira cujas três raças fundadoras (o Europeu, o Indígena e o
$IULFDQR FRQYLYHP HP ³KDUPRQLD FRUGLDO´ $ RXWUD p PDLV UHFHQWH H HVWi OLJDGD j
antropologia urbana (Hannerz) ou a uma antropologia da cidade (Agier). Nessa ultima
DERUGDJHPDVGLQkPLFDVLGHQWLWiULDVVmRWUDEDOKDGDVDSDUWLUGRHVWXGRGDV³UHJL}HVPRUDLV´
de Salvador e de suas festas, revelando as dinâmicas de marginalização e fragmentação que
ocorrem na cidade. Essas duas perspectivas permitem-nos, finalmente, relacionar a visão
sincrética (dos vendedores de rua) com as dinâmicas urbanas e globais (dos poderes
públicos), expondo, assim, o dilema identitário (identificado pela pesquisadora) dos
YHQGHGRUHVGHUXDGH6DOYDGRUVmRHOHV³DIUR-desceQGHQWHV´TXHFRQVHUYDPXPDWUDGLomRGH
comércio de rua que era própria GRV$IULFDQRVGH6DOYDGRU"2XHOHVVmR³SREUHV´HPEXVFD
de um meio de sobrevivência no contexto de um capitalismo exacerbado que caracteriza a
economia atual (bem representado pelo segmento do turismo festivo)? Em outros termos,
essas categorias, que servem para ordenar e classificar a população, são herdeiras da tradição
racial (que remonta aos fundamentos da sociedade colonial e escravista)? Ou elas derivam de
categorias globais crescentemente presentes através de programas de ajuda internacional e
FRP XP FRQWH~GR PDLV VRFLDO TXH UDFLDO GLYLGLQGR R PXQGR HQWUH ³RV SREUHV´ H RV ³QmR
SREUHV´/DXWLHU"
$ SULPHLUD SDUWH GD WHVH RSHUD XPD DQiOLVH WHPSRUDO GHVWDFDQGR ³HUDV PRUDLV´ TXH Wêm
participado da construção de uma classe perigosa - cujo papel é incorporar os indesejáveis ou
³LQ~WHLV´GDVRFLHGDGHDSDUWLUGHFRQVLGHUDo}HVUDFLDLVVRFLHGDGHFRORQLDOKLJLHQLVWDILQDO
do século XIX, com as teorias evolucionistas) e, hoje, mediante políticas de discriminação
positivas (numa valorização das categorias étnicas e não sociais) e, de maneira mais ampla,
têm participado da construção identitária do Brasil. Já a segunda parte opera uma análise
espacial com o propósito de revelar os mecanismos de exclusão presentes no cotidiano e
intensificados durante o carnaval. Esses mecanismos visam, principalmente, marginalizar os
WUDEDOKDGRUHVGHUXDDWUDYpVGHSROtWLFDVGHSDGURQL]DomRTXHEXVFDP³OLPSDU´RFDUQDYDOGR
estigma da favela. A associação entre classe perigosa e classe pobre é antiga e conduz,
facilmente, a uma outra associação, isto é, a da classe perigosa com os trabalhadores de rua.
O papel dos poderes públicos é importante quando se trata do comércio de rua e consiste em
controlar e regular, a partir de normas e decretos que se não chegam a proibir a participação
dos trabalhadores, impedem a sua visibilidade no cenário promocional das festas da cidade de
Salvador. Na terceira parte, finalmente, são analisadas as políticas que enquadram as relações
entre classe e raça no Brasil. Elas ressaltam o contexto atual de identidades globalizadas que
servem ao capitalismo e que mercantilizam a cidade (cidade mercadoria), a festa (carnaval) e
as identidades locais (turismo étnico).
Palavras chaves: Salvador da Bahia, commercio informal, festas populares, carnaval, os
pobres, mega evento, rua, identidade, turismo, cultura negra, afro descendente, globalização
identitária.
3 Résumé (en français)
Cette thèse a comme point de départ, une ethnographie des marchands de rue pendant les
fêtes populaires et le carnaval de Salvador de Bahia. La question centrale que cette étude
soulève est celle de la place accordée à la culture noire dans la société brésilienne,
SDUWLFXOLqUHPHQWORUVTX¶HOOHHVWOHSURGXLWG¶DFWHXUVQRLUVHWSDXYUHVFRPPHF¶HVWOHFDVDYHF
les marchands de rue.
Pour cela, deux traditions de recherche sur le terrain brésilien sont simultanément mises en
°XYUH/¶XQHUHOqYHGHVpWXGHVVRFLRORJLTXHVGpEXWpHVGDQVOHVDQQpHV5RJHU%DVWLGH
de la culture bahianaise vue et entendue en tant que culture syncrétique, qui a donné lieu à
XQH YLVLRQ GH OD VRFLpWp R OHV UDFHV IRQGDWULFHV GX %UpVLO O¶(XURSpHQ O¶,QGLHQ HW
O¶$IULFDLQ YLYHQW GDQV XQH © entente cordiale ª /¶DXWUH HVW SOXV UpFHQWH HOOH HVW OLpH j
O¶DQWKURSRORJLHXUEDLQH+DQQHU]RXjXQHDQWKURSRORJLHGHODYLOOH (Agier) dans laquelle les
G\QDPLTXHV LGHQWLWDLUHV VRQW WUDYDLOOpHV j SDUWLU GH O¶pWXGH GHV © régions morales » de
Salvador et de ses fêtes révélant les dynamiques de marginalisation et de fragmentation en
°XYUHGDQVODYLOOH&HVGHX[SHUVSHFWLYHVQRXVSHrmettent finalement de mettre en rapport la
vision syncrétique (qui est celle des marchands de rue) et celle des logiques urbaines et
globales (qui sont celles des pouvoirs publics), révélant ainsi le dilemme identitaire
(rencontré par la chercheuse en Sciences Sociales que je suis) des marchands de rue de
Salvador: Sont-ils des « afro-descendants » maintenant une tradition de commerce de rue qui
était celle des Africains de Salvador ? Ou bien sont-ils des « pauvres ª j OD UHFKHUFKH G¶XQ
moyen de survie dans le capitalisme sauvage qui caractérise le panorama économique actuel
ELHQ UHSUpVHQWp SDU OH YROHW GX WRXULVPH IHVWLI " (Q G¶DXWUHV WHUPHV FHV FDWpJRULHV TXL
servent à classer et ordonner la population relèvent-HOOHVHQFRUHG¶XQHWUDGLWLRQUDFLDOHTXLest
celle issue de la société coloniale et esclavagiste ? Ou bien relèvent-elles de catégories
JOREDOHV GH SOXV HQ SOXV SUpVHQWHV j WUDYHUV OHV SURJUDPPHV G¶DLGH LQWHUQDWLRQDOH DYHF XQ
énoncé plutôt social que racial, qui divise le monde entre les « pauvres » et les « non
pauvres » (Lautier) ?
La première partie de la thèse opère une analyse temporelle renvoyant à différentes « ères
morales ª TXL RQW SDUWLFLSp j OD FRQVWUXFWLRQ G¶XQH © classe dangereuse » _ chargée
G¶LQFRUSRUHUOHVLQGpVLUDEOHVRX « inutiles » de la société à partir de considérations raciales
(société coloniale) puis hygiéniste (fin du XIXème siècle, largement inspirées par
O¶pYROXWLRQQLVPH HW DXMRXUG¶KXL SDU GHV SROLWLTXHV GH discrimination positive (dans une
acceptation ethnique et non sociale) _ et qui, plus largement, ont participé à la construction
LGHQWLWDLUHGX%UpVLO'DQVODGHX[LqPHSDUWLHO¶DQDO\VHVHIDLWVSDWLDOHDILQGHGpFRXYULUOHV
PpFDQLVPHVG¶H[FOXVLRQPLVHQMHXDXOHTXRWLGLHQHWH[DFHUEpVSHQGDQWOHFDUQDYDOYLVDQWj
tenir à distance les travailleurs de rue à partir de politiques de standardisation ayant pour
REMHW G¶HIIDFHU OHV PDUTXHV GH OD IDYHOD 'éfavéliser F¶HVW JRPPHU WRXW VLJQH GH SDXYUHWp
(généralement associé à la culture noire) des fêtes, principalement le carnaval. Le glissement
entre population dangereuse et population pauvre est fréquent et mène facilement à une autre
association qui est celle de la classe dangereuse avec la population des travailleurs de rue.
Les pouvoirs publics jouent un rôle important de contrôle de cette profession consistant à
O¶pFUDVHU VRXV GHV QRUPHV HW GpFUHWV VDQV WRXWHIRLV O¶LQWHUGLUH PDLV HQ OD UHQGDQW LQYLVLEOH
ORUVTX¶HOOH F{WRLH OHV HVSDFHV FKDUJpV GH SURGXLUH XQH LPDJH GH %DKLD MR\HXVH HW ELJDUUpH
Sont éliminés les demi-tons qui pourraient révéler pauvreté ou coutumes africaines (jugées
QRQ FLYLOLVpH (QILQ GDQV OD WURLVLqPH SDUWLH O¶DFFHQW HVW PLV VXU OHV SROLWLTXHV TXL RQW
accompagné et encadré les rapports entre classe et race au Brésil (et plus particulièrement à
Bahia) (OOHV UHOqYHQW GDQV OH FRQWH[WH DFWXHO G¶LGHQWLWpV JOREDOLVpHV VXU OHVTXHOOHV OH
FDSLWDOLVPH V¶DSSXLH SRXU FRPPHUFLDOLVHU OD YLOOH YLOOH PDUFKDQGLVH OD IrWH PpJD
carnaval), ou les identités locales (tourisme ethnique).
4 M ots clés: Salvador de Bahia, commerce informel, fêtes populaires, carnaval, pauvreté, fête
monde, rue, identité, tourisme, culture noire, afro-descendant, globalisation identitaire.
5 Remerciements
Je tiens particulièrement à remercier Michel Agier pour sa confiance et son soutien. Son
pWKLTXHVRQVpULHX[HWVDV\PSDWKLHUHFRQQXVSDUVHVFROOqJXHVEUpVLOLHQVP¶RQWDVVXUpXQ
accueil immédiat et chaleureux.
0HV UHPHUFLHPHQWV V¶DGUHVVHQW pJDOHPHQW j 0DULD 5RVDULR GH &DUYDOKR pour les appuis
LQVWLWXWLRQQHOV TX¶HOOH P¶D DSSRUWps mais surtout pour son empathie et son soutien
indefectible. (OOH P¶D IDLW GpFRXYULU XQH QRXYHOOH PDQLqUH G¶rWUH SURIHVVHXUH j OD IRLV
amicale et exigeante.
(OOH UDVVHPEOH DXWRXU G¶HOOH OH YDVWH JURXSH GX 3,1(% GRQW OH VpULHX[ HW OH
professLRQQDOLVPHVRQWH[HPSODLUHVHWDYHFOHVPHPEUHVGXTXHOMHVXLVKHXUHXVHG¶DYRLU
SXpFKDQJHUPHVVXMHWVG¶pWXGHVWRXMRXUVGDQVO¶HVSULWGHVROLGDULWpHWG¶pPXODWLRQTXLOHV
caractérise.
Les rencontres avec les professeurs Livio Sansone, Xavier Vatin et Suzana Maia ont été
profitables, ainsi que le séminaire séminaire « 7KpRULHV GH O¶HWKQLFLWp », mené par Maria
5RVDULRGH&DUYDOKRDX&HQWUHG¶pWXGHVDIUR-orientales (CEAO) en 2011.
-HGRLVpJDOHPHQWUHPHUFLHU6DUD1DFLITXLP¶DDLGpjSDUWLFLSHUDX[JUDQGV rendez-vous
EUpVLOLHQVG¶DQWKURSRORJLHHQFRUULJHDQWPHVpSUHXYHVHQSRUWXJDLVPRPHQWVLPSRUWDQWV
RO¶RQSUHQGOHSRLGVHWODPHVXUHGHVSUREOpPDWLTXHVGHUHFKHUFKHGDQVOHXUDFWXDOLWp«
Enfin, je me dois de citer ma famille chérie: mon mari, Ednilson quLP¶DDFFRPSDJQpVXU
OHWHUUDLQHWTXLDIDLWPRQWUHG¶XQHSDWLHQFHjWRXWHpSUHXYHPRQILOV)ODYLRFRPSUHKHQVLI
et généreux qui P¶D ODLVVp pWXGLHU PD PqUH )UDQoRLVH TXL P¶D DFFRUGp VRQ VXSSRUW
financiHU DXWDQW GH IRLV TXH QpFHVVDLUH HW Q¶D MDPDLV IDLOOL dans son amour, source de
UpFRQIRUW PRQ IUqUH -XOLHQ TXL P¶D GRQQp HQ H[HPSOH OH GpYRXHPHQW j VRQ PpWLHU ;
Ailton, mon beau-IUqUHTXLP¶DLGHjFRPSUHQGUHHWGpFKLIIUHUODFXOWXUHQRLUHGH%DKLDHW
Dona Alice, ma belle-PqUHSRXUVDOHFWXUHGHO¶DFWXDOLWé, sa connaissance du passé, et son
pQRUPHF°XUUHPSOLG¶DPRXUHWGHFRPSUpKHQVLRQ(WPRQSqUH5HQpTXLV¶HQHVWDOOpLO\
DDQVGpMjPDLVTXLP¶DWUDQVPLVOHYLUXVGHODUHFKHUFKHSHUSpWXHOOH«
Merci à Dona Irene pour ses paroles justes et généreuses.
Merci à Stéphanie Méséguer pour la correction de cette thèse et pour son amitié.
6 TABLE DES M ATI ÈRES
7 Résumés
p. 3
Remerciements
p. 6
Introduction
p.13
Chapitre 1. IDENTITÉS
Construction historique de la classe dangereuse
I-
II-
p.35
Le commerce de rue et ses acteurs
A- 'pILQLWLRQVGHO¶LQIRUPDOLWp
B- Le contexte légal du travail
1) La carte de travail
2) Le salaire minimum
3) La négociation en cas de départ
4) /¶HQWUHSUHQHXULQGLYLGXHO
C- Marginalisation, pauvreté, débrouille
D- Salvador en chiffres
1) Population
2) Inégalités face au travail
a) Le taux de chômage
b) /HVPDUTXHVGHO¶LQpJDOLWpGDQVOHVVWDWLVWLTXHVRIILFLHOOHV
c) Le salaire moyen
3) Conclusions sur Bahia en relation avec les autres Régions
Métropolitaines
E- Portraits
1) Carlos
2) Dona India
a) Le mythe des origines
b) Remarques
p.36
p.37
p.40
p.40
p.41
p.41
p.42
p.42
p.43
p.43
p.44
p.44
p.44
p.45
p.46
7DEOHDX[G¶pSRTXHV
A- Tableau 1 /¶HVFODYDJH
B- Tableau 2 : La Démocratie raciale
1) Transition
2) Industrialisation
3) Mutation des relations sociales
4) Marginalisation
5) Construction identitaire de la Nation
a) Nina Rodrigues
b) Le spectacle du métissage
c) /¶HQWHQWHFRUGLDOHHQWUHOHVUDFHV
p.57
p.60
p.70
p.70
p.72
p.74
p.78
p.81
p.81
p.83
p.85
p.46
p.47
p.51
p.52
p.56
8 d) /¶DUJXPHQW : une société de statut, sans préjugé de couleur
e) /HVOLPLWHVGHO¶DVVLPLODWLRQVRFLDOH
f) /¶DVVRFLDWLRQHQWUH© race » et « classe »
g) Conclusions : Le non problème de la couleur au Brésil
6) La « Démocratie raciale »
C- Tableau 3 /¶qUHPXOWLFXOWXUHOOH
1) Les critiques de la démocratie raciale
2) Le changement constitutionnel
3) Les discriminations positives
4) Les critiques générées par ce modèle
5) /¶RXYHUWXUHDXWRXULVPH
6) La rue est au noir
III- Conclusions
A- La classe dangereuse
B- La ville festive
p.86
p.87
p.88
p.88
p.89
p.92
p.93
p.94
p.95
p.97
p.98
p.100
p.106
p.106
p.108
Chapitre 2. FÊTES POPULAIRES ET CARNAVAL
Régions morales, hiérarchie raciale et politiques de contrôle des travailleurs de rue
I-
II-
p.110
Lecture de la ville
A- Les régions morales
1) Choix du concept
2) Histoire et définitions
B- /HVGpFRXSDJHVGHO¶HVSDFHXUEDLQ
1) Le 1er ordre moral : hiérarchie verticale
2) Le 2ème ordre moral : configuration horizontale
3) Le 3ème ordre moral :
Marges, Non-lieux, Archipels, Monades,
Pollution
a) Fabrication de marges
b) Non-lieux
c) Les archipels
d) Les monades
e) La pollution
p.112
p.113
p.113
p.114
p.117
p.118
p.121
p.125
Les festivités
A- Les fêtes de « largo »
1) La « place »
2) Syncrétisme religieux
3) Les « cantos »
4) Rapport entre les « coins » et les « places »
5) Le cycle festif
6) Hiérarchie morale
a) Lieux
p.132
p.132
p.132
p.133
p.134
p.138
p.140
p.145
p.146
p.127
p.127
p.129
p.130
p.131
9 b) Tarifs
c) Concurrence
7) Règles souples
8) Décadence des fêtes populaires
B- Les fêtes « lights »
1) Le « light »
2) « Bonfim light »
3) Le « Reveillon light »
4) Multiplication du light
III- Le carnaval
A- Circuits carnavalesques : caractéristiques, histoire et réputation
1) Batatinha
2) Osmar
3) Dodô
B- Les trois carnavals et leur identité
C- Ordre spatial / ordre social
1) Programmation musicale et territoires
2) Contrôle et organisation du public
3) Contrôle et organisation des circuits
4) Organisation du commerce informel
5) Tarifs et réglementation du carnaval
6) Totalitarisme visuel
Chapitre 3. TOURISME
Identités globales, tourisme ethnique et travailleurs de rue
I-
Identités locales
A- Espaces et identités des barraqueiros
1) Les fêtes populaires
2) Le carnaval
a) Les comptoirs du circuit Osmar
b) Le commerce de rue : baraques de drink, glacières.
c) Les baraques traditionnelles
B- Syncrétisme religieux
1) Présence du candomblé religieux ou commercial dans les fêtes
populaires
a) /¶DXWHO
b) La foi
c) Le commerce religieux
2) Les BarraqueirosO¶$IULTXHHWOH&DQGRPEOp
C- Les quatre identités du pauvre : formalisation identitaire
p.149
p.151
p.152
p.156
p.157
p.157
p.158
p.159
p.159
p.160
p.160
p.161
p.162
p.163
p.164
p.166
p.166
p.168
p.169
p.170
p.175
p.177
p.179
p.181
p.182
p.182
p.185
p.185
p.187
p.189
p.191
p.191
p.192
p.193
p.194
p.196
p.197
10 1)
2)
3)
4)
II-
Le pauvre déraciné ± « Dona India »
Le pauvre capitalisé ± « Carlos »
Le pauvre dangereux
Le pauvre ethnique ± La baiana de acarajé
Race, classe, ethnie
A- Les catégories raciales et le contexte épistémologique
1) Dans le système esclavagiste
2) Pendant la « Démocratie raciale »
3) Dans la société multiculturelle
a) Les afro-descendants
b) Les autochtones
b) Les quilombolas
d) Les exclus du pacte de réparation
B- Le carnaval ritualisé
1) Petite histoire du carnaval
a) /¶HQWUXGR
b) Les clubs carnavalesques
c) Le carnaval électrique
d) Le carnaval ethnique des années 1970
2) Fiches ethniques carnavalesques
a) Les blocs indiens
b) Les blocs afro
c) Le carnaval axé
C- Les identités ethniques du carnaval comme objectif institutionnel de
résolution des relations raciales dans une mise en spectacle touristique de
Salvador et du Brésil.
p.197
p.201
p.204
p.207
p.210
p.211
p.212
p.213
p.216
p.217
p.219
p.222
p.224
p.225
p.225
p.226
p.226
p.227
p.228
p.229
p.229
p.230
p.232
p.233
III- La globalisation identitaire
p.236
A- Les jeux du local et du global
p.236
1) La ville de Nice
p.238
a) /¶LGpHSOXW{WTXHOHUpHO
p.238
b) Les articulations du local et du global
p.239
2) La ville de Salvador
p.240
a) La ville marchandise
p.240
b) Ville entreprise
p.241
c) Ville patrie
p.243
d) &RQFOXVLRQV VXU OHV ORJLTXHV G¶DUWLFXODWLRQV GX © local » et du p.245
« global » à Salvador
B- Le tourisme
p.245
p.246
1) Histoire du tourisme
p.246
2) Massification du tourisme
p.247
3) Le tourisme ethnique
11 C- Tourisme ethnique à Bahia
1) Circuits etnico afro de la Bahiatursa
a) Présentation générale
b) Les circuits
2) /HFWXUH³HWQLFRXUEDLQH´GH6DOYDGRUjSDUWLUGHODBahiatursa
3) Le circuit « etnico indigeno » de la Bahiatursa
a) Présentation générale
b) Les différents circuits
4) Conclusions sur le tourisme ethnique à Bahia
p.248
p.250
p.250
p.251
p.254
p.254
p.254
p.256
p.257
Conclusion
p.259
Bibliographie
p.278
Glossaire
p.290
Table des illustrations
p. 295
Annexes
p. 297
12 INTRODUCTION
13 A- Problématique et état de la question bibliographique
La question du commerce informel de Salvador a été peu étudiée, en comparaison de Rio de
Janeiro et São Paulo où la proportion de commerces informels y est plus élevée 1. Les études
concernant ces villes sont menées à travers les prismes du contexte urbain et de la précarité
(Pires 2005, Lourau 2005, Macias 2006)2, parfois liées au narcotrafic (Renaldi 2007)3 et plus
récemment aux grands événements type Jeux olympiques ou Coupe du monde de football4.
Outre des monographies spécifiques5, le commerce informel est essentiellement O¶REMHW GH
réflexions théoriques portant sur les conditions de son émergence. Les premières études
datent des années 1960. Elles se multiplient dans les pays en voie de développement du
continent africain dans les années 1970 (Le Pape, 1983)6 au cours desquelles le terme
générique « commerce informel » apparaît en recouvrant des réalités diverses (Lautier,
2004)7. Il correspond en fait à tout un secteur de travail non enregistré par les pouvoirs
publics, principalement de rue, qui concerne des petits regroupements, souvent familiaux
(parfois un seul) dans des formes de travail autonomes, et suivant une organisation qui
1
São Paulo à elle seule concentre 25% du secteur informel selon un article publié sur le site
GHO¶,%*(© Brasil tem mais de 10 milhões de Empresas na informalidade », adresse online :
http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=366&id_
pagina=1
2
3,5(6 /HQLQ ³(VFXOKDPED PDLV QmR HVFXODFKD ! Um estudo sobre os trens da Central
doBrasil, no Rio de Janeiro, enfatizando as praticas de comerciantes ambulantes e de
FRQIOLWRV H[LVWHQWHV HQWUH HOHV H RXWURV DWRUHV QDTXHOH HVSDoR VRFLDO´ 'LVVHUWDomR GH
Mestrado do Programa de Pos Graduação em Antropologia da Universidade de Fluminense,
2005. MACIAS, Marie-&DUPHQ /H FRPPHUFH DX 0H[LTXH j O¶KHXUH GH OD OLEpUDOLVDWLRQ
pFRQRPLTXH 3DULV /¶+DUPDWWDQ 5HFKHUFKHV $PpULTXHV /DWLQHV S /285$8
Julie, Circuits urbains, Une analyse spatiale du commerce informel du carnaval de Salvador
de Bahia, Mémoire dH'($VRXVOD'LUHFWLRQGH0LFKHO$JLHUVRXWHQXjO¶(FROHGHV+DXWHV
Etudes en Sciences Sociales, Paris, 2005.
3
RENALDI, Brigida, Os Vãos Esquecidos. Experiências de Investigação, Julgamento e
Narcotráfico na fronteira argentino-paraguaia, IFCS/UFRJ, 2007.
4
-¶DLSXIDLUHFHFRQVWDWDXFRXUVG¶XQVpPLQDLUH sur « Comercio informal e mega eventos »,
TXLV¶HVWWHQXSHQGDQWOHFRQJUqV XI CONLAB (août 2011, Salvador).
5
Voir, par exemple, Alexandra Quien, « Bombay, les porteurs de gamelles », in Urbanisme
n°296, sept-oct 1997 ou encore Carlos Alba and Pascal Labazée, « Libéralisation et secteur
informel », Transcontinentales [Online], 4 | 2007, document 5, Online since 28 April 2011,
URL:http://transcontinentales.revues.org/610.
6
/( 3$3( 0DUF 'H O¶ « indigène ª j O¶ « informel », 1955- &DKLHUV G¶(WXGHV
Africaines, 89-90, XXIII ± 1, 2, 1983, pp. 189-197
14 échappe aux règles légales habituelles. Lautier fait remarquer TX¶HQ $PpULTXH latine ces
travailleurs, très nombreux, ont constitué pendant longtemps « O¶DUPpH GH UpVHUYH » du
capitalisme, F¶HVW-à-GLUHO¶H[FpGHQWGHPDLQG¶RHXYUHG€jO¶H[RGHUXUDOPDVVLISURYRTXpSDU
OHVGpEXWVGHO¶LQGXVWULDOLVDWLRQHWOHVSURPHVVHVG¶HPSORLVGDQVOHVUpJLRQVPpWURSROLWDLQHV
$X %UpVLO TXHOTXHV WHQWDWLYHV SRXU FKLIIUHU OH QRPEUH G¶DFWLIV GH FH VHFWHXU VRQW
SRQFWXHOOHPHQWPLVHVHQ°XYUH8 par les pouvoirs publics, même si ceux qui les mènent ont
conscience de l¶inévitable manque de précision tant O¶LQIRUPHOest imbriqué entre le légal et
O¶LOOpJDO le long terme et le court terme, le stable et O¶LQVWDEOH... (IBGE, 2003, SEMPRE
2005)9. &¶HVW GDQV les années 1980 que les premières recherches qualitatives voient le jour
VRXVO¶LQIOXHQFHG¶DQWKURSRORJXHVWHOV que Michel Agier (Muheme, 1992)10.
Sur notre terrain, nous avons ouvert notre champ épistémologique pour trouver quelques
UpIpUHQFHV GH SRLGV $LQVL OD WUDGLWLRQ GH FRPPHUFH GH UXH j 6DOYDGRU D pWp pWXGLpH G¶XQ
point de vue historique (Reis, 1992, 1995, 2003 ; Ribeiro, 1991)11. Ces auteurs ouvrent la
SUREOpPDWLTXHGHO¶pFRQRPLHjFHOOHGHODSODFHGXNoir dans la société brésilienne. En effet,
GHSXLVOHGpEXWGHO¶KLVWRLUHGHODFRORQLVDWLRQDX%UpVLO, le commerce de rue est le commerce
laissé aux esclaves (de gain ou affranchis), hors du système formel qui est exclusivement
entre les mains de l¶élite blanche. Cette problématique nous renvoie à des considérations très
actuelles de visibilité du Noir et plus encore du pauvre dans la ville.
Le contexte actuel GH O¶LQGXVWULH WRXULVWLTXH UHQG OD TXHVWLRQ GH O¶DSSDUHQFH GH FH TXL est
7
/$87,(5%UXQR/¶pFRQRPLHLQIRUPHOOHGDQVOHWLHUV-monde, Paris, La Découverte 2004
(1994).
8
Sur le commerce informel en général, voir IBGE, Economia Informal Urbana ECINF, 2003
IBGE/SEBRAE. Sur le carnaval : Trabalhadores do carnaval 2005. Relatorio de pesquisa, do
04 a 08/02/2005.
9
IBGE, Economia do Turismo ± Analise das atividades caracteristicas do turismo 2OO3.
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. SEMPRE. Secretaria municipal de
emprego e renda. Trabalhadores do carnaval 2005. Relatorio de pesquisa, do 04 a
08/02/2005.
10
MUHEME Bagalwa Basemake, Gaspard/HVDVSHFWVSURGXFWLIVGHO¶pFRQRPLHLQIRUPHOOH
Recherche des indicateurs pour une réponse au développement en Afrique. Afrika Focus,
Vol. 8, n°1, 1992, pp. 5-32.
11
REIS, João José, Rebelião escrava no Brasil : a historia do levante dos Malês em 1835, São
3DXOR &RPSDQKLD GDV OHWUDV 5(,6 -RmR -RVp ³$ JUHYH QHJUD GH QD %DKLD´
Revista USP, São Paulo (28):14-39, dez-fev 1995-1996- Dossiê. REIS, João José,
Différences et résistances OHV 1RLUV j %DKLD VRXV O¶HVFODYDJH LQ &DKLHUV G¶(WXGHV
Africaines, « Amériques Noires », N°125, Paris, Editions EHESS, 1992, p. 15-33. RIBEIRO
'$ &267$ $QD GH /RXUGHV (VSDoRV QHJURV ³FDQWRV´ H ³ORMDV´ HP 6DOYDGRU QR VpFXOR
15 montré, très importante. La problématique de l¶RUJDQLVDWLRQ HW GH OD FUpDWLRQ G¶XQH LPDJH
propre et compétitive de la ville surgit de notre étude sur le commerce informel (Santos,
2000 ; Dias, 2002)12 à travers des politiques sévères de formalisation et de standardisation,
surtout dans le cas du carnaval, mais aussi pendant les fêtes populaires. Ces politiques nous
renvoient au contexte de la globalisation économique où les capitales mondiales sont mises
en concurrence à travers la mise en vente de leur image. Nous comprenons dans ce cadre
O¶LPSRUWDQFHGH© ce qui se donne à voir » dans le schéma marketing dominant, au nom du
développement local. Une logistique de la pauvreté (Lautier, 2002)13 se met en place et
prétend rendre compte du commerce informel du point de vue visuel et normatif. Se pose
alors la question de qui est pauvre dans la société Brésilienne, en revenant sur le préjugé
historique ± qui est de fait assez proche de la réalité ± qui veut que le pauvre est noir (ou que
le Noir est pauvre?) et que le riche est blanc (ou que le Blanc est riche ?).
Un des points de départ de notre raisonnement est de savoir qui étudier. De quel groupe
social les marchands de rue relèvent-ils ? Peut-on parler de classe sociale ou de groupe
racial ? Les marchands de rue concernent a priori une population pauvre, mais dans le cadre
festif qui nous intéresse, ils sont indistinctement riches ou pauvres : petit travailleur
LQGpSHQGDQWRXLQYHVWLVVHXUSURILWDQWG¶XQPRPHQWGHJUDQGEUDVVDJHpFRQRPLTXHSHQGDQWOH
carnaval.
Les marchands de rue sont noirs car ils sont pauvUHV« /HVPDUFKDQGVGHUXHVRQWSDXYUHV
SDUFH TX¶LOV VRQW QRLUV« &RPPHQW IRQFWLRQQHQW FHV pTXDWLRQV TXL appartiennent à
O¶LPDJLQDLUH VRFLDO GHV Bahianais et plus largement des Brésiliens. Devons-nous parler en
termes UDFLDX[ VRXV SUpWH[WH TX¶LO H[LVWH DXMRXUG¶KXL une forte revendication raciale de la
part des mouvements noirs qui donne lieu à des politiques de discriminations positives sur
critères raciaux ? Devons-nous, à la manière française, éviter de parler de race, une nation
étant indivisible G¶DSUqV les mêmes critères universalistes qui ont servi au Brésil pendant
longtemps ? Suis-je suspect de racisme lorsque je parle du Noir, comme cela peut être le cas
XIX. In Cantos e toqies, etnografias do espaço negro da Bahia.Caderno CR. Suplemeno,
1991, p.18-34.
12
SANTOS, C.L.N., Os vendedores ambulantes sob uma perspectiva sociologica, Bacharel
en sociologie, UFBA, 2000. DIAS, C.C.S., Carnaval de Salvador : mercantilização e
produção de espaços de segregação, exclusão e conflito, Dissertação de Mestrado, Curso de
Pos-Graduação em Geografia, Instituto de Geociencias, Universidade Federale da Bahia.
Orientadora : Profesora Dra. Maria Auxiliadora da Silva, 2002.
13
LAUTIER, Bruno, « Pourquoi faut-il aider les pauvres ? Une étude critique du discours de
la Banque mondiale sur la pauvreté, In: Tiers-Monde., tome 43 n°169, 2002, pp. 137-165.
16 en France ? Ou suis-MH VXVSHFW GH UDFLVPH ORUVTXH M¶RFFXOWH OH Noir comme le dénonce les
mouvements politiques noirs brésiliens qui veulent des politiques de réparations et un statut
distinct pour cHX[TXLRQWVXELO¶HVFODYDJHHWODUHOpJDWLRQVRFLDOHHWFXOWXUHOOH ? Puis-je me
rabattre sur une autre catégorie, celle de pauvre ?
Les marchands de rue sont des pauvres qui vivent de débrouille«3RXUWDQWWRXWHVOHVORLVHW
réglementations récentes tendent à formaliser le travail de rue. Nous ne parlons plus de
³travailleur de rue´ PDLV G¶³entrepreneur individuel´. On ³offre´ GH O¶HVWLPH SHUVRQQHOOH j
une population trop longtemps discriminée par le vocable ³pauvre´, voire ³miséUDEOH´. Le
SDXYUH Q¶HVW SDV XQ IDFWHXU GH GpYHORSSHPHQW LO SHUWXUEH OH ERQ IRQFWLRQQHPHQW GH
O¶pFRQRPLHGHPDUFKpTXLUqJQHHQPDvWUH dans le monde car il Q¶Dni capital à investir, ni
possibilité de crédit, ni assez de liquidités pour consommer. Il est donc un élément à nier ou à
³relooker´'HPrPHTXHO¶pFRQRPLHLQIRUPHOOH qui doit V¶LQVpUHUGDQVO¶pFRQRPLHOLbérale
tous domaines confondus : privé, public, de grand port ou de micro-HQWUHSULVHjSDUWLUG¶XQH
logique de formalisation. Sa forme la plus réduite est FHOOHGHO¶HQWUHSUHQHXULQGLYLGXHO. Le
pauvre tend à disparaitre dans les termes utilisés plutôt que dans la pratique. Ainsi la Banque
mondiale mène une guerre contre la pauvreté sans que cela Q¶HQWUDvQHune diminution de cette
dernière puisque elle est produite et accélérée par le système libéral représenté par cette
meme banque, qui enrichit les plus riches et appauvrit les plus pauvres. Une analyse des
FDWpJRULHVHQYLJXHXUVHPEOHV¶LPSRVHUDILQde clarifier les amalgames récents et anciens au
sujet du pauvre, du Noir, du métisse, de O¶$IUR-descendant, du BlancGXSDXYUH«
Nous reprenonVLFLOHVWKpPDWLTXHVGHO¶LGHQWLWpUDFLDOHGHla fête et du tourisme qui ont servi
de guide à notre recherche.
1) Identités
/¶KLVWRLUH GHV UHODWLRQV UDFLDOHV DX %UpVLO FRPPHQFH SHQGDQW OD FRORQLVDWLRQ SDU XQH
H[SORLWDWLRQLQWHQVLYHGHODPDLQG¶°XYUHHVFODYHDIULFDLQHet par un système de faveurs non
moins soutenu. Les relations spécifiques maître/esclave ont été décrites par Freyre (1974)14 et
Holanda (1998)15. Les populations indiennes et métisses extêmement pauvres des campagnes
entourant les grandes propriétés agricoles de canne à sucre ont également subi cette
expoitation. Même si elles étaient libres, ces populations Q¶pWDLHQW SDV HQYLées par les
14
FREYRE, Gilberto, Maîtres et esclaves : la formation de la société brésilienne, Paris,
Gallimard, 1974, [1934].
15
HOLANDA, Sergio Buarque de., Racines du Brésil, Gallimard, 1998 (1939).
17 esclaves (Passos, 2008)16 car leur situation relevait du plus profond abandon. Elles
mourraient de faim HWGHPLVqUHHWVXELVVDLHQWOHSRLGVGHO¶DFFXOWXUDWLRQSHUWHGHWUDGLWLRQV
SRXUOHVLQGLHQVHWPpWLVVHVG¶LQGLHQVRXG¶$IULFDLQVLes esclaves, eux, bénéficiaient malgré
tout G¶XQVHPEODQWde considération liée au caractère commercial de leur situation qui pouvait
les rendre rentables. La société coloniale est caractérisée par une distinction sociale très
marquée, qui a comme base les différences raciales (Noir / Blanc / Indien).
Au milieu du
XIX
e
siècle, OHWUDILFG¶HVFODYHVHVWLQWHUGLW, mais son abolition légale Q¶DOLHX
TX¶HQAu début du
XX
e
siècle, la volonté de construire une nation est compromise par
les préjugés raciaux qui restent ancrés dans les mentalités et les modes de fonctionnement.
&¶HVW alors que QDvW O¶LGpH G¶XQH ³démocratie raciale´ (Guimarães, 2000)17 qui, ORLQ G¶rWUH
équitable, met en valeur le rôle du métisse dans la société brésilienne (Azevedo 1996, Pierson
1971)18. Le métisse doit porter et représenter les valeurs du peuple brésilien, conçu comme
un mélange de races, qui, dans une adaptation du système GHO¶pYROXWLRQdes races de Darwin,
doit réussir à supprimer les tares de la race noire et représenter une nation unie et civilisée.
Précurseur sans le savoir (et dans un objectif bien différent) des politiques de la différence
menées par les mouvements politiques noirs à partir des années 1970, Nina Rodrigues
(2010)19, dans son étude sur les Africains au Brésil au début du
XX
e
siècle, relève parmi les
SRSXODWLRQV DIULFDLQHV QRQ HQFRUH PpWLVVpHV LVVXHV GHV GHUQLqUHV HPEDUFDWLRQV G¶HVFODYHV
FODQGHVWLQHVGHVRUJDQLVDWLRQVHWKQLTXHVGDQVOHGRPDLQHGHO¶RUJDQLVDWLRQGXFRPPHUFHGH
rue. À partir de O¶REVHUYDWLRQGHO¶RUJDQLVDWLon du travail de rue, il élabore une ethnographie
détaillée des « coins » de la ville OLHX[ GH O¶DFWLYLWp FRPPHUFLDOH GHV $IULFDLQV /¶DXWHXU
imprégné par les théories pYROXWLRQQLVWHV GH O¶pSRTXH DQQRQFH DX OHFWHXU la disparition de
cette population et se fait le témoin de leurs pratiques dans un ultime acte de recensement.
À partir des années 1970 et 1980, un nouveau modèle de relations raciales apparaît. Il est
basé sur des critères opposés à ceux de la démocratie raciale qui devient le modèle à détruire
16
PASSOS, Alberto, Guimarães, As classes perigosas, Editora UFRJ, 2008, pp. 274.
17
GUIMARÃES, Antônio Sergio, « Démocratie raciale » in Cahier du Brésil contemporain,
« Les mots du discours afro-brésilien en débat », n°49-50, 2002 , p11 à 37.
18
AZEVEDO, Thales de., As elites de cor numa cidade brasileira : um estudo de ascenção
social & Classes sociais e grupos de prestigio. Apresentação e prefacio de Maria de Azevedo
Brandão. ± 2ème édition ± Salvadore : EDUFBA:EGBA, 1996, pp.186. PIERSON, Donald,
Brancos e prêtos na Bahia : estudo de contacto racial; introdução de Artur Ramos e Robert E.
Park, 2ª edição, São Paulo, Companhia Editora Nacional, Brasiliana, vol. 241, 1971, 1ère
édition en 1944. Egalement publié par University of Chicago Press, 1967 [1942], pp. 430.
19
RODRIGUES, Raymundo Nina, Os Africanos no Brasil, Biblioteca virtual de ciências
humanas, en ligne: www.bvce.org, pp. 154, [1933].
18 au nom de la différence (Guimarães, 2006)20. Les idéaux égalitaires de la nation sont
remplacés par un modèle politique de multiculturalisme où les droits octroyés sont adaptés à
chaque groupe ethnique. Ce modèle représente OHUHWRXUGHO¶HWKQLFLWé dans une société qui,
depuis les débuts de la colonisation, DWRXWIDLWSRXUO¶H[WHUPLQHU : du WHPSVGHO¶HVFODYDJH
pour éviter les révoltes, puis DXQRPGHO¶XQLWpQDWLRQDOHHWGXUqJQHGXPpWLVVDJH'HIDLWOD
problématique de la race est depuis toujours au centre du débat politique et social au Brésil,
ce qui fait dire DXMRXUG¶KXLà certains chercheurs TXHFHGpEDWQHVHUWTX¶jUHQGUHLQYLVLEOHOH
véritable problème, celui de la répartition des rLFKHVVHV HW GHV GURLWV jWUDYHUV O¶DFFHSWDWLRQ
G¶XQUpJLPHGHFODVVHVYRLU6RX]D21. La « race ªQHVHUDLWTX¶XQPRWLIPLVHQDYDQW
par le système capitaliste pour conserver son efficacité profondément inéquitable et rendue
possible grâce à une série de contrôles étatiques TXL HQ UpDOLWp QH IRQW TX¶DFFHQWXHU les
différences sociales (plutôt que raciales). Ces différences sociales, trop peu étudiées selon
Souza, permettent de mettre en valeur des conflits HQWUHOHV GHX[ PRGqOHV SROLWLTXHV '¶XQ
côté, les militants de la race offrent un modèle discriminatoire qui délivre des droits
spécifiques et, GHO¶DXWUH, la population métisse encore largement bercée par les idéaux de la
« démocratie raciale » UHYHQGLTXHOHGURLWjO¶pJDOLWp9LGDO22 ou se reconnaît dans un
syncrétisme religieux (Selka, 2008)23.
2) Fêtes
a) Horizons épistémologiques
La question festive a été, et continue, G¶rWUH pWXGLpH j 6DOYDGRU PDLV VRXYHQW GH IDoRQ
subsidiaire, et non comme centre des intérêts. Peut-être considérée trop frivole, cette
thématique, pouUWDQWDXF°XUGXV\QFUpWLVPHVLORQJXHPHQWpWXGLpSDUOHVFKHUFKHXUVIUDQoDLV
de la première moitié du
XX
e
siècle VLqFOHDODUJHPHQWpWpGpWU{QpHSDUO¶pWXGHGHODUHOLJLRQ
20
GUIMARÃES, Antônio Sergio, « 'HSRLVGDGHPRFUDFLDUDFLDO´LQ7HPSRVRFLDOUHYLVWD
de sociologia da USP, v. 18, n°2, novembro de 2006, São Paulo, 2006, p. 269-287.
21
628=$-HVVp³$YLVLELOLGDGHGDUDoDHDLQYLVLELOLGDGHGDFODVVH&RQWUDDVHYLGrQFLDVGR
FRQKHFLPHQWR LPHGLDWR´ LQ $ LQYLVLELOLGDGH GD GHVLJXDOGDGH EUDVLOHLUD %HOR +RUL]RQWH
Editora UFMG, 2006, pp. 74-115.
22
VIDAL, Dominique, « Le bel avenir de la mulata : La bonne, sa patronne et son patron » in
Cahiers du Brésil Contemporain, n°49-50, 2002, p.153-166.
23
SELKA, Stefen, The Sisterhood of Boa Morte in Brazil: Harmonious Mixture, Black
Resistance, and the Politics of Religious Practice, Journal of Latin America and Caribbean
Anthropology,Vol. 13,No.1, pp. 79±114. ISSN1935-4932, online ISSN1548-7180, 2008.
19 afro-brésilienne (entre autres, Bastide 1995(a), 1995(b), 2000)24, sans doute jugée plus
sérieuse et plus envoûtante. En effet, les fêtes populaires sont reliées historiquement au
catholicisme populaire, et se rapprochent ainsi G¶XQHWUDGLWLRQIHVWLYHSOXVFRQQXHHQ(XURSH
(Mumford, 1964)25 et présentant moins d¶H[RWLVPHTXHOHVWUDQVHVGXFDQGRPEOp(OOHVRQW
OLHXVXUODSODFHGHO¶pJOLVHFDWKROLTXHHWUHSUHQQHQWVRXYHQWOHPRWLIGHODSURFHVVLRQ3DVGH
transe, ni de communion sacrée avec le divin, PDLVVRXYHQWGHVH[FqVG¶DOFRROGHPXVLTXHV
et de bruits. Dans les faits, LOV¶DJLWGRQFG¶XQmélange de sacré et de profane (Serra, 2009)26.
/HVIrWHVSRSXODLUHVV¶LQVFULYHQWGDQVXQVFKpPDGHV\QFUpWLVPHFXOWXUHOHQFHODTX¶HOOHVRQW
été pendant longtemps, selon les autorités catholiques, un des moyens de conversion des
populations indigènes et africaines au catholicisme. Dès les premiers temps de la
colonisation, les jésuites utilisaient les chants et les danses pour séduire les populations et
admettaient une large souplesse en matière de croyance, laissant par exemple les populations
noires adorer les saints à leur manière, un des exemples les plus connus étant le lavage des
PDUFKHVGHO¶pJOLVH Les autorités ecclésiastiques sans doute pas dupes de la complexité du
processus de colonisation des esprits ont autorisé le syncrétisme religieux notamment avec
O¶DXWRULVDWLRQ GH la fête populaire les jours de celebration des Saints catholiques. La fête
SDUWLFLSHGHO¶LPDJHV\QFUpWLTXHHWMR\HXVHGHODYLOOHGHSXLVORQJWHPSV
Cette image est reprise et exploitée intensivement par les politiques, soit pour cacher la
dimension du problème racial (dans le schéma syncrétique), soit de manière démagogique,
pour rendre la vie plus douce ou encore, depuis les années 1980, dans un but lucratif pour
DFWLYHU HW YLYLILHU O¶pFRQRPLH ORFDOH TXL QH SHXW VH FRQWHQWHU GH O¶DFWLYLWp GX pôle
pétrochimique qui a pris place dans la région métropolitaine dans les années 1960. Pour ce
faire, O¶LQGXVWULHtouristique prend place DXWRXUG¶XQpYpQHPHQWSKDUHOHFDUQDYDO
Il existe des publications officielles et régulières sur le tourisme et son action bénéfique sur
O¶pFRQRPLH ORFDOH ,%*( 27.
De
nombreuses
GLVVHUWDWLRQV G¶pWXGLDQWV HQ
communication28 V¶\réfèrent, ainsi que des PRQRJUDSKLHVG¶pWXGLDQWVHQJpRJUDSKLHXUEDLQH
ou sciences sociales qui reprennent les aspects historiques, syncrétiques, solidaires et
24
BASTIDE, Roger, Images du Nordeste mystique en noir et blanc, Actes sud, Babel,
1995(a) (1978), pp. 289. BASTIDE, Roger, Les religions africaines au Brésil, Presses
Universitaires de France, 1995(b) (1960), pp. 578. BASTIDE, Roger, Le candomblé de
Bahia, Plon, 2000 (1958), pp. 430.
25
080)25'/HZLV/DFLWpjWUDYHUVO¶KLVWRLUH3Dris, éditions du Seuil, 1964 (1961).
26
SERRA, Ordep, Rumores da festa. O sagrado e o profano na Bahia, EDUFBA, 2009
(1999).
27
IBGE, Estudos e Pesquisas Informação Econômica numero 5, 2007, Rio de Janeiro.
28
&HOOHTXLP¶DSDUXHGHVSOXVLQWpUHVVDQWHVet sur ODTXHOOHMHP¶DSSXLHUDLest de Dias (2002).
20 communautaires des préparatifs de fêtes populaires concernant les populations des quartiers
pauvres de Salvador29. Dans le même sens, beaucoup d¶études à tendance folklorique sont
publiées dans des revues comme Viver Bahia. Pour promouvoir les fêtes et traditions de
Bahia, de beaux ouvrages riches en photographies sont financés par O¶eWDWde Bahia, comme
celui sur le tourisme ethnique (2009)30, ou encore sur la fête de Nossa Senhora da Boa Morte
(2011)31. Des journaux locaux tels que A Tarde ou Correio da Bahia publient régulièrement
des articles sur les fêtes.
Concernant le carnaval, un débat a longtemps occupé la scène intellectuelle au sujet de
O¶LQYHUVLRQ ULWXHOOH TXH SURFXUHUDLW FHWWH IrWH GHV FRQWUDLUHV © GX PRQGH j O¶HQYHUV » : les
adeptes de Roberto Da Matta (1983)32 voienW HIIHFWLYHPHQW XQH IrWH j O¶HQYHUV, tandis que
ceux de Isaura Pereira De Queiroz (1992)33 y voient un renforcement des valeurs
hiérarchiques en place dans la société brésilienne. Nous serons amenés à faire référence à ce
débat.
Les questions identitaires qui nous intéressent ont été abordées plus récemment, autour du
carnaval, scène privilégiée dH O¶LGHQWLWp DIUR j 6DOYDGRU $JLHU 5LEDUW34 1999)35. Ces
questions ne concernent pas exclusivement les festivités, mais alimentent le débat sur la
question des relations raciales au Brésil (Azevedo 1996, Pierson 1971, Guimarães 2000,
Schwartz 1994)36. $XMRXUG¶KXL de nouvelles considérations prennent appui sur les
revendications politiques du mouvement afro et peuvent se traduire par les lois de
discrimination positive (Guimarães 2006)37. Des questions sur O¶DPELJXwWp de ces deux
« époques », du point de vue de leur répercussion chez les populations métisses, sont relevées
29
Voir par exemple, SANTOS 2000, VOLPINI 2012
30
SECRETARIAT OF TOURISM OF THE STATE OF BAHIA, African heritage tourism in
Bahia. Salvador: Fundaçao Pedro Calmon, 2009, pp. 151.
31
Cadernos do IPAC, 2, Festa da Boa Morte, 2a ediçao, Salvador Ba, 2011.
32
DA MATTA, Roberto, Carnavals, bandits et héros, Paris, 1983 (1978), Editions du Seuil.
33
QUEIROZ, Maria, Isaura, Pereira (de) A ordem carnavalesca, Revista Inst. Est. Bras., SP,
33:35-49, 1992, pp. 35-45.
34
Ce dernier ouvrage ayant, à mon avis, une teneur historique sur la fête plus puissante que
O¶pWXGHVXUO¶HWKQLFLWpDQQRQFpHGDQVOHWLWUH© Le carnaval noir de Bahia, Ethnicité, identité,
fête afro à Salvador ».
35
AGIER, Michel, Anthropologie du carnaval, La YLOOH OD IrWH HW O¶$IULTXH j %DKLD
Marseille, éditions Parenthèses, 2000. RIBART, Franck, Le carnaval noir de Bahia, Ethnicité,
LGHQWLWpIrWHDIURj6DOYDGRU/¶+DUPDWWDQ5HFKHUFKH$PpULTXH/DWLQHVpULH%UpVLO
36
AZEVEDO (1996), op. Cit. p.18, PIERSON (1971) op. Cit. p.18, GUIMARÃES (2000)
op. Cit. p.18, 6&+:$57= /LOLD 0RULW] ³(VSHWDFXOR GD PLVFLJHQDomR´ LQ Estudos
avançados, 8(20), 1994.
37
GUIMARÃES (2006), op. cit. p.19
21 par Vidal (2002) et Selka (2008)38 /¶RXYUDJH G¶$JLHU 39 apporte également, sur un
mode de recensement historique, un éclairage important sur le sujet.
b) Régions morales
Le concept de région morale, déjà utilisé en sociologie pour étudier le phénomène urbain du
point de vue identitaire (Grafmeyer et Joseph, 2004 ; Hannerz, 1983)40, nous permet de
mener une analyse morale des fêtes populaires et du carnaval de Salvador en repérant les
GLIIpUHQWHV pSRTXHV PRUDOHV HQFRUH HQ YLJXHXU DXMRXUG¶KXL GDQV OD YLOOH $JLHU 41 et
dans les fêtes (Lourau, 2012) 42. La ville de Salvador, déjà étudiée à partir de ces concepts par
Agier (1999, 2009)43, connaît une multiplication des logiques de fermeture que nous
abordons à partir des concepts de « non lieux » (Augé 1992)44, « monades » (Silverberg,
1974)45, « pollution » (Douglas, 1971)46, « création de marges » (Mongin, 2005)47, « ville à
plusieurs vitesses » (Donzelot, 1999)48 '¶DXWUHV DXWHXUV DX[TXHOV QRXV QRXV UpIpURQV RQW
étudiés les dynamiques de fermeture et de segregation, par exemple, Santos (1995) et Gomes
(1995)49 SRXUOH%UpVLOPDLVDXVVLGDQVG¶DXWUHVaires géographiques, Bernand (1994) ou Brun
38
VIDAL (2002), op. cit. p. 19 et SELKA (2008), op. cit., p.19
39
AGIER, Michel, « 6DOYDGRU GH %DKLD 5RPH QRLUH YLOOH PpWLVVH´3KRWRV GH &KULVWLDQ
Cravo. Editions Autrement, Collection Monde, 2005, pp. 157.
40
*5$)0(<(5 <YHV HW -26(3+ ,VDDF /¶pFROH GH &KLFDJR 1DLVVDQFH GH O¶pFRORJLH
urbaine. Champs Flammarion. 1ère édition : Les Editions du Champs urbains, CRU, 2004
[1979]. HANNERZ, Ulf, Explorer la ville, Paris, (1980), Les Editions de Minuit, 1983.
41
$*,(50LFKHO(VTXLVVHVG¶XQHDQWKURSRORJLHGHODYLOOH/LHX[VLWXDWLRQVPRXYHPHQWV
Academia Bruylant, Anthropologie prospective n°5, Louvain-La-Neuve, 2009, pp. 152.
42
-¶DLSUpVHQWpXQWH[WHTXLWUDLWHVSpFLDOHPHQWGHVUpJLRQVPRUDOHVGH6DOYDGRUHWGHOHXU
répercussion sur les fêtes populaires à la 28ème 5pXQLRQ%UpVLOLHQQHG¶$QWKURSRORJLHj6mR
Paulo (Lourau, 2012).
43
AGIER, Michel, /¶LQYHQWLRQGHODYLOOH%DQOLHXHVWRZQVKLSVLQYDVLRQVHWIDYHODV3DULV
éditions des archives contemporaines, 1999. AGIER, Michel, (2009), op. cit. ci-dessus.
44
AUGÉ, Marc, Non-lieux, Introduction à une anthropologie de la surmodernité, Paris,
éditions du Seuil,1992.
45
SILVERBERG, Robert, Les monades urbaines, Le livre de poche, Science-fiction, Laffont,
Paris, 1974.
46
DOUGLAS, Mary, De la souillure. Essai sur les notions de pollution et de tabou, Paris,
Maspero, 1971.
47
MONGIN, Olivier, La condition urbaine ± /D YLOOHjO¶KHXUHGHODPRQGLDOLVDWLRQ3DULV
Editons du Seuil, La couleur des idées 2005.
48
'21=(/27-DFTXHV³/DQRXYHOOHTXHVWLRQXUEDLQH´LQ5HYXH(VSULW1RYHPEUH4XDQG
la ville se défait, 1999, pp. 87- 115.
49
SANTOS Milton, Salvador : Centro e centralidade na Cidade Contemporânea, in GOMES,
Marco Aurelio A. Figueiredas Org., Pelo Pelô, Historia, cultura e cidade. Salvador,
EDUFBA, Mestrado em Arquitetura e urbanismo, 1995. et GOMES, Marco Aurelio A.
22 (1994)50/¶pYROXWLRQJpRJUDSKLTXHGH6DOYDGRU, et ses implications sociales, ont été étudiées
par Gordilho-Souza (2000), Andrade et Bitencourt (2009), Alcoforado (2003)51.
c) Les règles souples
À partir de la lecture en régions morales des fêtes, nous observons sur le terrain des modes de
gestion des règles différents en fonction des régions morales concernées. Cette société à
plusieurs vitesses (Donzelot, 1999)52 nous renvoie aux analyses de Douglas (1971)53 sur les
règles souples et les règes rigides à propos des sociétés dites ³primitives´ et des sociétés dites
³développées´54. Ces analyses nous permettent de mettre à jour la coexistence de deux
systèmes économiques et moraux à Salvador, jO¶pSRTXHDFWXHOOH : un modèle soutenu par les
YDOHXUV GH OD PRGHUQLWp LQFDUQpHV SDU XQ W\SH G¶DUFKLWHFWXUH et un mode de vie qui
privilégient les espaces fermés et privés ; un autre, fondé sur les valeurs plus archaïques
G¶HQWUDLGHGHs UpVHDX[IDPLOLHUVHWIDPLOLDX[GHWUDYDLOHWG¶KDELWDWLRQXQXVDJHGHO¶HVSDFH
public pour les loisirs et le travail de rue ainsi que sur XQ V\VWqPH G¶pFRQRPLH LQIRUPHOOH
Chacun G¶HX[ occupe des espaces distincts dans la ville et dans les fêtes. Les différents
modèles peuvent correspondre ou reprendre des éléments de la société coloniale en matière
GHFRQVLGpUDWLRQVUDFLDOHVHWGHP°XUVRXGHVGpEXWVGHOD5pSXEOLTXHVXUOHVFKpPDGHOD
démocratie raciale. IOV SHXYHQW pJDOHPHQW V¶LQVFULUH GDQV OHV QRXYHOOHV données des
revendications raciales posées sur le principe de la différence et des politiques de
discrimination positive.
Figueiredas de. (org.), Pelo Pelô; Historia, cultura e cidade. EDUFBA. Mestrado em
Arquitetura e Urbanismo. UFBA,1995.
50
BERNAND (1994) ou BRUN, Jacques, « Essai critique sur la notion de ségrégation et sur
son usage en géographie urbaine », Ecole Normale Supérieure in La ségrégation dans la ville,
GLULJpSDU-DFTXHV%UXQHW&DWKHULQH5KHLQHGV3DULV/¶+DUPDWWDQSj
51
GORDILHO-SOUZA, Angela, Maria, Limites do habitar, EDUFBA, Salvador, 2000.
ANDRADE Adriano, BITTENCOURT e BRANDÃO Paulo Roberto Baqueiro, Geografia de
Salvador, 2ª edição, EDUFBA, 2009. ALCOFORADO Fernando, Os Condicionantes do
desenvolvimento do Estado da Bahia, Tese de Doutorado apresentada como exigência para
obtenção do grau de Doutor em Planificacíon Territorial y Desarrollo Regional da
Universidade de Barcelona, sob a orientação do Professor Doutor José Luis Luzón Benedicto.
Thèse en ligne sur le site TDR (Tesis Doctorales en Red) : http://tdx.cat/handle/10803/1944
52
Op. cit. p. 22
53
Op. cit. p. 22
54
1RWLRQV TXH O¶DXWHXU FULWLTXH SXLVTXH OHV GLWHV VRFLpWpV SULPLWLYHV Q¶RQW ULHQ G¶XQH
SUpKLVWRLUHGHO¶KXPDQLWpPDLVVRQWOHWpPRLQGHFXOWXUHVGLIIpUHQWHV
23 3) Le tourisme
a) Le marketing touristique
Salvador connaît un processus de globalisation qui passe par sa « mise en image » (Cuturello
e Rinaudo, 2002)55 dans un but de marketing touristique qui met en concurrence différentes
capitales mondiales (Dias, 2002)56. Le tourisme à Salvador comporte un pan patrimonial
mettant en valeur ses qualités de ville historique en tant que première capitale du Brésil,
travaillé depuis les années 1980 à partir de O¶DFWLRQSROLWLTXHGH$QW{QLR&DUORV0Dgalhães
(ACM)57. Cette politique a mené à la UpKDELOLWDWLRQG¶XQSpULPqWUHUpGXLWGXFHQWUHKLVWRULTXH
DXMRXUG¶KXLDSSHOp le « Pelourinho ». À ce patrimoine architectural V¶DMRXWHODWUDGLWLRQGHV
fêtes, et principalement le carnaval de Salvador, qui va prendre de plus en plus d¶DPSOHXU et
attirer toujours plus de sponsors privés et publics MXVTX¶j GHYHQLU un méga événement
touristique pour le carnaval. La mairie de Salvador en est le principal organisateur et sponsor.
Elle délègue la realisation à une entreprise privée, la SALTUR qui produit chaque année un
« compte-rendu du carnaval »58, censé fournir des chiffres. Ces derniers RQW IDLW O¶REMHW GH
critiques de la part de certains chercheurs en sciences sociales (Dias, 2000)59 à cause de leur
caractère sensationnel qui les rapprochent plus G¶objets de propagande que d¶outils de
comptabilité ou de recensement. Néanmoins, ils restent des éléments G¶LQIRUPDWLRQ à
condition de les manier avec prudence. Différentes problématiques ressortent de la « mise en
image » de Salvador, telles que celles du contrôle de la part des pouvoirs publics (Foucault,
55
CUTURELLO Paul, RINAUDO, Christian, Mise en image et critique de la « Côte
G¶$]XU ». Modes G¶DUWLFXODWLRQ GX © local » et du « global » dans les reformulations
G¶LGHQWLWpV XUEDLQHV 5DSSRUW ILQDO GX 3URJUDPPH G¶$FWLRQ FRQFHUWpHLQFLWDWLYH 9LOOH « La ville : enjeux de société et questions scientifiques », recherche effectuée pour le compte
du Ministère de la recherche Programme Ville. Université de Nice-Sofia Antipolis, URMISSOLIIS-CNRS 7032, 2002.
56
Op. cit. p. 16
57
Cet homme politique qui a tenu le devant de la scène politique de Bahia depuis les années
1970, a notamment initié des démarches de classement de la culture de Salvador au
3DWULPRLQH8QLYHUVHOGHO¶+XPDQLWp)XQGDomRFXOWXUDOGR(VWDGRGD%DKLD
58
EMTURSA Relatorio do carnaval EMTURSA, Salvador, Bahia, Brésil (compte-rendu du
FDUQLYDOSURGXLWSDUO¶RIILFe du tourisme de Salvador). Puis, la SALTUR
prend le relais mais petit à petit simplifie ce compte ±UHQGX MXVTX¶j OH UHQGUH TXDVL
LQVLJQLILDQWMXVWHGHVFKLIIUHVDORUVTX¶DXSDUDYDQWILJXUDLHQWGHQRPEUHXVHVHQTXrWHV
59
Op. cit., p. 16
24 1975)60 ou de la « mise en fiction » de la réalité sociale (Augé, 1997) 61/¶XQHFRPPHO¶DXWUH
sont HQSURIRQGFRQIOLWG¶LQWpUrWDYHFO¶LPPHQVH pauvreté qui caractérise Salvador.
b) Globalisation identitaire
/¶DQDO\VH GHV FDWpJRULHV UDFLDOHV XWLOLVpHV j WUDYHUV OH WHPSV QRXV DPqQH j pWXGLHU OHV
catégories globalisées actuellement en usage, « afro-descendants » (Cunin 2006(b),
2006(c))62 et « indigène63 » (Bellier, 2006)64. À travers les politiques de la différence, le mot
G¶RUGUHHVWGHUHQRXHUDYHFVHVUDFLQHVSDUIRLVPrPHHQOHVFUpDQWGHWRXWHSLqFHSRXUIDLUH
DFWH G¶HWKQLFLWp HW EpQpILFLHU GHV DSSXLV HW DLGHV LQWHUQDWLRQDOHV /HV Noirs et métisses des
Amériques deviennent des détenteurs de savoirs africains ou des apprentis à la recherche du
savoir des ancêtres. Ils cherchent la distinction. Les Noirs des Etats-Unis, eux, se mettent sur
la voie du tourisme ethnique, a\DQWXQIRUWSRXYRLUG¶DFKDW5HWRXUQHUDX[VRXUFHVIDLWSDUWLH
GXSURILOGHO¶DIUR-descendant qui se transforme en touriste/client en Afrique (Forte, 2009) 65
RX j %DKLD &HWWH GHUQLqUH VXU OH SULQFLSH GH OD SURSDJDQGH TXL IDLW TX¶HOOH HVW © la plus
grande ville noire en dehors du continent africain », devient un lieu de tourisme ethnique où
O¶RQ YLHQW retrouver ses racines (Selka, 2008)66. Les pouvoirs publics investissent dans ce
nouvel Eldorado, à travers des campagnes de publicité qui ont pour cible les Noirs
américains porteurs de dollars, à Bahia, au Bénin, ou ailleurs en Afrique (Secretariat of
Tourism of The State of Bahia, 2009, Bellagamba, 2009)67«
60
FOUCAULT Michel, Surveiller et punir. Naissance de la prison. Bibliothèque des
Histoires, NRF, Editions Gallimard, Paris, 1975, pp. 315.
61
AUGÉ0DUF/¶LPSRVVLEOHYR\DJH/HWRXULVPHHWVHVLPDJHV(GLWLRQV3D\RWHW5LYDJHV
Petite bibliothèque, 1997, pp. 187.
62
CUNIN Elisabeth, « /D JOREDOLVDWLRQ GH O¶HWKQLFLWp ? »IRD, Editorial n°38, 2006(b), en
ligne : http://www.autrepart.ird.fr/sommaires/Som38.html, CUNIN Elisabeth, La « diaspora
noire » est-elle latine ? Ethnicité, nation et globalisation en Colombie, Editorial n°38, en
ligne : http://www.autrepart.ird.fr/sommaires/Som38.html, 2006(c).
63
Ou « autochtone ». Les deux appellations sont associées, voir Bellier (2006).
64
BELLIER, Irène, Identité globalisée, territoires contestés: les enjeux des peuples
autochtones dans la constellation onusienne, Autrepart, n°38, 2006, p. 99-118.
65
)257( - 5DQ ³0DUNHWLQJ 9RGXQ &XOWXUDO 7RXULVP DQG 'UHDPV RI Success in
&RQWHPSRUDU\ %HQLQ´ LQ &DKLHUV G¶(WXGHV $IULFDLQHV Qƒ-194, Editions EHESS, 2009,
p.429-451.
66
Op. cit. p. 19.
67
Secretariat of Tourism of The State of Bahia (2009), ibid p. 21, BELLAGAMBA, Alice
« Back to the Land of Roots. African ourim and the cultural heritage of the river Gambia »
&DKLHUVG¶(WXGHV$IULFDLQHVQƒ-194, Paris, 2009, p.453-476.
25 B- Méthode
Nous reprenoQVjSDUWLUG¶RXWLOVTXH nous avons délibérément choisis pour construire cette
thèse, les notions ci- dessus développées de « fêtes », « tourisme », « identités »,.
Cette thèse SUHQGIRUPHjSDUWLUG¶XQHUHFKHUFKHGHWHUUDLQTXLGRQQHOLHXjXQHHWKQRJUDSKLH
des fêtes de Salvador et du commerce informel. Nous suivons le calendrier festif de décembre
à carnaval durant plusieurs années de manière assidue au départ (2003-2005), puis plus
occasionnelle avec, à nouveau une certaine systématisation, en 2011. Nous privilégions pour
FHOD O¶REVHUYDWLRQ SDUWLFLSDQWH FKHUFKDQW j UHFXHLOOLU GHV LQIRUPDWLRQV G¶RUGUH TXDOLWDWLYHV
mais aussi quelques systématisation quantitatives que nous effectuons nous-même (nombre
de baraques de fêtes, nombre de femmes / hommes / enfants travaillant, etc.). Nous avons
cherché à comprendre quelles étaient les spécificités de chacune des fêtes principalement du
point de vue du commerce informel (marchands, pouvoirs publics, rapport au pouvoir) et de
la caraFWpULVDWLRQ GH O¶HVSDFH IHVWLI OLHX IUpTXHQWDWLRQ KLVWRLUH SRSXODULWp RX PDUTXHV
négatives). Nous avons repris ces analyses pour chacune des fêtes populaires ainsi que pour
le carnaval où O¶DQDO\VH VH GpFOLQH HQ IRQFWLRQ GH VHV GLIIprents circuits. Nous avons
également repris certains pOpPHQWV G¶DQDO\VH GH notre mémoire de Master (Lourau, 2005)
dans lequel nous nous attachons SULQFLSDOHPHQWjO¶DQDO\VHVSDWLDOHGXFDUQDYDO3RXUPHWWUH
GH O¶RUGUH GDQV OHV GLIIpUHQWHV PRGDOLWpV G¶DFFqV j O¶HVSDFH GH WUDYDLO SRXU OHV PDUFKDQGV
nous avons cherché les textes de lois les ordonnant, les Journaux officiels de Salvador qui se
déclinent en ordonnances, décrets et lois. Nous avons également réalisé des entretiens avec
des marchands des fêtes populaires, du carnaval, des agents de fiscalisation sur le terrain des
fêtes, des employés de la mairie responsables du commerce de rue, et des marchands de rue
en dehors du contexte festif. Nous avons également discuté avec ceux qui participent à la fête
(dévots du candomblé, dévots catholiques, jeunes du carnaval, ou moins jeunes fréquentant
les fêtes populaires depuis longtemps ou les ayant fréquentées dans le passé).
&HWWH WKqVH HQ FRWXWHOOH QRXV D IDLW FRWR\p DOWHUQDWLYHPHQW O¶(FROH GHV +DXWHV (WXGHV HQ
Sciences Sociales où nous nous rattachons au Centre de Recherche sur le Brésil
&RQWHPSRUDLQ&5%&HWO¶8QLYHUVLWp)pGpUDOHGH%DKLDR nous avons rencontré le groupe
de recherche du PINEB (Groupe de recherche sur les peuples indigènes du nord-est brésilien)
26 dans lequel nous nous inscrivons à partir de la problématique « Relations ethniques et
raciales ». Les questions des droits ethniques, de la reconnaissance ethnique et du droit à la
terre ont été porteuses dans notre PDQLqUH G¶DERUGHU notre recherche. Nous avons été
impressionnée par la technicité des anthropologues brésiliens et par leur rôle important dans
la production de rapports inVWLWXWLRQQHOV HQ UHODWLRQ DYHF O¶HWKQLFLWp HW OH GURLW j OD WHUUH
relatifs à la nouvelle Constitution Brésilienne de 1988.
/HWUDYDLOGHO¶DQWKURSRORJXHQHVHOLPLWHSDVDXFDGUHH[DFWGHVDUHFKHUFKHGHWHUUDLQLOVH
prolonge souvent dans son expérience et son entendement. Balandier dit à propos de son
expérience :
« 6LOHPRLHVWKDwVVDEOHLOIDXWDFFRUGHUXQHH[FHSWLRQjO¶HWKQRORJXH,OGRLWVLWXHU
VRQ WpPRLJQDJH TXL SOXV HQFRUH TX¶XQH WHFKQLTXH VDYDQWH SURFqGH GH PXOWLSOHV HW
complexeVLQWHUIpUHQFHVHQWUHODFLYLOLVDWLRQREVHUYpHHWO¶REVHUYDWHXU6DGpPDUFKH
VXSSRVH XQH H[WUrPH VHQVLELOLWp XQ FRQWLQXHO HIIRUW G¶DMXVWHPHQW $XVVL HVW-il
QpFHVVDLUH TX¶LO VH © découvre ª HQ PrPH WHPSV TX¶LO pWXGLH OHV UpVXOWDWV GH VD
recherche. Il peut mener à bien une telle tentative, parallèlement au travail
VFLHQWLILTXH V¶LO SRXUVXLW FH GHUQLHU GDQV WRXV VHV SURORQJHPHQWV V¶LO UpYqOH HQ
quelque sorte le dessous des cartes » (1957 :27)68«
Il continue en disant :
« Il doit accomplir un effort de compUpKHQVLRQ LPPpGLDWH DXWDQW TXH G¶DQDO\VH
scientifique. Aussi ne faut-LO SDV V¶pWRQQHU VL FHUWDLQV FRQVLGqUHQW VD SUDWLTXH SOXV
FRPPHXQDUWTXHFRPPHXQHVFLHQFHLQVLVWDQWDLQVLVXUO¶pOpPHQWVXEMHFWLIVXUFHWWH
« équation personnelle » qui représente icL WRXW O¶KRPPH DYHF VHV SUpIpUHQFHV VHV
engagements et ses options » (p. 15).
Depuis 2007, je vis à Salvador et essaie de mieux comprendre ce qui pouvait me poser
question, principalement la question des relations raciales et des relations sociales. Questions
qui me concernent directement puisque je suis mariée à un Bahianais QRLU HW TXH M¶DL XQ
délicieux fils « moreno », auquel je veux donner les clés du succès pour ne pas souffrir des
SUpMXJpVUDFLDX[HQ°XYUHj6DOYDGRUGDQVXQHIRUPH propre à cette ville, mais qui existent
68
Georges Balandier, Afrique ambiguë, Terre Humaine, Plon, 1957, 398p.
27 DLOOHXUV GpJXLVpV VRXV G¶DXWUHV PDVTXHV %DODQGLHU FRQWLQXH j SURSRV GH OD QpFHVVLWp
G¶DXWRcritique :
« 8QH VRUWH G¶DXWRFULWLTXH V¶LPSRVH GDQV GH WHOOHV FRQGLWLRQV ; elle relève G¶XQH
élémentaire honnêteté intellectuelle ».
1RXVSRXUURQVVLJQDOHUHQJXLVHG¶autoFULWLTXHTXHO¶DFFqVjODSRSXODWLRQSDXYUHHWPpWLVVH
GHVPDUFKDQGVGHUXHQRXVDpWpIDFLOLWpSDUOHIDLWG¶rWUHDFFRPSDJQpHSDUQRWUHPDULjTXDVL
toutes les fêtes eWjERQQRPEUHG¶HQWUHWLHQV /DMHXQHIHPPHEODQFKHpWUDQJqUHTXHQRXV
VRPPHV Q¶DXUDLW VDQV GRXWH SDV HX DFFqV DX[ OLHX[ HW DX[ PRPHQWV SDUWDJpV VDQV rWUH
LQWURGXLWHSDUTXHOTX¶XQGXGHGDQV1RQSDVTXHPRQPDULVRLWPDUFKDQGGHUXH, mais il est
né et a grandi dans un quartier de la Baie, et partage un certain nombre de valeurs avec ces
SHUVRQQHV UHOHYDQW GH OD PrPH UpJLRQ PRUDOH TX¶HOOHV PDOJUp ses presque dix ans
G¶pPLJUDWLRQj3DULV
Pour notre part, nous avons essayé autant que possible de faire oublier qui nous étions
LQVWLWXWLRQHOOHPHQW HQ SUDWLTXDQWO¶REVHUYDWLRQ SDUWLFLSDQWH HQ SHQVDQW XQ SHX j OD PDQLqUH
G¶$XJp :
« Pourquoi ne pas livrer mes impressions telles quelles, sans souci de démontrer
O¶H[FHSWLRQQHOOHDFXLWpGXUHJDUGGHO¶HWKQRORJXe ? », Augé (1997 :36)69.
Bref, en étant plus souvent « nous » TX¶XQH DQWKURSRORJXH GDQV OH EXW GH UHFXHLOOLU GH OD
matière brute à laquelle nous pouvons ensuite soumettre différents types de grilles de lecture
pour en partager les résultats avec nos lecteurs.
Plutôt que de chercher à prouver par le nombre, nous pouvons chercher des réponses dans la
VLQJXODULWp &¶HVW FH TXH QRXV IDLVRQV j WUDYHUV O¶H[HPSOH GH 'RQD ,QGLD HW VD ILOOH TXL
connaissent OHVHQWLPHQWG¶DEDQGRQ, partagé par beaucoup de leurs collègues, et qui par leur
personnalités singulières et leur expérience nous guident à travers nos différentes analyses.
(OOHV GHYLHQQHQWDQDO\VHXU SDU OHXU PDUTXH TXL V¶DQFUHj OD IRLV GDQV OH SDVVp 'RQD ,QGLD
mère) et le présent (la fille). Pourtant, nous GHYRQVpJDOHPHQWUHQGUHFRPSWHG¶XQHFHUWDLQH
PXOWLSOLFLWp GRQW OHV SRXYRLUV SXEOLFV FKHUFKHQW jHIIDFHU O¶HPSUHLQWH, mais qui est, à notre
avis, XQDXWUHDQDO\VHXUGHODVLWXDWLRQ/¶DPDOJDPHFDFKHPDOOHVFDWpJRries sous jacentes au
commerce de rue entre le pauvre déraciné (India), le pauvre capitalisé (Carlos) et le pauvre
69
Op. cit. p. 25
28 dangereux (le marginal) auquel nous pourrons ajouter le pauvre ethnicisé (la baiana).
Le Pape (1983)70 fait remarquer que Balandier, dans Sociologie des Brazzavilles noires71,
opère neuf enquêtes biographiques dont il dit :
« Ce ne sont là que des exemples » (1955 : 71, 241), et consacre pourtant un chapitre
jGHVFDUDFWqUHVLQGLYLGXHOVRSSRVDQWGHIDLWODYXOJDULWpGHVH[HPSOHVTXHO¶RQSHXW
PXOWLSOLHUjO¶RULJLQDOLWpGXW\SHSHUVRQQHOGHO¶pFKDQWLOORQ », Le Pape (p.192).
Le Pape continue en disant :
« « Ces réflexions qui ont été pour la recherche en train de se faire, le premier
degré de connaissance, quel sens y a-t-il à les conserver ? Elles témoignent des
V\QWKqVHV SUDWLTXHV TX¶HIIHFWXHQW OHV LQGLYLGXV HOOHV H[SOLFLWHQW OHV LQWHOOLJHQFHV
VLQJXOLqUHV G¶XQH VLWXDWLRQ LQWHOOLJHQFHV TX¶HIIDFHQW OHV WH[WHV V\VWpPDWLTXHPHQW
unifiés par les logiques démonstratives » (p.192).
Comme lui, nous pensons que :
« 'RQQHU j O¶H[HPSOH XQH IRQFWLRQ PDMHXUH SHUPHW GH WUDQVSRVHU OD UHSUpVHQWDWLRQ
TXHOHVDJHQWVIRUPXOHQWGHO¶pFRQRPLHHWGHOHXUSURSUHSUDWLTXH » (p.192).
À partir de ce postulat, des questions, detachées de la logique dominante, peuvent être
posées : ³3RXUTXRL FH FRPPHUFH GH UXHQ¶HVW-il pas valorisé au même titre que les circuits
etnico-afro ?´ ³Pourquoi les acteurs du commerce de rue sont sans cesse malmenés et
tourmentés par les pouvoirs publics ?´ ³Est-ce une vieille tradition de présence du Noir dans
la rue qui se fait indésirable par sa saleté et son désordre, mais qui reste indispensable à
O¶LPDJH GH 6DOYDGRU GDQV OH UHJDUG GH O¶pWUDQJHU"´ ³Le scénario des politiques de
standardisation fait-il partie du mode brésilien de formalisation ou est-il en adéquation avec
les normes internationales de gestion de la pauvreté ?´ À partir des dires des marchands de
rue, nous abordons le passé comme élément rattaché au présent, et le local comme élément
rattaché au global, dans une forte opposition entre pouvoirs publics et commerçants de rue.
70
/( 3$3( 0DUF 'H O¶ « indigène ª j O¶ « informel », 1955- &DKLHUV G¶(WXGHV
Africaines, 89-90, XXIII ± 1, 2, 1983, pp. 189-197.
71
BALLANDIER, Georges, Sociologie des Brazzavilles noires, Paris, Armand Collin, 1955,
274p.
29 C- Énonciation de la thèse
Nous aimerions maintenant reprendre les considérations épistémologiques énoncées dans la
SUHPLqUHSDUWLHGHO¶LQWURGXFWLRQHQUHODWLRQDYHFQRWUHWHUUDLQHWFHTXHQRXV\DYRQVWURXYp
À 6DOYDGRU OD TXHVWLRQ IHVWLYH VHPEOH SDUWLFLSHU GHO¶LPDJH PrPH GH OD YLOOH, alors que la
question du commerce informel est plus souvent laissée aux métropoles du Sud. Comme si
Salvador était l¶éternelle ville de la colonie, bigarrée, perdue dans le temps, alors que les
villes du Sud connaissent un développement économique qui les insère dans la course
mondiale au développement qui passe par O¶XOWUD-XUEDQLVDWLRQ GH O¶HVSDFH /¶pWXGH GH
O¶pFRQRPLHIHVWLYHQ¶HVWSDVDXF°XUGHVpWXGHVVXUOHVIrWHVRXDORUVGDQVGHVPLVHVHQFDXVH
VXU OH U{OH SURGXFWLI GH O¶LQGXVWULH FDUQDYDOHVTXH Ht sa capacité à gérer des emplois et
DPpOLRUHUO¶pFRQRPLHORFDOH/HVPDUFKDQGVGHUXHGHVIrWHVSRSXODLUHVELHQTX¶H[LVWDQWGX
SRLQW GH YXH OpJDO V\QGLFDW QH VRQW GH IDLW UHSUpVHQWDWLIV TXH G¶XQH SHWLWH SDUWLH GH OD
corporation présente sur le terrain pendant le carnaval devenu un méga événement, une super
HQWUHSULVH UHJURXSDQW WRXW W\SH GH WUDYDLOOHXUV RFFDVLRQQHOV j OD UHFKHUFKH G¶XQH UHQWUpH
G¶DUJHQWFRQVpTXHQWHGDQVXQFRXUWODSVGHWHPSVDYHFXQLQYHVWLVVHPHQWTXLVHYHXWPLQLPH
Pourtant, ils forment aux yeux des pouvoirs publics, dans le cadre du carnaval, le
« commerce informel ªVDQVGLVWLQFWLRQG¶RULJLQHFRUSRUDWLYHRXVRFLDOH
'H SOXV VHORQ TXH O¶RQ V¶LQWpUHVVH j O¶XQH RX O¶DXWUH GHV FDWpJRULHV GH WUDYDLOOHXUV QRXV
sommes en tant que chercheur renvoyé à telle ou telle tradition épistémologique. Les
marchands des fêtes populaires sont peu étudiés dans le domaine des sciences sociales car
associés à la tradition des fêtes populaires, qui, elles-mêmes, ont longtemps été sous la
coupole des folkloristes. Lorsque les fêtes sont étudiés du point de vue des sciences sociales,
SULQFLSDOHPHQW O¶DQWKURSRORJLH F¶HVW SRXU HQ UHWHQLU OHV DVSHFWV V\QFUpWLTXHV HW V¶HQ VHUYLU
pour illustrer des propos sur la culture noire de Bahia, participant toujours j O¶LPDJH TXH
Bastide et Verger ont largement contribuée à forger de Bahia la noire, syncrétique et
populaire. Les acteurs marchands des fêtes populaires restent aux marges de ces recherches.
,OIDXWGLUHTX¶LOVSDUWLFLSHQWGHPDQLqUHGRXEOHPHQt profane à la question : dans un premier
niveau, ils se réfèrent aux fêtes populaires qui sont, elles-même, une transgression de la fête
FDWKROLTXH VXU OD SODFH GH O¶pJOLVH. Dans un second temps, ils sont en marge des
considérations syncrétiques en participant aux ³petits boulots´ GH OD IrWH GH O¶pFRQRPLH
festive, VRXYHQWWHQXHjO¶pFDUWGHVFRQVLGpUDWLRQV© culturalistes » de ces chercheurs. De leur
30 point de vue, la grandeur de la culture noire et métisse se trouve dans la capacité spirituelle et
religieuse du petit peuple et non dans sa face populaire et souvent irrespectueuse du petit
commerce de rue qui participe souvent de la vulgarisation des pratiques traditionnelles
comme, par exemple, le son mécanique à volume élevé de musique populaire contre la
tradition de samba de roda (Serra, 2009 &HV PrPHV FRQVLGpUDWLRQV Q¶RQW SDV PLV QRQ
SOXV O¶pWXGH GHV PDUFKDQGV GHV IrWHV SRSXODLUHV DSSHOpV ³barraqueiros72´, au centre des
intérêts des folklorLVWHV TXL VH FRQFHQWUHQW SOXW{W VXU O¶DVSHFW HVWKpWLTXH HW KLVWRULTXH GHV
IRUPHVVSHFWDFXODLUHVGDQVXQVRXFLGHSUpVHUYDWLRQGXVHQWLPHQWG¶DXWKHQWLFLWp&HVGHUQLHUV
sont généralement portés par le désir de répertorier, classer et valoriser des formes culturelles
SRSXODLUHV HQ OHV XWLOLVDQW SDUIRLV GDQV GHV GpPDUFKHV SHUVRQQHOOHV GH FROOHFWLRQQHXU G¶DUW
(Ganzelevich, 2005)73.
'¶XQDXWUHF{Wpune autre tradition de recherche concerne le commerce de rue, du point de
vue des ³petits boulots´ urbains, le « commerce informel » fait de débouilles et de courtes
perspectives pour des populations pauvres et marginalisées socialement (et souvent
racialement) des grands centres urbains des pays pauvres, sous-développés ou émergents
selon les époques. Cette problématique est plutôt celle des chercheurs engagés dans des
questions économiques et politiques qui ont rarement à voir avec le contexte festif (Lautier,
2004 ; Le Pape, 1983)74.
Le premier obstacle auquel nous nous sommes confrontée était donc celui de la
problématique : comment ne pas nous cantonner à une étude folklorique des agents des fêtes
populaires "1RXVDYRQVYXFHSHQGDQWTX¶LOV ne provoquent SDVWHOOHPHQWO¶HQJouement des
DJHQWVGHODWUDGLWLRQTXLQHYRLHQWSDVHQHX[GHGLJQHVUHSURGXFWHXUVG¶DXWKHQWLFLWp, mais
GHVDFWHXUVG¶DFFXOWXUDWLRQTXLPDOWUDLWHQWODWUDGLWLRQ/HULVTXHpWDLWGRQFGHVPRLQGUHV(W
comment ne pas tomber non plus dans des considérations strictement économiques qui
enferment ces populations dans des problématiques de précarité et de pauvreté, sans autre
72
Nom en relation avec la baraque de fête dans laquelle ils travaillent.
73
Dimitri Ganzelevitch organisa OHFRQFRXUVGHODSOXVEHOOHEDUDTXHGHIrWHHQV¶DSSX\DQW
sur des sponsors privés, alors que la mairie HOOH pWDLW HQ WUDLQ G¶LQLWLHU XQ SURJUDPPH GH
normalisation et de standardisation des baraques et du commerce de rue en général, sans
accorder aucune spécificité aux baraques des fêtes populaires et à leur tradition de décoration
GHEDUDTXHHQERLV)DFHDXSHXG¶LQWpUrWTXHODPDMRULWpGHVPDUFKDQGVOXLDFFRUGDLHQWFH
collectionneur a arrêté le projet au bout de quelques années, au regret de quelques vendeurs
qui, comme lui, misaient sur la tradition pour valoriser leur travail de rue précaire et menacé
par les mesures des pouvoirs publics.
31 KRUL]RQHWVDQVUHQGUHFRPSWHGHVMHX[LGHQWLWDLUHVTXLRQWOLHXHQUHODWLRQDYHFO¶LPDJHGH
Salvador, en tant que ville festive et syncrétique ?
La GLIILFXOWpUpVLGDLWGRQFGDQVODPDQLqUHG¶DUWLFXOHU ces dimensions sans pour autant en être
prisonnière ? Notre étude se trouve implantée à la fois dans la tradition culturaliste du
syncrétisme bahianais (point de vue emic des marchands), et à la fois dans des
problématiques urbaines et actuelles de développement économique et touristique (point de
vue etic GHVSRXYRLUVSXEOLFV&¶HVWjSDUWLUGHFHWWHTXHVWLRQTXH nous posons les premiers
jalons de notre thèse qui a comme base de questionnement une conception nouvelle de
O¶LPDJHGH%DKLDjSDUWLUG¶XQFRQWH[WHDXWDQWXUEDLQTXHWUDGLWLRQQHODXWDQWPRGHUQHTXH
FRQVHUYDWHXU&HWWHGXDOLWpGXPRGHUQHHWGHO¶DQFLHQVHUHQIRUFHet prend en plus de la vision
LGHQWLWDLUH HW pFRQRPLTXH XQH WRXUQXUH PRUDOH ORUVTX¶HOOH HVW DSSOLTXpH j OD IRLV GDQV OH
FRQWH[WHGHVIrWHVSRSXODLUHVHWGDQVOHFRQWH[WHFDUQDYDOHVTXH3OXW{WTXHG¶rWUHH[FOXVLYH
QRXVGpFLGRQVG¶rWUHH[KDXVWLYH
Enfin, O¶DXWUH QLYHDX G¶DUWLFXODWLRQ GH QRWUH WKqVH SUHQG SODFH GDQV XQ FRQWH[WH GH
GXUFLVVHPHQW GH OD SDUW GHV SRXYRLUV SXEOLFV DILQ G¶LQWpJUHU GHV DWWLWXGHV HW G¶REWHQLU GHV
UpVXOWDWVDWWHQGXVSDUOHVDJHQFHVLQWHUQDWLRQDOHVGDQVOHFDGUHG¶XQHpFRQRPLHPRQGLDOisée
qui repose à Salvador sur la mise en vente touristique de la ville (patrimoine historique) et de
ses fêtes (image festive de Bahia). Les échanges et résistances entre le local et le global
participent du terrain actuel des marchands de rue dans leTXHO V¶RSqUH XQH UHFRQILJXUDWLRQ
SHUPDQHQWHGHOHXUFRQGLWLRQGHWUDYDLOHWGHOHXUYLVLELOLWp9LVLELOLWpTXLG¶DSUqVQRXVDWRXW
à voir avec les conditions historiques de la place laissée au Noir dans la société : de la rue
comme espace de relégation de la population noire, à la rue comme théâtre de la mise en
scène touristique. Les marchands voient leur tradition modifiée plastiquement et
normativement.
Le marchand de rue des fêtes populaires a perdu sa tradition à cause des politiques de
formalisatLRQ TXL O¶RQW WRXFKp GHSXLV XQH YLQJWDLQH G¶DQQpHV /D QRVWDOJLH HVW JUDQGH SRXU
FHX[ TXL RQWFRQQX O¶kJH G¶RU RODPL[LWp VRFLDOH GHV IrWHV SRSXODLUHV DLGDLW j JDJQHU XQH
visibilité et une reconnaissance sociale même avec un travail informel, de rue, réservé aux
pauvres travailleurs inscrits dans une tradition, souvent des femmes chefs de ménage. Ainsi,
DXGpWRXUG¶XQHFRQYHUVDWLRQ, nous entendons raconter un mythe originel, où les marchandes
74
Lautier (2004) op. cit. p. 15 ; Le Pape (1983), op. cit. p. 29
32 de mère en fille perpétuaient une certaine image de la fête. Depuis les fêtes populaires ont,
elles aussi, perdu de leur grandeur et subissent le même abandon que les quartiers centraux
qui les accueillent. Le centre ville et ses manières de vivre ont été abandonnées au profit de
quartiers modernes plus fragmentés où le bain de foule ne se réalise que dans des scénarios
G¶HQIHUPHPHQW© dedans » pour ceux qui ont les moyens, ou « dehors », pour ceux qui, par
manque de moyen, restent sur les marges.
Le carnaval reproduit parfaitement et toujours plus clairement cette nouvelle conception de
O¶HVSDFH HW GHV pFKDQJHV VRFLDX[ 6HXOV FHUWDLQV JURXSHV VXU OH PRGqOH GHV PLQRULWpV
ethniques
(afro-descendant
ou
indigène/autochtone)
représentant
les
populations
traditionnellement exclues gagnent une visibilité dans ce scéQDULRRO¶HVSDFHjWUDYHUVXQH
ultra privatisation, devient de plus en plus excluant. Le contexte carnavalesque ne respecte
pas non plus les anciennes formes de travail des marchands et permet une mise en
concurrence sans limite où les petits se font manger par les grands ou par ceux qui sont
« introduits ». De ce fait, le marchand de rue endure parfois doublement le poids des logiques
ILVFDOHVWD[pSDUOHVHFWHXUSULYpHWSDUOHVHFWHXUSXEOLFSRXUDYRLUDFFqVjO¶HVSDFHPDUFKDQG
dans le cadre du carnaval, ce qui lui rend la tâche difficile et le profit nettement amoindri.
Cette marginalisation du commerçant de rue se voit augmentée par une image négative qui se
développe autour de son travail et de son image au fur-et-à-mesure que ses conditions de
travail se détériorent et que le modèle de vie évolue.
Nous essaierons de comprendre les mécanismes qui empêchent le marchand de rue de se
construire une identité dans le foisonnement identitaire que permet le carnaval. Nous
remarquerons à cette occasion que cette institutionnalisation identitaire concerne
prioritairement les minorités ethniques, à travers des catégories déjà bien uniformisées par les
organismes internationaux, telles que la culture afro ou indigène. Le marchand devra-t-il être
afro-descendant ou indigène pour accéder à une visibilité " 6€UHPHQW SDV FDU O¶LPSRVLWLRQ
TX¶LOVXELWGHWRXWHs sortes de normes O¶HQWUDvQH dans une autre option identitaire (bien que
QRXVSHQVRQVTX¶LOQ¶DLWQLFKRL[QLRSWLRQQRQSOXVHWKQLTXH, mais globaOLVpH,OV¶DJLWGH
O¶LPDJH GX © bon pauvre ª GDQV O¶RSWLTXH GH FRQVWUXFWLRQ G¶XQH JUDQGH XWRSLH TXL WHQG j
transformer la masse mondiale des pauvres en une multitude de citoyens modèles, certes
pauvres, mais impliqués et investis dans la société de marché. Ce projet est à demi avoué par
la Banque mondiale (Lautier 2002)751RXVO¶DQDO\VHURQVHWOHPHWWURQVjO¶pSUHXYHjSDUWLU
du quotidien des marchands de rue. /¶KDELWJOREDODLGHjVHIRQGUHGDQVOHGpFRUjSDUWLFLSHU
75
Op. cit. p. 16
33 à O¶pFRQRPLH FDSLWDOLVWH HW DOLPHQWH OHV JRXYHUQDQFHV LQWHUQDWLRQDOHV j O¶pFKHOOH ORFDOH j
travers les conditions exigées pour être un pays aidé. Les marchands de rue à leur échelle
connaissent les contraintes globales et nous les font découvrir.
D- Annonce linéaire du plan de la thèse
La problématique se construit autour GH O¶DUWLFXODWLRQ GH FHV GLIIpUHQWHV WKpPDWLTXHV GH
O¶LGHQWLWpGHODIrWHHWGXWRXULVPHHQUHODWLRQDYHFOHFRPPHUFHGHUXH(OOHYLHQWUHIOpWHU
XQHVpULHG¶LQWHUURJDWLRQVTXLRQWJXLGp notre recherche : ³Qui sont les marchands de rue ?´
³Des Noirs ?´, ³Des pauvres ?", ³4X¶HVW-ce que le commerce informel ?´ ³4X¶D-t-il
G¶LQIRUPHO ?´ ³Comment les différents groupes sociaux se distinguent-ils socialement ?´
³Comment est-ce que la mondialisation identitaire se manifeste à Salvador ?´ ³Et dans le cas
des marchands de rue ?´ ³4X¶HVW-ce qui fait que les fêtes populaires et ses marchands sont
discriminés et que le carnaval garde le vent en poupe ?´, ³3RXUTXRLO¶DIUR-brésilien a-t-il une
LPDJHIDYRUDEOHTXLV¶H[porte bien ?´ ³Pourquoi le Noir est-il toujours si mal vu ?´ ³Qui est
noir ?´ ³Qui est afro-descendant ?´
&¶HVW GDQV OH EXW GH UpSRQGUH j FHV TXHVWLRQV TXH M¶DL pWDEOL dans une première partie une
analyse temporelle renvoyant à différentes ères morales qui ont participé à la construction du
Brésil en tant que nation HWjODFRQVWUXFWLRQG¶XQHFODVVHGDQJHUHXVHFKDUJpHG¶LQFRUSRUHUOHV
LQGpVLUDEOHVRXLQXWLOHVGHODVRFLpWp'DQVODGHX[LqPHSDUWLHO¶DQDO\VHVHIDLWVSDWLDOHDILQ
de découvrLU OHV PpFDQLVPHV G¶H[FOXVLRQ PLV HQ MHX SHQGDQW OH TXRWLGLHQ HW H[DFHUEpV
pendant le carnaval afin de maintenir à distance cette classe dangereuse. Nous travaillons
également à mettre en valeur comment les travailleurs de rue ont été associés à cette classe
dangereuse et comment les pouvoirs publics sont chargés du contrôle de cette profession sans
O¶LQWHUGLUH SRXU DXWDQW (QILQ GDQV OD WURLVLqPH SDUWLHO¶DFFHQW HVW PLV VXU OHV SROLWLTXHV TXL
ont accompagné et encadré les rapports en classe et entre race au Brésil (et plus
particulièrement à Bahia), elles-PrPHVLVVXHVG¶XQVFKpPDLGHQWLWDLUHJOREDOLVpGDQVOHTXHO
XQFDSLWDOLVPHVDXYDJHV¶H[HUFHWDQWDXQLYHDXGHODYLOOHYLOOHPDUFKDQGLVHTXHGHODIrWH
(méga carnaval), et des identités (tourisme ethnique).
34 CHAPITRE Ier : IDENTITÉS
Construction historique de la classe dangereuse
35 Dans cette première partie, nous posons les jalons qui permettront de mener la double analyse
jODIRLV³FXOWXUDOLVWH´HW³XUEDLQH´TXLFRQVWLWXHODSUREOpPDWLVDWLRQGHQRWre objet, à savoir
GHVPDUFKDQGVGHUXHHQWHPSVGHIrWHRXHQFRUHGHV³SDXYUHV´GXFRPPHUFHGHUXHGDQVOD
IrWH PRQGH FDUQDYDO 'DQV XQ SUHPLHU WHPSV M¶H[SRVH OHV FDUDFWpULVWLTXHV GX FRPPHUFH
informel en relation avec le contexte légal brésilien afin de O¶LQWpJUHUGDQVXQHSUREOpPDWLTXH
DFWXHOOHHWXUEDLQHG¶XQHFDSLWDOHHQDVFHQVLRQ3XLVMHUHSUHQGVXQHDQDO\VHKLVWRULTXHGHV
relations morales qui ont régi et qui régissent encore les corrélations entre les différents
groupes sociaux à Bahia afin de comSUHQGUH FH TX¶HVW XQH FXOWXUH © syncrétique » et un
peuple « métisse ».
-HP¶H[FXVHDXSUqVGXOHFWHXUEUpVLOLHQSRXUDYRLUUHSULVO¶DQDO\VHTXLSRUWHVXUOHVUDSSRUWV
VRFLDX[DX%UpVLOjOHXURULJLQHUpSpWDQWGHVpOpPHQWVGpMjFRQQXVGHOXLPDLVMHO¶DL fait dans
OHVRXFLG¶pFODLUHUOHOHFWHXUIUDQoDLVVXUXQHKLVWRULFLWpTXLQ¶DSDVpWpUpHOOHPHQWWUDGXLWHHQ
français ce TXL SHXW DPHQHU j XQH SHQVpH VLPSOLILpH TXL Q¶HVW SDV VRXKDLWDEOH -¶DL GRQF
retranscrit, dans toute sa complexité, à partir de textes trop cités et pas assez lus, la base des
rapports sociaux à partir des fondements raciaux au Brésil. Au final, il se peut que le lecteur
brésilien puisse WURXYHUPDWLqUHjUpIOH[LRQHQUHOLVDQWFHTX¶LOVDLWGpMjSXLVTX¶LOV¶DJLWG¶XQH
lecture originale issue des sources premières et non de réinterprétations FLWDWLRQV G¶DXWUHV
auteurs.
I- Le commerce de rue et ses acteurs
À Salvador, le commerce de rue est très répandu aussi bien dans les quartiers populaires que
dans les quartiers des classes moyennes. On trouve un peu de tout sur les étals des
marchands QRXUULWXUHERPERQVHQFDVEHLJQHWVVDOpVRXVXFUpV«ERLVVRQVVRGDVELqUHV
eau), CD, torchons, bijoux, etc. Leur présence est plus concentrée dans les quartiers à forte
fréquentation : avenues commerciales, quartiers de bureaux, arrêts de bus, autour des centres
commerciaux, des stades de football, etc. Les étals peuvent être légers et transportés sur le
dos, sur le bras, en bandoulière, ou bien être poussé (brouette). Des aménagements artisanaux
VRQWSDUIRLVUDMRXWpVSDUOHXUVSURSULpWDLUHV,OSHXWV¶DJLUpJDOHPHQWG¶XQPDWpULHOLQGXVWULHO
et standardisé. Dans certaines rues très fréquentées du centre ville, du fait du grand nombre
de marchands, la mairie délimite des zones, ruelles ou passages, où la vente est autorisée. En
36 GHKRUV GH FH SpULPqWUH OHV PDUFKDQGV ULVTXHQW G¶rWUH FKDVVpV HW GH IDLUH O¶REMHW G¶XQH
amende, avec parfois confiscation de leur marchandise. Dans le reste de la ville, ils ne sont
pas inquiétés.
/¶DFWLYLWp FRQFHUQH GHV KRPPes, des femmes et parfois des enfants, dans des proportions
GLIIpUHQWHV 6HORQ O¶HPSODFHPHQW TX¶LOV RFFXSHQW LOV VRQW SOXV RX PRLQV WROpUpV HW GRQF
contrôlés. Dans les quartiers les plus populaires, il est entendu que quiconque peut travailler
même avec des moyeQV WUqV LPSURYLVpV HW OLPLWpV %LHQ TX¶LQWHUGLW SDU OD ORL Oe travail
infantile est toléré dans les quartiers pauvres. Cependant, ces dernières années, un système a
été mis en place par le Président sortant, Luis Ignacio da Silva Lula, pour généraliser la
scolarisation des enfants OD³%ROVDIDPLOLD76´
Dans les quartiers qui abritent les classes moyennes et hautes, le commerce de rue offre des
tarifs beaucoup plus intéressants que ceux pratiqués dans les boutiques, mais avec une qualité
moindre. Il vise principalement ceux qui travaillent comme employés domestiques chez les
SDUWLFXOLHUVRXYHQGHXUVJDUGLHQV«/DSUR[LPLWpODGLYHUVLWpHWODIDFLOLWpG¶DFKDWSURSUHVj
ce type de commerce rend leur vie quotidienne plus facile. CHW\SHG¶DFWLYLWpHVW propre aux
SD\VHQYRLHGHGpYHORSSHPHQWRXpPHUJHQWVDORUVTX¶LODGLVSDUXGDQVOHVSD\VGpYHORSSpV
chassé par une fiscalisation dévorante.
/¶LQIRUPHO ORLQ G¶rWUH XQH QRWLRQ FOp HVW SOXW{W XQ IRXUUH-WRXW &HV ³SHWLWV ERXORWV´ VH
trouvent souvent sur uQHOLJQH G¶pTXLOLEUH TXL YDFLOOH HQWUH OH WUDYDLO j WHPSV FRPSOHW HW OH
WUDYDLO G¶DSSRLQW OH WUDYDLO j O¶DQQpH HW OH WUDYDLO VDLVRQQLHU HQWUH OH IRUPHO HW O¶LQIRUPHO
entre les cadres légaux et les cadres moraux, entre la marginalité et la charité, entre la
SDXYUHWp HW O¶HQWUHSUHQDULDW HWF '¶R O¶LPSRUWDQFH G¶XQH UHFKHUFKH GH WHUUDLQ GDQV XQ
domaine qui ne se laisse pas facilement saisir ni comptabiliser du fait de son opacité et de ses
multiples facettes. Nous allons tenter de saisir cette notion et ses contradictions tout au long
de notre travail.
A- 'pILQLWLRQVGHO¶LQIRUPDOLWp
76
La « bolsa familia ªHVWXQSURJUDPPHG¶DLGHDX[IDPLOOHVLQVWDXUpSDU/XOD/HVSDUHQWV
qui peuvent prouver la scolarisation de leur enfant reçoivent une aide qui va de R$22,00 à R$
PHQVXHOVDILQG¶DFKHWHUOHPDWpULHOVFRODLUH&HWWHDLGHHVWSDrfois le seul revenu fixe
HW SHUPHW j GHV IDPLOOHV GH VH KLVVHU KRUV GH O¶pWDW GHPLVqUH GDQVOHTXHO HOOHV VH WURXYHQW
principalement dans des contextes ruraux mais aussi parfois en ville, dans des situations de
YLHTXLUHVWHQWHQPDUJHGHO¶XUEDLQ
37 Le petit commerce de rue qui ne répond à aucun critère étatique de licence ou taxe se voit
désigné, à partir des années 1970, comme « secteur informel » ou « économie informelle ».
%UXQR/DXWLHUUHSUHQGOHVFRQGLWLRQVGHO¶DSSDULWLRQGHFHWWHQRPHQFODWXUHFHTX¶HOOH
UHFRXYUH HW FH TX¶HOOH SHUPHW ± ou non. La première definition, donnée par le Bureau
international du travail, date de 1976 :
« petite taille des unités de production et caractère familial de ces dernières ; absence
G¶REVHUYDWLRQGHODUpJOHPHQWDWLRQ ; faible niveau technologique » (Lautier : p 6-7).
Lautier77 récapitule les différents termes employés pour parler des activités échappant au
FRQWU{OH GH O¶eWDW HQ V¶LQVSLUDQW G¶XQ RXYUDJH GH :LOODUG /D OLVWH HVW
impressionnante :
7HUPHVHPSOR\pVSRXUGpVLJQHUO¶DFWLYLWppFKDSSDQWDX[QRUPHVOpJDOHVHWVWDWLVWLTXHV
Économie non officielle
Économie non déclarée
Économie dissimulée
Économie submergée
Économie sous-marine
Économie parallèle
Économie alternative
Économie autonome
Économie grise
Économie marginale
Contre-économie
Économie invisible
Économie illégale
Économie non enregistrée
Économie non observée
Économie cachée
Économie souterraine
Économie clandestine
Économie secondaire
Économie duale
Économie occulte
Économie noire
Économie irrégulière
Économie périphérique
eFRQRPLHGHO¶RPEUH
Économie informelle
'¶DSUqV:LOODUG
&HVWHQWDWLYHVG¶H[SOLFDWLRQYRQWUHWHQLUWRXWHO¶DWWHQtion des organismes internationaux dès
les années 1970 et, chose peu courante, ces derniers vont réussir à imposer (cela vient
UDUHPHQWGXKDXWODQRWLRQG¶LQIRUPDOLWpELHQTX¶HOOHDLWpWpFULWLTXpHSDUOHVFKHUFKHXUVHQ
sciences sociales dès le départ pour la faiblesse de son concept analytique. Cette notion ne
désigne pas seulement un secteur marginal ou archaïque, mais devient pour tous une nouvelle
IDoRQ GH SHQVHU OH GpYHORSSHPHQW GpEDUUDVVp GH O¶LGpDO G¶LQWpJUDWLRQ GH OD WRWDOLWp GH OD
77
Lautier (2004 : 12), se référant à Willard J. C (1989), « /¶pFRQRPLHVRXWHUUDLQHGDQVOHV
comptes nationaux », Economie et statistiques, n°226, INSEE, Paris, Novembre, p.25-51.
38 population urbaine dans le salariat moderne à WUDYHUV O¶LQGXVWULDOLVDWLRQ En effet,
contrairement à ce qui avait été pensé dans un premier temps, ces activités informelles étaient
HQSOHLQHH[SDQVLRQHWQRQYRXpHVjGLVSDUDvWUH(OOHVFRQFHUQDLHQWODPDVVHG¶LPPLJUpV des
régions rurales qui était sur le banc de touche et qui y resteraiW VDQV GRXWH FDU O¶DFWLYLWp
industrielle ne pouvait absorber toute cette main-G¶°XYUHYHQXHHQYLOOH
Les tentatives de définitions de ce secteur se sont heurtées à différents problèmes notamment
O¶LPSRVVLELOLWp G¶HQ GpFULUH WRXWHV OHV IDFHWWHV. Il fallait également éviter les généralités
grossières, qui auraient tendu à le considérer comme illicite. Les degrés et les formes de
O¶LQIRUPHOVRQWWUqVYDULDEOHVVHORQOHVSD\VHWOHVVHFWHXUs.
Dans les années 1980, la paupérisation du service public et la baisse des activités salariées
stables ont engendré des politiques de formalisation. Force est de constater que tout le monde
Q¶DSDVVDSODFHGDQVODVRFLpWpPRGHUQH/¶LQIRUPHOHVWGRQFYoué à perdurer.
Dans les années 1970, ce secteur, a pu être associé à la marginalité caractérisée alors par « la
GpOLQTXDQFH O¶DEVHQFH G¶KDELWDW IL[H HW SDUIRLV OH UHIXV G¶LQWpJUDWLRQ GDQV OD société
moderne » (Lautier : 7). Cela correspond au constat que « O¶DUPpH LQGXVWULHOOH GH UpVHUYH »
(Lautier : ibid) des migrants vers la ville ne sera jamais mobilisée. Une assimilation au sousHPSORLVHORQOHVWUDYDX[G¶2VFDU/HZLVTXLRSSRVHOHVHFWHXUWUDGLWLRQQHODJULFROH
au secteur moderne (industriel D pJDOHPHQW H[LVWp /H VHFWHXU WUDGLWLRQQHO G¶DERUG YRXp j
alimenter en main-G¶°XYUH OH VHFWHXU LQGXVWULHO GDQV XQ V\VWqPH GH GHPDQGH GHYLHQW j OD
OXPLqUHGHODUpDOLWpIRXUQLVVHXUH[FpGDQWG¶© XQHPDVVHG¶XUEDLQVSDXYUHVHQDWWHQWHG¶XQ
emploi » (Lautier : ibid) à cause de la crise du secteur industriel. Du fait de leur faible
production et malgré une charge horaire énorme, ces travailleurs informels seront associés au
sous-HPSORL (QILQ XQH WURLVLqPH YRLH FHOOH GH O¶LQIRUPDOLWp FRPPH PR\HQ GH VXUYLH,
HPSUXQWHEHDXFRXSDX[WUDYDX[GHO¶eFROHGH&KLFDJR3DUNTXLIRQWGHODSDXYUHWp
un mode de vie fait de débrouille. Dans une certaine mesure, ces chercheurs ont contribué à
exagérer ces caractéristiques dans lesquels la population pauvre peut se reconnaître au point
GH V¶HQ WURXYHU SULVRQQLqUH WRXW FRPPH OHV SRXYRLUV SXEOLFV TXL YRQW RXEOLHU TXH FHWWH
SUpFDULWpSRXYDLWIDLUHO¶REMHWGHSURJUDPPHVVRFLDX[VSpFLILTXHV
La première voie offre donc un scénario de marginalité qui va souvent de pair avec la
répression ; la deuxième ouvre sur le registre du manque de moyens qui a donné lieu à des
SROLWLTXHVGHIRUPDOLVDWLRQHWG¶DFFqVDXFUpGLW/DWURLVLqPHTXDQWjHOOH DERXWLWVXUO¶idée
que la débrouillardise du pauvre peut créer un modèle de développement alternatif auprès des
39 organisations internationales, type projets de commerce équitable.
B- Contexte légal du travail
¬ WUDYHUV O¶H[SRVLWLRQ GHV GRQQpHV RIILFLHOOHV WLUpHV GHV UHFHQVHPHQWV PRQ LGpH HVW GH
présenter les conditions légales du travail au Brésil, en observant les droits et les devoirs du
WUDYDLOOHXU-¶HVSqUHDLQVLUHQGUHFRPSWHGHODUpDOLWpEDKLDQDLVHHWEUpVLOLHQQHGHVPDUFKDQGV
de rue. Cependant, je ne souhaite pas opposer arbitrairement deux mondes clos, qui seraient
celui du forPHOHWGHO¶LQIRUPHOPDLVUHWUDFHUOHVVFKpPDVPHQWDX[TXLSHXYHQWSDUWLFLSHUGH
ODFRQVWUXFWLRQGHVSUpMXJpVjWUDYHUVO¶XWLOLVDWLRQPHQWDOHGHFDWpJRULHVKHUPpWLTXHV
Je cherche à dresser le portrait robot du travailleur brésilien moyen, ou plutôt du travailleur
bahianais moyen, tout en le mettant en relation avec la réalité des autres États du pays. Je
dresse ainsi un tableau du « monde formel », de « O¶HPSORL PR\HQ », qui me servira de
UpIpUHQFHSRXUSUpVHQWHUOHVVSpFLILFLWpVGHO¶LQIRUPDOLWpjWUDYHUVPHVUpVXOWDWVG¶HQTXrWHVHW
les quelques données officielles sur le sujet. Je dois toutefois relativiser cette entreprise car
QRPEUHVGHFKLIIUHVPLVHQpYLGHQFHSDUO¶,%*(FRQFHUQHQWOHVUpJLRQVPpWURSROLWDLQHVOHV
plus peuplées soit celles du Brésil urbain et émergent. En cela, je laisse de côté beaucoup
G¶DXWUHVDVSHFWVGX%UpVLO&HSHQGDQWFHWpFKDQWLOORQMHSUpIqUHOHFRQFHYRLUFRPPHFHODD
OH PpULWH G¶LQWpJUHU %DKLD GDQV XQ %UpVLO SURIRQGpPHQW XUEDLQ j O¶LPDJH GH PRQ WHUUDLQ
$LQVLM¶HVSqUHDUriver à introduire la notion de « ville à plusieurs vitesses » (Mongin, 2005 :
S&HWWHH[SUHVVLRQHVWHQUpDOLWpGH-DFTXHV'RQ]HORWTXLO¶XWLOLVHSRXUH[SOLTXHUODYLOOH
selon une tripartition : les espaces de relégations, les zones périurbaines et la gentrification
GHVFHQWUHVYLOOH-HP¶HQVHUYLUDLVSOXW{WFRPPHG¶XQPDUTXHXUUHOHYDQWOHVGLIIpUHQWVW\SHV
de développement et leur imbrication respective: entre structure formelle / informelle ;
économie traditionnelle / économie de marché ; système paternaliste / système libéral ; ville
idéale / ville fragmentée UHYHQGLFDWLRQGHFODVVHUHYHQGLFDWLRQHWKQLTXH«
1) La carte de travail
Nous souhaitons apporter quelques données de base pour le lecteur non brésilien sur
O¶RUJDQLVDWLRQOpJDOHGXWUDYDLO. Il existe au Brésil un petit livret individuel appelé « carte de
travail ª TXL VDQFWLRQQH OH SDUFRXUV SURIHVVLRQQHO G¶XQ LQGLYLGX HQ PHQWLRQQDQW WRXV OHV
HPSORLVGpFODUpVTX¶LODFFRPSOLUDDXORQJGHVDYLHOHQRPGHO¶HQWUHSULVHOHVDODLUHSHUoX
40 Cette carte de travail sert de base de référence pour payer les arriérés en cas de licenciement.
Elle permet également de suivre officiellement les différentes entreprises fréquentées,
ajoutant un sceau officiel au curriculum vitae. Cette carte est délivrée à condition que
O¶LQGLYLGXHQTXHVWLRQVRLWHQUqJOHDYHFVHVREOLJDWLRQVFLWR\HQQHVGHYRWH(OOHRFWURLHGRQF
des droits à ceux qui sont en règle en tant que citoyen.
2) Le salaire minimum
Le salaire au Brésil se calcule fréquemment sur la base du salaire minimum qui, en plus
G¶rWUH XQ SODIRQG VDODULDO HVW XQH XQLWp GH PHVXUH ,O HVW FRXUDQW G¶pYRTXHU OH IDLW TX¶XQ
VDODLUHPLQLPXPQ¶HVWSDVVXIILVDQWSRXUVXUYLYUHGLJQHPHQWVXUWRXWHQYLOOHROHVGpSHQVHV
sont facilement augmentées par la nécessité de se déplacer (transport en commun), mais aussi
jFDXVHG¶XQPRGHGHYLHTXLV¶LQVFULWGDQVODVRFLpWpFDSLWDOLVWHRLOIDLWERQGpSHQVHUSRXU
tout : alimentation, santé, éducation. On négocie alors son salaire sur la base de 2, 3 ou X
salaires minimums. Cette XQLWp GH PHVXUH VHUYDLW pJDOHPHQW GH EDVH VWDWLVWLTXH j O¶,QVWLWXW
national de géographie du Brésil (IBGE), producteur officiel du recensement et des
LQGLFDWHXUVVRFLDX[$XMRXUG¶KXLHOOHHVWUHPSODFpHSDUOHFDOFXOGHVUHYHQXVPR\HQV Peutêtre à cause des deux mandats successifs de Lula qui ont changé la réalité du salaire
minimum. Lula a exercé la fonction de Président de la République du 1 er janvier 2003 au 1er
MDQYLHU6LO¶RQVHUpIqUHjODYDOHXUGXVDODLUHPLQLPXPDXFRXUVGHFHWWHSpULRGHRn
YRLW TX¶LO HVW SDVVp GH 5 j 5 78, suivant une augmentation annuelle de R$
3URJUHVVLRQ TXH OD 3UpVLGHQWH 'LOPD 5RXVVHI Q¶D SDV UHPLVH HQ FDXVH SXLVTXH FHWWH
année le salaire minimum a augmenté de R$ 35,00. Ce dernier tend à devenir un vrai revenu
et non plus une valeur symbolique. La semaine de travail est de 44 heures.
3) La négociation en cas de depart
8Q IRQGV GH JDUDQWLH HVW FRQVWLWXp SDU O¶HPSOR\p HW O¶HPSOR\HXU SHQGDQW WRXWH OD GXUpH GX
FRQWUDW/RUVTXHO¶HPSOR\pSHUGVRQHPSORLil est en droit de toucher ce fonds de garantie ou
GH FRQWLQXHU j OH FRQVWLWXHU V¶LO WURXYH XQ DXWUH HPSORL ,O HVW FXPXODWLI 'H SOXV LO SHXW
WRXFKHU WURLV PRLV GH FK{PDJH FDOFXOpV VXU OD EDVH GH VRQ VDODLUH PHQVXHO 6L O¶HPSOR\p
demande son arrêté des comptes, il perd ses allocations chômage, mais pas son fonds de
78
Données recueillies sur le site :http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/salario_minimo.htm
41 JDUDQWLH (Q FDV GH GHPLVVLRQ O¶HPSOR\p SHXW QpJRFLHU XQ OLFHQFLHPHQW j O¶DPLDEOH SRXU
conserver ses droits au chômage et son fonds de garantie.
4) /¶HQWUHSUHQHXULQGLYLGXHO
En 2005, étant donQp O¶LPSRUWDQFH GX PDUFKp LQIRUPHO GHV HQWUHSULVHV IDPLOLDOHV RX
individuelles non déclarées principalement dans les quartiers périphériques, mais aussi des
SUHVWDWLRQVGHVHUYLFHFKH]O¶HPSOR\HXUFRPPHIHPPHGHPpQDJHRXFRQFLHUJHO¶eWDWODQFH
un programme de mise aux normes de ces micro-HQWUHSULVHV VRXV OH QRP G¶³HQWUHSUHQDULDW
LQGLYLGXHO´jWUDYHUVGHVGpPDUFKHVVLPSOLILpHVDXPRPHQWGHO¶LQVFULSWLRQGHVGpFODUDWLRQV
G¶LPS{WV HW GHV FRQWULEXWLRQV VRFLDOHV DX[TXHOOHV OH WUDYDLOOHXU GRLW VRXVFULUH &Htte mesure
IRUPDOLVHOHYHQGHXUGHUXHHQOXLRFWUR\DQWOHVPrPHVGURLWVTX¶XQWUDYDLOOHXULQGpSHQGDQW :
LO FRWLVH DX V\VWqPH GH VDQWp HW j OD UHWUDLWH ,O D OH GURLW G¶DYRLU XQ VDODULp /HV WD[HV
simplifiées mensuelles tournent autour de 40,00 Reais.
C- Marginalisation, pauvreté, débrouille
Michel Agier (1999 : p. 58-V¶RSSRVHFRXUDQWLQWHOOHFWXHOTXLDGRQQpOLHXjODQRWLRQGH
« culture du pauvre » (Oscar Lewis). Il décompose à son tour en trois déclinaisons ce préjugé
qui enferme une population hétérogène dans une fausse homogénéité. Le premier degré est
FHOXLGHO¶HQIHUPHPHQWVSDWLDOOHVHFRQGHVWFHOXLGHO¶LGHQWLILFDWLRQH[WHUQHGHJURXSHV© les
exclus », « les pauvres », « O¶XQGHUFODVV ªOHWURLVLqPHHVWFHOXLGHO¶LQYHQWDLUHFXOWXUHO&HV
attriEXWVFRQWULEXHQWjQRXUULUXQHLPDJHGXSDXYUHIDLWHG¶DPDOJDPHVHWGHSUpMXJpV : ainsi, il
est plus ou moins consciemment associé au marginal (du moins potentiel), au sous-homme
GHVFHQGDQW GLUHFW GH O¶HVFODYH VDQV pGXFDWLRQ HW DGKpUDQW j XQH VRXV-culture ou enfin à un
groupe de nécessiteux parfois associés aux misérables.
Toutes ces références anciennes et tenaces fonctionnent comme une chape de plomb sur une
population que nous découvrons à travers notre recherche comme totalement hétérogène (au
contraire GH O¶LGpH GH PDVVH QpFHVVLWHXVH DX[ DUUDQJHPHQWV IDLWV VXU PHVXUH GDQV OH FDGUH
informel qui leur sert de structure de vie parfois délibérément choisie et non seulement subie.
En effet, pour certains ce secteur peut présenter certains atouts comme être son propre patron,
aménager ses horaires (même si parfois les 44 heures hebdomadaires légales seront
dépassées), ne rendre de compte à personne, travailler chez soi ou devant chez soi ce qui
42 permet aux femmes de concilier travail, vie domestique et éducation des enfants etc. Si
O¶LPDJHTXLHVWDVVRFLpHDXFRPPHUFHLQIRUPHOHVWQpJDWLYHOHVLQWpUrWVSHUVRQQHOVGHFHX[
TXLV¶\HQJDJHQWSHXYHQWrWUHPHVXUpVHWDGRSWpVHQFRQQDLVVDQFHGHFDXVH'DQVODSOXSDUW
des cas, cette activité est familiale et les nouvelles générations sont initiées après avoir aidé
les parents dès leur plus jeune âge.
D- Salvador en chiffres
1) Population
/H%UpVLOHVWXQSD\VTXLV¶pWHQGVXU 514 215,3 km2 avec une population recensée de plus
de 192 000 000 personnes. Pour se concentrer sur notre terrain, Salvador de Bahia compte
2 675 000 habitants (ville stricto sensu). Elle est la troisième ville du Brésil derrière São
Paulo et Rio de Janeiro.
Salvador, en tant que première capitale du Brésil, a une histoire qui remonte au début de la
colonie. Fondée en 1549, sa population et son occupation du sol augmentent au fil du temps.
8Q JUDQGERRPGpPRJUDSKLTXHVHSURGXLWGDQVOHVDQQpHV6XUOHPRGqOHGHO¶H[RGH
rural, la ville accueille un grand nombre de migrants venus des campagnes. Nous renvoyons
ici à un petit récapitulatif de la population de Salvador très parlant dont Michel Agier (2000 :
18) nous fait part et que je complète avec des données plus récentes :
Début XIX
1900
1940
1960
1970
1980
1991
2000
2011
45 000
205 000
290 000
655 000
1 027 000 1 531 000 2 072 000 2 440.000 2 675 00079
1RPEUHVG¶LQGLFDWHXUVVRFLDX[VHEDVHQWVXUOHVUpJLRQVPpWURSROLWDLQHVOHVSOXVLPSRUWDQWHV
HQ WHUPHV GH SRSXODWLRQ -H FLWH GDQV O¶RUGUH 6mR 3DXOR 5LR GH -DQHLUR %HOR +RUL]RQWH
Porto Alegre, Recife, Fortaleza et Salvador en septième position pour le dernier recensement
GH -XVTX¶DORUV 6DOYDGRU RFFXSDLW OD VL[LqPH SRVLWLRQ GHYDQW )RUWDOH]D /HV UpJLRQV
PpWURSROLWDLQHVLQFOXHQWODFDSLWDOHGHO¶eWDWHWWRXWHXQHVpULHGHYLOOHVYRLVLQes formant la
zone industrielle. Dans le cas de Salvador la région métropolitaine (RM) accueille le pôle
pétrochimique. Le recensement 2010 de la région métropolitaine de Salvador compte
79
Le recensement de 2010 présente des résultats estimatifs, car il est en cours de traitement.
43 3 574 804 habitants.
2) Inégalités face au travail
a) Le taux de chômage :
(Q PDUV O¶,%*( UHFHQVH SRXU OD UpJLRQ PpWURSROLWDLQH GH 6DOYDGRU LQFOXDQW OH S{OH
pétrochimique, 3 324 SHUVRQQHVHQkJHG¶rWUHDFWLYHV80. Le taux de chômage est en baisse
par rapport à mars de 201081 en affichant 10,5%. Cependant, la moyenne des 6 régions
métropolitaines est de 6,5%. Salvador a le plus fort taux de chômage, et ce depuis
longtemps : déjà en 2002, elle affichait 17,4% contre la moyenne des 6 régions
métropolitaines de 12,9%. Nous pouvons noter que les six régions métropolitaines affichent
un résultat qui a diminué de moitié entre 2002 et 2011. Les résultats concernant Salvador
présentent une nette amélioration, mais accusent cependant un retard par rapport aux autres
régions métropolitaines.
b) /HVPDUTXHVGHO¶LQpJDOLWpGDQVOHVVWDWistiques officielles :
Il est intéressant de détailler les résultats obtenus selon le sexe. Le taux de chômage pour les
hommes est de 14,9%, alors que celui des femmes est de 20,2% en 2002, en 2006 il est
respectivement de 11,2% et 16,4%. Les données du dernier recensement sur cette répartition
Homme )HPPHVQ¶DSDVHQFRUHpWpSXEOLp&HSHQGDQWFHWDEOHDXSHXWrWUHFRPSOpWpSDUXQ
autre qui révèle les motifs avancés pour expliquer le fait de ne pas travailler ; à plus de 85%,
le motif avancé est de ne pas rWUHGLVSRQLEOH2QSHXWLPDJLQHUTXHF¶HVWOHFDVG¶XQFHUWDLQ
nombre de femmes occupées à élever les enfants. Le taux de chômage reste plus important
chez les femmes que chez les hommes, 8,9% pour les hommes contre 14,2 pour les femmes
en 2008, les deux taux connaissant cependant une diminution au long des années de la
recherche, de 2003 à 2011.
Je souhaite rendre compte également des inégalités soulignées par un rapport tirant ses
sources du recensement national, mais dont les finalités sont de distinguer les résultats sur le
critère de la race82. Pour la première fois dans un recensement, la population noire est
80
/¶,%*(GRQQHFRPPHGpILQLWLRQGHVSHUVRQQHVHQkJHVG¶rWUHDFWLYHVOHVSHUVRQQHVGH
ans ou plus à la date de référence.
81
En mars 2010, on affichait un taux de chômage de 11,3%.
82
Dinâmica demografica da população negra brasileira, 15/05/2011. IPEA, n°91. Ce bureau
de statistique nationale dépend directement de la Présidence de la République et vise à
44 VXSpULHXUHjODEODQFKH/HUHFHQVHPHQWDX%UpVLOLQFOXWO¶DXWRGpWHUPLQDWLRQGHODFRXOHXUGH
peau : blanc, noir, métisse, jaune ou indigène (métisse et indigène ne sont pas des couleurs).
97 millions de personnes se sont déclarées noires ou métisses alors que 91 millions de
personnes se sont déclarées blanches. Ces chiffres peuvent être dus au plus grand nombre de
déclarations de personnes se définissant eux-mêmes comme métisses plutôt que blanches et /
ou au taux de fécondité de la population noire et métisse en relation avec la population
EODQFKH /¶pWXGH SRLQWH XQ FKDQJHPHQW GDQV OD VWUXFWXUH IDPLOLDOH HW OHV UDSSRUWV GH JHQUH
avec un plus grand nombre de familles monoparentales chez la population noire, la femme
SUHQDQW DORUV OH U{OH GH FKHI GH IR\HU DLQVL TX¶XQH DXJPHQWDWLRQ VLJQLILFDWLYH GH OD
participation de la femme dans les revenus du foyer tant chez la population banche que noire.
Une GLIIpUHQFHVHIDLWVHQWLUVXUO¶kJHGHODPRUWDOLWpHQWUHSRSXODWLRQEODQFKHHWQRLUH /HV
Blancs meurent plus vieux alors que les Noirs, ont une forte mortalité entre les hommes âgés
GH j DQV SULQFLSDOHPHQW SRXU FDXVH G¶KRPLFLGHV /¶pWXGH UpYqOH pJDlement que la
pauvreté a une couleur : la proportion de noirs pauvres est deux fois plus importante que celle
des blancs. En résumé, la population noire est majoritaLUH SOXV MHXQHD SOXV G¶enfants, est
plus pauvre et plus exposée à la mortalité dont la cDXVHSULQFLSDOHHVWO¶KRPLFLGH&HVFKLIIUHV
qui ont pour objectif de dénoncer les inégalités sociales devront être maniés avec prudence
pour ne pas risquer de stigmatiser la population noire comme étant une population marginale.
Les chiffres présentent un ULVTXH GH V\VWpPDWLVDWLRQ HW G¶KRPRJpQpLVDWLRQ TXL SHXW VH
FRPSDUHUjO¶XVDJHGHFDWpJRULHVG¶DQDO\VHSRXUH[SOLTXHUOHVIDLWV6LHOOHVQRXVDLGHQWGDQV
une certaine mesure, elles peuvent aussi nous limiter ou nous mener à des amalgames
regrettables.
c) Le salaire moyen83 :
/H VDODLUH PR\HQ HVW OD PHVXUH TXL D UHPSODFp O¶XQLWp GX VDODLUH PLQLPXP GDQV OHV
statistiques officielles. Il atteint pour la région métropolitaine de Salvador R$ 1 197,0084,
marquant une augmentation de 6,1% en 2011. Salvador se trouve en avant-dernière position,
juste avant Recife dans le tableau récapitulatif des salaires moyens dans les six régions
orienter les politiques publiques en fonction des inégalités raciales entre population noire et
population blanche.
83
Les données ont été tirées de: Pesquisa mensal de emprego. IBGE, março de 2011.
Accessible en ligne:
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/pme_20
1103pubCompleta.pdf en date du 13/05/2011.
84
Salaire moyen à ne pas confondre avec le salaire minimum qui lui est de R$ 545,00.
45 métropolitaines suivantes : Recife, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre, São Paulo et Rio
de Janeiro. Le salaire moyen pour les six régions métropolitaines confondues est de R$
1 ,OSHXWrWUHLQWpUHVVDQWGHSUHQGUHOHVDODLUHPR\HQSDUPRGHG¶RFFXSDWLRQSRXUOHV
six régions métropolitaines. Ainsi, le revenu minimum pour les employés, dont la carte de
travail a été signée, ce qui sLJQLILH TXH O¶HPSOR\HXU HW O¶HPSOR\p VRQW HQ UqJOH HVW GH 5
1 146,30, celui des militaires et fonctionnaires est de R$ 2 802,90 et celui des autonomes de
R$ 1 328,90. Nous observons donc que les postes de fonctionnaires offrent des revenus plus
élevés quHOHVGHX[DXWUHVFDWpJRULHVFHTXLFRQWULEXHjYDORULVHUFHW\SHGHFDUULqUHV6LO¶RQ
répercute ces résultats sur le nombre de personne constituant la famille, le revenu moyen par
tête est de R$ 765,69 à Salvador contre R$ 1.036,98 pour la moyenne des six régions
métropolitaines, soit en net retrait.
3) Conclusions sur Bahia, en relation avec les autres régions métropolitaines:
6DOYDGRUELHQTXHWUqVSUpVHQWHVXUOHSODQGXQRPEUHG¶KDELWDQWVDIILFKHXQFHUWDLQQRPEUH
de retards par rapport aux
États de São Paulo et Rio de Janeiro. On sent que ce
UDSSURFKHPHQW GHV VL[ JUDQGHV UpJLRQV PpWURSROLWDLQHV Q¶HVW SDV YUDLPHQW XQH PLVH HQ
concurrence, pour de nombreuses raisons historiques Salvador garde un certain retard ou un
FHUWDLQ FRQVHUYDWLVPH TXL O¶HPSrFKH G¶LQWpJUHU OHV PHLOOHXUHV SODFHV GHV FODVVHPHQWV
QDWLRQDX[ 3DUPL OHV UDLVRQV O¶LQIRUPDOLWp MRXH XQ U{OH LQGpQLDEOH ,O H[LVWH FHSHQGDQW
TXHOTXHVWHQWDWLYHVGHUHFHQVHPHQWGHO¶pFRQRPLHLQIRUPHOOHTXLGRLvent être maniées avec
attention, vu la grande disparité des activités concernées.
E- Portraits
/¶LQIRUPDOLWp HVW XQ IRXUUH-WRXW O¶LQIRUPDOLWp HVW PXOWLIRUPH LPSDOSDEOH« SRXUWDQW HOOH
existe, elle se retrouve dans tous les domaines, ou presque, à différents niveaux, plus ou
PRLQVYLVLEOHFDPRXIOpH«&RPment la capter ? Comment la dater "'¶RYLHQW-elle ? Face à
des réponses en forme de « tout », comment la caractériser ?
/¶LQIRUPHO LOOLFLWH O¶LQIRUPHO OLp j OD FRUUXSWLRQ O¶LQIRUPHO OLp j OD VXUYLH« DXWDQW GH
registres dans lesquels on le retrouve. Ces registres ont chacun leurs règles propres et
SRXUWDQWQHVRQWSDVKHUPpWLTXHV/HSDVVDJHGHO¶XQjO¶DXWUHHVWSRVVLEOHDXVVLELHQSRXUVHV
DFWHXUVTXHSRXUFHX[TXLODFDUDFWpULVHGHO¶H[WpULHXU2QSHXWFRQIRQGUHPrOHUFHVUHJLVWUHV
46 selon les époques HWOHVFOLPDWVVRFLDX[HWPRUDX[2QSHXWSDVVHUG¶XQUHJDUGFRPSODLVDQWHW
compatissant du style « OHV SDXYUHV LO IDXW ELHQ TX¶LOV WUDYDLOOHQW », à un registre de
condamnation du désordre ambiant menant directement à la criminalité du fait du manque de
cRQWU{OHGHO¶LQIRUPHO
3RXUFHVDFWHXUVQRXVDYRQVUHSpUpVXUOHWHUUDLQGHX[W\SHVGHUpSRQVHVHWG¶DWWLWXGHIDFHj
la condition de vendeur de rue GRQW QRXV VRXKDLWRQV UHQGUH FRPSWH XQ TXL V¶DVVXPH HW VH
UHYHQGLTXHDFWHXUGHO¶LQIRUPHOSDUFKRL[DSUqV une expérience dans le domaine formel, et
O¶DXWUHTXLVHUHYHQGLTXHG¶XQHWUDGLWLRQUHOHYDQWGHO¶LQIRUPDOLWpGHPqUHHQILOOHPDLVTXL
se représente comme victime (des pouvoirs publics). Ces deux expériences partagées le temps
de quelques entretiens me VHUYHQWjFDGUHUXQWDQWVRLWSHXO¶LQIRUPDOLWpGH6DOYDGRUGDQVOH
cadre du quotidien, des fêtes populaires, et du carnaval. En effet, les registres sont mous et les
marchands du carnaval relèvent en bonne partie soit du commerce de rue, soit de la tradition
des marchands des fêtes populaires de Salvador. Chacun de ces parcours est singulier mais se
UHQFRQWUHVXUO¶DUqQHFDUQDYDOHVTXH3DUOHXUGLIIHUHQFHQRXVFKHUFKRQVjUHVWHUSURFKHVGHOD
UpDOLWp TXL PDOJUp OHV PHVXUHV G¶XQLIRUPLVDWLRQ GHV SRXYRLUV Sublics reste très largement
hétérogène.
1) Carlos
Carlos est un des premiers marchands de rue avec qui je me suis entretenue, figure syndicale
des marchands de rue du centre ville. Il travaille sur la très animée place du Relogio de São
Pedro dans le vieux centre de Salvador. Carlos explique son parcours professionnel : après
VRQVHUYLFHPLOLWDLUHLODWUDYDLOOpFRPPHYHQGHXUSHQGDQWDQVGDQVXQHERXWLTXHG¶XQGHV
premiers grands complexes commerciaux de Salvador, le shopping Iguatemi, mais il a
finalement demandé ses comptes, pour « revenir à la rue ». Ses parents étaient marchands de
UXHHWLODWUDYDLOOpGHSXLVO¶kJHGHDQVDYHFHX[,ODIDLWOHFKRL[GHWUDYDLOOHUjVRQFRPSWH
SRXUJDJQHUSOXVTX¶HQpWDQWYHQGHXUHWSRXUDYRLUVDSURSUHDIIDLUH© F¶HVWPLHX[QRQ ?! »,
conclut-il.
La position de Carlos démontre bien que le travail informel est bien plus complexe que les
images qui lui sont associées ne le laisse envisager. En tant que leader syndical, Carlos a une
DFWLYLWpG¶DJHQWQpJRFLDWHXUDYHF les pouvoirs publics (la mairie) et ses collègues marchands
GHUXH6HVMRXUQpHVVRQWGRQFSDUWDJpHVHQWUHO¶DSSURYLVLRQQHPHQWHWOHERQIRQFWLRQQHPHQW
GHVRQQpJRFHOHVUpXQLRQVSXEOLTXHVHWO¶DLGHjO¶DSSOLFDWLRQGHVSROLWLTXHVGHIRUPDOLVDWLRQ
47 auprès de ses collègues marchands. Plusieurs personnes travaillent avec lui à la vente, dont
VRQIUqUHHWVDV°XUHWTXDWUHHPSOR\pV(QWRXWTXDWUHVWDQGV : noix de coco, beignets, hotdogs et grillades. Tous les soirs, les camions de propreté de la mairie rythment leur
démontage à heure fixe.
-H UHSUHQGV LFL OD GHVFULSWLRQ TXH M¶DL IDLWH GH PD SUHPLqUH UHQFRQWUH DYHF &DUORV SRXU OH
DEA :
« &DUORV 5RGULJXHV D pWp PRQ SUHPLHU FRQWDFW F¶HVW DYHF OXL TXH M¶DL HIIHFWXp PRQ
premier entretien, en janvier 2003. La mise en scène qui a accompagné cette
rencontre me semble importante et je tiens à la restituer -¶DYDLVIL[pXQUHQGH]-vous
j&DUORV5RGULJXHVSDUWpOpSKRQHLOpWDLWFRQYHQXTXHO¶RQVHUHWURXYHVXUXQHSODFH
assez centrale, Piedade, à une heure donnée. Arrivée sur cette place très fréquentée à
cette heure de la journée, je cherchais des yeux une personne qui pourrait être ellePrPH j OD UHFKHUFKH GH TXHOTX¶XQ FDU QRXV QH QRXV pWLRQV MDPDLV UHQFRQWUpV
DXSDUDYDQW 3HUVRQQH Q¶DYDLW O¶DLU GH VRXKDLWHU P¶DERUGHU -¶pWDLV SRXUWDQW OD SOXV
IDFLOHPHQW ORFDOLVDEOH GHV GHX[ SXLVTXH MH OXL DYDLV GLW TXH M¶pWDLV IUDQoDLVH /HV
personnes aussi blanches que moi à Bahia ne courent pas les rues, surtout dans ce
quartier, il lui aurait donc été facile de me reconnaître. AXERXWG¶XQHYLQJWDLQHGH
PLQXWHVG¶DWWHQWHMHO¶DSSHOOHVXUVRQWpOpSKRQHSRUWDEOHHWWRPEHVXUXQHIHPPHTXL
D O¶DLU GH QH SDV rWUH DX FRXUDQW HW PHGLW TX¶HOOH OH SUpYLHQW SDU WpOpSKRQH GHPD
SUpVHQFHTX¶LOQHWDUGHUDSDV¬ODILQGHODFRQYHUVDWLRQ je me rends compte que
PRQLQWHUORFXWULFHHVWGHO¶DXWUHF{WpGHODUXHDGRVVpHjXQHFDUULROHGHKRW-dogs. Je
suis moi-PrPHDUUrWpHGHYDQWXQPDUFKDQGGHMXVGHQRL[GHFRFRDXSUqVGHTXLM¶DL
étanché ma soif. Peu de temps se passe et arrive une grosse voiture qui essaie de se
JDUHUGDQVODUXHTXLVpSDUHOHVGHX[PDUFKDQGVGRQWM¶DLSDUOpHWTXLQHVHUWSOXV
TX¶DXVWDWLRQQHPHQWGHWD[LHWDX[SLpWRQV&HWWHYRLWXUHPHVHPEOHWRXWjIDLWJrQDQWH
car elle vient se coller au marchand de noix de coco. Je me GLVTX¶HOOHYDJrQHUVRQ
FRPPHUFH(QVRUWXQKRPPHG¶kJHPR\HQTXLVHGLULJHG¶DERUGYHUVODIHPPHTXH
M¶DLHXHDXWpOpSKRQHSXLVYHUVPRL*UkFHDXVHQVGHO¶REVHUYDWLRQGHPRQPDULTXL
P¶DFFRPSDJQHHWTXLGHPDQGHFRQILUPDWLRQj&DUORV5RGULJXHVQRXVVavons que la
marchande de hot-GRJVHWOHPDUFKDQGGHQRL[GHFRFRVRQWUHVSHFWLYHPHQWVDV°XU
HW VRQ IUqUH &DUORV 5RGULJXHV PH VDOXH UDSLGHPHQW HW PH GLW TX¶LO DYDLW SHQVp
P¶DPHQHUGDQVOHORFDOGHO¶DVVRFLDWLRQTXLVHWURXYHjF{WpPDLVTXHILQDOHPHQW il
PHSURSRVHGHUHVWHULFLSRXUIDLUHO¶HQWUHWLHQGHIDoRQSOXVLQIRUPHOOH1HYRXODQW
48 pas contrarier mon premier informateur direct concernant le commerce informel à
6DOYDGRUM¶DFTXLHVFHDORUVPrPHTXHM¶DYDLVSUpYXG¶HQUHJLVWUHUO¶HQWUHWLHQDYHFXQH
cDPpUDQXPpULTXHTXHO¶RQP¶DYDLWSUrWpHIDXWHG¶DYRLUGXPDWpULHOGHSULVHGHVRQ
&HWWH UHQFRQWUH HQ SOHLQH UXH P¶HPSrFKH GRQF G¶HQUHJLVWUHU O¶HQWUHWLHQ FDU LO PH
VHPEOH EHDXFRXS WURS ULVTXp SRXU OD FDPpUD G¶rWUH H[KLEpH VXU FHWWH SODFH WUqV
fréquentée. -HP¶DUPHGRQFG¶XQVW\ORHWG¶XQFDKLHUSRXUQRWHUWDQWELHQTXHPDOOH
GLVFRXUVGH&DUORV5RGULJXHV-HFRQILHGRQFODFDPpUDjPRQPDULTXLV¶HQYDIDLUH
un petit tour de la place avec un compagnon, filmant à mon insu les différents types
G¶pWDOVGHVPDUFKDQGV$XERXWG¶XQHGL]DLQHGHPLQXWHVLOVVRQWGHUHWRXUSUqVGH
PRLHWVHPHWWHQWjILOPHUPRQHQWUHWLHQ7UqVJrQpHPDLVUDYLHjO¶LGpHGHSRXYRLU
compter sur un autre support que les maigres notes que je prenais, je demande à
Carlos Rodrigues si cela ne le dérange pas que nous enregistrions la conversation,
SUpFLVDQW SRXU QH SDV O¶LQWLPLGHU TXH O¶LPDJH Q¶pWDLW SDV QpFHVVDLUH /RLQ GH OXL
GpSODLUH FH GLVSRVLWLI D O¶DLU GH OH IODWWHU 3HX GH WHPSV DSUqV MH PH UHQGV FRPSWH
TX¶XQFHUFOHGHEDGDXGVHW GHSURFKHVWHOVODV°XUHWOHIUqUHGH&DUORVV¶HVWIRUPp
DXWRXUGHQRXV&DUORV5RGULJXHVHQWDQWTXHGLUHFWHXUG¶DVVRFLDWLRQHVWKDELWXpj
SUHQGUHODSDUROHHQSXEOLFHWVHVHQWELHQDFFRXGpjVDJURVVHYRLWXUHHWV¶DGUHVVDQW
à la jeune femme européenne que je suis. La scène se termine de façon assez
VXUUpDOLVWHSXLVTX¶HQSOXVGHO¶DWWURXSHPHQWIRUPpDXWRXUGHQRXVQRXVDSHUFHYRQVj
TXHOTXHVGL]DLQHVGHPqWUHVSOXVLHXUVYRLWXUHVGHSROLFH&DUORV5RGULJXHVGLWTX¶LOV
sont là pour nous, pour nous surveiller ! Ma première prise de contact timide se
WHUPLQHGRQFHQXQYpULWDEOHUDVVHPEOHPHQWJUkFHjO¶RXWLOFDPHUDª
¬WUDYHUVFHWWHPLVHHQVFqQHLPSURYLVpHLOHVWGRQFSRVVLEOHGHYRLUXQHILJXUHG¶KRPPH
G¶DIIDLUHV GH SLYRW VRFLDO GDQV VRQ GRPDLQH G¶DFWLYLWp PrPH V¶LO QH SURILWH SHXW-être pas
G¶XQHYLVLELOLWpVRFLDOHKRUVGHVRQPLOLHX/DSUpVHQFHGHFHW\SHGHSHUVRQQDJHQRXVSHUPHW
GHUpIXWHUO¶LGpHVHORQODTXHOOHOHFRPPHUFHLQIRUPHOQHVHUDLWTXHOHWUDYDLOGHODGHUQLqUH
chance, pour ceux qui Q¶DXURQW MDPDLV OHV SRVVLELOLWpV GH IDLUH DXWUH FKRVH 'DQV OH FDV GH
&DUORV QRXV SRXYRQV pJDOHPHQW UHPDUTXHU TX¶LO V¶DJLW G¶XQ GRPDLQH G¶DFWLYLWp TXL VH
SUDWLTXH GH SqUH HQ ILOV FH TXL SHUPHW j QRWUH LQWHUORFXWHXU G¶rWUH SOHLQHPHQW RSpUDWLRQQHO
ORUVTX¶LO VHODQFHjVRQFRPSWHLODGpMjXQHFHUWDLQHPDvWULVHGHFHGRPDLQHG¶DFWLYLWpSRXU
O¶DYRLUSUDWLTXpGHSXLVVRQHQIDQFH,ODFHUWDLQHPHQWEpQpILFLpG¶XQLQYHVWLVVHPHQWGHGpSDUW
grâce au fonds de garantie accumulé durant quatre ans de travail formel.
49 DaQVOHFDGUHG¶DXWUHVHQWUHWLHQV85, Carlos me fait part de sa collaboration avec la mairie pour
aider à organiser et à réaliser le commerce de rue du centre ville. Il agit comme agent
LQWHUPpGLDLUH 6L OHV PDUFKDQGV IRQW OHVGpPDUFKHV G¶HQUHJLVWUHPHQW DXSUqV de la mairie et
V¶LOV SDLHQW XQH SHWLWH SDWHQWH SRXU OHXU FRPPHUFH IDFXOWDWLI HQ IRQFWLRQ GHV OLHX[
G¶LQVWDOODWLRQ LOV JDUDQWLVVHQW OHXU HPSODFHPHQW GH WUDYDLO HW RQW DFFqV DX FUpGLW EDQFDLUH
&DUORV YDQWH FHWWH SRVVLELOLWp TXL OXL D SHUPLV G¶DFTXpULU ses petites voitures dédiées aux
ventes de hot-dogs et de noix de coco, toutes deux en plastique et offrant des conditions
G¶K\JLqQHHWGHVpFXULWpDX[QRUPHV,OSUpFLVHTX¶LODGHVUHODWLRQVpWURLWHVDYHFOHJpUDQWGH
la banque car il aide les vendeurs de rue à faire les démarches liées au prêt (remplissage de
formulaire, constitution de dossier, rendez-vous avec le gérant). Il a le même genre de
relations privilégiées avec les agents de la SESP 86 FDU LO DLGH j O¶HQUHJLVWUHPHQW GHV
marchands de rue. Dans le cadre qui nous intéresse du commerce de rue pendant les fêtes,
&DUORV QRXV GLW TX¶LO D REWHQX TXDWUHHPSODFHPHQWV PDUFKDQGV GDQV OHFDUQDYDOj GHV SUL[
symboliques en remerciement de ses services de médiateur.
3HQGDQW O¶DQQpH &DUORV PqQH GH IURQW son activité DX VHLQ GH O¶RUJDQLVDWLRQ V\QGLFDOH VRQ
U{OHG¶LQWHUPpGLDLUHHQWUHOHVVHUYLFHVSXEOLFVHWOHVPDUFKDQGVGHUXHHWVRQVWDWXWGHFKHIGH
petite enterprise. Il a sous ses ordres quatre employés et deux collaborateurs associés : son
IUqUHHWVDV°Xr87. Il a, par le biais de la formalisation de ses points de vente, accès au crédit
FHTXLOXLDSHUPLVG¶pODUJLUVRQFRPPHUFHHWGHVHPHWWUHDX[QRUPHVeYLGHPPHQWOHFDV
GH &DUORV Q¶HVW SDV JpQpUDOLVDEOH j WRXV OHV PDUFKDQGV GH UXH PDLV LO HVW VXIILVDPment
VSpFLILTXH SRXU DWWLUHU O¶DWWHQWLRQ VXU OHV LPEULFDWLRQV HW OHV UHODWLRQV TXL H[LVWHQW HQWUH OH
GRPDLQHIRUPHOHWLQIRUPHOQRXVSHUPHWWDQWDLQVLGHUpIXWHUO¶LGpHVHORQODTXHOOHIRUPHOHW
informel seraient antithétiques et suffisants pour expliquer lD UpDOLWp -H P¶DSSOLTXHUDL j
GpPRQWUHU TXH O¶XQ Q¶H[LVWH SDV VDQV O¶DXWUH HW TXH GH FHV PRWLIV G¶LPEULFDWLRQ QDvW XQH
dynamique qui est prépondérante et peut-être singulière à Salvador.
85
-¶DLHIIHFWXpXQHVpULHG¶HQWUHWLHQVDYHF&DUORVHQWUHHW,OP¶DDLGpjFRQWDFWHU
G¶DXWUHVPDUFKDQGVGHUXHSRXUPXOWLSOLHUPHVVRXUFHVG¶LQIRUPDWLRQ
86
Secrétariat des services publics de la Mairie de Salvador responsable de la délivrance des
patentes de fonctionnement du commerce de rue au quotidien et pendant les fêtes.
87
De fait, il est possible que chacun des équipements appartiennent à un de ses frères et
V°XUVTXLHX[-PrPHVRQWXQHPSOR\p&DUORVV¶HVWSHXWV¶rWUHDSSURSULpOHQpJRFHIDmilial
pour me montrer son importance.
50 2) Dona India
Le deuxième exemple concerne deux marchandes des fêtes populaires de Salvador. Il existe
un syndicat représentant cette catégorie particulière qui se distingue de celle du commerce de
rue au quotidien dont Carlos RodriguHVHVWO¶XQGHVUHSUpVHQWDQWV Pourtant, plutôt que de se
UHFRQQDLWUHGDQVO¶RUJDQLVDWion politique, certains de ces marchands préfèrent se référer à la
tradition des barraqueiros des fêtes populaires.
Le nom provient de la baraque dans laquelle le marchand de rue des fêtes populaires vend des
boissons et des plats cuisinés. Normalement, il dispose des tables et des chaises sur le devant
SRXUTXHOHVFOLHQWVV¶LQVWDOOHQW
Portrait : Dona India
Je suis allée rendre visite à Dona India, à son domicile. Elle est une des figures les plus
importantes des barraqueiros des fêtes populaires, et cela se sait aussi par la renommée de
VDEDUDTXHHWQRQVHXOHPHQWSDUVRQkJHDYDQFp(OOHKDELWHGDQVOHTXDUWLHUG¶8UXJXDLVXU
la Baie de Tous les Saints. Un quartier très populaire et pauvre qui a déjà fait parler de lui
car de nombreuses ONG se sont intéressées à son sous-quartier de « palafita », maison sur
pilotis construites très pauvrement sur la Baie, dans des conditions matérielles et
G¶LQVDOXEULWp LQTXLpWDQWHV 'RQD ,QGLD QH YLW SDV GX F{Wp GHFH VRXV-quartier mais pour se
rendre chez elle il faut suivre un canal enterré, transformé en égout et dont le cheminement
Q¶HVW QL WUqV DJUpDEOH QL WUqV UDVVXUDQW -¶DUULYH ILQDOHPHQW FKH] HOOH GDQV XQH UXH
WUDQVYHUVDOHjFHFDQDOGDQVXQHPDLVRQDQFLHQQHHWVLPSOH(OOHP¶DFFXHLOOHDYHFVDILOOH
G¶XQH TXDUDQWDLQH G¶DQQpH HOOH DXVVL HVW EDUUDTXHLUD /¶HQWUHWLHQ DYHF 'RQD ,QGLD VH
transforme en un double entretien avec sa fille. Comme je suis moi -même accompagnée par
mon mari, il y a parfois une double trame qui se joue au même moment. Néanmoins, la voix
GHODILOOHpWDQWEHDXFRXSSOXVIRUWHHWIHUPHTXHFHOOHGHODPqUHF¶HVWVXUWRXWHOOHTXLHVW
DXGLEOHVXUPRQHQUHJLVWUHXUPrPHVLSHQGDQWO¶HQWUHWLHQM¶DLSOXVGLVFXWpDYHFODPqUHTXL
susurrait à demi voix ses souvenirs passés, assise à côté de moi sur le canapé du salon, elle
disait : « je participais à toutes les fêtes, mais maintenant, avec ma jambe qui me fait
VRXIIULU« ª 6D ILOOH SUHQG OD SDUROH HOOH GLW TX¶HOOH DLPH TXH WRXW VRLW ELHQ GpFRUp HW
DUUDQJp(OOHHPPqQHMXVTX¶jO¶HDXSRXUrWUHV€Ue de ne dépendre de rien sur place. Il faut
51 DUULYHU XQ MRXU DYDQW SRXU VH SUpSDUHU V¶LQVWDOOHU VH IDLUH IDLUH OHV RQJOHV DUUDQJHU OHV
cheveux. Ma mère ne vient que le jour de la fête. Le premier jour est fait pour gagner un peu
G¶DUJHQW SRXU DFKHWHU OHV JODoRQV GHV EDUUDTXHLURV Q¶RQW SDV GH FRQJpODWHXU LO IDXW
DFKHWHU GHV JODoRQV /D PDLULH QRXV HPSrFKH G¶DFFpGHU DVVH] W{W j QRV pWDOV HW SDUWLFLSH
DLQVL j QRWUH SHUWH &¶pWDLW WRXW ELHQ DUUDQJp WRXW MROL ,O \ DYDLW OHV WDEOHV HW OHV FKDLVHV
AujouUG¶KXLF¶HVWOD6FKLQFKDULROOD%DYDULDOD6NROOD%UDPKDOHVHQWUHSULVHVGHELqUH
qui met à disposition le matériel. « 6HXOVFHX[TXLQ¶RQWSDVG¶RULJLQHGHEDUDTXHSHXYHQWVH
contenter de ça ! 88 ª'HFHWWHPDQLqUHO¶HQIDQWQ¶DSOXVEHVRLQGXPDWpULHl que sa mère lui
laisse pour travailler. Il suffit de brancher le congélateur que la Schin lui met à disposition.
0RLM¶DLXQQRP ! « Barraca da India ªHWMHQHYDLVSDVP¶LQVWDOOHUVDQVGpFRUDWLRQ-¶DL
O¶REOLJDWLRQG¶KRQRUHUOHQRPGHPDPqUH&KDTXH IrWHF¶pWDLWXQHFRXOHXUGHSDSLHUFUpSRQ
%RQILPF¶pWDLWWRXWHQEODQF : toutes les fêtes je devais acheter les rideaux et une fleur que
PDPqUHP¶HQYR\DLWFKHUFKHU«TXHOpWDLWVRQQRP ? Palma de Santa Rita «-HSUHQDLVOH
taxi pour aller chercher ces fleurs : elles étaient blanches et jaunes. Il y avait les fleurs et le
SRLVVRQ ,O IDOODLW TXH M¶DLOOH FKHUFKHUOHSRLVVRQ j OD © rampa89 ». On avait notre vendeur,
F¶pWDLWNJGHSRLVVRQVGHODUDLH3XLVGHVJRPERVSXLVOHVFUHYHWWHV2QSD\DLWDSUqV la
fête. On achetait à crédit. « Où est le sac ? » demande-t-elle à sa mère. Elle a déjà tout
acheté pour la fête du Bonfim. Tout en vert et bleu. Mais ils ne veulent plus rien de tout ça.
6HV FRXYHUWV HQ LQR[ VRQW WRXW ELHQ JDUGpV ,O Q¶\ D SDV G¶pWDJqUHV dans leurs baraques.
3DUIRLVRQDUULYHLOVVRQWHQFRUHHQWUDLQGHSHLQGUH«&¶HVWIDWLJDQW !
India mère se plaint de sa jambe. Elle ne peut plus marcher. Elle veut mourir à la maison.
Elle nous offre un jus de fruits. « Regarde où est India ! », me dit-elle. Elle me parle de
'LPLWULLODIDLWXQFRQFRXUVLODHVVD\pGHUHYLWDOLVHUOHVIrWHVHWOHXUWUDGLWLRQPDLVoDQ¶D
SDVPDUFKp«
Quand je demande qui fait les fêtes, la fille India répond sans hésiter, « les barraqueiros ».
a) Le mythe des origines
ToXV OHV PDUFKDQGV GHV IrWHV SRSXODLUHV TXH M¶DL LQWHUURJpV VH UpIqUHQW j XQH WUDGLWLRQ TXL
comprend divers éléments, le plus visible et aussi le plus fameux étant celui de la
devanture de la baraque: peindre sa baraque en suivant des thèmes qui lui donnent une
identité, le plus souvent basés sur la religion afro-brésilienne du candomblé. Je renvoie en
88
³6RVHUYHSDUDTXHPQmRWHPRULJHPGHEDUUDFD´ILOKDGD,QGLD
52 DQQH[HDXWUDYDLOG¶$GHQRU%RQILPSKRWRJUDSKHEDKLDQDLVTXLUHQGFRPSWHGHFHWWHWUDGLWLRQ
j WUDYHUV TXHOTXHV FOLFKpV TXL UHPRQWHQW DX[ DQQpHV DYDQW TX¶une loi municipale
LQWHUGLVHO¶XWLOLVDWLRQGHFHVEDUDTXHVHQERLVGpFRUp>$QQH[HV,@-HQ¶DLSDVFRQQXFHWWH
époque mais cette référence ressort dans tous mes entretiens avec les barraqueiros des fêtes
populaires. Ces décorations restent aussi dans le souvenir des personnes qui fréquentent les
IrWHVRXTXLOHVRQWIUpTXHQWpHV(OOHVpWDLHQWODPDUTXHODSOXVIRUWHGHO¶LGHQWLWpGHFKDFXQH
GH FHV EDUDTXHV /D WUDGLWLRQ GpSHQG DXVVL G¶XQ VDYRLU-faire particulier et de relations
marquée par la confiance et le respect aux anciens.
Il existe un consensus, entre les marchands de rue des fêtes populaires et les gens qui
IUpTXHQWHQWOHVIrWHVSRSXODLUHVVXUXQHWUDGLWLRQSDVVpHTXLDXMRXUG¶KXLQ¶DSOXVGHOLHXQLGH
place pour exister. Un mythe des origines qui ne se date pas mais qui raconte comment
DXWUHIRLV OHV IrWHV SRSXODLUHV RIIUDLHQW XQ FRQWH[WH GH WUDYDLO GLJQH TXL Q¶H[LVWH SOXV
DXMRXUG¶KXL /D WUDGLWLRQ GH WUDYDLO GH UXH TXL H[LVWH GHSXLV OD QXLW GHV WHPSV V¶HVW
développée avec un caractère particulier pendant les fêtes populaires. Les fêtes permettent
une mixité sociale et les marchands de rue ont une clientèle aisée et parfois célèbre qui en
plus de contribuer au développement économique du négoce, participe de la dignité du
PDUFKDQGHWGHO¶LPDJHGH marque de la baraque. Nous pouvons donc difficilement raconter
le travail des barraqueiros sans parler des fêtes populaires qui leur sert de contexte, ce qui
sera fait dans le deuxième chapitre de cette thèse.
Je reprends ici les principaux éléments pour reconstituer le discours sur la tradition passée :
« Le travail était avant tout un plaisir et un art de travailler. Il engageait toute la
IDPLOOH&KDTXHEDUDTXHDYDLWVDGpFRUDWLRQHWVHVKDELWXpV2QDOODLWV¶DVVRLUFKH]
« Dona India », etc. La tradition se perpétuait de père en fils, ou mère en fille. La
YLROHQFHQ¶H[LVWDLWSDV8QV\VWqPHG¶HQWUDLGHH[LVWDLWHQWUHOHVPDUFKDQGV,O\DYDLW
VXIILVDPPHQWGHUHQWUpHVG¶DUJHQWSRXUWRXV ». Dona India.
Je reprendrai en quatre points les éléments mis en avant par les marchands des fêtes
populaires en ce qui concerne le sentiment de perte :
ƒ
Les marchandes affirment avoir une tradition dont les fondements sont
contenus dans un savoir-IDLUH/DWUDGLWLRQDFRPPHSRLQWG¶RUJXHO¶DUWGHGpFRUHUOD
baraque ainsL TX¶XQ PRGH RSpUDWLRQQHO /D EDUDTXH GRLW UHSUpVHQWHU OD IrWH 'H OD
89
Près du port, lieu de vente en gros du poisson, à bas prix.
53 PrPHIDoRQTXHOHV%UpVLOLHQVGpFRUHQWODVDOOHOHJkWHDXHWV¶KDELOOHQWSRXUIrWHUXQ
anniversaire, le barraqueiro décore sa baraque, ses tables, ses chaises selon le saint du
jour. Cette décoration peut chercher également à se distinguer des autres et à attirer
O¶DWWHQWLRQ GHV FOLHQWV © tout doit être bien arrangé et bien décoré », dit la fille de
Dona India.
(OOHV UDFRQWHQW O¶LPSRUWDQFH G¶DSSRUWHU VRQ HDX SRXU QH GpSHQGUH GH SHUVRQQH sur
SODFHFDUOHVEDUDTXHVQHGLVSRVHQWSDVG¶HDXFRXUDQWH /HV barraqueiros travaillent
avec des glacières en polystyrène et des blocs de glace. Le premier gain de la fête sert
j DFKHWHU OD JODFH FDU LO Q¶\ D SDV RX SHX GH IRQGV GH URXOHPHQW DX FRPPHUFH Le
premier jour, veille de la fête, les barraqueiros sont donc déjà en place faisant les
derniers préparatifs qui consistent également à soigner son apparence en se faisant
faire les ongles et en se coiffant pour les femmes. Ce premier jour, la mère Dona India
Q¶HVWSDVSUpVHQWHjODIrWHHOOHHVWjODPDLVRQHWVHSUpSDUHDXFDOPH
Pour récapituler, cette tradition repose donc sur un savoir-faire, une esthétique
WUDYDLOOpHHWSHUVRQQDOLVpHXQPRGHG¶RUJDQLVDWLRQHWXQUHVSHFWSRXUOHVDQFLHQV
ƒ
Le point GH UXSWXUH HVW ILJp GDQV OD ORL PXQLFLSDOH LQWHUGLVDQW O¶XWLOLVDWLRQ
G¶pOpPHQWV QRQ VWDQGDUG /D PDLULH HVW OH VHXO IRXUQLVVHXU DXWRULVp j GpOLYUHU OHV
structures adéquates pour la vente : structure tubulaire en aluminium et bâche en
plastique épais. En plXV GH SHUGUH O¶pOpPHQW YLVXHO SULQFLSDO GH OHXU PDUTXH
identitaire, la baraque peinte, les marchandes se trouvent désormais à la merci des
horaires et de la temporalité de la mairie afin de se préparer. Le matériel est délivré à
la dernière minute. Le premLHUMRXUG¶LQVWDOODWLRQHVWSHUGX/DPDLULHDJLWDXQRPGH
O¶RUJDQLVDWLRQ GH O¶RUGUH GH O¶K\JLqQH HW GH OD VpFXULWp /H PDWpULHO XQLIRUPLVp
remplit un rôle « esthétique » aux yeux des organisateurs de la fête et de la ville en
général, même si cette esthétique est opposée à celle des barraqueiros, elle est celle
des dominants en relation aux pauvres. Cette standardisation facilite également le
WUDYDLO GHV DJHQWV GH ILVFDOLVDWLRQ GH OD PDLULH TXL HQ XQ FOLQ G¶°LO UHSqUHQW TXL HVW
HQUHJLVWUp HW TXL QH O¶HVW SDV PDLQWHQDQW DLQVL XQH FHUWDLQH QRWLRQ GH O¶RUGUH HW GX
FRQWU{OHSDUOHELDLVG¶XQHFHUWDLQHRUJDQLVDWLRQ&HVPDWpULDX[VRQWWHQXVSRXUrWUH
plus hygiéniques que le bois qui était autrefois utilisé. Enfin, les traditionnelles
bouteilles de bière en verre de 600 ml et les verres sont remplacés par des cannettes et
du plastique, évitant ainsi les débordements de fins de soirées pendant lesquels les
bouteilles se transformaient en armes tranchantes.
54 ƒ
Le résultat de cette confrontation entre tradition et standardisation est un
VHQWLPHQWSURIRQGGHSHUWHOLpjO¶LPSRVVLELOLWpGHFRQWLQXHUjWUDYDLOOHUVHORQOHVFKpPD
ancien. Cette perte se fait aussi bien matérielle que morale. Au niveau matériel, les
normes de décoration sont changées et la possibilité de V¶LQVWDOOHUODYHLOOHSRXUJDJQHU
O¶DUJHQW GHOD JODFHHVW UHQGX LPSRVVLEOH SDU OD GpSHQGDQFHj OD PDLULH TXL GpOLYUH OH
PDWpULHO VHORQ XQH DXWUH WHPSRUDOLWp '¶DXWUH SDUW LQWHUYLHQQHQW GH QRXYHDX[ DJHQWV
les sponsors, quasi toujours des marques de bière. Ces sponsors, qui gagnent grâce à
GHVDSSHOVG¶RIIUHGHVH[FOXVLYLWpVVXUGHVIrWHVDPqQHQWDYHFHX[GHVQRXYHDX[PRGHV
GH IRQFWLRQQHPHQW GDQV OHTXHO OD UpIpUHQFH j OD WUDGLWLRQ Q¶D SOXV DXFXQH FUpGLELOLWp
Pour eux, seules les lignes marketing et commerciales comptent. Ils mettent à
GLVSRVLWLRQGHVIUHH]HUVGHVWDEOHVHWGHVFKDLVHVHQpFKDQJHG¶XQHH[FOXVLYLWpGHYHQWH
dans la baraque, dans une guerre entre les différentes marques de bière. Les marques de
bières deviennent de ce fait la décoration la plus évidente pour la plupart des baraques
RUQpHVG¶DIILFKHVSXEOLFLWDLUHVGLVWULEXpHVJUDWXLWHPHQWORUVGHODVLJQDWXUHGXFRQWUDW
/DILOOH,QGLDUHVVHQWXQJUDQGGpJR€WHWpSURXYHXQVHQWLPHQWG¶LPSXLVVDQFHIDFHjOD
vulgarité de ces sponsors qui repréVHQWH XQH SHUWH GH VHQV PRUDO (OOH O¶H[SULPH
ORUVTX¶HOOHGLW© TXHVHXOVFHX[TXLQ¶RQWSDVG¶RULJLQHGHEDUDTXHSHXYHQWVHFRQWHQWHU
DYHFoD/HVHQIDQWVQ¶RQWSOXVEHVRLQGXSDWULPRLQHGHVSDUHQWVLOVXIILWGHEUDQFKHUOH
freezer ! ª (OOH V¶H[SULPH pJDOHPHQW SDU O¶LQFDSDFLWp G¶H[HUFHU VD SURIHVVLRQ FRPPH
avant OD WUDQVPLVVLRQ PDWHUQHOOH RX SDWHUQHOOH Q¶D SOXV OLHX G¶rWUH /¶KRPPDJH DX
VDLQW TXL UHTXpUDLW XQH GpFRUDWLRQ VLQJXOLqUH HVW HPSrFKp SDU O¶XQLILFDWLRQ HW OD
VWDQGDUGLVDWLRQHQILQO¶LQWHUGLFWLRQG¶XWLOLVHUODVWUXFWXUHGHODEDUDTXHHQERLVUHPHWHQ
cause toute la visibilité et la singularité des marchands des fêtes populaires qui se
SHUGHQW DORUV GDQV XQH FRQFXUUHQFH GpOR\DOH DYHF WRXW W\SH G¶DXWUHV SHUVRQQHV DOODQW
des plus pauvres aux plus riches investisseurs, dans le cadre du carnaval.
ƒ
La seule réponse possible est celle du « nom ªJDUDQWG¶XQHGLJQLWpG¶XQVHQV
GH O¶KRQQHXU TXL PDOKHXUHXVHPHQW SRXU OHV PDUFKDQGHV QH UHoRLW DXFXQ pFKR SRVLWLI
dans la nouvelle configuration. Ce nom est bien GpFULW GDQV O¶pSLVRGH GH O¶DFKDW GX
SRLVVRQ HW GHV LQJUpGLHQWV GH EDVH UHQIRUoDQW O¶LGpH TX¶LO Q¶\ D SDV G¶LQYHVWLVVHPHQW
SUpDODEOH PDLV XQ FRQWUDW G¶KRQQHXU HQWUH OD PDUFKDQGH HW VHV IRXUQLVVHXUV TXL VH
réalise dans une vente à crédit sans intermédiaire bancaire. Ce système, basé sur la
confiance et la familiarité, ne trouve plus sa place dans les nouvelles normes pour
lesquelles seuls le système du capitalisme libéral du type « qui possède et investit le
plus gagne toujours plus » est valorisé. La reconnaissance par le nom est niée par le
55 système de valeurs de la grande fête carnavalesque. Le fait de résumer leur travail à
O¶DFTXLVLWLRQ G¶XQ PDWpULHO FKRTXH SURIRQGpPHQW OHV PDUFKDQGHV (OOHV UHIXVHQW GH
V¶LQVWDOOHU VDQV DXFXQH GHFRUDWLRQ (OOHV UHODWHQW les couleurs du crépon choisi
SDUWLFXOLqUHPHQWSRXUFKDTXHIrWHOHVULGHDX[OHVIOHXUVFODPDQWDLQVLTX¶HOOHVQHVH
laisseront pas totalement perdre dans les nouvelles normes qui nient leur singularité.
&HWWH OXWWH HVW GRQF SOXV SURIRQGH TX¶XQH VLPSOH OXWWH GH PDWpULHO GH EDUDTXH F¶HVW
aussi celle des barraqueiros contre le système de valeur du capitalisme représenté ici
par la mairie et encore plus par les sponsors, afin de ne pas être réduit à des « pauvres
sans tradition ».
b) Remarques :
Ces marchanGHVGHPqUHHQILOOHQHUHPHWWHQWSDVHQFDXVHOHIDLWG¶rWUHPDUFKDQGHVGHUXH
mais plutôt celui de ne plus pouvoir pratiquer leur métier conformément à leur savoir-faire.
/HYpFXGHOHXUFRQGLWLRQQ¶HVWGRQFSDVDXVVLSRVLWLITXHFHOXLGH&DUORV5RGULgues. Elles ne
VHVHQWHQWSDVDFWULFHVPDLVYLFWLPHG¶XQV\VWqPHTXLQ¶HVWSDVOHOHXU
-HPHVXLVWURXYpHHQIDFHG¶XQGLOHPPHpSLVWpPRORJLTXHDYHFOHFRQWHQXGHVHQWUHWLHQVGHV
barraqueiros GHV IrWHV SRSXODLUHV 7RXV pWDLHQW G¶DFFRUG SRXU UHJUHWWHU XQ « bon vieux
temps », « un temps perdu ª HW VH SODLQGUH GX WHPSV SUpVHQW 'DQV XQ SUHPLHU WHPSV M¶DL
essayé de repérer quelles étaient les plaintes ou les revendications mais tout semblait être
tourné vers le passé pour celles qui vénéraient une certaine tradition qui prenait pied dans les
fêtes populaires. Pas de revendications politiques fortes, mais plutôt une complainte de la
perte. Dans ce scénario catastrophe, la fille de Dona India laisse cinq ans aux barraqueiros
avant de disparaître. Pronostic qui nHV¶HVWSDVYpULILpFDUHOOHOHIDLVDLWHQ«
&HWWH SHUWH FRPPH RQ O¶D YX M¶DL HVVD\p GH OD TXDOLILHU : perte de son identité par
O¶LQWHUGLFWLRQGHWUDYDLOOHUDYHFVRQpWDOGpFRUpSHUWHGHVHVFRPSpWHQFHVSURIHVVLRQQHOOHVj
cause de O¶LPSRVVLELOLWpGe fonctionner sur un mode qui leur est propre, perte du sentiment
G¶KRQQHXU j FDXVH G¶XQ QRXYHDX V\VWqPH TXL YLHQW FRQWUHFDUUHU XQ DQFLHQ PRGH GH
fonctionnement UHPSODFHPHQW GH OD WUDGLWLRQ SDU OHV FDQRQV GX FDSLWDOLVPH GH O¶LQGXVWULH
carnaval. Mais quel serait ce mode de fonctionnement qui leur serait propre et constituerait
OHXUVLQJXODULWp"'¶RYLHQGUDLW-il ? Serait-il condamné à disparaître complètement, ou juste
GDQVFHUWDLQHVFRQGLWLRQV"'¶DXWUHSDUWTXLVRQWFHVDFWHXUV ? Des pauvres ? Des Noirs ? Les
YRL[GLVFRUGDQWHVGH&DUORVHW'RQD,QGLDP¶DPqQHQWjXQHSURVSHFWLRQKLVWRULTXH
56 II- 7DEOHDX[G¶pSRTXHV
$ILQGHUpSRQGUHjFHVTXHVWLRQVMHVRXKDLWHUHQGUHFRPSWHG¶XQHOHFWXUHKLVWRULTXHGX%UpVLO
et plus particulièrement de Bahia qui prenne en compte différentes « époques ». Ces
« époques » se distinguent les unes des autres par différents facteurs :
‡ Temporel : nous les daterons dans le temps.
‡ Économique : les « époques » adoptent un modèle économique spécifique.
‡ Politique : ce sont leV SROLWLTXHV PLVHV HQ °XYUH SRXU SRUWHU OH SURMHW pFRQRPLTXH HW
UpJXOHUO¶pTXLOLEUHVRFLDO
‡ Social : les rapports entre les groupes sociaux et la manière dont ceux-ci sont conditionnés
par les aspects cités ci-GHVVXV GH O¶pFRQRPLH HW GH OD SROLWLTXH HW Oa manière dont ils se
voient et se nomment.
-HSRXUUDLVMXVWLILHUFHWWHSORQJpHGDQVOHSDVVpHQUHSUHQDQWOHVWHUPHVGH)RXFDXOWORUVTX¶LO
H[SRVHVRQLQWHQWLRQGHIDLUHO¶KLVWRLUHGXV\VWqPHSpQLWHQFLHU :
« &¶HVW GH FHWWH SULVRQ DYHF WRXV OHV LQYHVWLVVHPHQWV SROLWLTXHV GX FRUSV TX¶HOOH
UDVVHPEOH GDQV VRQ DUFKLWHFWXUH IHUPpHTXH MH YRXGUDLV IDLUH O¶KLVWRLUH 3DU XQ SXU
anachronisme "1RQVLRQHQWHQGSDUOjIDLUHO¶KLVWRLUHGXSDVVpGDQVOHVWHUPHVGX
SUpVHQW2XLVLRQHQWHQGSDUOjIDLUHO¶KLVWRLUHGu présent ». Foucault (1975 :35)
/¶KLVWRLUHGRLWP¶DLGHUjFRPSUHQGUHOHSUpVHQWGDQVFHTX¶LOWUDQVSRUWHGXSDVVp0DOJUpOH
IDFWHXU WHPSRUHO HW O¶DWWDFKHPHQW GH FHV PRGqOHV j XQH WUDQFKH KLVWRULTXH VSpFLILTXH OHV
GLIIpUHQWHV pSRTXHV QH V¶DQQXOHQW SDV O¶XQH O¶DXWUH GDQV OH WHPSV : elles se succèdent et
SDUIRLV V¶HQFKHYrWUHQW RX VH VXSHUSRVHQW &H SULQFLSH UHWLHQW QRWUH DWWHQWLRQ HW QRXV
souhaitons nous en servir pour analyser nos éléments de terrain concernant les barraqueiros.
De cette forme, nous interprèterons leurs conceptions et leurs perceptions comme des traces,
des persistances de telle ou telle époque et non comme des anachronismes.
Dans ce sens, nous cherchons à savoir ce qui fait que le discours de certains acteurs se trouve
être anachronique eQUHODWLRQDYHFOHVORJLTXHVGRPLQDQWHV3OXVTX¶XQHVLPSOHQRVWDOJLHOH
GLVFRXUVWRXUQpYHUVOHSDVVpGHFHUWDLQVDFWHXUVHVWODPDUTXHG¶XQV\VWqPHpFRQRPLTXHHW
VRFLDO TXL pWDEOLW XQH FHUWDLQH IRUPH GH UHODWLRQ j O¶DXWUH 3RXUWDQW VL MH SHX[ SDUOHU GH
« situation » anachronique les concernant, je ne peux cependant pas en faire des êtres
DQDFKURQLTXHV (Q HIIHW OH V\VWqPH GH UHODWLRQ GDQV OHTXHO LOV pYROXHQW Q¶HVW SDV TX¶XQH
57 ombre du passé, mais une réalité contemporaine.
De ce fait, nous nous intéresserons aux modes de cohabitation de ces différentes « époques »
SRXU UHQGUH FRPSWH GH FH TXL SRXUUDLW rWUH G¶DSUqV QRXV XQH VSpFLILFLWp GH OD VRFLpWp
brésilienne contemporaine. Nous nous intéresserons donc à relever les situations dans
lesquelles ces « époques » sont coprésentes et la manière dont elles se tolèrent ou non.
/¶D[H SULQFLSDO TXL QRXV IDLW WUDYHUVHU OHV GLIIpUHQWHV © époques » est celui de la
IRUPDOLVDWLRQ$XF°XUGHQRWUHpWXGHQRXVDYRQVODTXHVWLRQGXFRPPHUFHGLW© informel ».
Notre hypothèse est que si la structure formelle est amenée à changer de forme plus ou moins
radicale selon les tournants historiques et les mesures politiques qui les accompagnent, les us
HW FRXWXPHV HX[ SHUGXUHQW WDQW TX¶LOV VRQW XVLWpV LQGpSHQGDPPHQW GX V\VWqPe formel en
YLJXHXU 1RXV FKHUFKRQV GRQF j UHSpUHU OD SODFH ODLVVpH j O¶LQIRUPDOLWp GDQV OD VRFLpWp
brésilienne.
Pour rendre compte de ces « époques ª QRXV GpFRXSRQV O¶KLVWRLUH GX %UpVLO HQ WURLV
morceaux qui se déclinent selon le point de vue. Dans une vision politique, nous avons :
Brésil colonie / Brésil République / et Brésil multiculturel. Dans une vision économique ces
« époques » se caractérisent par : Brésil esclavagiste et agricole / Brésil industriel / Brésil
comme carte postale touristique. Enfin, du point de vue de la formalisation des rapports
sociaux, nous avons : une société hiérarchisée sur des critères raciaux pendant la colonie / la
« démocratie raciale ª j O¶pSRTXH GH OD 5pSXEOLTXH OHV PLQRULWpV HWKQLTXHV GH OD VRFLpWp
multiculturelle. Ou encore, de façon systématique, nous pouvons représenter ces aspects sous
IRUPHG¶XQWDEOHDX :
Contexte
Dates
À
partir
du
économique
e
XVI
siècle (1545)
À
partir
du
Brésil esclavagiste et
agricole
XIX
siècle (1822)
Contexte Politique
Contexte Social
Brésil colonie
Hiérarchie raciale
Brésil République
Démocratie raciale
Brésil multiculturel
Minorités ethniques
e
Brésil industriel
À partir des années
Carte postale
1980
touristique
/HV GDWHV GH FHV WDEOHDX[ QH VRQW SDV FORVHV FDU O¶DSSDULWLRQ GH O¶XQH Hst une sorte
58 G¶DYqQHPHQWVXUOHORQJWHUPHGHO¶DXWUH-¶DLIDLWFRPPHQFHUOHSUHPLHUWDEOHDXjO¶DUULYpH
GH 7RPp GH 6RX]D ORUVTX¶LO HVW FKDUJp G¶pGLILHU 6DOYDGRU ; le second au moment de
O¶,QGpSHQGDQFH GX %UpVLO FHWWH GDWH HVW UHVWpH LQVLJQLILDQWH DX SODn politique car nous
sommes HQFRUH ORLQ GH O¶DYqQHPHQW GH OD PRQDUFKLH PDLV HOOH D GRQQp OLHX VXU OH SODQ
économique à la mise en place de la structure institutionnelle capable de supporter le
capitalisme ; le troisième est daté en accord avec les travaux de réhabilitation du centre
historique de Salvador, offrant une infrastructure de base au touriste.
Les différents contextes évoqués dans ce tableau, évoluent plus ou moins en adéquation les
uns avec les autres selon les moments et se résument de la sorte :
Contexte économique : LO V¶DJLW GX SDVVDJH G¶XQ V\VWqPH HVFODYDJLVWH HW SDWHUQDOLVWH GH
monoculture de la canne à sucre à celui capitaliste du développement industriel de Salvador,
avec création de la Région métropolitaine de Salvador (nouvelle configuration spatiale de
GpFHQWUDOLVDWLRQHWGHO¶RXYHUWXUHDXWRXULVPH
Contexte politique /¶pYROXWLRQ SROLWLTXH VH FDUDFWpULVH SDU OH VWDWXW GH %UpVLO-colonie
SHQGDQWSUqVGHWURLVFHQWVDQVDORUVTXHO¶KLVWRLUHGX%UpVLOHQFRPPHQoDQWDXGpEXWGHOD
colonie, ne compte pas plus de cinq cents ans. Soit plus de la moitié du temps. Puis,
O¶LQGpSHQGDQFH GDQV XQ SUHPLHU WHPSV HW O¶DEROLWLRQ GH O¶HVFODYDJH GDQV XQ VHFRQG WHPSV
donnent lieu à une République souveraine qui oscille entre la démocratie et les dictatures
militaires. Et enfin, une redémocratisation du pays dans les années 1980 qui mène à la
UpGDFWLRQGHODQRXYHOOHFRQVWLWXWLRQGX%UpVLOHQ1RXVDVVLVWRQVDORUVjO¶pPHUJHQFH
G¶XQHVRFLpWpPXOWLFXOWXUHOOHTXLVHVXEVWLWXHjO¶eWDWVRXYHUDLQ
Contexte des relations raciales : QRXVYHUURQVO¶pYROXWLRQGHVUHODWLRQVLQWHUUDFLDOHVDX%UpVLO
HWSOXVSDUWLFXOLqUHPHQWj%DKLDG¶DSUqVO¶pYROXWLRQVRFLR-économique ci-dessus développée.
6RLWOHSDVVDJHGXV\VWqPHVpJUpJDWLRQQLVWHGHO¶HVFODYDJHRFRPPDQGe le statut, à celui de
la jeune Nation brésilienne du début du XXe VLqFOHRO¶LGpHG¶une entente cordiale entre les 3
races reconnues par la démocratie raciale est devenue un projet politique, puis la
reconnaissance des droits aux minorités ethniques sur OHPRGqOHDPpULFDLQTXLV¶LQVFULWGDQV
la Constitution de 1988.
Au niveau de la mise en forme, nous aurons le souci de retracer trois « tableaux G¶pSRTXH »
qui recoupent donc de façon transversale les différents contextes exposés dans le tableau, ciaprès dénommé Tableau 1 ; Tableau 2 ; Tableau 3.
59 Tableau 1 /¶HVFODYDJH
En 1549, Tomé de Souza arrive à Salvador90. Il est chargé par le roi du Portugal de construire
la première capitale du Brésil sur la Baie de Tous les Saints. La Baie, découverte par
$PHULJR9HVSXFFLHQIXWQRPPpHGHODVRUWHHQO¶KRQQHXUGHODIrWHGHOD7RXVVDLQW
jour de sa découverte. La construction de la ville ne débute que 50 ans plus tard, quand les
3RUWXJDLVGpFLGHQWG¶H[SORLWHUOH3DX%UDVLO, le bois de braise dont ils extraient le rouge pour
teindre leur tissu, ainsi que la canne à sucre.
/HVDFWLYLWpVpFRQRPLTXHVTXLHQGpFRXOHQWIRQWGX%UpVLOXQSD\VH[SRUWDWHXU /¶LQWHQWLRQ
SUHPLqUHGHV3RUWXJDLVQ¶HVWSDVGHFRORQLVHUFHWWHWHUUHPDLVEHOHWELHQG¶HQH[SORLWHr au
maximum les ressources naturelles. Se met alors en place, comme dans les modèles déjà
existants, une société hiérarchisée91.
/¶H[SORLWDWLRQ GH OD FDQQH j VXFUH TXL SDU XQ SURFHVVXV GH WUDQVIRUPDWLRQ VH GpFOLQH HQ
différents produits, devient la première rente du Brésil colonie : le sucre est exporté en
Europe, alors que la mélasse (sorte de jus de la canne non raffiné), la rapadura (ce même jus
durci et consommé en bloc) et la cachaça O¶DOFRRO GH FDQQH j VXFUH VRQW FRQVRPPpV VXU
90
Les principaux ouvrages de références pour ce tableau sont: AGI ER, M ichel, « Salvador
de Bahia. Rome noire, ville métisse.´3KRWRV GH &KULVWLDQ &UDYR (GLWLRQV $XWUHPHQW
Collection Monde, pp. 157, 2005 ; ALCOFORADO Fernando, Os Condicionantes do
desenvolvimento do Estado da Bahia, Tese de Doutorado apresentada como exigência para
obtenção do grau de Doutor em Planificacíon Territorial y Desarrollo Regional da
Universidade de Barcelona, sob a orientação do Professor Doutor José Luis Luzón Benedicto,
2003. Thèse en ligne sur le site TDR (Tesis Doctorales en Red) :
http://tdx.cat/handle/10803/1944; FREYRE, Gilberto, Maîtres et esclaves : la formation de
la société brésilienne [1934], Paris, Gallimard, 1974 ; PI ERSON, Donald, Brancos e prêtos
na Bahia: estudo de contacto racial; introdução de Artur Ramos e Robert E. Park, 2ª edição,
São Paulo, Companhia Editora Nacional, Brasiliana, vol. 241, pp. 430, 1ère édition en 1944,
1971. Egalement publié par University of Chicago Press, 1967 [1942]; RODRI GUES,
Raymundo Nina, Os Africanos no Brasil, Biblioteca virtual de ciências humanas, en ligne:
www.bvce.org, pp. 154, [1933], 2010.
60 place. Cette monoculture implique une main-G¶°XYUH UpVLVWDQWH HW QRPEUHXVH TXH OHV
Portugais vont trouver sur les terres du Recôncavo. Ils y installeront la plupart des
exploitations agricoles.
« Déjà en 1587, il y avait dans la ville et ses alentours quarante ± sept moulins de canne
à sucre, qui fournissaient en grande partie, avec ceux de Pernambouc, les tables
européennes », Pierson (1971 : 92).
En ville, les premières régions colonisées sont celles du pourtour de la Baie, le port de
Salvador devenant la plaque tournante des échanges.
Les marchandises, comme les nouveaux venus, débarquent sur le port, centre autour duquel
est conçue la ville. Les activités logitisques et commerciales se déroulent dans sa partie basse
(le port), alors que sa partie haute accueille les residences de la noblesse et les
administrations. Salvador, ville planifiée, est la première ville du Brésil, de part la
chronologie, mais aussi de part son importance commerciale et de sa concentration des
richesses. Pierson92 (1971) trace un portrait de BahLD j O¶RFFDVLRQ GH VRQ TXDWULqPH
centenaire :
« (QFRPSDUDLVRQDYHFOHVDXWUHVYLOOHVGXQRXYHDXPRQGHF¶HVWXQHYLHLOOHYLOOHHWGH
fait une des plus anciennes. Fondée définitivement en poste avancé de la civilisation
portugaise, cinquante ans avant Jamestown et trente-cinq ans avant St Augustine ± les
principaux noyaux de population européenne des États-Unis ± elle fut un des ports les
SOXVULFKHVDXPRQGHELHQDYDQWTXH1HZ<RUNVRUWHGHO¶HQIDQFH´(p.92).
Au début du
e
XVIII
siècle, Pierson indique que la ville compte déjà 70 000 habitants et décrit
la ville de la sorte :
91
Ce qui se passé dans le sud des États-Unis est assez similaire. Nous connaissons mieux les
rapports entre maîtres et esclaves qui ont été popularisés par la production cinématographique
et littéraire.
92
PIERSON, Donald, Brancos e prêtos na Bahia : estudo de contacto racial; introdução de
Artur Ramos e Robert E. Park, 2ªedição, São Paulo, Companhia Editora Nacional, Brasiliana,
vol. 241, pp. 430, 1ère édition en 1944. Egalement publié par University of Chicago Press,
1971, 1967 [1942].
61 « Des immeubles de six ou sept étages étaient communs, posséder des meubles en bois
G¶pEqQHVFXOSWppWDLHQWOHV\PEROHG¶XQUDQJVRFLDOOHVVRLHVOHVSDODQTXLQVOHVSOXV
fines porcelaines étaient importées de Chine. Dans les plantations de canne à sucre
FLUFXODLHQW HW WUDYDLOODLHQW VHORQ OHV FDOFXOV GL[ IRLV SOXV G¶HVFODYHV TXH GDQV OHV
plantations de Virginie » (p.94).
Il cite également un contrebandier anglais qui écrivait, un siècle plus tard, à propos des
HPEDUFDWLRQV GX SRUW HW GHV ELMRX[ HQ RU GHV IHPPHV EDKLDQDLVHV TX¶LOV DWWHLJQDLHQW « un
degré de richesse méconnu en Europe » (p.94).
'H IDLW MXVTX¶j OD PRLWLp GX
XVII
e
VLqFOH O¶pFRQRPLH HVW HQ H[SDQVLRQ &HSHQGDQW OD
FRQFXUUHQFH DYHF OHV $QWLOOHV DIIDLEOLW FHWWH FURLVVDQFH 0DOJUp FHOD O¶pFRQRPLH VXFULqUH
UpVLVWH j WURLV VLqFOHV GH GpSUHVVLRQ HW GH FULVHV ¬ O¶LQWpULHXU GHV WHUUHV OD PDLQ-G¶°XYUH
LQGLJqQHHVWGpGLpHjO¶pOHYDJHGHVE°XIV&HWWHDFWLYLWpHVWDXGpEXW VRXWHQXHSDUO¶pFRQRPLH
VXFULqUHHWVHUWjODFRQVRPPDWLRQORFDOHPDLVDXVVLjO¶H[SRUWDWLRQFXLU&HWWHSURGXFWLRQ
prend le relais, comme économie de subsistance pendant les lourdes crises du sucre. Freyre
décrit cette situation ainsi :
« Non, pas un pays de cocagne XQHWHUUHG¶DOLPHQWDWLRQLQFHUWDLQHGHYLHGLIILFLOH
YRLOj FH TX¶D pWp OH %UpVLO GHV WURLV VLqFOHV FRORQLDX[ /¶RPEUH GH OD PRQRFXOWXUH
stérilisant tout. Les seigneurs ruraux toujours endettés. Les fourmis, les inondations,
les sécheresses rendant difficiles les fournitures des vivres. » (Freyre 1974, p 73)93
/H WDEOHDX GH FHWWH pSRTXH FRORQLDOH HW HVFODYDJLVWH G¶XQH VRFLpWp DJULFROH HVW GRQF IDLW GH
contrastes entre une richesse incomparable et des conditions de vie difficiles sur des terres
sauvages. LD QRWLRQ GH ³VDXYDJHULH´ VH KHXUWH pJDOHPHQW DX[ GLIIpUHQFHV HQWUH OHV ,QGLHQV
autochtones et les Européens.
$YDQWO¶pGLILFDWLRQGH6DOYDGRUOHVUHQFRQWUHVSDFLILTXHVHWDPRXUHXVHVHQWUHOHV,QGLHQVHW
les Européens, avaient provoqué la construction de quelques agglomérations. À partir de
O¶XQH G¶HOOHV se IRUPH DXWRXU G¶XQ 3RUWXJDLV 'LRJR $OYDUHV &RUUHLD UHVFDSp G¶XQ
naufrage et sauvé par les Indiens. Ils le surnomment « Caramuru ªO¶DQJXLOOHHQODQJXH7XSL
62 sans doute à cause de sa maigreur94. Colons et indiens se regroupent aux abords du Rio
Vermelho, les colons prennent femme parmi les Indiennes suivant le processus courant de la
colonisation.
Marié à la fameuse Catherine Paraguaçu, première Indienne à être baptisée en France,
Caramuru travailla toute sa vie à pacifier les rapports entre colons et Indiens en tant que chef
G¶XQH IDPLOOH PpWLVVH mameluca PpWLVVDJH GX EODQF HW GH O¶,QGLHQ 7RXWHV VHV ILOOHV
épousèrent des colons. Ces agglomérations métisses sont les premières colonies du Brésil.
&DUDPXUX HQGRVVH XQ U{OH G¶LQWHUPpGLDLUH PDUFKDQG HQWUH OHV ,QGLHQV OHV FRORQV HW OD
FRXURQQHSRUWXJDLVH,OQ¶HVWFHSHQGDQWSDVWRXMRXUVHQWHQGXFRPPHLOOHVRXKDLWHUDLWWDQWDX
QLYHDXFRPPHUFLDOTXHGHO¶HQWHQWHFRUGLDOHTX¶LOSUpconise envers les Indiens.
À son arrivée, Tomé de Souza débarque avec environ un millier de colons dont les
SURIHVVLRQQHOV QpFHVVDLUHV j VD PLVVLRQ G¶pGLILFDWLRQ G¶XQH YLOOH : architectes, maçons,
ingénieurs, ainsi que la main-G¶°XYUHHVFODYH$YHFaldeamentoLOSDUWLFLSHjO¶DEDQGRQGH
O¶HQWHQWHFRUGLDOHDYHFOHV,QGLHQVen opérant un déplacement massif et obligatoire des tribus
TXLRFFXSDLHQWOHOLWWRUDOYHUVO¶LQWpULHXU des terres dans le Sertão, dans des villages « aldeia »,
souvent sous la coupole des jésuites qui opèrent leur catéchisation. Bien que la soumission
des Indiens soit intrinsèque à la colonisation, ils ne furent pas asservis comme les Africains
dans un contexte agricole. Les jésuites nourrissent le mythe du bon sauvage à domestiquer,
grâce au rôle civilisateur que souhaite jouer la religion catholique. On sait ce que cette
mission civilisatrice a donné XQH PRUWDOLWp pQRUPH G¶XQH SDUW GH FHX[ TXL RQW pWp
FRQWDPLQpVSDUOHVPDODGLHVGHVFRORQVHWG¶DXWUHSDUWGHFHX[TXLRQWpWpWXpVFDU ils ne se
SOLDLHQWSDVDXMRXJ6LO¶LGpHGHUHQGUHHVFODYHVOHV,QGLHQVDSDUIRLVpWé envisagée par les
Portugais, HOOHQ¶DMDPDLVpWpUHWHQXH
6HORQ)UH\UHO¶,QGLHQHVWOHVDXYDJHPDLQWHQXDXVWDGHGHO¶HQIDQFHSDUOHWUDLWHPHQWTXHOXL
infligent les jésuites. Isolés dans des villages, coupés de leur vie traditionnelle, ils perdent
leur autonomie. Freyre, pourtant peu versé à la hiérarchisation raciale, se permet une
UpIOH[LRQSSRXUH[SOLTXHUO¶DGDSWDWLRQGX1qJUHjO¶HVFODYDJHDORUVTXHO¶,QGLHn ne se
fait pas à une vie sédentaire :
93
FREYRE, Gilberto, Maîtres et esclaves : la formation de la société brésilienne [1934],
Paris, Gallimard, 1974.
94
Version racontée par Agier (2005 : 8-13).
63 « /H UpVXOWDW F¶HVW TXH GDQV O¶DJULFXOWXUH LO >O¶LQGLHQ@ GHYLQW FH WUDYDLOOHXU IDWLJXp HW
PRODVVH TXH O¶RQ GXW UHPSODFHU SDU OH 1qJUH &HOXL-ci, appartenant à un niveau plus
élevé de civilisation, correspondait mieux aux nécessités brésiliennes de travail intense et
G¶HIIRUWVSK\VLTXHVFRQWLQXV » (Freyre, p. 176.)
/¶HVFODYDJH HVW GRQF j OD EDVH GX SURMHW FRORQLDO TXL FRPSWH VXU OD PDLQ-G¶°XYUH HVFODYH
pour produire la canne à sucre. Dès 1549, le roi du Portugal, João III, autorise à importer des
esclaves du Congo, 120 par propriétaire terrien (Rodrigues, 1933 : 21). Dans le système
HVFODYDJLVWHO¶DUJHQWWUDQVLWHHQWUHOHSURGXFWHXUH[SRUWDWHXUHWO¶H[WpULHXU/DPDLQ-G¶°XYUH
Q¶HVWSDVSD\pHPDLVjODFKDUJHGXSUopriétaire terrien.
Avant cette autorisation officielle, un petit nombre G¶HVFODYHV D pWp DPHQp GX 3RUWXJDO
sporadiquement, sur les premières plantations, ayant pour origine la Guinée, terme qui
GpVLJQHjO¶pSRTXHWRXWHODF{WHDIULFDLQHGRPLQpHSDUOHV3ortugais du Cap Vert au Cap de la
Bonne Espérance. Mais le trafic organisé, commence en 1550, transportant des esclaves des
comptoirs africains jusque dans les sobrados (maisons de maître en ville) ou les fazendas
(propriété agricole). Entre 6 et 10% en mo\HQQHPHXUHQWSDUQDYLUHDOODQWMXVTX¶jHQ
cas de maladies contagieuses.
7URLVPLOOLRQVG¶HVFODYHVRQWpWpDPHQpVDX%UpVLOSHQGDQWODWUDLWHTXLDGXUpWURLVVLqFOHV
Cette traite peut se décomposer en 4 étapes (Agier, 2005) 95 :
‡ XVIe siècle : le cycle de Guinée qui concerne des esclaves Wolofs, Mandingues, Mossi,
+DRXVVDVVRLWGHO¶$IULTXHGHO¶2XHVWVHSWHQWULRQDOH
‡XVIIe siècle OHF\FOH&RQJRTXLFRQFHUQHOHVHVFODYHV%DQWRXVGX&RQJRHWGHO¶$QJROD
‡ XVIIIe et début
XIX
e
siècle : cycle Yoruba, les esclaves viennent de la région soudanaise,
GHO¶DLUHFXOWXUHOOH)RQ-Yoruba, embarqués depuis le comptoir du Bénin.
‡
XIX
e
siècle F\FOH GH O¶LOOpJDOLWp 'HV HVFODYHV FRQWLQXHQW G¶rWUH DPHQpV PDOJUp
OµLQWHUGLFWLRQGXWUDILFGpFLGpSDUOHV$QJODLVen 1808, adoptée par les Portugais en 1830 et
appliquée dans le Brésil indépendant en 1850. Leurs origines restent confuses du fait de
leur clandestinité.
95
Lui-même se réfère à Nina Rodrigues, 2010 (1933).
64 Michel Agier (2005, p. 15) 96, en se référant à Luis Viana97DIILUPHTX¶HQODYLOOHHWVHV
alentours comptent 3 000 Portugais, 8 000 indiens chrétiens, 3 ou 4 000 esclaves de Guinée.
/HPrPHQRPEUHG¶HVFODYHVYLWGDQVOHVSODQWDWLRQV'qVOHGpEXWGHODFRORQLVDWLRQGRQFLO
\ D XQH PDMRULWp G¶HVFODYHV SRXU XQH PLQRULWp GH FRORQV98. Se pose alors la question du
nombre pour les colons pour qui la population noire et métisse se fait menaçante.
&HSHQGDQW OHV UDSSRUWV GH GRPLQDWLRQ HW PrPH GH QpJDWLRQ GH O¶DXWUH FRQWHQXV GDQV OH
système esclavagiste sont remis en question par la plupart des auteurs. Agier fait remarquer
combien « O¶LQWLPLWp OD FRUGLDOLWp HW OD SURWHFWLRQ TXH OH PDvWUH DFFRUGDLW j O¶HVFODYH «
tant que celui-FLUHVWDLW³jVDSODFH´ ªSVRQWjO¶RULJLQHGHVUHODWLRQVSDWHUQDOLVWHV
si ancrées dans les relations raciales à BahiD 1DvW DORUV O¶LGpH G¶XQH SUR[LPLWp j FRQWUHcourant des rapports maîtres / esclaves qui sont régis par une ségrégation spatiale et sociale,
RSpUDQWIRUWHPHQWELHQTXHQRQLQVFULWHGDQVO¶DSSDUHLOOpJLVODWLIQLGDQVODFRQVWLWXWLRQGX
pays. La proximité de certaines esclaves, participant à la vie quotidienne de leur maîtresse et
vivant dans la propriété de leur maître pour les servir, a rendu les rapports plus affectueux et
plus intimes que ceux entretenus avec les esclaves des champs qui vivaient à la senzala,
située à quelque distance de la maison des maîtres.
Dans le même ordre idée, les modes de vie à la senzala sont bien décrits par Freyre (1980) :
FHUWDLQVHVFODYHVWULpVHQIRQFWLRQG¶XQHKLpUDUFKLVDWLRQHWKQLTXHRIILFLDLHQWGDQVODPDLVRQ
des maîtres en tant que domestiques tandis que les plus robustes étaient dédiés au lourd
ODEHXUGHVFKDPSVGHFDQQHjVXFUH/HVGRPHVWLTXHVpWDLHQWDXSOXVSURFKHGHO¶LQWLPLWpGHV
maîtres, servant parfois de mère nourricière pour les fils du patron, ou de confidente pour la
SDWURQQH RX HQFRUH G¶DPDQWH DX PDvWUH GH PDLVRQ RX j VHV ILOV &HWWH KLpUDUFKLVDWLRQ
coloniale des ethnies africaines est critiquée par Caponne (2000). Elle y voit les fondements
G¶XQHKLpUDUFKLVDWLRQUDFLDOHHQFRUHHQYLJXHXUDXMRXUG¶KXLDX travers de préjugés fortement
ancrés dans les structures sociales. Les Noirs aux traits plus fins, associés aux Yorubas, sont
considérés comme plus intelligents et rebelles, ce sont eux qui occupent les places de
96
AGIER, Michel, « 6DOYDGRU GH %DKLD 5RPH QRLUH YLOOH PpWLVVH´3KRWRV GH &KULVWLDQ
Cravo. Editions Autrement, Collection Monde, pp. 157, 2005.
97
Luis Viana F., O negro na Bahia, Nova Fronteira, 1988 (1 ère édition : 1944), p.74. Luimême cite le voyageur Fernão Cardim.
98
2QGLVWLQJXHODSUHPLqUHJpQpUDWLRQG¶HVFODYHV© les africains » des esclaves nés sur le sol
brésilien, « les criolos ».
65 domestiques alors que les Bantous aux traiWV QpJURwGHV VRQW G¶DSUqV FHWWH KLpUDUFKLH SOXV
UREXVWHV HW GRFLOHV HW GRQF UpVHUYpV DX[ WUDYDX[ OHV SOXV SpQLEOHV '¶DSUqV &DSRQQH 1LQD
5RGULJXHV SUHPLHU HWKQRJUDSKH GH O¶$IULTXH j %DKLD D XQH JUDQGH SDUW GH UHVSRQVDELOLWp
dans cette construction ethnique99.
Provocateur ? Peut-rWUH«)UH\UHGpPRQWUHTXHOHVHVFODYHVV¶DOLPHQWDLHQWPLHX[TXH
leur maître pendant la colonie. Ils savaient cuisiner avec les ingrédients qui poussaient sur ces
WHUUHV WURSLFDOHV /H PDQLRF OD QRL[ GH FRFR HW O¶KXLOH GH palme faisant partie de leurs
habitudes alimentaires. Ils bénéficiaient également du bon vouloir de leur maître qui voulait
une main-G¶°XYUH HIILFDFH DX WUDYDLO HW QRQ DIIDLEOLH SDU XQH PDXYDLVH QRXUULWXUH /D
QREOHVVH HQ UHYDQFKH Q¶DYDLW SDV GH WUDGLWLon culinaire liée aux Tropiques et importait du
Portugal grand nombre de produits qui arrivaient en mauvais état et en carence de vitamines.
De plus, la monoculture de la canne à sucre appauvrissait la terre et les menus étaient
répétitifs et peu variés.
« /¶HVFODYH QqJUH DX %UpVLO PH VHPEOH PDOJUp WRXWHV OHV ODFXQHV GH VRQ UpJLPH
DOLPHQWDLUHO¶pOpPHQWOHPLHX[QRXUULGHQRWUHVRFLpWp « » (Freyre, p. 82)
Freyre relativise finalement un peu cette vision « carnavalesque ªG¶HVFODYHVELHQSRUWDQWHW
de mDvWUHVHQFDUHQFHDOLPHQWDLUHORUVTX¶LOSDUOHGHVIHVWLQVTXLRQWOLHXSRQFWXHOOHPHQWHWTXL
RQWG¶DLOOHXUVpWpUDFRQWpVSDUGHVYR\DJHXUVUHoXVGDQVO¶DERQGDQFHOHOX[HHWOHVXSHUIOX
« Il est vrai que le Père Fernão Cardim, dans son Traité, nous parl e toujours de
O¶DERQGDQFHGHYLDQGHGHYRODLOOHYRLUHGHOpJXPHVHWGHIUXLWVGHVUpFHSWLRQVTX¶RQ
lui donnait un peu partout au Brésil, chez les hommes riches, dans les collèges de
Frères du XVI e siècle. » (p. 71.)
Il ajoute cependant que ces festins pouvaient être immédiatement suivis de moments de jeûne
ou pour le moins de routine alimentaire pauvre. Ou encore, que le Père Cardim « était un
touriste, reçu dans les moulins et les collèges avec des fêtes et des dîners de gala » (p. 71).
&¶HVW SHXW-être cette alternance entre débauche de richesses et de superflu et manque de
99
/¶DXWHXU FRQVDFUH XQ FKDSLWUH GH VRQ °XYUH j SURXYHU OD SUpGRPLQDQFH <RUXED WDQW DX
niveau du nombre que des qualités, comme pour laver le peuple brésilien alors en
construction des tares liées à ses ancêtres : Rodrigues, (1933), chapitre I, « Procedência
africana dos negros brasileiros », p. 19-43.
66 SURGXLWVDOLPHQWDLUHVGHEDVHTXLSRXUUDLWFDUDFWpULVHUFHWWHpSRTXHGHFRORQLVDWLRQHWG¶HIIRUW
« civilisateur » des Européens vis-à-YLVG¶XQHWHUUHHWG¶XQSHXSOH© sauvage ».
PouUWDQWOHVUHODWLRQVPDvWUHHVFODYHQ¶pWDLHQWSDVWRXMRXUVDXVVLDIIHFWXHXVHVHWGHVUpYROWHV
collectives, ainsi que des fugues, ont eu lieu. La révolte des Malês au
XIX
e
siècle100, a été
portée par les Yorubas101. Dans les campagnes depuis toujours des esclaves fugitifs
V¶LQVWDOOHQWGDQVGHVOLHX[WHQXVVHFUHWVHWSRXUWDQWSDVWRWDOHPHQWjO¶pFDUWGHODFLYLOLVDWLRQ
SRXUFRQWLQXHUOHVpFKDQJHVPDUFKDQGVGDQVGHVOLHX[DSSHOpV³Quilombos´'HQRPEUHX[
supplices, liés à la désobéissance, la fuite ou la jalousie, ont également été racontés.
/DYLVLRQGH)UH\UHROHVHVFODYHVMRXLVVDLHQWG¶XQHDOLPHQWDWLRQULFKHHWYDULpHGXIDLWTXH
OHVDOLPHQWVTXLSRXVVDLHQWpWDLHQWOHVPrPHVTXHFHX[TX¶LOVFRQQDLVVDLHQWHQ$IULTXHHVWj
contrebalancer avec une autre réalité, celle « la grande masse des gens libres, plus
misérables », je cite :
« Si les seigneurs et les esclaves étaient mieux alimentés, et dans un certain sens les
HVFODYHVPLHX[TXHOHVVHLJQHXUVF¶HVWVHXOHPHQWHQFRPSDUDLVRQGHVFDPSDJQDUGV
culs terreX[ FDERFOHV DJUpJpV HW VHUWDQHMHV SDXYUHV FHV VL[ PLOOLRQV G¶LQXWLOHV GX
calcul de Couty (sur une population de douze millions), ce vide énorme qui lui
VHPEODLW H[LVWHU HQWUH OHV VHLJQHXUV GHV ³PDLVRQV GH PDvWUHV´ HW OHV QqJUHV GHV
senzalas. » (Freyre, p. 69.).
Pour Louis Couty (1854-SKLORORJXHHWELRORJLVWHIUDQoDLVOH%UpVLOQ¶DSDVGHSHXSOH
mais une masse de nécessiteux. Cette introduction du tiers-pWDW TXL Q¶HVW QL OH PDvWUH QL
O¶HVFODYH HW SDV QRQ SOXV OH FLWR\HQ UHWLHQW QRWUH DWWHQWLon. Freyre cite Couty qui déplorait
« O¶DEVHQFHG¶XQYpULWDEOH³SHXSOH´EUpVLOLHQ » (p. 69). Paroles reprises par Joaquim Nabuco
qui disait à son tour :
100
celle qui est restée la plus fameuse et a donné lieu au mythe de Zumbi, le héros
quilombola TXLVHUWDXMRXUG¶KXLGHUpIpUHQFHjODFXOWXUHDIUR
101
Les Yorubas se distingueQW SDU OH IDLW G¶rWUH PXVXOPDQV ,OV RQW depuis lors représenté
GDQV O¶LPDJLQDLUH FROOHFWLI O¶LGpH G¶XQ SHXSOH TXL D XQH FXOWXUH ULFKH TXL ne se laisse pas
GRPLQHUIDFLOHPHQW,OVVHUDLHQWGDQVODFRQWLQXDWLRQGHFHWWHLGpHO¶pOLWHQRLUH
67 « Ils se comptent par millions, disait-il en 1833, ceux qui se trouvent dans cette
situation intermédiDLUHTXLQ¶HVWSDVFHOOHGHO¶HVFODYHPDLVTXLQ¶HVWSDVQRQSOXV
FHOOHGHFLWR\HQ« » Freyre (p. 69).
Dans ce cadre, ceux qui ne font pas partie de la demeure du propriétaire terrien vivent dans
des conditions de marginalité et de pauvreté, exclus du système patriarcal de la « casa
grande ª LOV Q¶RQW SDV DFFqV DX[ UHVVRXUFHV 'DQV OH V\VWqPH HVFODYDJLVWH HQ GHKRUV GHV
PDvWUHVLOQ¶\DG¶LQWpUrWTXHSRXUXQHSRWHQWLHOOHPDLQ-G¶°XYUH6LO¶RQQ¶est pas dominant,
il faut être rentable, ce qui ne paraît pas être le cas de cette masse, reléguée alors au ban des
LQXWLOHV /¶pFRQRPLH OLpH DX WUDILF KXPDLQ V¶DSSXLH VXU OH SURMHW GH IRXUQLU GH OD PDLQG¶°XYUH j O¶pFRQRPLH DJULFROH RIILFLHOOH 3RXUWDQW HOOH UHSUpVHQWH XQH pFRQRPLH j SDUW
entière qui selon les époques a été contrôlée et autorisée ou clandestine et souterraine.
Des hommes, principalement des métisses, se sont considérablement enrichis avec le trafic
G¶HVFODYHV1LQD5RGULJXHVS-115)102 relate par exemple le parcours de Chachá
de Ajuda XQ PpWLV EUpVLOLHQ TXL D IDLW IRUWXQH HQ $IULTXH JUkFH j O¶H[SRUWDWLRQFODQGHVWLQH
G¶HVFODYHV GDQV OD GHUQLqUH SpULRGH GH OD WUDLWH LO DFTXLHUW DLQVL XQ SRXYRLU SROLWLTXH GH
corruption) et une aura princière. Au sujet de cette dernière, il raconte une anecdote dont nous
voulons nous servir comme guide et qui introduit la deuxième époque :
« $YDQWGHIDLUHXQYR\DJHO¶(XURSpHQGRLWWRXMRXUVIDLUHDWWHQWLRQGHVHPXQLUG¶XQH
insigne spéciale qui appartient à un grand chef ou au propre Roi. Ainsi, au Dahomey,
OD OLEUH FLUFXODWLRQ HVW FRQFpGpH DX %ODQF TXL SRVVqGH OD FDQQH GH &KDFKi &¶HVW
FRPPHoDTXHV¶DSSHOOHOHFKHIFKDUJpGHVUHODWLRQVHQWUHOHVpWUDQJHUVHWOH5RLGX
SD\V « 3RXU DOOHU j $EHRNXWD LO IDXW GHPDQGHU DX 5RL GH FHWWH JUDQGH YLOOH
(80 000 âmes) un insigne spécial : une queue de cheval montée sur un manche en
ivoire. Grace à lui, le voyageur trouve ouverts et praticables tous les chemins V¶LOQH
O¶DSDVHQVDSRVVHVVLRQRQOXLRSSRVHXQHWHOOHIRUFHG¶LQHUWLHTX¶LOGRLWUHQRQFHUj
son YR\DJH« » (p. 115).
,OIDXWUHWHQLUTXH&KDFKiO¶LQWHUPpGLDLUHPpWLVVHDXQSRXYRLUGHOLDLVRQHQWUHOHV1RLUVHW
les Blancs. Bien sûr, la scène se passe en Afrique et non au Brésil ; les Noirs dont il est
question sont les rois et les Blancs des commerçants ; mais, dans son essence, cette histoire
68 est comme prémonitoire de la deuxième époque.
Nous souhaitons avant cela aborder la situation en ville. En effet, le tableau devient plus
complexe dans le cadre urbain car les esclaves ne sont pas cantonnés aux champs ou à la
senzala. LD SRSXODWLRQ Q¶HVW SDV LQXWLOH PDLV HQ FKDUJH G¶XQH SDUWLH GX FRPPHUFH
alimentaire (plats cuisinés) et surtout du fret de marchandises. Reis (1992, 1995) 103 décrit
SDUWLFXOLqUHPHQW ELHQ OHV FRQGLWLRQV GH WUDYDLO HW O¶LQIOXHQFe des « Africains » en ville.
Esclaves de gain rendant des comptes à leur maître, hommes libres ou affranchis, les
« Africains ª WUDYDLOOHXUV GH UXH GpWLHQQHQW XQ PDUFKp TX¶LOV GRLYHQW IUpTXHPPHQW
renégocier avec les pouvoirs publics qui les encadrent de manière plus ou moins
contraignante selon les époques.
Les organisations de travail créées par les Noirs de la ville sont les « Cantos ». Elles sont
peut-rWUH GpULYpHV GHV JURXSHV GH WUDYDLO YRORQWDLUH G¶$IULTXH RFFLGHQWDOH OHV © aro » en
Yoruba. Ces groupes ont un caractère ethnique et ont des territoires de travail délimité. Les
travailleurs sont caractérisés de la manière suivante : 1) les transporteurs de liquide
SULQFLSDOHPHQWO¶HDXHQEDULOVRXGHVROLGHVHQSDQLHUV ; 2) les transporteurs de perches et
GHFRUGHVTXLWUDQVSRUWHQWHQJURXSHGHVSRLGVSOXVORXUGVjO¶DLGHGHSHUFKHVHWGHFRUGHV
3) les porteurs de chaises qui travaillent en groupe de deux au transport de personnes ; 4) et
tous ceux qui ont profession de gains. Cette population regroupe une grande majorité des
Noirs de Salvador, esclaves ou libres, dont les femmes qui ont en charge le commerce
G¶DOLPHQWVFXLVLQpV5HYHQRQVVXUOHVFRQVLGpUDWLRQVGH5HLVVXUOHVSRUWHXUVDIULFDLQVDXTXHO
il dédie ses analyses.
Les coins étaient dirigéVSDUGHVFDSLWDLQHVTXLV¶RFFXSDLHQWGHQpJRFLHUOHVFRQWUDWVDYHFOHV
FOLHQWVUpSDUWLUOHVWkFKHVUHFHYRLUHWUpSDUWLUO¶DUJHQWVHUYLUGHPpGLDWHXUVGDQVG¶pYHQWXHOV
conflits entre les travailleurs de gain ou avec les commerçants. Ils percevaient pour cela une
rémunération différenciée des autres membres du groupe. Leur prise de fonction donnait lieu
à un rituel XQFRUWqJHRWU{QDLWOHQRXYHDXFDSLWDLQHVXUXQEDULOG¶HDXXQHERXWHLOOHjOD
main. Le groupe entonnait des chants dans toute la ville basse puis retour au canto où il était
DFFXHLOOLSDUGHV1RLUVG¶DXWUHVFRLQVHWRLOUHQYHUVDLWGHODFDFKDoDSDUWHUUHGDQVXQJHVWH
de démarcation territoriale.
102
RODRIGUES, Raymundo Nina, Os Africanos no Brasil, Biblioteca virtual de ciências
humanas, en ligne: www.bvce.org, pp. 154, 2010 [1933].
69 3HXLPSRUWDLWG¶rWUHHVFODYHRXOLEUHGHVFULWqUHVWHOVTXHO¶DQFLHQQHWpVXUOHVROEDKLDQais et
la maîtrise de la langue étaient plus importants ; ainsi que la capacité à mener le groupe. Les
FULWqUHV GHV %ODQFV Q¶pWDLHQW SDV FHX[ HQ YLJXHXU GDQV O¶RUJDQLVDWLRQ GHV FRLQV /HV FRLQV
(croisements, intersections) et la cachaça ne sont pas sans rappeler Exu, le messager dans le
candomblé, référence spirituelle qui nous rappelle que les références culinaires de Dona India
et sa fille renvoient également aux plats utilisés dans la religion afro-brésilienne.
Tableau 2104 : La démocratie raciale
1) Transition
103
Je me réfère ici jGHX[DUWLFOHVGH5HLV³$JUHYHQHJUDGHQD%DKLD´5HYLVWD863
São Paulo (28):14-39, dez-fev 1995-1996 - Dossiê, 1995 ³5HEHOLmR HVFUDYD QR %UDVLO : a
KLVWRULDGROHYDQWHGRV0DOrVHP´6mR3DXOR&RPSDQKLDGDVOHWUDV
104
Les références principales pour ce tableau sont : ALCOFORADO Fernando, Os
Condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia, Tese de Doutorado apresentada
como exigência para obtenção do grau de Doutor em Planificacíon Territorial y Desarrollo
Regional da Universidade de Barcelona, sob a orientação do Professor Doutor José Luis
Luzón Benedicto, 2003. Thèse en ligne sur le site TDR (Tesis Doctorales en Red) :
http://tdx.cat/handle/10803/1944; HOLANDA, Sergio, Buarque, (de), Racines du Brésil,
Gallimard, 1998 (1939) ; AGI ER, M ichel, « Salvador de Bahia. Rome noire, ville
PpWLVVH´3KRWRVGH&KULVWLDQ&UDYR(GLWLRQV$XWUHPHQW&ROOHFWLRQ0RQGHSS ;
FREYRE, Gilberto, Maîtres et esclaves : la formation de la société brésilienne, Paris,
Gallimard, 1974,[1934] ; GUI M ARÃES, Antônio, Sergio, « Démocratie raciale » in Cahier
du Brésil contemporain, « Les mots du discours afro-brésilien en débat », 2002, p11 à 37 ;
PI ERSON, Donald, Brancos e prêtos na Bahia : estudo de contacto racial; introdução de
Artur Ramos e Robert E. Park, 2ª edição, São Paulo, Companhia Editora Nacional,
Brasiliana, vol. 241, pp. 430, 1971, 1ère édition en 1944. Egalement publié par University of
Chicago Press, 1967 [1942]; AZEVEDO, Thales de.,As elites de cor numa cidade brasileira
: um estudo de ascenção social & Classes sociais e grupos de prestigio. Apresentação e
prefacio de Maria de Azevedo Brandão. ± 2ème édition ± Salvadore : EDUFBA:EGBA,
1996, pp.186; RODRI GUES, Raymundo Nina, Os Africanos no Brasil, Biblioteca virtual
de ciências humanas, en ligne: www.bvce.org, 2010, [1933], pp. 154; SCHWARTZ, Lilia
M oritz ³(VSHWDFXOR GD PLVFLJHQDomR´ LQ (VWXGRV DYDQoDGRV PASSOS,
Alberto, Guimarães , As classes perigosas, Editora UFRJ, 2008, pp. 274.
70 /H %UpVLO HVW XQH WRXWH MHXQH 1DWLRQ /D SURFODPDWLRQ G¶,QGpSHQGDQFH GX 3RUWXJDO GDWH GH
1822 et fait suite aux guerres napoléoniennes en Europe qui secouent le Portugal et le
transfert de la cour à Rio de Janeiro. En 1840, le fils de Pedro Ier, empereur du Brésil, lui
VXFFqGHVRXVOHQRPGH'RP3HGUR,,(QSHQGDQWVRQUqJQHVHUDGpFUpWpHO¶DEROLWLRQ
GHO¶HVFODYDJHSDUODSULQFHVVH,VDEHO(QLOHVWGHVWLWXpGHVRQWU{QHSDUOHVPLOLWDLUHV
La Ire 5pSXEOLTXHYRLWDORUVOHMRXUV¶Drticulant économiquement autour de la production et de
O¶H[SRUWDWLRQ GX FDIp 6mR 3DXOR /¶pFRQRPLH VXFULqUH GX 1RUGHVWH SHUG GH VRQ DPSOHXU
avec la fin du système esclavagiste. Les intérêts sont tous portés vers le sud du Brésil qui
connaît une très fortHLPPLJUDWLRQHXURSpHQQHLPSXOVpHSDUO¶eWDWSRXUFRPEOHUOHPDQTXHGH
main-G¶°XYUHGHODSURGXFWLRQGHFDIpPDLVDXVVLSRXUUpSRQGUHDX[LQTXLpWXGHVFRQFHUQDQW
O¶XQLWpQDWLRQDOHGDQVFHTXLHVWXQHWRXWHQRXYHOOHQDWLRQKDQWpHSDUODTXHVWLRQUDFLDOH
PlXVLHXUV ORLV PDUTXHQW OD OHQWH SURJUHVVLRQ TXL YD DPHQHU MXVTX¶j O¶DEROLWLRQ /H V\VWqPH
esclavagiste a demeuré si longtemps plutôt par habitude et à cause des profondes marques
relationnelles laissées entre maîtres et esclaves que par nécessité économique. Ainsi,
SURJUHVVLYHPHQWjWUDYHUVO¶LQVWLWXWLRQGHQRXYHOOHVORLVOHVHVFODYHVVRQWOLEpUpV
x
(Q OD ORL (X]HELR GH 4XHLUR] LQWHUGLW OH WUDILF G¶KRPPHV QRLUV YHQDQW
G¶$IULTXHVXLYDQWDLQVLXQHGLUHFWLYHDQJODLVHGHFHVVHUOHWUDILFG¶HVFODYHVNous
savons pourtant que le trafic a continué clandestinement, car il était toujours très
rentable.
x
La loi du « ventre libre » de 1871 fait que tout nouveau-né est désormais libre.
x
La loi des sextagénaires déclare tous les esclaves de 60 ans et plus, libres ; ce qui
ne concernait pas énormément de personnes car beaucoup mourraient avant
G¶DWWHLQGUHFHWkJH/DPRUWDOLWpGXIDLWGHVFRQGLWLRQVGHYLHGLIILFLOHVHWGXSHX
G¶K\JLqQHGLPLQXDLWFRQVLGpUDEOHPHQWO¶HVSpUDQFHGHYLH
x
Enfin, la loi Aurea signée par la princesse Isabel déclare libre tous les esclaves.
De fait le climat social est tendu, la production de canne à sucre est en déclin et la
main-G¶°XYUHHVWWURSQRPEUHXVHHWWURSFR€WHXVH&HWWHORLDQQRQFHGpMjODILQGH
ODPRQDUFKLH,OQ¶\DGpMjSOXVDX%UpVLOTXHG¶HVFODYHV ; 12% à Bahia.
La société change et annonce de façon souterraine le changement politique et économique à
WUDYHUV OD PLVH HQ SODFH G¶XQH EDWWHULH G¶LQVWLWXWLRQ TXL VHUYLUD GH SLOLHU DX FDSLWDOLVPH
Holanda (1998, [1939])105 parle G¶XQH© fièvre de réformes » qui commence dès le début du
105
HOLANDA, Sergio, Buarque,de., Racines du Brésil, Gallimard, (1939), 1998.
71 XIX
e
VLqFOH HW V¶LQWHQVLILH DX PLOLHX GHV DQQpHV DFFRPSDJQDQW O¶LQWHUGLFWLRQ GX WUDILF
G¶HVFODYHV/HVPHQWDOLWpVFKDQJHQWHWOHPRGqOHVWUXFWXUHOGHO¶RUJDQLVDWLRQGXWUDYDLODXVVL
/¶DXWHXU cite : constitution des sociétés anonymes, fondation de la première banque du Brésil,
de la première ligne télégraphique, création de la Banque rurale et hypothécaire, création des
premières lignes de chemin de fer, organisation et expansion du crédit bancaire, etc. Je cite :
« On pourrait même dire que le chemin ouvert par de telles transformations ne
SRXUUDLW ORJLTXHPHQW FRQGXLUH TX¶j XQH OLTXLGDWLRQ SOXV RX PRLQV UDSLGH GH QRWUH
YLHLOKpULWDJHUXUDOHWFRORQLDOF¶HVW-à-dire de la richesse fondée sur l¶HPSORLGXEUDV
HVFODYHHWO¶H[SORLWDWLRQH[WHQVLYHGHVWHUUHVGHVWLQpHVjO¶DJULFXOWXUH » (p. 111.)
/D WUDQVIRUPDWLRQ VWUXFWXUHOOH V¶pWDLW GpMj IDLWH ORUVTXH OD SULQFHVVH ,VDEHO DQQRQFH SOXW{W
tardivement en comparaison avec les autres colonies, la fin GHO¶HVFODYDJH /HVPDUTXHVGX
FDSLWDOLVPH pWDLHQW GpMj HQ SODFH LO QH OXL PDQTXDLW SOXV TX¶XQ eWDW LQGpSHQGDQW HW
5pSXEOLFDLQHWXQSHXSOHYLYDQWVXUGHVEDVHVG¶pTXLWp&HTXLQHWDUGDSDV : la proclamation
de la République se fait immédiatement après ODGpFODUDWLRQGHO¶DEROLWLRQGHO¶HVFODYDJHHQ
1889. Le changement à la fois politique, économique et structurel nous amène donc dans une
DXWUH pSRTXH FHOOH G¶XQH MHXQH 5pSXEOLTXH TXL VH GpWRXUQH GH VD WUDGLWLRQ DJUDLUH
esclavagiste pour se moderniser et devenir une puissance industrielle.
2) Industrialisation
/HVXGGXSD\VFRQQDLWXQIRUWHVVRUpFRQRPLTXHDXWRXUGHO¶H[SRUWDWLRQGHFDIpjSDUWLUGH
/HVFRQGLWLRQVG¶HQULFKLVVHPHQWSRXUOHVSURGXFWHXUVGHFDIpVRQWGLIIpUHQWHVGHFHOOHV
GH O¶DJULFXlture coloniale du Nordeste car ils bénéficient directement du fruit de leur
PDUFKDQGLVH WDQGLV TXH OHV LQWpUrWV GH O¶pSRTXH FRORQLDOH GpSHQGDLHQW GH QpJRFLDWHXUV HQ
(XURSH/¶HQULFKLVVHPHQWHVWGRQFSOXVFRPSOHWO¶DXWRQRPLHDXVVL&HWWHpFRQRPLHUHQIRUFH
OHGpSODFHPHQWG¶LQWpUrWVGpMjDPRUFpSDUODSUpVHQFHGHODFRXUj5LRGH-DQHLURYHUVOH
Sud. Le Nordeste (principalement Bahia et Pernambouco) stagne dans la culture de la canne à
VXFUH HQ GpFOLQ SHUPDQHQW HW UHVWH OH V\PEROH G¶XQ YLHX[ PRQGH TXL Q¶D pas accès au
SURFHVVXVGHPRGHUQLVDWLRQGpMjHQURXWHDXVXGGXSD\V6LOH%UpVLOQ¶DSDVFRQQXGHJXHUUH
de Sécession, sa situation est comparable à celle des États-Unis, déchiré entre un monde
PRGHUQH HW FDSLWDOLVWH G¶XQ F{Wp HW XQ PRQGH DUFKDwTXH EDVp VXU O¶H[SORLWDWLRQ DJULFROH HW
O¶HVFODYDJHGHO¶DXWUH0DLVOHVS{OHVVRQWLQYHUVpV/HYLHX[VXGGHVeWDWV-Unis équivaut au
72 Nordeste et le Nord capitaliste et démocratique au sud du Brésil, à la fois centre politique et
économique avec Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais et Espȓrito Santo.
Le plus gros problème est celui de la main-G¶°XYUH FDU OH %UpVLO GpWLHQW OHV ô GH OD
SURGXFWLRQPRQGLDOHGHFDIp3RXU\UHPpGLHUO¶LPPLJUDWLRQLWDOLHQQHHVWIDYRULVpHGqVODILQ
du
XIX
e
siècle. La main-G¶°XYUHVDODULpHDXJPHQWHOHVSURSULpWDLUHVHWO¶eWDWV¶HQULFKLVVHQW
Pendant ce temps, Salvador sommeille, tout comme la production de canne à sucre, seul le
VXGGHO¶eWDWPDLQWLHQWXQFHUWDLQG\QDPLVPHDYHFODSURGXFWLRQGHFDFDR/DPDLQ-G¶°XYUH
bahianaise émigre principalement au Nord (production de caoutchouc en Amazonie).
Salvador traverse alors un long moment de léthargie. Les grandes fortunes migrent, le centre
KLVWRULTXH HW SODQLILp VH YRLW ODUJHPHQW DEDQGRQQp /¶DFWLYLWp DJULFROH GH OD FDQQH j VXFUH
décline, le cacao finit également par connaître la crise. Salvador mettra du temps à se relever.
(Q OH FUDVK pFRQRPLTXH PRQGLDO PHW ILQ j FHW kJH G¶RU GX FDIp /H %UpVLO
V¶LQGXVWULDOLVH HW V¶XUEDQLVH106. À Salvador, le réveil a lieu dans les années 1950, avec
O¶H[WUDFWLRQGHSpWUROHGDQVOD%DLHGH7RXVOHV6DLQWV/HVXVLQHVV¶LQVWDOOHQWDX[DOHQWRXUV
de la ville créant ainsi la Région métropolitaine de Salvador.
« 'DQV OD VHFRQGH PRLWLp GHV DQQpHV FLQTXDQWH GpPDUUHQW O¶H[SORLWDWLRQ HW OH
raffinage de péWUROHDFWLYLWpVXUODTXHOOHV¶DSSXLHUDWRXWOHGpYHORSSHPHQWXOWpULHXU
/¶DPSOHXUGHODSURGXFWLRQODQDWXUHGXSURFHVVXVSURGXFWLIHWOHVW\OHGHJHVWLRQGX
WUDYDLOIRQW GH O¶HQWUHSULVH SXEOLTXH GH SpWUROH OD3HWUREUiV XQ PRQGH j SDUW 6HV
salariés, malgré leur faible poids numérique, se distinguent alors comme un ensemble
complètement différencié des autres travailleurs », (Agier et Castro, 1995, p. 153)107.
106
3RXUSOXVGHGpWDLOVVXUO¶pYROXWLRQpFRQRPLTXHGX%UpVLOYRLU$FRIRUDGR
107
AGIER, Michel, CASTRO, Nadya, « Projet ouvrier et destins personnels à Bahia
(Brésil) », in Salariés et entreprises dans les pays du Sud. Contribution à une anthropologie
73 3) Mutation des relations sociales
/D VRFLpWp TXL DYDLW MXVTX¶j SUpVHQW FRPPH SRUW G¶DWWDFhe la vie rurale se détourne des
campagnes et une forte immigration se fait en direction des pôles urbains, changeant la
structure basée sur le domaine familial comme microcosme indépendant économiquement et
politiquement. Buarque de Holanda (1998) soulignHO¶DXWDUFLHHWOHFDUDFWqUHGHPLFURFRVPH
ou plutôt de microsociété de la fazenda. Il cite le frère Vincente qui relate une anecdote au
VXMHWGHO¶pYrTXHGH7XFXPDQORUVGHVRQYR\DJHDX%UpVLOjODILQGXXVIIIe siècle :
Il dit que « ORUVTX¶LOHQYR\DLW FKHUFKHUXQSRXOHWTXDWUH°XIVHWXQSRLVVRQSRXUVRQ
UHSDVRQQHOXLUDSSRUWDLWULHQSDUFHTX¶RQQHWURXYDLWULHQQLDXPDUFKpQLFKH]OH
ERXFKHU WDQGLV TXH V¶LO GHPDQGDLW FHV FKRVHV GDQV OHV GRPLFLOHV SDUWLFXOLHUV LO
REWHQDLWWRXWFHTX¶LOYRXODLW » (p. 122.)
« $ORUVGLWO¶pYrTXHYUDLPHQWF¶HVWXQSD\VjO¶HQYHUVFHQ¶HVWSDVXQH5pSXEOLTXH
mais chaque maison en est une. » (p. 123.)108
Buarque de Holanda conclut VXUO¶RPQLSRWHQFHGXpater familias et sur la structure familiale
de la fazenda comme structure sociale puissante opprimant individus et structures politiques :
« Le cadre familial devient ainsi tellement puissant et exigeant que son ombre
poursuit les individus même au-GHKRUV GH O¶HQFHLQWH GRPHVWLTXH /¶HQWLWp SULYpH
précède toujours che] HX[ O¶HQWLWp SXEOLTXH /D QRVWDOJLH GH FHWWH RUJDQLVDWLRQ
compacte, unique et sans transfert possible, où dominent nécessairement les
préférences fondées sur des liens affectifs ne pouvaient manquer de marquer
profondément notre société, notre vie publique, toutes nos activités. » (p. 125).
2Q LPDJLQH ELHQ TXH FHV PDUTXHV Q¶RQW SDV GLVSDUX GX MRXU DX OHQGHPDLQ HW TXH OD
5pSXEOLTXHKRUVGHODVSKqUHIDPLOLDOHDG€V¶LPSRVHUHQGRXFHXUHWGDQVOHWHPSV%XDUTXH
de Holanda voit pourtant les prémisses de l¶DIIDLEOLVVHPHQW GH OD IDPLOOH GqV OH GpEXW GX
politique. Ss Direction de Robert Cabanes, Jean Copans, Monique Selim, Editions Kartala et
Orstom, p. 153-182, 1995.
108
Frey Gaspar da Madre de Deus, Memórias para a historia da capitania de S. Vicente,
/LVERQQH S 0DUFHOLQR 3HUHLUD &OHWR ³'LVHUWDomR D UHVSHLWR GD FDSLWDQLD GH 6
Paulo, sua decadência e modo de restabelecê-OD´Anais da Biblioteca Nacional do Rio
de Janeiro, XXI, Ro de Janeiro, 1900, p. 201.
74 XIX
e
VLqFOH ORUVTXH OHV FHQWUHV XUEDLQV FRPPHQFHQW j SUHQGUH GH O¶LPSRUWDQFH HW TXH OHV
QRPEUHX[FKDQJHPHQWVVWUXFWXUHOVVRQWHQWUDLQGHVHSUpSDUHU/HGpFOLQGHO¶DJULFXOWXUHHVW
un des facteurs les plus décisifs de ces changements. Le modèle capitaliste apporte un cadre
IRUPHO TXL YLHQW V¶DMRXWHU RX UHPSODFHU XQ FDGUH SOXV DQFLHQ G¶LQIRUPDOLWp FDUDFWpULVDQW OH
%UpVLOGHO¶DSUqV-esclavage.
$YHF O¶HQWUHSULVH OHV UDSSRUWV DX WUDYDLO HW j O¶HPSOR\HXU FKDQJHQW Salvador toute entière
prend acte des profondes mutations que le pays a initiées dès le
XIX
e
siècle et dont elle est
UHVWpHjO¶pFDUWXQFHUWDLQWHPSV$XQLYHDXGXWUDYDLOODFXOWXUHG¶HQWUHSULVHOHV\QGLFDOLVPH
entrent en jeu. Pourtant cela ne concernHTXHODVSKqUHGHO¶HQWUHSULVH&HX[TXLHQVRQWWHQXV
j O¶pFDUW FDU SDV DVVH] TXDOLILpV RX VLPSOHPHQW WURS QRPEUHX[ UHVWHQW GDQV GHV UHODWLRQV
souvent plus informelles de travail. Ainsi, le monde rural, tout comme « O¶DUPpHGHUpVHUYH »
industrielle restent dans des rapports de travail plus proches de la première époque, où le
paternalisme est puissant et les revendications sociales à peu près nulles.
'¶DSUqV XQH DQDO\VH pFRQRPLTXH GHV SD\V VXE-cités, Passos (2008) fait remarquer que le
système féodal109 ne GLVSDUDvWSDVGXMRXUDXOHQGHPDLQHWTXHO¶DQDO\VHGHFHV© restes ªQ¶D
pas été retenue par Marx. De manière schématique, les grands propriétaires terriens restent
OHV PDvWUHV GH OD WHUUH OHV SDXYUHV Q¶RQW SDV DFFqV j OD SURSULpWp SULYpH FDU OHV WHUUHV en
grande majorité appartiennent aux grands propriétaires terriens, donc les pauvres ne cultivent
SDV OHV WHUUHV TX¶LOV RFFXSHQW FDU LOV VDYHQW SRXYRLU rWUH PLV GHKRUV GDQV XQ GpODL GH heures.
« Les résidus du féodalisme continuent à être une force latHQWH«HQFRUHFDSDEOHGH
mettre en tutelle la politique agraire brésilienne. » (Passos 2007, p. 124.)
/¶DXWHXU FRPSDUH OD VLWXDWLRQ DYHF OHV eWDWV-Unis, qui après la guerre de Sécession, ont
découpé et partagé les grandes propriétés terriennes du Sud notamment auprès de la forte
vague de migrants qui venait en masse, guidés par la possibilité de gagner un lopin de terre à
cultiver. Rien à voir donc avec la situation brésilienne qui a toujours privilégié les intérêts des
conservateurs : « on ne touche pas aux latifundios », au détriment des intérêts démocratiques
qui allaient dans le sens des intérêts populaires. Ces positions conservatrices ont été à
O¶RULJLQHGXUHWDUGWHFKQRORJLTXHDX%UpVLOFDURQQHV¶pTXLSDLWSDVGHODPrPHPDQLqUHGDQV
les plantations gigantesques où la main-G¶°XYUHpWDLWH[FpGHQWHHWVHUYLOHHWGDQVOHVSHWLWHV
propriétés privés des États-Unis, où on a vite fait appel aux outils et aux machines.
109
/¶H[LVWHQFHGXIpRGDOLVPHDX%UpVLOHVWFHSHQGDQWUpIXWpHSDUQRPEUHG¶KLVWRULHQV 75 Passos cite après Freyre un journaliste du Diàrio de Pernambuco en 1856 dont les propos lui
semblent encore adaptés à la situation contemporaine :
« 6XUOHVWHUUHVGHVJUDQGVSURSULpWDLUHVLOV>OHVSDXYUHVOLEUHV@QHMRXLVVHQWG¶DXFXQ
GURLWSROLWLTXHFDULOVQ¶RQWSDVG¶RSLQLRQOLEUH ; pour eux le grand propriétaire est la
police, les tribXQDX[ O¶DGPLQLVWUDWLRQ HQ XQ PRW WRXW « OD FRQGLWLRQ GH FHV
malheureux ne diffère en rien de celle des serfs du Moyen-Âge. », Diàrio de
Pernambuco, 24/03/1856, apud Freyre (1937, p. 247) ; apud Passos (p. 133.)
/¶DXWHXUjWUDYHUVVHVGHVFULSWLRQVIDLWDSSDUDvWUHGLIIpUHQWVW\SHVG¶HVFODYDJHVTXLHQJOREHQW
DXVVL OD SRSXODWLRQ SDXYUH OLEUH /¶HVFODYDJH GHV $IULFLDQV Q¶HVW GRQF SDV OD VHXOH IRUPH
G¶DVVHUYLVVHPHQW 3DVVRV UHSUHQG OHV GHVFULSWLRQV GH &RXW\ TXL IDLW UHPDUTXHU TXH OD
population libre pauvrH Q¶D SDV JUDQG-chose à envier à la population esclave. La race
« caipira110 », FRPPHLOO¶DSSHOOHUpVLVWHDXMRXJSDUO¶LQGROHQFHPDLVPHXUWGHIDLP
Le préjugé de la classe dominante sur la prédisposition de cette population à la paresse est tel
que lorsque le sud du pays a besoin de main-G¶°XYUH SRXU OD SURGXFWLRQ GH FDIp LO YD OXL
WRXUQHU OH GRV HW HQFRXUDJHU O¶LPPLJUDWLRQ HXURSpHQQH HW FKLQRLVH WRXW HQ VH SODLJQDQW
beaucoup du coût de cette opération, incluant parfois le don de terres aux migrants. Ce
mouvement avait aussi pour dessein de nettoyer la race inférieure (selon une théorie
évolutionniste) en incorporant des Européens au Brésil.
Les caipiras connaissent donc un abandon économique, politique et moral :
« «,OQ¶pWDLWSDVIRXUQLjFHWWHPDVVHLPPHQVHGHSD\VDQVG¶RXYULHUVDJULFROHVHW
XUEDLQVG¶$IIUDQFKLVG¶HVFODYHVGHPLVpUDEOHVTXLYLYDLHQWGHEDQDQHVHWGHIDULQH
abandonnés à eux-mêmes, à leur paresse, les moyens suffisants pour les tirer de leur
ignorance et les élever à une condition plus digne et plus humaine. » Max Leclerc,
Journal de débats, après une visite à Rio de Janeiro, 1942, apud Passos (p. 149.)
&¶HVW HQ FH VHQV TXH 3DVVRV DIILUPH TXH OHV HVFODYHV XQH IRLV OLEpUpV RQW pWp Up-esclavisés
G¶XQH DXWUH IRUPH SDU OD PLVqUH HW SDU OHV ORLV IDLWHV SRXU O¶HQFDGUHU : faute de terres, ils
restaient tributaires et dépendants de la classe dominante. Ce qui faisait dire à Rui Barbosa
76 TXHO¶DEROLWLRQGHO¶HVFODYDJHDYDLWGRQQpOLHXjXQH© ironie atroce » en observant trente ans
plus tard son inefficacité en termes de liberté (Passos, p. 150).
Cette dépendance du pauvre envers le riche a donné lieu à un grand nombre de « faveurs »,
sorte de rémunération qui reste en dehors du travail salarié. Ces faveurs peuvent se décliner
dans le IDLW GH WURXYHU XQ HPSORL SUrWHU GH O¶DUJHQW UHQGUH YDOLGHV GHV WLWUHV REWHQLU GHV
FUpGLWVGDQVGHVFRPPHUFHVIDLUHDSSHODXVHUYLFHG¶XQDYRFDWLQIOXHQFHUGHVMXUpVVWLPXOHU
et « préparer » des témoins, trouver un médecin ou hospitaliser une personne, et plus de vingt
autres options citées par Rubens do Amaral111, ibid Passos (p.1 57). Encore un moyen
G¶DQFUHUOHWUDYDLOGDQVXQHGpSHQGDQFHVHUYLOHGHW\SHIpRGDOSOXW{WTXHGHO¶LQVFULUHGDQVOH
binôme travail / salaire du capitalisme.
Mais ce qui reFUpDLWOHVFRQGLWLRQVG¶DVVHUYLVVHPHQWGHPDQLqUHSURQRQFpHHWUDGLFDOHpWDLW
sans aucun doute « la loi de prestation de services ª&HWWHORLDSSDUDvWDYDQWO¶DEROLWLRQ(OOH
faisait du travailleur libre une espèce de serf, ce qui explique le refus des travailleurs libres de
WUDYDLOOHU GDQV OHV ID]HQGDV HW OHV DIIXEOH SDU OD PrPH RFFDVLRQ G¶XQH UpSXWDWLRQ GH
SDUHVVHX[ERQVjULHQHWF5HJDUGRQVG¶XQSHXSOXVSUqVFHWWHORL (Passos, p. 178) :
« Selon la loi de 1830, les travailleurs employés ne pouvaient rompre leur contrat
TX¶jFRQGLWLRQGHSD\HUDXSDWURQODPRLWLpGHVVDODLUHVTX¶LOVDXUDLHQWUHoXGDQVOH
FDV FRQWUDLUH LOV pWDLHQW FRQGDPQpV j OD SULVRQ DYHF WUDYDX[ IRUFpV MXVTX¶j
UHPERXUVHPHQWGHOHXUGHWWH'DQVODORLGHFHQVpH³DWWpQXHU´ODpremière, les
employeurs ont le droit de renvoyer leur employé, pour différents motifs, mais ces
derniers, même renvoyés doivent rembourser leur dette y compris le prix de leur
YR\DJH GH OHXU UpJLRQ G¶RULJLQHMXVTX¶DX OLHX GH WUDYDLO 'H OD PrPH PDQLqUH les
HPSOR\pVpWDLHQWFRQGDPQpVjODSULVRQV¶LOVQHUHPERXUVDLHQWSDVOHXUGHWWH »
/¶DXWHXU DMRXWH TXHPrPH j OD YHLOOH GHO¶DEROLWLRQODORLLQFRUSRUDLWHQFRUH GHVSHLQHV GH
prison pour fixer les travailleurs sur la terre où ils travaillaient. Ainsi, le statut de pauvre était
SURFKH GH FHOXL GH O¶HVFODYH PDLQWHQX GH IRUFH GDQV OD WHUUH GX SDWURQ SRXU XQ VDODLUH GH
misère ou parfois juste pRXU UHPERXUVHU FH TX¶LO GHYDLW Le résultat de ces conditions de
travail est, comme nous O¶Dvons vu, la résistance SDVVLYH SDU O¶LQGROHQFH RX HQFRUH OD IXLWH
110
Terme qui se réfère aux populations campagnardes. Dans le cas du Nordeste, des métisses
G¶LQGLHQVHWG¶(XURSpHQVSDXYUHV ; mélange qui a lieu dès les débuts de la colonie.
111
$PDUDO%UjVGR5XEHQV)DWRVGDYLGDQR%UDVLO6DOYDGRU7LSRJUDIȓDQDYDO
77 YHUVODYLOOH1RQSDVTXHFHWWHGHUQLqUHRIIUHTXHOTXHRSWLRQPDLVSOXW{WSDUFHTX¶HOOHSHUPHW
G¶pFKDSSHUjODVHUYLOLWpGHODFDPSDJQHjWUDYHUVO¶LQIRUPDOLWpOHVSHWLWVERXORWVWHPSRraires.
En 1875, le sénateur Joaquim Floriano de Godoi se livre à un exercice de recensement des
travailleurs libres agricoles ainsi que des travailleurs libres sans occupation. Son décompte
VHUDLWSDUPLOHVSOXVMXVWHVG¶DSUqV3DVVRV-RDTXLP1DEXFRHW2OLYHLUD9LDQDjODOXPLqUe de
FHGpFRPSWHRQWFRPSOpWpOHUHFHQVHPHQWSDUOHQRPEUHG¶HVFODYHVFHTXLOHXUDSHUPLVGH
conclure sur la prédominance du travail libre à cette époque. Voyons les chiffres pour Bahia:
État de Bahia
Travailleurs libres occupés aux labours
376 548
Travailleurs esclaves occupés dans les labours
82 957
Travailleurs libres sans emploi entre 16 et 45 ans
526 528
Les auteurs ont travaillé sur les six régions les plus développées du Brésil et le constat est le
même. Les travailleurs libres sans emploi, encore appelé « vagabonds », « bons à rien » (la
liste est longue), sont supérieurs aux travailleurs libres occupés et aux esclaves réunis. En
dehors de ces États développés économiquement, la situation était encore pire. Le problème
GXPDQTXHG¶HPSORLHVW GRQFUpFXUUHQWGHSXLVORQJWHPSV,OQ¶HVWSDVXQHFUpDWLRQFDSLWDOLVWH
/HSUREOqPHUpVLGDQWFRPPHRQO¶DGLWG¶DERUGGDQVOHUHIXVGHGLVWULEXWLRQGHWHUUHVDX[
populations pauvres qui pourraient vivre sans avoir besoin de travailler pour les autres, puis
GDQV OHV FRQGLWLRQV GH WUDYDLO IDLVDQW GHV WUDYDLOOHXUV GHV rWUHV VHUYLOHV GDQV OH FDV G¶XQ
O¶HPSORLGDQVOHVJUDQGHVSURSULpWpVWHUULHQQHV
4) Marginalisation
/DILQGHO¶HVFODYDJHVLJQLILHSRXUEHDXFRXSOHGpEXWGHODPDUJLQDOLVDWLRQ.
Le soulagement TX¶pSURXYHO¶HVFODYHDIIUDQFKLVHPEOHrWUHSDUWDJpSDUOHPDvWUHTXLQ¶DSDV
plus à tenir ses obligations (le nourrir et le loger) envers lui. Pour beaucoup de Noirs, cette
OLEHUWp D GRQF XQ JR€W G¶DEDQGRQ VXUWRXW HQ YLOOH R OD VWUXFWXUH IDPLOLDOH Q¶HVW plus si
LPSRUWDQWH 3RXU G¶DXWUHV SULQFLSDOHPHQW GDQV OHV FDPSDJQHV OH FRQWH[WH GHV UHODWLRQV
paternalistes est malgré tout est préservé.
/D SRSXODWLRQ QRLUH VRXIIUH GHSXLV VRQ DUULYpH VXU OH VRO EUpVLOLHQ G¶XQ PDQTXH GH
78 « visibilité » Agier (2009, p. 17). Il est possible de trouver dans la Constitution de 1824 que
« ODOLEHUWpHVWXQGURLWLQDOLpQDEOHGHO¶KRPPH ªDORUVTX¶jO¶pSRTXH % de la population
HVW HVFODYH HW TXHOHWUDILF FRQWLQXH &¶HVW FRPPH VLOHV HVFODYHV Q¶H[LVWDLHQW SDV RX TX¶LOV
étaient invisibles dans la société brésilienne, une sorte de non-GURLW'¶DLOOHXUVO¶HVFODYHQ¶D
pas de statut juridique individuel, il existe en fonction de son maître dont il prend souvent le
QRP $SUqV O¶DEROLWLRQ FH QRQ-GURLW Q¶HVW SDV LPPpGLDWHPHQW UHPLs en cause. Les Noirs
gonflent alors les chiffres des « inutiles » ou encore de la « classe dangereuse ª '¶DSUqV
Agier (2005, p. 29)112 les sociologues des années 1950 classent la population de Salvador en
« trois grands groupes de prestiges » 1/ les « blancs dominants », 2/ les « morenos » et les
« mulatos » (des métisses plus ou moins foncés) artisans ou commerçants, fonctionnaires, et
3/ « la pauvreté » qui regroupe indistinctement les travailleurs manuels noirs et mulâtres, soit
plus de 50 % de la ville. Cette « pauvreté ª VHPEOH rWUH OD UHPSODoDQWH GH O¶DQFLHQQH
catégorie des « inutiles ª R V¶DPDOJDPHQW WRXV FHX[ TXL VRFLDOHPHQW RX UDFLDOHPHQW QH
V¶LQWqJUHQWSDVjODVRFLpWpIRUPHOOHUpVHUYpHDX[JURXSHVFLWpV
En ville, les esclaves travaillaient surtout comme employés domestiques et esclaves à gage,
ils étaient travailleurs indépendants (artisans ou commerçants) qui reversaient à leur maître
WRXWHVOHVVHPDLQHVFHTX¶LOVJDJQDLHQWHWQHVHYR\DLHQWRFWUR\HUTX¶XQSHWLWSRXUFHQWDJHGH
cette valeur. &KH]FHW\SHG¶HVFODYHVOHVUHYHQGLFDWLRQVHWOHVUpYROWHVVHVRQWRUJDQLVpHVj
partir du
XIX
e
VLqFOHHWXQHJUDQGHSDUWLHV¶HVWYXHDIIUDQFKLH&HSHQGDQWODOLEHUWpSRXUOHV
DIIUDQFKLVFRPPHSRXUOHVIXJLWLIVHVWGHYHQXHUDSLGHPHQWV\QRQ\PHG¶DEVHQFHde travail :
F¶HVWOHGpEXWGHODPDUJLQDOLVDWLRQGHODSRSXODWLRQQRLUH 113 qui se trouve livrée à elle-même,
HW VRXYHQW FRPPH RQ O¶D YX RFFXSDQW XQH SODFH GDQV OH FRPPHUFH LQIRUPHO GH UXH /HV
professions manuelles dépréciées par les Blancs restent pourtant un gagne-pain pour les
Noirs, hommes ou femmes. Nina Rodrigues détaille les activités pratiquées par les Noirs au
OHQGHPDLQGHO¶DEROLWLRQORUVTXHEHDXFRXSG¶HQWUHHX[YLHQQHQWYLYUHHQYLOOHSRXUSUDWLTXHU
le petit commerce et le fret, je cite :
112
AGIER, Michel, « Salvador de Bahia. 5RPH QRLUH YLOOH PpWLVVH´3KRWRV GH &KULVWLDQ
Cravo. Editions Autrement, Collection Monde, 2005, pp. 157.
113
Nina RodriJXHV VH UpIqUH j OD SRSXODWLRQ DIULFDLQH F¶HVW-à-dire la première génération
G¶HVFODYHVHWQRQjOHXUVGHVFHQGDQWVjTXLUHYLHQWO¶DWWULEXWGH© criolos »). Ces derniers ne
MRXLVVHQWSDVGHODPrPHUpSXWDWLRQG¶LQWpJULWpjODTXHOOHVHUpIqUH1LQD5RGULJXHs dans la
citation à suivre. A ce sujet, voir Bacelar, (2008).
79 « Les femmes, dans des boutiques ou des échoppes, sur le pas de la porte, ou
ambulantes avec un étal, elles pratiquent le commerce urbain de plats cuisinés,
particulièrement des spécialités culinaires africaines, qui sont au goût de la
population, condiments, IUXLWVOpJXPHVSURGXLWVGHOD&{WH« » (Rodrigues 1933,
p. 109.)
Nous pouvons YRLULFLO¶RULJLQHGHVPDUFKDQGHVGHUXHOHV baianas vendant leur acarajé, et
dans une certaine mesure, celle du commerce festif des barraqueiros.
« Des hommes, les plus valides sont travailleurs à gage ou marioles114 ; une petite
quantité conduit ou porte les derniers sièges ou palanquins, les autres sont vendeurs
G¶HDX ; certains, petits agriculteurs ou éleveurs dans les banlieues ou les jardins aux
alentours de la ville'¶DXWUHVVRQWYDOHWVGHFKDPEUHRXFRQFLHUJHVGDQVOHVJUDQGV
immeubles de la ville basse et commerciale. Sur cette responsabilité repose la
UpSXWDWLRQG¶LQWpJULWpGRQWLOVMRXLVVHQW » (p. 110.)
/DPDUJLQDOLVDWLRQQ¶HVWSDVJpQpUDOLVpHPDLVGHVSRSXODtions pauvres vivent dans la ville à
O¶DII€W G¶XQH SHWLWH UHQWUpH G¶DUJHQW JUkFH j GHV SHWLWV ERXORWV PDO SD\pV HW KDVDUGHX[ qui
UHSUpVHQWHQW OH FRPPHUFH LQIRUPHO XUEDLQ &HWWH PDUJLQDOLVDWLRQ HVW SOXW{W OH IDLW G¶XQH
tradition ségrégative qui concerne les populations noires : leur mode de vie, leur profession
VRQW WHQXHV j SDUW FRPPH DX WHPSV GH O¶HVFODYDJH /HV UHYHQGLFDWLRQV V\QGLFDOHV TXL
V¶LQVWDOOHQWGDQVOHPLOLHXGHO¶LQGXVWULHQ¶DIIHFWHQWHQULHQFHWWHYLHLOOHWUDGLWLRQVpJUpJDWLYH
dans laquelle le système de faveur occupe une place au moins aussi importante que le
système monétaire.
0°XUV FRXOHXUV FRXWXPHV FUR\DQFHV ODQJXH GLIIpUHQWHV« DXWDQW G¶pOpPHQW pWUDQJHV HW
étrangers qui alimentent une crainte, une menace de la population noire. Des auteurs de la
première moitié du XXe VLqFOHQ¶RQWSDVPDQTXpG¶LQWHUURJHUOHVPRGHVGHIDLUHGHVHYrWLU«
des Noirs de Bahia. Pierson (1971) relate en détails la manière dont hommes, femmes,
enfants portent sur leur tête des énormes poids, dans une tenue parfaite et digne ; Nina
5RGULJXHV LQVLVWH VXU OH VWDWXW G¶pWUDQJHUV GH OD SUHPLqUH JpQpUDWLRQ G¶HVFODYHV : les
Africains. Il fait remarquer combien ils sont différents des crioulos (les générations de Noirs
nés sur le sol brésilien), en ce qui concerne OHXUPDQLqUHG¶rWUHHWGHIDLUHHWSOXVHQFRUHGH
114
Dans le sens de fréteur ou messager.
80 leur sens de la droiture et du commerce, au contraire des crioulos plus à même de « tremper »
dans des affaires douteuses.
/D SUHPLqUH PHQDFH FRQVWLWXpH SDU OH SHXSOHPHQW G¶$IULFDLQV HW PpWLVVHV QRLUV DX %Uésil
vient de leur supériorité numérique: depuis le début de la colonisation la proportion de Noirs
dans un premier temps est largement supérieure à celle des Blancs et même des Indiens, puis
la proportion de métisses devient plus importante que celle des Blancs ou des Noirs. Michel
Agier résume cela par une formule bien faite: « la peur (blanche) du (pouvoir) noir» (1995,
p. 454). Les termes de la marginalisation de la population noire viennent se poser en des
termes aussi anciens et aussi proches que la peur ressentie envers les Noirs et va être au
FHQWUHGHO¶HIIRUWGHFRQVWUXFWLRQGHO¶XQLWpQDWLRQDOH
5) Construction identitaire de la Nation
Les fondements de la République sont donnés. Le Brésil cherche à se constituer en tant que
Nation indépendante. Pour cela, il doit créer une unité entre les différents groupes sociaux.
Les anciennes catégories de maîtres et esclaves sont bannies et le Brésil se cherche. Au
niveau politique, le modèle de la démocratie cherche à se forger un chemin alors que les
régimes PLOLWDLUHV GLFWDWRULDX[ VH VXFFqGHQW &¶HVW ILQDOHPHQW SRXU UpVRXGUH OD TXHVWLRQ GH
O¶XQLWp QDWLRQDOH TXH OD QRWLRQ GH GpPRFUDWLH VHUD OH SOXV XWLOLVpH VRXV OD IRUPH GH
« démocratie raciale ». Les problèmes entre groupes sociaux continuent à être pensés sous le
YRFDEOH UDFLDO /¶HVFODYDJLVPH D ODLVVp VHV HPSUHLQWHV GH IRUPH SURIRQGH /H %ODQF
Q¶HQYLVDJH SDV OH PpODQJH DYHF OH 1RLU TXL UHVWH DVVRFLp j O¶HVFODYH 6HXOHV OHV FDWpJRULHV
UDFLDOHV UHQGHQW OD GLVWLQFWLRQ SRVVLEOH &HOD Q¶HPSrFKH SDV TXH OHV LGpDux égalitaires et
IUDWHUQHOVSU{QpVSDUOD5pYROXWLRQIUDQoDLVHVRLHQWSULVDXVpULHX[&¶HVWHQFHVHQVTXHOD
« démocratie raciale ªFRPPHQFHjrWUHXWLOLVpHSDUOHVLQWHOOHFWXHOVGHO¶pSRTXH(OOHVLJQLILH
la bonne entente entre les races et devient le PRWG¶RUGUHGX%UpVLOTXLVHGUHVVHFRQWUHOHV
dérives ethniques de la Seconde Guerre mondiale. Au niveau scientifique, les théories
évolutionnistes sont celles qui servent à étayer ces arrangements de la construction
identitaire.
a) Nina Rodrigues
Nina Rodrigues, pionnier, fait une recherche dédiée aux Africains du Brésil au tout début du
XX
e
siècle, dans les années 1900. Il sera largement critiqué par la suite pour ses positions
UDFLVWHVRXSRXUOHPRLQVpYROXWLRQQLVWHVTXLIRQWTX¶LOSDUWGXSUpVXSSRVpGHO¶LQIpULRULWpGH
81 la race noire. Cependant, en prenant soin de replacer ses écrits dans son époque, en tout cas
VRQ°XYUHSRVWKXPHLes Africains au Brésil, se dresse alors un magnifique tableau de la fin
du XIXe VLqFOHGRQWLOUHQGFRPSWHjSDUWLUG¶XQH étude sur le terrain. Sans vouloir exagérer les
GLVWLQFWLRQV MH UHOqYHUDL WRXW GHPrPH TXH ULHQ Q¶REOLJHDLW XQ PpGHFLQ OpJLVWH jDGRSWHUOD
méthode anthropologique de recherche sur le terrain, alors que celle-FL Q¶HQ HVW TX¶j VHV
balbutiements, pour parler de la population africaine, dont personne ne se préoccupe à
O¶pSRTXH GHV 1RLUV YHQXV G¶$IULTXH SRXU VHUYLU GH PDLQ-G¶°XYUH HVFODYH HW TXL VH
retrouvent, peu de temps après leur arrivée, libérés par décision royale de la princesse
Isabel115. Certainement que cet intérêt nait dans le cadre de son activité de médecin légiste, et
son originalité est de sortir des murs de la morgue pour aller voir comment les Africains
YLYHQWHWQRQSOXVVHXOHPHQWFRPPHQWLOVPHXUHQW,OHVWERQGHUDSSHOHUTX¶jO¶pSRTXHOHV
PpGHFLQVVRQWjODWrWHGHODUpIOH[LRQVXUODSHQVpHUDFLDOHHWTXHOHVVFLHQFHVKXPDLQHVQ¶HQ
VRQWTX¶jOHXUEDOEXWLHPHQW3RXUWDQWVDSURSUHPRUWQHOXLODLVVHUDSDVFRQWLQXHUVRQWUDYDLO
dont il avait imaginé plusieurs volumes. Il laissera inachevé le premier tome dont je souhaite
rendre compte sommairement ici afin de replacer la question du Noir, ou, comme dit Nina
Rodrigues, le « problème » du Noir au Brésil aux débuts de sa formulation et
SUREOpPDWLVDWLRQVFLHQWLILTXH6RQ°XYUHpFULWHGDQVOHVSUemières années du
XX
e
siècle sera
publiée en 1933. Je cite :
« /H SUREOqPH ³1qJUH´ DX %UpVLO D GH IDLW GH PXOWLSOHV IDFHWWHV : une du passé, ±
études des Noirs africains qui ont colonisés le pays ; une autre du présent : ± Nègres
créoles, Blancs et Métisses ; et pour finir, une du futur : ± Métisses et Blancs
créoles. » Nina Rodrigues (1933, p. 18.)116
¬WUDYHUVFHWWHFLWDWLRQQRXVSHUFHYRQVTXHO¶DXWHXUVHSUpRFFXSHGHO¶pYROXWLRQGHVUDFHVDX
%UpVLO ,O V¶LQWpUHVVH DX[ $IULFDLQV HQ WDQW TXH UHSUpVHQWDQWV RULJLQDX[ G¶XQH FXOWXUH
pWUDQJqUH &HSHQGDQW FH TXL O¶LQWHUURJH HVW FH TX¶LOV YRQW GHYHQLU DX VHLQ GH OD VRFLpWp
brésilienne. Ils ne pourront pas rester Africains au Brésil car dès la deuxième génération, les
Noirs nés sur le sol brésiliens sont déjà assimilés aux criolos. Les Africains sont donc voués à
115
,OHVWERQGHUDSSHOHUTX¶DXqPHVLqFOHOHWUDILFHVWLQWHUGLWPDLVGDQV la clandestinité
DUULYHQWHQFRUHEHDXFRXSG¶$IULFDLQV
116
« O problema « o Negro » no Brasil tem, de fato, feições múltiplas: uma do passado, _
HVWXGR GRV QHJRV DIULFDQRV TXHFRORQL]DUDP R SDȓV RXWUD GR SUHVHQWH B 1HJURV FULRXORV
%UDQFRV H 0HVWLoRV D ~OWLPD GR IXWXUR B 0HVWLoRV H %UDQFRV FULRXORV´ Nina Rodrigues
(1933 :18).
82 GLVSDUDvWUH SXLVTXH OH WUDILF Q¶D SOXV OLHX ,O YHXW UHFXHLOOLU XQ SHX GH O¶RULJLQDOLWp GH OHXU
culture comme une pièce arrangée pour intégrer les musées.
Un autre point soulevé par cette citation est que le métissage est responsable de la dissolution
GHODUDFHQqJUHGDQVODUDFHEODQFKH&RPPHO¶pYRTXHODFLWDWLRQOHV1RLUVVRQWGXSDVVp
tandis que créoles, Blancs et métisses sont de « son présent » et que le futur est entre les
mains des métisses et %ODQFVFUpROHV&HWWHLGpHQ¶HVWSDVVRUWLHGHVDVHXOHLPDJLQDWLRQPDLV
GHVGLVFXVVLRQVGHO¶pSRTXHD\DQWSRXUEDVHWKpRULTXHODWKpRULHGHO¶pYROXWLRQGH'DUZLQ&H
naturaliste anglais prouve que dans la nature les espèces évoluent et que certaines sont à des
stades plus avancés que les autres. Appliquée aux sciences humaines, cette théorie part du
principe que la race blanche HVWOHGHUQLHUFKDvQRQGHO¶pYROXWLRQKXPDLQHjODTXHOOHOHVUDFHV
noires ou jaunes encore primitives doivent accéder avec le temps comme allié et le métissage
comme moyen. Ainsi, le comte de Gobineau alors consul de France à Rio de Janeiro théorise
jSDUWLUGHO¶pYROXWLRQQLVPH O¶DYHQLUGXSHXSOHEUpVLOLHQ'DQVVDYHUVLRQOHPpWLVVDJHHVWXQH
dégénérescence, il voit comme futur de la race brésilienne son blanchiment grâce à des
SROLWLTXHVG¶LPPLJUDWLRQHXURSpHQQHVVXVFLWpHVSDUOHJRXYHUQHPHQWEUpVLOLHQ
1LQD 5RGULJXHV HVW EHUFp SDU OHV WKpRULHV VFLHQWLILTXHV GH O¶pSRTXH ,O FURLW TXH OHV UDFHV
noires et jaunes sont inférieures et TX¶HOOHVSRXUURQWV¶DPpOLRUHUjFRQGLWLRQGHVHEODQFKLU
Le seul problème relevé est que, dans ce processus de métissage, la race blanche est aussi
vouée à disparaître, comme il le fait lui-même remarquer en parlant de « métisses et Blancs
créoles » et non de Blancs dans la troisième partie de sa citation.
b) Le spectacle du métissage
Nina Rodrigues participe donc du grand débat sur la question raciale au Brésil, notamment
dans le champ anthropologique, à ses débuts. À la même époque, nous pouvons G¶DSUqV
Schwarz (1994)117, distinguer deux grandes tendances dans la pensée raciale : celle de Bahia
UHSUpVHQWpHHQWUH DXWUH SDU 1LQD 5RGULJXHV TXL SRVH O¶LQIpULRULWp UDFLDOH GX 1RLU HW FKHUFKH
des réponses dans un système pénal discriminant ; celle de Rio de Janeiro, également menée
par des médecins et hommes de loi, appelée « dictature sanitaire », car elle a comme point
G¶RUJXHFHOXLGHODFRQWDPLQDWLRQ/HVSDXYUHVVRQWjFRQWU{OHUDILQG¶pUDGLTXHUOHVJUDQGHV
épidémies ; fièvre jaune, maladie de Chargas dont on FKHUFKHjO¶pSRTXHXQYDFFLQ'DQVOH
Brésil des années 1930, cette idée de métissage comme solution au problème racial issue de
la théorie évolutionniste reste très en vogue et va être retenue par les intellectuels et
117
6FKZDUW]/LOLD0RULW]³(VSHWáFXORGDPLVFLJHQDomR´LQ(VWXGRVDYDQoDGRV
83 SROLWLFLHQVGHO¶pSRTXH
/¶LGpHG¶XQ blanchiment de la race fait son chemin. Le métissage devrait réussir à blanchir la
race : les Noirs disparaîtraient au profit des mulatos, dont le métissage avec les Blancs est
autorisé socialement (dans certains cas sur lesquels nous allons revenir avec Thales de
$]HYHGR /¶LPSXOVLRQ GH O¶LPPLJUDWLRQ HXURSpHQQH V¶LQVFULW GDQV FH GHVVHLQ GHV FDOFXOV
VRQWIDLWVFKLIIUDQWOHQRPEUHG¶DQQpHVQpFHVVDLUHVjODUpXVVLWHGXSURMHWGHEODQFKLPHQWGHOD
race. Même si les chiffres ne sont pas probants, tirant un peu du crédit de la théorie
pYROXWLRQQLVWH O¶LGpH GH UDFH HOOH UHVWH SUpSRQGpUDQWH &¶HVW DLQVL TXH GH GLVFXVVLRQV HQ
interprétations, la notion de « démocratie raciale ª IDLW VRQ DSSDULWLRQ GDQV O¶KRUL]RQ
LQWHOOHFWXHO GH O¶pSRTXH118. La jeune nation brésiOLHQQH V¶RSSRVH DX IDVFLVPH LQWHUQDWLRQDO
ambiant en affichant la notion de « démocratie ª/¶DWWULEXW© racial » veut rendre compte de
O¶HQWHQWHFRUGLDOHHQWUHOHVWURLVUDFHVFRQVWLWXWLYHVGX%UpVLOO¶,QGLHQOH1RLUHWO¶(XURSpHQ
avant que celles-ci nH VH GLVVROYHQW FRPSOqWHPHQW GDQV XQH VHXOH UDFH TXL VHUD O¶XQLWp GX
SHXSOHEUpVLOLHQ5HVWHSRXUWDQWOHSUREOqPHGHODWDUHDQFHVWUDOHOLpHjO¶LQIpULRULWpGXQqJUH
et à sa préposition au vice.
/DMHXQHQDWLRQDEHVRLQGHVHUHSUpVHQWHUDILQGHV¶DIILFKHU au monde F¶HVWjWUDYHUVO¶LGpH
GH VSHFWDFOH GX PpWLVVDJH 6FKZDUW] HW GH O¶HQWHQWH FRUGLDOH HQWUH OHV WURLV UDFHV
fondatrices que se déveORSSHVRXV9DUJDVO¶LGpHGHODGémocratie raciale. Le problème reste
alors la hiérarchie entre les races. La population largement noire et métisse ne peut pas être
IDFWHXUGHGpTXDOLILFDWLRQGHODQDWLRQ,OIDXWTX¶HOOHVHWDLOOHXQHLPDJHGLJQHGHODVRFLpWp
blanche et aristocrate qui a colonisé le pays. Pour reprendre une citation de Nina Rodrigues
dans laqueOOHLOVHODPHQWHVXUOHIDLWTX¶DXFXQHpWXGHQ¶DpWpIDLWHVXUOHV1RLUV DX%UpVLO
QRXV DSSX\RQV O¶LGpH VHORQ ODTXHOOH FKDTXH UDFH RFFXSH XQH SODFH SDUWLFXOLqUH GDQV OD
société :
« 1RXV TXL DYRQV OH PDWpULHO j OD PDLVRQ TXL DYRQV O¶$IULTXH GDQV QRV FXLVines,
FRPPH O¶$PpULTXH GDQV QRV IRUrWV HW O¶(XURSH GDQV QRV VDORQV QRXV Q¶DYRQV ULHQ
produit dans ce sens ! » (1933, p. 23.)119
Dans ce cadre, reste à voir comment pouvait se concevoir le métissage racial alors que la race
était aussi un statut social dans OHTXHOODFODVVHGRPLQDQWHQ¶DYDLWDXFXQLQWpUrWjVHPpODQJHU
aux autres, ses subalternes.
118
Voir à ce sujet, Guimarães (2003).
84 c) /¶HQWHQWHFRUGLDOHHQWUHOHVUDFHV
9 /DFRPPDQGHGHO¶8QHVFR
As elites de cor 120 de Thales de Azevedo, publié en 1955 la première fois est une commande
GHO¶8QHVFRTui organise, suite à une demande du Secrétariat des Nations-Unies, un comité
pour examiner la question raciale121. Il existe un présupposé sur le Brésil qui serait un
exemple positif de cohabitation entre les différentes races, au contraire de ce qui se passe aux
États-8QLV¬SDUWLUGHVRXVO¶pJLGHG¶$OIUHG0HWUDX[VRQWFRPPDQGpHVGHVpWXGHVVXU
Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo et Recife. Les chercheurs étaient Roger Bastide et Florestan
Fernandes, Thales de Azevedo, René Ribeiro et Charles Wagley. En UpDOLWpG¶DSUqV7KDOHV
GH$]HYHGRSFHWWHFRPPDQGHGRQQHQDLVVDQFHjXQF\FOHG¶pWXGHVFULWLTXHVVXU
la « démocratie raciale » brésilienne, pendant plus de 25 ans.
9 Le parti pris : fidélité à la commande
En regardant de plus près le nom des chapitres on se rend compte que le présupposé de
O¶8QHVFRHVWUHSULVSDU7KDOHVGH$]HYHGR : « Un minimum de tension sociale », « la couleur
est un simple accident », « une société multi-raciale de classe », « les mariages interraciaux ».
La commande initiaOHV¶LQILOWUHGDQVOHSDUWLSULVGXFKHUFKHXUSDUIRLVjVHVGpSHQV,OGLWGqV
O¶LQWURGXFWLRQ :
« Cette monographie est destinée à donner une compréhension de la dynamique de
O¶DVFHQVLRQVRFLDOHGHVSHUVRQQHVGHFRXOHXUGDQVXQHYLOOHEUpVLOLHQQH«). La ville
FKRLVLHSRXUO¶pWXGH est Bahia, pour être traditionnellement considérée comme étant
OHPHLOOHXUH[HPSOHG¶KDUPRQLHUDFLDOHDX%UpVLO » (p. 25.)
/¶LGpHVHORQODTXHOOHOHFOLPDWVRFLDOHVWGHVSOXVGRX[Q¶HVWGRQFSDVXQLTXHPHQWODVLHQQH
mais vient GH ORLQ UHPRQWDQW FHUWDLQHPHQW DX WHPSV GH O¶HVFODYDJH HW j O¶DPELDQFH GHV
grandes propriétés terriennes où le quotidien des Blancs se mêlait à celui des Noirs, dans une
119
1LQD5RGULJXHVFLWH6LOYLR5RPHURXQIRONORULVWHGHO¶pSRTXH
120
AZEVEDO, Thales de., As elites de cor numa cidade brasileira : um estudo de ascenção
social & Classes sociais e grupos de prestigio. Apresentação e prefacio de Maria de Azevedo
Brandão. ± 2ème édition ± Salvadore : EDUFBA:EGBA, pp.186, 1996.
121
&HWWH GpPDUFKH YHXW HPSrFKHU G¶DXWUHV GpULYHV VFLHQWLILTXHV TXL VXU EDVH raciale et pYROXWLRQQLVWHO¶HXJpQLVPHRQWDERXWLWDX[FULPHVGHODVHJRQGHJXHUUHPRQGLDOH 85 microsociété autonome122/DVSpFLILFLWpHWODWKqVHGHO¶°XYUHGH7KDOHVGH$]HYHGRHst de
WKpRULVHUODWUDQVLWLRQGX%UpVLOFRORQLDOYHUVXQ%UpVLOPRGHUQHHQSURMHWDQWOHVWHUPHVG¶XQH
VRFLpWp GH VWDWXW TX¶LO FRQQDvW ELHQ HQ FHX[ G¶XQH VRFLpWp GH FODVVH TXL V¶DQQRQFH DYHF
O¶LQGXVWULDOLVDWLRQGH6DOYDGRU
d) /¶DUJXPHQW : Une société de statut, sans préjugé de couleur
Thales de Azevedo décrit minutieusement les us et coutumes des bahianais en matière de
relations sociales. Je cite :
« Pour comprendre une description de la population bahianaise locale ou pour
interpréter une statistique démographique bahianaise, ancienne ou moderne, il faut
connaître en profondeur la signification des termes qui servent à décrire les différents
types physiques réunis dans ce grand melting-pot. Les expressions les plus utilisées
pour cela sont : Blancs, Noirs, mulâtres, morenos et caboclos. Apparemment, ces
vocables décrivent des types physiques déterminés ; en réalité, le sens de ceux-ci est
FRQGLWLRQQp VRFLDOHPHQW ELHQ TX¶HVVHQWLHOOHPHQW HQ UHODWLRQ DYHF OHV WUDLWV UDFLDX[
spécialement la couleur de la peau, les cheveux, et les formes faciales. » (p. 34.)
Bien que signalant que la question de la reconnaissance raciale est intimement liée à la
question sociale, Thales de Azevedo décrit en détails les différentes appellations utilisées
dans le quotidien des Brésiliens, soit une classification emic des termes qui reprennent les
standards officiels de Noir, mulâtre, moreno, et Blanc auxquels ils ajoutent des nuances bien
SOXVGpWDLOOpHVGHFRXOHXUGHSHDXSVXUODTXHOOHMHQHP¶DWWDUGHUDLSDV,ODMRXWHTXH le
WHUPH GH PXOkWUH HVW SOXW{W GpSUpFLDWLI HW TX¶LO HVW SOXV SROL G¶DSSHOHU TXHOTX¶XQ SDU OHV
vocables « moreno » ou « pardo » et si son niveau social le permet, il intègre ainsi
automatiquement le groupe des blancs. Le moreno a même une connotation romantique forte.
« Noir » est réservé aux personnes de basse condition et reste très dépréciatif. De même, être
« Blanc » est une question de moyen, non de couleur : les Noirs se blanchissent en montant
O¶pFKHOOHVRFLDOH/HV© Indiens » ont été, quant à eux, dans un premier temps classés comme
1RLUVMXVTX¶DX XVIIIe siècle puis, la mention de « caboclo » qui se référait à eux est interdite
et ils sont assimilés aux Blancs pour grossir les chiffres et occuper les charges publiques car
ODSRSXODWLRQEODQFKHQ¶HVt pas assez nombreuse.
Cependant, malgré cette grande variété de dénomination de couleur, Tales de Azevedo ajoute
122
A ce sujet, revoir Freyre (1980).
86 que la société brésilienne coloniale et postcoloniale est une société de statut où la couleur
peut orienter mais non décider quelle sera la catégorie raciale utilisée pour telle ou telle
personne.
,OGRQQHGHQRPEUHX[H[HPSOHVROH%ODQFSDXYUHQ¶HVWSOXVFRQVLGpUpFRPPH%ODQFFDULO
ne participe pas de la classe dominante ou comment des métisses, principalement ceux qui
ont la peau claire, soQW DVVLPLOpV j OD FODVVH EODQFKH VXUWRXW V¶LOV RQW IUpTXHQWp XQH ERQQH
pFROHRXV¶LOVRQWXQHERQQHSRVLWLRQVRFLDOHGXIDLWGHOHXUSURIHVVLRQRXGHOHXUPDULDJH(Q
IDLWODSRVLWLRQVRFLDOHOHVPDQLqUHVHWOHEDJDJHG¶pWXGHVVRQWELHQSOXVGpWHUPLQDQWs que la
FRXOHXU 6XUWRXW ORUVTX¶RQ VH UHQG FRPSWH TXH OHV EDUULqUHV QH VRQW SDV IHUPpHV SRXU OHV
PpWLVVHVG¶DXWDQWSOXVORUVTXHOHXUQH]Q¶HVWSDVWURSpSDWpHWOHXUVFKHYHX[FUpSXVVLJQDX[
TXL VRQW ELHQ SOXV IRUWV TXH FHX[ GH OD QXDQFH GH FRXOHXU /¶DVcendance également a son
poids : les fils illégitimes des hommes blancs avec des femmes noires ou mulâtres reçoivent
SDUIRLVODPrPHpGXFDWLRQTXHOHXUVILOVOpJLWLPHVHWFHGHSXLVOHWHPSVGHO¶HVFODYDJH'DQV
ces conditions, son ascension sociale est facilitée. Rappelons-nous que le facteur du nombre
Q¶HVW SDV pWUDQJHU j FHWWH SRVVLEOH DVVLPLODWLRQ GHV PpWLVVHV WRXV OHV DXWHXUV FLWpV MXVTX¶j
SUpVHQW VRQW G¶DFFRUG SRXU GLUH TXH OH 3RUWXJDO Q¶DYDLW SDV DVVH] G¶KRPPHV HW GH IHPPHV
pour peupler le Brésil. Cette petite nation riche en colonies a dû compter sur le métissage
SRXUV¶pOHYHUHWVHPDLQWHQLUFRPPHSXLVVDQFHFRORQLDOH
e) /HVOLPLWHVGHO¶DVVLPLODWLRQVRFLDOH
Pour Thales de Azevedo, dans le système de caste auquel il compare le Brésil traditionnel, la
GLVWDQFHHQWUHFODVVHPR\HQQHHWULFKHHVWIUDQFKLVVDEOHSDUOHVERQQHVPDQLqUHVO¶pGXFDWLRQ
ou le mariage. En revanche, une rupture se fait entre les pauvres et la classe moyenne,
HPSrFKDQWRXFRQWU{ODQWIRUWHPHQWO¶DVFHQVLRQVRFLDOHGHVSDXYUHV
De fait, la grande majorité des pauvres est noire ou métisse. Mais cette logique est parfois
renversée : si les Noirs sont pauvres alors les pauvres sont noirs, cette fois-ci sans
FRQVLGpUDWLRQ GH QXDQFHV GH FRXOHXU '¶XQ PRGH JpQpUDO F¶HVW WRXMRXUV O¶HQVHPEOe bonnes
PDQLqUHVFKHYHX[SUpVHQWDWLRQTXLO¶HPSRUWH2QUHFRQQDvWGHORLQXQSDXYUHjVHVPDQLqUHV
GLIIpUHQWHV$LQVLODPDVVHGHVSDXYUHVHVWQRLUHPrPHTXDQGHOOHQHO¶HVWSDVFDUHOOHHVW
GLUHFWHPHQW DVVRFLpH j O¶KpULWDJH GH O¶HVFODYDJH HW HVW HQFlavée (tenue vestimentaire,
éducation, mode de parler différents) O¶DVFHQVLRQVRFLDOHQHIRQFWLRQQHSDVSRXUHX[QLGDQV
le domaine public du travail ni dans le domaine privé du mariage. Pourtant, certains Noirs,
souvent des femmes, sortent de leur basse condition par des liaisons cachées, qui donnent lieu
87 à des enfants métisses.
f) /¶DVVRFLDWLRQHQWUH© race » et « classe »
3LHUVRQ UHODWH TXH GDQV OHV DQQpHV XQH LGpH WHQDFH V¶LQVWDOOH GDQV OD WrWH GHV
gens, celle de blanchiment de la race. Les métisses comme les Blancs faisaient souvent ce
type de déclaration :
« Nous, brésiliens, sommes en train de devenir un peuple unique. Un jour prochain, il
y aura dans notre pays une seule race. » (p. 186.)
Il ajoute que les mères noires ayant des enIDQWVSOXVFODLUVTX¶HOOHVV¶HQHQRUJXHLOOLVVHQWHOOHV
SDUOHQWVRXYHQWG¶© améliorer la race » ou de « laver la race » (p. 182).
g) Conclusions : Le non-problème de la couleur au Brésil
3LHUVRQ UHSUHQG XQ FRPPHQWDLUH GH 7KHRGRUH 5RRVHYHOW FRPSDUDQW O¶H[HPSle brésilien à
O¶H[HPSOHGHVeWDWV-Unis. Dans le premier cas, le métissage réduit les frontières raciales en
EODQFKLVVDQWODUDFHXQLILDQWFRPPHRQO¶DYXFHWWHGHUQLqUH'DQVOHFDVGHVeWDWV-Unis, dans
XQ IXWXU SOXV RX PRLQV ORLQWDLQ O¶eWDW GHYUD JpUHU des conflits raciaux complexes dû à un
JURXSHQRLUWUqVLPSRUWDQW/¶H[FOXVLRQUDFLDOHTXLV¶RSqUHGXVHXOIDLWGHSRVVpGHUXQHJRXWWH
GHVDQJQRLUHQJHQGUHXQHSRSXODWLRQQRLUHLPSRUWDQWHTXLHVWYRXpHGDQVO¶DYHQLUjSRVHUXQ
problème de poids.
Pierson DMRXWH TX¶DX %UpVLO LO HVW LQGpOLFDW GH UHPRQWHU VXU SOXVLHXUV JpQpUDWLRQV O¶DUEUH
généalogique des notables car il est très courant de rencontrer un aïeul noir. Le principe étant
G¶DVVLPLOHUODSRSXODWLRQPpWLVVHFODLUHjODSRSXODWLRQEODQFKH/HPpWLVVe, symbolisé par la
ILJXUHGH&KDFKiMRXHFHU{OHG¶LQWHUPpGLDLUHGHOLDLVRQHWGHFRPPXQLFDWLRQHQWUHOH%ODQF
et le Noir.
La thèse de Thales de Azevedo est que la société brésilienne de statut est vouée à être
remplacée par une société de classe dans O¶qUHLQGXVWULHOOHTXLV¶DPRUFHGDQVOHVDQQpHV
à Bahia. Ainsi, il présente déjà comme un non-problème celui de la couleur de peau qui est
YRXpVRXVSHXjGLVSDUDvWUHWRWDOHPHQW¬O¶pSRTXHGHOHXUUHFKHUFKHODVRFLpWpGHFODVVHTXL
V¶DPRUFHHVWELen constituée par des catégories raciales, même si celles-ci opèrent comme des
catégories sociales. Les Blancs représentent la classe dirigeante ; la classe moyenne est
88 mulata et morena et les pauvres sont noirs.
Pierson et Thales de Azevedo voient dans un court terme le problème du Noir au Brésil
résolu grâce au métissage. Je pense que cet argument constitue la base de la démocratie
raciale bien que ce terme ne soit pas au centre de leur étude. Nous reprendrons cette notion à
SDUWLU GH O¶DQDO\VH TX¶HQ IDLW Guimarães (2002 DILQ GH FRPSUHQGUH FH TX¶HOOH D SURGXLW HW
vers quoi elle a mené.
6) La « démocratie raciale »
Nous voulons rendre compte de la notion de « démocratie raciale » que Guimarães123
WUDYDLOOHSDUWLFXOLqUHPHQW3OXW{WTX¶XQPRWG¶RUGUHFLYLTXH la démocratie raciale a plutôt à
YRLU DYHF OH P\WKH &¶HVW OD QRWLRQ TXL V¶HVW LPSRVpH SRXU UHQGUH FRPSWH GH OD VSpFLILFLWp
brésilienne de bonne entente raciale, chère aux voyageurs et repris par les intellectuels,
brésiliens ou étrangers.
4X¶HVW-ce que la démocratie raciale ? Le premier à utiliser cette expression dans un texte
DFDGpPLTXHHVWO¶DPpULFDLQ:DJOH\TXLSDUWLFLSHDX3URMHW8QHVFR
« Le Brésil est renommé mondialement pour sa démocratie raciale. » (Wagley 1952,
introduction.)
Pourtant le préFXUVHXU RX O¶LQVSLUDWHXU VHUDLW )UH\UH DXWHXU GX Nordeste brésilien, dont les
LGpHVDXUDLHQWpWpLQWHUSUpWpHVSDU%DVWLGHHW$UWXU5DPRVDXFRXUVG¶pFKDQJHVLQWHOOHFWXHOV
IHUWLOHV&HODH[SOLTXHSRXUTXRLFHWHUPHHVWDEVHQWGHV°XYUHVPDMHXUHVGH)UH\UH Celui-ci
parlait de démocratie sociale et plus tard de démocratie ethnique. Longtemps tenu pour le
YpULWDEOHUHVSRQVDEOHGHFHWWHQRWLRQLOQ¶HVWSRXUWDQWSDVOHSUHPLHU !
« /¶LGpH VHORQ ODTXHOOH OD %UpVLO pWDLW XQH VRFLpWp VDQV ³OLJQH GH FRXOHXU´ F¶HVt-àGLUHVDQVEDUULqUHVOpJDOHVHPSrFKDQWO¶DVFHQVLRQVRFLDOHGHVSHUVRQQHVGHFRXOHXUpWDLW
déjà très connue dans le monde, surtout aux États-Unis et en Europe, bien avant la
fondation de la sociologie. » (Guimarães, p. 13.)
123
GUIMARÃES, Antônio Sergio, « Démocratie raciale » in
Cahier du Brésil
contemporain, « Les mots du discours afro-brésilien en débat », p11 à 37, 2002.
89 Paradoxalement, au moment où la science veut se débarrasser des races, la presse et le public
choisissent le terme de démocratie raciale au détriment de la démocratie sociale ou ethnique
de Freyre.
« On retrouve ici [ à Bahia] les résultats, dans une ambiance parmi les plus douces du
Brésil, de la démocratie ethnique, inséparable de la démocratie sociale. » (Freyre 1944,
p. 30.)124
&HWWHQRWLRQQ¶HVWSDVXQHOLJQHIRUPHOOHGHO¶eWDWPDLVVHPRGqOHHQIRQFWLRQGHVDXWHXUVTXL
O¶XWLOLVHQW (Q HIIHW GDQV OHV pFULWV GH )UH\UH OD GpPRFUDWie raciale est au service du
métissage à travers la mise en avant de la spécificité portugaise de créer des peuples métisses
de par le monde, soit une caractéristique biologique.
« Il y a dans ce problème de plus en plus important pour les peuples modernes ± celui du
métissage, celui des relations entre les Européens et les Noirs, les mulâtres, les jaunes ±
une attitude distinctement, typiquement, caractéristiquement portugaise ou, plutôt, lusobrésilienne, luso-asiatique, luso-africaine, qui
nous transforme en une unité
psychologique et de culture fondée sur un des événements, peut-rWUHTX¶RQSHXWGLUHVXU
XQH GHV VROXWLRQV KXPDLQHV G¶RUGUH ELRORJLTXH HW HQ PrPH WHPSV VRFLDO OHV SOXV
significatives de notre temps : la démocratie sociale à travers le mélange des races. »
(Freyre, 1938, p. 14.)125
3RXU %DVWLGH LQIOXHQFp SDU -RUJH $PDGR OD QRWLRQ VH WHLQWH G¶XQH FRXOHXU FXOWXUHOOH /D
spécificité brésilienne est le métissage des cultures. Souvenons-nous ici de la citation de Nina
Rodrigues : « [nous] qui avRQV O¶$IULTXH GDQV QRV FXLVLQHV FRPPH O¶$PpULTXH GDQV QRV
IRUrWV HW O¶(XURSH GDQV QRV VDORQV « ». 3RXU %DVWLGH HW $PDGR LO V¶DJLW ELHQ GH FHWWH
UHQFRQWUHGHFXOWXUHVGLVWLQFWHVTXLYLHQQHQWV¶LQIOXHQFHUHWVHPRGLILHUDXFRQWDFWGHO¶DXWUH
Nous retrouvRQVLFLO¶LGpHG¶DFFXOWXUDWLRQTXLVHUDWDQWWUDYDLOOpHSDU%DVWLGH
124
Freyre, Gilberto, Na Bahia em 1943, Rio de Janeiro, Cia. Brasileira de artes graficas,
1944.
125
Freyre, Gilberto, Conferências na Europa, Rio de Janeiro, Ministério da educação e da
saúde, 1938.
90 « La démocratie à laquelle se réfère Bastide, inspiré par Freyre et Amado, ne peut pas
être réduite aux droits et aux libertés civiques, mais atteint plutôt une région plus
sublime : la liberté esthétique, culturelle, de création et convivialité métisse. »
(Guimarães, p. 22.)
Avec Florestan Fernandes, Bastide ajoute à cet aspect culturel un aspect plus politique
puisque ensemble ils mettent en avant une distinction primordiale entre ce qui se dit et ce
TXLVHIDLWHQWHUPHVGHGpPRFUDWLHUDFLDOHDX%UpVLO,OVUHPHWWHQWHQFDXVHO¶DEVHQFHGH
préjugé racial mis en avant entre autres par Wagley :
« ³1RXV%UpVLOLHQV± nous affirmait un homme blanc ±, nous avons le préjugé de ne
pas avoir de préjugé. Et ce simple fait suffit à montrer à quel point le préjugé racial
HVWSUpVHQWSDUPLQRXV´3OXVLHXUVUpSRQVHVQpJDWLYHV>FHOOHVTXHGpQLHQWO¶H[LVWHQFH
GXSUpMXJpGHFRXOHXU@V¶H[SOLTXHQWSDUFHSUpMXJpGHO¶DEVHQFHGHSUpMXJpSDUFHWWH
fidélité du Brésil à son idéal de démocratie raciale. » (Bastide et Fernandes 1955,
p. 123.)126
Guimarães continue :
« Autrement dit, Bastide et Fernandes ne voient pas de problèmes à concilier la réalité du
³SUpMXJp GH FRXOHXU´ j O¶LGpDO GH OD ³GpPRFUDWLH UDFLDOH´ HQ OHV FRQVLGpUDQW
respectivement comme pratique et norme sociales qui peuvent avoir des existences
contradictoires, concomitantes et pas nécessairement exclusives. » (Guimarães, p. 23).
6LjWUDYHUVODQRWLRQGHGpPRFUDWLHHVWPLVHHQDYDQWO¶LGpHG¶pJDOLWpOHWHUPHUDFLDOOXLQH
IDLWTXHUHQIRUFHUXQHGLYLVLRQGXSHXSOHTXLVHIDLWHQGHVWHUPHVG¶LQpJDOLWpVUDFLDOHV(Q
G¶DXWUHVWHUPHVHOOHUHQGFRPSWHG¶XQHUpDOLWpUDFLDOLVpHDX%UpVLO/¶DFFHSWDWLRQGH%DVWLGH
se fait donc culturelle et non politique. Freyre, lui, croyait le métissage capable de remédier
aux inégalités raciales car à travers lui les inégalités deviennent sociales et la société
industrielle se charge de les contenir.
126
Bastide et Fernandes, 1955, « Relações raciais entre Negros e Brancos em São Paulo:
ensaio sociológico sobre as origens, as manifestações e efeitos do preconceito de cor no
PXQLFLSLRGH6mR3DXOR´3DULV6mR3DXORHG8QHVFR$QKHPELS
91 « (Q WDQW TXH %UpVLOLHQV QRXV QH SRXYRQV rWUH TX¶XQ SHXSOH par excellence
antiségrégationniste :
soit que le ségrégationnisme suive la mystique de la
³EODQFKLWXGH´ VRLW TX¶LO VXLYH OH P\WKH GH OD ³QHJULWXGH´ 2X GH OD ³MDXQLWXGH´ »
(Freyre, 1962.)127
/HVLQWHOOHFWXHOVGHO¶pSRTXHUHQIRUFHQWO¶LGpHG¶KDUPRQLHGX « mythe du paradis racial » au
GpWULPHQWGHO¶pWXGHGHVLQpJDOLWpVFULDQWHVTXLH[LVWHQWHQWUHOHVGLIIpUHQWHVUDFHVRXFODVVHV
La classe vient donc jouer le rôle de substitut dans la société industrielle mais elle garde tous
les travers de la catégorisaWLRQUDFLDOH&¶HVWjSDUWLUGHOjTXH3LHUVRQRX7KDOHVGH$]HYHGR
ont pu parier sur une société brésilienne de classe et non plus de statut. Théorie qui sert de
UpSRQVH j O¶DWWHQWH GHV FRPPDQGLWDLUHV DPpULFDLQV GHV 1DWLRQV-8QLHV &H SDVVDJH G¶XQH
société hiérarchisée racialement à une société hiérarchisée économiquement est parfois remis
HQTXHVWLRQDXMRXUG¶KXLSXLVTXHODGpPRFUDWLHUDFLDOHDFULVWDOLVpRXV¶HVWIDLWOHFDWDO\VHXUGH
cette opération magique qui transformait des races en classes ou plutôt qui a permis au tour
GHQHSDVVHUpDOLVHUPDLVWRXWMXVWHGHEHUQHUOHSXEOLF&RPPHF¶HVWVRXYHQWOe cas avec les
tours de magie.
À partir des années 1970, de lourdes critiques à la démocratie raciale sont formulées par les
mouvements contestataires noirs, menant à la réécriture de la Constitution en 1988.
Tableau 3
Avec la fin de la dictature, ceux qui avaient dû fuir le pays reviennent et peuvent occuper des
postes susceptibles de modifier la réalité brésilienne. Les critiques à la démocratie raciale
GHYLHQQHQWGRQFXQPRWG¶RUGUHGXGHGDQVHWQRQSOXVGXGHKRUV¬VDVXLWHXQHSURIRQGH
PRGLILFDWLRQGHOD&RQVWLWXWLRQDOLHXFRQFHUQDQWSULQFLSDOHPHQWOHUDSSRUWjO¶DXWUHGDQVOD
société brésilienne, revenant sur les anciennes considérations de race unique ou de peuple
unique et adoptant un modèle radicalement différent, de société multiculturelle. Ces
127
)UH\UH*LOEHUWR³2%UDVLOHPIDFH GDV$IULFDVQHJUDVHPHVWLoDV´5LRGH-DQHLUR
92 nouvelles lois interviennent dans des domaines différents, comme celui du droit à la terre qui
est sans doute un des sujets très délicats au Brésil car aux mains de puissants qui échappent
VDQVFHVVHDX[ORLVRXHQFRUHGHO¶pGXFDWLRQDYHFGHVORLVGHTXRWDVSRXUOHVSRSXODWLRQVTXL
ont un statut ethnique inscrit dans la nouvelle constitution. Ce modèle engendre au Brésil,
comme dans les autres pays où il a pu être implanté, des améliorations, mais aussi des
critiques sur lesquelles nous nous pencherons. Dans la même période, le Brésil, et notamment
%DKLDV¶RXYUHDXWRXULVPHHWFRQVWUXLWVRQLQIUDVWUXFWXUHDXWRXUGXWRXULVPHGHSODJHHWGX
tourisme festLI TXL VH GpFOLQHDXMRXUG¶KXL HQWRXULVPH HWKQLTXH 'DQV FH FRQWH[WH OHV IrWHV
connaissent de nouvelles organisations et normalisations qui ne sont pas sans intervenir sur
les barraqueiros.
1) Les critiques de la « démocratie raciale »
Sous la dictature Vargas, dans les années 1930, les mouvements noirs apparaissent dans un
SUHPLHUWHPSVGDQVXQVRXFLVRFLDOG¶DLGHjODSRSXODWLRQSDXYUH/HVWDWXWGX1RLUQ¶HVWSDV
UHPLVHQTXHVWLRQQLODGpPRFUDWLHUDFLDOHDXFRQWUDLUH/HSURMHWG¶DVVLPLODWLRQGHVUDFes est
intégré par les mouvements noirs.
Les mouvements des années 1970, bercés par le climat international, critiquent cette position
HW V¶DIILUPHQW FRPPH IRUFH G¶RSSRVLWLRQ ,OV FULWLTXHQW IRUWHPHQW OD QRWLRQ GH GpPRFUDWLH
raciale en reprenant la distinction faite par Bastide et Fernandes entre les faits et le discours.
Ils dénoncent la discrimination qui opère fortement au quotidien. La négritude prend le
GHYDQWGHODVFqQHGHSURWHVWDWLRQDXQRPG¶XQHUHYHQGLFDWLRQVWDWXWDLUHGHV1RLUVEUpVLOLHQV
notamPHQWjWUDYHUVODUHYHQGLFDWLRQV\QGLFDOHGHVWUDYDLOOHXUVGHO¶LQGXVWULH&HSHQGDQWOD
GLFWDWXUHPLOLWDLUHQHOHVODLVVHUDSDVORQJWHPSV°XYUHUHWYDOHVIRUFHUjO¶H[LO
« (QSHXGHWHPSVDYDQWO¶H[LOSROLWLTXH$EGLDVGR1DVFLPHQWRSDUOHGpMjGe
tromperie ³/HVWDWXWGHUDFHPDQLSXOpSDUOHVEODQFVHPSrFKHTXHOHQRLUSUHQQH
FRQVFLHQFH GH OD WURPSHULH TX¶DX %UpVLO RQ DSSHOOH GpPRFUDWLH UDFLDOH HW GH
FRXOHXU´ » (Nascimento, 1968, p. 22 et apud Guimarães, p. 26.)
/D GLFWDWXUH TXL V¶pWHQG MXVTX¶DX[ DQQpHV UHSUHQG IRUWHPHQW OD QRWLRQ GH GpPRFUDWLH
UDFLDOHpYDFXDQWODQRWLRQG¶pJDOLWpFLYLTXHHWFRQVHUYDQWO¶DVSHFWFXOWXUHO/HPpWLVVDJHGHV
Federação das associações portugusas, 48p.
93 cultures fait la spécificité brésilienne, ou qui plus est, bahianaise. La notion de bahianité sera
alors développée à travers un retour aux sources de la culture populaire, pour la construction
G¶XQHFXOWXUHPpWLVVHJDUDQWHGHO¶RULJLQHGHVWURLVUDFHVIRQGDWULFHVGHODQDWLRQ O¶$IULFDLQ
O¶,QGLHQHWO¶(XURSpHQ
Il faudra attendre la fin de la dictature et la forte critique suscitée par la démocratie raciale de
la part de la société civile (mouvements noirs et intellectuels) pour que le Brésil change au
QLYHDX FRQVWLWXWLRQQHO VRQ UDSSRUW j O¶DXWUH DGRSWDQW XQ PRGqOH GH VRFLpWp PXOWLFXOWXUHOOH
comme le fDLVDLHQWDXPrPHPRPHQWG¶DXWUHVSD\VG¶$PpULTXHODWLQH
« 'DQV OH GLVFRXUV DFDGpPLTXH EUpVLOLHQ OH ³P\WKH´ FRPPHQFH GpVRUPDLV j rWUH
pensé comme étant une clé pour la compréhension de la formation nationale, alors
que les contradictions entre les discours et les pratiques du préjugé racial vont être
pWXGLpHV VRXV O¶pWLTXHWWH SOXV DGpTXDWH ELHQ TXH PDUTXpH SDU FHUWDLQHV YDOHXUV GH
³UDFLVPH´ » (Guimarães, p. 29.)
Guimarães conclut de la sorte :
« Notion créée (1937) et diffusée (1943-1944) durant les deux périodes dictatoriales
de Getúlio Vargas pour nous introduire dans le monde des valeurs politiques
XQLYHUVHOOHV OD ³GpPRFUDWLH UDFLDOH´ DXUDLW EHVRLQ G¶rWUH DXMRXUG¶KXL XQLTXHPHQW
démocratie, qui inclut tous sans faire de distinction de races. Les racHVQ¶H[LVWDQWSDV
nous ferions mieux de ne pas en faire mention dans notre idéal de nationalité,
réservant leur emploi pour la dénonciation du racisme. » (p. 33.)
2) Le changement constitutionnel
(QOH%UpVLOFRQQDvWXQFRXSG¶eWDWPLOLWDLUHGRQWODGLFWDWXUHV¶pWHQGUDMXVTXHGDQVOHV
DQQpHV$XQLYHDXORFDOLO\DXQUpJLPHDXWRULWDLUHTXLQ¶DUULYHSRXUWDQWSDVjpWRXIIHU
O¶pFKR GHV SURWHVWDWLRQV UDFLDOHV GHV 1RLUV DPpULFDLQV &HSHQGDQW FHX[ TXL VH ULVTXHQW j
élever la voix sont persécutés et HPSULVRQQpV %HDXFRXS G¶DUWLVWHV HW G¶LQWHOOHFWXHOV VRQW
forcés de quitter le pays. Certains iront aux États-8QLV HW G¶DXWUHV HQ (XURSH R OD
protestation sociale se fait aussi entendre.
À la suite de vingt ans de dictature militaire, le Brésil comme bon nombre de pays
G¶$PpULTXH/DWLQHFRQQDLWXQHQRXYHOOHYDJXHGHFKDQJHPHQWVFRQVWLWXWLRQQHOV,OV¶DJLWGH
94 la reconstitution démocratique des pays. Dans ce contexte, la notion de nation homogène
GLVSDUDvWHWOHPRGqOHPXOWLFXOWXUHOO¶HPSRUWH8QHQRXYHOOHConstitution entre en vigueur en
'DQVOHFDGUHGHODVRFLpWpPXOWLFXOWXUHOOHO¶eWDWGRLWJDUDQWLUODGLYHUVLWpFXOWXUHOOHj
travers une législation qui reconnaît et protège les différents groupes ethniques qui
constituent la nation.
Le Brésil est lHVHXOSD\VG¶$PpULTXHODWLQHGDQVOHTXHOOHVUHYHQGLFDWLRQVVHIRQWVXUODEDVH
G¶LQpJDOLWp UDFLDOH DORUV TXH OHV DXWUHV YDORULVHQW OD GLYHUVLWp FXOWXUHOOH RX HWKQLTXH /H
%UpVLO SDU FHWWH GpFLVLRQ YD j O¶HQFRQWUH GHV UHYHQGLFDWLRQV LQGLJqQHV GRQW OHV Oeaders ont
toujours revendiqué le statut de peuple à part, dans sa diversité. En revanche, il adhère aux
revendications de la contestation noire.
'DQV O¶KLVWRLUH OD FXOWXUH QRLUH D pWp VRLW SRXUFKDVVpH HW LQWHUGLWH VRLW LQWpJUpH HW SDUIRLV
absorbée, mais jamais reconnue comme une entité autonome et indépendante. Pour cela, il
DXUDLWIDOOXTXHOH1RLUMRXLVVHG¶XQHYLVLELOLWpYRLUHG¶XQVWDWXWFHTXLQ¶DSDVpWpOHFDV,OD
pWpVWLJPDWLVpHQWDQWTX¶HVFODYHPDLVHQPrPHWHPSVDFFXHLOOLGDQVODPDLVRQ familiale où
ses chants et musiques ont doucement intégré le répertoire collectif tandis que ses rituels ont
pWp VRLW LJQRUpV VRLW LQWHUGLWV $SUqV O¶DEROLWLRQ O¶LQYLVLELOLWp GX 1RLU GDQV OH VHQV G¶XQH
négation de statut a été caractéristique de cette période. Aucune mesure pour reconnaître la
diversité de sa culture, mais plutôt une tendance à amalgamer « les cultures noires » en « une
culture noire » syncrétique, qui épouse la culture blanche. Les revendications noires se sont
faites sur la base de la race, non de la diversité ethnique. Or, les revendications raciales
V¶DSSXLHQWVXUOHVLQpJDOLWpVVRFLDOHVQRQVXUODGLYHUVLWpFXOWXUHOOH
$X FRQWUDLUH OHV ,QGLHQV RQW pWp WHQXV j O¶pFDUW GH OD VRFLpWp FRORQLDOH HW GH VRQ SURMHW
économique et social. Leur regroupement en aldeia a accentué leur éloignement aussi bien
SK\VLTXHTXHFXOWXUHO /HXUFXOWXUHV¶DIILUPHSDUODGLIIpUHQFHODGLYHUVLWpHQWUHGLIIpUHQWHV
ethnies et la distance (aussi bien physique que culturelle).
3) Les discriminations positives
AX %UpVLO G¶DSUqV *XLPDUmHV GDQV OD SpULRGH TXL SUpFqGH OD GLFWDWXUH OHV
intellectuels (comme Roger Bastide ou Florestan Fernandes) cherchent principalement à
FRPEDWWUHOHVLQpJDOLWpVVRFLDOHVjWUDYHUVO¶DFFqVjO¶pGXFDWLRQHWjODVDQWp/HXULGéal étant
GHTXLWWHUODVRFLpWpGHFODVVHSRXULQWpJUHUXQHGpPRFUDWLHEDVpHVXUO¶pJDOLWpGHVFKDQFHVj
travers une révolution.
/HFRXSG¶eWDWPLOLWDLUHURPSWDYHFFHUWDLQHVGHFHVLGpHVPDLVSDVWRXWHV : la compétition par
95 le mérite et le combat à la cRUUXSWLRQRQWpWpOHVPRWVG¶RUGUHGXUpJLPH/¶pGXFDWLRQHVWDX
FHQWUH GX SURMHW GH VRFLpWp /H GRPDLQHGH O¶pGXFDWLRQ DpWp UpIRUPp SHQGDQWFHWWH SpULRGH
JDUDQWLVVDQWO¶HQWUpHjO¶XQLYHUVLWpDSUqVXQWHVW/¶XQLYHUVLWpUHVWHGRQFJUDWXLWH
Cependant, au même moment, de nombreuses universités privées et payantes font leur
DSSDULWLRQ GHVWLQpHV DX[ FODVVHV GRPLQDQWHV '¶XQ F{Wp O¶eWDW pTXLOLEUH OHV FKDQFHV GH
O¶DXWUHODFODVVHGRPLQDQWHJDUDQWLWO¶DYHQLUGHVHVHQIDQWVDYHFXQHHQWUpHjO¶XQLYHUVLWpTXL
se fait non plus sur la base du mérite, mais sur celui des moyens économiques. Les écoles
primaires et secondaires connaissent la même évolution vers la privatisation au point que les
écoles publiques primaires et secondaires vont être abandonnées par la classe moyenne et par
O¶eWDW
Malgré le test, les places dans les universités sont comptées et la préparation se fait dans des
cours privés fréquentés par les enfants des classes moyennes à la peau claire. Le projet de
UHQGUHSD\DQWHO¶XQLYHUVLWpSRXUOHVHQIDQWVSOXVULFKHVWRPEHjO¶HDXHWHQUHYDQFKHOHVFRXUV
préparatoires sont tous privés. La reproduction sociale des élites se durcit, associant le rapport
classe-FRXOHXU HW RSSRUWXQLWp SXEOLTXH G¶DVFHQVLRQ j FHOXL GH D ,re République (Guimarães
2006, p. 271).
3RXUUHSUHQGUHO¶H[HPSOHGHO¶pGXFDWLRQXQV\VWqPHGHTXRWDVRXGLVFULPLQDWLRQSRVLWLYHD
été mis en place à partir de 2005 par des universités fédérales (publiques) pour faciliter
O¶DFFqVGHV© minorités ethniques » aux études supérieures. Les conditions de sélection sont
pour les Indiens OD UHFRQQDLVVDQFH SDU OD FRPPXQDXWp G¶DSSDUWHQDQFH GX FDQGLGDW
déclaration de la FUNAI (organisme national dédié aux indiens) et avoir fait ses études dans
O¶HQVHLJQHPHQWSXEOLFDXPRLQVXQDQGHSULPDLUHet trois ans de collège ou lycée) ; pour les
Noirs : une déclaration personnelle dans laquelle on dit
être « afro-descendant ».
/¶pYDOXDWLRQGHFHVFULWqUHVSULQFLSDOHPHQWFHOXLG¶DXWRUHFRQQDLVVDQFHTXLVHIDLWVXUODEDVH
G¶XQH SKRWRJUDSKLH IRXUQLH SDU le candidat) est contestée car elle mène souvent à des
FRQVLGpUDWLRQV QDWXUDOLVWHV G¶DSSDUWHQDQFH HWKQLTXH TXL VRQW SDU DLOOHXUV FULWLTXpHV HW
discutées afin de ne pas tomber dans des considérations de pureté ethnique de culture
SDUWDJpH,O\DDXMRXUG¶KXi 42 universités au Brésil qui ont opté pour ces actions affirmatives.
,OQ¶\SDVGHORLQDWLRQDOHPDLVGHVLQLWLDWLYHVTXLFRUUHVSRQGHQWHQJpQpUDOjGHVSUHVVLRQV
des communautés locales. Bahia, Minas Gerais et Maranhão sont les États pionniers en
matière de quotas. Ces derniers sont distribués de la façon suivante : des catégories raciales
sont pré déterminées ; dans un premier temps, les « indigenos ªF¶HVW-à-dire les Indiens, et les
« afro-descendants ªF¶HVW-à-dire les Noirs. Étant donné que les criWqUHVG¶pYDOXDWLRQSDVVHQW
96 par la reconnaissance physique, un nouveau groupe a été revendiqué, celui des « descendant
G¶LQGLHQV ªFHTXLSHUPHWjGHVLQGLHQVPpWLVVHVG¶DYRLUDFFqVDX[FRWDV&HWWHFDWpJRULHD
été largement critiquée, principalement par les « afro-descendants », qui voient là une menace
G¶HPSLqWHPHQWVXUOHXUTXRWDGHSODFHV1pDQPRLQVLO\DGpVRUPDLVOHV© indio aldeado » et
les « indio-descendants », à savoir les Indiens qui vivent à O¶DOGHLD et les descendants
G¶,QGLHQVTXLSHXYHQWrWUHXUEDLQVRXYLYUHWRXWDXPRLQVKRUVG¶XQH aldeia. Ils ne sont pas
WHQXV G¶rWUH GHV UHSUpVHQWDQWV DXWKHQWLTXHV PDLV GHV PpWLVVHV TXL PDLQWLHQQHQW OHXU FXOWXUH
YLYDQWH/DQRWLRQG¶DXWKHQWLFLWpHVWKLVWRULTXHPHQWOLpHDX[,QGLHQV'DQVFHWRUGUHG¶LGpHOe
Nordeste EUpVLOLHQV¶HVWORQJWHPSVYXGpFODVVpGDQVOHPLOLHXLQWHOOHFWXHOLQGLJpQLVWHFDUOHV
LQGLHQV GH FHWWH UpJLRQ pWDLHQWWURS PpWLVVpV 6HXOV OHV LQGLHQV GH O¶$PD]RQLH RIIUDLHQW XQH
SXUHWpFXOWXUHOOH&¶HVWGDQVOHVDQQpHVTXHOHJURXSHGHUHFKHUFKHVTXLP¶DDFFXHLOOLj
O¶8)%$ V¶HVW FUpH j O¶LQLWLDWLYH G¶XQ DQWKURSRORJXH 3HGUR $XJXVWLQR TXL D LQLWLp GHV
recherches sur les indiens du Nordeste avec ses étudiants, dont Maria Rosario de Carvalho,
GDQV OH FDGUH GX 3LQHE /¶LGpH GH VRFLpWp HQFRUH vierge peut intéresser certains
DQWKURSRORJXHV PDLV HOOH Q¶HVW QpDQPRLQV SOXV XQH UqJOH KHXUHXVHPHQW &HWWH QRXYHOOH
FDWpJRULH G¶,QGLHQV HQ HVW OD SUHXYH YLYDQWH /HV TXRWDV VH UpSDUWLVVHQW GH OD PDQLqUH
suivante : 45 GHV SODFHV j O¶XQLYHUVLWp VRQW GHstinées aux categories concernées par les
quRWDV VRLW G¶afro-GHVFHQGDQWV HW DX[ G¶LQGLR-descendants. Deux places sont
réservées dans chaque discipline aux Indiens aldeados et 2 places aux quilombolas.
4) Les critiques générées par ce modèle
Certains RQWYXGDQVFHPRGqOHPXOWLFXOWXUHOXQPR\HQGHIUHLQHUOHVUHYHQGLFDWLRQVG¶RUGUH
pFRQRPLTXH RX SROLWLTXH TXL DYDLHQW OLHX j O¶pSRTXH FRPPH VL F¶pWDLW XQH DUPH GX
néolibéralisme. Pour renforcer ces soupçons, ces mesures ont été immédiatement suivies par
O¶LQWURGXFWLRQ GH SROLWLTXHV QpROLEpUDOHV GDQV OHV FKDPSV VRFLDO HW pFRQRPLTXH DILQ GH
réintégrer le système mondial après la période de protectionnisme des années de dictature.
Guimarães (2006, p. 275) propose une lecture du contexte international dans lequel se sont
produits ces changements constitutionnels.
Au niveau politique, les dictatures du Cône Sud sont remplacées par des démocraties
représentatives DXQLYHDXpFRQRPLTXHLO\DLQWpJUDWLRQjO¶RUGUHpFRQRPLTXHLQWHUQDWLRQDO
du néolibéralisme ; et au niveau culturel et idéologique, trois directions : 1/ la doctrine du
multiculturalisme est choisie aux États-Unis, en Afrique du Sud et dans les pays anglosaxons ODOXWWHSRXUOHVGURLWVGHO¶KRPPHREWLHQWODFDXVHLQWHUQDWLRQDOHHOOHVHWUDQVpose
97 en lutte contre le racisme pour les revendications noires O¶pFRORJLHHWODGpIHQVHGXPLOLHX
naturel, la diversité biologique et culturelle deviennent le leitmotiv des agences
internationales.
&RQFOXVLRQV /¶DYDQW-crise des années 1970 se produit dans un contexte de démocratie
raciale, de nations métisses. La sortie de la crise des années 1980 se définit sur des bases qui
FKHUFKHQWO¶pJDOLWpGLVWULEXWLRQGHVULFKHVVHVRSSRUWXQLWpVGHYLH-HFLWH*XLPDUmHV :
« Le multiculturalisme et les poOLWLTXHV G¶LGHQWLWpV pWDLHQW OHV SUDWLTXHV LGpRORJLTXHV
disponibles sur le marché international au moment où les nouvelles démocraties latinoaméricaines écrivaient leur constitution. » (p. 276.)
'¶DSUqV &KULVWLDQ *URV128, cela avait été la même histoire pour la démocratie raciale à
O¶pSRTXH : c¶pWDLWOHPRGqOHGLVSRQLEOHjO¶pSRTXH
5) /¶RXYHUWXUHDXWRXULVPH
/¶LPSODQWDWLRQ GX WRXULVPH j %DKLD SHXW V¶H[SOLTXHU HQ IRQFWLRQ GHV GLIIpUHQWV PRPHQWV
FKDUQLqUHV GH O¶LQVWLWXWLRQ GH FH VHFWHXU pFRQRPLTXH &¶HVW GH Fette manière que Mello e
Silva129 en 1999, ont H[SOLTXp O¶LPSODQWDWLRQ GX WRXULVPH j 6DOYDGRU HQ TXDWUH SpULRGHV
principales du point de vue des mesures étatiques :
9 1951-1962 : Implantation du tourisme à Bahia
9 1963-1972 : Expansion du tourisme bahianais dans le scénario national
9 1971-1990 ,QWHQVLILFDWLRQGHO¶LPSODQWDWLRQGHO¶LQIUDVWUXFWXUH
9 1991-1999130 : Tourisme comme stratégie de développement
Dans la première période, à partir de 1951, différentes actions sont menées comme la création
G¶XQ VHFWHXU GH GLIIXVLRQ GX WRXULVPH OLp j OD PDLULH OD FRQVWUXFWLRQ GH O¶+{WHO GH %DKLD
128
Cité par Guimarães (2006 : 276).
129
Mello e Silva. Sylvio Bandeira de, (1999), Geografia, Turismo e Crescimento : O exemplo
do Estado da Bahia. In: Rodrigues, Adyr A. B. (Org.). Turismo e Geografia: reflexões
teoricas e enfoques regionais. 2 ed. São Paulo: Hucitec, Apud DIAS, Climaco Cesar,
Siqueira, Carnaval de Salvador : mercantilização e produção de espaços de segregação,
exclusão e conflito, Dissertação de Mestrado, 2002, Curso de Pos-Graduação em Geografia,
Instituto de Geociencias, Universidade Federale da Bahia. Orientadora : Profesora Dra. Maria
Auxiliadora da Silva.
130
Date de fin de recherche des auteurs supra cités.
98 O¶LQFOXVLRQ SRXU OD SUHPLqUH IRLV GX WRXULVPH GDQV OHV OLJQHV GLUHFWULFHV GH O¶eWDW D\DQW
FRPPH REMHFWLI G¶rWUH LQWpJUp DX 3/$1'(% 3ODQ GH GpYHORSSHPHQW GH O¶eWDW GH %DKLD
entre 1960 et 1962. Selon Ribard (1999), en 1955 est mis au point le premier plan de
développement du tourisme.
'DQV OD GHX[LqPH SpULRGH O¶LQIUDVWUXFWXUH GHV WUDQVSRUWV HVW DPpOLRUpH : multiplication des
routes et des voies anciennes. Les organismes étatiques dédiés au tourisme également : en
O¶(0%5$785HVWFUpHSDUOH*RXYHUQHPHQWIpGpUDOVXLYLGHOD%$+,$7856$ 131 en
1968.
'DQVODWURLVLqPHSpULRGHO¶eWDWWHUPLQHVDWkFKHG¶LPSODQWDWLRQGHO¶LQIUDVWUXFWXUHEDVLTXH
dédiée au tourisme avec la réhabilitation dHO¶DpURSRUWGH6DOYDGRUODFUpDWLRQGXFHQWUHGH
FRQYHQWLRQGH%DKLDHWG¶XQHFKDvQHK{WHOLqUHGHOX[H
Dans la dernière période énoncée par Mello et Silva, le tourisme devient une stratégie de
GpYHORSSHPHQWpFRQRPLTXHSRXUO¶eWDWGDQVOHVFpQDULRQDWLRQal et international. Les actions
gouvernementales sont pour Dias guidées par un ouvrage, Salvador une alternative postindustrielle. Culture, tourisme et haute technologieSURGXLWSDUOHVHFUpWDULDWGHO¶,QGXVWULH
du commerce et du tourisme (1990)132. Ouvrage dans lequel Salvador adopte un modèle
G¶HQWUHSUHQDULDWXUEDLQHWGHVSpFLDOLVDWLRQSURGXFWLYH(QG¶DXWUHVWHUPHV6DOYDGRUHQWUHVXU
le marché international des villes touristiques à travers la commercialisation de son image. Le
WLWUHGHO¶RXYUDJHGLW FODLUHPHQWTXHFHODHVWO¶DOWHUQDWLYHjODSKDVHLQGXVWULHOOHTXLSHUGGH
VRQDPSOHXU/HIXWXUpFRQRPLTXHHVWGRQFO¶DOWHUQDWLYHWRXULVWLTXHjWUDYHUVODPLVHHQYHQWH
QRQSOXVG¶XQHYLOOHPDLVGHORJLTXHVXUEDLQHV
Cette image de Salvador est à aller chercher au profond de son histoire, alors que les
voyageurs du XVIIIe siècle commençaient à diffuser leurs impressions sur cette terre lointaine
HWpWUDQJH0HOORHW6LOYDUHFRQQDLVVHQWGHSULPHDERUGXQHSpULRGHDQWpULHXUHjFHOOHVTX¶LOV
FLWHQWTXLQ¶HVW SDVXQSURGXLWpWDWLTXHPDLVXQHIDEULFDWLRQG¶LPDJHSDUOHVYR\DJHXUVOHWWUpV
TXL RQW IDLW FRQQDvWUH %DKLD j O¶H[WpULHXU GRQW 'DUZLQ $OEHUW &DPXV 7KRPDV /LQGOH\
/¶LPDJH SURGXLWH SDU HX[ VH UpIOpFKLW HW UHYLHQW SDU XQ HIIHW GH MHX GH PLURLU GRQQHU XQe
FRXOHXUj%DKLD&¶HVWjSDUWLUGHFHWWHLPDJHYXHSDUFHX[GXGHKRUVTXHO¶eWDWFRQVWUXLWVRQ
tourisme : vision mi-subjuguée, mi-GpJR€WpHSDUODVDOHWpHWOHVP°XUV/HVDXWHXUVFLWHQW :
131
Office de tourisme de Bahia.
132
Salvador, uma alternativa Pos-Industrial. Cultura, Turismo e Alta Tecnologia. Secretaria
da Industria, do comercio e do Turismo, 1990.
99 « Bahia, où on ne voit que des Noirs. On dirait une casbah fréti llante, misérable, sale
et belle. » A. Camus.
« -H Q¶DL MDPDLV YX XQ SD\V R OHV KDELWDQWV VRQW WDQW QpJOLJHQWV HQ PDWLqUH GH
propreté comme les brésiliens. », T. Lindley.
2XHQFRUH'DUZLQjSURSRVGHO¶entrudoO¶DQFrWUHGXFDUQDYDO qui donnait lieu à des jetés de
IDULQHHWG¶°XIV
« Il était impossible de garder sa dignité en marchant dans les rues de Salvador. »
6) La rue est au Noir133
Les Africains sont les commerçants de rue de Salvador ; ils tiennent le marché par leurs petits
prix et leur force hors du commun (ils sont les seuls travailleurs de cordes et bâtons qui
transportent les poids les plus lourds en répondant au chant de leur capitaine). Ces
dispositions particulières face au travail leur ont procuré des ennemis ± notamment du point
de vue économique ± OHV FRPPHUoDQWV Q¶DFFHSWDQW SDV OD FRQFXUUHQFH DUGXH ,OV RQW
également fait peur.
/HV FODVVHV GRPLQDQWHV OHV SRXYRLUV SXEOLFV Q¶RQW TX¶XQ VRXFL PDLQWHQLU GRFLOH O¶pQRUPH
masse noire, esclave, libre ou affranchie. En ce sens, les travailleurs de rue ont pu être
quelque peu ménagés PrPHVLRQQ¶DSSUpFLHSDVOHXUSUpVHQFHWUqVYLVLEOHGDQVOHVUXHVRX
leur concurrence, on reconnaît que leur organisation du travail les maintient calmes, revenir
dessus peut être motif de contestations et de confrontations.
La plus grosse des peurs est celle de la révolte car ils ont toujours été plus nombreux, et ce
depuis le début de la colonie. Les mesures des pouvoirs publics concernant le commerce de
rue prend en compte cette peur de la rébellion, ce qui explique que les mesures les plus dures
ont été appliquées juste après la révolte des Malês. Cette révolte a été la plus importante et a,
G¶DSUqV 5HLV pWp ODUJHPHQW RUJDQLVpH HW IDLWH SDU OHV WUDYDLOOHXUV GH UXH GHV
« cantos » : travailleurs de fret, artisans, ambulants. La réponse des pouvoirs publics a donc
FRQFHUQp SULRULWDLUHPHQW FH VHFWHXU GH WUDYDLO j O¶H[FHSWLRQ GHV IHPPHV /¶RUJDQLVDWLRQ
traditionnelle du travail a été attaquée à sa base par de nouvelles lois qui interviennent pour
133
'¶DSUqV5HLV
100 imposer une logique et une emprise blanche sur un milieu de travail noir.
¬O¶RULJLQHGXFRQIOLWHQWUHOHVWUDYDLOOHXUVGHUXHHWOHVSRXYRLUVSXEOLFVMHYRLVFRPPH5HLV
un dessein politique de vouloir discipliner le Noir sur la voie publique, tant en ce qui
conFHUQHOHVORLVLUVTX¶HQFHTXLFRQFHUQHOHWUDYDLO5HLVGLWTX¶LOHVWSRVVLEOHG¶DIILUPHUTXH
tous les Africains sont au moins en travail partiel sur la voie publique (artisans, porteurs,
etc.) TX¶LOV pWDLHQW UHVSRQVDEOHV GXWUDQVSRUW GHV PDUFKDQGLVHV HW GHV SHUVRQQHV TX¶RQ QH
voyait pour ainsi dire pas de métisses dans ces activités lourdes et moins encore de Blancs.
Bref, du travail que seuls les Africains avaient le pouvoir et le vouloir de faire. Les voyageurs
de toutes époques décrivent le pittoresque du va-et-vient de la population noire dans la ville,
population aux manières africaines. Pittoresque pour ceux du dehors, mais incompréhension
HWUHMHWSRXUFHX[GXGHGDQVFRPPHF¶HVWOHFDVSRXUOHVFRPPHUoDQWVIL[HVDYHFERXWLTXH
La preuve, ce commentaire retranscrit par Reis :
« 2K'LHXMHQ¶DLMDPDLVULHQYXGHWDQWUHVVHPEODQWDYHFOD*XLQpH$IULFDLQH «
,O Q¶\ D TXH Oj TX¶RQ WURXYHUDLW DXWDQW GH SRUFKHULHV DXWDQW GH QqJUHULHV
rassemblées. » (22/04/1839, Correio Mercantil, apud Reis 1996, p. 20.)134
&RPPH H[HPSOH GH FHWWH YRORQWp GH FRQWU{OH 5HLV UDSSHOOH TX¶LO pWDLW G¶XVDJH PrPH VL
VRXYHQW FHOD Q¶pWDLW SDV UHVSHFWp TXH OHV 1RLUV SUpVHQWHQW DX[ DXWRULWpV SROLFLqUHV XQ
passeport autorisant certains de leurs trajets dans la ville signé par les Seigneurs dans le cas
des esclaves et par les autorités publiques pour les hommes libres. Le but étant de contrôler le
commerce de rue mais aussi les batuques, les capoeiras et tous les déplacements même ceux
qui semblaient les plus oisifs. Le point d¶RUJXH pWDLW PLV VXU OH IDLW G¶HPSrFKHU OHV
regroupements nocturnes et les regroupements qui pouvaient mener au soulèvement.
/D UXH HVW GRQF OH WKpkWUH G¶XQH SHUSpWXHOOH FRQIURQWDWLRQ HQWUH GHX[ ORJLTXHV FHOOH GHV
Africains contre celle de la classe dominante blanche. On la retrouve dans la conception du
temps et du travail des Africains qui résiste à celle du capitalisme. Les « ganhadores »
décident de leur charge de travail par mission et non par charge horaire, ce qui fait que leur
journée de travail peut être ponctuée de loisirs ou de flâneries entre plusieurs missions, sans
TXH FHOD GpUqJOH OHXU V\VWqPH GH WUDYDLO /D QRWLRQ G¶RXYULHU PRGqOH Q¶H[LVWH SDV /HV
101 $IULFDLQVFRQoRLYHQWOHWUDYDLOHQJURXSHU\WKPpSDUGHVFKDQWV&HODOHXUSHUPHWG¶DEDWWUH
GHVWkFKHVTXHEHDXFRXSUpFXVHQW/¶RUJDQLVDWLRQKLpUDUFKLTXHHWWHUULWRULDOHHVWpJDOHPHQWHQ
GHKRUVGHVFDQRQVGHVSRXYRLUVSXEOLFV/HV$IULFDLQVVHUpSDUWLVVHQWO¶HVSDFHGHWUDYDLOVXU
base ethnique. Chaque unité territoriale ou « canto » est commandé SDUXQFDSLWDLQH'¶DSUqV
Reis (1996) les « cantos » peuvent être des angles de rue (angulo), des places (largo) ou des
SRLQWVG¶DQFUDJHGHVEDWHDX[ancouradora) dont ils portaient le nom. Ils étaient avant tout
un carrefour où se croisent et se rencontrent les porteurs mobiles, les artisans fixes (tresseurs
de chapeaux ou de collier, médecins populaires ou barbier, sculpteurs G¶RUL[DV, pratique de la
prière, étude du Coran, vendeuses de bouillies ou nourriture africaines) permettant des
échanges sur la teUUHPqUHHWUHQIRUoDQWOHVHQWLPHQWG¶DSSDUWHQDQFHDXFRLQ
6LO¶RQUHSUHQG)RXFDXOWOHVUHODWLRQVGHSRXYRLUQHVRQWSDVGRQQpHVXQHIRLVSRXU
WRXWH HW QH GRLYHQW SDV VH FRQFHYRLU FRPPH XQH VpULH GH SULYLOqJHV /¶DXWHXU SURSRVH XQH
« microphysique » du pouvoir qui prendrait place entre les institutions « et les corps euxmêmes avec leur matérialité et leur forme » (p. 31).
« 2U O¶pWXGH GH FHWWH PLFURSK\VLTXH VXSSRVH TXH OH SRXYRLU TXL V¶\ H[HUFH QH VRLW SDV
conçu comme une propriété, mais comme une stratégie, que ses propres effets de
GRPLQDWLRQQHVRLHQWSDVDWWULEXpVjXQH³DSSURSULDWLRQ´PDLVjGHVGLVSRVLWLRQVjGHV
PDQ°XYUHVjGHVWDFWLTXHVjGHVWHFKQLTXHVjGHVIRQFWLRQQHPHQWVTX¶RQGpFKLIIUHHQ
lui. Plutôt un réseau de relations toujRXUV WHQGXHV WRXMRXUV HQ DFWLYLWp SOXW{W TX¶XQ
SULYLOqJHTX¶RQSRXUUDLWGpWHQLU TX¶RQOXLGRQQHFRPPHPRGqOHODEDWDLOOHSHUSpWXHOOH
SOXW{WTXHOHFRQWUDWTXLRSqUHXQHFHVVLRQRXODFRQTXrWHTXLV¶HPSDUHG¶XQGRPDLQH »
(p. 31.)
Cette notion de « bataille perpétuelle » nous renvoie à une histoire des réglementations
municipales concernant le commerce de rue, commençant en 1836, juste après la révolte de
Malês.
La révolte des Malês (1835) est celle des Africains connus à Bahia sous le nom de « Nagôs »,
de religion musulmane et le plus souvent servant le culte des orixas. Elle a eu comme but de
UHQYHUVHUOHSRXYRLUHQSODFHHWGHV¶HQHPSDUHU5HLV/HVVXLWHVGHFHWWHUpYROWHTXL
se termine de manière sanglante lorsque la garde massacre la troupe des rebelles, est une
134
« Oh Ceos, nunca vi nada tão parecido com a Guiné Africana! (...) So ali se veria tanta
102 grande peur qui se maîtrise à travers une série de lois de contrôle de la population africaine.
Les libres, affranchis et esclaves qui circulent assez librement en ville et travaillent dans les
coins de travail, des organisations entièrement africaines, vont devoir rendre des comptes de
SOXVHQSOXVVHUUpVDX[IRUFHVGHO¶RUGUH
La révolte, selon Reis (2003), concerne environ 600 hommes, soit un bon contingent. La peur
du Noir, ou comme dit Agier (1995), « la peur (blanche) du pouvoir (noir) » est ancienne. Si
O¶RQV¶HQUHPHWDX[VWDWLVWLTXHVGHO¶pSRTXHVXU 500 habitants à Salvador, 78 % sont afrodescendants (noirs, métisses, esclaves libres, affranchis confondus), 40 % sont esclaves (dont
63 % sont nés en Afrique), contre 22 % de la population qui est banche. Cette majorité noire
FUpHXQVHQWLPHQWGHFUDLQWHHWXQHWHQGDQFHjO¶DPDOJDPH/RUVGHVUpYROWHVFHVDPDOJDPHV
permettent une répression sans discernement. Ce qui rapprochait les Africains à ce moment-là
était, comme on l¶D GLW XQ GHVVHLQ SROLWLTXH Oa religion musulmane en association avec le
culte des orixas en était le liant.
$LQVLDSUqVODUpYROWHOHVSRXYRLUVSXEOLFVpWDEOLVVHQWGHVUqJOHVVpYqUHVjO¶pJDUGGHWRXVOHV
marchands de rue du quartier du port, hommes, sans distinction. De fait, la révolte avait été
IDLWHSDUFHUWDLQVG¶HQWUHHX[Les attaques des pouvoirs publics, en réponse au soulèvement,
FRQFHUQHQWO¶RUJDQLVDWLRQLQWHUQHGXWUDYDLODJLVVDQWVXUODUpSDUWLWLRQDIULFDLQHGHVWkFKHV
et des loisirs, OD YDOHXU GHV WD[HV OHV SODTXHV G¶LGHQWLILFDWLRQV GHV WUDYDLOOHXUV OHV
DXWRULVDWLRQV GH WUDYDLO 6¶HQ SUHQGUH j O¶RUJDQLVDWLRQ LQWHUQH GX WUDYDLO HQ LPSRVDQW OH
modèle de la classe dominante est un point crucial des tentatives de contrôle des pouvoirs
publics. Infiltrer des agents et hiérarchiser, en multipliant les échelons, a fait partie des
mesures prises par les pouvoirs publics à la suite des révoltes. Les capitaines des coins ont été
alors remplacés par des « capatazes », soit des AfricainV TXL Q¶pWDLHQW SDV GX FDQWR HW TXL
devait rendre des comptes aux autorités ±des genres de mouchards tenus de dénoncer les
risques de révolte ou les comportements délictueux. De même, les inspecteurs et juges de
quartiers sont multipliés, complexifiant la hiérarchie ; parfois les coins sont démantelés et
reconstitués lorsque ceux-Oj QH FRPSRUWHQW SDV DVVH] GH WUDYDLOOHXUV /¶RUGUH HWKQLTXH HVW
donc contrarié de différentes manières SDU O¶LQWUXVLRQ GH QRXYHDX[ DJHQWV HW SDU OH
démantèlement et la redistribXWLRQ GDQV G¶DXWUHV FDV /¶RUGUH HWKQLTXH GDQV O¶RUJDQLVDWLRQ
DIULFDLQH Q¶pWDLW SDV IHUPp GpMj GHV UHGLVWULEXWLRQV SRXYDLHQW DYRLU OLHX ORUVTXH FHUWDLQHV
ethnies étaient trop peu nombreuses, mais ces remaniements se faisaient comme des
porcaria, tanta negraria junta ».
103 alliances, non comme des redistributions de type administratif.
Les taxes à payer pour obtenir la licence de fonctionnement étaient régulièrement augmentées
lors des resserrements des mesures à leur égard, après la révolte des Malês ou plus
régulièrement sur pression des autres commerçants qui trouvaient la concurrence déloyale car
les Africains détenaiHQW XQ WHUULWRLUH FRPPHUFLDO DXTXHO QXO Q¶Dvait accès. En effet, ils
entretiennaient des rapports privilégiés avec ceux qui effectuaient le ravitaillement depuis le
continent africain. Les pouvoirs publics, sur pression des commerçants, ont encadré et durcit
OHVFRQGLWLRQVGHWUDYDLOPDLVQ¶HQsont jamais venu à LQWHUGLUHO¶DFWLYLWpGHUXHFDUFHODaurait
remis HQFDXVHWRXWO¶pTXLOLEUHFRPPHUFLDOGHODYLOOH± les Africains garantissant des bas prix
± et cela aurait mené aux révoltes, ce qui était craint par dessus tout.
8QSDUUDLQDJHGHYLHQWREOLJDWRLUHSRXUOHVWUDYDLOOHXUVOLEUHVDXSUqVG¶XQHSHUVRQQHGHELHQ
QRUPDOHPHQWEODQFKH&¶HVW-à-GLUHTXHO¶$IULFDLQQRLUQHSHXWVHSDVVHUG¶XQHDXWRULVDWLRQHW
G¶XQH GpSHQGDQFH DXSUqV G¶XQ QRWDEOH EODQF SRXU WUDYDLOOHU /HV HVFODYHV HX[ GpSHQGHQW
G¶XQH DXWRULVDWLRQ GH OHXU PDvWUH /HV KRPPHV OLEUHV SHUGHQW DYHF FHWWH PHVXUH XQ SHX GH
leur liberté et beaucoup de leur autonomie.
Ces meVXUHVPrPHFRQWUDLJQDQWHVQ¶pWDLHQWSDVSRXU5HLVOHVSOXVGpFLVLYHVSRXUPHQHUjOD
grève de 1857. Celle qui touchait au corps du travailleur était bien moins facile à accepter. Le
SRUW REOLJDWRLUH G¶XQ QXPpUR G¶LQVFULSWLRQ G¶DERUG DX EUDV VRUWH GH EUDssière) puis au cou
SRUW G¶XQH SODTXH G¶LGHQWLILFDWLRQ PpWDOOLTXH pWDLHQW SULV FRPPH DXWDQW G¶DWWHLQWH j OD
dignité. Le port obligatoire de la plaque au cou est sans doute la mesure qui a mené à la grève
de 1857. Les Africains sont habitués à porter des marques corporelles pour se distinguer
VRFLDOHPHQW ,OV Q¶DFFHSWHQW GRQF SDV G¶rWUH UDEDLVVpV DX VWDWXW GH EpWDLO SDU OHV IRUFHV GH
O¶RUGUHGRQWLOVUHOqYHQWGHSXLVODUpYROWHGHV0DOrV8QpTXLOLEUHLQVWDEOHV¶pWDEOLWHQWUHOHV
seigneurs, les pouvoirs publics, et les travailleurs esclaves, affranchis ou libres dans lequel la
désobéissance civile, la grève (ou la révolte) ont autant de réponses des Africains à
O¶RSSUHVVLRQHWjODGLVFULPLQDWLRQDPELDQWH0rPHVLOHVJUpYLVWHVQ¶REWLHQQHQWSDVJDLQGH
cause pour toutes leur revendication, la paralysation de la ville en matière de fret qui a duré
XQHVHPDLQHIDLWSUHQGUHFRQVFLHQFHGHO¶LPSRUWDQFHGHO¶XQLRQHWGHO¶RUJDQLVDWLRQSROLWLTXH
des travailleurs africains, à la manière de ce qui se passera par la suite avec les syndicats dans
le secteur industriel.
5HLVFRPSOqWHVDUHFKHUFKHDXWRXUGHODGDWHGHjODYHLOOHGHO¶DEROLWLRQORUVTXHWRXV
les coins et leurs membres doivent être enregistrés auprès des services de police qui
104 deviennent responsablHV GX VHFWHXU GHV WUDYDLOOHXUV GH UXH DIULFDLQV /¶eWDW QH SHXW SOXV
compter sur le contrôle effectué par les mDvWUHVSXLVTX¶LOQ¶\DSOXVG¶HVFODYHV /HFRQWU{OH
HVWGRQFUHQIRUFp /HFDSLWDLQHGHVFRLQVHVWUpKDELOLWpDILQTX¶LOFRQWU{OHVHVWUDYDLOOHXUV et
UHODLHQW OH WUDYDLO GH OD SROLFH ,O HVW SXQL V¶LO QH GpQRQFH SDV OHV FROOqJXHV TXL IDXWHQW RX
FRQVSLUHQW /H SRXYRLU SXEOLF UpWDEOLW XQ RUGUH TX¶LO VDLW rWUH HIILFDFH j VDYRLU O¶RUGUH GH
WUDYDLOLQGXLWSDUO¶RUJDQLVDWLRQWUDGLWLRQQHOOHGHVFRLQV/¶Hnregistrement des travailleurs se
IDLWDXSUqVGHVVHUYLFHVGHSROLFHHWOHVLQIRUPDWLRQVUHTXLVHVVRQWG¶RUGUHSROLFLHU(QSOXV
GHVLQIRUPDWLRQVVXUO¶LGHQWLWpHWO¶DGUHVVHXQHGHVFULSWLRQSK\VLTXHFRQFHUQDQWOHVPRLQGUHV
marques distinctives, même les plus intimes sont recueillies. Ce qui fait penser à Reis que
O¶H[DPHQGHVWUDYDLOOHXUVVHIDLVDLWQX/HVDWWDTXHVjODGLJQLWpGHVSHUVRQQHVDIULFDLQHVjOD
YHLOOH GH O¶DEROLWLRQ Q¶pWDLHQW SDV WHUPLQpHV &HW HQUHJLVWUHPHQW V\VWpPDWLTXH QRXV GRQQH
O¶LQIRUPDWLRQTX¶HQFRLQVIRQFWLRQQDLHQWDYHF 703 membres enregistrés.
Sans avoir de source sûre faisant un lien sérieux entre les marchands des fêtes populaires et
les marchands ambulants des « cantos », nous pouvons tout de même, à la lumière de nos
dRQQpHVSRSXODWLRQQRLUHSDXYUHUHOHYDQWG¶XQHWUDGLWLRQSDUWLFXOLqUHGHWUDYDLOOHXUVGHUXH
avancer que la tradition de commerce de rue rattache les marchands à un certain mode de
travail fait par les Africains et régulièrement défait par les pouvoirs publics. La place des
marchands de rue des fêtes populaires peut donc être considérée comme un « canto » car
celui-FL GpWHUPLQH SOXW{W XQH IDoRQ GH WUDYDLOOHU WUDGLWLRQ HW XQ SpULPqWUH G¶DFWLRQ
WHUULWRLUHTX¶XQVLPSOHSRLQWGHUHQFRQWUH'DQVFHV© cantos », existe une intense activité
commerciale. Autour des travailleurs de fret et parfois parmi eux, des marchands ambulants
YHQGHQW GHV DOLPHQWV YHQXV G¶$IULTXH YHQGXV SDU GHV $IULFDLQV j GHV $IULFDLQV HW GHV
quitandeiras (baianas) vendent de la nourriture africaine.
Cette problématique des tensions entre formel (les pouvoirs publics) et informel (le travail de
rue) est celle qui nous guide dans la deuxième partie de la thèse.
1RXVpWLRQVSDUWLVG¶XQHQWUHWLHQDYHF'RQD,QGLDHWVDILOOH$XYXGHFHW éclairage historique
nous pouvons imaginer nos informatrices, héritières des travailleurs des « cantos », qui
RFFXSHQWOHVUXHVGDQVXQHWUDGLWLRQGHWUDYDLOLQWHUPLWWHQWVµDGDSWDQWDX[UqJOHVHQYLJXHXU
et aux demandes. Comme le rappelle Reis (1996) dès le
XVIII
e
siècle, les voyageurs de
passage relatent comment les Noirs occupent les rues de Salvador, laissant claire la présence
QRLUHGDQVODYLOOHXQHSUpVHQFHPRQRSROLVDQWOµDVSHFWYLVXHOGH6DOYDGRU1RXVWHQWHURQVGH
démontrer dans la troisième partie de la thèse que le carnaval, encore plus que le quotidien,
105 reprend et généralise le durcissement occasionnel des pouvoirs publics en relation avec les
WUDYDLOOHXUVQRLUVGHUXH /DUDLVRQHQHVWO¶XWLOLVDWLRQGHO¶LPDJHGHODYLOOHSDUOHVFpQDULR
marketing des pouvoirs publics, qui cherche à vendre une image de Salvador aux touristes.
,PDJH TXL QH FRwQFLGH SDV DYHF FHOOH GRQQpH SDU O¶LQIRUPDOLWp GX WUDYDLOOHXU GH UXH DX[
racines africaines.
En conclusions sur ces considérations historiques, nous relevons plusieurs points qui nous
aideront dans la suit de notre travail sur les barraqueiros, à savoir :
‡ Amalgame. Les travailleurs de rue forment un groupe indifférencié pour les pouvoirs
publics. Ils ne distinguent que deux types qui sont les travailleurs Hommes sur
OHVTXHOV V¶DEDWWHQW OHV SOXV ORXUGHV PHVXUHV FRUUHFWLRQQHOOHV HW GH FRQWU{OH HW OHV
Femmes qui sont peut être moins visibles car mobiles dans la ville ou pour le moins
PHQDoDQWHV GX SRLQW GH YXH GHV UpYROWHV 5HLV Q¶RXEOLH SDV GH VLJQDOHU OHXU rôle
décisif de renfort et ravitaillement en signe de solidarité pendant la grève de 1857.
‡ Informel1RXVUHOHYRQVTXHOHSUREOqPHGXFRPPHUFHGHUXHGLW³LQIRUPHO´Q¶HVWSDVOH
manque de forme organisationnel mais plutôt la différence dans les valeurs et les
PRGHV RSpUDWLRQQHOV /¶LQIRUPDOLWp UHVWH XQH GRQQpH DGPLQLVWUDWLYH HW QRQ SUDWLTXH
FDUO¶RUJDQLVDWLRQGHV$IULFDLQVHVWWUqVSXLVVDQWH
‡ Affaiblissement &RPPHUoDQWV HW SRXYRLUV SXEOLFV V¶HQWHQGHQW SRXU WUDYDLOOHU j OLPLWHU
O¶LQIOXHQFH GHV $IULFDLQV sur le marché à travers la pression des premiers sur les
seconds afin de durcir les mesures discriminantes et financières afin de les affaiblir.
‡ Esthétique /H SUREOqPH GH O¶LPDJH GH OD YLOOH VH IDLW VHQWLU GHSXLV ORQJWHPSV /H
pittoresque relaté par leVYR\DJHXUVQ¶HVWDJUpDEOHTXHSRXUFHX[GHSDVVDJHFDUOHV
gens du dedans pourchassent cette image africaine, jugée dégradante, non civilisée.
III- Conclusion
A- La classe dangereuse
Le terme de classe dangereuse qui figure dans le titre de cette première partie est de manière
assez étonnante absente de la plupart des ouvrages que nous avons utilisés pour assoir notre
analyse des différentes ères morales. Le choix de ces ouvrages lui même a été porté par
106 O¶LPSDFW TX¶LOV RQW SURYRTXpV HW O¶LQIOXHQFH TX¶LOs continuent à exercer dans le milieu des
sciences sociales. Ils sont des classiques dans leur genre.
&HSHQGDQWQRXVDYRQVWURXYpFHWHUPHGDQVO¶RXYUDJHGH3DVVRVTXLSRUWHGLUHFWHPHQWVXU
les conditions dans lesquelles est apparut ce terme ainsi que dDQV O¶RHXYUH G¶XQ KLVWRULHQ
Sidney Chalhoub qui explique la fin des cortiços135 j 5LR GH -DQHLUR HQ UDLVRQ G¶XQH OXWWH
HQJDJpHSDUOHVSRXYRLUVSXEOLFVFRQWUHODFODVVHGDQJHUHXVHHQQRPGHO¶K\JLpQLVPHWUqVHQ
YRJXH j O¶pSRTXH 'DQV OHV GHX[ FDV OHV DXWHurs se refèrent au contexte européen pour
expliquer les conditions sociales dans lesquelles apparait ce terme.
/D FODVVH GDQJHUHXVH HVW WRWDOHPHQW OLpH DX FRQWH[W LQGXVWULHO HW j O¶H[FpGHQW GH PDLQ
G¶RHXYUH TXL SHXSOH OHV JUDQGHV YLOOHV HW qui doit vivre de petits boulots, de débrouille ou
G¶DUQDTXHV /HV OLHX[ G¶KDELWDWLRQ PLVpUDEOHV RX OHV DJJORPpUDWLRQV GH PDUFKDQGV GH UXH
(commerce informel) provoque de la part des pouvoirs publics (en raisonnance avec les
classes moyennes et hautes) une peur multidirectionnelle. Peur du pauvre car il peut envier ou
convoiter les biens des autres et devenir un voleur ou un criminel potentiel, pour arriver à ses
fins. Peur de la contamination, de la saleté et du manque G¶K\JLqQH SUovoquée par les
conditions de misère dans lesquelles se trouve cette population.
Dans le cas décrit par Chalhoub, Rio de Janeiro est confronté à des épidémies (fièvre jaune
QRWDPPHQWTXLGpFLPHQWODSRSXODWLRQG¶LPPLJUpV(XURSpHQVUpFHPPHQWDUULYée et devant
participer au blanchiment de la nation brésilienne par le métissage. La population noire
semble moins touchée par cette épidémie 136 6L HOOH Q¶HVW SDV YLFWLPH HOOH HVW VDQV GRXWH
FDXVH GH OD SURSDJDWLRQ GH FHWWH PDODGLH &¶HVW HQ FHV WHUPHV TXH OHV SRXYRLUV SXEOLFV
HQYLVDJHQWO¶pSLGpPLH&¶HVWpJDOHPHQWHQFHVWHUPHVTXHVHIDLWO¶DPDOJDPHHQWUHOHSDXYUH
et le Noir. Ce dernier est le premier suspecté à constituer la classe dangereuse en raison de
VRQRLVLYHWpLOQ¶DSDVDFFqVDXWUDYDLOIRUPHOHWYLWGHSHWLWVERXORWVHWGHVHVPRGHVGH vie
(confinés dans des morceaux de ville ségrégée il échappe aux contrôles des pouvoirs publics).
/¶K\JLpQLVPHTXLUqJQHHQPDvWUHHQFHWWHILQGH;,;qPHHWGpEXWGH;;qPHVLqFOHUHSRVH
sur la notion de progrès et sur les théories évolutionnistes. Il créé les conditions de
durcissement du contrôle des pouvoirs publics qui doivent apprendre à gérer une population
135
/¶pTXLYDOHQWGHVWDXGLVHQ)UDQFH
136
La population noire meurt beaucoup plus de tuberculose que de fièvre jaune. Les pouvoirs
SXEOLFVQHV¶LQpUHVVHQWSDVGXWRXWjODWXEHUFXORVHFDUGHIDLWHOOHQHFRQFHUQHTXDVLPHQWTXH
la population noire. Ils sont bien plus inquiétés par la fièvre jaune et la population blanche.
107 qui hier était esclave et sur laquelle les seigneurs régnaient en maître ayant droit de vie ou de
PRUW HW TXL DXMRXUG¶KXL pWDLW OLEUHHW UHSUpVHQWDLW SRWHQWLHOOHPHQW XQH PHQDFH j O¶RUGUH HW j
O¶LGpDOGHSURJUqVSRUWpVSDUODERQQHVRFLpWpGDQVODMHXQH5pSXEOLTXHEUpVLOLHQQH
Cette notion de classe dangereuse est marquée dans le temps, elle appartient à la fin du
XIXème et au début du XXème siècle. Pourtant cette notion a donné lieu à une catégorie pour
penser les populations pauvres au Brésil qui elle semble traverser les époques. Nous verrons
au detour de notre recherche sur le commerce de rue apparaître son ombre à travers la
tradition de contrôle de la rue par les pouvoirs publics encore bercée par des valeurs
hygiénistes.
B- La ville festive
Les plans de développement du tourisme veulent répondre principalement à la construction
G¶XQHLPDJHRODVDOHWpHVWVXSSULPpHHWROH1RLUHVWDEVHQWGH la rue ; alors que dans un
PrPHWHPSVO¶LQGXVWULHFXOWXUHOOHPLVHVXUO¶DWWUDLWH[HUFpSDUOHV1RLUVVXUOHVpWUDQJHUVj
WUDYHUV OD PLVH HQ YDOHXU GHV U\WKPHV HW GDQVHV G¶RULJLQH DIULFDLQHV /¶DVSHFW TXL UHoRLW OD
force négative est celui du désordre et de la saleté représenté par le noir dans la rue alors que
O¶DVSHFWSRVLWLIHVWFHOXLSRXVVpSDUO¶LQGXVWULHIHVWLYHHWPXsicale atour de la culture afro qui,
ceci étant ditSHXWVHSDVVHUGX1RLU/RUVTXHO¶RQYRLWOHVLF{QHVGHODPXVLTXH$[pSURGXLW
maUNHWLQJ GX FDUQDYDO LO V¶DJLW G¶DERUG GH IHPPHV EODQFKHV GH OD FODVVH PR\HQQH et
seulement dans un second temps, les blocs afros issus des périphéries. Cette chasse à la saleté
et au désordre représentée par la population noire prenant possession de la rue, lieu de
O¶LQIRUPHO R RQ OHXU D ODLVVp VRXV FHUWDLQH FRQGLWLRQ FDUWH EODQFKH SRXU WUDYDLOOHU GHSXLV
O¶HVFODYDJHGHYLHQWOHOHLWPRWLYGXFDUQDYDO$XQRPGHO¶LPDJHGH6DOYDGRUqui doit séduire
et réconforter le touriste, un nettoyage est imposé.
Une ville in, prête à accueillir et à être vue par les touristes va surgir dans Salvador alors que
OH UHVWH GHV TXDUWLHUV VRQW ODLVVpV j O¶DEDQGRQ (tant que leur attrait sur le marché de
O¶LPPRELOLHU QH VH IDLW SDV VHQWLU), formant ainsi une ville off, énorme, IDLWH G¶LQYDVLRQV HW
G¶LQIRUPDOLWp137.
137
Cette informalité se donne tant au niveau du titre de propriété que de la manière dont
V¶DSSOLTXHODORLWUDYDLOOLVWHRXHQFRUHGRQWV¶RUJDQLVHOHTXRWLGLHQjWUDYHUVO¶DFFès à la rue. 108 'DQVODGHX[LqPHSDUWLHGHFHWWHWKqVHTXLV¶RXYUHPDLQWHQDQWQRXVYHUURQVFRPPHQWpWXGLHU
la ville de Salvador et ses logiques urbaines en matière de travail de rue et de visibilité du
Noir du point de vue des « aires spatiales ª'¶DXWUHSDUWXne distinction sera opérée entre les
fêtes populaires, largement délaissées par les pouvoirs publics, et le carnaval qui est au centre
de tous les plans et stratégies markéting de la ville-produit, afin de mettre en évidence une
hiérarchie festive qui relève à la fois de logiques urbaines et morales.
109 CHAPITRE II : FÊTES
FÊTES POPULAIRES ET CARNAVAL
Régions morales, hiérarchie raciale et politiques
de contrôle des travailleurs de rue
110 « ,O V¶DJLW HQ TXHOTXH VRUWH G¶XQH PLFURSK\VLTXH GX SRXYRLU TXH OHV
appareils et les institutions mettent en jeu, mais dont le champ de
validité se place en quelque sorte entre ces grands fonctionnements et
les corps eux-mêmes avec leur matérialité et leurs forces. » Foucault
(1975, p. 31.)
111 Dans cette partie, nous proposons une mise en contexte des barraqueiros en étudiant le
milieu dans lequel ils évoluent, à savoir les fêtes en ville. Dans un premier temps, nous
présentons notre outil conceptuel pour aborder la ville. Le contexte urbain est multiple et
difficilement cernable. Nous continuerons donc notre lecture plurielle qui associe des
moments historiques clés à une analyse plus particulière, celle de la ville et de son évolution.
Pour cela, nous empruntons un concept déjà utilisé par plusieurs générations de chercheurs,
celui de « régions morales » dont nous proposons une lecture en fonction de ses divers usages
jWUDYHUVOHWHPSVHWOHVGLVFLSOLQHVTXLO¶RQWXWLOLVp8QHIRLVFHGpWRXURSpUpQRXVIDLVRQV
une lecture de SalvaGRU j SDUWLU GH FH FRQFHSW GLYLVDQW DLQVL O¶DQDO\VH HQ WURLV pSRTXHV
'¶DXWUHVDYDQWQRXVVHVRQWGpMjSUrWpVjO¶H[HUFLFHHWQRXVUHSUHQGURQVOHXUDQDO\VH3LHUVRQ
1971, Agier 2009). Cette lecture originale de la ville nous permet de présenter le contexte
festif de Salvador en relation avec le contexte moral dont il dépend, la tradition des fêtes
populaires étant directement liée à son origine au catholicisme populaire. Nous présentons
alors une analyse personnelle de la ville et de ses fêtes qui nous permet de conclure à une
scission entre cette tradition de fêtes populaires et le carnaval qui traditionnellement était la
fête de clôture du cycle et qui rompt avec cette tradiWLRQ HQ V¶LQVFULYDQW FRPPH PpJD
pYpQHPHQWDQQXHOGHO¶LQGXVWULHFXOWXUHOOHHWWRXULVWLTXH&¶HVWGDQVFHFRQWH[WHTX¶HQWUHQWHQ
jeu les acteurs de cette recherche, à savoir les marchands de rue des fêtes de Salvador,
appelés « barraqueiros ».
I-
Lecture de la ville
Nous avons relevé une opposition entre deux modes de fonctionnement et de vécu du travail
en ville OHSUHPLHUYLHQWG¶XQHFHUWDLQHWUDGLWLRQGRQWOHV barraqueiros des fêtes populaires
sont les témoins et le GHX[LqPH HVW LPSRVp SDU OHV SRXYRLUV SXEOLFV DX QRP G¶XQH
organisation festive qui oblige ses acteurs à se plier à des règles pour atteindre des objectifs
de développement touristique. Cependant nous ne souhaitons pas nous arrêter à cette analyse
TXLWRXWHYpULGLTXHTX¶HOOHVRLWQRXVSODFHHWSHXW-être nous enferme, dans une catégorisation
de type binaire : marchands / pouvoirs publics et tradition / modernité que nous souhaitons
GpSDVVHU &¶HVW GDQV FHWWH RSWLTXH TXH QRXV DQDO\VHURQV GDQV FH FKDSLWUH OHV PRGHV
G¶DGDSWDWLRQ RX OHV FRQIURQWDWLRQV HQJHQGUpHV SDU FHWWH ELQDULWp RX FRPPHQW OHV DFWHXUV
112 VRFLDX[ DX QRP G¶XQH Qpcessité vitale, sont capables de transcender la tradition et / ou la
réalité ou bien comment ils sont écrasés par cette dernière. Dans une analyse in situ des
marchands, nous verrons que dans le cadre rigide du carnaval il existe de multiples façons de
se faire commerçant.
1RXV SRXYRQV GLUH TXH QRWUH SURSRV HVW DVVH] SURFKH GH O¶DQWKURSRORJLH XUEDLQH WHOOH TXH
définie par Hannerz :
« &HX[ TXL QH VH UpFODPHQW SDV DXVVL QHWWHPHQW GH O¶DQWKURSRORJLH VRFLDOH SHXYHQW
V¶pWRQQHUGHPHYRLUPHWWUHHQDYDQWOHSRint de vue relationnel plutôt que la culture, ce
FKDPSSULYLOpJLpGHO¶DQWKURSRORJLH «(QUqJOHJpQpUDOHQRXVFRPPHQoRQVSDUGpILQLU
O¶XUEDQLWpFRPPHXQV\VWqPHSDUWLFXOLHUGHUHODWLRQVVRFLDOHVDYDQWGHO¶pWXGLHUFRPPH
O¶HQVHPEOHGHVYDOHXUVGXFLWDGLQ. » (1980, p. 28.)
De fait, les systèmes de valeurs que nous avons cherchés à mettre en valeur dans le premier
chapitre ne sont pas ceux voulus par les marchands de rue, mais plutôt les résultats de la
UHODWLRQPRXYDQWHHWYLYDQWHTXLV¶LQVWDXUHHQWUHOHXUPRGHGHIDLUHGHSHQVHUHWG¶DJLUHWOHV
normes dites ou non dites, qui leurs sont extérieures, mais dont ils ne peuvent nier
O¶H[LVWHQFH(VW-ce la peine de le rappeler, les systèmes de valeurs, ou la notion de culture ne
doivent pas être envisagés comme un bloc monolithique et immuable, mais comme étant le
UpVXOWDW G¶XQH LQFHVVDQWH PLVH HQ UHODWLRQ VRXYHQW GDQV OH VHQV GH O¶RSSRVLWLRQ GHV
PDUFKDQGVDYHFO¶LQVWLWXWLRQHWDYHFO¶DOWpULWpOHVFODVVHVGRPLQDQWHV&¶HVWHQFHODTXHQRXV
ne nous sentons SDV pWUDQJqUH DX FRXUDQW GH O¶DQWKURSRORJLH XUEDLQH WHOOH TXH GpILQLH SDU
Hannerz.
'DQV O¶DQDO\VH TXH QRXV SURSRVRQV j SUpVHQW QRXV FKDQJHURQV XQ SHX OH SRLQW GH YXH GH
QRWUHLQYHVWLJDWLRQ/DSURVSHFWLRQKLVWRULTXHQ¶HVWSOXVXQHILQPDLVOHPR\HQG¶DEorder la
YLOOHHWOHSKpQRPqQHXUEDLQUHODWLRQQHO1RXVDERUGRQVFHSKpQRPqQHjWUDYHUVO¶DQDO\VHGHV
PRGHVG¶DFFqVjO¶HVSDFH des barraqueiros dans la ville et dans la fête.
A- Les régions morales
1) Choix du concept
113 3OXW{W TXH GH UHQGUH FRPSWH GH O¶pYROXWLRQ GH 6DOYDGRU G¶XQ SRLQW GH YXH FKURQRORJLTXH
UHSUHQDQWVRQpYROXWLRQGDQVOHWHPSVVXUXQPRGHKLVWRULTXHQRXVDYRQVFKRLVLG¶DGRSWHUXQ
FRQFHSW VRFLRORJLTXH TXL UHPRQWH j O¶pFROH GH &KLFDJR SRXU VHV RULJLQes, mais qui a été
retravaillé à différentes reprises : les régions morales. Nous nous référons à Hannerz (1980)
HW$JLHUSRXUGpILQLUOHFRQFHSWHWO¶DSSOLTXHUjQRWUHWHUUDLQ
/¶LGpH TXL UHWLHQW SDUWLFXOLqUHPHQW QRWUH DWWHQWLRQ HVW FHOOH G¶XQH OHFWXUH j SDUWLU GH
considérations morales des espaces QRQ SDV j FDXVH G¶XQ JR€W GpPHVXUp SRXUOD PRUDOLWp
mais plutôt pour rendre compte des profondes empreintes morales présentes dans les
UHSUpVHQWDWLRQV VSDWLDOHV GH OD YLOOH ,O V¶DJLW GH GpYRLOHU PHWWUH j MRXU XQ DVSHFW VRXYHQW
occulté par des considérations plus techniques et objectives. Une telle lecture faite dans le
WHPSVSHUPHWGHFRPSUHQGUHOHVSURFHVVXVG¶H[FOXVLRQjO¶°XYUHGDQVODYLOOHjWUDYHUVXQH
OHFWXUHGHVUHSUpVHQWDWLRQVVSDWLDOHVHWV\PEROLTXHV(QG¶DXWUHVWHUPHVVLQRXVXWilisons cet
RXWLOF¶HVWjILQGHPHWWUHjQXOHVV\VWqPHVGHYDOHXUVTXLRQWODLVVpOHXUPDUTXHVRXVWLJPDWH
VSDWLDOGDQVODYLOOHHWTXLVRQWWRXMRXUVDFWLIVDXMRXUG¶KXLGHPDQLqUHSOXVRXPRLQVYLVLEOH
/HV IRUPHV KLVWRULTXHV QH V¶DQQXOHQW SDV PDLV FRKDbitent de sorte que dans notre enquête,
QRXVDYRQVpWpFRQIURQWpHjGLYHUVpOpPHQWTXLQHVHPEODLHQWSDVV¶LQVFULUHGDQVXQPrPH
contexte. Plutôt que de trancher pour une lecture qui faisait de ces éléments des formes
anecdotiques ou anachroniques, du fait TX¶HOOHV UHVWDLHQW LQH[SOLTXpHV QRXV DYRQV WURXYp
SOXVMXVWHGHOHVDQDO\VHUHQWDQWTX¶pOpPHQWVG¶XQHUpDOLWpPXOWLIRUPHTXLSUHQGVHQVGDQV
une lecture à la fois spatiale et historique de la ville, rendant compte des systèmes de valeurs
qui cohabitent. Les logiques spatiales de ségrégation, fragmentation, standardisation ou
exclusion auxquelles se confrontent les barraqueiros prennent sens à partir de ce découpage
de la ville en régions morales.
2) Histoire et définitions
Dans les années 1920 se regroupent un certain nombre de chercheurs dont Agier (2009, p. 32)
GLWTX¶LOVpWDLHQWG¶DERUGGHV © journalistes » ou « experts municipaux ªLOVIRUPHQWO¶pFROH
de Chicago. Eux-mêmes se définissent comme des « ethnographes-sociologues ». Ils
partagent la même préoccupation, celle de voir grandir un grand nombre de problèmes
sociaux dans la ville de Chicago qui dans les années 1930 est la cinquième ville la plus
SHXSOpH GH OD SODQqWH DYHF PLOOLRQV G¶KDELWDQWV 6¶\ F{WRLHQW GLYHUVHV LPPLJUDWLRQV TXL
V¶RUJDQLVHQW en ethnies et autour desquelles se développent de nombreux mécanismes
G¶H[FOXVLRQ HW GH VpJUpJDWLRQ DLQVL TXH OD PRQWpH GHV JDQJV GH MHXQHV GpOLQTXDQWV /D
114 mission première de ce groupe de chercheurs est de trouver des solutions pour organiser la
ville à travers un « contrôle social » (2009, p. 32). Ce courant de recherche est reconnu
FRPPHMRXDQWXQU{OHIRQGDWHXUjODQDLVVDQFHGHO¶DQWKURSRORJLHXUEDLQH+DQQHU]RX
jO¶DQWKURSRORJLHGHODYLOOH$JLHU
Hannerz souligne que Park avait comme thématique principale celle des minorités et des
SUREOqPHV XUEDLQV ,O LQGLTXH pJDOHPHQW O¶LQWpUrW GH 3DUN SRXU © O¶RUGUH PRUDO », tout en
rappelant que ce concept a été plus souvent utilisé que défini. De plus, Park reste parfois
HPSUHLQWG¶XQWRQPRUDOLVateur, ce que Hannerz critique.
« 'LVRQVVLPSOHPHQWTXHOjFRPPHDLOOHXUVGDQVOHXUVpFULWVVXUO¶RUGUHPRUDO3DUN
HWO¶pFROHGH&KLFDJRSHXYHQWHQFRXULUOHUHSURFKHGHQHSDVDYRLUFRQFOXOHXUWUDYDLO
PDLVVDQVGRXWHSDVFHOXLG¶DYRLUpFKRXpGDQVOHXUtentative de développer un mode
G¶DSSUpKHQVLRQGHODYLHXUEDLQHª (Hannerz 1980, p. 45.)
Ailleurs, Hannerz fait sienne la notion de « mosaïque de petits mondes » développée par Park
(1980, p. 45) :
« Les processus de ségrégation instaurent des distances morales qui font de la ville
XQHPRVDwTXHGHSHWLWVPRQGHVOHVTXHOVVHWRXFKHQWVDQVV¶LQWHUSpQpWUHU&HODGRQQH
DX[LQGLYLGXVODSRVVLELOLWpGHSDVVHUIDFLOHPHQWHWUDSLGHPHQWG¶XQPLOLHXPRUDOjXQ
autre et encourage cette expérience fascinante, mais dangereuse, qui consiste à vivre
dans plusieurs mondes différents, certes contigus, mais malgré tout bien distincts. »
(Park 1952, p. 47 et 1979, p. 121.)
Les « petits mondes ªGRQWLOHVWTXHVWLRQGDQVODFLWDWLRQVRQWDXWDQWG¶vORWVWUDYHUVpVSDUOHV
aFWHXUV FLUFXODQW GH O¶XQ j O¶DXWUH VHORQ OHV PRPHQWV GH OD MRXUQpH RX GH OD YLH GX OLHX
UpVLGHQWLHO DX OLHX GH WUDYDLO TXRWLGLHQ RX GX OLHX GH UpVLGHQFH j FHOXL G¶XQ SDUHQW G¶XQ
proche installé dans une autre région). Ces espaces bien que déterminés par des processus de
ségrégation ne sont pas des espaces clos, ils dépendent de la situation plus que du territoire.
$JLHU S SRXU VD SDUW UDSSHOOH TXH 3DUN DYDQW G¶HPSOR\HU OH WHUPH GH © région
morale ª HPSORLH FHOXL G¶© aires naturelles de ségrégation » souhaitant mettre en valeur
O¶DEVHQFHGHSROLWLTXHVpJUpJDWLRQQLVWHRIILFLHOOH
115 « 'HV DLUHV VH IRUPHQW DLQVL VHORQ O¶RULJLQH RX O¶³HWKQLH´ SDU DJJORPpUDWLRQ
progressive en fonction des affinités ou, au contraire, par réaction aux préjugés
(LittOH6LFLO\%ODFNEHOWRXOH*KHWWRVHORQO¶kJHRXOHW\SHG¶RUJDQLVDWLRQIDPLOLDOH
SDU FRQFHQWUDWLRQ GDQV FHUWDLQHV ]RQHV G¶KDELWDW KRPRJqQH HWF » (Agier 2009, p.
34.)
&HSHQGDQW PrPH VDQV SROLWLTXH VpJUpJDWLRQQLVWH RIILFLHOOH GHV PpFDQLVPHV G¶H[FOXVion et
de différenciation opèrent avec force. Il ajoute :
« La transformation des espaces urbains en frontières identitaires, même dans sa
forme la plus achevée, celle du quartier ethnique, est toujours fondée sur des regards
croisés qui mettent en jeu des différences de goûts, de styles de vie, de comportements.
/¶HQVHPEOH GHFHV FULWqUHV UHOqYH G¶XQHFRQILJXUDWLRQ JOREDOH GHYDOHXUV PRUDOHV j
O¶pFKHOOHGHODYLOOH » (Agier 2009, p. 39.)
Si la « région morale » de Park reste une notion mal définie et trop empreinte de la morale de
O¶pSRTXHVXELVVDQWFRPPHRQO¶DYXDYHF+DQQHU]XQHFHUWDLQHSULVHGHGLVWDQFHHOOHWHQGj
VHSUREOpPDWLVHUHWVHFRQFHSWXDOLVHUGDQVO¶HIIRUWWKpRULTXHGHO¶DQWKURSRORJLHXUEDLQH$JLHU
(2009) reprendra à son tour les proSRVLWLRQV GH O¶pFROH GH &KLFDJR HW GH +DQQHU] GDQV VD
SURSRVLWLRQG¶DQWKURSRORJLHGHODYLOOH
,OPHWHQSUDWLTXHFHWWHQRWLRQVXUOHWHUUDLQGH6DOYDGRUTX¶LOFRQQDvWELHQ1RXVUHSHQGURQV
O¶DQDO\VH TX¶LO HQ IDLW HW O¶LQWqJUHURQV j QRWUH OHFWXUH GH OD YLOOH ,O SURSRVH G¶DPSOLILHU OD
notion et de la rendre finalement plus apte à une analyse finement pratiquée.
« « OH SRLQW GH YXH © régional » gagnerait, il me semble à être appliqué à tout
HVSDFH VDQV D SULRUL GH OLPLWH RX G¶pFKHOOH 2Q V¶DXWRULVHUDLW ainsi à enregistrer la
PDQLqUH GRQW XQ OLHX HVW GpILQL SDU OHV DFWHXUV XUEDLQV TXHOV TX¶LOV VRLHQW GX
SODQLILFDWHXUjO¶KDELWDQWG¶XQIRQGGHUXHOOH&HVHQVGXOLHXVXSSRVHODYLOOHHQWLqUH
comme contexte de référence. Il correspond à une cartographie i maginaire des
citadins qui vivent dans certaines parties de la ville tout en ayant sur les autres
espaces au moins quelques expériences, idées ou images. » (Agier 2009, p. 36.)
116 Finalement, la ville ainsi quadrillée par ses propres acteurs, privilégiant le point de vue emic
révèle ses découpages identitaires et permet de repérer les circulations, les enfermements, ou
encore les non-lieux. Il ajoute :
« $LQVLF¶HVWjSDUWLUG¶XQHFRQILJXUDWLRQSDUWLFXOLqUHGHFULWqUHVPRUDX[TXHODYLOOH
comme un ensemble VH IDLW PLURLU G¶LGHQWLWpV YRLUH ³IDFWHXU G¶HWKQLFLWp´ » (Agier
2009, p. 40)138.
&¶HVWOHSRLQWGHYXHGHFHX[TXLYLYHQWHWVHUHSUpVHQWHQWODYLOOHTXLSHUPHWG¶DFFpGHUjVD
GLPHQVLRQUpHOOHHWQRQOHVUqJOHVG¶pGLILFDWLRQRXGHSODQLILFDWLRQGXPRLQV HQO¶DEVHQFHGH
lois ségrégatives. De plus, une cartographie de Salvador serait du seul point de vue de
O¶XUEDQLVPHSODQLILpWRWDOHPHQWLQFRPSOqWHFDUO¶LQIRUPDOLWpFRQFHUQHXQHSDUWLHLPSRUWDQWH
de la ville. Depuis les années 1940, les invasions se développent dans tous les espaces
délaissés et les interstices urbains.
B- Les découpages de l'espace urbain
Nous rendons compte de la ville de Salvador à travers trois moments marquants qui
FRUUHVSRQGHQWjWURLVV\VWqPHVG¶RUJDQLVDWLRQHWGHUHSUpVHQWDWLRQ économique, politique et
sociale. Les tournants historiques peuvent se lire du point de vue des bouleversements
PRUDX[ DLQVL TXH GH OD UHIRUPXODWLRQ GH O¶HVSDFH TX¶LOV HQWUDvQHQW '¶XQ SRLQW GH YXH
physique, ces moments historiques (datables) découpent et façonnent la ville en « régions
morales » distinctes. Agier (2009) applique et développe la notion de région morale à partir
GH O¶H[HPSOH GH 6DOYDGRU 1RXV HQ UHSUHQGURQV GRQF OHV SULQFLSDX[ GpYHORSSHPHQWV HW
aménagerons plus spécifiquement notre discours en fonction de notre terrain.
&RPPHQWO¶HVSDFHVHIDoRQQH-t-il ? Que représente-t-il du point de vue etic, des concepteurs
et dirigeants, et du point de vue emic, des usagers de ces espaces ? Du point de vue
chronologique, ces époques correspondent 1/ à la FRORQLVDWLRQjO¶qUHLQGXVWULHOOHHWj
O¶qUH GX PXOWLFXOWXUHO &HV WURLV SpULRGHV VRQW WURLV PRGqOHV GH VRFLpWpV TXH QRXV DYRQV
138
Expression tirée de J.L. Amselle, « Ethnies et espaces : pour une anthropologie
topologique ªLQ-/$PVHOOHHW(0¶%RNROR(GV$XF°XUGHO¶HWKQLH(WKQLHVWULEDOLVPH
et Etat en Afrique, Paris, La Découverte, 1985, pp.11-48.
117 pWXGLpVHW GRQW QRXV VRXKDLWRQVFRPSUHQGUH O¶LPSDFW VXU OD VWUXFWXUH GH OD YLOOH HW ODIDoRQ
dont ils se répercutent sur les marchands ou, in extenso, sur les usagers de la ville.
1) Le premier ordre moral : hiérarchie verticale
La naissance du premier découpage « moral » de la ville suit la première configuration
spatiale de Salvador ; il est vertical, il prend forme autour de la séparation ville haute / ville
basse ou encore autour de celle décrite par Pierson entre « les vallées » et « les hauteurs ».
Pierson (1971) écrit son ouvrage au début des années 1940 139 ; dans le premier chapitre, il
étudie la répartition de la popuODWLRQ'¶DSUqVOXLODYLOOHVXLWODJpRJUDSKLHQDWXUHOOHGXVLWH
Il reprend ainsi une description de la topographie de Salvador faite un siècle avant lui par
Darwin pour montrer que celle-ci est restée identique à peu de choses près, sous-entendant
que OH PRGH GH O¶KDELWHU O¶HVW aussi resté. Cette topographie se distingue par le caractère
vallonné de la Baie. Une suite de collines constitue la ville et ses alentours. Pierson
remarque :
« TX¶HQUpDOLWpjSUHPLqUHYXH%DKLDUDSSHODLW ± FRPPHG¶DLOOHXUVO¶DYDLW
observé le Professeur Robert E. Park ± ³XQHYLOOHPpGLpYDOHHQWRXUpHGHYLOODJHV
DIULFDLQV´ » (p. 105.)
La ville médiévale se réfère aux fortifications. Il ajoute que toutes les hauteurs et les flancs de
collines étaient occupés par les populatiRQV DLVpHV TXL GLVSRVDLHQW Oj G¶XQ V\VWqPH GH
transport efficace. Les artères de circulation (bus, tramways, voitures) étaient toutes situées à
flanc de montagne et se rejoignaient au sommet formant ainsi le centre ville. Sur les hauteurs,
la brise marine DVVDLQLVVDLWO¶DLUUHQGDQWDJUpDEOHODYLHGDQVOHVLPPHXEOHVPRGHUQHVHWOHV
maisons de la classe aisée. Cette dernière était constituée par
« «OHVGHVFHQGDQWVGHODYLHLOOHDULVWRFUDWLHOHVJUDQGVSURSULpWDLUHV
les intellectuels de la ville et autres figures importantes de la société : les avocats,
médecins, ingénieurs et politiciens OHV JUDGpV GH O¶DUPpH SRqWHV HW MRXUQDOLVWHV
professeurs des universités, et les quelques industriels que compte Bahia. » (p. 100.)
139
Sa première édition date de 1942, sur les Presses de Chicago.
118 Dans cette partie de la ville, se concentraient également
« les cinq journaux municipaux, les dernières modes de Paris ou
+ROO\ZRRG FRQQXHV HW JpQpUDOHPHQW DGRSWpHV « /j VH WURXYDLHQW OHV
propriétaires de presque tous les 3 855 téléphones, des 1 028 voitures, et des radios
et bibliothèques privées de la ville. » (p. 100.)
Pierson ajoute que « F¶HVWOjTXHYLYDLHQWFHX[TXHOHSHXSOHDSSHODLW³OHVULFKHV´ ». (p. 100).
Ils les nomment également « chefs », « maîtres », « grosses coupures », « richards » ou
simplement « Blancs » (p. 102). « Les riches ª V¶DSSHOOHQW HX[-mêmes « O¶pOLWH » ou « le
grand monde ». Pierson lui fait reference aux « classes supérieure » et « inférieure » en
mettant systématiquement entre guillemets les mots « supérieure » et« inférieure » signifiant
ainsi que cette hiérarchie est sociale et non morale.
En opposition, dans la ville des vallées, les routes se font sentiers de terre et les demeures
VRQWGHVFDEDQHVGHERLVHWG¶DUJLOHDYHFXQWRLWHQIHXLOOHVGHSDOPLHUHWXQVROHQWHUUHEDWWXH
recouvert de sable de la plage. Ceux qui en ont les moyens rajoutent une couche de peinture
couleur pastel sur les murs de la maison. Le mobilier y est très simple :
« Le mobilier consiste en général en tabourets ou tambours rudimentaires, parfois
une chaise bon marché, une table rustique, une couche ou, plus communément, une
natte pour dormir. Une boîte de Standard Oil, sans couvercle au fond servait souvent
de réchaud. Le mobilier comprenait également un simple autel avec la petite statue du
Saint protecteur de la famille, un bougeoir, peut-être un calendrier, un pied de fer
rugueux pour supporter la bassine de toilette. Le récipient était généralement en
argile cuite et de forme très simple. » (p. 101.)
/¶DXWHXU FRPSDUH FHV LQVWDOODWLRQV GH IRUWXQH DX[ WDXGLV GHV YLOOes industrialisées et trouve
que ces bicoques sont beaucoup plus sympathiques car elles procurent de la lumière et de
O¶DLUVDLQJUkFHjODYpJpWDWLRQWURSLFDOHTXLHVWXWLOLVpHGDQVODFRQVWUXFWLRQ /D SRSXODWLRQ
constituant la classe inférieure est analphabète.
« /j YLYDLHQW FHX[ TXH OHV FODVVHV VXSpULHXUHV GpVLJQHQW FRPPH ³OH
peuple´ HWTXLVHGpVLJQHQWFRPPH³SDXYUHV´ » (p. 102.)
119 La classe aisée la qualifie de « travailleurs », « ouvriers », « bas peuple » et la caricature à
travers la figure de Zé Polvinho, analphabète, ingénu et insignifiant (p. 102). Leurs attitudes
sont celles des Africains : O¶auteur décrit longuement le défilé des hommes, des femmes et
même des enfants transportant de lourds poids sur leur tête. Leur communication est directe,
sans médias (sans doute fait-il ici une référence aux moyens de communication dont raffole
la ville haute), dans un Portugais rudimentaire et mêlé à de nombreux mots africains ou
indiens. Dans les vallées, la religion pratiquée est le candomblé avec ses croyances, pratiques,
HWIHVWLYLWpVG¶RULJLQHDIULFDLQH
Les terres sur lequelles sont implantés ces quartiers sont souvent la propriété de membres de
la classe supérieure. Les pauvres sont donc tolérés par le propriétaire ou redevables, ce qui
Q¶HVW SDV VDQV UDSSHOHU OH V\VWqPH SDWHUQDOLVWH HQ YLJXHXU GXUDQW O¶HVFODYDJH &HWWH
informalité de la dette est intéressante à relever. La propriété de la terre est rarement partagée
au Brésil, elle reste la chasse gardée des grandes familles propriétaires terriennes. Certes, les
WHUUDLQVIRQWO¶REMHWGHWUDQVDFWLRQVPDLVVRXVODIRUPHGHFHVVLRQVQRQG¶XQUpHOWUDQVIHUWGH
propriété. Tant que ces terres ne sont pas valorisées, les plus pauvres peuvent les utiliser sans
êWUHLQTXLpWpV0DLVGqVTX¶HOOHVOHVRQWGHVFRQIOLWVG¶LQWpUrWVYRLHQWOHMRXU
'DQVOHVDQQpHV7KDOHVGH$]HYHGRFRPSDUHHQFRUHO¶RUJDQLVDWLRQVSDWLDOHGH6DOYDGRU
aux villes européennes tant le modèle colonial y est encore prépondérant :
« À cause de son style architectural et urbanistiTXHGHVRQDLUG¶DQWLTXLWp
HWGXU\WKPHPRGpUpGHYLHGHVDSRSXODWLRQ%DKLDHVWDXMRXUG¶KXLFRQVLGpUpH
comme étant la ville la plus européenne du Brésil. » (1996, p. 34.)
En effet, dans cette configuration « historique », la ville se calque sur le modèle de la
centralité unique, typique de la ville médiévale européenne. Dans ce schéma, les hauteurs qui
GRPLQHQWOHSRUWO¶DFWXHOTXDUWLHUGX3HORXULQKRFRQFHQWUHQWOHSRXYRLUPXQLFLSDOOHFHQWUH
administratif et les habitations des riches propriétaires tHUULHQV&HVGHUQLqUHVVRQWG¶DLOOHXUV
plutôt des pieds-à-terre urbains pour régler les affaires de la fazenda et non la résidence
SULQFLSDOH TXL VH WURXYH DX F°XU GH OD JUDQGH SURSULpWp WHUULHQQH GDQV OH 5HF{QFDYR
bahianais.
Dans la ville basse se trouve le port et son activité grouillante, puis la ville active avec ses
120 bureaux et ses commerces. Aux alentours apparaissent les premiers quartiers périphériques
(les vallées décrites par Pierson) lorsque la main-G¶°XYUHGHYLHQWOLEUHHWQ¶HVWSOXVORJpHSDU
le maître de maison.
2) Le deuxième ordre moral : configuration horizontale
Une nouvelle configuration urbanistique voit le jour à partir des années 1950 ; la ville devient
OH FHQWUH GH WRXV OHV LQWpUrWV &HWWH DOWpUDWLRQ VXLW GH SUqV FHOOH GH O¶pYROXWLRQ GX système
pFRQRPLTXH HW SUHQG IRUPH ORUVTXH O¶pFRQRPLH DJUDLUH GpFOLQH HW TXH OHV SRSXODWLRQV
paysannes viennent chercher un emploi en ville. Cet exode rural se fortifie avec des
SURPHVVHVG¶HPSORLTXLVRQWDVVRFLpHVDXGpYHORSSHPHQWLQGXVWULHOGH6DOYDGRU Promesses
qui se sont avérées fausses puisque la demande concerne la main-G¶°XYUHTXDOLILpH'DQVFH
mouvement des campagnes vers la ville, les populations riches ont tendance à émigrer au sud
GXSD\VRO¶pFRQRPLHFDIpLqUHHVWIOHXULVVDQWH/HFHQWUHYLOOHKLVWRULTXHWRPEHjO¶DEDQGRQ
Il sera repris par les populations pauvres qui occuperont les anciennes demeures et
construiront dans les arrières-cours pour loger les différentes familles dans le cortiços,
transformant ces espaces en avenidas140.
« Dans le centre historique de la ville au XIXe siècle, les avenidas étaient les couloirs
G¶KDELWDWLRQV GpSHQGDQWHV VLWXpHV jO¶DUULqUH GHV PDLVRQV DLVpHV TXL DYDLHQW SLJQRQ
sur rue. Le terme est resté en usage pour désigner les ruelles piétonnières
G¶KDELWDWLRQ « 'DQV OHV TXDUWLHUV SRSXODLUHV HOOHV GHVVLQHQW XQH WRLOH GHQVH GH
pauvreté dans un cadre humide et souvent insalubre. » (Agier 1999, p. 52.)
À partir des années 1960, une nouvelle scission urbaine apparaît, non plus entre la ville basse
et la ville haute, mais entre les quartiers de la Baie (qui sont abandonnés aux pauvres et petits
employés des nouvelles industries) et la Orla (le nouvel Eden urbanistique où la spéculation
immobilière fait des miracles). La répartition de la population telle que décrite par Pierson
demeure, mais la distribution spatiale change. Le déclin des activités portuaires entraîne
O¶DEDQGRQSURJUHVVLIGHO¶DQFLHQFHQWUHGHODFRORQLHVXUSORPEDQWOHSRUW/¶LQGXVWULDOLVDWLRQ
de la ville ouvre de nouveaux horizons, notamment au nord de la Baie, le long du littoral et
au-delà de la ville.
140
Sur les Avenidas, voir Agier 1999 p.51 à 53 et 2009 p. 68 à 74.
121 Des hautes tours colorées et modernes surplombent le littoral atlantique et participent du
QRXYHOLGpDOVRFLDOGXPRGHUQLVPHHWGXFDSLWDOLVPH/DVpFXULWpVHUHQIRUFHO¶pGXFDWLRQHW
OHVW\SHVG¶habitations se ferment et se privatisent.
Michel Agier (2009, p. 36-40) opère une analyse de ces régions morales que nous reprenons
ci-dessous en les illustrant de photographies.
LA BAIE
Selon Agier, la « Baie » devient un pôle négatif indifférencié
composé des quartiers anciens et délaissés, avec des habitats en
auto-construction, parfois des invasions, habités par une
population noire ou métisse. Cette région est alors associée à la
PDUJLQDOLWpHWjODSpULSKpULH(OOHFRQFHUQHO¶DQFLHQFHQWUH-ville
et ses périphéries, autour de la Baie de Tous les Saints.
Quartier du Pau Miudo. Archives personnelle, 2010.
122 LA ORLA
/D2UODEpQpILFLHG¶XQLPDJLQDLUHSRVLWLIHOOHHVWDX[DQWLSRGHV
GHOD%DLHGDQVO¶HVSDFHHWGDQVO¶LPDJLQDLUH(OOHHVWFRQVWLWXée
GHV TXDUWLHUV TXL VXLYHQW OH ERUG GH O¶RFpDQ LOV VRQW UpFHQWV HW
composés de grands ensembles de buildings, de résidence ou de
EXUHDX[ O¶DUFKLWHFWXUH HVW XQLIRUPLVpH HW PRGHUQLVWH YRLU
[ANNEXE II.1]. Les shopping-centers, clubs et plages
aménagées y sont concentrées. Les résidences sont des
condominiums fermés et gardés. La population est plus blanche
que dans la Baie, seuls les employés sont plus foncés de peau et
normalement résident dans les quartiers de la Baie. Les médias
emploient régulièrement OH WHUPH G¶ « apartheid social » pour
décrire cette répartition « raciale » de la localisation des
habitats.
Vue aérienne de la Orla : Barra et Avenida Oceanica.
Source:Gordilho-Souza (1993)
6LO¶RQVHUpIqUHjO¶DWWULEXW© périphérique » employé pour désigner les quartiers de la Baie,
RQVHUHQGFRPSWHTX¶LOHVWSOXVVLJQLILDQWGHODGLVWDQFHVRFLDOHTXHVSDWLDOHFDUFHVTXDUWLHUV
VRQW SOXV FHQWUDX[ TXH G¶DXWUHV TXL SDU OHXU VWDWXW PRUDO QH VRQW SDV FRQVLGpUpV FRPPH
périphériques. Cela met en évidence le fait que cet attribut est formé par le regard de ceux qui
jugent du dehors :
123 « «VLHOOH>ODUpJLRQ@SHUPHWGHUHSpUHUOHVLGHQWLWpVDWWDFKpHVjO¶HVSDFHXUEDLQ
F¶HVW HQ WDQW TX¶LGHQWLWpV H[WHUQHV -H SDUOH G¶LGHQWLWpV ³H[WHUQHV´ DX VHQV R HOOHV
pPDQHQW G¶DERUG G¶XQ UHJDUG GHV DFWHXUV H[WpULHXUV j O¶HVSDFH FRQVLGpUp PrPH VL
HOOHV VRQW HQVXLWH UHSULVHV GX GHGDQV GDQV OHV UDSSRUWV G¶HJR DYHF DXWUXL » (Agier
2009, p. 35.)
&¶HVWGRQFODYLVLRQGHFHX[TXLVRQWH[WpULHXUVDXVHFteur qui lui donne une identité unifiée
HWLQGLIIpUHQFLpHYLVLRQTXLPDUTXHWRXWHODUpJLRQFRQFHUQpHHWIDLWG¶HOOHXQHUpJLRQPRUDOH
>$11(;(,,@/DFKDUJHQpJDWLYHTXLSqVHDORUVVXUHOOHHVWG¶RUGUHPRUDOHW / ou social et
non purement spatial. Cette réflexion permet à Agier de retourner les analyses ci-dessus
exposées en prenant le point de vue emic des habitants de la Baie, et non plus celui de ceux
qui sont du dehors.
Les habitants de la « Baie » distinguent plusieurs régions dans cet ensemble unifié, par
exemple le quartier de Liberdade se distingue des autres et gagne une identification raciale,
VRFLDOH HW FXOWXUDOLVWH /¶LPDJH QpJDWLYH HVW UHQYR\pH YHUV G¶DXWUHV WHUULWRLUHV FLEOpV DX
niveau micro. Des frontières posées par les habitants délimitent des zones de risque sur
lesquels le stigmate négatif du point de vue etic SHXWV¶DSSOLTXHU&¶HVWOHFDVGHO¶$YHQLGD
Peixe, une longue ruelle sans issue de Liberdade, qui retient toute la mauvaise réputation du
quartier en elle F¶HVW OH TXDUWLHU © noir », « prolétaire », « misérable » et dangereux. De ce
IDLWOHUHVWHGXTXDUWLHUSHXWMRXLUG¶XQHLPDJHSOXVYDORULVDQWHGXPRLQVG¶XQSRLQWGHYXH
emicFHOXLGHO¶DXWR-estime.
LIBERDADE Depuis les années 1970, ce quartier compte parmi les « plus grands TXDUWLHUV QqJUHV KRUV G¶$IULTXH » (p.38) grâce aux groupes carnavalesques qui revendiquent une identité noire relevant de la terre mère africaine, « mamãe Africa », parmi eux, le pionnier Ilê Aiyê. Le TXDUWLHU VH YRLW DWWULEXHU GHV OLHX[ G¶DVSHFW HWKnique : « la Senzala do barro preto » une salle de spectacle du groupe carnavalesque Ilê Aiyê dont la maison mère se trouve dans une rue adjacente, la rue Kingston, la Place Nelson Mandela ». A partir de ces nouvelles références identitaires, piochées dans OD SDQRSOLH LPDJLQDLUH GH O¶LGHQWLWp DIUR OH
124 quartier se fait alors « prolétaire », « populeux » et « animé », soit une image qui tend à se libérer de la charge négative des quartiers de la Baie. Dia da Conscencia Negra, nov. 2010 à la Senzala do Barro Preto, quartier de Liberdade. Archives personnelle, 2010.
3) Le troisième ordre moral : Marges, Non-lieux (Augé 1992), Archipels (Mongin
2005), Monades (Silverberg 1974) et Pollution (Douglas 1971)
Les deux régions morales relevées par Agier (2009) se divisent, selon Pedro de Almeida
Vasconcelos141, depuis les années 1980, pour former quatre secteurs : la Baie, la Orla, le
Miolo et le centre historique et touristique du Pelourinho.
Le Miolo
2QSHXWOHFRQVLGpUHUFRPPHO¶H[WHQVLRQJLJDQWHVTXHGHVKDELWDWV de la Baie. Il
UHJURXSH O¶LQWpULHXU GHV WHUUHV TXL pWDLHQW HQ IULFKH HW TXL VRQW DXMRXUG¶KXL GDQV
OHXU SUHVTXH WRWDOLWp RFFXSpHV &¶HVW OD UpVHUYH GH PDLQ-G¶°XYUH FDSLWDOLVWH TXL
YHQXH GHV FDPSDJQHV V¶HVW DFFXPXOpH GDQV OHV ORLQWDLQHV SpULSKpULHV G¶DERUG
VRXV OD IRUPH G¶XQ KDELWDW SRSXODLUH SODQLILp SXLV GDQV VHV DOHQWRXUV VRXV OD
forme des invasions. Certains de ces quartiers sont devenus suffisamment
indépendants pour que les pouvoirs publics pensent à une scission administrative,
comme dans le cas de &DMD]HLUDVFDUWRXWHO¶LQIUDVWUXFWXUHFRPPHUFLDOHEDQFDLUH
141
VASCONCELOS, P. de A. Salvador: transformações e permanências (1549-1999).
Ilhéus: Editus, 2002, ibid ANDRADE (2009), p 99.
125 et administrative y a été installée, pour éviter aux habitants de se rendre dans les
DXWUHV UpVHDX[ XUEDLQV GH O¶DQFLHQ RX GHV QRXYHDX[ FHQWUHV RSpUDQW DLQVL XQH
sorte de ségrégation naturelle de la population la confinant dans son lieu de
résidence et la laissant dans un entre-VRLpORLJQpGHO¶XUEDLQPRGHUQLVpGHVDXWUHV
centres.
Conjuto São Judas Tadeu, quartier de Cabula Source : Gordilho-Souza, 1997.
Le Pelourinho
Partie de la vieille ville haute réhabilitée dans les années 1980 pour devenir le
FHQWUHKLVWRULTXHHWWRXULVWLTXHGH6DOYDGRU$SUqVXQORQJPRPHQWG¶DEDQGRQOHV
YHVWLJHV GH OD JUDQGHXU SDVVpH GH O¶DQFLHQQH FDSLWDOH VRQW PLV HQ VFqQH SRXU OHV
touristes dans un centre commercial à ciel ouvert vendant souvenirs et artisanat à
des prix adaptés leurs porte-PRQQDLH&HTXDUWLHUYLWULQHUHJRUJHDXVVLG¶pJOLVHVHW
G¶KLVWRLUH FH TXL O¶D IDLW FODVVHU ELHQ PDWpULHO GH O¶KXPDQLWp j O¶8QHVFR j FHWWH
même période. Les populations qui occupaient ce vieux centre étaient pauvres et
ont été déplacées vers des quartiers distants du centre. À la place, des boutiques et
des hôtels ont été établis. Le Pelourinho est également devenu le centre culturel de
6DOYDGRU DYHF O¶DPpQDJHPHQW GH SOXVLHXUV SOaces en scènes de spectacle et le
montage des scènes provisoires pour les plus gros événements sur des places plus
grandes. Le groupe Olodum a eu pendant longtemps son concert hebdomadaire
JUDWXLW VXU OD JUDQGH SODFH GX 3HORXULQKR $XMRXUG¶KXL OH FRQFHUW a lieu dans un
HVSDFHIHUPp8QHSURJUDPPDWLRQFXOWXUHOOHjO¶DQQpHHVWVXEYHQWLRQQpHSDUO¶eWDW
de Bahia pour offrir aux touristes une image de Salvador qui repose sur sa musique
126 et son histoire.
Pelourinho, A grandeza restaurada, 1995, FUNCEB.
a) Fabrication de marges
-¶DMRXWHUDLV TXH OD QRXYHDXWp GH FHWWH FRQILJXUDWLRQ HVW O¶HQFKHYrWUHPHQW TXL VH IDLW HQWUH
quartiers pauvres et quartiers riches car si les zones planifiées dédiées aux populations riches
se déplacent, elles le font en suivant une certaine logique topographique. En se déplaçant,
HOOHVUHQFRQWUHQWGHV]RQHVGpMjKDELWpHVSDUGHVSRSXODWLRQVSDXYUHVTXLV¶\pWDLHQWLQVWDOOpHV
FDUFHVWHUUHVDORUVGLVWDQWHVGXFHQWUHQ¶LQWpUHVVDLHQWJXqUH&RPPHQRXVO¶DYRQVVRXOLJQp
précédemment, les popXODWLRQV SDXYUHV GDQV OD JUDQGH PDMRULWp GHV FDV V¶LQVWDOOHQW VXU GHV
WHUUHV GRQW LOV Q¶RQW SDV OD SURSULpWp (OOHV OH IRQW SDUIRLV G¶XQ FRPPXQ DFFRUG DYHF OH
propriétaire dans la continuation du système paternaliste, en contrepartie de leur entretien ou
dHOHXUJDUGH6LQRQOHIDLWG¶RFFXSHUGHVWHUUHVVDQVDXWRULVDWLRQHVWXQH© invasion » F¶HVW
XQHIRUPHFRXUDQWHG¶RFFXSDWLRQGHVWHUUHVj6DOYDGRU/¶LQIRUPDOLWpHQPDWLqUHGHSURSULpWp
HVWWROpUpHWDQWTXHOHVWHUUHVHQTXHVWLRQQ¶LQWpUHVVHQWSHUVRQne HQUHYDQFKHORUVTX¶LOV¶DJLW
GH JURV LQWpUrWV O¶RFFXSDWLRQ LQIRUPHOOH HVW SHUoXH FRPPH XQ FULPH O¶© invasion», et est
traité en tant que tel. Les habitants sont alors chassés et, dans le meilleur des cas, quand ils
sont installés depuis longtemps et Q¶RQWQXOOHSDUWRDOOHU bénéficient de dédommagements.
Ils vont occuper des espaces souvent encore plus distants, recréant de nouvelles marges.
b) Non-lieux
« Les non-lieux, ce sont aussi bien les installations nécessaires à la circulation
accélérées des personnes et des biens (voies rapides, échangeurs, aéroports) que les
127 moyens de transport eux-mêmes ou les grands centres commerciaux, ou encore les
camps de transit prolongé où sont parqués les réfugiés de la planète. » (Augé, 1992,
p. 48.)
/¶XUEDQLVme planifié, en se déplaçant, finit par encercler des quartiers entiers, installant (par
H[HPSOH GHV WRXUV HQWUH OHV YDOOpHV HW GRQQDQW O¶LPSUHVVLRQ G¶XQH YLOOH SDWFKZRUN HQWUH
autoconstruction, « les aldeias africaines ª G¶XQ F{Wp HW O¶XUEDQLVPH PRGHUQLVWH GH O¶DXWUH
/¶H[HPSOH GHV YDOOpHV GpYHORSSp G¶DSUqV XQH DQDO\VH GH 3LHUVRQ HVW LQWpUHVVDQW FDU FHV
PrPHVYDOOpHVRQWIDLWO¶REMHWG¶XQSURMHWGHUpKDELOLWDWLRQGDQVOHVDQQpHV/HVYLOODJHV
africains ont dû laisser la place aux échangeurs et autre grands axes urbains pour faire la
liaison entre le vieux centre et les nouveaux quartiers. Dans ce contexte, les grandes tours ont
remplacé les baraques et les grandes avenues les sentiers de terre. Les populations quant à
HOOHVRQWpWpGpSODFpHV/¶pFKDQgeur en tant que non lieu, tel que défini par Augé (2000), fait
place à une marginalisation spatiale et sociale des populations pauvres. Spatiale de par le
GpSODFHPHQW HW VRFLDO GH SDU O¶pORLJQHPHQW GHV FHQWUHV DFWLIV F¶HVW-à-GLUH OH IDLW G¶être
toujours repoussé vers les marges.
LES VALLÉES
¬SDUWLUGHVDQQpHVG¶LPSRUWDQWVSURMHWVXUEDQLVWLTXHVFRQFHUQHQWOHVYDOOpHV
ces « aldeias » africaines décrites par Pierson. Elles doivent se transformer en axes
de circulation importants reliant les nouveaux quartiers à la vieille ville. Des
quartiers résidentiels et des grands centres commerciaux sont créés. Les
populations pauvres se trouvent donc chassées vers de nouvelles périphéries. Ces
nouveaux axes de circulation permettent de nouvelles centralités qui renforcent
O¶DEDQGRQGHO¶DQFLHQVFKpPDXUEDQLVWLTXHGHOD%DLH
Source : Andrade e Brandão, 2009.
128 c) Les archipels
'DQVFHWWHWURLVLqPHFRQILJXUDWLRQO¶H[SDQVLRQGHODYLOOHjWUDYHUVO¶H[WHQVLRQGHOD2UOD se
poursuit hors de Salvador jusque dans la ville voisine de Lauro de Freitas avec de
nombreux FRQGRPLQLXPV IHUPpV HQ ERUG GH PHU HW PrPH SDUIRLV OHV SLHGV GDQV O¶HDX
/¶H[WHQVLRQ VH IDLW pJDOHPHQW DXWRXU GH OD 3DUDOHOD XQH DUWqUH QRXYHOOH UHOLDQW OHFHQWUH GH
6DOYDGRU j O¶DpURSRUW HW DX[ QRXYeaux quartiers qui se situent derrière, en dehors des
IURQWLqUHVGH6DOYDGRU/HORQJGHO¶DYHQXH3DUDOHODjSUR[LPLWpGXFHQWUHPRGHUQHVHVRQW
G¶DERUG LQVWDOOpV GHV UpVLGHQFHV GHV XQLYHUVLWpV SULYpHV HW GHV PDJDVLQV W\SH HQVHLJQH GH
voitures, puis des centres commerciaux et maintenant de nombreux immeubles de type
condominiums fermés. Ces quartiers sont situés dans une zone de Mata Atlantica TXLQ¶DSDV
résisté au poids des promoteurs immobiliers et à la faiblesse des politiciens qui privilégient
O¶LQWérêt personnel et immédiat à des plans écologiques portant leurs fruits sur le long terme.
3RXU UHQGUH FRPSWH GH FHWWH FRQILJXUDWLRQ M¶HPSUXQWH OH FRQFHSW GH © ville archipel » à
Olivier Mongin. Plutôt que ville avec un centre ville de référence nous avons une ville avec
de nombreux centres de référence déclinés et hiérarchisés selon leur fonction principale :
centres résidentiels ; centres de travail, centres de commerces ; centre administratif, centre
historique. Chaque centre tend à avoir son propre réseau de commerce et de travail et ainsi à
être indépendant du reste de la ville tout en maintenant des échanges assidus. Chaque maillon
est à la fois unité autonome et condition du maillage global dans lequel il est un élément
récepteur. Ce phénomène est expliqué par la fragmentation des lieux et des espaces urbains,
supprimant la notion de continuité qui était contenue dans les projets urbanistiques lorsque
ceux-FLFRQVLGpUDLHQWODYLOOHFRPPHXQWRXWFRQVWLWXpG¶XQFHQWUHHWG¶XQHSpULSKpULH
« '¶XQH SDUW OD PLVH HQ UpVHDX GHV OLHX[ SDUWLFLSH G¶XQH ³pFRQRPLH
G¶DUFKLSHO´UHQYR\DQWjGLIIpUHQWVQLYHDX[KLpUDUFKLVpVHQWUHHX[«'¶DXWUHSDUW
O¶XUEDLQJpQpUDOLVpHWFRQWLQXSURGXLWHQUHWRXUGHVGLVFRQWLQXLWpVTXLSqVHQWVXUOD
configuration des lieux. 6¶LOIDXW SUHQGUH HQ FRQVLGpUDWLRQOD IRUPH VSpFLILTXH GHV
³YLOOHVJOREDOHV´LOIDXWREVHUYHUVLPXOWDQpPHQWOHSURFHVVXVGHUHWHUULWRULDOLVDWLRQ
en cours. Un processus qui se traduit par un triple phénomène : la fragmentation et
O¶pFODWHPHQW TXL DIIHFWH Oes métropoles, le maillage lié à la réticulation et à la
multipolarisation. » (Mongin 2005, p. 177.)
129 d) Les monades
Dans ces conditions, les différents niveaux peuvent eux-mêmes se faire centre et répéter le
PDLOODJHjGLIIpUHQWHVpFKHOOHV&¶HVWOHFDVORUVTX¶XQHVSDFHGHYLHQWDXWRQRPHHWUHPSOLWj
lui seul plusieurs de ces fonctions : résidences, commerces, écoles, loisirs par exemple ;
passant au stade de « monades urbaines ». Les monades sont des unités autonomes qui se
replient sur elles-mêmes en proposant toujours plus de services en son sein sans que ses
habitants aient à en sortir. Silverberg (1974) produit dans ce sens un roman de science-fiction
RO¶XUEDLQQ¶H[LVWHSOXVHQGHKRUVGHVOLPLWHVGHVPRQDGHVGHVWRXUVGHPLOOHpWDJHVDEULWDQW
85 000 personnes et qui recouvrent tout ce que dont peut avoir besoin un homme. Le seul
SUREOqPHHVWTXHFHVWRXUVGRUpHVELHQTX¶RIIUDQWFRQIRUWHWVpFXULWpVRQWDXVVLOHVJH{OHVGH
O¶KXPDQLWpTXLQHSHXWSDVHQVRUWLUVRXVSHLQHGHPRUWFDUHQGHKRUVG¶HOOHVSlus personne
QHVDLWFHTX¶LO\DPLVjSDUWXQGDQJHUPHQDoDQWHWXQSXLVVDQWLQWHUGLW/RUVTX¶jODILQGX
URPDQXQSHUVRQQDJHV¶DYHQWXUHDXGHKRUVLOGpFRXYUHTX¶jSDUWFHVPpJDWRXUVVXEVLVWHXQ
monde agricole destiné à approvisionner le monde des monades. Ces peuples sont maintenus
j GLVWDQFH HW YLYHQW VHORQ G¶DXWUHV UqJOHV VDQV UDSSRUW DYHF FHOOHV GHV PRQDGHV /¶XUEDLQ
vertical fait place dans ce monde à des maisons et à des places de villages. Le règne de la
technique est ici remplacé par des rites SULPLWLIV 'DQV OHV PRQDGHV O¶XQLRQ OLEUH HW OD
UHSURGXFWLRQHVWXQHFRQGLWLRQGXERQKHXUHWODUpDOLVDWLRQGHO¶LGpDOGHOLEHUWpTXL\UqJQHHQ
maître ; dans les contrées agricoles, on voue des cultes de stérilité aux dieux afin de ne pas
dépasser les quotas autorisés et ne pas empiéter sur les ressources destinées aux monades.
/¶H[FqV GH OLEHUWp GDQV OH PRQGH WRWDOHPHQW FORV GHV PRQDGHV GHYLHQW SRXU FHUWDLQV
LQGLYLGXVLPSRVVLEOHjYLYUH1RXVSRXYRQVOLUHLFLXQHPpWDSKRUHGHODPHQDFHG¶XQPRQGH
tRWDOLWDLUH FRQWHQX GDQV OH SURMHW GH UHSOL VXU VRL ¬ O¶H[WpULHXU OD PHQDFH HVW FHOOH GH OD
récession et du manque liés à frénésie de consommation du premier monde.
0RQJLQUHMRLQWFHSURSRVORUVTX¶LOGLW :
« $XMRXUG¶KXL LO Q¶\ D JXqUH G¶DXWUH FKRL[ TXH G¶rWUH GpWHUULWRULDOLVp RX
VXUWHUULWRULDOLVp SULVRQQLHU G¶XQ GHKRUV VDQV GHGDQV RX RWDJH G¶XQ GHGDQV VDQV
dehors. » (p. 176.)
130 e) La pollution
3RXUHQUHYHQLUjQRWUHWHUUDLQQRXVSRXYRQVFRQVWDWHUTXHO¶HQIHUPHPHQWDFFURît les dangers
de la pollution exteUQH ¬ 6DOYDGRU WRXWH ERQQH IDPLOOH VH GRLW G¶DYRLU DX PRLQV XQH
employée domestique pour les tâches ménagères. Ces employés habitent les quartiers
DGMDFHQWV TXL VRQW DXVVL FHX[ TXL QRXUULVVHQW OD SHXU GH O¶DXWUH GX SDXYUH FH TXL UHQIRUFH
leur enfermement. De même que le condominium a besoin de se fournir en main-G¶°XYUH
pour la maintenance et la sécurité, piochant toujours dans le même réservoir des quartiers
« périphériques ». Ce terme de « périphérie ªHVWjFRPSUHQGUHGDQVO¶DFFHSWLRQVSDWLDOHTXH
nous avons donnée de ville archipel. Il existe plusieurs centres, chacun avec un rayonnement
HWXQHSpULSKpULHSURSUHV&HWWHSpULSKpULHQ¶HVWSOXVV\QRQ\PHGHGLVWDQFHVSDWLDOHPDLVGH
distance sociale. Les quartiers périphériques sont ceux qui abritent les « pauvres » et les
centres sont ceux de la classe supérieure, comme dans la première configuration urbaine de
Pierson qui divisait la ville entre monts et vallées.
'DQVOHQRXYHDXVFKpPDXUEDLQLOHVWFHSHQGDQWLPSRUWDQWGHYRLUO¶DEDQGRQGXFHQWUHYLOle
qui devait remplir le rôle de centre historique et de vitrine touristique mais qui a tendance à se
marginaliser dans ses alentours immédiats. Il est occupé par une population marginale
constituée de prostituées et de drogués qui trouvent dans le tourisme un moyen de survie et
cherchent à rester à proximité. Depuis sa réhabilitation dans les années 1980, il est configuré
FRPPHXQvORWFDULOQHFRQFHUQHTX¶XQHSHWLWHSDUWLHGXFHQWUH/HVDOHQWRXUVVRQWUHVWpVGDQV
un état de dégradation préoccupant et accueillent les usagers de crack, donnant leur nom à
cette région de « cracolândia ». Comme nous O¶Dvons vu avec les quartiers périphériques, le
VWLJPDWHYLHQWGHO¶H[WpULHXU6XLYDQWFHWWHORJLTXHOHVFODVVHVPR\HQQHVGH6DOYDGRUIXLHQW
le centre historiquHTXLEpQpILFLHGHFHWDWWULEXWQpJDWLI$XPRGqOHHXURSpHQG¶XUEDQLVDWLRQ
GDQV OHTXHO RQ VH SURPqQH GDQV O¶HVSDFH SXEOLF elles préfèreront le modèle américain du
centre commercial ayant en son sein différentes options de loisirs : cinémas, restaurants,
boutiques, allées pour se promener, ères de jeux pour les enfants, etc. Ainsi, elles délaissent
le centre malfamé à ceux qui en sont les voisins (les quartiers périphériques, ceux de la Baie)
et dont les habitants privilégient, par habitude, et peut-être par manque de moyens O¶RSWLRQGX
vieil urbanisme suivant le modèle européen. Dans ce modèle, les événements les plus
marquants du calendrier sont les fêtes populaires encore appelées « fêtes de la place »142.
142
En Portugais, « festa de largo ».
131 II-
Les festivités
Tout comme il existe des régions morales dans la ville, il existe une hiérarchisation morale
GHVIrWHVQRQSOXVVHORQOHYLHLORUGUHPRUDOTXLRUGRQQDLWODGpFHQFHHWOHVERQQHVP°XUV
PDLVVHORQXQQRXYHORUGUHPRUDOGRQWOHPRWG¶RUGUHSRXUUDLWrWUHFRPPHOHSURSRVH$JLHU
(2000, p. 44), « confort, paillette et modernité ». Dans ce cadre, les fêtes populaires liées à
GHV OLHX[ OD SODFH GHV pJOLVHV GRQW RQ IrWH OH VDLQW V¶LQVFULYHQW GDQV O¶DQFLHQ VFKpPD GH
O¶HVSDFH SXEOLF FRPPH HVSDFH GpPRFUDWLTXH HW PL[WH DORUV TXH OH FDUQDYDO HPSUXQWe de
nouveaux clichés générant un ordre moral sur des bases nouvelles et discriminantes,
notamment au niveau visuel, à travers une série de réglementations liées au travail de rue.
Nous pourrons observer ces deux logiques festives amenées par les réglementations étatiques
ORUVTX¶LOV¶DJLWGHVIrWHVSRSXODLUHVGLWHV©GHODSODFe ªHWORUVTX¶LOV¶DJLWGXFDUQDYDO
A- Les fêtes de « largo »143
1) La « place »
La fête dite de « largo », soit de la « place ª V¶LQVFULW GDQV OD WUDGLWLRQ GH VSHFWDFOH VXU OD
place de O¶pJOLVH RX FHOOH DGMDFHQWH DX PDUFKp &H PRGqOH QRXV UHQYRLH DX VFKpPD
XUEDQLVWLTXHPpGLpYDOTXLFRPPHOHUDSSHOOH0XPIRUGHVWFRQVWLWXpSDUO¶pJOLVHHWOD
place du marché qui, « VDQVrWUHSODFpHDXSRLQWFHQWUDOJpRPpWULTXH«pWDLWOHYpULWDEle
FHQWUHGHO¶DJJORPpUDWLRQ » (p. 389). Cette FHQWUDOLWpGHO¶pJOLVHTXLjO¶pSRTXHHVWOHOLHXOH
SOXVIUpTXHQWpHVWpJDOHPHQWDFWLYHjO¶LQWpULHXUGHVTXDUWLHUV0XPIRUGDMRXWHTX¶LO
existait « une répartition géographique par professions ou VXUODEDVHG¶LQWpUrWVSDUWLFXOLHUV
>TXL@ FRPSOpWDLW FHWWH IRUPDWLRQ G¶XQLWpV UpVLGHQWLHOOHV SULPDLUHV RX JURXSHPHQWV GH
voisinage » (p. 394).
En outre, la place du marché était traditionnellement le lieu des rassemblements publics
politiques, festifs ou punitifs.
« Sur la place du marché, les guildes dressaient des tréteaux pour la représentation
des mystères144, les criminels subissaient le supplice de la roue ou la peine capitale ;
143
Terme portugais désignant la place.
132 à la fin du Moyen Âge on y organisait les tournois, parades urbaines qui évoquaient
les activités guerrières des seigneurs. » (Mumford, p. 390.)
1RXVUHSUHQRQVFHWWHFRPSDUDLVRQDYHFODFLWpPpGLpYDOHFDUG¶XQSRLQWGHYXHXUEDQLVWLTXH
Salvador a été planifiée et relève dans sa première configuration G¶XQHVWUXFWXUHPpGLpYale.
0DLVG¶DSUqV3DUNFHWWHIRUPDWLRQSHUGXUe encore dans les années 1940 alors que Salvador
connaît une période de léthargie économique.
$X %UpVLO OHV SODFHV VRQW GHYHQXHV OD VFqQH R V¶H[SULPH OD IRL GHV FLWR\HQV TXL GH IRL
catholique syncrétique ou non, viennent adorer un saint auquel ils sont fidèles le jour de sa
IrWH&HVIrWHVFRQVLVWHQWOHSOXVVRXYHQWHQXQHPHVVHHWXQHSURFHVVLRQSRXUO¶DVSHFWVDFUp
et en une réunion conIUDWHUQHOOHVXUODSODFHGHO¶pJOLVHRXDGMDFHQWHSRXUO¶DVSHFWSURIDQe ; la
IUpTXHQWDWLRQGXULWXHOUHOLJLHX[Q¶HPSrFKHSDVODUpXQLRQLQIRUPHOOHVXUODSODFHGHO¶pJOLVH
au contraire.
'¶DSUqV)UH\UHOHFDWKROLFLVPHSRUWXJDLVHVWG¶DERUGSRSXODLUH/DIrWHWLHQWXQU{OH
important dans la diffusion de la religion et la conversion des Noirs ou Indiens.
« Il ne manquait que la chair aux anges et aux saints pour descendre de leurs autels
OHVMRXUVGHIrWHHWV¶DPXVHUDYHFOHSHWLWSHXSOH «ª)UH\UHS
'¶DSUqVOXLOHVFRORQVSRUWXJDLVQHVHSUpRFFXSaient pas tant des races ou de leur pureté tant
les bras manquaient. Le véritable objet de leur inquietude était la religion.
« Le Portugais oublie la race et considère comme son égal celui qui professe la même
religion que la sienne » (Azevedo ibid Freyre, p. 61)145.
2) Syncrétisme religieux
Les fêtes participent au processus de conversion. Les jésuites déjà avaient utilisé les chants et
les danses pour attirer les Indiens vers le catholicisme. Les Noirs selon leur ethnie, se
144
)RUPHWKpkWUDOHGHO¶pSRTXH
145
'¶DSUqV3HGURGH$]HYHGR© os primeiros Donatórios », Historia a colonização
Portuguesa no Brasil, III, p.194, sans indication de date).
133 voyaient attribuer un saint et avaient le droit de se réunir dans le cadre de confréries
UHOLJLHXVHV G¶RUGUH FDWKROLTXH 1LQD 5RGULJXHV prend pour exemple O¶pOHFWLRQ GHV 5RLV
Congo. Élus pour représenter la communauté et réguler les possibles tensions, ils endossaient
le rôle de surveilODQWVGHODFRPPXQDXWpQRLUHDXVHUYLFHGHV%ODQFV&¶HVWOHMRXUGXFXOWHj
Nossa Senhora que le Roi Congo était investi de ses fonctions et se posait en juge de la fête.
Celle-FL DYDLW OLHX j %DKLD GDQV O¶pJOLVH GH 1RVVD 6HQKRUD GR 5RVDULR VLWXpH %DL[D dos
Sapateiros.
« Déjà en 1697, le livre du Jésuite Pedro Dias : $UWHWODQJXHG¶$QJROD pWDLW³GpGLpj
OD 9LHUJH 1RVVD 6HQKRUD GR 5RVDULR PqUH HW SDWURQQH GHV PrPHV QRLUV´ »,
(Rodrigues 2010,p. 127.)
Ce sont ces mêmes saints protecteurs qui sont loués lors des fêtes populaires.
En dehors du contexte formel, blanc et catholique, les rassemblements des Noirs étaient
JrQpV YRLUH HPSrFKpV SDU OHV SRXYRLUV SXEOLFV $LQVL OH FXOWH GX FDQGRPEOp G¶RULJLQH
africaine, a épousé le cadre de la religion catholique pour que ses fidèles puissent continuer à
se réunir sans être persécutés. Les seules manifestations religieuses autorisées étant celles du
FDWKROLFLVPHHOOHVIXUHQWO¶RFFDVLRQGHFpOpEUHUGHVIrWHVGHFDQGRPEOp/HULWXHOGXODYDJH
des marches du parviVGHO¶pJOLVHHVWXQH[HPSOHGHFpUpPRQLHLVVXHGHVUHOLJLRQVDIULFDLQHV
que nous retrouvons dans les fêtes de largo de Salvador. Les prêtres catholiques
Q¶DXWRULVDLHQW SDV O¶HQWUpH GDQV O¶pJOLVH GHV baianas PDLV OHV ODLVVDLHQW DYDQFHU MXVTX¶DX
parvis où HOOHV VH VRQW PLVHV j HIIHFWXHU XQ ULWXHO GH ODYDJH VXU OHV PDUFKHV GH O¶pJOLVH,
comme par exemple, la très populaire fête du Bonfim ou encore celle de São Lazaro ou
G¶,WDSXj
3) Les « cantos » 146
Nina Rodrigues prend le soin de détailler les lieux où les Noirs pratiquaient leur activité
professionnelle (souvent commerce ambulant ou fret) ou rituelle (activité rituelle et profane
autour de la confrérie religieuse), les « coins », qui constituent ainsi un quadrillage de
Salvador. Pour lui, cette distribution spatiale est largement conditionnée par une répartition
146
Terme portugais désignant les coins.
134 HWKQLTXHGHODSRSXODWLRQDIULFDLQHHQFHTXLFRQFHUQHOHVKRPPHVPRLQVORUVTX¶LOV¶DJLWGHV
femmes qui sont plus mobiles que les hommes dans leur commerce de nourriture.
« Les Nations encore nombreuses possèdent leur coin, des sites dans la
ville où, tout en tressant leur chapeau ou leur panier de paille, et à se remémorer
leurs agréables souvenirs de jeunesse, les petits vieux attendent leur fret. » (p. 110.)
Nina Rodrigues continue en faisant une longue description de tous les « coins ª TX¶LO D
observés et auxquels il peut associer un regard de spécialiste ethnique. Je transcris ici ce
passage afin de nommer ces coins et les comparer ensuite avec les « places » festives.
« Dans le ville basse, sous les arcs de Santa Barbara se trouvent les
*XUXQFLV8QSHXSOXVORLQHQWUHOHVDUFVGH6DQWD%DUEDUDHWO¶+{WHOGHV1DWLRQV
TXHOTXHVYLHX[IDWLJXpVHWDSDWKLTXHVGHUQLHUVUHSUpVHQWDQWVGHO¶DQFLHQQHFRORQLH
des Haussas énergique, belliqueuse et guerrière, se réunissent tous les jours ici.
Plus nombreux encore sont les coins des Nagos. Au coin du marché, rue du
Comercio, à côté des grands hangars, sur plusieurs points de la rue des Princesses
en face des grands bureaux commerciaux, se regroupent les vieux Nagos, encore
forts, robustes, nombreux et bavards. On trouve aussi des Nagos aux coins de la
YLOOHKDXWH$XFRLQGHODUXHG¶$MXGDGHUULqUHO¶pGLILFHGHOD0DLULHVXUODSODFHGH
la Piedade en face du couvent, à celui de la porte de la maison qui se trouve à côté
GH O¶+{WHO 3DULV GDQV OD ODGHLUD 6mR %HQWR VH UpXQLVVHQW GHV 1RLUV GH FHWWH
provenance. Dans ces deux derniers coins se trouvent les Africains qui possèdent
encore et portent des palanquins qui en des temps passés et sous le joug de
O¶Hsclavage étaient les voitures de la place ou celles de luxe des classes riches. Au
coin du Campo Grande, venant du fort de São Pedro, il y a quelques Nagôs qui se
réunissent avec quelques Gêges. Dans la rue des Mercês, au coin de la rue São
Raimundo, se réunissent des nègres Minas, deux ou trois. Dans la Baixa dos
Sapateiros, au coin de la rue Vala, se réunissent des Africains de diverses
nationalités.
Les femmes se trouvent à ce dernier point, dans la rue Vala au coin de la rue São
Miguel, rue de la Guadelupe, dans la rue de la Cabeça, sur la place Dois de Julho,
HWVXUOHVTXDLVG¶DUULYpHGHOD/DGHLUDGX%RTXHLUmRj6DQWR$QW{QLR(QJpQpUDO
135 elles ne se séparent pas autant que les hommes en fonction des nationalités. » (p.
110-111.)
Même si tous ces liHX[QHGLVHQWULHQjFHX[TXLQHFRQQDLVVHQWSDV6DOYDGRUHWV¶LOQ¶HVWSDV
ici possible de reproduire une carte exacte de ces emplacements, je propose pourtant de les
associer lorsque cela sera possible aux places des fêtes populaires. Nous verrons ainsi V¶LOHVW
SRVVLEOHG¶DVVRFLHUODWUDGLWLRQIHVWLYHTXHQRXVDYRQVGLWHOLpHDXFDWKROLFLVPHSRSXODLUHGHV
Noirs à leurs « coins » dans la ville au quotidien, associant ainsi les barraqueiros aux
vendeurs Africains du début du XXe siècle.
Les « coins » africains
Quartier
Localisation
Ethnie
Activité
Au coin du Mercado
Modelo et de la rue
Nâgos
Fret
Nâgos
Fret
Les femmes
Vente de nourriture
du Comercio
Coin de la rue des
Ville basse
Princesses et des
hangars du port
Sur les quais de
déchargement des
marchandises
Quartier
Localisation
Entre les arcs du
marché Santa Barbara
Baixa dos
Entre les arcs de
147
Santa Barbara et
sapateiros
Ethnie
Les Guruncis
Haoussas
O¶+{WHOGHV1DWLRQV
Au coin de la rue
Les femmes de
Activité
Tressage de panier et
de chapeau et fret
Tressage de panier et
de chapeau et fret
Vente de nourriture
147
-¶DLVpSDUpOD%DL[DGRV6DSDWHLURVFDUELHQTX¶LOV¶DJLVVHGHODYLOOHKDXWHLOPHVHPEODLW
que cette rue avait un statut un peu différent du reste de la ville haute car elle se trouve au
SLHGGHO¶DXWUHIODQFGHODPRQWDJQH
136 Vala
Quartier
diverses nationalités
Localisation
Ethnie
Activité
Au coin de la rue
G¶$MXGDGHUULqUHOD Nâgos
Mairie
Ville Haute
Place de la Piedade
Nâgos
Porteur de palanquin
Ladeira São Bento
Nâgos
Porteur de palanquin
Campo Grande
Nâgos et Gêges
Rua das Mercês
Minas
Rua São Miguel
Les femmes
Vente de nourriture
Rua da Guadalupe
Les femmes
Vente de nourriture
Rua da cabeça
Les femmes
Vente de nourriture
Place 2 de Julho
Les femmes
Vente de nourriture
1LQD 5RGULJXHV Q¶D\DQW SDV OXL-même systématisé les informations, nous ne nous sommes
SDV ULVTXp j FRPSOpWHU OH WDEOHDX TXDQG OHV DFWLYLWpV Q¶pWDLHQW SDV GpWDLOOpHV KRUPLV OD
confection et la vente de nourriture par les femmes en nous basant sur une autre citation
(Rodrigues, 1933, p. 109, déjà cité dans ce travail) dans laquelle il donne les activités
typiques des Africains en fonction de leur sexe.
Le fait que les activités féminines soient liées à la confecWLRQHWjODYHQWHG¶DOLPHQWV sont une
caractéristique première des barraqueiros. En effet, ces fêtes religieuses revêtent toujours des
activités profanes, ce qui contribue à leur aspect populaire. Des étals pour la vente de
boissons et de nourriture sont montés sur les « places ª/DFRQVRPPDWLRQG¶DOFRROHVWIRUWH
Si nous cherchons les analogies avec le tableau des « places » festives, nous pouvons
observer suivant la considération ville haute / ville basse que la grande majorité des fêtes se
trouvent dans le même périmètre que celui des « coins », à savoir la vieille ville de Salvador,
autour de la Baie.
4XDQGDX[DQDORJLHVHQWUHHWKQLHHWFXOWHG¶XQVDLQWVSpFLILTXHQRXVQHVRXKDLWRQVSDVWLUHU
de trop rapides conclusion, ce recoupement par emplacement ne permettant pas de le faire.
0rPH GDQV O¶H[HPSOH SRXU OHTXHO QRXVGLVSRVRQV GX SOXV G¶LQIRUPDWLRQV OHV DQDORJLHV QH
sont pas concluantes. En effet, la fête de Santa Barbara qui a pour église de référence celle de
137 Nossa Senhora do Rosario devrait être une fête Angola car Nina Rodrigues insiste sur le fait
que le culte était attribué aux Noirs Angola depuis fort longtemps. Cependant, le tableau des
« coins » indique que les Africains qui occupent les alentours du marché Santa Barbara sont
les Guruncis et un peu plus loin les Haoussas, et non les Angolas. Ces confréries sont-elles
restées fidèles aux unités ethniques à travers les âges ?
1RXVQHVRXKDLWRQVSDVGHYHORSHUFHWWHTXHVWLRQLFL1RXVQRXVFRQWHQWHURQVG¶DSSX\HUO¶LGpH
selon laquelle les fêtes SRSXODLUHV GpFRXOHQW G¶XQH WUDGLWLRQ IHVWLYH HW UHOLJLHXVH GH OD
SRSXODWLRQQRLUHGH6DOYDGRUPrPHVLOHVFHDXRIILFLHOHVWGRQQpSDUO¶pJOLVHFDWKROLTXHHW
que la fréquentation des messes ou même des fêtes concernait la communauté catholique en
général.
4) Rapport entre les « coins » et les « places »
La relation que nous souhaitons établir entre les « coins » et les « places ªQ¶HVWSDVGLUHFWH
De même, la filiation entre les barraqueiros et les marchandes de rue africaines est indirecte.
Ainsi, la relDWLRQ JpQpDORJLTXH GHV PDUFKDQGV Q¶HVW SDV DX F°XU GH FH WUDYDLO HW VHUDLW GX
reste, difficilement prouvable. En revanche, les réglementations possèdent une ligne qui est
restée fidèle aux craintes générées par la population noire jugée sale et dénuée de bonnes
manières, et susceptible de freiner le Brésil dans sa course à la civilisation avancée. Voyons
FH TX¶LO \ D HQ FRPPXQ HQWUH OHV PHVXUHV PXQLFLSDOHV FRQFHUQDQW OHV $IULFDLQV WHOOHV
TX¶pWXGLpHV GDQV OD SUHPLqUH SDUWLH GH OD WKqVH HW FHOOHV GpGLpHV DXx barraqueiros
DXMRXUG¶KXL
Nous avons déjà évoqué une peur de la population noire libre, esclave ou affranchie venant
des pouvoirs publics qui se traduit par GHVDORXUGLVVHPHQWGHVWD[HVSHUPHWWDQWO¶DFFqVDX
travail ; 2) un contrôle de la liberté à travers diverses mesures comme le passeport pour se
GpSODFHUODOHWWUHG¶DXWRULVDWLRQG¶XQPDvWUHRXGHUHFRPPDQGDWLRQG¶XQQRWDEOHOHSRUWGHOD
SODTXH G¶LGHQWLILFDWLRQ ; et 3) un système de valeurs imposé fidèle aux canons de la classe
dominante, avec PRGLILFDWLRQ GH OD KLpUDUFKLH HW GH O¶RUJDQLVDWLRQ GX WUDYDLO FRPPH SDU
H[HPSOHO¶LQWUXVLRQGX© capataz » à la charge des travailleurs.
$XMRXUG¶KXLOHVbarraqueiros doivent 1) payer un ensemble de taxes qui se décomposent en
des taxes SHUPHWWDQWO¶DFFès au travail (une taxe de fonctionnement, le paiement de la liaison
DYHF OD FRPSDJQLH G¶pOHFWULFLWp OD UpWULEXWLRQ G¶XQ IRQGV GH SROLFH HW OH SRVVLEOH ULVTXH GH
138 payer des amendes) ; 2) lHFRQWU{OHGHODOLEHUWpVHWUDGXLWSDUOHFRQWU{OHGHO¶LQVWDOODWLRn des
équipements à lieu et heure fixes décidés par les services compétents de la mairie, par la
QpFHVVLWpG¶rWUHSRUWHXUGHVDFDUWHG¶LGHQWLWpSDUOHUqJOHPHQWGHODWD[HGHIRQFWLRQQHPHQW
et par le devoir de respecter la longue liste de normalisations concernant la manière de
travailler ; 3) un système organisationnel imposé du dehors se retrouve dans la bureaucratie
pQRUPH SRXU V¶HQUHJLVWUHU HW REWHQLU O¶DXWRULVDWLRQ GH WUDYDLOOHU OD WXWHOOH G¶XQ VHUYLFH GH
contrôle et de fiscalisation de la mairie qui opère avant, pendant et après les fêtes, et la lourde
liste de normes qui encadre le fonctionnement opérationnel.
La mairie garde un rapport privilégié avec le président du syndicat, élu des barraqueiros et
UHVSRQVDEOH GH O¶HQUHJLVWUHPHQW GHV FRPPHUoDQts et du depôt officiel de la liste. Son rôle
peut paraître similaire à celui des capitaines des coins mais ces derniers étaient bien plus
opérationnels en matière de contrat, et ne restaient pas de simples intermédiaires
bureaucratiques. Il existe plusieurs syndicats pour les travailleurs de rue des fêtes de Salvador
GRQWFHOXLGHVPDUFKDQGVWUDGLWLRQQHOVGHVIrWHVSRSXODLUHV,OV¶HVWVFLQGpUpFHPPHQWHQXQ
syndicat et une association dont India fait partie revendiquant une tradition et le rôle
fondateur GH FHWWH WUDGLWLRQ /D SULQFLSDOH FDXVH GH FHWWH VFLVVLRQ HVW G¶DYRLU DFFqV j GH
meilleurs emplacements que ceux attribués par le syndicat148.
Malgré le temps écoulé entre ces deux situations, nous constatons que certains lieux sont
restés destinés au commeUFHLQIRUPHO6¶LOVDYDLHQWXQHLPSRUWDQFHFRPPHUFLDOHSDUOHSDVVp
ils sont, j FDXVH GH O¶pYROXWLRQ VRFLDOH pFRQRPLTXH HW VSDWLDOH GH OD YLOOH WRPEpV GDQV
O¶RXEOL $LQVL VL OHV © coins » des Africains ont disparu par manque de travail, excès de
formalisation ou disparition des Africains ± comme le prédisait Nina Rodrigues ±, les
PDUFKDQGVGHUXHOLpVjO¶H[WUD-quotidien, au culte des saints, dans une tradition profane, ont
gardé leur place dans le schéma désuet de la vieille ville. Place que personne ne leur envie ou
QHOHXUGLVSXWHFDUHOOHV¶LQVFULWGDQVODYLHLOOHYLOOHDEDQGRQQpHGHWRXWHQMHX[SROLWLTXHHW
économique (ainsi que de la vue de la classe moyenne) HW TX¶HOOH UHVWH DWWDFKpH j XQH
tradition festive liée au calendrier catholique encore en vigueur.
&¶HVWODSHUVLVWDQFHSRXUOHVSDXYUHVGXSUHPLHUVFKpPDXUEDLQDXVVLELHQGDQVO¶DFFqVjXQ
KDELWDW TX¶j XQ HPSORL RX TXH OD UpJXODWLRQ GH OD YLH VXU GHV EDVHV PRUDOHV HW PDWpULHOOHV
148
Les EDUUDTXHLUDVVHSODLJQHQWG¶XQV\VWqPHGRQQDQWWRXMRXUVOHVPHLOOHXUVHPSODFHPHQWV
139 alors que tous les intérêts sont déjà passés par le deuxième VFKpPDHWV¶LQVFULYHQWGHSOXVHQ
plus dans le troisième. Les barraqueiros sont restés dans la hiérarchie verticale, alors que les
intérêts et les classes moyennes et dominantes sont allés vers la hiérarchie horizontale, puis
YHUV OD IUDJPHQWDWLRQ HW O¶pFlatement urbain. Nous pouvons donc comprendre comment les
valeurs de Dona India et sa fille sont devenues désuètes en relation avec celles des pouvoirs
publics, tout en ayant une complète résonnance dans leur propre système de relations, elles,
les héritières indirectes des travailleurs de rue Africains.
5) Le cycle festif
Les fêtes sont liées au calendrier catholique dont elles fêtent un saint. Pour autant, comme
QRXV O¶DYRQV GLW WRXWHV FHV IrWHV RQW XQ UDSSRUW GLUHFW DYHF OH FDQGRPEOp OD UHOLJLRQ
syncrétique afro-EUpVLOLHQQH /RUVTXH O¶pJOLVH IrWH 6DQWD %DUEDUD OHV 1RLUV VRQW HQ WUDLQ GH
IDLUHGHVRIIUDQGHVj,DQVjSRXUQHSUHQGUHTXHO¶H[HPSOHGHODSUHPLqUHIrWHGXF\FOH(Q
effet, ces fêtes sont liées par un ordre et une durée déterminés une fois pour toutes et qui agit
rituellement chaque année sur les fidèles. Si tout catholique ou tout pratiquant du candomblé
ne suit pas forcément le cycle dans son intégralité, il y a en fonction de son saint protecteur
GHVDIILQLWpVDYHFG¶DXWUHVVDLQWVHWXQSDUFRXUVIHVWLIHWULWXHOV¶pFULWHWFUpHXQU\WKPHSURSUH
jFKDFXQ'HPrPHOHVXQVVRQWDWWLUpVSULQFLSDOHPHQWRXSUHVTXHH[FOXVLYHPHQWSDUO¶DVSHFW
religieux tandis que les autres recherchent la chaleur de la fête, et certains participent aux
deux aspects. 3RXU UHQIRUFHU O¶DIILUPDWLRQ TXH FHV IrWHV VRQW DYDQW WRXW GHV PRPHQWV GH
communion de la communauté noire, nous avons relevé systématiquement le syncrétisme
UHOLJLHX[TXLRSqUHGDQVFKDFXQHG¶HOOHV&KDTXHVDLQWFDWKROLTXHGRQQHOLHXjXQHIrWHTXL
honorera aussi un orixa de la religion des Noirs de Salvador.
Le syncrétisme religieux
Date
Fête
Cycle
Syncrétisme
St(e) Patron(ne )
Pompiers et le
04 décembre
Santa Bárbara
non
Iansà
marché São
Miguel (Santa
Barbara)
08 décembre
Nossa Senhora
Novaine
Oxum
Salvador
DX[PrPHVSHUVRQQHVHWTXLQHSUHQGSDVWRXMRXUVHQFRPSWHO¶DQFLHQQHWp
140 da Conceição
13 décembre
Santa Luzia
Du 08/12 au
13/12
Oxum Apará
Aveugles
Nosso Senhor
01 janvier
Boa Viagem
Treizaine (à
partir du 27/12)
Oxala
dos Navegantes,
protecteur des
pêcheurs
Les Rois Mages
06 janvier
Lapinha
05 et 06/01
non
qui cloent le
cycle de noël
Considéré
comme le saint
07 janvier
Nosso Senhor do Novaine (à partir
Bonfim
du 07/01)
Oxala
patron de la ville
ELHQTX¶LOQHOH
soit pas. Énorme
succès populaire.
Le lundi gras
Cette fête est
(suivant le
dimanche de
Ribeira
non
non
clôture du
Janeiro
2 février
Une semaine
avant le carnaval
profane, de
quartier.
Bonfim)
27 à 30 de
entièrement
São Lázaro
3 jours
Omulu
Médecins
Iemanja
non
Iemanja
Pêcheurs
N.S. da
Itapuà
7 jours
Conceição et
Fête de quartier
Iemanja
Du jeudi
précédent le
mardi gras
MXVTX¶DX
Carnaval
7 jours
Non
non
mercredi des
cendres
141 Les fêtes populaires commencent donc le 4 décembre avec Santa Barbara et terminent avec le
carnaval. Ce tableau est celui des fêtes populaires qui suivent le calendrier catholique de
célébration des saints : Sainte Barbe, Conceição da Praia, Santa Luzia, Nosso Senhor dos
Navegantes, fête des rois mages, Nosso Senhor do Bonfim, São Lazaro, Yemanja, et le
carnaval. Nous pouvons remarquer deux intrus dans cette liste qui ne se réfère pas à des
saints mais à des fêtes 5LEHLUDHW,WDSXi'DQVOHFDVGH5LEHLUDLOV¶DJLWG¶XQHIrWHSURIDQH
TXLYLHQWFORUHODQHXYDLQHGX%RQILPGDQVOHFDVG¶,WDSXjF¶HVWXQHIHPPHGXTXDUWLHUTXL
organise un culte à Iemanja et à Nossa Senhora da Conceição, suite à un rêve. Ces deux fêtes
sont situées dans des quartiers de pêcheurs situés aux deux extrémités de la ville.
Reprenons chacune de ces fêtes pour en donner ses caractéristiques et son implantation
spatiale.
Santa Barbara ouvre le cycle des fêtes populaires, elle appartient au calendrier religieux
associé à la religion afro-EUpVLOLHQQHOHFDQGRPEOp8QHSURFHVVLRQSDUWGHO¶pJOLVHGH1RVVD
Senhora do Rosario, parcourt les rues du Pelourinho, le centre historique, descend vers la
caserne des pompiers dont elle est la sainte patronne et traverse le marché qui porte son nom
où est offert un caruru aux fidèles. La couleur du cortège est le rouge de Iansá 149. Des
baraques de fêtes sont installées dans le Pelourinho. Cette fête, avec ses couleurs et ses fleurs,
attire la population au-delà des adeptes. Ainsi, les touristes basés au centre historique peuvent
parcourir le temps de quelques clichés la procession joyeuse des baianas.
Conceição da praia est la sainte patronne de la ville de Salvador. Son église a été bâtie dès
les débuts de la colonie, sans doute par Tomé de Souza. Son culte est également le plus
DQFLHQ O¶RULJLQH GH FHWWH IrWH UHPRQWDQW j 150. Après une messe, une procession se
déroule dans le quartier de Comercio, près du port, au pied du célèbre ascenseur Lacerda. Les
EDUDTXHVV¶LQVWDOOHQWVXUODSODFHGX0HUFDGR0RGHOROHJUDQGPDUFKpG¶DUWHWG¶DUWLVDQDWGH
149
Iansá est la Sainte du candomblé qui a été associée à la Sainte catholique Barbara.
150
Les informations concernant les fêtes populaires ont été recueillies pour une part sur le
WHUUDLQSHQGDQWOHF\FOHGHVIrWHVSRSXODLUHVHWG¶DXWUHSDUWVXUOHVLWHGHOD)XQGDomR
Gregorio de Mattos: http://www.culturatododia.salvador.ba.gov.br/festas.php et celui du
portail du carnaval 2011 :
http://www.portaldocarnaval.ba.gov.br/2011/Servicos/Calendario.asp le 08/03/2011. 142 6DOYDGRUILHIGHVWRXULVWHVjODUHFKHUFKHGHO¶REMHWTX¶LOVUDPqQHURQWDX[HQIDQWVSDUHQWV
grands-parents pour partager avec eux leur voyage. Cette fête connaîWHQFRUHDXMRXUG¶KXLXQH
IRUWH SDUWLFLSDWLRQ SRSXODLUH PrPH V¶LO VH GLW TX¶HOOH SHUG GH OD YLWDOLWp TX¶DXSDUDYDQW OD
IUpTXHQWDWLRQpWDLWDXWUH«
Santa Luzia est la sainte patronne des aveugles. Elle reçoit beaucoup de promesses de la part
GHFHX[GRQWODYXHHVWPHQDFpHSDUXQHPDODGLH/DIrWHDOLHXDXWRXUGHO¶pJOLVHGH1RVVD
Senhora do Pilar dans laquelle est gardée sa statue, dans le quartier du Pilar, Comercio. Elle
est associée à Oxum Aparà dans le candomblé. AXMRXUG¶KXLFHWWHSDUWLHGXTXDUWLHUHVWWUqV
délabrée et abandonnée aux infortunés. Nous pouvons observer cependant, depuis quelques
années, des îlots rachetés par des artistes, investissant dans de vieilles ruines coloniales
comme le Mercado do Ouro repris par Carlinhos Brown ou le Trapiche Barnabé en cours de
rénovation par Bernard Attal, un metteur en scène français, investi dans la production
audiovisuelle. Cette gentryfication peut-HOOH DJLU HQ IDYHXU G¶XQH IUpTXHQWDWLRQ SOXV
importante ou, au contraire, participer à sa fin ?
Boa Viagem : Le réveillon du 31 décembre commence sur la plage de Boa Viagem, dans le
TXDUWLHUGHOD%DLH0RQW6HUUDW&¶HVWO¶RFFDVLRQG¶XQHSURFHVVLRQPDULWLPHFHOOHGH1RVVR
Senhor dos Navegantes. La statue du saint sort de la chapelle de Boa Viagem installée dans le
quartier du même nom, le long de la Baie de tous les saints et est installée dans un des
EDWHDX[ TXL LUD MXVTX¶j O¶DXWUH F{Wp GH OD EDLH 6XU OH SHWLW SRUW GH SrFKH V¶LQVWDOOHQW OHV
baraques de fêtes. Les fidèlHVOHVEDGDXGVHWOHVWRXULVWHVV¶DPDVVHQWVXUODSODJHSRXUYRLUOH
départ des bateaux décorés, puis prennent place dans les baraques pour boire un verre et
attendre le coucher du soleil. Le retour de la statue se fait le 1 er DSUqVTX¶HOOHDSDVVpODQXLt
GDQVO¶pJOLVHGH&RQFHLoDRGDSUDLD/HVEDWHDX[UHSUHQQHQWDORUVODPHUSDVVHQWSDUOHSRUW
de Barra et retournent à la plage de Boa Viagem. Le saint est le protecteur des marins, il est
Oxala dans le candomblé.
Fête de Lapinha : Lapinha est le nom du quartier où se déroule cette fête dédiée aux rois
mages. Le défilé des rois mages est organisé par les quartiers alentours de la Baie. Une messe
HVWFpOpEUpHGDQVO¶pJOLVHGH/DSLQKDRVHWURXYHXQHFUqFKH&HWWHIrWHFO{WOHF\FOHGH1RsO
Elle connaît de grosses difficultés car les groupes de quartiers qui maintiennent cette tradition
se plaignent de ne pas avoir de ressources, or les costumes nécessitent une certaine quantité
143 de matériaux et de main-G¶°XYUH
Nosso Senhor do Bonfim : Cette fête est la plus importante du calendrier festif avant le
FDUQDYDO&¶HVWXQHQHXYDLQHTXLFRPPHQFHOHGHX[LqPHOXQGLDSUqVODIête des rois mages et
V¶pWHQGMXVTX¶DXGLPDQFKHDSUqVOHODYDJH/HMRXUFXOPLQDQWHVWFHOXLGXODYDJHGHVPDUFKHV
GX SDUYLV GH O¶pJOLVH exécuté par des baianas &H ULWXHO GX ODYDJH GHV PDUFKHV GH O¶pJOLVH
V\PEROLVHO¶LQWHUGLFWLRQTXLSHQGDQWORQJWHPSVDSHVpVXUODFRPPXQDXWpTXLYRXDLWXQFXOWH
j2[DODO¶DFFqVjO¶pJOLVHOHXUpWDQWLQWHUGLW/DUHOLJLRQFDWKROLTXHDIILUPHDLQVLGHVSRVLWions
et marque les limites du syncrétisme. Pour Nina Rodrigues, cette fête est pleinement yoruba.
/¶DXWHXUQHSDUOHPrPHSDVGHV\QFUpWLVPHUHOLJLHX[PDLVG¶XQHH[SUHVVLRQTXLDWRXWG¶XQH
IrWH DIULFDLQH VDQV VRXIIULU G¶DOWpUDWLRQV VXU OH VRO EUpVLOLHQ %onfim représente Obatala.
7RXMRXUV VHORQ OXL LO V¶DJLW G¶XQH IrWH UHOLJLHXVH G¶XQH FUR\DQFH YLYH DX FRQWUDLUH GX
FDUQDYDO TXL HVW XQ PpODQJH GH WUDGLWLRQ TXL Q¶DSSDUWLHQW SDV GLUHFWHPHQW j OD UDFH QRLUH
5RGULJXHV 6XU OD SODFH DXWRXU GH O¶pJOLVH Ht tout le long du circuit de 8 kms de la
SURFHVVLRQTXLSDUWGHO¶pJOLVH1RVVD6HQKRUDGD&RQFHLomRGD3UDLDHWYDMXVTX¶DX%RQILP
OHV EDUDTXHV GH ERLVVRQV HW G¶DOLPHQWDWLRQ VH VXFFqGHQW (OOHV VRQW GH SOXV HQ SOXV
FRQFHQWUpHVjO¶DSSURFKHGX%RQILP6HUra (2009) voit dans cette fête une carnavalisation du
PRGqOHIHVWLIHQJHQGUpSDUO¶LQWUXVLRQGHTXHOTXHWULRVpOHFWULTXHVLOVQHGpILOHQWTXHVXUXQ
court trajet). Nous pensons que si tentative de carnavalisation il y a, elle est inefficace dans le
cadre des fêtes populaires situées dans des régions morales trop marquées négativement pour
attirer une forme carnavalesque. Celle-FL D SOXV j YRLU DYHF OHV IrWHV ³lights´ TXH QRXV
étudions ci-après.
Ribeira : Fête profane qui sert de porte de sortie au Bonfim. On dit que les fêtards du dernier
dimanche de la neuvaine se retrouvaient dans le quartier de Ribeira pour terminer la fête. Les
barraqueiros quittent la place du Bonfim dans la nuit du dimanche pour accompagner les
IrWDUGV,OV¶DJLWG¶XQHVRUWHG¶XOWLPH prolongation du Bonfim.
São Lazaro )rWHHQO¶KRQQHXUGH6mR5RTXH2PXOXGDQVOHFDQGRPEOp(OOHHVWIrWpGDQV
OD SHWLWH pJOLVH GH 6mR /D]DUR SDU OD FRPPXQDXWp GX TXDUWLHU HW OHV DGHSWHV G¶2PXOX
protecteur des médecins. Des bains de pop corn sont faits par les baianas j O¶RFFDVLRQ GH
cette messe.
I emanja : Le 2 février est un classique des fêtes populaires. Le quartier du Rio Vermelho se
144 prépare à recevoir beaucoup de fidèles et de touristes pour une jolie fête où beaucoup
G¶RIIUDQGHV YRQW rWUH IDLWes à la déesse de la mer, Iemanja, principalement des fleurs. La
FRPPXQDXWpGHSrFKHXUVGX5LR9HUPHOKRHVWjO¶RULJLQHGHFHWWHIrWHTXLGRQQHOLHXjXQH
messe, et à une procession maritime.
I tapuà /DIrWHG¶,WDSXjHVWG¶DERUGXQHIrWHGHTXDUWLHU(OOHYLHQGUDLWG¶XQUrYHGH'RQD
Niçu qui dès lors rend un culte à Iemanja et Nossa Senhora da Conceição da Praia. Comme
au Bonfim, lHVPDUFKHVGXSDUYLVGHO¶pJOLVHVRQWODYpHVSDUOHVbaianas, avec démonstration
GH FDSRHLUD HWF $XMRXUG¶KXL LQWHUGLWV OHV trios électriques de groupes du quartier étaient
VRXYHQWSUpVHQWV6XUODSODFHGHO¶pJOLVHHWOHORQJGHODSURFHVVLRQTXLSDUFRXUWOD2UODOHV
barraqueiros sont également présents.
6) Hiérarchie morale
Le cycle de fêtes dont nous avons rendu compte est celui qui vient « da boca do povo » 151,
F¶HVW-à-dire, celui
qui
est
considéré traditionnellement
comme
calendrier festif.
/¶DGPLQLVWUDWLRQ HOOH D VRXYHQW HVVD\p GH SURSRVHU G¶DXWUHV GpFRXSDJHV GDQV XQ EXW
classificatoire et de hiérarchisation de ces fêtes. Les critères retenus sont ceux de la
fréquentation de ces fêtes, divisant en deux groupes distincts les festivités (Groupe I et
Groupe II), chacun donnant lieu à une tarification différente pour exploiter un espace
marchand, les fêtes les plus courues éWDQWOHVSOXVFKqUHV'DQVFHWWHWHQWDWLYHG¶RUGUHHWGH
fiscalisation, les pouvoirs publics ont aussi ajouté de nouvelles fêtes, moins traditionnelles,
PDLV WUqV SRSXODLUHV j FH FDOHQGULHU IHVWLI $LQVL SRXU OH ODQFHPHQW GH O¶© Opération fête
populaires 2007 », le secrétariat de services publics de la mairie de Salvador fait figurer la
IrWHGHUpYHLOORQGH'DQLHOD0HUFXU\XQHLF{QHGHODPXVLTXH$[pGXFDUQDYDO&¶HVWFRPPH
VLO¶LQGXVWULHFXOWXUHOOHSUHQDLWOHGHVVXVVXUOHVIrWHVSRSXODLUHV0DLVDYDQWG¶DIILUPHUFHOD
nous allons avancer quelques hypothèses concernant les fêtes populaires et le carnaval. Si ce
dernier faisait traditionnellement partie du cycle populaire, depuis les années 1990, il est
integré au projet économique basé sur le tourisme IHVWLIGHO¶eWDWGH%DKLDHWGHODYLOOHGH
Salvador. De la même forme, des fêtes purement commerciales comme celle du réveillon de
Daniela Mercury, par simple facilité organisationnelle pour les pouvoirs publics en charge de
sa réalisation, intègre le calendrier de fêtes populaires. Mais, regardons de plus près quelles
151
7UDGXFWLRQ³GHODERXFKHGXSHXSOH »
145 VRQW OHV IrWHV GH O¶2SpUDWLRQ IrWHV SRSXODLUHV GH 6DOYDGRU /H -RXUQDO RIILFLHO GH 6DOYDGRU
décrète, en mars 2007, la création de cette opération qui concerne les fêtes de réveillon, Boa
Viagem, Nossa Senhora da Conceição, Lavagem do Bonfim, Itapoan, Yemanja. Que
deviennent donc les fêtes de Santa Barbara, Santa Luzia, de Lapinha, de Ribeira et de São
Lazaro "/DSUHPLqUHEpQpILFLHG¶XQVWDWXWXQSHXSDUWLFXOLHUFDUHOOHVHGpURXOHGDQVOHFHntre
KLVWRULTXH GX 3HORXULQKR HW SRXU FHOD GpSHQG GH O¶RUJDQLVDWLRQ GH O¶,QVWLWXW GX SDWULPRLQH
,3$&HWSRXUFHTXLFRQFHUQHOHFRPPHUFHGHUXHGHO¶$VVRFLDWLRQGHVEDUUDTXHLURVGX
centre historique. Toutes ces fêtes « manquantes ª j O¶2SpUDWLRQ IrWHV populaires
DSSDUWLHQQHQW DX *URXSH ,, VL O¶RQ VH UpIqUH DX[ WDEOHDX[ GHV WH[WHV HW GpFUHWV IL[DQW OHV
conditions du commerce de rue que je récapitule ici :
Fêtes populaires du Groupe I
Fêtes populaires du Groupe I I
Réveillon
Santa Barbara
Boa Viagem
Santa Luzia
Nossa Senhora da Conceição
Lapinha
Lavagem do Bonfim
Ribeira
Itapoan
São Lazaro
Yemanja
Nous avons ici la SUHXYH G¶XQHFHUWDLQHKLpUDUFKLH RUJDQLVDWLRQQHOOH j O¶LQWpULHXU GHV IrWHV
populaires. Le carnaval quant à lui a perdu son statut de fête populaire, il est pour les
organismes en charge de sa réalisation « le carnaval » ou encore « la plus grande fête
populaire du monde ». Nous discuterons par la suite cette notion de populaire attribuée au
FDUQDYDO5HWHQRQVSRXUO¶LQVWDQWODGLVWLnction entre fêtes populaires et carnaval et celle qui
est faite à plus petite échelle entre les fêtes populaires.
a) Lieux
Je relèverai maintenant de façon assez systématique les emplacements des fêtes populaires,
soit les « places » festives dans la ville. -¶DLJDUGpO¶RUGUHFKURQRORJLTXHGXFDOHQGULHUIHVWLI
1RXV SHQVRQV TX¶LO HVW SRVVLEOH TXH FHV IrWHV DLHQW pWp FRQILpHV DX[ FRQIUpULHV GHV 1RLUV
comme Nina Rodrigues le faisait remarquer car chaque ethnie avait son saint de référence
146 DWWULEXpSDUO¶pJOLVHFDWKROLTXH&HVDLQWSHXWDYRLUXQUDSSRUWDYHFO¶DFWLYLWpSURIHVVLRQQHOOH
FDUDFWpULVWLTXH GH O¶HWKQLH RX XQH UHVVHPEODQFH DYHF XQ FXOWH ORFDO &HSHQGDQW QRXV QH
GLVSRVRQVSDVGHFHW\SHG¶LQIRUPDWLRQVGDQVOHFDGUHGHFHWWHUHFKHUFKHSRXUIDLUHDSSDUDître
systématiquement les analogies et retrouver les possibles acteurs de chacune de ces fêtes.
Les « places » festives152
Fête
Procession
Place
Quartier
Place du Pelourinho
Santa Bárbara
Baixa dos Sapateiros/ HQIDFHGHO¶pJOLVH
Centro histórico
Nossa Senhora do
Ville haute
Rosario
Festa N.S. da
Dans les rues du
Place du Mercado
Conceição
Comercio
Modelo
Ville basse
Rua do Pilar /
Festa Santa Luzia
&RPHUFLRMXVTX¶j
/DSODFHGHO¶pJOLVH
O¶pJOLVHGH1RVVD
de Nossa Senhora do Ville basse
Senhora da
Pilar
Conceição da Praia)
Procession maritime
Festa da Boa Viagem
entre le quartier du
/DSODFHGHO¶pJOLVH
Monte Serrat et celui de Boa Viagem
Ville basse
du Comercio.
Dans le quartier de
Festa da Lapinha
Lapinha et les
Place de Lapinha
Ville haute
quartiers adjacents
3URFHVVLRQGHO¶pJOLVH
Lavagem do Bonfim
de Nossa Senhora da 3ODFHGHO¶pJOLVHGX
Conceição da Praia
Bonfim
Ville basse
MXVTX¶jFHOOHGX
152
Les informations concernant les fêtes populaires ont été recueillies pour une part sur le
WHUUDLQSHQGDQWOHF\FOHGHVIrWHVSRSXODLUHVHWG¶DXWUHSDUWVXUOHVLWHGHOD)XQGDomR
Gregorio de Mattos: http://www.culturatododia.salvador.ba.gov.br/festas.php et celui du
portail du carnaval 2011 :
http://www.portaldocarnaval.ba.gov.br/2011/Servicos/Calendario.asp le 08/03/2011.
147 Bonfim
Quartier de Ribeira.
Fête de Ribeira
Fête profane,
Quartier de Ribeira
Ville basse
3ODFHGHO¶pJOLVH
Orla
« sortie » du Bonfim.
Fête de São Làzaro
Quartier de São
Làzaro
Bord de mer du
Fête de Iemanja
quartier du Rio
Place de la Mariquita Orla
Vermelho
)rWHG¶,WDSXj
Bord de mer du
Place Dorival
TXDUWLHUG¶,WDSXj
Caymmi
Orla
Dans ce tableau, nous avons fait figurer les fêtes populaires ou de « largo » de Salvador,
selon leur ordre chronologique dans le calendrier allant de décembre à février et en mettant à
part le carnaval dont nous étudierons plus spécifiquement les différents circuits par la suite.
Ces fêtes sont au nombre de dix. Ce calendrier diffère un tant soit peu de celui du service de
la mairie responsable de la fiscalisation des travailleurs de rue sur lequel nous sommes déjà
UHYHQXjSURSRVGHO¶2SpUDWLRQIrWHVSRSXODLUHVTXLGpWHUPLQHOHVIêtes qui y participent.
La première constatation est que sur ces dix fêtes, sept ont lieu dans les quartiers de la Baie.
Parmi ces dix fêtes, cinq sont implantées dans la ville basse : deux aux alentours du port,
Conceição da praia et Santa Luzia et trois dans les quartiers de la Baie plus distants du centre
historique, autrefois quartiers de la bourgeoisie locale : fête de Nosso Senhor dos Navegantes
dans le quartier de Boa Viagem, lavage du Bonfim à Ribeira et fête de Ribeira également
dans le quartier du même nom. La fête des rois mages et Santa Barbara ont lieu dans la ville
haute. Enfin, les trois dernières se déroulent sur la Orla, à des points stratégiques
KLVWRULTXHPHQW 5LR 9HUPHOKR HVW OH SRUW G¶DWWDFKH GH &DUDPXUX DQFLHQ TXDUWLHU DYHF XQH
tradition de pêche. Itapuà, longtemps considéré comme un village distant, était également le
SRUW G¶DWWDFKH G¶XQH FRORQLH GH SrFKHXUV (QILQ 6mR /D]DUR VH WURXYH VXU OHV KDXWHXUV GH
2QGLQDUHJDUGDQWOHOLWWRUDOGXKDXWGHODFROOLQH&HVTXDUWLHUVDQFLHQVQ¶RQt pas attendu que
la Orla se modernise pour exister, ils ont leur propre histoire et leur propre tradition. Ce sont
avant tout des fêtes de quartier. Dans le cas de Rio Vermelho, la colonie de pêcheurs rend
hommage à la déesse de la mer, Iemanja. Dans celuL G¶,WDSXj LO V¶DJLUDLW G¶XQH SURPHVVH
148 faite par une habitante du quartier à Nossa Senhora da Conceição qui aurait initié cette fête
qui a toujours lieu une semaine avant le carnaval. Quand à São Lazaro, un culte à São Roque,
Omulu dans le candomblé, est rendu dans une église de quartier.
Nous pouvons donc affirmer que ces dix fêtes sont hors des circuits urbains modernes et des
FLUFXLWVWRXULVWLTXHVV¶LQVFULYDQWSOXW{WGDQVXQHOHFWXUHOLWXUJLTXHGHODYLOOHTXLUHPRQWHDX
WHPSV R O¶pJOLVH FDWKROLTXH Mouait un rôle important dans le quotidien de la population et
GDQVO¶RUGRQQDQFHPRUDOHGHODFLWp
'¶DXWUHSDUWODOHFWXUHSDUOHVRUJDQLVPHVSXEOLFVGHFHVIrWHVGpQRWHXQHKLpUDUFKLVDWLRQTXL
SUHQGHQFRPSWHSULQFLSDOHPHQWO¶DPSOHXUGHODIrWHeWDQWGonné que la classification donne
OLHXjXQHILFKHWDULIDLUHGLIIpUHQWHSRXUDXWRULVHUODYHQWHG¶DOLPHQWVHWGHERLVVRQVODPDLULH
SUHQGHQFRPSWHOHSRWHQWLHOGXFKLIIUHG¶DIIDLUHVGHVFRPPHUoDQWVGHUXH&HFLGLWFHVIrWHV
de moindre ampleur attirent moins de marchands que les fêtes les plus fréquentées, souvent le
groupe resserré de marchand des fêtes populaire alors que les fêtes les plus importantes
accueillent énormément de marchands de type « glacière ªTXLG¶DSUqV'RQD,QGLDHWVDILOOH
Q¶RQW QL tradition, ni investissement préalables. La concurrence est donc moindre dans les
fêtes moins fréquentées.
b) Tarifs
/HV W\SHV G¶pTXLSHPHQWV DXWRULVpV SRXU OHV IrWHV SRSXODLUHV VRQW OHV VXLYDQWV 153 : 1)
« carrinho », soit un équipement mobile spécialisé dans la distribution des produits suivants :
jus de fruit, esquimaux, barba papa, frites, crêpes de tapioca, friandises, hot-dog, café, jus de
canne, brochettes, churros, gâteau de maïs, hamburger et pizzas, épis de maïs, pop corn,
pizza, fromage grillé, glaces, biscuits artisanaux, brochettes de crevettes, en-cas
préalablement préparés, beignets ; 2) des étals qui se déclinent aussi selon les aliments
autorisés à la vente : acarajé SRPPH G¶DPRXU VXFUHULHV HW FLJDUHWWHV IHLMRDGD ELqUHV HW
sodas ; 3) les glacières pour la vente de bières et sodas ; 4) les voitures de vente de glaçons et
OHVYpKLFXOHVVSpFLDX[W\SHFDUDYDQHSRXUODYHQWHG¶HQ-cas et de boissons. Les valeurs à
acquitter varient en fonction des équipements et des fêtes (Groupe I ou Groupe II) de la
manière suivante :
149 Groupe I
Groupe I I
« Carrinhos » et étals
R$ 25,00
R$ 20,00
Glacières
R$ 20,00
R$ 15,00
Voiture de glaçons
R$ 80,00
R$ 80,00
Véhicules type caravanes
R$ 50,00
R$ 35,00
Les dimensions des équipements figurent également dans cet arrêté municipal qui « définit
O¶H[HUFLFH GHV DFWLYLWpV GX FRPPHUFH LQIRUPHO GDQV O¶HVSDFH SXEOLF GXUDQW OHV IrWHV
SRSXODLUHVGHHWOHFDUQDYDOGHHWVXUG¶DXWUHVFRQVLGpUDWLRQV »154.
Les baraques ont aussi leur définition décrite minutieusement dans cet arrêté municipal, en
IRQFWLRQGHFHTX¶HOOHVFRPPHUFLDOLVHQWHWGXW\SHGHIrWHVFRQFHUQpHV : 1) kiosque à en-cas,
fruits, imprimés, tampons, clés, fleurs, artisanat ; 2) kiosque du marché municipal, boxe du
marché municipal, kiosque démontable pour hot-dog ; 3) étal démontable pour cocktails,
étals démontables pour bondieuseries et parfums ; 4) baraque standardisée de la mairie de
6DOYDGRU GH YHQWH G¶DOLPHQWV HW GH ERLVVRQV SRXU OHV IrWHV GH &RQFHLomR %RD 9LDJHP HW
Itapuà, baraques standardisées de la mairie de Salvador pour les fête de Bonfim et Iemanja, 5)
baraques traditionnelles ; 6) baraques du type kermesse. Chacune donne lieu à un tarif
spécifique selon le tableau suivant :
Kiosques (sauf artisanat)
Groupe I
Groupe I I
R$ 40,00
R$ 30,00
R$ 40,00
R$ 30,00
R$ 25,00
R$ 20,00
R$ 180,00
-
Kiosque et boxe du marché
municipal
et
kiosque à
artisanat
Étals démontables
Baraque standardisée de la
mairie
(Conceição
et
153
'¶DSUqVO¶$UUrWp0XQLFLSDOQƒGX-RXUQDO2IILFLHOGH$12;;,,,
n°5.020. 154
Arrêté Municipal n° 197/2009 du Journal Officiel de 25/11/2009, ANO XXIII, n°5.020.
150 I tapuà)
Baraque standardisée de la
R$ 213,42
-
Baraques traditionnelles
-
R$ 35,00
Baraque type quermesse
R$ 180,00
R$ 35,00
mairie (Bonfim et I emanja)
&H W\SH G¶arrêté municipal, publié et révisé annuellement attribut les bases du commerce
informel en temps de fête à Salvador. La base des politiques de standardisation y est
comprise en matière de commerce de rue pour les fêtes populaires et comme nous le verrons
par la suite, pour le carnaval. Ces textes se déclinent en Arrêtés, Décrets et Lois, dépendant
du « Secrétariat du Service Public » (SESP) renommé il y a quelques années « secrétariat du
service public et de prévention de la violence » (SESP), lorsque la Mairie a elle-même été
rebaptisée par le maire en fonction João Henrique, « mairie de participation populaire », sur
laquelle nous reviendrons dans la troisième partie.
c) Concurrence
Ces prix qui peuvent sembler à première vue dérisoires, surtout en ce qui concerne la vente
ambulante et de glacière, représentent pour certaines personnes démunies une barrière qui ne
peut être franchie sans V¶HWUH HQGHWWpV ,O IDXW SUHQGUH HQ FRPSWH TXH O¶DFKDW GH OD PDWLqUH
première et du matériel de vente est déjà dans la plupart des cas un sacrifice ou lié à un
HQGHWWHPHQW/RUVTX¶LOV¶DJLWGHWUDYDLOHQEDUDTXHVVWDQGDUGLVpHVRXWUDGLWLRQQHOOHVOHVSUL[
IODPEHQWG¶ROHVORXUGHVUpFODPDWLRQVGHVPDUFKDQGVGHVIrWHVSRSXODLUHVTXLQ¶RQWSDVGH
IRQGVGHURXOHPHQWHQDUJHQWPDLVHQPDWpULHOFHTXLIDLWTXHFHVWD[HVSD\DEOHVjO¶DYDQFH
représentent des obstacles et souvent des endettements supplémentaires. Ce tableau explique
également pourquoi les marchands de boissons en glacière arrivent à pratiquer des tarifs
moins élevés que ceux des baraques qui ont plus de frais, créant ainsi une concurrence
déloyale pour ceux qui investissent dans un équipement plus lourd qui offre plus de confort.
/D FKDVVH DX PDUFKDQG GH JODFLqUH TXL Q¶RFFXSH SDV XQH SODFH VXU OHV PDUJHV FRPPH OD
GpOLPLWDWLRQ GH OD PDLULH O¶RUGRQQH HVW UpJXOLqUHPHQW GHPDQGpH SDU OH FRPPHUoDQW GH
baraque qui retrouve bon nombre de clients occupant ses tables et chaiVHVHWDORUVTX¶LOVVH
fournissent au vendeur de glacière le plus proche. Pourtant, dans le cadre des fêtes populaires,
notre enquête de terrain nous a révélé une tolérance vis-à-vis des règles et des normes en
vigueur.
151 7) Règles souples
Un peu à la manière GHO¶RUJDQLVDWLRQemic des « coins » qui comprenait une hiérarchie et un
rapport au temps spécifique, différent de celui des pouvoirs en place, nous retrouvons dans
OHV IrWHV SRSXODLUHV XQ UDSSRUW DX[ UqJOHV TXL Q¶HVW SDV FHOXL SUHVFULW SDU O¶REOLJDWLRQ Du
UHVSHFW GHFHV GHUQLqUHV PDLV SOXW{W XQHSRVVLELOLWp G¶DGDSWDWLRQHW GHFRPSUpKHQVLRQ GH OD
situation. $LQVL ORUV G¶XQ WHUUDLQ SHQGDQW OD IrWH G¶,WDSXj HQ QRXV DYRQV SX QRXV
constater un autre mode de régulation des marchands, de la part des pouvoirs publics.
Je me suis entretenue avec un agent de la SESP, organe de la mairie chargé de la
réglementation et de la fiscalisation du commerce de rue. Je lui demandais si les
vendeurs qui ne disposaient pas de structure solide, PDLVVLPSOHPHQWG¶XQHJODFière
GHYDLHQW SD\HU XQHWD[H SRXU REWHQLUOHGURLW GH WUDYDLOOHU /¶HPSOR\p P¶D UpSRQGX
dans le même temps que tout le monde devait payer une taxe pour obtenir une licence
GHYHQWHPDLVTXHOHVPDUFKDQGVHQTXHVWLRQQ¶HQDYDLHQWSDVSD\pJe lui demandais
V¶LODOODLWOHXUGHPDQGHUG¶DFTXLWWHUOHXUG€PDLVLOP¶DUpSRQGXTXHQRQ : tant que
SHUVRQQH QH IDLVDLW GH UpFODPDWLRQ LO Q¶LQTXLqWHUDLW SHUVRQQH Alors que nous
GLVFXWLRQVOHFKHIGHFHWHPSOR\pHVWDUULYp,OV¶HVWHPSUHVVpGHFRUULJHUO¶HPSOR\p
avec qui je discutais affirmant que tous les marchands devaient payer une taxe.
Cependant, il a continué HQGLVDQWTX¶LOQHGLUDLWULHQjFHX[TXLQ¶HQQ¶DYDLHQWSDV
SD\pFDULO\DWHOOHPHQWGHIDPLOOHVQpFHVVLWHXVHVTX¶LOQHSHXWSDVOHVHPSrFKHUGH
travailler. Il a ajouté TX¶LO YHLOOHUDLW DYHF VRQ pTXLSH DX UHVSHFW GHV HPSODFHPHQWV
Ces marchands ne devaient pas occuper la place centrale de la fête mais rester sur les
rues adjacentes.
3RXUWDQWHQMHWDQWXQFRXSG¶°LODOHQWRXUVMHPHUHQGDLVFRPSWHTXHFHV marchands
jODJODFLqUHRFFXSDLHQWMXVWHPHQWOHF°XUGHODIrWHDX[DERUGVLPPpGLDWVGHO¶pJOLVH
RDYDLWOLHXOHODYDJH6HORQODPrPHORJLTXHWDQWTXHSHUVRQQHQHGLVDLWULHQ«OHV
JDUGHVPXQLFLSDX[OHVODLVVHUDLHQWVXUODSODFHFHQWUDOHGHO¶pJOLVHG¶Itapuà155.
Les possibles plaintes auxquelles se référaient les agents de la SESP peuvent venir :
155
Journal de terrain de janvier 2011.
152 ‡
G¶DXWUHV YHQGHXUV VDQV pWDOV TXL RQW SRXU OHXU SDUW DFTXLWWpV OHV GURLWV DXSUqV GH OD
6(63&¶pWDLWOHFDVG¶XQHPDUFKDQGHYHQXHYRLUOHFKHISRXUOXLSUpVenter sa licence
SHQGDQW TXH M¶pWDLV SUpVHQWH 6XU FHOOH-ci figurait OH W\SH G¶pTXLSHPHQW GRQW HOOH
GLVSRVDLWODIrWHRHOOHWUDYDLOODLWOHWDULIDFTXLWWpO¶HPSODFHPHQWTX¶HOOHRFFXSHUDLW
Il est évident que si son emplacement était occupé par un autre marchand qui ne
V¶pWDLW SDV DFTXLWWp GH OD WD[H OHV DJHQWV GH ILVFDOLVDWLRQ OXL DXUDLHQW GHPDQGp GH
laisser sa place.
‡
des barraqueiros : payant des taxes plus lourdes pour travailler (incluant la structure
fournie par la mDLULHHW OD WD[H G¶pOHFWUicité), ils pratiquent des prix plus élevés que
ceux qui ne paient rien ou très peu. Lorsque les vendeurs sans étals, qui pour la
SOXSDUW QH V¶DFTXLWWHQW SDV GH OHXU GURLW GH YHQWH HW SUDWLTXHQW GHV SOXV EDV SUL[
YLHQQHQWV¶LQVWDOOHUWURSSUqVGHVEDUUDTXeiros il y a conflit car le client achète au plus
EDVSUL[ODELqUHjFRQVRPPHUHWV¶DVVLHGFKH]OHVEDUUDTXHLURVTXLRQWGHVWDEOHVHW
des chaises devant leur baraques. Ces derniers en appellent alors aux agents de la
SESP qui font alors respecter les règles.
Dans le cas qui nous intéresse, nous avons de la part des agents de la SESP une
compréhension du monde des barraqueiros. Un savoir emic de leur réalité et de leur mode
G¶DJLUTXLDjYRLUDYHFXQHSUDWLTXHGHO¶LQIRUPDOLWpDQFLHQQHGDQVODTXHOOHOHs règles dures
GHV SRXYRLUV SXEOLFV Q¶LQWHUYLHQQHQW TXH ORUVTXH OHV UqJOHV VRXSOHV GX FRPPHUFH GH UXH
V¶HVVRXIIOHnt, ne répondent plus aux besoins de régulation de la communauté de marchands.
-¶XWLOLVHOHPRWFRPPXQDXWpGHPDQLqUHXQSHXDEXVLYHFDUQRXVDvons vu que les marchands
ne partagent pas les mêmes devoirs ni les mêmes règles selon leur type de vente, ce qui
participe plutôt de leur mise en concurrence plutôt que de leur réunion. Cependant, de notre
point de vue, ils restent des marchands de rue, divisés par les pouvoirs publics mais réunis
SDUXQPRGHGHIDLUHHWG¶DSSUpKHQGHUOHWUDYDLOHWOHVFRQIOLWV
'¶DXWUH SDUW QRXV XWLOLVRQV OD GLFKRWRPLH UqJOHV VRXSOHVUqJOHV ULJLGHV HQ DGpTXDWLRQ DYHF
O¶DQDO\VHGH0DU\'RXJODVGDQVVRQRXYUDJH'HODVRXLllure (2001)156 ORUVTX¶HOOHV¶HIIRUFH
G¶pWDEOLUXQOLHQHQWUHODQRWLRQGHSROOXWLRQGDQVOHVVRFLpWpVSULPLWLYHVHWGDQVQRVVRFLpWpV
153 développées. Elle critique et dénonce les théories anthropologiques qui ont fait des sociétés
primitives des sociétés arriérées, où les hommes et les femmes auraient des stades primaires
G¶LQWHOOLJHQFHFRPSDUpVSDUIRLVDXVWDGHGHO¶HQIDQFHHWWRXMRXUVHQGHojGHO¶LQWHOOHFWGHV
hommes et des femmes des sociétés développées. Elle élabore donc une théorie qui fait de
O¶XVDJHdes notions de pollution ou de tabou dans les sociétés primitives un puissant allié du
SRXYRLUHWGHO¶RUGUHVRFLDOSOXW{WTXHGHVVXSHUVWLWLRQVTXLQ¶DXUDLHQWSDVGpSDVVpHVOHVWDGH
fécal. Là où les lois ne sont pas fermes, les notions de pollution aident à maintenir un ordre
social cohérant où le danger du désordre est contenu. Au contraire, les sociétés développées
mettent en place des systèmes basés sur la bureaucratie et la police pour astreindre ses
citoyens à obéir à un ordre défini par des textes. En ce sens elles utilisent moins la notion de
pollution. Le danger de la pollution est parfois représenté par une contamination qui
V¶RSqUHUDLWSDUOHVRULILFHVFRUSRUHOVGDQVXQHPpWDSKRUHROHFRUSVVRFLDOGHYLHQWXQFRUSV
KXPDLQ/¶DXWHXUFLWHGHVH[emples de sociétés primitives où il existe de nombreux interdits
liés au sexe ou à la manière de confectionner le repas, ODERXFKHFRPPHO¶DQXVVRQWDXWDQW
G¶RXYHUWXUHs exposées au danger exercé par la pollution, qui retire les forces vitales des
hommes. LHPR\HQGH V¶HQSUpVHUYHUHVWGHUHVSHFWHUOHVUqJOHVRXOHVWDERXV /RUVTXHOD
UqJOH Q¶D SDV pWp UHVSHFWpH GHV ULWHV SXULILFDWHXUV H[LVWHQW, qui lavent rapidement et
efficacement la pollution contractée pendant la désobéissance. Dans les sociétés primitives où
les règles ne sont pas trop fermes, la solution est donc réparatrice ; il existe peu de peine
FDSLWDOH /¶LGpDO GH FHWWH PpWDSKRUH FRUSRUHOOH HVW OH FRUSV LPSHUPpDEOH RX pWDQFKH TXL
résout à la fois les contradictions internes des sociétés et à la fois les dangers externes de
pollution.
1RXV UHWURXYRQV GDQV VRQ DQDO\VH XQ pFKR j QRWUH DQDO\VH VXU O¶RUJDQLVDWLRQ emic du
commerce de rue, sans arrêt contrainte et soumise par la bureaucratie du pouvoir en place.
/¶RULJLQDOLWpGHQRWUHH[HPSOHGHODIrWHG¶,WDSXjUHVWHFHSHQGDQWODFDSDFLWpGHVDJHQWVGHOD
SESP, fonctionnaires publics qui prennent alors le rôle de « capatazes » modernes,
G¶LQFRUSRUHU GHV UqJOHV GH UpJXODWLRQ LVVXHV GX SURSUH VFKpPD GH O¶LQIRUPDOLWp FRPPH VL
eux-mêmes en étaient issus.
Mary Douglas continue son analyse sur les règles en disant que ces dernières dans leur
ordonnance souple, sont faites pour réguler les conflits et non pour être prises au pied de la
156
,OV¶DJLWG¶XQHUppGLWLRQ/DYHUVLRQRULJLQDOHHVWVRUWLHHQODSUHPLqUHpGLWLRQ
154 lettre. Cela nous renvoie au fait que le monde du commerce de rue, dans le cadre des fêtes
populaire, a une structure légale souple qui permet des arrangements et des régulations.
Cependant, dans ce schéma, les tabous sont censés protégés la société contre les attitudes
déviantes. Dans notre contexte, les tabous peuvent être ce qui permet de distinguer le « bon
pauvre » et le « mauvais pauvre ». Les bons pauvres GDQV O¶H[HPSOH UHODWp FL-dessus sont
selon les dires du chef de la fiscalisation ceux qui méritent de travailler, quitte à ne pas
respecter les règles établies pour subvenir aux besoins de leur famille. Dans ce cas
O¶LQIUDFWLRQ VH WUDQVIRUPH HQ QpFHVVLWp PRUDOH G¶DLGHU XQ ERQ SqUH GH IDPLOOH XQ KRQQrWH
WUDYDLOOHXUSDXYUHTXLHVWWHQXjO¶pFDUWGHODVRFLpWpIRUPHOOHHWGHVUqJOHVSDUODVLWXDWLRQGH
misère dont il relèvH ,O HVW FRQVLGpUp FRPPH YLFWLPH /¶LGpH FRQVWLWXWLYH G¶XQH FHUWDLQH
économie morale est la suivante : « Il faut les laisser travailler, les pauvres ! Leur laisser une
FKDQFHG¶rWUHG¶KRQQrWHVWUDYDLOOHXUV ».
(Q UHYDQFKH WRXW VHFWHXU \ FRPSULV O¶LQIRUmel doit se protéger contre les « mauvais
pauvres » ou mauvais travailleurs. Nous avons relevé par exemple un gros titre du journal A
tarde, quotidien de référence à Bahia, « Trafiquant de drogue se faisant passer pour un
camelot est arrêté ». Cela révèle-t-il un lien entre les économies souterraines du trafic de
GURJXHHWO¶pFRQRPLHLQIRUPHOOH "&HUWDLQHPHQWSDVLOV¶DJLWWRXWVLPSOHPHQWG¶XQHVWUDWpJLH
DGRSWpHSDUXQEDQGLWTXLDWURXYpSOXVVLPSOHG¶DGRSWHUXQHILJXUHGHFDPHORWTXLOXLIDLVDLW
bénéficLHU GH UqJOHV VRXSOHV HQ UHODWLRQ DYHF OHV SRXYRLUV SXEOLFV SHQVDQW DLQVL Q¶DYRLU GH
compte à rendre à personne. Nous pouvons LPDJLQHU TX¶LO D DGRSWp O¶LPDJH GX WUDYDLOOHXU
pauvre pour tromper les adversaires sur sa véritable identité de canaille. Ce type G¶H[HPSOH
QRXUULW O¶LPDJLQDLUH VXU OH © bon pauvre » et le « mauvais pauvre ª HW O¶DPDOJDPH HQWUH
commerce informel et commerce illégal.
Dans la même optique, nous pouvons relever dans le discours de la fille India à propos des
vendeurs de glacière une VpULH GH UpIpUHQFHV QpJDWLYHV TXDQW DX[ PDUFKDQGV TXL Q¶RQW SDV
« O¶RULJLQH GH EDUDTXH », qui vendent sans culture et sans âme, parfois à la limite de la
malhonnêteté car ils ne respectent pas les règles internes des marchands, notamment les prix
minimums GHV ERLVVRQV (OOHFULWLTXHO¶DWWLWXGH © souple » de la mairie à leur égard. A son
échelle, elle reproduit le schéma du « bon pauvre ª DVVLPLOp DX ERQ WUDYDLOOHXU LVVX G¶XQH
tradition et du « mauvais pauvre » sans culture qui vient empiéter sur un savoir-faire dont elle
française en 1971 chez Maspero, et en 2001 à La Découverte.
155 a hérité et dont les règles ne sont pas partagées. Elle utilise elle aussi un système
GLVFULPLQDWRLUH HQWUH FHX[ TXL SDUWDJHQW OD PrPH WUDGLWLRQ TX¶HOOH HW FHX[ TXL VRQW GHV
pauvres vulgaires, voire malhonnêtes dans leur non respect des règles souples. Il est
intéressant de voir que de son point de vue la mDLULHQ¶HVWSDVHQDGpTXDWLRQDYHFOHVUqJOHV
GXFRPPHUFHGHUXHHWTX¶HOOHUHSURFKHDX[DJHQWVGHODILVFDOLVDWLRQGHQHSDVUHPSOLUOHXU
rôle de règles dures.
8) Décadence des fêtes populaires
Selon une marchande interrogée par un journaliste157 à la fête de Nossa Senhora da
Conceição da praia, « LOQ¶\DSOXVOHPrPHpFODWTX¶DXWUHIRLVHWQRXVOXWWRQVEHDXFRXSSRXU
que cette fête ne meure pas ª /H VDFULVWDLQ GH O¶pJOLVH SDUWDJH OD PrPH RSLnion et se
rappelle :
« $YDQWOHVJHQVYHQDLHQWSRXUODQHXYDLQHSXLVLOVDOODLHQWV¶DFKHWHUGHV
IUXLWVGHVFKDSHDX[GHSDLOOHHWGLVFXWHU$XMRXUG¶KXLSOXVSHUVRQQHQHYHXWDOOHU
DX[EDUDTXHVHWVXUODSODFHLOVVRUWHQWGHODPHVVHHWV¶HQYRQW »158.
Les motifs souvent mis en avant par les fidèles et autres sympathisants des fêtes, sont la
saleté et la délinquance. Nous remarquons également que la variété de produits offerte par les
baraques est limitée par rapport à la description du sacristain. AujRXUG¶KXL OHV DUWLFOHV
proposés sont très majoritairement des boissons et de la nourriture, parfois des fleurs et du
SDUIXP TXDQG OD FpOpEUDWLRQ FRQWLHQW GHV RIIUDQGHV /¶DUWLFOH SRUWH OH WLWUH GH © Fêtes
populaires en franche décadence », et souligne le fait que certaines fêtes sont tombées dans
O¶RXEOLHWFHPDOJUpOHXULQWpUrWSDWULPRQLDOHWWRXULVWLTXHFRPPHF¶HVWOHFDVDYHFODIrWHGH
Santa Luzia. Seuls les dévots à cette sDLQWHIUpTXHQWHQWHQFRUHO¶pJOLVHGX3LODURDOLHXOD
messe car les alentours sont suffisamment malfamés et abandonnés pour rebrousser son
FKHPLQ DYDQW G¶DUULYHU DX OLHX-GLW &HSHQGDQW DXMRXUG¶KXL GHV LQYHVWLVVHXUV DUWLVWHV HW
SURGXFWHXUV DUWLVWLTXHV FRPPHQFHQW j UpQRYHU HW V¶pWDEOLU GDQV OHV SURFKHV DOHQWRXUV
changeant peut-êWUHjODORQJXHO¶LPDJHGXTXDUWLHU/¶DUWLFOHVRXOLJQHpJDOHPHQWOHIDLWTXH
les durée de permanence des marchands sur le lieu de la fête a été beaucoup réduit, puisque
157
A tarde, 09/12/2004, « Já não temos o mesmo brilho de antes e lutamos muito para que a
IHVWDQmRPRUUD´
156 par exemple pour la neuvaine de Conceição da praia ils ne travaillent que trois jours, le reste
du temps, les affaires ne sont pas assez fleurissantes pour que cela vaille la peine.
Ce discours pessimiste sur les fêtes populaires rejoint celui de Dona India et sa fille, tout
DXVVL SHVVLPLVWH (Q HIIHW OD YLHLOOH YLOOH ELHQ TX¶DX FHQWUH G¶un projet de réhabilitation va
devoir attendre des jours meilleurs pour aborder une apparence réjouissante. De nombreux
immeubles abandonnés depuis des années sont tombés en ruine ou alors squattés par la
SRSXODWLRQ GH UXH VRXYHQW GURJXpH DX FUDF 6L O¶RQ SUHQG O¶H[HPSOH GH O¶pJOLVH GH 1RVVD
Senhora da pUDLD O¶LPPHXEOH DGMDFHQW SUpVHQWH OHV FDUDFWpULVWLTXHV GH UXLQHV /H VRXVTXDUWLHUGX3LODURVHWURXYHO¶pJOLVHDEULWDQW6DQWD/X]LDHVWGpMjXQH© cracolândia », soit
aux mains des drogués du crac, donnant un aspect fantasmatique et désolant au quartier tout
entier. Comme réponse à cette désolation, les classes moyennes et hautes préfèrent fuir et
DEDQGRQQHUFHWWHYLHLOOHYLOOHHWVHVWUDGLWLRQVGHUXHHQV¶HQIHUPDQWGDQVXQPRGqOHGHORLVLU
autre qui sDQVRXEOLHUWRWDOHPHQWOHVWUDGLWLRQVOHXUWRXUQHSOHLQHPHQWOHGRV&¶HVWOHFDVGHV
« fêtes lights », inaugurées en 1998 qui se servent de la tradition comme marketing
IRONORULTXHPDLVRXEOLHQWWRXWHO¶HVVHQFHGHOD© fête de largo ».
B- Les « fêtes light »
1) Le « Light »
/¶XVDJH GX WHUPH © light ª DX %UpVLO FKDQJH XQ SHX GH FH TX¶RQ SHXW HQWHQGUH SDU OXL HQ
France. Le « light » se fait le porte-parole ou porte-bannière GXPRGHGHYLHjO¶américaine ou
j O¶européenne. Il est synonyme de minceur et reflète O¶HVWKpWLTXH GHV WRSV PRGqOHV TXL
figurent dans la presse féminine brésilienne ou étrangère. Le « light », est ce qui remplace la
mention « allégé » sur les produits alimentaires dans lesquels il y a moins de sucre ou moins
de graisses que dans le modèle classique (différent du « Diet » qui lui est sans sucre). Mais il
est encore plus que ça, il est un style de vie. Être « light ªF¶HVWpSRXVHUXQPRGHGHYLHGDQV
lequel on assujettie sa vie au système capitaliste de consommation, et où on accorde aux
canons physiques médiatisés une référence de réussite sociale. Dans ce modèle les références
158
A tarde, 09/12/2004, « « Antes, as pessoas vinham para a novena, depois saiam para
comprar frutas, chapeu de palha e conversar. Hoje, ninguem quer mais ficar nas barracas e no
largo. Saem GDVPLVVDVHYmRHPERUD´ 157 culturelles sont généralement celles desÉtats-Unis. Au niveau des loisirs, O¶HQWUH-soi est
favorisé en privilégiant les espaces privés (centres commerciaux, clubs récréatifs, fêtes
privées) aux lieux publics. À Salvador, la « fête light » est lancée en 1998. Elle a lieu le
PrPHMRXUTXHODIrWHSRSXODLUHjODTXHOOHHOOHHPSUXQWHOHQRPPDLVQ¶DSOXVDXFXQHUHODWLRQ
DYHFO¶pJOLVHQLVDSODFH(OOHV¶LQVFULWGDQVOHVFKpPDGHO¶LQGXVWULHFXOWXUHOOH
2) « Bonfim Light »
Le terme apparait associé à une fête du calendrier populaire, Nosso Senhor do Bonfim, en
1998. Cette fête a lieu le jour du lavage de Bonfim, mais dans un espace différent. En effet,
cette fête payante à la différence des fêtes de largo a lieu dans un complexe de luxe
(restaurants et loisirs) qui jouxte le bâtiment de la Marine, aux abords du port. Proche
géographiquement de la fête de largo (en face presque du point de départ de la procession)
mais éloigné eWGpOLPLWpVRFLDOHPHQW6LO¶RQVHUpIqUHDXVLWHZZZERQILPOLJKWFRPEUOD
fête se décline en : « un événement », « une vue », « des attractions » et « une bénédiction »
PRIVILÉGIÉES. Ce terme apparaît autant de fois que ces catégories attestant que la fête est
celle de la classe privilégiée qui peut se payer une fête qui garantit un entre-soi doré, une fête
« pour un public bien choisi » (sic). Ce site dit encore : « Bonfim Light, de tradition
religieuse en relation avec le lavage de Bonfim est une commémoration de grand style. Un
pYpQHPHQWSULYLOpJLpTXLIDLWVXFFqVHWXQGHVSOXVFRWpHWDWWHQGXGHO¶pWpEDKLDQDLV ». Dans
cette fête qui se veut élitiste on retrouve « la Baie », symbole chargé négativement, valorisée
en tant que « vue privilégiée ». C¶HVW O¶DVSHFW YLVXHO GX W\SH FDUWH SRVWDOH TXL HVW YDORULVp
avec vue sur la mer, non sur la ville.
« Bonfim » en tant que fête de largo est associée à une mauvaise réputation, celle de
O¶LQVpFXULWpGHODSUR[LPLWpDYHFODSDXYUHWpHWODVDOHWp© Bonfim Light » fait bien attention
GHVHGLVWLQJXHUGHVDV°XUSUHVTXHMXPHOOHHQRIIUDQWODSRVVLELOLWpjXQSXEOLFFKRLVLGHVH
distinguer à son tour du public de la fête de largo grâce à un espace fermé qui permet de
rester fidèle à la tradition sans avoir à se mêler à ceux qui la font vivre, à savoir la foule, le
SHWLW SHXSOH /D VWUDWpJLH PDUNHWLQJ GHFHWWH IrWH UHSRVH VXUODWUDGLWLRQ TX¶HOOH GpQLJUH SDU
DLOOHXUVSXLVTX¶LOV¶DJLWG¶XQH © fête de la place publique » qui est ici transformée en « fête
privée dHO¶HVSDFHIHUPp ». Ce phénomène rejoint celui étudié au niveau urbanistique de repli
sur soi. La récupération commerciale de la tradition bahianaise faite de joie, de festivité et de
PXVLTXHHVWLQWpJUpHGDQVXQQRXYHDXULWXHOG¶K\JLqQHVpFXULWpFRQIRUW et entre soi _ termes
158 TXL QRXV UHQYRLHQW j O¶DQDO\VH GH 0LFKHO $JLHU GHV JURXSHV GH $[p GX FDUQDYDO
EDKLDQDLVIRUPpVSDUO¶pOLWHEODQFKHGH6DOYDGRU/DIrWHOLJKWHVWVDQVDXFXQGRXWHODIrWHGH
la classe supérieure qui, comme dirait Pierson, se distingue du Zé Polvinho.
3) Le « Reveillon Light »
Daniela Mercury, une des « icônes ªGHODPXVLTXH$[pVHVXEVWLWXHjO¶LF{QHFDWKROLTXHHW
propose de célébrer le premier « coucher de soleil ª GH O¶DQQpH DYHF XQ FRQFHUW JUDWXLW TXL
réunit plusieurs célébULWpVDXSKDUHGH%DUUDFRQQXSRXUVHVFRXFKHUVGHVROHLO/¶pYpQHPHQW
est très apprécié des touristes et des Bahianais qui le transforment en un « classique » des
IrWHV SRSXODLUHV SXLVTX¶RQ OH UHWURXYH GDQV OD OLVWH RIILFLHOOH SXEOLpH SDU OH 3RUWDLO GX
carnaval, ainsi que dans le calendrier des fêtes populaires du service compétent de la mairie
pour ce qui concerne la fiscalisation des marchands de rue.
'DQV OD FpOpEUDWLRQ GX SUHPLHU GH O¶DQ VH GpPDUTXH DLQVL IRUWHPHQW OHV WHQVLRQV HQWUH OHV
quartiers de la Baie qui accueillent traditionnellement les fêtes populaires qui sont en déclin
et les nouveaux quartiers du littoral qui concentrent les infrastructures de loisirs et dans le cas
de Barra, les infrastructures touristiques.
La fête de Nosso Senhor dos Navegantes, la
traditionnelle célébration du nouvel an qui a lieu dans le quartier de Boa Viagem devient une
fête de quartier, rassemblant un public de la vieille Baie alors que le coucher de soleil de
Barra rassemble un public moins enclavé dans la Baie. La fête est encore une fois ouverte sur
O¶RFpDQ QRQ VXU OD YLOOH /HV DUWLVWHV TXL V¶\ SUpVHQWHQW VRQW SOXV FRQQXV HW SRSXODLUHV TXH
ceux de Boa Viagem. Bien que la fête de Barra ne soit pas payante, la hiérarchie festive
opère.
4) Multiplication du « light »
« Bonfim Light », « Fête du Reveillon » de Daniela Mercury, « Enxaguada do Bonfim » de
Carlinhos Brown, « Festa de largo » do Jaù, « Festival de verão », etc. Les artistes multiplient
les initiatives privées de fêtes promotionnelles travaillant ainsi à leur notoriété tout en
V¶HQULFKLVVDQWHQGHKRUVGHODVHPDLQHGHFDUQDYDOTXLDYDLWWHQGDQFHjFRQFHQWUHUWRXWHVOHV
HQWUpHVG¶DUJHQWGHO¶DQQpH5HFUpHUXQF\FOHGHIrWHVTXLQHVRLWSOXVFHOXLTXLHVWHQFODYp
GDQVOD%DLHDX[PDLQVHWDXF°XUG¶XQHSRpulation noire et métisse pauvre, tel semble être
le dessein de ces fêtes privées qui se multiplient et qui cherchent à offrir à un public trié par
OHSRWHQWLHOpFRQRPLTXHGHVFRQGLWLRQVG¶HQWUH-VRLTXLOHVVDWLVIDVVHQW&HUWDLQHVG¶HQWUHHOOHV
159 comme le Bonfim Light O¶HQ[DJXDGD GR %RQILP O¶HVVRUDJH GH %RQILP TXL D OLHX DSUqV OH
lavage des baianasODIHVWDGHODUJRGR-DV¶LQWqJUHQWGDQVOHSURMHWGHUHYLWDOLVDWLRQGHOD
Baie et le processus de gentryfication qui est en cours. Carlinhos Brown, icône de la musique
afro, a acheté un ancien entrepôt « O mercado do Ouro » dans lequel il fait son « enxaguada »
TXL YLHQW V¶DMRXWHU DX[ SOXV WUDGLWLRQQHOOHV UpSpWLWLRQV SXEOLTXHV HW SD\DQWHV GX FDUQDYDO
Les autres fêtes, données par des artistes de la Axé Music, la musique des classes dominantes
et plus blancs, ont lieu le long de la Orla. La gentryfication passe donc par la privatisation et
O¶LQGXVWULDOLVDWLRQ GHV IrWHV GH ODUJR ODLVVpHV j O¶DEDQGRQ FDU WpPRLQ G¶XQ DXWUH WHPSV TXL
éloigne de la modernité. Ces fêtes lights sont dans la droite ligne du carnaval de Salvador,
GHYHQXO¶pOpPHQWSKDUHGHO¶LQGXVWULHWRXULVWLTXHHWFXOWXUHOOH,OQ¶\DSas de place pour le
commerce de rue, traditionnel ou non, dans ce cadre fermé ou alors de forme microscopique.
Par exemple, une baiana GHDFDUDMpWUDYDLOOHSHQGDQWO¶HQ[DJXDGDGR%RQILPVXUGHPDQGH
de Carlinhos Brown qui a fait personnellement appel à ses services.
III- Le carnaval
A- Circuits carnavalesques : caractéristiques, histoire et réputation
-H SURSRVH G¶DQDO\ser les circuits carnavalesques selon la même grille de régions morales
GpMjXWLOLVpHSRXUpWXGLHUODYLOOHGDQVVRQHQVHPEOH,FLLOV¶DJLWGHODYLOOHWUDQVILJXUpHOH
WHPSVGXFDUQDYDO3RXUDQDO\VHUOHVGLIIpUHQWVFLUFXLWVM¶DSSOLTXHXQHJULOOHGHOHFture. Le
modèle est le suivant : nom du circuit, implantation, topographie, qualité résidentielle,
programmation musicale, public, réputation.
Nom du circuit
Batatinha
Osmar
Dodô
I mplantation
Entre la Place da Sé
Entre la Place du
et la Place Castro
Campo Grande et la Entre Barra e Ondina
Alves (centre
Place Castro Alves
historique)
Topographie
Rues étroites et
courtes avec
ouverture sur trois
places.
Avenues grandes et
Avenues importantes larges des quartiers
de la configuration plus recents de la
ancienne de la ville. Orla, avec ouverture
VXUO¶RFpDQ
160 Type de résidence
Programmation
Public
Réputation
Maisons coloniales
reformées,
Immeubles et hôtels
Immeubles grands et
monuments
étroits. Au rez-demodernes, hôtels et
historiques (Palácio chaussée, des
FKDPEUHG¶K{WHV
do Rio Branco) et
boutiques.
immeubles anciens.
Groupes de
Quelques trios
Trios électriques des
percussions, défilés
électriques (les plus DUWLVWHVGHO¶$[p
de travestis, blocs
petits) et les cortèges Music et quelques
afros, fanfare et
afro.
blocs afros
groupe du 3ème âge.
Familial, enfants et
Classe moyenne
Public noir et métisse
personnes âgées
dominante blanche,
des quartiers
fréquentent ce
touristes, et les autres
populaires.
carnaval.
(les indésirables).
Carnaval familial
Carnaval touristique
tranquille auquel peut Carnaval des pauvres,
et médiatisé, plus sûr,
être associé les
peu conseillé aux
plus cher et plus
attractions du centre touristes. Indice de
moderne que les
historique, le
violence important.
autres circuits.
Pelourinho.
1) Batatinha
/HV QRPV GH FLUFXLWV UHQGHQW KRPPDJH j GHV DUWLVWHV EUpVLOLHQV F¶HVW OH FDV SRXU OHV WURLV
circuits étudiés, Batatinha, Dodô et Osmar. Le circuit Batatinha est situé entre la place Sé et
la place Castro Alves, son parcours est de petite taille. Il fait une boucle en parcourant deux
rues relativement courtes et étroites et il est ponctué de grandes places : (Sé, Municipale et
Castro Alves). Le style des immeubles est assez hétéroclite : des maisons coloniales
réhabilitées sur la place Sé, le beau Palais Rio Branco, ancien palais du gouverneur de Bahia
TXL DEULWH DXMRXUG¶KXL OD )RQGDWLRQ FXOWXUHOOH GH %DKLD VXU OD SODFH municipale et les
immeubles plus modernes mais déjà anciens (datant des années 1960) des rues Chile et
Misericordia. Les déILOpVRQWOLHXO¶DSUqV-midi ; la programmation est constituée de groupes
de taille réduite de percussions, de travestis, blocs afros, afoxés, fanfares, et bloc du troisième
âge. Le public y est assez familial, les enfants y sont les bienvenus et les personnes âgées
pJDOHPHQW ,O SHXW rWUH IDFLOHPHQW UDWWDFKp j PRQ DYLV j G¶DXWUHV S{OHV G¶DFWLYLWpV WUqV
proches géographiquement, comme celui de la place municipale où une scène est montée
161 pour accueillir de nombreux concours ou encore celui du Pelourinho, centre historique de la
ville qui accueille de nombreux cortèges « jO¶DQFLHQQH ». Le centre historique joue le rôle du
FUHXVHWGHODWUDGLWLRQHQGRQQDQWjYRLUXQFDUQDYDOjO¶DQFLHQQHHWGXIRONORUHORFDOSRXUOHV
touristes : capoeira, marchands ambulants dans la figure de la baiana, les boutiques de
WRXULVPH TXL UHJRUJHQW G¶DUWLVDQDW ORFDO GHQWHOOHV SHWLWV LQVWUXPHQWV GH SHUFXVVLRQV VDFV
tableaux et autre bibelot). Les trios électriques ne peuvent pas passer dans les rues étroites, ce
FLUFXLW Q¶HVW Gonc pas envahi par les foules, il est le lieu des promenades familiales et des
DWWUDFWLRQV2QV¶\SURPqQHHQWRXWHWUDQTXLOOLWpFDULOQ¶\DSDVGHULVTXHGHPRXYHPHQWVGH
foule, et les voleurs ont la vie dure dans ce quartier car, en tant que centre touristique, il est
ELHQpTXLSpHQFDPpUDVHWSROLFLHUVHWFHWRXWDXORQJGHO¶DQQpH
2) Osmar
/HFLUFXLW2VPDUV¶pWHQGGHODSODFHGX&DPSR*UDQGHjODSODFH&DVWUR$OYHV/DERXFOH
TX¶LO HIIHFWXH HPSUXQWH OHV DYHQXHV 6HWH GH 6HWHPEUR HW &DUORV *RPHV GHX[ avenues
LPSRUWDQWHV GDQV O¶DQFLHQQH FRQILJXUDWLRQ GH OD YLOOH &HV DYHQXHV VRQW HQFDLVVpHV FDU
ERUGpHVG¶LPPHXEOHVHWG¶K{WHOVDFFROpVOHVXQVDX[DXWUHV6HXOHVGHVSHWLWHVUXHVUHOLHQWOHV
deux avenues du circuit et peuvent servir au dégorgement du surplus de la foule si besoin,
mais elles sont elles-mêmes très vite saturées. La programmation de ce circuit est constituée
de trios électriques de petites envergures et plus traditionnellement de blocs afro (groupe de
percussions). La couleur dominante du public est le marron foncé, QRXVQ¶DYRQVSDVHX pas eu
O¶RFFDVLRQ GH FURLVHU GH SHUVRQQHV EODQFKHV SHQGDQW mon enquête de terrain, du côté de la
SODFH&DVWUR$OYHV,OHVWUHFRPPDQGpVXUODSHWLWHEURFKXUHpGLWpHSDUOD6DOWXUO¶RIILFHGH
tourisme chargé de O¶RUJDQLVDWLRQ GX FDUQDYDO GH QH SDV VRUWLU DYHF GHV REMHWV GH YDOHXU
(bijoux, montre, porte-monnaie) sur « O¶DYHQXH ª F¶HVW-à-dire, sur ce circuit carnavalesque.
&HWWH UHFRPPDQGDWLRQ ILJXUH HQ GHX[LqPH SRLQW HQWUH OH FRQVHLO GH V¶KDELOOHU HW PDQJHU
léJHUHWO¶LQWHUGLFWLRQGHO¶XVDJHGHODGURJXH&HFDUQDYDOHVWSHXFRQVHLOOpDX[WRXULVWHVTXL
sont plutôt orientés vers le circuit Dodô. Toutefois la place du Campo Grande qui se trouve à
une de ses extrémités reste le point de rencontre des trios et des EORFVDIURFDUF¶HVWOHOLHXGHV
tribunes officielles et du jury carnavalesque. Chaque année, des groupes de musique y sont
consacrés.
162 3) Dodô
Le circuit Dodô est le plus récent, il a été crée dans une optique de développement du
carnaval, la capacité des grandes avenues reliant le quartier de Barra à celui de Ondina est
donc plus importante que celle du circuit Osmar. Les quartiers traversés sont les nouveaux
quartiers conçus pour les classes moyennes et hautes de Salvador, et pour le tourisme (on y
trouve de nombreux moyens de se loger bon marché vers Barra ou beaucoup plus chers vers
2QGLQD&HFLUFXLWHVWERUGpG¶LPPHXEOHVJUDQGVHWPRGHUQHVVRXYHQWHVSDFpVOHVXQVGHV
DXWUHV/¶RXYHUWXUHVXUO¶RFpDQG¶XQF{WpHWVXUGHVSHWLWHVUXHVGHO¶DXWUHSHUPHt à ce circuit
GH JDUGHU GHV ]RQHV QDWXUHOOHV G¶pYDFXDWLRQ GH OD IRXOH /D SURJUDPPDWLRQ HVW FRQVWLWXpH
presque exclusivement de trios électriques à succès et depuis peu de quelques blocs afro, les
plus reconnus (Timbalada, Olodum, Ara Ketu). Le public recherché est celui des classes
moyennes et hautes de Salvador ainsi que les touristes brésiliens ou étrangers. Une
FRPPLVVLRQG¶HQTXrWHGHPDQGpHSDUODFKDPEUHPXQLFLSDOHGRQQDQWOLHXjXQUDSSRUWDpWp
HQWDPpH HQ DSUqV TX¶XQ SURJUDPPH WpOpYLVp GH GLIfusion nationale ai dénoncé des
pratiques racistes dans plusieurs blocs carnavalesques de Salvador. Dans ce rapport, le
racisme est clairement démontré à travers trois types de discrimination dans les pratiques
G¶LQVFULSWLRQGHVWULRVpOHFWULTXHVODGLVFrimination raciale, la discrimination esthétique et la
GLVFULPLQDWLRQ JpRJUDSKLTXH WRXWHV WURLV V¶HQWUHODoDQW PDLV VXLYDQW XQ RUGUH KLpUDUFKLTXH
O¶RUGUHGHO¶pQRQFLDWLRQ$LQVLOHFULWqUHUDFLDOHVWOHSOXVIODJUDQWFDUVDPHVXUHVHIDLWSDU
la couleur GH SHDX GX FDQGLGDW OH FULWqUH HVWKpWLTXH UHOqYH GH O¶DSSDUHQFH YHVWLPHQWDLUH HW
peut être amélioré, enfin le critère géographique peut donner lieu à une production de faux
MXVWLILFDWLIV GH GRPLFLOHV 7RXWHIRLV FHV JURXSHV PDOJUp TXHOTXHV FDV G¶HQWRUVH Dux
règlements restent très majoritairement réservés à une élite riche et blanche. Il est intéressant
de souligner que ce rapport a été mis de côté et remplacé par un second rapport, produit sur
O¶LQLWLDWLYH GH SROLWLFLHQV FRQVHUYDWHXUV HW GH JURXSHV GH SUoduction carnavalesque, où la
portée raciste des actes dénoncés dans le premier rapport a été très édulcorée. Enfin, ce
carnaval est présenté comme étant le plus moderne et le plus sécuritaire par les organisateurs,
les médias et par les gens en général.
163 B- Les trois carnavals et leur identité
Le découpage spatial que nous proposons correspond à une classification opérée par Michel
$JLHU GDQV VRQ RXYUDJH $QWKURSRORJLH GX FDUQDYDO /¶DXWHXU GLYLVH OH FDUQDYDO HQ WURLV
moments : carnaval du matin, carnavDOGHO¶DSUqV-midi et carnaval du soir. Ces trois moments
FRUUHVSRQGHQW DX GpFRXSDJH SDU FLUFXLW FDUQDYDOHVTXH WHO TXH QRXV O¶DYRQV DERUGp 3RXU
Michel Agier, ces trois carnavals correspondent à une segmentation socio-raciale de la fête, il
les analyse en ces termes :
-
Le carnaval satirique du matin est celui de la critique sociale. Il renvoie au carnaval
des années 1930-1950 par sa formation musicale FHVRQWGHVSHWLWVJURXSHVG¶LQVWUXPHQWVj
vent, percussions, et parfois guitares, violons ou accordéons, souvent exclusivement
masculins, ils peuvent être « de travestis » car on y caricature grossièrement la femme, soit de
critique sociale. Ce carnaval est celui de la petite classe moyenne métisse de Salvador vivant
dans les quartiers populaires du nord de la ville.
-
/HV WULRV pOHFWULTXHV GH O¶DSUqV-midi constituent le carnaval blanc. ,O V¶DGUHVVH DX[
MHXQHVGHVFODVVHVPR\HQQHVHWVXSpULHXUHV'HX[PLOOHjWURLVPLOOHSHUVRQQHVV¶LQVFULYHQW
SRXU GpILOHU DX[ FRXOHXUV GH FKDTXH WULR /HV PRWV G¶RUGUH GH FHtte jeunesse aisée est
« Confort, Paillette et Modernité ». « Confort » de défiler dans un dispositif qui fonctionne en
YDVHFORVpTXLSpGHVDVDOOHGHUHSRVGHVRQEDUHWGHVRQVHUYLFHG¶RUGUH© Paillette » pour
les couleurs et le « look » des tenues SRUWpHVSRXUOHGpILOpHWSRXUODUpIpUHQFHjO¶DGMHFWLI
G¶© allégresse » qui fait souvent partie du slogan officiel du carnaval et qui est adressé à cette
population en particulier, et « Modernité » pour les puissants équipements sonores du trio
électrique. La danse qui accompagne cette musique est le frevo, une marche frétillante et
sautée qui peut vite dégénérer vers la violence avec des coups de coude ou des déplacements
PHQDQWjGHVERXVFXODGHV/¶DFFqVjFHVWULRVUHVWHGLIILFLOHRQDVRXYHQWGLWTXH les Noirs et
PpWLVVHVIRQFpVHQpWDLHQWVFLHPPHQWWHQXVjO¶pFDUW,OVVRQWWUqVPDMRULWDLUHPHQWFRPSRVpV
des jeunes des quartiers des classes moyennes et riches de Salvador Barra, Ondina,
Pituba etc, les « gente bonita ªTXHO¶RQDGpMjHXO¶RFFDVLRQGHciter, ainsi que des touristes
brésiliens ou étrangers.
-
Les groupes afro du soir GH SHUFXVVLRQV RX G¶DIR[pV /HV FKRUpJUDSKLHV VRQW
G¶LQVSLUDWLRQDIURODGDQVHHVWOHVDPED : amples mouvements de bras accompagnés de petits
pas glissés (opposition avec le frevo des trios). Les chansons, les danses, les rituels, les noms
des groupes puisent beaucoup dans les pratiques du candomblé, la religion afro-brésilienne.
164 Les paroles des sambas sont très importantes car elles font passer des messages culturels,
moraux et politiques forts pour la population jeune et noire des quartiers périphériques. Deux
jWURLVPLOOHSHUVRQQHVGpILOHQWDYHFFHWWHEDWWHULHJpDQWHG¶HQYLURQGHX[FHQWVSHUVRQQHV/H
public est majoritairement noir ou métis. A ses débuts, le groupe du Ilê Ayê, premier groupe
afro, créé HQ LQWHUGLVDLW FDWpJRULTXHPHQW OH GpILOp j FHX[ TXL Q¶pWDLHQW SDV QRLUV
$XMRXUG¶KXL OHV FULWqUHV VRQW PRLQV FDWpJRULTXHV /HV SUHPLHUV JURXSHV DIUR VH VRQW
constitués en opposition aux discriminations sociales que subissent les Noirs de la ville. Nous
SRXYRQVQRWHUOHPrPHVHFWDULVPHTXHGDQVOHVWULRVpOHFWULTXHV/HVJURXSHVG¶DIR[pVVRQW
nés de la religion afro-brésilienne, Bastide les qualifiait de « candomblé pour rire ªLOVQ¶RQW
pas la même revendication que les groupes afro.
6L O¶RQ FRQWLQXH O¶DQDO\VH GH 0LFKHO $JLHU FHV WURLV FDUQDYDOV GRQQHQW OLHX j WURLV IRUPHV
GRPLQDQWHVG¶LPDJLQDWLRQHWGHWUDQVIRUPDWLRQFDUQDYDOHVTXHGHODUpDOLWpVRFLDOH
-
La dérision : caricatures politiques ou sexuelles. Cet humour constitue le sujet de
prédilection des hommes dans le quotidien, il illustre le machisme de la société
brésilienne.
-
La métaphore du carnaval électrique dans lequel les symboles forts de la classe
GRPLQDQWH UHVWHQW LQWDFWV RQ \ UHWURXYH O¶LQGLYLGXDOLVPH incarné par la danse, et la
technologie représentée par les trios.
-
/¶LQYHQWLRQ G¶XQ DXWUH PRQGH SUpVHQW GDQV OD UKpWRULTXH LGHQWLWDLUH GX FDUQDYDO
DIULFDLQ GH OD QXLW 3RXUWDQW O¶DXWHXU FRQFOXW VXU XQ SDUDOOqOH DYHF OD QRWLRQ GH
communitas de Victor TurneU HW FRQVWDWH TX¶RQ QHWURXYH SDV GH YpULWDEOH © pouvoir
des faibles ªDXVHQVG¶XQUHQYHUVHPHQWSURIRQGGHVU{OHVVRFLDX[FDUO¶H[HPSOHGX,Or
$\rPRQWUHTXHF¶HVWO¶pOLWHQRLUHTXLVHSUrWHOHPLHX[jFHMHXGHULWXDOLVDWLRQ
Le carnaval du matin défiOHVXUOHFLUFXLW%DWDWLQKDVHVFDULFDWXUHVIRQWSDUWLHGHO¶KXPRXU
RIILFLHOGHODSHWLWHFODVVHPR\HQQHPpWLVVHGH6DOYDGRUHWQ¶HIIUDLHQWSDVOHSXEOLFIDPLOLDO
qui déambule sur ce circuit, au contraire cela fait rire parents et enfants. Le carnaval de
O¶DSUqV-PLGLDOLHXVXUOHFLUFXLW'RG{OHVYDOHXUVPRGHUQLVWHVGHFHX[TXLV¶LQVFULYHQWGDQV
FH FLUFXLW OHV FODVVHV DLVpHV EODQFKHV VRQW HQ DGpTXDWLRQ DYHF O¶DUFKLWHFWXUH GX TXDUWLHU
nouveau centre actif de la ville. Enfin, le carnaval afro du soir rHQRXH DYHF O¶DQFLHQ FHQWUH
YLOOHGHYHQXSpULSKpULHjFDXVHGXGpSODFHPHQWGXQR\DXDFWLIGHODYLOOH&HGpILOpV¶LQVFULW
GDQVO¶RPEUHGHODYLOOHHWGXFDUQDYDO Nous émettrons cependant quelques réserves sur ce
découpage devenu trop systématique par rapport à une réalité changeante. Ainsi, les blocs
165 DIURSDUWLFLSDQWDXMRXUG¶KXLGHO¶LPDJHGH%DKLDRQWpWpSRXUFHUWDLQVOHVSOXVDQFLHQVHWOHV
plus connus) intégrés au carnaval officiel, à savoir celui du circuit Dodô, à destination des
classes blanches et aisées de Salvador et des touristes car comme nous O¶Dvons vu ces groupes
VRQW IRUPpV SDU XQHpOLWH QRLUH &¶HVWO¶pPHUJHQFH G¶XQH QRXYHOOH FODVVH PR\HQQH HW KDXWH
noire qui rejoint la classe traditionnellement dominante de la population blanche. Si nous
pouvons noter une certaine tradition de contestation sociale dans le carnaval, nous proposons
WRXWHIRLVGHODPHWWUHjO¶pSUHXYHHQGpWDLOODQWOHFKDPSG¶DFWLRQGHO¶RIILFHGHWRXULVPHGH
Salvador, grand ordonnateur du carnaval mandaté par la mairie. Cette tension entre une
WUDGLWLRQIHVWLYHTXLSUHQGVHVIRUFHVGDQVOHVGRPDLQHVGHODFRQWHVWDWLRQHWGHO¶LQIRUPDOLWp
et un cadre structurel qui se rigidifie étayera notre discours concernant le commerce informel
et ses acteurs dans la fête.
C- Ordre spatial / ordre social
/H JUDQG RUGRQQDWHXU GHV IrWHV SRSXODLUHV j 6DOYDGRU HVW O¶2IILFH GH WRXULVPH OD
SALTUR1596HVREMHFWLIVSUHPLHUVQHVRQWSDVWHOOHPHQWGLIILFLOHVjGpFU\SWHULOV¶DJLWGHVH
servir de la tradition festive de Bahia et de la mettre au service du développement touristique
GHODYLOOH,OHVWFODLUTXHOHVSRSXODWLRQVFLEOpHVFRPPHSXEOLFSRWHQWLHOLGpDOVRQWG¶DERUG
celles qui peuvent participer économiquement au développement de la fête, en payant pour
V¶DPXVHU /HV SRSXODWLRQV OHV SOXV SDXYUHV ELHQ TXH SURSULpWDLUHV G¶XQ FHUWDLQ ODEHO
« G¶DXWKHQWLFLWp » pour ce qui concerne « la culture afro » ne rentrent pas dans le cadre du
développement, elles restent, nous le verrons, souvent sur les marges de la fête.
Nous aimerions FRQWLQXHUO¶DQDO\VHspatiale du carnaval du point de vue de son organisation
(programmation musicale, contrôle et organisation du public, contrôle et organisation des
circuits, contrôle et organisation du commerce informel) et voir quelles en sont les
conséquences en termes d¶H[FOXVLRQGHVpJUpJDWLRQRXGHIUDJPHQWDWLRQVRFLDOH
1) Programmation musicale et territoires
Osmar voit défiler sur son circuit des trios de plus petite ampleur et de plus petite notoriété
que ceux qui passent sur le circuit Dodô. Les tarifs de défilé sont également moins élevés. Il a
159
Ex EMTURSA
166 tendance à être déqualifié, on lui reproche sa violence et une dégradation de sa
programmation musicale. Il y a quelques décennies, il était pourtant le grand circuit
carnavalesque de Salvador, celui qui a vu naître la tradition carnavalesque des blocs afro (Ilê
$\r2ORGXP0X]HQ]D$XMRXUG¶KXLLOHVWDVVRFLpjODUDFDLOOHHWjODYLROHQFHFDUXQDXWUH
grand circuit a été crée pour attirer les gens de biens et les touristes, le circuit Dodô. Osmar a
été laissé en pâture aX[ SOXV GpVKpULWpV TXL VH O¶pWDLHQW GpMj DSSURSULp JUkFH j XQH IRUWH
UpIpUHQFH LGHQWLWDLUH SDVVDQW SDU OD UHFRQQDLVVDQFH HW OD FUpDWLRQ G¶XQH LGHQWLWp QRLUH
RULJLQDOH/HVEORFVDIURFRQWLQXHQWOHXUGpILOpVXUFHFLUFXLWPDLVDXMRXUG¶KXLOHVSOXVFRQQXV
ont également leur défilé sur le circuit Dodô, seuls les moins connus ont « O¶H[FOXVLYLWp » du
FLUFXLW 2VPDU /¶LPSUHVVLRQ ODLVVpH SDU OD SURJUDPPDWLRQ HVW TXH FH FLUFXLW HVWPRLQV ELHQ
servi que le circuit Dodô, et donc, que sonpublic est également moins bien servi que le public
plus clair, et plus riche, de ce dernier. Une certaine rancune est visible de la part de ceux qui
défilent sur le circuit Osmar car ils y sont moins par conviction que par manque de moyen.
/¶DSSDUWHQDQFHLGHQWLWDLUHjXQJURXSHDIURGDQVOHFRQWH[WHGHVRQWHUULWRLUHG¶RULJLQHQ¶est
VRXYHQW SOXV VXIILVDPPHQW IRUWH SRXU VDWLVIDLUH TXHOTX¶XQ GH SDXYUH FDU DXMRXUG¶KXL FHV
groupes ne sont plus réservés aux Noirs mais participent largement de la notoriété du
carnaval tout entier, et à la discrimination spatiale car ils défilent pour les gens plus aisés et
plus blancs du circuit Dodô. Autre conséquence, ces blocs attirent une forte population
métisse vers le circuit Dodô qui suit sa référence identitaire dans ses avancées, abandonnant
en SDUWLHVRQWHUULWRLUHG¶RULJLQH
Dodô, justifie les prix pratiqués et le public sélectionné grâce à son environnement de grands
K{WHOVFKLFVHWG¶LPPHXEOHVPRGHUQHVTXLDXTXRWLGLHQHVWGpMjIUpTXHQWpSDUXQH© clientèle
choisie ». Ce circuit est très largement fermé aux plus démunis, par les prix pratiqués sur le
FLUFXLW 6RQ LPSODQWDWLRQ VSDWLDOH MRXH VDQV DXFXQ GRXWH VXU OHV PRGDOLWpV G¶DFFès à ce
circuit : nous pouvons noter une continuation entre la fréquentation quotidienne de ces
quartiers et celle ponctuelle du carnaval, au moins dans les intentions des organisateurs.
Le circuit fonctionne en tant que territoire blanc avec ses références culturelles propres. Les
artistes qui se produisent sur ce circuit sont les plus connus et les plus chers (y compris
GHSXLV TXHOTXHV DQQpHV OHV EORFV DIUR OHV SOXV FRQQXV DORUV TX¶LOV pWDLHQW FRQILQpV VXU OH
circuit Osmar qui les a vu naître) et encore plus récemment les artistes hyper médiatisés du
« pagode ª YDULDQWH GH VDPED PRGHUQH SURGXLW GH O¶LQGXVWULH PXVLFDOH &¶HVW OH FLUFXLW
recommandé aux touristes pour sa sécurité et sa modernité. Conçu pour être réservé à un
certain public, il attire néanmoins une large population des quartiers populaires qui vient voir
167 OHV DUWLVWHV TXL V¶\ SURGXLVHQW HW YLHQW SURILWHr des conditions offertes par ce circuit mieux
FRQoXSRXUUHFHYRLUGXPRQGH/HFDUQDYDOGH%DKLDQ¶HVWSDVHQFRUHWRXWjIDLWIHUPpHQFH
VHQVTXHO¶RQSHXWWRXMRXUV\DFFpGHUHQWDQWTXH© pipoca » en suivant les trios qui défilent
sans faire partie du gURXSHQLHQSRUWHUVHVFRXOHXUVQLVHWURXYHUjO¶LQWpULHXUGHODFRUGHTXL
délimite le dedans du dehors. Barrière plus humaine que matérielle, elle délimite une
IURQWLqUHHQWUHFHX[TXLRQWOHVPR\HQVHWFHX[TXLQ¶HQRQWSDV
Nous laissons volontairement de côté le circuit Batatinha et sa programmation de groupes de
travestis et de critique sociale que nous connaissons PRLQV ELHQ HW TXL QH V¶LQVFULW SDV
YUDLPHQWGDQVXQSURFHVVXVGHFUpDWLRQG¶LGHQWLWpHQUHODWLRQDYHFXQWHUULWRLUHGRQQp
2) Contrôle et organisation du public
/HFDUQDYDOHVWXQHIrWHTXLDOLHXGDQVODUXHVXUO¶HVSDFHSXEOLFHWSRXUWDQWQRXVSRXUURQV
QRWHUGLIIpUHQWVPRGHVGHIRQFWLRQQHPHQWTXLQRXVUDSSURFKHQWG¶XQHXWLOLVDWLRQSULYDWLYHGH
O¶HVSDFH/¶RUJDQLVDWLRQGXSXEOLFHWVRQHncadrement sont intéressants à étudier de ce point
de vue : qX¶LO V¶DJLVVH GH WULRV pOHFWULTXHV RX GH EORFV DIUR OH VFpQDULR HVW OH PrPH OHV
groupes vendent un droit de défiler, en leur nom, et à leurs couleurs. Ainsi, une partie du
public est active et GpILOHjO¶LQWpULHXUGHVFRUGRQVGHVpFXULWp/DFRUGHHVWWHQXHHWUHWHQXH
SDUGHVSHUVRQQHVTXLWUDYDLOOHQWSRXUOHJURXSHTXLVHSURGXLWLOVDVVXUHQWOHVHUYLFHG¶RUGUH
HWO¶LPSHUPpDELOLWpHQWUHOHVJHQVGXGHGDQVHWOHVJHQVGXGHKRUV3RXUGpILOHUjO¶LQWpULHXUGH
OD FRUGH LO IDXW SD\HU XQ GURLW G¶DFFqV 1RXV SRXYRQV SDUOHU GH SULYDWLVDWLRQ G¶XQ HVSDFH
celui que parcourt le défilé. Ceux qui se trouvent hors de ce scénario, sont sur la voie
publique, simples badauds profitant de la fête. Le personnel chargé de tenir la corde et de
PDLQWHQLUO¶RUGUHV¶pOqYHjVRL[DQWHPLOOHSHUVRQQHVSRXUOHFDUQDYDOWUDYDLOODQWSRXUXQ
salaire très minime et risquant les agressions de la part des gens « du dehors » mais aussi de
ceux « du dedans », ivres et énervés. 1RXVSRXYRQVDQDO\VHUFHGLVSRVLWLIHQG¶DXWUHVWHUPHV :
O¶LQGpVLUDEOHF¶HVW-à-GLUHFHOXLTXLQHV¶LQVFULWSDVGDQVFHWWHRUJDQLVDWLRQGHO¶HVSDFHHWGX
public, est rejeté sur la marge, entre les cordons du bloc et les immeubles qui bordent la rue.
Comme dans le modèle urbanistique, il y a création de périphérie. Les populations riches
V¶HQIHUPHQWGDQVXQHQWUH-VRLSRXUpFKDSSHUjODWHUUHXUTXHOXLLQVSLUHFHOXLTXLQ¶DSDVOHV
PR\HQVGHVHIRQGUHGDQVO¶XQLWpLGHQWLWDLUHUHSUpVHQWpHSDUOHGpILOpGX groupe carnavalesque
ou par la classe sociale dans le contexte quotidien. Le discours sécuritaire mis en avant pour
protéger les « bonnes gens ªQ¶DTX¶XQSDVjIUDQFKLUSRXUTXHODPDUJHVSDWLDOHVXUODTXHOOH
168 est refoulée la population indésirable se transforme en marginalité. Au nom de la sécurité, le
SURFHVVXV G¶H[FOXVLRQ SHXW GRQF VH YRLU UHQIRUFp 1RWRQV TXH FH W\SH GH GLVFRXUV VHUW DX
GpYHORSSHPHQW GH OD SULYDWLVDWLRQ GH OD IrWH HW GRQF j VD FDSLWDOLVDWLRQ LO Q¶HVW GRQF SDV
étonnant de le voir manié avec autant de facilité par les différents intéressés (pouvoirs
publics, office du tourisme, médias). Plus les gens auront peur des autres, plus ils
SDUWLFLSHURQW j O¶pFRQRPLH GH OD IrWH HQ V¶HQIHUPDQW GHUULqUH GHV EDUULqUHV PDWpULHOOHV RX
symboliques. Le PrPHSKpQRPqQHGHSULYDWLVDWLRQGHO¶HVSDFHHWG¶HQWUHVRLV¶RSqUHSRXUOH
SXEOLF GHV WULEXQHV ,O V¶DJLW GH JUDGLQV LQVWDOOpV OH ORQJ GH FHUWDLQV FLUFXLWV &H SXEOLF
IRQFWLRQQHHQYDVHFORVLOQ¶DSDVEHVRLQGHVRUWLUGXSpULPqWUHSULYDWLVpFDUHQDFKHWant sa
SODFHLODOHGURLWjXQORWGHVHUYLFHVFRPPHO¶DFFqVjGHVERLVVRQVHWjGHODQRXUULWXUH/H
circuit Dodô est celui qui est le plus pourvu de gradins. Le circuit Osmar en propose sur la
place du Campo Grande mais pas sur « O¶DYHQXH » qui est trop étroite pour accueillir des
JUDGLQV&HW\SHGHSDUWLFLSDWLRQDXFDUQDYDOHVWFHOXLTXLVHWURXYHHQKDXWGHO¶pFKHOOHGH
YDOHXUHQPDWLqUHGHVpFXULWpHWGHFRQIRUWFDUF¶HVWFHOXLTXLVpSDUHOHSOXVYLVLEOHPHQWFHX[
qui sont dedans et ceux qui sont dehors : aucune interférence, ni contact physique entre le
F°XUGHODIrWH© dangereux » et synonyme de « pagaille » et sa périphérie offrant « confort »
et « sécurité ª 'H FH IDLW F¶HVW OH PRGH GH SDUWLFLSDWLRQ j OD IrWH TXL UHYLHQW OH SOXV FKHU
Encore une fois, comme dans le modèle urbanistique nous retrouvons une inversion des
valeurs DSUqV O¶H[FOXVLRQ GHV SDXYUHV j OD SpULSKpULH QRXV DVVLVWRQV j XQH PLVH j O¶pFDUW
volontaire des riches et leur enfermement, par eux-mêmes, dans des « gated communities »
fonctionnant le plus possible en autarcie.
3) Contrôle et organisation des circuits
Un autre élément participe au contrôle spatial de la fête, le fait de fixer et de répertorier les
WUDMHFWRLUHV GHV IrWHV /HV GpILOpV VSRQWDQpV Q¶H[LVWHQW TXDVLPHQW SDV HQ dehors des limites
OpJDOHV GX FDUQDYDO 3RXU OXWWHU FRQWUH O¶LQVpFXULWp j O¶LQWpULHXU GHV FLUFXLWV GX FHQWUH YLOOH
(principalement Dodô et Osmar), la ville ré-instaure des carnavals de quartier (après les avoir
méprisés) pour que les populations pauvres aLHQW GH TXRL V¶DPXVHU © à domicile » et ne
YLHQQHQW SOXV HQYDKLU OHV WHUULWRLUHV GpGLpV j O¶H[SDQVLRQ WRXULVWLTXH GH 6DOYDGRU /H
programme de ces carnavals figure à la fin du petit guide de la programmation officielle du
carnaval bahianais, édité par la S$/785 O¶RIILFH GH WRXULVPH 1RXV SRXYRQV FLWHU OHV
quartiers de Liberdade, Cajazeira, Itapuà et Periperi. Quatre grands quartiers populaires de
169 Salvador aux extrémités Nord et Sud de la ville. Les jeunes des quartiers périphériques
continuent évidemment G¶DOOHUJRQIOHUOHFDUQDYDOGXFHQWUH
4) Organisation du commerce informel
'¶DSUqVXQHHQTXrWH160 PHQpHSDUOHVHUYLFHGHO¶HPSORLGHOD0DLULHGH6DOYDGRUOHFDUQDYDO
compte autour de 150.000 travailleurs161. Ils se répartissent autour de onze activités
différentes, dont : barraqueiros162, vendeurs de boissons et aliments, vendeurs ambulants,
baianas de acarajé163, gardes de voitures, agents de sécurité, cordeiros de blocs et trios164,
employés des camarotes165 et hôtels (cuisine, nettoyage et sécurité), chiffonniers166, services
techniques (montages de tubulations et éclairages), et chauffeurs. Nous pouvons noter et être
VXUSULVGHSULPHDERUGTXHOHVYHQGHXUVG¶DOLPHQWVHWERLVVRQVRFFXSHQWjHX[VHXOVTXDWUHGH
ces onze catégories167. &HODPHWO¶DFFHQWVXUOHIDLWTX¶LOQHV¶DJLWSDVG¶XQJURXSHG¶LQGLYLGXV
XQLILp PDLV SOXW{W G¶XQH UpDOLWp PXOWLIRUPH GRQW LO HVW FRPSOH[H GH GRQQHU OH UHIOHW 1RXV
relevons également le fait que ces quatre catégories représentent presque 45% de la totalité
des onze activités recensées pDU O¶HQTXrWH GRQQDQW O¶DPSOHXU GH OD SDUWLFLSDWLRQ j FH W\SH
G¶DFWLYLWp
160
SEMPRE. Secretaria municipal de emprego e renda (2005).
161
/¶HQTXrWHVHEDVHLFLVXUGHVGRQQpHVIRXUQLHVSDUOD%DKLDWXUVDO¶HQWUHSULVHGHWRXULVPH
de Salvador, sur un échantillon de 780 personnes interrogées.
162
Les barraqueiros sont des forains travaillant a la vente de boissons et aliments pendant le
cycle de fêtes populaires, qui commence le 2 décembre et se conclut avec le carnaval. 163
Baiana de acarajé : Les baianas de acarajé sont des vendeuses de rue de beignets de
haricots, elles représentent par leur habit et la tradition culinaire, la baiana, soit la femme
noire dans la tradition du candomblé. Nous reviendrons sur elles.
164
Cordeiro : Les cordeiros sont les personnes qui tiennent et retiennent la corde qui sert à
GpOLPLWHUO¶HVSDFHSULYpGXEORFFDUQDYDOHVTXHUpXQLWDXWRXUGXWULRpOHFWULTXHTXLGpILOHGH
O¶HVSDFHSXEOLFGHODIrWH
165
Les camarotes sont des gradins installés le long des circuits carnavalesques qui offrent des
services de réfections et boissons, des toilettes, des espaces VIP, et des attractions
supplémentaires à celles proposées par la programmation officielle.
166
Les chiffonniers : les chiffonniers sont souvent des enfants ou des personnes âgées qui
ramassent les canettes de bière et de sodas qui jonchent la voie publique pendant les fêtes
dans le but de les revendre à des entreprises de recyclage.
167
Les quatre premières citées ci-dessus. 170 Le monde des camelots, fortement représenté pendant les fêtes, subit également de lourdes
PHVXUHVGHUpJOHPHQWDWLRQHWG¶XQLIRUPLVDWLRQQRWDPPHQWGHSXLVOLpDXPDQGDWGHOD
MDLUH/LGLFHGD0DWDjOD0DLULHGH6DOYDGRU6LO¶RQFRQVLGqUHO¶HVSDFHFDUQDYDOHVTXHDYHF
les éléments décrits antérieurement nous avons donc un espace occupé par des défilés, du
public en électron libre, et à certains endroits, du public assis dans les tribunes. Autant dire
TXH O¶HVSDFH HVW GpMj DVVH] ODUJHPHQW VDWXUp PDLV UHVWH HQFRUH j GpFULUH WRXW O¶pYHQWDLO GX
commerce informel qui se déploie pendant le carnaval. Déjà largement représenté au
quotidien dans les rues de Salvador, le commerce informel tiHQW SUHVTXH O¶H[FOXVLYLWp GH
O¶pFKDQJHPDUFKDQGSHQGDQWOHVIrWHV6HVVHXOVFRQFXUUHQWVVRQWOHVWULEXQHVHWFHUWDLQVWULRV
pOHFWULTXHVTXLSURSRVHQWGHTXRLVHUHVWDXUHUjOHXUSXEOLFUHVWUHLQW/HQRPEUHG¶HPSOR\pV
pour la commercialisation de boissons et nourriture dans les blocs est réduit. Autrement, le
commerce informel est roi dans la rue. Nous pouvons facilement imaginer que les tentatives
GH IRUPDOLVDWLRQ GH FH VHFWHXU VRQW HQ °XYUH /H PRQGH GHV PDUFKDQGV GH UXH EDUV
comptoirs, marchands ambulants, baianas) comprend pour le carnaval 2003, 54.005
personnes, et pour 2004, 68.400 personnes. En fait ces chiffres sont très aléatoires car bon
QRPEUHG¶HQWUHHX[QHUpSRQGHQWSDVDX[REOLJDWLRQVPXQLFLSDOHVGHVHGpFODUHUHWGHSD\HU
une patente. De pluV QRXV DYRQV YX TXH FHV FKLIIUHV GRQQpV SDU O¶RUJDQLVDWHXU RIILFLHO GX
FDUQDYDOVRQWGRQFWUqVDSSUR[LPDWLIVYRLUHHUURQpVFDULOVIRQWSDUWLHG¶XQHVpULHGHFKLIIUHV
GHVWLQpV jUHQGUHFRPSWH GX QRPEUH G¶HPSORLV JpQpUpV SDUOHFDUQDYDO 3OXVOH QRPEUH HVt
important, plus est renforcé le discours des pouvoirs locaux sur le « carnaval populaire »,
dans lequel les pauvres ont leur place. Nous verrons que dans la réalité les plus pauvres et les
moins organisés sont ceux qui souffrent le plus des mesures municLSDOHV1RPEUHG¶HQWUHHX[
VRQW REOLJpV GH V¶HQGHWWHU SRXU SDUWLFLSHU j XQH IrWH TXL SDUIRLV OHXU VHUYLUD j SHLQH j
UHPERXUVHU FH TX¶LOV GRLYHQW DX SUL[ G¶XQ pQRUPH HIIRUW SK\VLTXH HW G¶XQH ORXUGH IDWLJXH
pour la famille tout entière. Cependant, ces chiffres coïncident avec le sentiment partagé par
tous que le nombre de marchands augmente chaque année en forte proportion. Cette
proportion serait celle du nombre de personnes sans emploi et sans ressources.
En réalité les opérations menées par la mairie pour contrôler ce secteur se développent à
SDUWLU GH O¶DQQpH HW ILJXUHQW GDQV XQH YRORQWp SOXV ODUJH GH © défavélisation » du
FDUQDYDO&HWHUPHHVWHPSOR\pSDUODPDLULHHWO¶2IILFHGH7RXULVPHSRXUMXVWLILHUFHUWDLQV
éléments du programme carnavalesque : réintroduction du carnaval dans des quartiers
SRSXODLUHV SRXU OLPLWHU O¶DIIOX[ GH SHUVRQQHV SDXYUHV GDQV OH FHQWUH VRLJQHU O¶LPDJH GX
171 carnaval en prenant soin de son apparence : accent sur la décoration des rues, leur
illumination et la standardisation des équipements des marchands de rue. Après un cadastrage
précis des territoires festifs, la mairie propose des lots aux marchands en échange du
SDLHPHQW G¶XQH SDWHQWH (Q OD PDLULH SURSRVH DXWRULWDLUHPHQW GHV © baraques
standardisées » pour remplacer les baraques traditionnelles jugées de mauvais goût car
« favélisantes ». Les termes exacts du discours sont : « les marchands en utilisant des
matériaux divers et inadéquats, contribuent à ce que le résultat esthétique de la fête soit
totalement compromis ª &HWWH VWDQGDUGLVDWLRQ Q¶HVW SDV LPPpGLDWHPHQW HIILFDFH FDU OH
compte-UHQGXGXFDUQDYDOHIIHFWXpSDUO¶2IILFHGH7RXULVPHGpSORUHOHVPDQLqUHVGHV
marchands, comparant leurs installations à la configuration des demeures brésiliennes au
temps GHO¶HVFODYDJHTXLFRPSUHQDLHQWODEHOOHHWJUDQGHPDLVRQGXPDvWUHDXSUHPLHUSODQHW
FHOOHGHO¶HVFODYHHQGHX[LqPHSODQ1RWRQVDXSDVVDJHTX¶XQHUpIpUHQFHGLUHFWHjO¶RXYUDJH
de Gilberto Freyre est faite, reprenant le titre de son fameux ouvrage pour décrire les
installations. En brésilien, le titre est « casa grande e senzala », soit « maison de maîtres et
FDKXWHG¶HVFODYH ». Dans le compte-UHQGXLOHVWGLWTX¶HQDYDQWVFqQHILJXUHQWOHVEDUDTXHV
VWDQGDUGLVpHV DYHF WDEOHV HW FKDLVHV PDLV TX¶HOOHV QH Iont que cacher le décor miséreux
FRQVWLWXp GH OD FXLVLQH HW GH OD FKDPEUH GHV PDUFKDQGV TXL UHQYRLHQW j O¶LPDJH GH
« favélisation » du carnaval dont ils essaient de se débarrasser. Il est à noter que dans le
processus de standardisation, les tailles des baraques ont été diminuées, ce qui explique
O¶pWDOHPHQW GHV PDUFKDQGV KRUV GHOD EDUDTXH GHUULqUH HOOH /D UpIpUHQFHj *LOEHUWR )UH\UH
QRXV GRQQH ELHQ O¶XQLYHUV GH UpIpUHQFH GHV RUJDQLVDWHXUV SXEOLFV GX FDUQDYDO j VDYRLU OD
YLHLOOH WUDGLWLRQ GH O¶KDUPRQLH UDFLDOH HW GH OD FXOWXUH G¶DEVRUSWLRQ ; pas question de
revendication noire spécifique. L¶LGHQWLWpDIURHVWDEVRUEpHSDUO¶LPDJHRIILFLHOOHGXFDUQDYDO
La mairie mena donc une guerre esthétique aux marchands qui par tradition décoraient leur
baraque en bois avec des peintures illustratives et toute sorte de bibelots. Les actuelles
EDUDTXHV VWDQGDUGLVpHV VRQW FRQVWLWXpHV G¶XQH VWUXFWXUH HQ PpWDO HW GH EkFKHV HQ SODVWLTXH
&HWWH UHODWLRQ j O¶LPDJH QRXV UHQYRLH j GHV pOpPHQWV GpMj pWXGLpV SUpFpGHPPHQW R Oa
hiérarchie sociale repose sur des critères visuels de couleur de peau, de lieu de résidence ou
G¶DSSDUHQFH YHVWLPHQWDLUH7RXMRXUV j SURSRV GH O¶HVWKpWLTXH GDQV VRQpWXGH VXUOH JURXSH
afro-brésilien du Ilê Aiyé, Michel Agier met en avant le travail esthétisant effectué par ce
JURXSH GRQQDQW O¶LPDJH G¶XQH pOLWH QRLUH HW SHUPHWWDQW XQH UHYDORULVDWLRQ SHUVRQQHOOH HW
collective. Ce groupe a su se faire respecter et adopter par la population blanche de Salvador
VDQV GRXWH JUkFH j O¶LPDJH YDORULVDQWH TX¶LO SURGLJXH $LQVL OH QRLU HVW DFFHSWp V¶LO VH
172 présente bien. On parlait autrefois de blanchiment car le modèle de « présentabilité » était
FHOXL GH OD SRSXODWLRQ EODQFKH /H ,Or $L\r D FUpp VHV SURSUHV PRGqOHV HVWKpWLTXHV TX¶LO
revendique comme étant un patULPRLQHQRLUPDLVTXLV¶LQVFULWjPRQDYLVGDQVFHWWHPrPH
ORJLTXHGHO¶LPDJHTXHO¶RQGRQQHjYRLUGHVRLRXGHVRQJURXSHG¶DSSDUWHQDQFH/DJXHUUH
HVWKpWLTXH D GRQF OLHX j SOXVLHXUV QLYHDX[ GX FDUQDYDO GDQV OH VRXFL TXH O¶LPDJH
carnavalesque ne soit pas assimilable à la pauvreté.
Nous pouvons noter deux moments dans la démarche de réglementation de la mairie : le
SUHPLHUHVWFHOXLGHODVWDQGDUGLVDWLRQTXHQRXVYHQRQVG¶DERUGHUOHGHX[LqPHHVWFHOXLGX
contrôle et de la limitation. Si nous nous référons aux chiffres donnés dans les comptesUHQGXV FDUQDYDOHVTXHV UpDOLVpV SDU O¶2IILFH GH WRXULVPH VXU WURLV FHQW YLQgt-deux baraques
VWDQGDUGLVpHV HQ UpSDUWLHV VXU OHV GLIIpUHQWV FLUFXLWV LO Q¶HQ UHVWH TXH TXDWUH-vingt en
2003 et cinquante neuf en 2010168 dont 12 réservées aux handicapées. Notons également
TX¶HQWURLVPLOOHKXLWFHQWPDUFKDQGVGLVSRVHQWG¶XQHOLFHQFHGRQQDQWOLHXRXQRQj
une baraque standardisée), alors que ceux qui ont exercé sans licence sont estimés à mille
cinq cents.
En 2010, un gilet est remis aux marchands ayant effectué leur inscription dans les règles et
D\DQW SDUWLFLSp DX VWDJH REOLJDWRLUH GH SURIHVVLRQQDOLVDWLRQ DILQ GH GpEXVTXHU G¶XQ VLPSOH
FOLQ G¶°LO OHVPDUFKDQGV QRQ OpJDX[ /HV EDUDTXHV VWDQGDUGLVpHV V¶LPSODQWent mieux sur le
circuit Dôdo qui est plus jeune et ne présente pas un ancrage ancien de la part des marchands,
jODGLIIpUHQFHGHVDXWUHVFLUFXLWVRFHUWDLQVQ¶HQWHQGHQWSDVTXLWWHUOHXUHPSODFHPHQWVDQV
VHEDWWUH/HQRPEUHGHPDUFKDQGVGLVSRVDQWG¶XQpquipement standardisé est donc minime
SDU UDSSRUW DX QRPEUH JOREDO GH PDUFKDQGV HQUHJLVWUpV /HXU HVSDFH HQ SOXV G¶rWUH
VWDQGDUGLVpHVWGLPLQXpGHWDLOOH,OIDXWTX¶LOVVHSHUGHQWOHSOXVSRVVLEOHGDQVOHGpFRUQRQ
TX¶LOV \ SDUWLFLSHQW /D VWDQGDUGLVDWLRQ V¶DFFRPSDJQH G¶XQH UpSUHVVLRQ GHV PDUFKDQGV
DPEXODQWVHWSHXWVHUpVXPHUSDUFHVSDUROHVG¶XQDGMRLQWDX0DLUH : « Plus que jamais, il faut
bien emballer le produit carnaval ». Seuls certains marchands ont dorénavant le droit de
V¶LQVWDOOHUVXUOHVSRLQWs stratégiques du carnaval comme la Place Municipale, le Terreiro de
Jesus, la Place Castro Alves et le Jardim Suspenso.
/DOLFHQFHSHUPHWWDQWDX[PDUFKDQGVG¶RFFXSHUXQGHFHVOLHX[UHOqYHSHQGDQWXQHGL]DLQH
G¶DQQpHVjSDUWLUGHG¶XQSURFpGpSDUticulier : la mise aux enchères. La mairie justifie
173 FHSURFpGpHQGLVDQWTX¶LOSHUPHWGHFRQWU{OHUOHSUL[HWG¶HPSrFKHUTXHFHUWDLQVPDUFKDQGV
DEXVHQWHQUHYHQGDQWjG¶DXWUHVODOLFHQFHSOXVFKqUHTXHFHTX¶HOOHYDXW(QUpDOLWpODPDLULH
par ce procédé, VH JDUDQWLW GH UpFXSpUHU WRXW O¶DUJHQW TXH OH GURLW GX VRO SHXW UpFROWHU VDQV
avoir à le partager avec un certain marché noir.
Depuis quelques années cette mise aux enchères est remplacée par un contrat entre la Mairie
et le sponsor officiel du carnaval, normalement une marque de bière, stipulant que ce sponsor
a en charge de monter et organiser la structure nécessaire au commerce de rue. Autant dire
que les espaces réservés aux baraques traditionnelles dont il a la charge ne cesse de diminuer.
Ceux qui y ont accès sont ceux qui figurent sur la liste pré-établie par le syndicat responsable.
'¶DXWUHVOLHX[LPSRUWDQWVWUDGLWLRQQHOOHPHQWFRPPHOH&DPSR*UDQGHVRQWGHYHQXVLQWHUGLWV
aux marchands. Dans le bilan du carnaval 2004 fourni par le service de la mairie en charge de
ODUpJOHPHQWDWLRQGHVPDUFKDQGVOD6(63LOHVWQRWpTXHGHVLQYDVLRQVG¶DPEXODQWVRQWHX
OLHXVXUOH&DPSR*UDQGHHQWUHGHX[GpILOpVHWTX¶LOVHUDLWERQGHYHLOOHUDX[KRUDLUHVGHV
GpILOpVVXUFHWWHSODFHO¶DQQpHSURFKDLQHDILQTXHFH W\SHG¶pYpQHPHQWVQHVHSURGXLVHSOXV
(QSOXVGHVWDQGDUGLVHUOHVpTXLSHPHQWVHWUpJOHPHQWHUO¶DFFqVjO¶HVSDFHOD6(63SpQDOLVH
les infractions. En 2003, mille cent soixante-trois infractions ont été relevées pour mille dixneuf en 2004 pour des motifs WHOVTXHO¶XWLOLVDWLRQGHpics à brochette pour faire les grillades,
GHEURXHWWHVRXGHERXWHLOOHVHQYHUUHSRXUVHUYLUO¶DOFRRO,OQ¶HVWSDVTXHVWLRQGHVLQIUDFWLRQV
dues au non-SDLHPHQW GH ODOLFHQFH RX j O¶RFFXSDWLRQ G¶XQ HVSDFH QRQ DGpTXDWH 6HORQ OHs
informations recueillies dans les entretiens avec les marchands, la mesure la plus
fréquemment appliquée dans ce type de situation est la confiscation du matériel et des
PDUFKDQGLVHVMXVTX¶jODILQGXFDUQDYDODYHFSRVVLELOLWpGHUpFXSpUHUVRQELHQPR\HQnant le
SDLHPHQWG¶XQHDPHQGH ; le prix à payer est souvent plus élevé que les biens qui sont donc
DEDQGRQQpVSDUOHXUSURSULpWDLUH,OVHUDLWQpDQPRLQVSRVVLEOHGHEpQpILFLHUGHO¶LQGXOJHQFH
GHVDJHQWVUHVSRQVDEOHVGXFRQWU{OHjFRQGLWLRQGHTXLWWHUO¶HPplacement non-autorisé et de
QH SDV rWUH UpFLGLYLVWH /H GLVFRXUV GH IRQG GH OD SDUW GH WRXV OHV DFWHXUV HVW TX¶LO IDXW
SHUPHWWUHDX[SOXVGpPXQLVGHWUDYDLOOHUKRQQrWHPHQWVLRQQHVRXKDLWHSDVTX¶LOVJRQIOHQWOHV
rangs des marginaux dangereux.
ConcernanW O¶DFFqV j O¶HVSDFH SXEOLF XQH GHPDQGH GRLW rWUH IDLWH VHORQ GHV QRUPHV SUp
pWDEOLHVGDQVOHFDVSUpVHQWF¶HVWODPDLULHGH6DOYDGRUTXLUpJOHPHQWHHWHQFDLVVH$SDUWLU
168
La SALTUR ne produit plus de Compte-rendu complet du carnaval mais un bilan résumé.
174 du moment où le marchand occupe de façon stable un emplacement, il est tenu de payer une
SDWHQWH DX VHUYLFH FRPSpWHQW GH OD PDLULH 6HXOV OHV PDUFKDQGV DPEXODQWV F¶HVW-à-dire ne
SRVDQWSDVOHXUPDUFKDQGLVHVXUOHVROPDLVODSRUWDQWGDQVGHVJODFLqUHVVXUO¶pSDXOHSHXYHQW
SUpWHQGUHpFKDSSHUjODWD[HSRXURFFXSHUXQERXWG¶HVSDFHSXEOic. Les marchands sont soit
des professionnels qui vivent de cette activité au quotidien, soit des marchands spécialisés
dans le commerce de la restauration pour les fêtes populaires, soit encore des personnes
souvent sans emploi ou bien occupant sporadiquement différentes fonctions souhaitant
arrondir les fins de mois. Le travail pendant le carnaval est sans relâche. On vit sur son
emplacement marchand durant les six nuits et les sept jours de fête.
5) Tarifs et réglementation du carnaval
Le service de la CFM (Contrôle des marchés et foires) dépendant de la SESP (Secrétariat des
Services Publics) de la Mairie est en charge depuis quelques années du commerce informel
du carnaval, soit la mise en vente de 5.280 emplacements marchands (lots) pour 2012. Avant
2009, le commerce informel dépendait du service des mises aux enchères publiques. Ces
mises aux enchères devaient couvrir les frais occasionnés par les baraques traditionnelles et
OHXUPDQXWHQWLRQ1¶RXEOLRQVSDVTXHGHSXLVFHVEDUDTXHVGRLYHQWVXLYUHun modèle de
standardisation dont le modèle est détenu par la Mairie. Selon Edson, employé de la CFM
avec qui je me suis entretenue, la Mairie ne rentrait jamais dans ses frais et pour cette raison
HOOHV¶HVWGpFKDUJpHGHFHWWHIRQFWLRQ6HVGLUHVVRQWYpUifiés par Dias (2002) qui reprenait une
analyse faite par un adjoint au Maire, selon laquelle apparaissait que la Mairie avait dépensé,
selon le Journal Officiel, en 2001, cinq millions pour les préparatifs du carnaval. Les revenus
couvraient à peine 14% de ce qui avait été dépensé. La non-rentabilité du carnaval pour la
Mairie est un constat ancien. Toujours selon Edson, il revient dorénavant au Sponsor Officiel
GX FDUQDYDO GH UHPSOLU FHWWH IRQFWLRQ /H VSRQVRU HVW FKRLVL j WUDYHUV XQ DSSHO G¶RIIUH ,O
V¶agit depuis ces dix dernières années de marques de bières. Nous avons fait une demande à
la SALTUR pour consulter le contrat qui les lie à AMBEV, le vainqueur de cette année mais
O¶DFFqV DX[ GRFXPHQWV HVW UHQGX GLIILFLOH /D 0DLULH QH GLVSRVH SOXV G¶LQIRUPation sur les
baraques pendant le carnaval. Encore une fois, le sort des marchands de rue est rendu
impalpable et incertain.
1RPEUHG¶LQIRUPDWLRQV ne sont donc plus récoltées ou pour le moins diffusées.
175 Le service du CFM reste en charge du commerce informel en dehors des baraques
traditionnelles. Pour ces dernières, son rôle se limite à O¶LQVFULSWLRQ GHV PDUFKDQGV OD
délimitation des emplacements en relation directe avec la SALTUR qui indique tous les
points déjà occupés par les gradins, et la normalisation des équipements autorisés selon la loi
GH VWDQGDUGLVDWLRQ /H EHVRLQ G¶RUdonner est expliqué par Edson par le désordre représenté
par le commerce informel et le besoin de défendre les droits de ceux qui sont en règles vis-àYLVGHFHX[TXLQHOHVRQWSDV,OHVWFLWpIUpTXHPPHQWO¶DEXVFRPPLVSDUGHVFRPPHUoDQWV
YHQDQW G¶DXWUHs municipalités de venir travailler pendant le carnaval alors que ce droit est
réservé aux habitants de Salvador. La Mairie a donc le rôle de défendre le « bon pauvre » de
Salvador, du « mauvais pauvre ªGXGHKRUV-XVTX¶jO¶DQQpHGHUQLqUHOHVSRQVRUGXcarnaval
qui était la SCHIN, une autre grande marque de bière qui a dominé le marché pendant 10 ans
IDLVDLWXQFRXUVREOLJDWRLUHG¶pGXFDWLRQSURIHVVLRQQHOOHHWIRXUQLVVDLWjO¶LVVXHGHFHFRXUVXQ
gilet orange (la couleur du sponsor) pour rendre identifiable les vendeurs dûment enregistrés.
&HWWHDQQpHWRXWGpSHQGDLWGXQRXYHDXVSRQVRU«
7RXVFHVDJHQWVGXFRPPHUFHLQIRUPHOVRQWWHQXVG¶rWUHUpSHUWRULpHWGHSD\HUXQGURLWGX
sol. Pour les baraques, les tarifs sont les suivants :
Carnaval 2012 (circuits Dodô, Osmar et Batatinha)
7\SHG¶pTXLSHPHQW
Tarif
Etals
R$ 115,00
Boxes
R$ 207,00
Glacière
R$ 27,60
Baiana
R$ 27,60
Carrinhos
R$ 34,50
Etals démontables
R$ 149,50
Véhicules spéciaux
R$ 172,50
Caravanes
R$ 230,00
Carnaval 2012 (circuits des quartiers périphériques)
7\SHG¶pTXLSHPHQW
Tarif
Baraques standardisées
R$ 172,50
Baraque traditionnelle
R$ 96,60
176 Glacière
R$ 11,50
Baiana
R$ 11,50
Carrinhos
R$ 17,25
Etals démontables
R$ 17,25
A travers la tarification, on se rend compte que les circuits périphériques jouissent grosso
modo de la tarification des fêtes populaires, alors que le carnaval affiche des prix bien plus
élevés. La hiérarchie morale aidant les « bons pauvres » à travailler tout en restant dans la
périphérie fonctionne dans le cadre du carnaval. Les circuits périphériques se retrouvent avec
un statut proche du statut moral des fêtes populaires, appartenant à la même aire morale de la
ville noire. Les baraques traditionnelles et standardisées ont disparu des circuits centraux,
puisque la Mairie ne contrôle plus leur vente. La quantité G¶HVSDFHV PDUFKDQGV SRXU FHV
catégories est HQQHWWHUpJUHVVLRQG¶DQQpHVHQDQQpHV
'DQV OH FDGUH GX FDUQDYDO OD WROpUDQFH j O¶LQIUDFWLRQ HVW QXOOH /H GLVFRXUV HVW GH
« professionnaliser » le commerce informel. A ce titre, les mesures adoptées sont celles
correspondant à des règles dures forçant le travailleur à adopter un équipement et une attitude
standardisée.
6) Totalitarisme visuel
Reprenons une analyse faite par Dias (2002), sur O¶LPSXOVLRQ GRQQpH par la Maire de
Salvador, Lidice da Mata à partir de 1993, en vue de faire entrer Salvador sur le ring
international de la compétitivité des villes globales169. /¶DXWHXU VRXOLJQH TXH Oa ville doit
devenir une référence du « mieux ». Dans ce dessein, la Maire, en 1993, ouvre une « guerre
des lieux » contre Rio de Janeiro et mène une campagne (médiatique) contre le carnaval
carioca. Elle affirme que ODIUpTXHQWDWLRQGXFDUQDYDOGH6DOYDGRUV¶HVWDPpOLRUpHjO¶LVVXHGH
cette campagne.
Dias souligne que le concept de « vente de la ville » est issu de la crise du modèle industriel
HW TX¶LO UHSRVH SULQFLSDOHPHQW VXU XQ FRQVHQVXV TXL OXL GRQQH XQH WRWDOH OpJLWLPLWp.
/¶DOWHUQDWLYHjla crise se cristalisée autour du tourisme et dans le cas de Salvador, le carnaval
169
V¶LQVSLUDQWGXPRGqOHGH%DUFHORQHGDQVVDFRXUVHDX[-HX[2O\PSLTXHVHQ
177 en est le moment fort. La fête V¶LPSRVH comme réponse à la crise et au chômage et en ce sens
ne peut souffrir aucune critique au risque de mener le projet économique j O¶pFKHF. Le
sauvetage de la ville en dépend. Les décisions des pouvoirs publics sont en ce sens hors de
portée des critiques. Dans ce schéma, les politiciens peuvent être critiqués mais jamais le
PRGqOH GH JOREDOLVDWLRQ TXL HVW HQ °XYUH &H GHUQLHU GRLW DYRLU WRXWH O¶LPSXQLWp GH © la
solution », et cela bien que le tourisme exclut une grande partie de la population du projet. Il
°XYUHau nom du chômage et de la création G¶HPSORLV
L¶XQLIRUPLVDWLRQ YLVXHOOH GX FDUQDYDO RSqUH FRPPH XQ élément de cette logique globale.
/¶LPDJH GH OD YLOOH doit rester festive et musicale et celle de ses habitants joyeuse et
insouciante, comme dans le schéma de la baianité TXLV¶HVWGpYHORSSpDXWRXUGHVQRWLRQVGH
paresse de la population noire dès le début du
XX
e
siècle alors que Salvador était dans sa
phase de léthargie économique. De cette volonté de régulation visuelle naissent les politiques
GH VWDQGDUGLVDWLRQ HW GH FRQWU{OH GX FRPPHUFH LQIRUPHO TXH QRXV DYRQV pWXGLpHV /¶LPDJH
recherchée est celle de la propreté et de la modernité, qui comme nous O¶Dvons YXQ¶pSRXVH
pas les contours de la tradition des barraqueiros PDLVO¶pFUDVHHWO¶DQQXOH
Dias reprend le « plan stratégique de la ville ªTX¶LODQDO\VHGHODVRUWH : la ville est déclinée
en 1/ Ville marchandise ; 2/ Ville entreprise ; 3/ Ville patrie. Les rares critiques que ce plan
stratégique ont suscité de la part des intellectuels sont bien résumées dans ce commentaire de
O¶KLVWRULHQ5HQDWRGD6LOYHLUD170 :
« -HQHYRLVLFLTX¶XQHSROLWLTXHLGLRWHGHWRXVOHVSRXYRLUVSROLWLTXHVTXLVH
sont succédés. En réalité, il y a surtout une folklorisation de l a culture, ou une
instrumentalisation de la culture traditionnelle comme prestation de service exotique
pour le tourisme international ».
Ces commentaires ouvrent sur notre prochaine partie dans laquelle nous étudierons la
globalisation des identités à Salvador. Ces dernières sortent du cadre carnavalesque et
intègrent le projet de « vente de la ville » dans un scénario touristique, orchestrant O¶LGHQWLWp
du pauvre, du noir, etc.
170
Silveira Renato da, (2001). Enretien in Revista SBPC Cultural : Bahia, Bahia, que lugar é
este ? 53ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Universidade
Federal da Bahia ± Pro-Reitoria de Extensão, Salvador, 13 a 18 de julho de 2001; Dias
(2002:54).
178 CHAPITRE III: TOURISME
Identités globales, tourisme ethnique et travailleurs de rue
179 « Aussi pénible que puisse être pour nous cette constatation,
nous sommes obligé de la faire SRXUOH1RLULOQ¶\DTX¶XQ
destin. Et il est blanc. » Frantz Fanon (1952.)
180 Dans cette dernière partie, nous cherchons à mettre en relation deux points de vue sur la
culture noire de Salvador, le premier étant ce que nous analysons et repérons dans la culture
des barraqueiros, leur « savoir-faire » ou tradition, le deuxième étant la culture officielle
« afro ªjWUDYHUVO¶DQDO\VHHWODSUpVHQWDWion du circuit « etnico afro » de la Bahiatursa. Cet
RUJDQLVPHHVWOLpjO¶eWDWGH%DKLDHWHVWHQFKDUJHGHODGLYXOJDWLRQGHODFXOWXUHORFDOH\
FRPSULV j O¶pWUDQJHU DYHF GHSXLV XQH DWWHQWLRQ SDUWLFXOLqUH SRUWpH DX WRXULVPH
ethnique et son public cible, les Noirs américains.
Nous nous concentrons d'abord sur les particularités culturelles des barraqueiros, pour
ensuite observer les mécanismes et les dynamiques de création des catégories raciales
(rétrospective historique) et des identités ethniques. Enfin, nous confrontons nos analyses au
WRXULVPHHWKQLTXHGH6DOYDGRUDILQGHFRPSUHQGUHG¶RYLHQQHQWOHVSURFHVVXVG¶H[FOXVLRQ
réservés au barraqueiros.
I-
Identités locales
Nous prenons comme idée préalable que les commerçants de rue se distinguent les uns des
autres par un ensemble de références culturelles, une esthétique et un équipement particulier
(lié à une technique). Nous allons détailler ici les éléments dont nous disposons sur le
commerce en temps de fêtes pour caractériser les différents types de marchands en fonction
de leur contexte de travail et de leur pratique.
Dans un premier temps, nous énonçons OHVGLIIpUHQWVW\SHVG¶pTXLSHPHQWVXWLOLVpVSDU
OHV PDUFKDQGV SHQGDQW OHV IrWHV SRSXODLUHV HW SHQGDQW OH FDUQDYDO HQ UHOHYDQW O¶DVSHFW
esthétique de leur pratique. C'est l'occasion pour nous de pointer le fait que les fêtes
populaires font référence à une culture syncrétique, ce qui n'est pas le cas du carnaval.
Dans un deuxième temps, nous nous intéressons aux éléments qui font référence au
syncrétisme religieux dans les fêtes populaires en général, et dans la pratique des
barraqueiros en particulier.
Enfin, dans un troisième temps, ces différents types de marchands nous amènent à
faire une lecture du commerce informel à partir de quatre profils types qui sont : le pauvre
déraciné, le pauvre capitalisé, le pauvre dangereux et le pauvre ethnique.
181 A- Espaces et identités des barraqueiros
1RXV UHSUHQRQV OHV FRQGLWLRQV G¶DFFqV DX FRPPHUFH GH UXH SDU FLUFXLW HW OD PDQLqUH GH
travailler pour chaque segment reconnu du « commerce informel ». Nous cherchons à
UHFRQQDvWUH HW GLVWLQJXHU GX SRLQW GH YXH GH O¶DFFqV j O¶HVSDFH OHV GLIIpUHQWV W\SHV GH
marchands de rue, UpYpODQWO¶KpWpURJpQpLWpTXLH[LVWHHQWUHHX[.
Nous avons vu que les espaces festifs détiennent une forte teneur morale, liée au modèle
socio-économique en vigueur. Nous cherchons maintenant à distinguer les différentes
représentations identitaires qui sont en jeu pendant les fêtes populaires et le carnaval, du point
de vue du commerce de rue.
1) Les fêtes populaires
/HVFRQGLWLRQVG¶DFFqVDX[IrWHVSRSXODLUHVRQWGpMjpWppWXGLpHVVHORQOHVQRUPHVGXVHUYLFH
de la mairie compétent, la SESP ; les modes opérationnels également. En revanche,
O¶HVWKpWLTXHHWO¶DVSHFWYLVXHOUHVWHQWGHVSRLQWs délicats à traiter du point de vue des services
SXEOLFVSXLVTX¶LOVUHQYRLHQWjXQORXUGSDVVLIFRQFHUQDQWODWUDGLWLRQGHFRPPHUFHGHUXHHQ
général et plus particulièrement la présence africaine dans la rue qui se fait carte postale
indésirable (mauvaisHV RGHXUV HW SHX G¶K\JLqQH HW HQILQ PHQDFH OHV ERQQHV P°XUV 1RXV
souhaitons rendre compte des différents type de commerces au sein des fêtes à partir de leur
visibilité particulière et de leur décoration.
Sur le terrain, nous repérons des baraques traditionnelles qui rivalisent en matière de
décoration affichant, ou non, les marques de bières qui les sponsorisent, à condition de
vendre exclusivement leur(s) marque(s)171.
171
1RXV PHWWRQV HQWUH SDUHQWKqVH XQ SOXULHO FDULO V¶DJLW GH JUDQGV WUXVWV HW DGKpUHU j O¶XQ
deux, permet de vendre toute la gamme de marques que ce trust possède. 182 Baraque traditionnelle, fête de Boa Viagem, 01/01/2012.
%DUDTXHG¶XQHILOOHGHIndia, fête de Nossa Senhora da Conceição, 08/12/2011.
Baraque de Nini, fille de India, fête de Nossa Senhora da Conceição, 08/12/2011.
Baraque de Nini, fille de India, fête de Iemanja, 02/02/2010.
183 1RXVUHPDUTXRQVO¶HIIRUWSOXVRXPRLQVPDUTXpSRXUGpFRUHUVDEDUDTXHHWO¶LQVFULUHGDQVOD
forme traditionnelle du commerce des fêtes populaires. /¶XVDJH GH OD GpFRUDWLRQ
WUDGLWLRQQHOOHQ¶HVWSDVREOLJDWRLUHHOOHGpSHQGGXJR€WGHFKDTXHPDUFKDQG
'HV PDUFKDQGV PRLQV ³LQVWDOOpV´ RIIUHQW G¶DXWUHV W\SHV G¶pWDODJHV &¶HVW OH FDV GHV
PDUFKDQGVDX[JODFLqUHVTXLQ¶RQWSDVODPRLQGUHVWUXFWXUHGHEDUDTXHHWTXLUHVWHQWVRXYHQW
MRXUHWQXLWVXUOHVOLHX[GHODIrWHSRXUQHSDVSHUGUHGHWHPSVQLG¶DUJHQWXQRXSOXVLHXUV
tickets de bus) en retournant chez eux. Le camping se fait de manière plus ou moins organisé
selon les cas.
Glacière - Fête de Boa Viagem, tôt le matin, 01/01/2012.
Chez certains de ces marchands, nous pouvons noter une importance accordée à l'apparence
qui participe de l'image
professionnelle et qui contrecarre le préjugé sur la saleté du
marchand de rue. La créativité sert de garde-fou contre les on-dit diffamatoires (voir cidessous la glacière décorée et mobile).
Vendeur à la glacière décorée, fête de Boa Viagem, 01/01/2012.
D¶DXWUHVYHQGHXUVRQWGHVJODFLqUHVSOXVOpJqUHVTX¶LOVSRUWHQWjO¶pSDXOHDYHFXne courroie
Nous avons donc pendant les fêtes populaires : les marchands traditionnels des fêtes
populaires (barraqueiros et vendeurs de cocktails dont la baraque est souvent décorée de
184 fruits), les marchands à la glacière, et les « carrinhos » vendant des petites colations (hot-dog,
pop-corn, barbapapa, etc.).
Voyons maintenant la variété du commerce informel pendant le carnaval.
2) Le carnaval
Pendant le carnaval, il existe deV PRGDOLWpV G¶DFFqV j O¶HVSDFH HQ IRQFWLRQ GX W\SH
G¶pTXLSement des marchands. LD WHQGDQFH HVW j O¶XQLILFDWLRQ GHV PHVXUHV FRQFHUQDQW OH
« commerce informel », mais des différences se font sentir en fonction du circuit concerné.
/¶LQVFULSWLRQ GX FRPPHUFH Ge rue dans telle ou telle région morale se fait analyseur du
UDSSRUWTX¶HQWUHWLHQQHQWOHVSRXYRLUVSXEOLFVDYHFOHFRPPHUFHGHUXHHWGHO¶LPDJHjGRQQHU
de Salvador. Différentes catégories de marchands émergent des circuits, non plus selon une
inscription identitaire volontaire, mais à partir de normes de standardisation orchestrées par
les pouvoirs publics et de la manière dont elles sont appliquées par les agents de la
fiscalisation.
a) Les comptoirs du circuit Osmar
Sur le circuit qui est considéré traditionnel172 OHV DYHQXHV VRQW pWURLWHV VXLYDQW O¶DQFLHQ
schéma urbanistique de la ville. La fréquentation des quartiers populaires de la Baie est
intense. Le circuit Osmar se trouve dans le centre de cette configuration. Sa réputation est
associée à la violence et aux possibles vols. Le commerce informel y est important mais tout
DXVVL UpJOHPHQWp TXH GDQV O¶DXWUH FLUFXLW SOXV PRGHUQH /HV UqJOHV VRXSOHV GHV IrWHV
SRSXODLUHV Q
H[LVWHQW SDV VXU OHV FLUFXLWV SULQFLSDX[ HOOHV V¶DSSOLTXHQW VHXOHPHQW DX[
carnavals de quartiers qui sont situés aux quatre coins de la ville dans des quartiers
populaires : Peri Peri, Plataforma, Cajazeiras, Pau da Lima, Liberdade, Itapuà.
Sur ce circuit aux avenues étroites, la vente autorisée est celle qui a lieu devant les
innombrabOHV ERXWLTXHV TXL IRQFWLRQQHQW j O¶DQQpH HW TXL IHUPHQW OH WHPSV GX FDUQDYDO ¬
cette occasion, chaque propriétaire de boutique cède le temps du carnaval le devant de la
ERXWLTXHVRLWO¶HVSDFHFRPSULVHQWUHVDGHYDQWXUHHWODUXHjGHVPDUFKDQGVYHQDQWWravailler
OHWHPSVGXFDUQDYDO/HSUL[GHFHWWHWUDQVDFWLRQGpSHQGGHO¶DUUDQJHPHQWIDLWHQWUHOHVGHX[
172
comme le rappelle un peu de mauvaise grâce le site officiel du carnaval, cette appellation
IDLVDQWDSSDUDvWUHVRQDQFLHQQHWpDORUVTX¶LOPLVHVXUOHFLUFXLW© moderne » de Barra Ondina
pour attirer les touristes 185 SURWDJRQLVWHVSXLVTX¶LOQ¶H[LVWHDXFXQHOpJLVODWLRQjFHVXMHW1pDQPRLQVLOHVWJpQpUDOHPHQW
pOHYpOHVFRPPHUoDQWVjO¶DQQpHHVVD\DQWGHUpFXSpUHUO¶DUJHQWSHUGXSHQGDQWFHWWHVHPDLQH
'¶XQ DXWUH F{Wp RFFXSHU O¶HVSDFH SXEOLF OH WURWWRLU SHQGDQW OH FDUQDYDO HVW pJDOHPHQW
FRQWU{Op SDU OD PDLULH 'DQV OH FDV GH FHV PDUFKDQGV OH VHUYLFH UHVSRQVDEOH Q¶HVW SOXV OD
SESP (secrétariat des services publicsPDLVOD68&20&RQWU{OHHWRUGRQQDQFHGHO¶XVDJH
du sol de la municipalité de Salvador). En effet, les marchands construisent sur le trottoir un
« comptoir » derrière lequel ils travaillent et sont enregistrés par la mairie au même titre que
les producteurs qui construisent des loges ou autres gradins pour assister au carnaval. Ils
SULYDWLVHQW O¶HVSDFH SXEOLF FH TXL HVW XQ SHX GLIIpUHQW GHV ORWV PDUFKDQGV TXL HX[ RQW XQ
statut négocié par les syndicats respectifs des marchands de rue.
Dans le cadre normatif de la SUCOM, les marchands doivent payer un prix fixe pour une
base de comptoir de trois mètres de long. En 2012, les prix étaient de : R$ 405,59 + R$ 35,86
par m supplémentaire. Pour avoir une base de comparaison, les producteurs qui investissent
dans des gradins et loges personnelles paient la valeur de R$ 45,12 le m . Après la
construction de leur structure opérationnelle, ils revendent des places « au balcon » à des prix
élevés et en nombre très important. Il est assez surprenant et très peu connu que les
marchands du commerce de rue sont soumis à des conditions équivalentes à celles de ces
IDLVHXUVG¶DUJHQW
Les commerçants doivent construire leur comptoir. En 2003173, nous avons effectué un relevé
plus systématique des sommes engagés pour ce type G¶LQVWDOODWLRQ1RXVDYRQVSXFRQVWDWHU
GHVQLYHDX[G¶HQGHWWHPHQWWUqVpOHYpVSRXUODSOXSDUWGHVFRPPHUoDQWVDYDQWPrPHTXHOD
fête ne commence. Les gains obtenus étaient bien souvent en deçà de ceux espérés.
Les marchands traditionnels ne faisaient pas partie de ce groupe qui regroupait plutôt des
WUDYDLOOHXUVRFFDVLRQQHOV&HVGHUQLHUVQ¶DYDLHQWSDVWRXMRXUVG¶H[SpULHQFHFRQILUPpHGDQVOH
commerce de rue et notamment dans celui, spécifique, de la fête. En revanche, Carlos et sa
famille étaient présents. Habitués au commerce de rue dans cette région de la ville, ils
prolongeaient leur activité quotidienne. Des restaurateurs de villes voisines étaient également
concernés, malgré la décision municipale de limiter le commerce de rue du carnaval et des
173
Je me réfère ici à mon mémoire de DEA soutenu en 2005 : LOURAU, Julie, Circuits
urbains, Une analyse spatiale du commerce informel du carnaval de Salvador de Bahia,
Mémoire de DEA sous la Direction de Michel Agier soutenu à l¶(FROHGHV+DXWHV(WXGHVHQ
Sciences Sociales, Paris, 2005.
186 fêtes aux habitants de Salvador. Les résultats de notre enquête ont fait clairement apparaître
que les moins expérimentés croulaient sous les dettes.
Comptoirs du circuit Osmar, 2011.
b) Le commerce de rue : baraques de drink, glacières.
Pourtant le carnaval attire aussi un grand nombre de vendeurs « glacière ªTXLQ¶RQWSDVOHV
PR\HQV G¶LQYHVWLU GH IRUWHV VRPPHV HW VH FRQWHQWHQW G¶XQH JODFLqUH TX¶LOV UHPSOLVVHQW GH
boissons (sodas, eau et bières). Les pouvoirs publics à travers les équipes de surveillance de
la SESP ou de la SUCOM organisent la répartition sur le terrain. Seuls les vendeurs comptoir
ont accès aux avenues des circuits centraux, au même titre que les « camarotes » (gradins ou
loges). Les autres vendeurs, glacière ou de « petites voitures » type hot-dogs, doivent se
répartir sur les allées adjacentes aux circuits principaux. Pour le circuit Osmar, une multitude
de ruelles relient les deux avenues principales (Carlos Gomes et Avenida Sete) tout le long du
parcours. DaQV OH FDV GX FLUFXLW %DWDWLQKD LO V¶DJLW SULQFLSDOHPHQW GHV UXHV DGMDFHQWHV jOD
3ODFH 0XQLFLSDOH 3RXUOHFLUFXLW 'RG{ LOV V¶DJLW GHV UXHV SDUDOOqOHV DXFLUFXLWF¶HVW-à-dire
G¶DXWUHV JUDQGHV DYHQXHV WUDQVIRUPpHV HQ © SODFH G¶DOLPHQWDWLRQ » sur le modèle des
shopping centers ou dans des rues adjacentes plus petites où le contrôle se fait moins
pressant.
La population qui vit dans ces quartiers résidentiels de la classe aisée de Salvador se plaint de
O¶LQYDVLRQGHFHVPDUFKDQGVGHUXHjO¶RFFDVLRQGXFDUnaval, car ils changent le standing de
leur rue de manière radicale. Les équipes de fiscalisation de la mairie se concentrent sur les
FLUFXLWVGRQWO¶LPDJHHVWKDXWHPHQWPpGLDWLVpHHWGRQWLOIDXWpOLPLQHUWRXWDVSHFWGHGpVRUGUH
de saleté ou de marginalisation. Ce cadre doit servir de vitrine touristique à Salvador et au
Brésil. Afin de garantir une image lavée de signes extérieurs de saleté ou de pauvreté, les
187 pouvoirs publics implantent une batterie normative à destination du commerce de rue, ayant
pour dessein la « défavelisation du carnaval ª 'DQV OH PrPH RUGUH G¶LGpH, les rues plus
KXSSpHVGRLYHQWDFFHSWHUOHWHPSVG¶XQFDUQDYDOG¶rWUHVDFULILpHDXFRPPHUFHGHUXHHWDX[
WRLOHWWHV SURYLVRLUHV SRXU VDXYHU O¶LPDJH PpGLDWLTXH GH OD YLOOH FRQFHQWUpH Dutour des
caméras qui filment les défilés carnavalesques.
Le temps du carnaval, la majeure partie des équipes de police ou de surveillance est
concentrée sur les circuits carnavalesques. Le reste de la ville doit supporter la paralysie
momentanée. Quoi qX¶LO HQ VRLW ERQ QRPEUH GH SHUVRQQHV H[FXVH 0RQVLHXU &DUQDYDO VRLW
SDUFH TX¶LOV YRQW HX[-PrPHV V¶\ DPXVHU VRLW \ WUDYDLOOHU /HV SOXV LPSRUWXQpV YLYHQW j
proximité des circuits. Ils partent alors en voyage non sans avoir loué leur appartement à des
touriVWHVDYLGHVGHIrWHePHUJHDLQVLXQWRXULVPHSDUDOOqOHDXFDUQDYDOFHOXLGHO¶pYDVLRQRX
du tourisme vert.
Les marchands, eux, travaillent jour et nuit. Ils campent tant bien que mal sur leur lieu de
travail profitant de quelques heures de repos lorsque pointe le matin.
Glacières et tente dans une rue adjacente au circuit Batatinha, tôt le matin, 2011.
Glacières dans une rue adjacente au circuit Osmar, 2011.
188 'DQVOHVPpGLDVQRXVUHWURXYRQVWRXMRXUVODUKpWRULTXHGXPDQTXHG¶K\JLqQHGH
O¶LPSURvisation de mauvais goût et parfois du travail infantile.
« Sans structure, les ambulants dorment
dans des hamacs et urinent dans la rue.
Viviane et Erick improvisent un lit
sous un camion qui vent des glaçons
près de Bara-Ondina. »174
c) Les baraques traditionnelles
Mis à part quelques emplacements particuliers, les tables et les chaises sont interdites sur les
circuits pour ne pas gêner la circulation du carnaval. Ces espaces réservés sont peu nombreux
et ne sont pas toujours intéressants aux yeux des barraqueiros au point que ceux-ci préfèrent
V¶DEVWHQLUGHWUDYDLOOHUSHQGDQWOHFDUQDYDORXELHQFRPPHla fille India, opte pour une autre
solution, occuper un restaurant dont elle connaît le propriétaire à qui elle paie un loyer
occasionnel, sur le modèle des pas-de-porte loués par les ambulants.
En effet, ces rares emplacements répondent plutôt aux normes des pouvoirs publics, en
relation avec la SALTUR, qui privilégient le fait qu'ils ne gênent pas la circulation du
carnaval, qu'à des intérêts commerciaux. La distribution d'un équipement conventionné
SDUWLFLSHGRQFDXFRQWU{OHGHO¶HVSDFHFDUQDYDOHVTXHSXLVTXHOHVPDUFKDQGVQHSHXYHQWSOXV
V¶LQVWDOOHURLOVYHXOHQWQLGLVSRVHUGXPDWpULHOGRQWLOVRQWEHVRLQ De ce fait, les baraques
traditionnelles sont de moins en moins nombreuses sur les circuits du carnaval.
Les chiffres sont parlants : en 1999175XQDSSHOG¶RIIUHHVWODQFpSRXUODPLVHHQYHQWHGH
baraques traditionnelles pour le carnaval 2000, réparties sur 11 aires des 3 circuits principaux.
174
Reportage sur le site : http://diversao.terra.com.br/carnaval/2012/noticias, consulté en date du 12/04/2012 189 En 2009176, nous ne connaissons pas le nombre exact de baraques traditionnelles en place,
PDLVQRXVVDYRQVG¶DSUqV les relevés trouvés dans le Journal officiel TX¶LO\Dun plafond de
80 baraques$XMRXUG¶KXLOHQRPEUHHVWencore inférieur.
Les baraques les moins menacées sont celles du Terreiro de Jesus, les baraques officielles du
3HORXULQKRTXLVRQWPRQWpVjFKDTXHpYpQHPHQWIHVWLI(OOHVGpSHQGHQWG¶XQHDVVRFLDWLRQOLpH
au centre historique et non aux fêtes populaires. Il reste encore quelques baraques Praça
Castro Alves et au Jardim Suspenso (Campo Grande) mais la tendance est nettement au
déclin. De plus, ces baraques ne gardent plus les éléments visuels distinctifs des baraques
traditionnelles. Elles se fondent dans le décor carnavalesque tapissées de bâches publicitaires
en matière plastique des sponsors commerciaux.
En comparaison, OH QRPEUH G¶DPEXODQWV enregistrés pour travailler comme vendeurs
LQIRUPHOVV¶pOqYHj2 000177 en 1999, à 3 760178 en 2009179 et à 5 280 en 2012180. Est-ce que
cette hausse signifie que les mesures de contrôle sont telles que les marchands ne peuvent
plus échapper aux mesures d'enregistrements " 2X TX¶LO \ D XQH QHWWH DXJPHQWDWLRQ GX
nombre de travailleurs informels ? Les deux hypothèses peuvent être vraies. Nous pouvons
donc conclure que les mesures restrictives des pouvoirs publics touchent principalement les
baraques traditionnelles. Le commerce de rue standardisé est lui à la hausse, relégué dans des
zones périphériques.
175
Diario Oficial do Municipio du 13/10/1999, N°2.582; du 19/10/1999, N°2586 ; du
21/10/1999, N°2588, du 25/10/1999, N°2590, et du 11/11/1999, N°2.601. 176
Diario Oficial do Municipio do 20 a 26/02/2009, ano XXII, N°4.843. 177
&HSHQGDQW XQ DUWLFOH GX PrPH -RXUQDO RIILFLHO IDLW DSSDUDvWUH TX¶XQ JUDQG QRPEUH
G¶DPEXODQWV D WUDYDLOOp VDQV DXWRULVDtion préalable, et souligne que les contrôles de
fiscalisations devront désormais être plus efficaces. 178
/HVPHVXUHVGHFRQWU{OHVRQWHIIHFWLYHPHQWUHQIRUFpHVSXLVTX¶XQJLOHWHVWGLVWULEXpDX[
ambulants qui ont payé leur taxe et suivi le stage concernant O¶K\JLqQHHWODPDQLSXODWLRQGHV
aliments. De cette manière, le travail des agents de contrôle de la SESP est simplifié. Ils n'ont
plus qu'à vérifier les licences des porteurs de gilet. 179
Diario Oficial do Municipio do 20 a 26/02/2009, ano XXII, N°4.843. 180
Chiffre fourni par un responsable du CFM da SESP, service en charge du commerce
informel pendant le carnaval le 05/01/2012. 190 Baraques traditionnelles, Praça Castro Alves, 2011.
Baraques traditionnelles du centre historique, 2011.
B- Syncrétisme religieux
Dans notre exposition des différents types de marchands nous relevons le fait que les
baraques qui présentent des signes de tradition à travers une décoration spécifique sont
SUpVHQWHVGDQVOHVIrWHVSRSXODLUHV&HVPrPHVEDUDTXHVQ¶RQWSRXUDLQVLGLUHSOXVG¶HVSDFH
dans le carnaval où les affiches publicitaires des marques de bières tiennent lieu de
décoration. Nous allons maintenant détailler les signes de syncrétisme religieux présents dans
les fêtes populaires et chez les barraqueiros DILQG¶HQFRPSOpWHUOHSURILO
1) Présence du candomblé religieux ou commercial dans les fêtes populaires
¬ SDUWLU G¶H[SpULHQFHV GHWHUUDLQ QRXV DSSRUWHURQV TXHOTXHV pOpPHQWV YLVXHOV HWGHVcriptifs
sur le syncrétisme religieux pendant les fêtes populaires.
191 a) /¶DXWHO
Nous nous appuierons ici, pour démontrer le syncrétisme religieux, sur la fête de Santa
Barbara, non pas que ce soit un cas unique dans le calendrier des fêtes populaires, mais parce
TX¶HOOHHVWSHXW-être la plus significative visuellement. Santa Barbara, ou Sainte Barbe, pour
être la sainte patronne des pompiers, et donc liée au feu, été associée dans le syncrétisme
UHOLJLHX[j,DQVjODGpHVVHGXIHXGHO¶pFODLUHWGHODWHPSrte. Sa couleur est le rouge. Sur les
deux premières photographies prises au cours de la dernière édition, nous pouvons observer
l'autel dont la couleur dominante des fleurs est le rouge et la statue de São Benedito, un saint
noir, un esclave affranchi considéré comme un modèle de pénitence. Dans le candomblé, il
est Ossain, le maître des feuilles et de la médecine. Il a été, selon certains cultes, un des
époux de Iansà. Cet autel se trouve dans l'enceinte du marché São Miguel où a lieu la
distribution du caruru, un des plats rituels de Iansà. Le marché São Miguel est le haut lieu de
ODIrWHDXPrPHWLWUHTXHO¶pJOLVH'DQVOHUHQIRQFHPHQWVRUWHGHQLFKHVHUYDQWG¶DXWHOVH
tiennent donc les statues de sainte Barbe, de saint Benoît, les offrandes rituelles composées
GHFUHYHWWHVHWGHSODWVSUpSDUpVDYHFGHO¶KXLOHGHSDOPHGHFRXOHXUURXJHHWXQHbaiana en
tenue, imposante dans cet espace étriqué, qui demande une contribution à tous ceux qui
viennent se recueillir et faire une offrande à sainte Barbe sous forme de fleur ou de parfum.
&HWWH FRQWULEXWLRQ SHXW rWUH DVVLPLOpH j XQH DXP{QH HQ O¶KRQQHXU GH OD VDLQWH GDQV OH EXW
G¶HQWUHWHQLUVRQDXWHO
'DQV FHW HVSDFH SURIDQH XQ PDUFKp FRXYHUW OH V\QFUpWLVPH HVW FRPSOHW ,O H[LVWH G¶DXWUHV
autels dédiée à la sainte, mais celui-ci est le plus connu et le plus visité. La distribution de
nourriture y est sûrement pour quelque chose.
Photo 1 - Statue de santa Barbara, 04/12/2011.
Archives personnelles.
192 Photo 2- São Benedito, à côté de santa Barbara,
recevant des offrandes, 04/12/2011. Archives personnelles.
b) La foi
([DFWHPHQW HQ IDFH GH O¶HQWUpH GH O¶DOF{YH WRXMRXUV GDQV OH PDUFKp 6mR 0LJXHO WURLV
SHUFXVVLRQQLVWHV G¶XQ FDQGRPEOp -HMr MRXHQW GHV U\WKPHV HQ O¶KRQQHXU GH OD VDLQWH ,OV VH
plaignent que les FRPPHUoDQWVGXPDUFKpQHOHXURIIUHQWSDVPrPHXQHERXWHLOOHG¶HDXDORUV
TX¶LOVYLHQQHQWMRXHUGHSXLVGHVDQQpHVSRXUVDLQWH%DUEH,OV\VRQWWHQXVSDUXQHREOLJDWLRQ
liée à leur terreiro GRQWO¶XQGHVPXVLFLHQVHVWOHILOVGX Pai de Santo. Ils jouent donc sans
UHFXHLOOLU G¶DUJHQW PDLV SOXW{W FRPPH XQH REOLJDWLRQ ULWXHOOH 1RXV SRXYRQV REVHUYHU OHV
musiciens sur la photo 4 ainsi que la file des fidèles attendant leur tour pour se recueillir
quelques instants aux pieds de la statue de la sainte où coule une source. Le lieu est très
fortement chargé en énergie, on en sort apaisé. Les murs du marché São Miguel ont été
fraîchement repeints en rose orangé.
Photo 3- File des fidèles allant faire une offrande à sainte Barbe dans sa niche / autel du
marché São 0LJXHOHWILGqOHVGXFDQGRPEOpV¶DSSUrWDQWjMRXHUSRXU,DQVj
193 &HWWH DQQpH O¶pJOLVH GH 1RVVD 6HQKRUD GR 5RVDULR GRV SUHWRV TXL VH WURXYH j XQ SkWp GH
maison du marché, dans la « ladeira du Pelourinho181 », est en travaux. En conséquence, la
meVVHDpWpGRQQpHVXUODUXHHQSHQWHTXLODORQJHVXUXQHVFqQHPRQWpHSRXUO¶RFFDVLRQ/H
public des fidèles et des badauds est vêtu de rouge même pendant la messe catholique. La
VDLQWHVRUWGHO¶pJOLVHSRXUUHMRLQGUHOHSUrWUHHWSDUWLFLSHUjXQHSURFHVsion qui passe par la
FDVHUQHGHV3RPSLHUVSXLVSDUOHPDUFKp6mR0LJXHOHWUHWRXUQHjO¶pJOLVH /¶pPRWLRQjOD
sortie de la statue est intense, beaucoup de femmes crient et pleurent : « Ma mère ! Ma
mère !... ª/¶LGHQWLILFDWLRQGHODVDLQWHjO¶RUL[DHVt complète.
Photo 4- Fidèles de sainte Barbe / Iansà assistant à la messe qui a lieu en plein air devant
O¶pJOLVH
c) Le commerce religieux
Aux abords de la foule, les vendeurs ambulants se pressent, notamment ceux qui font
FRPPHUFHG¶LPDJHVet autres bibelots de la sainte, le tout aux couleurs rouge et blanche de
Iansà. En rayon, collier de candomblé représentant Iansà, petites statuettes, reproductions de
VRQLPDJHSULqUHVHQVRQQRPSHQGHQWLIVEUDFHOHWVHWFKDSHOHWV/¶DVSHFWFRPPHUFLDOautour
GHODIRLFDWKROLTXHQ¶HVWGRQFSDVDEVHQW
181
La côte qui donne le nom au quartier historique et touristique. Cette côte est aussi
emblématique des concerts gratuits qui ont été donné pendant des années par le groupe du
Olodum, au même endroit où la scène pour le prêtre a été montée. 194 Photo 5- Fête de sainta Barbara, 2011. Vendeuse de bondieuseries.
6XU OD SKRWR OH FDGUH FKDQJH SXLVTX¶LO V¶DJLW GH OD IrWH GH 1RVVD VHQKRUD GD FRQFHLomR
mais des scènes identiques étaient visibles le jour de santa Barbara : des pais de santos et des
baianas ODQFHQW GHV SRS FRUQ HQ VLJQH GH EpQpGLFWLRQ VXU OHV SDVVDQWV HW V¶HPSUHVVHQW GH
demander deux reais. Il s'agit là d'une autre forme de "petit boulot" lié au religieux, mais
cette présence du canGRPEOp DX[ DERUGV GH O¶pJOLVH FDWKROLTXH GDQV XQ EXW OXFUDWLI HVW
UpFHQWH6HXOHVOHVIrWHVTXLGRQQHQWOLHXjXQODYDJHGXSDUYLVGHO¶pJOLVHHWTXLQpFHVVLWHQW
un grand nombre de baianas SHXYHQWIDLUHO¶REMHWG¶XQHUpPXQpUDWLRQ/HVSRXYRLUVSXEOLFV
se cKDUJHQWFHVGHUQLqUHVDQQpHVGHIRXUQLUODPDLQG¶°XYUHQpFHVVDLUHHQHPSOR\DQWFRPPH
prestataires de service des baianas SRXU rWUH V€UV TX¶HOOHV QH PDQTXHURQW SDV DX WDEOHDX
WRXULVWLTXH,OQ¶HVWSDVGHPDQGpG¶DUJHQWDX[ILGqOHVRXDX[WRXULVWHVSDUOHVbaianas.
/HFDQGRPEOpHQWDQWTXHIRONORUHF¶HVW-à-dire en dehors de son cadre rituel est donc une
nouveauté dans le cadre des fêtes populaires. Il dénote une volonté de commercialisation de
la religion afro brésilienne auprès des touristes, badauds et fidèles des fêtes populaires. Nous
SRXYRQV SHQVHU TXH OHXU SUpVHQFH DX SLHG GH O¶pJOLVH YLVH SOXW{W OD IRXOH GHV ILGqOHV 1RXV
DYRQV YX TXH FHWWH IrWH EpQpILFLH FHV GHUQLqUHV DQQpHV G¶XQH FKXWH GH IUpTXHQWDWLRQ /¶pWDW
G¶DEDQGRQGXTXDUWLHUQ¶DLGHSDVjDWtirer du public. Les touristes ne sont donc pas nombreux.
Ainsi les Pais de Santos doivent jouer sur la foi syncrétique des fidèles pour gagner leur
aumône.
195 Photo 6- /HV3qUHVHW0qUHVGH6DLQWDXSLHGGHO¶pJOLVHGHOD&RQFHLomR
faisant des bénédictions aux fidèles de Nossa Senhora da Conceição, 08/12/2011.
2) Les BarraqueirosO¶$IULTXHHWOH&DQGRPEOp
Si nous avons pu constater une similarité entre le traitement réservé aux barraqueiros et celui
réservé aux Africains au XIXe siècle de la part des poXYRLUVSXEOLFVQRXVQ¶DYRQVSRXUWDQW
pas associé directement leur tradition, les uns travaillant dans un environnement quotidien il
y a 150 ans, les autres se débattant dans le cadre festif contemporain. Cependant, force est de
constater que certaines pratiques sont issues du candomblé, parmi elles, vouer un culte à un
saint au sein de sa baraque. Cela peut se résumer à la présence discrète d'une image (par
exemple un saint Georges terrassant le dragon) jusqu'à l'installation d'un autel avec bougie
(voir pKRWR&HVSUDWLTXHVQRXVUHQYRLHQWDX[FpUpPRQLHVG¶LQYHVWLWXUHVGHV&DSLWDLQHVGH
« cantos » qui prenaient elles aussi appui dans le candomblé.
Photo 7- Baraque traditionnelle avec ses Saints protecteurs, Cosme et Damião,
Fête de Boa Viagem, 01/01/2012.
196 Photo 8- =RRPVXUO¶DXWHOGH&RVPHHW'DPLmR
Fête de Boa Viagem, 01/01/2012.
À travers ces cultes familiers, nous avons la confirmation que les barraqueiros relèvent, en
SOXVG¶XQPRGHGHIDLUHHWG¶rWUHHQUHODWLRQDYHFOHVDXWUHVG¶XQV\Vtème de croyances qui
OHV OLHQW DX[ IrWHV SRSXODLUHV HW SOXV JpQpUDOHPHQW j O¶DLUH PRUDOH GH OD SUHPLqUH SpULRGH
celle où l'activité était concentrée dans le vieux centre autour de la Baie. À l'époque, le
système de valeurs reposait sur des principes de GpSHQGDQFHV HW G¶HQWUDLGH SRXU O
DVSHFW
social, et de syncrétisme, pour l'aspect religieux.
Pourtant, tous les barraqueiros ne s'inscrivent pas dans cette tradition. Pendant le carnaval,
les genres se mélangent et créent un amalgame entre des commerçants issus de traditions très
différentes, même si elles sont toutes répertoriées sous l'appellation de « commerce
informel » par les pouvoirs publics.
Nous allons quant à nous tenter de définir quatre idéaux-types à partir des marchands
rencontrés sur le terrain.
C- Les quatre identités du pauvre : formalisation identitaire
1) Le pauvre déraciné ± « Dona India »
La présentation de Dona India et sa fille que nous avons faite dans la première partie est
reprise dans son contenu par une journaliste du journal A Tarde du 13/12/2011, Juliana Dias.
1RQ SDV TX¶HOOH DLW HX DFFqV j PHV pFULWV PDLV SDUFH TXH 1LQL OD ILOOH ,QGLD VH SODvW j VH
UDFRQWHU GH OD VRUWH j TXL YHXW O¶HQWHQGUH RX GX PRLQV DX[ UHSUpVHQWDQWV GH TXHOTXHV
HQWUHSULVHVRXLQVWLWXWLRQVFRPPHO¶XQLYHUVLWp dans mon cas, ou le journal A Tarde, dans le
FDVGH-XOLDQD'LDV'HIDLWMHFURLVTX¶HOOHDVVLPLODLWPRQWUDYDLOjFHOXLG¶XQHMRXUQDOLVWH
un possible porte-SDUROHGHVHVUHYHQGLFDWLRQV&¶HVWHQFHVHQVTXHM¶DLSULVVDILJXUHFRPPH
197 emblème des marchands des fêtes populaires. Elle dramatise peut-être mieux que les autres la
SURIHVVLRQHWOHVREVWDFOHVUHQFRQWUpV1¶RXEOLRQVSDVTX¶HOOHHVWXQHGHVWrWHVSHQVDQWHVGH
O¶DVVRFLDWLRQGHVPDUFKDQGVGHVIrWHVSRSXODLUHV(QIDLWWRXVVXELVVHQWjSHXSUqVOD même
UpDOLWp HW VH SODLJQHQWHQ SUHPLHU OLHX GH OD GLPLQXWLRQ GHOHXU UHQWUpH G¶DUJHQW/H WLWUH GH
O¶DUWLFOH182, « Les fêtes populaires bahianaises vivent un rythme de changements : Les
célébrations comme celles de Santa Luzia gagnent un nouveau visage et une nouvelle
dynamique entrainés par les changements opérés ces quarante dernières années ». Dans cet
DUWLFOHODMRXUQDOLVWHUHODWHjODIRLVOHVSDUROHVGHODILOOH,QGLDHWG¶DQWKURSRORJXHVHWFRQFOXW
sur une nette décadence des fêtes populaires. Le désarroi de Nini y est présent, elle relate
comment sa mère, Dona India avait pu nourrir douze enfants avec cette seule activité et la
GpFDGHQFH GHV IrWHV SRSXODLUHV G¶DXMRXUG¶KXL XQLTXH PRWLI PLV HQ DYDQW SDU OD MRXUQDOLVWH
quant au désarroi de Nini). Les pouvoirs publics ne sont pas mis en cause.
'DQVODGHUQLqUHHQWUHYXHTXHM¶DLHXHDYHF1LQLSHQGDQWODIrWHGHOD&RQFHLomRGD3UDLDHQ
GpFHPEUHM¶DLPRL-PrPHpWpVXUSULVHSDUO¶DEVHQFHGHUDQF°XUYLV-à-vis des pouvoirs
publics et plus encore vis-à-vis des sponsors des marques de bière183. Cette fois-ci elle me
présentait la marque de bière qui la soutenait comme un partenaire avec qui elle entretenait
une relation de confiance et qui la traitait de façon privilégiée, lui prêtant par exemple en plus
des congélateurs, tables et chaises, de façon occasionnelle une sonorisation qui lui permettait
OHVRLUYHQXG¶DQLPHUVDEDUDTXHDYHFGHV© serestas », style musical romantique et populaire.
/¶DQLPRVLWp GH QRWUH SUHPLHU HQWUHWLHQ HQYHUV OHV VSRQVRUV GH ELqUH TXL P¶DYDLW PDUTXp
Q¶pWDLWGRQFSOXVYLVLEOH$FURLUHTXHODWUDGLWLRQTXLV¶pWDLWVHQWLHWHOOHPHQWPDOPHQpHSDU
FHVQRXYHDX[SDUWHQDLUHVV¶pWDLWILQDOHPHQWDGDSWpHHWDSSUpFLDLWGRUpQDYDQWO¶LQWUXVLRQGHOD
technique dans son horizon.
'¶DSUqV OHV DQWKropologues et historiens, la journaliste recense différents motifs comme
responsables de la décadence : « densité démographique, massification, privatisation,
fragmentation des groupes sociaux, violence et infrastructure précaire ». Ordep Serra,
anthropologue conclut sur la « massification des fêtes » au détriment de la fête
FRPPXQDXWDLUH5REHUWR$OEHUJDULDDXWUHDQWKURSRORJXHEDKLDQDLVGpQRQFHO¶pWLUHPHQWGHV
tissus urbains qui causent une véritable distance et indique que les moyens techniques
182
« Festas populares baianas vivem ritmo de mudanças », A Tarde, 13/12/2011. 183
Lors de mes entretiens en 2003 et 2005, il y avait beaucoup de ranc°XUGDQVVRQGLVFRXUV
à ce sujet. 198 permettenWG¶LPSURYLVHUXQHIrWHjWRXVOHVFRLQVGHUXHTXDQGO¶HQYLH\HVW Ces arguments,
nous les avons-nous-PrPHVDERUGpVjSDUWLUG¶DQDO\VHVGpWDLOOpHVGHVIrWHVSRSXODLUHVHWGX
FDUQDYDO WDQW GDQV O¶DVSHFW GH PDVVLILFDWLRQ TXH GDQV FHOXL GH OD OHFWXUH PRUDOe du tissus
urbain.
La tradition des marchands des fêtes populaires semblent donc être principalement affaiblie
du fait de la perte de vigueur de leur contexte originel : les fêtes de « largo ». Nous
retrouvons les barraqueiros plongés dans un univers quL Q¶HVW SDV VSpFLILTXHPHQW OH OHXU
FHOXL GX WUDYDLOOHXULQIRUPHO SHQGDQWOH FDUQDYDO &HW DPDOJDPH GH O¶LQIRUPDOLWp HQ UDMRXWH
VXUODSHUWHLGHQWLWDLUHSXLVTX¶LOIDXWVHSOLHUjGHVUqJOHVTXLQ¶RQWSDVpWpWDLOOpHVVXUPHVXUH
mais qui tendent au contraire à unifier, standardiser des populations de marchands de rue qui
Q¶RQWSDVOHVPrPHVUpIpUHQFHVGHWUDYDLO A cela peut être ajouté le fait que les mesures des
SRXYRLUV SXEOLFV j O¶pJDUG GX FRPPHUFH GH UXH Q¶HQ ILQLVVHQW SDV G¶rWUH UpDPpQDJpHV ;
comme si les travailleurs de rue restaient un éternel problème, jamais résolu, qui doit être
VDQVDUUrWPLHX[HQFDGUpSOXVVWDQGDUGLVp«$WLWUHG¶H[HPSOHOHMRXUQDO$7DUGHGDQVVRQ
édition du 08/12/2011 annonçait les changements
propres à cette édition du carnaval,
dénonçant en filigrane la préoccupation de ce qui sera visible dans le circuit Barra Ondina qui
est principalement médiatisé : installation de caméras dans les gradins et les loges et certains
blocs, tournées vers la rue (dispositif qui pourra être rendu obligatoire en 2013) ; une
nouvelle réglementation concernant les ballons publicitaires ; réglementation et contrôle des
temps de défilés et des réglages sonores ; création de zones spéciales pour les vendeurs
ambulants, ils devront rester à proximité des cordons des blocs, uniquement avec des
glacières de petites tailles dont les dimensions seraient fixées préalablement ». Des zones de
campement étaient en projet permettant repos et hygiène minimum à cette population qui le
temps du carnaval devient nomade. Ces zones se situent évidemment à une distance
honorable du circuit et des caméras.
En réponse plausible à une de mes questions initiales, Dominique Vidal 184 (2002) apporte des
éléments de réponse. Pourquoi ces marchands qui revendiquent un savoir faire propre, une
tradition, ne rencontrent-LOV SDV XQ WHUUDLQ IDYRUDEOH TXL SRXUUDLW OHV LQWpJUHU DX QRP G¶XQH
culture populaire au calendrier touristique ? Pourquoi leur savoir-IDLUHQ¶HVW-LOSDVG¶DYDQWDJH
YDORULVp HQ WDQW TXH VXUYLYDQFH GX SDVVp TX¶HOOH soit associée à une matrice africaine ou
199 purement brésilienne ? Ou encore, plus simplement, pourquoi ces pauvres, noirs ou métisses
RXDVVRFLpVjO¶XQHRXO¶DXWUHGHFHVFDWpJRULHVQHSHXYHQW-ils pas participer de O¶HXSKRULH\
compris économique) qui caUDFWpULVHOHPRXYHPHQWDIURTXLV¶pSDQRXLWSOHLQHPHQWSHQGDQWOH
FDUQDYDO R OHV U\WKPHV HW GDQVHV VRQW DVVRFLpV j O¶RULJLQH DIULFDLQH GH OD SRSXODWLRQ GH
6DOYDGRU« QRWDPPHQW SDU OHV WRXULVWHV ? Dominique Vidal à propos des bonnes (les
employées domestiqueVGH5LRGH-DQHLURHWGH5HFLIHDYDQFHO¶DQDO\VHVXLYDQWH : la bonne
qui est associée à la « mulata ª UHIXVH SRXU O¶LQVWDQW O¶DVVLPLODWLRQ j O¶LGHQWLWp IRUPDOLVpH
afro car elle aspire aux mêmes idéaux sociaux que sa patronne. Elle ne souhaite pas un statut
jSDUWPDLVMXVWHSOXVG¶pTXLWpHWGHFRQVLGpUDWLRQ
Ces considérations rejoignent en cela celles de Dona India et de sa fille qui ne se voient pas
HQPDUJHGHODIrWHDXFRQWUDLUHHOOHVVHVHQWHQWGpWHQWULFHVG¶XQVDYRLUIDLUHSURSUHjODIrWH
IO Q¶\ D SDV GH YRORQWp G¶DIILFKHU XQH FXOWXUH DXWUH VHXOHPHQW XQH YRORQWp G¶DIILFKHU XQH
FXOWXUHSURSUH'HPrPHLOQ¶\DSDVGHUpIpUHQFHjXQH$IULTXHSHUGXH/HVERQQHVGH9LGDO
UHFKHUFKHQWO¶pJDOLWpjWUDYHUVOHUHVSHFWPRWG¶RUGUHGHODSDUWGHVHs patrons (pour India le
PRWG¶RUGUHHVWODUHFRQQDLVVDQFHGHOHXUVDYRLU-faire posé comme tradition). Le mode de vie
GHVSDWURQVHVWFRPPHRQO¶DGLWHQYLpHWQRQFULWLTXpVXUOHIRQG&¶HVWMXVWHPHQWFHGpVLU
G¶pJDOLWp TXL HPSrFKH G¶DGKpUHU OHV ERQQHV ou les barraqueiros au mouvement afro qui a
SRXU IRQGHPHQW OD GLIIpUHQFH $YHF OXL V¶LPSRVH OD GLIIpUHQFH FXOWXUHOOH &H PRXYHPHQW
G¶DSUqV 9LGDO QH SUHQG SDV GDQV OHV FRXFKHV SRSXODLUHV TXL RQW LQFRUSRUp OHV YDOHXUV GX
métissage (pouvoir sexuel du « noir », du « mulâtre », du « moreno » sur le « blanc ») à la
manière dont Thales de Azevedo explique les relations raciales dans les années 1950. La
tendance est à se blanchir pour accéder au modèle social de la classe moyenne
majoritairement blanche, et non à se noircir pour accéder aux discriminations positives. Dans
OH FDV GHV ERQQHV OD FRQFXUUHQFH DYHF OD SDWURQQH HVW SOXV IRUWH TXH O¶DIILUPDWLRQ G¶XQH
opposition cultuelle.
/¶LGHQWLWpDIURGDQVOHFDGUHGXFDUQDYDOHVWODLVVpHVDX[EORFVFXOWXUHOVHW ne représentent
SDVOHQRLUGHODUXHFRPPHUoDQWRXWUDYDLOOHXUGHO¶LQIRUPHO6WHIHQ6HONDpWXGLHFHWWHPrPH
question avec les participantes de la confrérie de la Bonne Mort à Cachoeira qui jonglent
entre ces deux modèles identitaires (du syncrétisme et GH O¶DIILUPDWLRQ G¶XQH GLIIpUHQFH
culturelle) pour obtenir une visibilité.
184
VIDAL, Dominique, « Le bel avenir de la mulata : La bonne, sa patronne et son patron »
200 Les emplacements des baraques traditionnelles sont ceux qui ont été le plus malmenés et
persécutés par les pouvoirs publics et qui se trouvent en quantité minime et à des conditions
qui découragent le plus grand nombre. Dans le carnaval, il ne fait pas bon être « tradition »,
mieux vaut adopter un habit standardisé « afro » pour les groupes culturels ou « informel »
pour les barraqueiros.
2) Le pauvre capitalisé ± « Carlos »
'¶DSUqVles données obtenues auprès de la SESP, la catégorie des travailleurs informels dans
ODTXHOOHV¶LQVFULW&DUORVYHQGHXUDX[© carrinhos ») est en constante augmentation pendant le
FDUQDYDO /HV HPSODFHPHQWV PDUFKDQGV SRXU OH FRPPHUFH LQIRUPHO FURvVVHQW G¶Dnnées en
DQQpHVFHTXLSURXYHTXHOHVSRXYRLUVSXEOLFVQ¶RQWSDVXQHDWWLWXGHVWULFWHPHQWKRVWLOHDX
commerce de rue. Nous pouvons cependant nous demander pourquoi ce modèle plutôt que
celui des marchands des fêtes populaires ?
Un premier élément de réponVH VHUDLW TXH O¶DEVHQFH GH UHYHQGLFDWLRQ LGHQWLWDLUH IDFLOLWH
O¶XQLIRUPLVDWLRQHWODVWDQGDUGLVDWLRQGHFHW\SHGHPDUFKp'HSOXVVHVDFWHXUVQHVRQWSDV
réticents à ces mesures, au contraire. Carlos, comme tous les marchands de rue du quotidien
avec lesTXHOVMHPHVXLVHQWUHWHQXHYDORULVHOHIDLWG¶DYRLUDFFqVjXQFUpGLWEDQFDLUHDILQGH
V¶pTXLSHUDYHFGXPDWpULHOVWDQGDUGLVpHWDXWRULVp,OQ¶RSSRVHSDVGHUpWLFHQFHDXFRQWUDLUH
il adhère au projet qui représente un effort de professionnalisation. Les pouvoirs publics
souhaitent donner un aspect plus professionnel et moins improvisé aux yeux des badauds et
OHV PDUFKDQGV SHXYHQW XVHU GHV DUJXPHQWV G¶K\JLqQH HW GH SURIHVVLRQQDOLVDWLRQ DXSUqV GHV
clients. Les normes de standardisation ne sont donc plus un signe de manque de respect à une
WUDGLWLRQPDLVXQHPDUTXHG¶LQWpUrWSRXUXQHFDWpJRULHGHODLVVpVSRXUFRPSWHGHODVRFLpWp
qui a dû improviser un moyen de survie.
/D WHQGDQFH HVW GRQF j OD PXOWLSOLFDWLRQ HW j O¶DFFHSWDWLRQ GH OD SUpFDULWp VRXV FHUWDLQHs
conditions WD[H G¶HQUHJLVWUHPHQW HWRX GH IRQFWLRQQHPHQW QRUPHV G¶K\JLqQH j UHVSHFWHU
matériel standardisé, signe distinctif (badge, gilet), etc. Ainsi, tous les marchands sont
regroupés en fonction de normes et non plus de distinctifs identitaires. Cet amalgame permet
de classer, ranger « la pauvreté », sans opérer de distinction, car seule cette catégorie est
YDOLGpH SDU OHV DJHQFHV LQWHUQDWLRQDOHV VXVFHSWLEOHV G¶DLGHU OHV SD\V HQ YRLH GH
développement ou émergents.
in Cahiers du Brésil Contemporain, n°49-50, 2002, p.153-166. 201 3OXW{WTX¶XQHLGHQWLWpORFDOHPDl vue ou marginalisée, « la pauvreté globale ªEpQpILFLHG¶XQ
UHJLVWUH PRUDO SRVLWLI GRQW %UXQR /DXWLHU UHWLHQW O¶HIIHW PRUDOLVDWHXU (Q HIIHW GDQV VRQ
article185 sur le discours de la Banque Mondiale dans sa lutte contre la pauvreté, il analyse la
rhétoriTXHPRUDOLVDWULFHTX¶LOPHWHQUHODWLRQDYHFFHOOHGHO¶pFRQRPLHVRFLDOHTXLGRPLQHDX
19ème VLqFOH 6¶LO OHV PHW HQ UHODWLRQ F¶HVW SRXU PRQWUHU TXH FKDFXQ GH FHV SURMHWV
pFRQRPLTXHVV¶DSSXLHVXUXQSURMHWVRFLDO
&¶HVWHQWUHHWTXHVHGpYHORSSHOHGLVFRXUVGHODSKLODQWKURSLHHWGHO¶pFRQRPLH
VRFLDOH TXL HVW UHSULV DXMRXUG¶KXL SDU OD %DQTXH 0RQGLDOH 6HORQ FH GLVFRXUV LO IDXW
GLVWLQJXHU OD SDXYUHWp GH OD PLVqUH 6L O¶RQ QH SHXW SDV PHWWUH ILQ j OD SDXYUHWp LO IDXW DX
PRLQV TX¶HOOH QH GpJpQqUe pas en misère de masse. Un second point consiste en un
découpage entre « le bon pauvre » et « le pauvre honteux » ou « mauvais pauvre ». Le
premier est « honnête, respectueux reconnaissant et résigné » (Marbeau186, 1847:25-26, ibid
Lautier 2002), il « ne sDXUDLW VH SRVHU HQ VXMHW G¶DXFXQ GURLW SXLVTX¶LO QH UHYHQGLTXH SDV
G¶H[LVWHU HQ WDQW TXH SDXYUH » (Procacci187, 1993 :209, ibid Lautier 2002). Le second, le
« mauvais » prétend à une assistance légale, « or les économistes sociaux ne cessent
précisément de pURFODPHU TX¶LO IDXW j WRXW SUL[ pYLWHU G¶DQDO\VHU OD PLVqUH VRFLDOH GDQV OH
registre du droit » (ibid : 210).
Ne tenons-nous pas ici un élément de réponse pour les marchands des fêtes populaires ? Ils
Q¶DFFqGHQWSDVjXQHLGHQWLWpSRVLWLYHSURSUHTXLOHXU octroierait des droits mais doivent se
IRQGUHGDQVO¶DPDOJDPHGHO¶LQIRUPDOLWpHWUHPHUFLHUHQERQSDXYUHYHUWXHX[SRXUOHVDLGHV
DX FUpGLW TX¶LOV UHoRLYHQW Les mesures établies par la Banque Mondiale ne sont autres que
des réponses à ces préoccupations du 19ème siècle qui sont restées les mêmes à quelques
détails près concernant les idéaux sociaux. Ainsi, les bons pauvres ne sont plus ceux qui
GpWLHQQHQW XQ VDODLUH HW XQH IDPLOOH PDLV FHX[ TXL DFFqGHQW j FH TX¶RQ OHXU RIIUH : crédit,
formation technique, droit de propriété. Ils accèdent au « marché salvateur ». Les mauvais
SDXYUHVVRQWGRQFFHX[TXLQ¶\DGKqUHQWSDVVRLWSDUErWLVHGXSRLQWGHYXHGHOD%DQTXH
0RQGLDOHVRLWSDUFHTX¶LOVQHVRXKDLWHQWSDVVHSURMHWHUGDQVO¶DYHQLUPDLVJR€WHUHWpSXLVer
les ressources du présent.
185
LAUTIER, Bruno, « Pourquoi faut-il aider les pauvres ? Une étude critique du discours de
la Banque mondiale sur la pauvreté, In: Tiers-Monde., tome 43 n°169, 2002, pp. 137-165. 186
Marbeau J. B. F., Du paupérisme en France et des moyens d'y remédier, Paris, 1847.
187
Procacci G., Gouverner la misère, Paris, Le Seuil, 1993. 202 Tout comme au 19ème siècle, « ODPRUDOHGHO¶DLGHXUHVWUDEDWWXHVXUOµDLGp » (Lautier :152)
et « le bon aideur est celui qui aide le bon aidé » (ibid&¶HVWOHGLVFRXUVGHODGRPLQDWLRQ
qui créé des pauvres méritants, ou non. Nous voyons donc que le dessein moral cache un
dessein politique et économique qui renferme un modèle de citoyenneté nouvelle basé sur la
capitalisation à tout va.
/¶XQLIRUPLVDWLRQ FRQWHQXH GDQV OH SURMHW GHV SRXYRLUV SXEOLFV HVW GRQF SDUWLH SUHQDQWH GX
projet global de la Banque Mondiale dans le sens où si le « bon pays ª IDLW SUHXYH TX¶LO
possède de « bons pauvre » prêts à être absorbés par la société de marché, il bénéficiera
G¶DLGHVLQWHUQDWLRQDOHVGHOXWWHFRQWUHODSDXYUHWp$SDUWLUGHFHVFRQVLGpUations, nous nous
rendons FRPSWH TX¶HQ SOXV GHV FRQVLGpUDWLRQV ORFDOHV HVWKpWLTXHV HW K\JLpQLVWHV OH SURMHW
G¶XQLIRUPLVDWLRQGHO¶LQIRUPHOHVWSROLWLTXHHWpFRQRPLTXH/HFDUQDYDOTXLHVWOXL-même une
fête qui dispute sa place sur les marchés internationaux ne fait que renforcer ces logiques
JOREDOHVG¶XQLIRUPLVDWLRQ
&HWWHLGpHGHUHMHWGHFHOXLTXLQHV¶LQWqJUHSDVDXSURMHWFDSLWDOLVWHGHODVRFLpWpHVWSUpVHQWH
également chez Souza 188 (2006) pour qui le problème des inégalités sociales est à découvrir
« en deçà de la couleur », contrairement à la tradition des chercheurs en sciences sociales
EUpVLOLHQV(QHIIHWDX%UpVLOOHVLQpJDOLWpVRQWG¶DSUqVOXLpWpWURSSHQVpHVG¶XQSRLQWGH
YXH UDFLDO DORUV TX¶HOOHV VH VLWXHQW GDQV GHV FRGHV \ FRPSULV FRUSRUels, intégrés dès la
naissance et renforcés au court de la vie par les institutions (école, famille, administration,
HWF TXL IDoRQQHQW OHV FRUSV HW OHV HVSULWV 'H OD PDQLqUH G¶LQFRUSRUHU OH UDWLRQDOLVPH GHV
lumières dépend son acceptation dans la société capitaliste (qui nait à cette époque) bien plus
que de sa couleur. Je cite :
« Dans la société compétitive, la couleur fonctionne comme un indice « relatif » de
primitivité ± toujours en relation avec le modèle contingent du type humain définit
comme utile et productif dans le rationalisme occidental et soutenu par ses
institutions fondamentales », (P.86).
/¶HQJDJHPHQWVRFLDOGHOD%DQTXH0RQGLDOHHVWFRPPHOHIDLWUHPDUTXHU/DXWLHUpWRQQDQW
VLO¶RQSUHQGODQDWXUHPrPHGHFHWWHLQVWLWXWLRQ : comment un établissement financier met en
188
SOU=$-HVVp³$YLVLELOLGDGHGDUDoDHDLQYLVLELOLGDGHGDFODVVH&RQWUDDVHYLGrQFLDVGR
FRQKHFLPHQWR LPHGLDWR´ LQ $ LQYLVLELOLGDGH GD GHVLJXDOGDGH EUDVLOHLUD %HOR +RUL]RQWH
Editora UFMG, 2006, pp. 74-115. 203 première ligne des considérations morales et sociales alors que son rôle est avant tout de
produire du capital ?
Si dans le cas des inégalités brésiliennes il faut regarder en deçà des couleurs ; pour
comprendre les inégalités au niveau mondial, il faut regarder en deçà des desseins moraux de
la Banque Mondiale ; soit la formation ou la consolidation du capitalisme à travers le monde.
/¶LQIRUPDOLWpFRQVWLWXHGRQFO¶pQRUPHPDVVHLQGLVWLQFWHGHVSDXYUHVTX¶LOIDXWWHQLUjO¶pFDUW
GHODPLVqUHHWUHQGUHDFWLIVGDQVOHV\VWqPHFDSLWDOLVWHSULQFLSDOHPHQWjSDUWLUGHO¶DFFqVDX
crédit et à un certain « uniforme ª/¶XQLWpLGHQWLWDLUHDLQVLFRQVWLWXpHFUpHXQJURXSHGLVWLQFW
qui peut être maintenu à distance des autres groupes VRFLDX[ DILQ G¶pYLWHU OHV ULVTXHV GH
FRQWDJLRQGDQVO¶DFFHSWDWLRQGH0DU\'RXJODVGHIDLEOHSURGXFWLYLWp
/HV PHVXUHV G¶HQUHJLVWUHPHQW GHV FRPPHUoDQWV LQIRUPHOV DX TXRWLGLHQ GpERUGHQW VXU OH
carnaval. Ceux-FL j WUDYHUV OH SDLHPHQW G¶XQH WD[H PHQVXHOOH Forrespondant aux
SDUWLFLSDWLRQVVRFLDOHVDFFqGHQWjXQVWDWXWFHOXLG¶HQWUHSUHQHXULQGLYLGXHOHWMRXLVVHQWG¶XQH
reconnaissance auprès des banques et des pouvoirs publics. Les banques peuvent leur prêter
O¶DUJHQWSRXUDFKHWHUOHPDWpULHOTXHOD0DLULHOHXULPSRVH$LQVLOHSDXYUHGHUXHV¶LQWqJUH
bon gré mal gré à la société de marché. Les pauvres inutiles et encombrants des fêtes
SRSXODLUHVGHYLHQQHQWGRQFGHVSDXYUHVVXVFHSWLEOHVG¶REWHQLUXQFUpGLWVHUYDQWjFHWLWUHOD
société globale. Pendant le carnaval, ils peuvent commercialiser, en suivant les normes
G¶K\JLqQH HW GH VpFXULWp GHV EURFKHWWHV RX GHV KRWV GRJV JUkFH j OHXU © carrinho »
standardisé. Le pays, reçoit en change de cette lutte interne contre (les signes de) la pauvreté,
des aides globales.
3) Le pauvre dangereux
'DQV OH FRQWH[WH TXH QRXV YHQRQV G¶DQDO\VHU OD IRUPDOLVDWLRQ HVW OD FRQGLWLRQ ORFDOH HW
JOREDOHGHO¶DFFHSWDWLRQGXPDUFKDQGSDXYUH(OOHHVWFHOOHSDUODTXHOOHGRLWSDVVHUO¶DGKpVLRQ
au capitalisme pour les pauvres. En reprenant Souza, cette uniformisation ne concerne pas
seulement le matériel ou les produits commercialisés mais le corps de la personne qui est
censée représenter corps et âme le rationalisme des lumières pour être un digne intégrant du
capitalisme. Le pauvre seUD FRQVLGpUp FRPPH XQ ERQ SDXYUH PpULWDQW O¶DFFqV DX PDUFKp j
FRQGLWLRQTX¶LOGRPSWHQRQVHXOHPHQWVHVIDoRQVGHIDLUHPDLVDXVVLVHVPDQLqUHVG¶rWUHHW
G¶HQYLVDJHU OH PRQGH 8QH SHQVpH WURS HPSUXQWH GH O¶DQFLHQ V\VWqPH SOXV IpRGDO TXH
204 capitaliste, ou une tenue corporelle trop expressive sont autant de marques à effacer sous
SHLQHG¶rWUHH[FOXGHODPDVVHXQLILpHGXERQSDXYUHGHO¶LQIRUPHOIRUPDOLVpHWQRUPDOLVp
/HVW\OHDIURV¶LQVFULWGDQVFHWWHOHFWXUHFRUSRUHOOHGXFDSLWDOLVPHHQRIIUDQWXQHLPDJHHW une
culture noire formatée au niveau mondial et facilement commercialisable. Les noirs qui
SDUWLFLSHQW GH FHWWH LPDJH GRLYHQW O¶DOLPHQWHU HVWKpWLTXHPHQW FRLIIXUH WHQXH HW
idéologiquement (théorie de la différence culturelle). A ces conditions, le noir intègre
HIIHFWLYHPHQW OD VRFLpWp FDSLWDOLVWH TXL UHQYRLH XQH LPDJH SRVLWLYH GH OXL SXLVTX¶LO D
incorporé, au sens propre, ses institutions.
/H VW\OH DIUR DX[ PDLQV G¶XQH SRSXODWLRQ QRLUH SDUWLFLSH DFWLYHPHQW DX GpYHORSSHPHQW
culturel de la ville alors que le noir en dehors de cette appartenance identitaire est stigmatisé :
HQ WDQW TXH SDXYUH LO HVW PDUJLQDO SXLVTXH WHQX j O¶pFDUW GH OD PDVVH 'DQV O¶LPDJLQDLUH
collectif, le pas est facilement franchi entre marginalité sociale et criminalité. Régulièrement
paraissent dans le journal des articles assimilant les vendeurs de rue à des voleurs. Dans le
journal A Tarde, un article189 du 24/02/2005 fourmille de commentaires sur le harcèlement
des vendeurs ambulants aux touristes : « Les guides disent que le PelouriQKRQ¶HVWSOXVV€U »,
« les commerçants se réunissent pour adopter des stratégies de protection des visiteurs »,
« le harcèlement des ambulants est préoccupant », « les attaques des vendeurs ambulants
avec les petits rubans du Bonfim et autres souvenirs incommodent les visiteurs ».
Les
FRPPHQWDLUHV GHV JXLGHV WRXULVWLTXHV SODLGHQW HQ OD IDYHXU G¶XQ FRQWU{OH SOXV JUDQG GHV
VHUYLFHVGHSROLFHFDULOQ¶HVWSDVUDUHTXHGHVYROHXUVIHLJQHQWG¶rWUHGHVYHQGHXUVDPEXODQWV
HW V¶DSSURFKHQW GHV WRXULVWHV SRXU OHXU dérober des objets personnels : montres, chaînes,
DSSDUHLOV SKRWRV /D SUR[LPLWp GX FHQWUH KLVWRULTXH DYHF O¶XQ GHV SOXV JUDQGV FHQWUH GH
drogue de Salvador est également mis en question par des propriétaires de boutiques (agence
de tourisme et bijouterie GHOX[HFDUQRPEUHG¶DGROHVFHQWVTXLIRQWO¶DXP{QHDX3HORXULQKR
YRQW pFKDQJHU FH TX¶LOV JDJQHQW FRQWUH GH OD GURJXH &HV ERXWLTXLHUV RQW SURGXLW XQ WUDFW
LQIRUPDQWOHVWRXULVWHVTX¶LOVDOLPHQWHQWOHWUDILFGHGURJXHVVDQVOHVDYRLU
Cet article nous renvoie aux écrits de Reis sur la bataille entre les Africains (ambulants) et les
ERXWLTXLHUVEODQFVPDLVSDVVHXOHPHQW/¶DPDOJDPHHQWUHFRPPHUFHLQIRUPHOHWFRPPHUFH
189
« Guias dizem que o Pelô é inseguro », sous titre « Comerciantes se unem para montar
HVWUDWHJLDV GH SURWHomR DRV YLVLWDQWHV R DVVpGLR GH DPEXODQWHV SDUD HOHV p SUHRFXSDQWH´
³$WDTXH´GRVYHQGHGRUHVGHILWLQKDVHRXWUDVOHPEUDQoDVGH6DOYDGRULQFRPRGDYLVLWDQWHV´
A Tarde, 24/02/2005. 205 illicite, voire banditisme est ici exemplaire et sert à nous montrer que le domaine de la rue
reste celui du potentiel danger. Cette idée est partagée à la fois par les commerçants
ERXWLTXLHUV HW SDU OHV SRXYRLUV SXEOLFV TXL FRPPH RQ O¶D YX WUDYDLOOHQW UpJXOLqUHPHQW j
GXUFLUOHVUqJOHVGXFRPPHUFHLQIRUPHOjSDUWLUGHO¶XQLIRUPLVDWLRQ/DXWier (p.7) à ce propos
dit « l¶LQIRUPDOLWpQ¶HVWGRQFSDVXQHGRQQpHVWDEOHPDLVXQSURFHVVXVGHPDUJLQDOLVDWLRQ ».
Cette rhétorique de la marginalisation et du danger se retrouve dans les campagnes antifavela190 des rues de Salvador. Nous retrouvons cette intention dans un article du journal A
Tarde du 08/12/2011191 : « La Mairie promet de venir à bout des favelas des ambulants »
JUkFH DX SURMHW G¶LQVWDOODWLRQ G¶XQ FDPSLQJ SRXU OHV FRPPHUoDQWV DILQ GH GRUPLU HW GH
prendre une douche pendant le carnaval. Ce type de mesure participe du projet touristique
GDQVOHTXHO6DOYDGRUHVWXQHFDUWHSRVWDOHTXLIDLWUrYHUGDQVODTXHOOHODSDXYUHWpQ¶DSDVVD
place. « Nous ne permettrons pas la favelisation de la fête en 2012 » à propos des zones
concernant la colline du Christ à Barra et la rue Sabino Silva (une de celle où vivent les
classes aisées, à Ondina). Ces termes sont donc récurrents de la part des pouvoirs publics.
/LGLFH GD 0DWWD Q¶pWDLW GRQF SHXW rWUH SDV O¶LQLWLDWULFH PDLV QH IDLVDLW TXH UHSUHQGUH XQ
classique en matière de commerce de rue.
/DIDYHODF¶HVWGRQFWRXWFHTXLHVWWURSYLVLEOHHWQRQXQLIRUPLVp&¶HVWHQFHVHQVTX¶HOOHHVW
GDQJHUHXVHHWPHQDoDQWHHWTX¶LOIDXWHQYHQLUjERXW/HVFDPSLQJVHQTXHVWLRQQHUpVROYHQW
rien puisque les vendeurs continuent à être nomades le temps de la fête et que cela se fait
GDQVGHVFRQGLWLRQVG¶H[WUrPHSUpFDULWpPDLVDXPRLQVTXHFHODVHIDVVHDLOOHXUVSOXVORLQ
sur des marges imaginaires et de façon uniformisée, chacun avec sa tente et sa savonnette !
Cette gestion de la pauvreté renvoie à la classe dangereuse et aux pratiques décrites par
Chalhoub (2006) lors de la destruction du cortiço da cabeça de porco à Rio de Janeiro. En
une nuit, le 26 janvier 1893, a lieu la destruction intégrale et brutale du cortiço « cabeça de
porco ªTXLDEULWDLWDSHXSUqVSHUVRQQHVDXQRPGXSULQFLSHGXPDLQWLHQGHO¶RUGUHHW
de la lutte contre la menace exercée par la « classe dangereuse ». Les populations délogées
Q¶RQW UHoX DXFXQH VRUWH GH GpGRPPDJHPHQW HW O¶DXWHXU VH demande au nom de quoi, les
190
Les campagnes de « défavélisation » comme celle menée par Lidice da Matta pour
imposer les mesures propres au commerce des marchands des fêtes populaires dans les
années 1990. 191
« Prefeitura promete acabar com « favelas » dos ambulantes », A Tarde, 08/12/2011 206 pouvoirs publics pouvaient agir de manière tant brutale vis-à-vis de la population vivant dans
ce cortiço ",OSURSRVHO¶LGpH selon laquelle O¶LQGpSHQGDQFHILQDQFLqUHRXUpVLGHQWLHOOHGHOD
SRSXODWLRQQRLUHDXOHQGHPDLQGHO¶DEROLWLRQGHO¶HVFODYDJHHIIUD\DLW /HV cortiços, en tant
TXH OLHX G¶KDELWDWLRQ GHV SDXYUHV pWDLHQW DXVVL OH OLHX GH UHYHQGLFDWLRQV HW G¶DIILUPDWLRQ
LGHQWLWDLUHjWUDYHUVXQHTXrWHG¶LQGpSHQGDQFHYLV-à-vis du système esclavagiste dans lequel
le noir devaiW WRXW j VRQ PDvWUH &HWWH FUDLQWH GH O¶LQGpSHQGDQFH GH OD SRSXODWLRQ QRLUH TXL
vivait dans les cortiços nourrissait leur mauvaise réputation, ils représentaient potentiellement
XQHPHQDFHjO¶RUGUHSXEOLF
Transposée au barraqueiros DXMRXUG¶KXLFHWWHDQDO\VHHQWHUPHVG¶DIILUPDWLRQG¶XQHLGHQWLWp
QRLUHOLEUHGHVFDQRQVGHODFODVVHGLULJHDQWHVHFRQILUPH&HSHQGDQWDXMRXUG¶KXLFRPPH
KLHU OD SRSXODWLRQ FRQFHUQpH SDU FHWWH OLEHUWp FRQWLQXHQW j rWUH PDOPHQpH DX QRP G¶XQH
SRWHQWLHOOHPHQDFHjO¶RUGUHSXElic.
4) Le pauvre ethnique ± La baiana de acarajé
4X¶HVW-FHTXLSHXWFDUDFWpULVHUO¶HWKQLFLWpG¶XQPDUFKDQGGHUXH "RXHQFRUHG¶XQSDXYUH ?
-¶DLPHUDLVSRXUWHQWHUGHUpSRQGUHjFHWWHTXHVWLRQUHQYR\HUjGHX[W\SHVGHUpIpUHQFHV : une
centrée sur les enquêWHV PHQpHV SDU GHV FKHUFKHXUV HQ VFLHQFHV VRFLDOHV VXU O¶LQIRUPHO HQ
$IULTXHGDQVOHEXWG¶DUULYHUjOHGpILQLURXjOHFHUQHUHWO¶DXWUHSRUWDQWVXUXQHFRQFHSWLRQ
GHO¶HWKQLFLWpOLpHjO¶LQIRUPHO$SDUWLUGHFHVGHX[W\SHVGHUpIpUHQFHVM¶LQWURGXLUDL un type
GHPDUFKDQGVGHUXHHQOLHQDYHFO¶HWKQLFLWpj6DOYDGRU : les Baianas de acarajé.
A partir de Le Pape192 MH UHYLHQV VXU OD PDQLqUH GRQWD pWp SUREOpPDWLVp O¶LQIRUPHO
GHSXLVGDWHjODTXHOOHO¶DXWHXUFRQVLGqUHTXHO¶LQIRUPDOLWpHVWQpH au sein des sciences
VRFLDOHV$VRQDYLVODORJLTXHGXDOHDpWpDXFHQWUHGHVFRQVLGpUDWLRQVVXUO¶LQIRUPDOLWpGqV
ses débuts. ,OSURSRVHXQHYLVLWHGHO¶pYROXWLRQGHFHVGXDOLWpV :
192
LE PAPE 0DUF 'H O¶ « indigène ª j O¶ « informel », 1955- &DKLHUV G¶(WXGHV
Africaines, 89-90, XXIII ± 1, 2, 1983, pp. 189-197. 207 Dualités
Secteur « indigène » ou « Africain »
secteur « européen »
Secteur « artisanal » ou « traditionnel »
secteur « industriel » ou « moderne »
Secteur « non structuré » ou « informel »
secteur « structuré »
,ODMRXWHTX¶jSDUWLUG¶$JLHUGHVWHUPHVVRQWVXEVWLWXpVSDUG¶DXWUHVWHOVTXHGpFULW
dans le tableau ci-dessous :
Avant
« secteur »
Après
« réseau »
« irrégulier » ; « clandestin »
« économie souterraine »
/D TXHVWLRQ TX¶LO SRVH HVW : Est-ce que les modèles nouveaux viennent se substituer aux
anciens dans une continuité " (Q G¶DXWUHV WHUPHV SOXW{W TX¶XQH OHFWXUH KRUL]RQWDOH GHV
tableaux, pouvons-nous envisager une lecture verticale qui donne une continuité entre
« O¶LQGLJqQH », « O¶$IULFDLQ », « O¶DUWLVDQDO », « le traditionnel », « le non structuré »,
« O¶LQIRUPHO », et dans un autre registUH FRPPHQW SRXYRQV QRXV SHQVHU O¶pYROXWLRQ GH
« secteur » en « réseau ªHWFHOOHG¶pFRQRPLH© irrégulière » ou « clandestine » en « économie
souterraine »?
$XWUH TXHVWLRQ SRVpH SDU /H 3DSH j TXRL QRXV UHQYRLH O¶KLVWRULRJUDSKLH GHO¶pYROXWLRQ GHV
termes ? 4X¶HVW-FHTX¶HOOHQRXVOLYUHGDQVOHFDGUHpSLVWpPRORJLTXHGHO¶LQIRUPDOLWp ? Si elle
QRXVUHQYRLHjO¶XQLYHUVPRUDOTXLDFFRPSDJQHO¶pYROXWLRQpSLVWpPRORJLTXHXQSHXFRPPH
OHIDLWWRXWHPLVHHQTXHVWLRQGHVFDGUHVQRUPDWLIVG¶XQHVRFLpWpTX¶HVW-FHTX¶elle révèle ?
&HTXLGRPLQHF¶HVWXQFKDQJHPHQWGHPpWKRGH : les méthodes quantitatives sont remplacées
par des approches qualitatives pour accompagner le caractère mouvant et instable de
O¶LQIRUPHO$SDUWLUGHO¶DFFHSWDWLRQGHODGLIIpUHQFHOHVTXDOLILcatifs qui se rapportent à lui
FKDQJHQWSRXUpSRXVHUPLHX[VHVFDUDFWpULVWLTXHVHWPRLQVOHODLVVHUDX[PDUJHVG¶XQV\VWqPH
dominant. Ces changements prennent en compte, à partir des changements induits par Agier,
un changement de point de vue. Le seul point de vue etic Q¶HVWSDVVDWLVIDLVDQWjO¶DQDO\VHLO
faut prendre en compte le point de vue emic GHVDFWHXUVGHO¶LQIRUPHODILQGHOHVUHSUpVHQWHU
208 comme faisant partie de la société et non en étant exclus. Cela rappelle les considérations sur
O¶LQIRUPDOLWé de Lautier qui fait remarquer que ce qui avait été envisagé comme une armée de
réserve dans les années 1970 se voit perçu dans les années 1980 comme faisant partie de la
VRFLpWp V¶RUJDQLVH VXU OHV PDUJHV GX V\VWqPH GRPLQDQW TXL Q¶DUULYH SDV j O¶LQWpJUHU. Cette
situation est alors perçue dans le long terme.
$ SDUWLU GHV FRQVLGpUDWLRQV GH /H 3DSH VXU O¶LQIRUPHO QRXV VRXKDLWRQV QRXV LQWHUURJHU VXU
O¶RULJLQH GX FRPPHUFH HWKQLTXH (VW-ce que le secteur ethnique peut être issu de cette
conception duale des sociétés urbaines des pays émergents ? Peut-on lui attribuer un nouveau
JUDGHGHO¶pYROXWLRQGHO¶LQIRUPHOTXLDSUqVDYRLUpWp© indigène », « africain », « artisanal »,
« traditionnel », « non structuré », « informel ªSRXUUDLWDXMRXUG¶KXLrWUH© ethnique » ? Cela
donnerait un secteur informel désuet et marginal contre un secteur ethnique formalisé en tant
que secteur de la pauvreté capitalisé.
'DQV XQ GHX[LqPH WHPSV M¶DLPHUDLV UHYHQLU VXU OHV DQDO\VHV GH 0XKHPH 193 (1992 :23) à
propos de la tentative de Le Pape (1983) de recenser les indicateurs qui ont aidé à rendre
FRPSWHGHO¶LQIRUPDOLWpGDQVOHFRQWH[WHDIULFDLQ'HFHVLQGLFDWHXUVGRQWMHQHVRXKDLWHSDV
ici discuter le bien fondé, je retiendrai que 1/ Le Pape met en avant le fait que ce « secteur se
GpYHORSSH j O¶pFDUW GHV UpJOHPHQWDWLRQV HXURSpDQLVpHV ª F¶HVW-à-GLUH FRPPH QRXV O¶DYRQV
vu, en dehors du système capitaliste implanté par les Européens TX¶LO HQJDJH © une
sociabilité particulière, une manière africaine de travailler» TX¶LOHVt associé à la rue de
SDU VD VpGHQWDULWp HW VD YLVLELOLWp HW TX¶LO FRQFHUQH © un cadre familial conforme aux
mécanismes traditionnels de solidarité ».
/HVFULWLTXHVTXH/H3DSHWHQGjSUHQGUHHQFRPSWHVRQWG¶RUGUHTXDOLWDWLIjODGLIIpUHQFHGH
nombreuses tentatives quantitatives notamment menées par le BIT (Bureau International du
travail) et ils correspondent de fait à plusieurs de nos considérations concernant les
PDUFKDQGVGHUXH1RXVUHWHQRQVSDUPLFHVLQGLFDWHXUVFHOXLG¶DYRLUODSRVVLELOLWpG¶Dvoir un
mode de fonctionnement en dehors des modèles européens. Cet indicateur est je pense, une
SRVVLEOH SRUWH RXYHUWH j O¶HWKQLFLWp GDQV XQ FDGUH ORFDO GH UpIpUHQFH R FKDTXH JURXSH
193
08+(0( %DJDOZD %DVHPDNH *DVSDUG /HV DVSHFWV SURGXFWLIV GH O¶pFRQRPLH
informelle. Recherche des indicateurs pour une réponse au développement en Afrique. Afrika
Focus, Vol. 8, n°1, 1992, pp. 5-32. 209 ethnique peut avoir des manières différentes de faire son travail, en dehors des canons
européens.
6LO¶RQSUHQGO¶H[HPSOHGHOD Baiana de acarajé, elle se distingue des autres vendeuses de
nourriture par un certains nombres de signes matériels comme son étal, ses plats de
céramiques et cuillères en bois, son huile de palme frémissante pour frire les beignets ou
encore sa tenue blanche avec des couches superposées de tissus et de dentelles qui ne
correspondent en rien aux habits adoptés par les classes dominantes qui suivent le modèle
occidental HQSOXVG¶XQFHUWDLQVQRPEres de pratiques qui la lie à la religion du candomblé
qui sort des rituels de la religion officielle catholique ou tout simplement de la rue qui lui
donne une marque différente par rapport aux commerçants avec boutique. Cette porte ouverte
j O¶HWKQLFLWp Q¶HVW FHSHQGDQW SDV FHOOH TXL D pWp HPSUXQWpH SDU OD JUDQGH PDMRULWp GHV
PDUFKDQGV HOOH FRUUHVSRQG j OD GpPDUFKH GHV PDUFKDQGV GHV IrWHV SRSXODLUHV PrPH V¶LOV
Q¶REWLHQQHQW DXFXQH UHFRQQDLVVDQFH SXEOLTXH RIILFLHOOH RX j FHOOH GHV baianas de acarajé
mais pDVDX[FRPPHUoDQWVGHUXHGHO¶LQIRUPHOTXLRQWGDQVXQHJUDQGHSURSRUWLRQUHFRXUWj
des matériels standardisés et à des modes de crédit qui les intègre au système capitaliste. Il est
à noter cependant que malgré les revendications des marchands des fêtes populaires, leur
réalité se rapproche plutôt de celle des commerçants de rue que de celle des baianas. Ces
GHUQLqUHV RQW SRXU HOOH OD UpIpUHQFH GH OD GHVFHQGDQFH GLUHFWH DYHF O¶$IULTXH HW V¶LQWqJUHQW
dans le paysage urbain en tant que telles. Mais elles ont surtout intégré le panthéon
touristique de référence. Leur apparence et leur manière de faire bien réglées par les services
SXEOLFV OHXU GRQQHQW OH GURLW GH UHSUpVHQWHU XQH WUDGLWLRQ HW G¶LQWpJUHU OD FDUWH SRVWDOH
officielle.
II- Race, classe, ethnie
Conformément à la première partie de notre thèse, nous reprendrons systématiquement les
catégories raciales qui ont servies historiquement à distinguer les différentes catégories
VRFLDOHV DX[TXHOOHV QRXV DMRXWHURQV OHV FDWpJRULHV JOREDOHV G¶ « afro-descendants » et
G¶ « autochtones ».
A partir du début du XXème siècle, le carnaval devient une scène pour la population noire
qui dramatise sa culture alors très mal vue par la classe dominante et souvent persécutée et
210 interdite (Ribart, Riseiro, Dias). Le carnaval, grâce à sa permissivité intrinsèque permet cette
présentation de la culture noire. Dans les années 1970, bercée par le contexte international,
une bande de jeunes crée le premier bloc de carnaval noir, réservé aux noirs : le Ilê Aiyê
(Agier). Le carnaval devient donc une scène de création identitaire et non plus une scène de
WUDGLWLRQFRQWHVWDWDLUHFRPPHRQOHFRQVLGqUHVRXYHQWHQSHUPHWWDQWO¶LQYHUVLRQGHVYDOHXUV
A partir du carnaval, nous dresserons des fiches ethniques pour voir si elles se recoupent ou
SDVDYHFOHVFDWpJRULHVUDFLDOHVUHOHYpHVGDQVO¶DQDO\VHKLVWRULTXH
Comment est-ce que ces identités carnavalesques ont réussi à tracer leur chemin ? Que sontHOOHV GHYHQXHV DXMRXUG¶KXL ? Sont-elles de pures illusions festives ou de réels modèles
implantés dans la société bahianaise ?
A- Les catégories raciales et le contexte épistémologique
Il y a au Brésil une assimilation du problème racial à celui des inégalités sociales. Pour
résumer ce dilemme, nous pourrions dire que les noirs sont les anciens esclaves et donc la
pauvreté est noire, comme les anciens esclaves. Il a pourtant des pauvres blancs ou indiens et
PrPH SOXV UpFHPPHQW DVLDWLTXHV PDLV GDQV O¶LPDJLQDLUH KLVWRULTXH O¶LQpJDOLWp QH SHXW
dépasser celle qui a opposé les blancs des noirs dans le système esclavagiste. Cela est
UHQIRUFpSDUOHIDLWTXHOHVEODQFVFRQWLQXHQWWUqVPDMRULWDLUHPHQWjFRQVWLWXHUO¶pOLWHGHSDUOH
manque de mixité matrimoniale et un système de parrainage efficace ; que les noirs sont
majoritairement pauvres surtout si on entend par noirs tous les dégradés de métissage ; ou
HQFRUHTXHODSDXYUHWpQ¶HVWSDVEODQFKHPrPHV¶LOH[LVWHGHVSDXYUHVEODQFVLOVVRQWGHSDU
leur pauvreté assimilés aux noirs. A ce sujet, de nombreux auteurs ont déjà écrits (Guimarães
2002 et 2006, Passos194 2008, Agier 2000 et 2005, pour ne citer que ceux dont je travaille
plus particulièrement les écrits).
Après avoir survolé dans la première partie, les catégories utilisées pour rendre compte de la
différence sociale au Brésil, nous proposons d¶HQ IDLUH XQH OHFWXUH SOXV VSpFLILTXH HW
personnelle. La spécificité de ces catégories est TX¶HOOHVXWLOLVHQWOHYRFDEOHUDFLDOSRXUFUpHU
des distances entre les groupes sociaux et les rendre ainsi imperméables les uns aux autres, ce
qui a permis à la classe dominante de garder sa position de force malgré son petit nombre.
194
PASSOS, Alberto, Guimarães, As classes perigosas, 2008, Editora UFRJ, pp. 274.
211 Le recensement opère des classifications raciales formelles qui sont : blanc, jaune, noir,
métisse (pardo), et indien (indȓgeno) mais il nous a semblé est intéressant de recenser les
clDVVHPHQWV XWLOLVpV FKH] OHV GLIIpUHQWV DXWHXUV TXH QRXV DYRQV pWXGLpV DILQ G¶LQLWLHU QRWUH
réflexion sur les catégories raciales au Brésil à travers le temps. Nous aurons ainsi le point de
YXH GHV XVDJHUV HW QRQ VHXOHPHQW GH O¶LQVWLWXWLRQ TXL UHFHQVH -H Ueprendrais donc les
différents classements que nous avons relevés au cours de notre lecture historique de
Salvador dans la première partie de la thèse.
1) Dans le système esclavagiste
Dans la période coloniale et esclavagiste, le schéma racial est assez clair et concis. Nous nous
sommes principalement référée à Gilberto Freyre pour qui il existe quatre grands groupes
social : Les maîtres, les esclaves, les indiens et les « inutiles », un fourre-tout de la misère.
Au niveau racial, ce classement correspond à une division entre Blancs (les maîtres), Noirs
O¶HVFODYH,QGLJqQHO¶LQGLHQHW&DERFORVHWGLYHUVPpWLVVDJHVOHVLQXWLOHV
Maîtres
Colonie/ Esclavagisme(Freyre)
Blancs
Esclaves
Noirs
Indigène
Indien
Les « inutiles »
Caboclos et autres métisses
'DQVFHVFKpPDLOQ¶\DSDVGHSODFHSRXUOHVPpWLVVHVFDULOVVRQWQLpVVDQVGRXWHGXIDLWGH
leur illégitimité. Ils apparaissent dans le fourre-tout de la misère. Le fils illégitime du
6HLJQHXUGH0RXOLQQ¶DSDVGHUHFRQQDLVVDQFHVSpFLILTXH,OHxiste comme cas isolé et leur
WUDLWHPHQWGpSHQGODUJHPHQWGHO¶DWWHQWLRQTXHOXLSRUWHUDVRQSqUH
&H TXL HVW UHPDUTXDEOH GDQV FH FODVVHPHQW F¶HVW TXH OD VWUXFWXUH pFRQRPLTXH FRQGLWLRQQH
O¶RUJDQLVDWLRQ GH WUDYDLO HQWUH PDLWUH HW HVFODYH HW TXH GDQV FH FRntexte, O¶HVFODYHELHQ TXH
212 considéré seulement du point de vue de sa force de travail, a une visibilité plus marquée que
celle des « inutiles ªTXLQ¶RQW ni de place dans le système productif ni dans O¶HVSDFH de la
ID]HQGD 'H PrPH SRXU O¶,QGLHQ TXL QH VXSporte pas le travail sédentaire de la production
agricole intensive et se retrouve ségrégé hors de la fazenda, dans des villages sous la coupole
des jésuites. Nous avançons donc que le modèle productif est celui qui a orienté les
considérations sociales, à travers une répartition raciale, pendant la colonie. De même, les
formes de dominations se retrouvent de façon très marquée dans le conditionnement spatial :
la « casa grande » pour les colons, la « senzala » pour les esclaves, le village ségrégé pour les
Indiens et la marginalisation hors des cercles productifs pour les « inutiles ».
2) Pendant la « Démocratie raciale »
/HV GpEDWV LQWHOOHFWXHOV IXUHQW WUqV SUROL[HV DSUqV O¶DEROLWLRQ GH O¶HVFODYDJH HW OD ILQ GH OD
monarchie sur les questions de statut social, racial, ou encore des classes sociales. Il fallait
WURXYHUXQHQRXYHOOHGRQQHG¶pTXLOLEUHVRFLDOVXUODEDVHG¶XQHpTXLWpDXPRLQVGXSRLQWGH
YXH PRUDO 3RXUWDQW OHV PDUTXHV GH SOXV GH DQV G¶HVFODYDJH QH V¶HVWRPSHQW SDV
facilement. Ce qui retienWSDUWLFXOLqUHPHQWQRWUHDWWHQWLRQF¶HVWODFRQVWUXFWLRQGHFDWpJRULHV
raciales pour schématiser les relations entre les groupes. Si dans notre partie traitant de
O¶HVFODYDJHQRXVDYRQVUHOHYpOHV%ODQFVOHV1RLUVOHV,QGLHQVHWOHV,QXWLOHVUHVWHjYoir ce
que deviennent ces catégories dans la nouvelle ère de « démocratie raciale ».
'DQVO¶DSUqVDEROLWLRQTX¶HQHVW-il de la classification raciale ? Agier rappelle que selon les
sociologues des années 1950, la population de Salvador se divise alors entre les « blancs
dominants », les « morenos » et les « mulatos » (des métisses plus ou moins foncés) artisans
RXFRPPHUoDQWVIRQFWLRQQDLUHVG¶XQF{WpHW© la pauvreté » qui regroupe indistinctement les
travailleurs manuels noirs et mulâtres, soit plus de GHODYLOOHGHO¶DXWUHF{Wp,O\DXUDLW
donc 3 catégories statutaires : les « blancs dominants » assimilables aux anciens maîtres, les
morenos et mulatos TXLRSqUHQWO¶LQWURGXFWLRQG¶XQHSHWLWHFODVVHPR\HQQHGHIRQFWLRQQDLUHV
publics et commerçantV HW HQILQ OD SDXYUHWp TXH QRXV UHWURXYLRQV GpMj GDQV O¶DQFLHQQH
configuration à travers des « inutiles ». Nous ajoutons à ce schéma la catégorie « étranger »
qui regroupe entre autre immigrants, les Africains du trafic clandestin opéré depuis 1850 et
constituant une population étrangère, aux manières exotiques et avec des réseaux
FRPPHUFLDX[OLpVjO¶$IULTXHconfère Rodrigues 1933 et Reis 1996 ).
213 Démocratie raciale (Rodrigues, Azevedo, Pierson, Agier)
Blancs dominants
Blancs et métisses
« assimilés »
(morenos,mulâtres et
cabocles) , (les Indiens)
La petite classe moyenne
Morenos et Mulatos
La pauvreté
Les étrangers
Les Noirs et les métisses non
assimilés, les criolos, les
Indiens
Les Africains et autres
immigrants de la première
génération
6LO¶RQ compare les « PLOOLRQVG¶LQXWLOHV » de Couty à « la pauvreté ªTX¶$JLHUDWWULEXHDX[
sociologues des années 1950, nous avons dans le premier cas : des campagnards, culs terreux,
cabocles, agrégés, et sertanejes pauvres ; et dans le deuxième cas : les travailleurs manuels
noirs et mulâtres. Dans le premier cas la population est plutôt de la campagne, dans le second
FDVF¶HVWOHGpEXWGHO¶H[RGHUXUDOGHVSD\VDQVYHUVOHVSURPHVVHVGHODYLOOHLQGXVWULHOOHDORUV
TXH O¶H[SORLWDWLRQ DJULFROH HVW HQ FULVH Nous pourrions GLUH TXH F¶HVW © O¶DUPpH GH UpVHUYH
industrielle » en reprenant les termes de Marx. Au niveau des métissages, les « inutiles » de
ODSUHPLqUHpSRTXHVRQWGHVPpWLVVHVG¶(XURSpHQVSDXYUHVHWGHVLQGLHQVVXLYDQWO¶H[HPSOH
du regroupement initiDOIRUPpSDU&DUDPXUXDX[TXHOVV¶DMRXWHQWGHVQRLUVIXJLWLIV'DQVOD
GHX[LqPHpSRTXHOHQRLUVRUWGHVRQVWDWXWG¶HVFODYHHWLQWqJUHFHWWHFDWpJRULHGH© pauvre »
qui doit aussi se mélanger à la masse de caboclos et sertanejes. La catégorie « pauvre »
rassemble donc les « inutiles » et les esclaves affranchis, trop noirs ou pas assez distingués
pour être assimilables aux classes supérieures, créant une pauvreté à dominante noire.
Les catégories « moreno » et « mulato » décrivent directement un processus de mélange de
races : la blanche et la noire et induit des distinctions par des tonalités de peau différentes.
Les morenos195 sont plus blancs que les noirs et les mulâtres. ; les mulatos sont plus foncés
que les morenos et plus marqués par les traits négroïdes, ils sont cependant moins foncés que
les noirs et peuvent se distinguer par des cheveux moins crépus ou un nez moins épaté. Ces
catégories « moreno » ou « mulato » sont celles qui permettent O¶pPHUJHQFH G¶XQH classe
195
0rPHVLO¶RQDYXTXHFHVFDWpJRULHVXWLOLVHQWpJDOHPHQWG¶DXWUHVW\SHGHGLVWLQFWLRQ : les
traits, les manières ou la sensualité (surtout pour les femmes « morenas ªTXLVRQWO¶LGpDO-type
des hommes). 214 moyenne qui se distingue du reste de la pauvreté grâce au critère de couleur (ou
physionomie) mais aussi et surtout, grâce au statut (déterminé par les manières)196.
Nina Rodrigues prédit la disparition des Africains et Pierson celle des blancs jFDXVHG¶XQH
logique raciale qui voit dans le métissage la fin des races blanche ou noire.
/HVDIULFDLQVGHYLHQQHQWFULRXORVGqVODGHX[LqPHJpQpUDWLRQLOHVWGRQFORJLTXHTX¶j
SDUWLUGXPRPHQWROHWUDILFV¶DUUrWHOHV$IULFDLQVGLVSDUDLVVHQWHQWDQWTXHUDFHen suivant
la logique de la théorie évolutionniste TXLHVWGRPLQDQWHjO¶pSRTXH), ou en tant que catégorie
« étranger » G¶DSUqVQRWUHDQDO\VHSDUFHTX¶LOVLQWqJUHQWFHOOHGHV« natifs » (les criolos197).
4XDQGDX[EODQFVLOVRXYUHQWODSRUWHDX[PpWLVVHVG¶DERUGSDUFHTX¶LOVQHVRQWSDV
assez nombreux et ont besoin de se multiplier et aussi parce que les métisses bien souvent
VRQW GH OD IDPLOOH« LOOpJLWLPHV PDLV IDPLOLHUV ; ou encore illégitimes socialement mais
légitimes biologiquement car descendant du maître de maison avec son esclave noire ou avec
une domestique affrancKLH DSUqV OD ILQ GH O¶HVFODYDJH 198. Thales de Azevedo, (1996 :38),
rappelle que les caboclos et Indiens furent à partir de la seconde moitié du 18 ème siècle
assimilés aux blancs, de manière à pouvoir se marier avec des blanches et occuper des postes
publics dans la colonie&¶HVWGRQFHQWDQWTXH© blanc » que cette population a été recensée à
partir de cette époque199.
1RXVSRXYRQVGRQFUHPDUTXHUTXHOHVFDWpJRULHVV¶DGDSWHQWjO¶pYROXWLRQVRFLDOHGHODVRFLpWp
brésilienne en lui donnant les moyens de rendre compte de ses rêves de nation et de peuple.
La catégorie « étranger » représentée par les Africains laisse donc la place à celle de
« crioulos » et la catégorie « blancs » se met à intégrer les éléments nécessaires à sa survie, à
WUDYHUV OH PpWLVVDJH &HV pTXDWLRQV VRQW G¶DXWDQW SOXV FRPSOLTXpHV TXH OHV WKqVHV TXL OHV
sous-WHQGHQWYLHQQHQWG¶(XURSHHWYRLHQWGDQVOHPpWLVVDJHXQHGpJpQpUHVFHQFHGDUZLQLVPH
social). Le Brésil devra créer son identité nationale en aménageant les modèles théoriques
européens à sa réalité sociale (Schwarcz, 1994).
196
Je renvoie à ce sujet à Azevedo (1996).
197
Les « crioulos » sont les descenGDQWV G¶$IULFDLQV QpV VXU OH Vol brésilien, libres ou esclaves. 198
Cette tension entre légitime/illégitime RX IRUPHOLQIRUPHO HVW DX F°XU GH QRWUH
problématique concernant les marchands des fêtes populaires et du carnaval et il nous semble
GHSUHPLqUHLPSRUWDQFHG¶HQUHOHYHUOHVusages aux différents niveaux de la société 199
Thales de $]HYHGRDMRXWHTX¶DYDQWFHODon appelait « nègre » les indigènes qui habitaient
le pays avant sa découverte par les portugais (p.36).
215 Finalement, nous pouvons observer que les catégories raciales évoluent peu par rapport à la
FRORQLH 8QH SODFHHVW IDLWHj ODFODVVHPR\HQQH TXL Q¶H[LVWDit pas dans le modèle colonial
mais celle-ci VHIDLWHQFRUHVXUFULWqUHUDFLDOFDUPDOJUpO¶DEROLWLRQGHO¶HVFODYDJHOHVQRWLRQV
GH KLpUDUFKLHV VRFLDOHV UHVWHQW HQFRUH ODUJHPHQW OHV PrPHV TXH VRXV O¶DQFLHQ UpJLPH
/¶DVFHQVLRQVRFLDOHGXQRLUVHIDLWVRXVpWURLWHVXUYHLOODQFHjWUDvers des préjugés raciaux déjà
effectifs dans la société brésilienne et sur la base du métissage. Ainsi le capitalisme qui dans
un contexte international nait de valeurs égalitaires tirées de la Révolution Française, ne
remet pas en cause au Brésil la struFWXUHUDFLDOHGHO¶pSRTXHFRORQLDOH
3) Dans la société multiculturelle
'DQV O¶pSRTXH FRQWHPSRUDLQH TXL VH GLVWLQJXH GHV GHX[ DXWUHV pSRTXHV SDU XQH IRUPH GH
société nouvelle, multiculturelle, nous observons de nouveau des changements dans
O¶LQVWLWXWLRQGes catégories raciales au Brésil, celles-FLVHUYDQWSOXVTXHMDPDLVG¶RUGRQQDWHXU
VRFLDO/¶RULJLQDOLWpGHFHPRGqOHHVWO¶LQVWLWXWLRQRIILFLHOOHGHFDWpJRULHVUDFLDOHVSUpGpILQLHV
dans la Constitution du pays, formalisant les rapports entre groupes sociaux par des
FRQVLGpUDWLRQVUDFLDOHV1RXVGpFOLQRQVHQWURLVJURXSHVOHVFDWpJRULHVUDFLDOHVGDQVO¶pSRTXH
actuelle : la classe dominante qui continue majoritairement à être constituée par une
population blanche, les minorités que je décline ici en quatre sous-catégories qui sont celles
des Afro-descendants, des Indiens, des Indiens-descendants et des Quilombolas (ces
catégories peuvent augmenter en fonction des revendications sociales de nouveaux groupes),
HWHQILQXQHGHUQLqUHFDWpJRULHTXHM¶DMRXWHHWTXL correspond aux catégories historiques des
« inutiles » ou encore de la « pauvreté ª TXH M¶DSSHOOH LFL OHV © exclus du pacte de
réparation ».
M ulticulturalisme (Guimarães, 2006)
Le groupe dominant
Les Blancs et les représentants des
minorités
Les minorités :
1/Noirs, métisses, morenos ou mulâtres
-­‐ Les afro-descendants jFRQGLWLRQGHV¶DXWR-définir afrodescendant ; 2/indiens certifiés
-­‐ Les indiens
FRQIRUPHVSDUO¶RUJDQLVPHRIILFLHO
dédié à la question indienne au Brésil
-­‐ Les indiens(FUNAI) ainsi que par une
descendants
communauté indienne ; 3/en réponse à
ODQRWLRQG¶DXWKHQWLFLWpYpKLFXOpHSDUOD
-­‐ Les Quilombolas
catégorie précédente, des métisses
216 UpFODPHQWODSRVVLELOLWpGHV¶DXWRdéfinir « GHVFHQGDQWG¶LQGLHQ », comme
F¶HVWOHFDVSRXUOHVDIUR-descendants ;
4/le « Quilombo », communauté rurale
RXXUEDLQHTXLV¶HVWIDLWUHFRQQDLWUHDX
SUpDODEOHHQWDQWTXHGHVFHQGDQWG¶XQH
lignée de nègres fugitifs.
Les exclus du pacte de
réparation
/DSRSXODWLRQPpWLVVHTXLQHV¶LQWqJUH
pas ou ne fait pas les démarches pour
être reconnue comme telle ou telle
minorité, bercée par le mythe de la
Démocratie raciale.
Le Brésil, après voir affirmé que le problème des races était un non-problème (Azevedo
1996, Pierson, 1971), se retrouve finalement à suivre les mesures de discrimination positives
calqué sur celui des Etats-8QLV &H PRGqOH YLHQW VDQV GRXWH V¶LQVFULUH GDQV OD FRQWLQXDWLRQ
des combats du mouvement noir qui depuis les années 1970 milite en faveur de
reconnaissance sociale et de différence culturelle. Ces revendications ont donné lieu dans un
premier temps à des lois punissant les actes racistes et plus récemment à de nouvelles
catégories raciales qui au niveau constitutionnel ont des droits singuliers. Ces revendications
LQWHUYLHQQHQW DX QRP G¶XQH UpSDUDWLRQ PRrale en réponse aux traitements inhumains
SURGLJXpVSHQGDQWO¶HVFODYDJHRXHQFRUHDX[SUpMugés de couleur induits par la « démocratie
raciale » &¶HVW HQ FHOD TXH *XLPDUmHV UDSSHOOH TXH OH %UpVLO HVW OH VHXO SD\V
G¶$PpULTXH/DWLQHjLQVWDXUHUXQHVRFLpWpPXOWLFXOWXUHOOHDXQRPG¶XQHUpSDUDWLRQDORUVTXH
les autres pays mettent en avant la notion de diversité culturelle. Cette marque forte de
protestation noire est donc lisible en filigrane dans cette nouvelle donne.
a) Les afro-descendants
« Nous sommes arrivés à Santiago en tant que noirs, nous en sommes repartis en tant
TX¶DIURGHVFHQGDQWV » (Cunin200, 1996(c) : 2). Cette phrase de leaders latino-américains ayant
participé aux conférences contre le racisme de Santiago en 2000 et Durban 201 en 2001 reflète
OH FDUDFWqUH LQVWDQWDQp GX FKDQJHPHQW GH VWDWXW TX¶RQ FRQQX OHV SRSXODWLRQV QRLUHV HW
PpWLVVHVGHVSD\VG¶$PpULTXH/DWLQHDXOHQGHPDLQGHVGpFLVLRQVHWQRUPHVpWDEOLHVORUVGHV
200
CUNIN, Elisabeth, 2006(c), La « diaspora noire » est-elle latine ? Ethnicité, nation et
globalisation
en
Colombie,
Editorial
n°38,
en
ligne :
http://www.autrepart.ird.fr/sommaires/Som38.html 217 réunions internationales, puis à partir du changement de constitution au niveau national,
adoptant le multiculturalisme. Le « noir ªGHYLHQWV\PEROHG¶LQYLVLELOLWpGDQVODVRFLpWpDORUV
TXH O¶ « afrodescendant » gagne un statut particulier avec des droits qui en découlent. Ces
changements viennent à la suite de la reconnaissance de ODWUDLWHGHO¶HVFODYDJHFRPPHFULPH
FRQWUHO¶KXPDQLWp'DQVFHWWHUpXQLRQHVWFUpppJDOHPHQWOHSUHPLHUJURXSHGHWUDYDLOVXUOHV
DIURGHVFHQGDQWV GpSHQGDQW GH O¶218 HW PDUTXDQW XQH DYDQFpH IRQGDPHQWDOH © pour le
GpYHORSSHPHQW G¶XQ HVSDFH HWKQLTXH JOREDOLVé » (p.2). Ses acteurs : des agences
internationales (Banque Mondiale), ONG, médias, des gouvernements, etc.
Cunin (ibid) montre cependant que les dimensions locales et nationales202 ont toute leur
LPSRUWDQFH GDQV OD FRQVWUXFWLRQ G¶XQHpOLWH SROLWLTXH QRLUe qui se forme à force de volonté
parmi les leaders des communautés locales qui se mettent à fréquenter les « salons »
internationaux où se côtoient des acteurs politiques tels que 203 : Banque Mondiale, Banque
interaméricaine de développement, PNUD, US Aid, OH3UpVLGHQWGHO¶DVVRFLDWLRQGHV0DLUHV
noirs des Etats-Unis ainsi que des acteurs du mouvement noir mondialisé. Celui qui se rend à
une réunion globale ressort avec beaucoup de documentations, de contacts et une certaine
DXUD ORUVTX¶LO UHQWUH GDQV VRQ SD\V R LO HVW DFFXHLOOL HQ WDQW TX¶H[SHUW LQWHUQDWLRQDO GH
O¶HWKQLFLWpHWGXGURLWDX[PLQRULWpV
'¶DXWUHSDUWODFRQVWUXFWLRQG¶XQV\VWqPHQRUPDWLIJOREDOVHPEOHDYRLUOLHXGDQVXQHHVSqFH
de dialogue de sourd entre les leaders locaux et les représentants des gouvernements dans une
course aux intérêts. Ainsi, Cunin (ibidUDSSRUWHOHVSDUROHVG¶XQOHDGHUDIURFRORPELHQ204 au
FRXUV G¶un entretien : « Le Palais de Naniño [siège de la présidence de la République] ne
P¶pFRXWH SDV PDLV LO UHWLHQW FH TXH GLW :DVKington ». Les organisations internationales
jouent un U{OH GH UpJXODWHXU HW G¶LQWHUPpGLDLUH en VRXWHQDQW OHV DFWHXUV GH O¶HWKQLFLWp OHV
UHSUpVHQWDQWV GHV PLQRULWpV WHOV TX¶2VFDU *DPERD j FRQGLWLRQ TXH FHX[-ci adoptent le
201
5pXQLRQRUJDQLVpHSDUO¶218j'XUEDQHQVHSWHPEUH 202
(OOHV¶LVFULWLFLHQRSSRVLWLRQDYHF*LOUR\TXLLQVLste sur les flux transationaux. 203
Je prends ici comme exemple les acteurs présents à une des réunions citées par Cunin en
WDQW TX¶H[HPSOH GH UHSUpVHQWDWLRQ LQWHUQDWLRQDOHV ,O V¶DJLW GH OD 3ULPHLUD &RQIHUrQFLD
Institucional de fortalecimento Afrocolombiano qui a leu lieu à Cali en Colombie le
01/08/2003. 204
Entretien réalisé le 21/09/2003 avec Oscar Gamboa, Directeur international de la Federacion de Municipios del Pacifico FDQGLGDW j O¶$VVHPEOpH 1DWLRQDOH DX WLWUH GH OD
Circonscription Nationale Spéciale en tant que représentant des populations afrocolombiennes lors des élections de mars 2002. 218 langage et les concepts de la monGLDOLVDWLRQ(QHIIHWO¶HWKQLFLWpHVWSOXVVRXYHQWXQSUpWH[WH
TX¶XQH ILQDOLWp (OOH SHUPHW GH WUDLWHU GH SDXYUHWp GpYHORSSHPHQW GXUDEOH FRQTXrWH GH
pouvoir, développement institutionnel, autant de termes des agences internationales.
Au Brésil
Guimarães (2006) indique également que sous le gouvernement de Lula plus que sous
Q¶LPSRUWHTXHODXWUHOHVTXHVWLRQVVRFLDOHVHWFXOWXUHOOHVRQWpWpFRQILpHVDX[21*GRQWOHV
OHDGHUV QRLUV RQW SX RSpUHU XQH DVFHQVLRQ VRFLDOH QRQ SOXV DX QRP G¶XQ EODQFKLPHQW GHOD
race mais au contraire en tant que représentant officiel et entier du groupe des afrodescendants. Les places soumises à cotas dans les universités sont en partie occupées par
cette classe montante de représentants culturels et politiques de la « minorité » noire. Cette
catégorie ne prétend pas englober tous les métisses et noirs du pays mais seulement ceux qui
IRQW OD GpPDUFKH GH O¶DXWR-LGHQWLILFDWLRQ HW TXL SHXYHQW V¶LQVFULUH GDQV OH VFKpPD à la fois
local et transnational de la négritude.
b) Les autochtones205
'HSXLV OD ILQ GHV DQQpHV VRLW ELHQ DYDQW O¶DIURGHVFHQGDQFH O¶DXWRFKWRQLH IDLW VRQ
apparition dans les réunions internationales ; porté par des les organisations de Droits de
O¶+RPPHYRODQWDXVHFRXUVGHFRPPXQDXWpVRXPLQRULWpVPDOPHQpHVHWSDUIRis décimées par
O¶(WDWGDQVOHTXHOLOVVHWURXYDLHQWSUHVTX¶HQpWUDQJHUVQHSDUODQWSDVODPrPHODQJXHQLVH
FRPSUHQDQW QH SDUWDJHDQW SDV OHV PrPHV PRGHV G¶DSSUpKHQVLRQ GX PRQGH HWF /HV
SDUWLFLSDQWV j OD FUpDWLRQ G¶XQ RUJDQH GH GpIHQVH GH FHV JURXSHV sont : International Work
Group on Indigenous Affair (IWGIA) créé en 1968, Survival International créé en 1969,
Cultural Survival en 1971 qui donne lieu à une première Déclaration « de la Barbade » en
1971.
3XLVXQGHX[LqPHWHPSVV¶HVWFRQVWLWXp autour G¶XQHVpULHGHFRQIpUHQFHVLQWHUQDWLRQDOHVTXL
ont eu lieu à Genève et qui ont porté la voix des autochtones au niveau international.
1977- « Discriminations contre les populations autochtones des Amériques »
1978- « Combattre le racisme et la discrimination raciale »
1981- « Peuples autochtones et leur rapport à la terre »
205
-H P¶DSSXLH SRXU FH FKDSLWUH VXU OH WH[WH GH %(//,(5 ,UqQH © Identité globalisée,
territoires contestés: les enjeux des peuples autochtones dans la constellation onusienne,
2006, Autrepart, n°38, p. 99-118. 219 ,O V¶RSqUH XQH XQLRQ GHV SHXSOHV DXWRFKWRQHV GH SDU OH PRQGH XQH UHSUpVHQWDWLRQ TXL
V¶RUJDQLVH SDU © région du monde » et constitue une identité autochtone transnationale. On
compte aXMRXUG¶KXLSOXVGHUHSUpVHQWDQWVDXWRFKWRQHVYHQXVGHVFLQTFRQWLQHQWV « les
peuples autochtones ont reconnu leur destin partagé et leur cause commune », (Bellier
2006 /HSOXVGLIILFLOHHVWG¶pODERUHUXQH'pFODUDWLRQ8QLYHUVHOOHGHV'URLWVGHVPeuples
Autochtones (orchestrée par les Nations Unies). Les lignes directrices sont pourtant définies :
O¶DXWRGpWHUPLQDWLRQOHGURLWjODWHUUHOHGURLWDXSDWULPRLQHHWjODSURSULpWpLQWHOOHFWXHOOHOD
protection de la diversité biologique, la sauvegarGH GH O¶HQYLURQQHPHQW OD SURWHFWLRQ GH
O¶LQWpJULWpHWGHODGLYHUVLWpFXOWXUHOOH
Bellier (ibid) nous dit que « sont concernés, selon les sources onusiennes, environ 350
millions de personnes qui sont réparties sur tous les continents206. Plus de 60% se trouve dans
la zone Asie-3DFLILTXH PDLV OHV SOXV DFWLIV VXU OH SODQ SROLWLTXHV SRXU O¶REWHQWLRQ GH GURLWV
sont ceux de la zone Amérique (Nord ± Centrale ± Sud).
/HVUHYHQGLFDWLRQVGpSDVVHQWpJDOHPHQWOHFDGUHVWULFWHPHQWHWKQLTXHHWV¶LQVFULYHQWGDQVOHV
prRJUDPPHV GH OXWWH FRQWUH OD SDXYUHWp RX GH VDXYHJDUGH GH O¶HQYLURQQHPHQW DX QRP GH
O¶DXWRFKWRQLH'HSXLVOHVDQQpHVOHVSD\VG¶$PpULTXHVRSqUHXQHpQRUPHDYDQFpHVXU
le plan national en adoptant une constitution multiculturelle (Nicaragua 1987, Brésil 1988,
Colombie 1991, Paraguay 1992, Pérou 1993, Bolivie 1994, Equateur 1998, Venezuela 2000).
Or comme le fait remarquer Irène Bellier (ibid), « GDQVFHFRQWH[WHG¶pYROXWLRQPXOWLVFDODLUH
les Etats deviennent « maître ª GX MHX SXLVTX¶LOV GpWLHQQHQW OH pouvoir de décision et
QRWDPPHQW OH SRXYRLU G¶DGRSWHU OD 'pFODUDWLRQ GH WUDQVIRUPHU FHW LQVWUXPHQW HQ XQH
convention, ainsi que de pouvoir respecter leurs engagements et de les faire respecter par les
acteurs non étatiques puissants comme les compagnies multinationales et les ONG », (p.22).
La mobilisation américaine donne lieu à une Convention qui avance plus vite que celle des
Nations Unies (revendications qui correspondent à des réalités ayant plus de points communs
TX¶DYHFOHVDXWUHVUpJLRQVGXPRQGH « YLVDQWjO¶RUGUHLQWHUQDWLRQDOGX* », (p.20).
En attendant, seule la Convention 169 relative aux peuples indigènes et tribaux de
O¶2UJDQLVDWLRQ ,QWHUQDWLRQDOH GX WUDYDLO D pWp UDWLILpH HW SHXW VHUYLU DX QLYHDX
juridique : Elle « aborde les quHVWLRQV UHODWLYHV j OD WHUUH j O¶HPSORL j OD IRUPDWLRQ
206
jO¶H[FHSWLRQGHO¶(XURSHVDXIHQVRQH[WUrPH1RUGRYLYHQWOHV6DPL » (ibid p.9) 220 SURIHVVLRQQHOOH j OD VDQWp HW HQYLVDJH OD FRRSpUDWLRQ WUDQVIURQWDOLqUH VRXV OD IRUPH G¶XQ
DUWLFOH>HOOH@Q¶DpWpUDWLILpHSDUDXFXQSD\VDIULFDLQRXDVLDWLTXHHWVHXOHPHQWSDUWURLV
pays européens » (p.20).
0rPHVLOHVDYDQFpHVVXUOHSODQMXULGLTXHHWPrPHVXUOHWHUUDLQQ¶RQWSDVHQFRUHDERXWLHV
on note une énorme différence entre le début des années 1980 comme nous le fait remarquer
Bellier207 HWDXMRXUG¶KXL$O¶pSRTXHOHVLQGLHQVpWDLHQW traités comme des sous-hommes et
nommés de forme dépréciatives par les gouvernements, « indigène », « sauvage »,
« nativos ªHWSOXVHQFRUHORUVTX¶LOV¶DJLVVDLWGHVPpWLVVHVORFDX[TXLOHVDSSHODLHQW© indios
bravos », ou « bâtards ª DORUV TX¶LOV pWDLHQW eux les « Péruviens » ou « civilisés ».
$XMRXUG¶KXLOHVHFWHXUGXGURLWV¶HVWRXYHUWSRXUHX[PrPHVLVXUOHWHUUDLQOHVPHQWDOLWpVHW
OHV HQJUHQDJHV VRFLDX[ G¶H[FOXVLRQ VRQW ELHQ DQFUpV HW FKDQJHQW DX PRLQV DXVVL OHQWHPHQW
que la Convention onusienne. Un changement notable est le fait que les leaders autochtones
sont considérés comme des experts en la matière, il existe des cursus universitaires
VSpFLDOLVpVHWDXMRXUG¶KXLLOVSDUWLFLSHQWjODSURGXFWLRQVFLHQWLILTXHVXUOHXUSURSUHVRUWDORUV
que jusqu¶jSUpVHQWVHXOVOHVDQWKURSRORJXHVTXLQ¶pWDLHQWMDPDLVLVVXVGHFHVFRPPXQDXWpV
avaient ce rôle. Entre acteurs politiques et producteurs de savoir, les nouvelles générations
DXWRFKWRQHVQ¶RQWSDVHQFUHGLWOHXUGHUQLHUPRW
Au Brésil
La question de la terre est de loin la plus significative au Brésil en relation aux peuples
indigènes. Des territoires sont officiellement délimités et attribués aux peuples indigènes
PDLVVDQVFHVVHOHVLQWpUrWVSULYpVRXSXEOLFVWHQWHQWGHUHYHQLUVXUFHVDFTXLV&¶HVWXQH lutte
entre les droits de ces peuples à leur habitat originel, en tant que condition même de leur
existence en tant que peuples indigènes, et les intérêts économiques qui se font toujours plus
SUHVVDQWV 'DQV O¶DFWXDOLWp LQWHUQDWLRQDOH QRXV HQWHQGRQV SDUler de Belo Monte. De
QRPEUHXVHV21*HWDVVRFLDWLRQVHVVDLHQWG¶LQIOXHQFHUOHVGpFLVLRQVSROLWLTXHVjSDUWLUG¶XQ
relai médiatique fort. De nombreux autres cas sont relayés plus ou moins au niveau local et
VRQWVLJQLILFDWLIVGXSHXGHSRLGVTX¶H[HUFHXQGUoit face aux puissants (trusts énergétiques au
Pará ou fazendeiros au Sud de Bahia ou ailleurs). Les leaders indiens des communautés en
danger bien souvent risquent (ou perdent) leur vie dans la lutte à la terre. Cependant, comme
le fait remarquer Irène BeOOLHUSHWLWjSHWLWGHVDYDQFpHVVHIRQWVHQWLU«FHSHXWrWUHOHFDVGX
221 système de cotas dans les universités qui permet aux leaders de se forger des armes sur
mesure pour revendiquer leurs droits.
En ce qui concerne la population indienne au Brésil en mDWLqUHGHFRWDVOHFULWqUHGHO¶DXWRpYDOXDWLRQ Q¶HVW SDV VXIILVDQW SHXW-être à cause du proverbe brésilien qui dit que tous les
EUpVLOLHQVVRQWLQGLHQVRXTXHWRXWHIDPLOOHDXQDQFrWUHLQGLHQ«2XSOXW{WFDUO¶HQFDGUHPHQW
formel des communautés indiennes diffère depuis le début de la colonisation de celui réservé
DX[ QRLUV 1RXV DYRQV YX TX¶LOV VRQW UHJURXSpV HQ aldeia par les jésuites au début de la
FRORQLVDWLRQ $XMRXUG¶KXL LOV GpSHQGHQW G¶XQ RUJDQLVPH SXEOLF OD )81$, 208 ainsi que de
nombreuses ONG. EnfLQODQRWLRQG¶DSSDUWHQDQFHHVWGLIIpUHQWHFDUelle est associée jO¶LGpH
de pureté culturelle et raciale. Les peuples indiens, dans certaines régions, ont de fait été
PDLQWHQXV ORLQ GH OD FRQWDPLQDWLRQ GH OD VRFLpWp GHV EODQFV /D QRWLRQ G¶DXWKHQWLFLWp Hst
intrinsèquement liée au peuple indien qui en a souvent souffert dans le Nordeste où les
PpWLVVDJHVRQWHXOLHXGHSXLVORQJWHPSVVDQVSRXUDXWDQWTX¶LO\DLWHXSHUWHRXGLVVROXWLRQGH
leur culture.
Les indiens qui vivent en ville ont du mal à se faire reconnaitre. La nouvelle catégorie
G¶© indiens-descendants » a été revendiquée par des indiens qui ne pouvaient avoir de
UHFRQQDLVVDQFH j SDUWLU GHV FULWqUHV G¶DXWKHQWLFLWp OLpV j O¶LQGLDQLWp G¶DSUqV OHV RUJDQLVPHV
responsables et les communautés indiennHV&HWWHFDWpJRULHQ¶H[LVWHSDVGDQVODFRQVWLWXWLRQ
F¶HVWXQDUUDQJHPHQWTXLV¶HVWIDLWDYHFOHVXQLYHUVLWpVGDQVOHFDGUHGHODORLGHVFRWDV&HWWH
catégorie pose problème car elle est mal vue par les « indiens » aussi bien que par les « afrodescendants », pour des raisons peut-rWUHXQSHXGLIIpUHQWHVPDLVTXLGDQVOHFDGUHGHO¶DFFqV
aux places réservées aux cotas dans les universités peuvent être assimilées à la concurrence.
c) Les Quilombolas
Enfin, les Quilombos, des communautés de nègres marrons dans lesquelles la culture de
racine Africaine se serait conservée, ont la possibilité de se faire reconnaitre comme telles et
HQ FH QRP IRUPDOLVHU OD SURSULpWp GHV WHUUHV TXL HVW UHVWpH MXVTX¶j DXMRXUG¶KXL GDQV
O¶LQIRUPDOLWp
207
/¶DXWHXUSUHQGO¶H[HPSOHG¶XQH© petite société » vivant en Amazonie péruvienne, les Mai
huna. 208
FUNAI : Fondation nationalHGHO¶,QGLHQ 222 Ces terres sont parfois ruralHVHWSDUIRLVXUEDLQHVDXSOHLQF°XUGHVPpJDFLWpVEUpVLOLHQQHV
&HWWH UHFRQQDLVVDQFH Q¶HVW SDV WRXMRXUV OH IDLW G¶XQH IRUWH OLDLVRQ DYHF OH VHQWLPHQW
G¶DSSDUWHQDQFH j OD FRPPXQDXWp QRLUHPDLV UpSRQG VRXYHQW j XQ UpHO EHVRLQ G¶DXWKHQWLILHU
les terres occXSpHV GHSXLV GHV JpQpUDWLRQV HW SDUIRLV DXMRXUG¶KXL PHQDFpHV SDU GHV SURMHWV
XUEDQLVWLTXHVRXGHVULVTXHVG¶H[SURSULDWLRQSDUGHVJUDQGVSURSULpWDLUHVWHUULHQV
Dans ce cadre, des aménagements de la loi ont dû être opérés afin que les termes utilisés
correspondent aux réalités vécues sur le terrain. En effet, en 2003, après quinze ans de
discussions entre les communautés locales, les intellectuels et les représentants étatiques, les
termes de la Constitution de 1988 concernant les Quilombolas sont révisés prenant
dorénavant en compte les revendications des représentants des communautés qui souhaitent
être reconnues comme Quilombos. Il faut rappeler que la propriété terrienne a été rendue
quasiment inaccessible aux populations noires à travers de la « loi des terres », de 1850.
$YDQWFHWWHGDWHO¶RFFXSDWLRQG¶XQHSDUFHOOHGHWHUUHHWODFXOWXUHGHFHOOH-ci pouvait garantir
la propriété mais avec la « loi des terres ªRQQHGHYLHQWSURSULpWDLUHTXHVLO¶DSSURSULDWLRQGH
la terre se fait à travers un contrat de vente de cette dernière, donnant alors lieu à un titre de
propriété. Cette loi rend impossible la propriété aux Quilombolas qui sont alors clandestins,
O¶DEROLWLRQGHO¶HVFODYDJHQµD\DQWSDVHXOLHXLOVVRQWFRQVLGpUpVFRPPHIXJLWLIV&HWWHORLD
favoULVpODIL[DWLRQGHODPDLQG¶°XYUHOLEUHjODID]HQGDFDUOHVSURSULpWDLUHVWHUULHQVDYDLHQW
bien plus de facilité que les esclaves libres pour acquérir des terres, parfois même en
falsifiant les documents pour devenir propriétaire, la loi étant du côté de ceux qui sont
IDPLOLHUVDYHFO¶DGPLQLVWUDWLRQ
/D&RQVWLWXWLRQGHpWDLWOHSUHPLHUWH[WHFRQFHUQDQWO¶DFFqVjODSURSULpWpSULYpHGHSXLV
ODILQGHO¶HVFODYDJHVRLWWRXWMXVWHDQVDSUqVO¶DEROLWLRQ/HVWHUPHVTX¶HOOHHPSORLHRQW
posé problème SRXU OµDWWULEXWLRQ GH WHUUHV DX[ FRPPXQDXWpV TXL VH UHYHQGLTXDLHQW
Quilombos car selon Arruti209 (2006) le problème se trouvait dans la forme lexicale de trois
termes : 1/ La définition de Quilombos qui était ancienne et qui était associée à la notion de
« réminiscence ª FH TXL LPSOLTXDLW SDU H[HPSOH TX¶LO IDOODLW SRXYRLU SURXYHU TXH OD
209
ARRUTI, José Maurício A., Mocambo: Antropologia e história do processo de formação
quilombola. Bauru: Edusc, 2006. 368 p. 223 FRPPXQDXWpH[LVWDLWGHSXLVDYDQW«8QHQRXYHOOHGpILQLWLRQVHORQ$OPHLGD 210 (2002),
GHYDLWSUHQGUHHQFRPSWHO¶DFWXDOLWpGHODTXHVWLRQHQpWDQWjO¶pFRXWHGHVUHYHQGLFDWions des
populations sur le terrain ; 2/ Le terme de « WHUUHG¶XVDJHFRPPXQ ªTXLQ¶DYDLHQWSDVFRPPH
focus la population afro-descendante car faisait référence plus largement à une forme
G¶RFFXSDWLRQGXVROFRXUDQWHDSUqVO¶DEROLWLRQTXLpWDLWXQHVWUDWpJie collective de résistance
face aux gros propriétaires LO IDOODLW GRQF VSpFLILHU O¶RFFXSDWLRQ GX VRO GDQV OH FDV GHV
4XLORPERVVDQVSRXUDXWDQWUHWRPEHUGDQVO¶DQFLHQQHGpILQLWLRQTXLpWDEOLVVDLWXQOLHQHQWUH
OHV 4XLORPERV HW O¶XVDJH SURYLVRLUH GHV WHrres /H WHUPH G¶HWKQLFLWp GDQV OH WH[WH
constitutionnel attendait des groupes qui savent manier une identité politique comme si cette
LGHQWLWppWDLWXQHLGHQWLWpGRQQpHXQHIRLVSRXUWRXWHV$UUXWLGHPDQGHG¶HQILQLUDYHF
cette identité « substantielle » afin de redéfinir cette notion à partir du point de vue
« relationnel » qui définit les groupes en relation ou par contraste avec ceux qui les entourent.
%HDXFRXS G¶DQWKURSRORJXHV VRQW RFFXSpV GHSXLV TXHOTXHV DQQpV j IDLUH UHFRQQDLWUH GHV
terriWRLUHV TXLORPERODV HW j IDLUH DYDQFHU OD OpJLVODWLRQ TXL Q¶DLGDLW SDV PrPH DSUqV OD
Constitution de 1988. La question est très présente dans les congrès nationaux
G¶DQWKURSRORJLH HW GDQV O¶DFWXDOLWp &RPPH GDQV OH FDV GHV SHXSOHV LQGLJqQHV OD
problématiqXHSUHPLqUHHVWFHOOHGHODUHFRQDLVVDQFHGHVWHUUHVSDUO¶(WDW'HVUDSSRUWVVRQW
produits par les antropologues pour discuter le bien fondé des demandes de reconnaissance de
la part des commuautés et/ou appuyer leur demande. Les conflits qui mettent en cause des
intérêts fonciers sont très fréquents.
3HXW rWUH SOXV HQFRUH TXH GDQV OHV GHX[ DXWUHV FDV O¶HWKQLFLWp HVW SRXU FHV FRPPXQDXWpV
O¶RSRUWXQLWpGHSURYRTXHUXQHFRQMRQFWXUHIDYRUDEOHjO¶REWHQWLRQGHWHUUHVFHTXLQ¶HPSrFKH
SDVXQHIRLVUHFRQQXHG¶rtre utilisée dans des projets de tourisme ethnique de développement
durable dans lesquels la culture afro-GHVFHQGDQWHHVWPLVHHQDYDQW/¶HWKQLFLWpHVWDYDQWWRXW
G¶DSUqVQRXVXQHSRVVLELOLWpG¶H[LVWHUIRUPHOOHPHQW
d) Les exclus du pacte de réparation
Les exclus du pacte sont entre autres les barraqueiros qui ne V¶LQVFULYHQW GDQV DXFXQH GHV
catégories préalablement citées qui octroît des droits. Ils restent donc dans des zones de non
210
$/0(,'$$OIUHGR:DJQHU%HUQRGH2V4XLORPERVHDV1RYDV(WQLDV,Q2¶':<(5
Eliane C. (org.). Quilombos: Identidade Étnica e Territorialidade. Rio de Janeiro: FGV, pp.
43-81, 2002. 224 droits qui dépendent beaucoup de la bonne volonté des puissants : politiques, pouvoirs
publics, sponsors, etc.
6¶LOV Q¶RQW SDV GH GURLWV VSpFLILTXHV liés à une ethnicité, ils ont par contre le devoir de
V¶LQVFULUHGDQVOHVSURJUDPPHVLQWHUQDWLRQDX[G¶DLGHjODSDXYUHWpDXULVTXHGHGHYHQLUGHV
marginaux du système capitaliste et être montrés du doigt comme marginaux à la société,
certainement dangereux.
La « démocratie raciale » a pris
le relai des hiérarchies raciales portées par la société
coloniale jWUDYHUVXQHOHFWXUHLQIRUPHOOHGHO¶DXWUHGHVDFRXOHXUHWGHVRQVWatut. Elle a été
jugée raciste dans les années 1970 par les groupes noirs activistes et remplacée par la société
multiculturelle dans laquelle le métissage fait place à une revendication raciale. La race reste
DXF°XUGXGpEDWEUpVLOLHQVXUOHVUDSSRUWVVociaux mais dans une dynamique de différence,
QRQSOXVG¶DVVLPLODWLRQ Cependant, comme le souligne Hall (2007) :
« En aucun cas une nouvelle phase de la politique culturelle noire ne pourrait
UHPSODFHU OD SUpFpGHQWH 1pDQPRLQV LOHVW YUDL TX¶j PHVXUH TXH la lutte avance et
prend de nouvelles formes, elle déplace, réorganise, et repositionne, à différents
degrés, les différentes stratégies culturelles les unes par rapport aux autres » (p.288).
B- Le carnaval ritualisé
Nous reprenons maintenant, dans le cadUH GX FDUQDYDO KDXW OLHX GH O¶H[SUHVVLRQ GH OD
différence ethnique, les catégories raciales qui sont opérantes, en les comparants avec celles
GXTXRWLGLHQ/HFDUQDYDOpWDQWG¶DSUqVQRXVODIrWHTXLDSHUPLVODULWXDOLVDWLRQGHVUDSSRUWV
raciaux et sociau[GH6DOYDGRUHWGRQWOHVWURXYDLOOHVLGHQWLWDLUHVVRQWDXMRXUG¶KXLGHYHQXHV
GHV FODVVLTXHV GH O¶LPDJH GH 6DOYDGRU HW j FH SUL[ GHV FODVVLTXHV GH O¶LPDJH YpKLFXOpH HW
commercialisée par les pouvoirs publics. +LVWRLUHG¶XQHLQVWLWXWLRQQDOLVDWLRQLGHQWLWDLUH«
1) Petite histoire du carnaval
-H PH UpIqUH GDQV FHWWH SDUWLH j )UDQFN 5LEDUG SRXU OHV GRQQpHV FRQFHUQDQW O¶KLVWRLUH GX
carnaval.
225 a) /¶HQWUXGR
)RUPHIHVWLYHG¶RULJLQHSRUWXJDLVHTXLDOLHXOHPDUGLJUDVTXLFRQVLVWHjMHWHUVXUVHVSDLUVGH
la farine et dHV °XIV 6XUWRXW SUDWLTXpV SDU OHV MHXQHV FHV MHX[ VRQW DGRSWpV DXVVL SDU OHV
esclaves qui jouent entre eux VL SDU DYHQWXUH LOV VRQW PrOpV DX[ PDvWUHV F¶HVW SRXU OHXU
VHUYLUGHFLEOHQRQOHFRQWUDLUH/¶HQWUXGRFXOPLQHDX ème siècle mais est pratiqué depuis
GHVVLqFOHV&¶HVWjSDUWLUGXPLOLHXGX ème siècle que des critiques à son égard surgissent,
VXUWRXWGHODSDUWGHVPpGLDV,OYDjO¶HQFRQWUHGHVERQQHVP°XUVHWVXUWRXWGHO¶LPDJHGH
pays civilisé que le Brésil veut présenter de lui-même au monde. A la place, des bals privés
SRXUXQHSRSXODWLRQWULpHVXUOHYROHWYRLHQWOHMRXUSRXUO¶pOLWHGHODYLOOH/DUXHUHVWHDX[
mains du peuple, principalement à travers des formes festives véhiculées par la population
noire, comme les batuques. Dès son origine, les pouvoirs publics ont la main mise sur la fête
à travers la bonne société qui doit faire montre de distinction.
b) Les clubs carnavalesques
Fin du 19ème VLqFOH O¶HQWUXGR HVW DEDQGRQQp DX SURILW G¶XQ FDUQDYDO G¶LQVSLUDWLRQ
européenne, type carnaval de Venise. Les clubs carnavalesques de la haute société défilent,
OHV XQV SOXV H[XEpUDQWV TXH OHV DXWUHV DYHF PDVTXHV HW FRVWXPHV G¶LQVSLUDWLRQ DQLPDOLqUH
KDXWV HQ FRXOHXUV $X PrPH PRPHQW V¶RUJDQLVHQW GHV FOXEV FDUQDYDOHVTXHV DIULFDLQV SRXU
défilHUHQDUERUDQWGHVWKqPHVKLVWRULTXHVOLpVjO¶$IULTXH&HVFOXEVFDUQDYDOHVTXHVDUULYHQW
j V¶LPSRVHU VXU O¶DYHQXH DORUV TXH OHV EDWXTXHV DYDLHQW WRXMRXUV pWp FULWLTXpV /HXU
RUJDQLVDWLRQHWOHIUDQFVXFFqVTX¶LOVUHPSRUWHQWDXSUqVGHODSRSXODWLRQQRLUHHt métisse leur
laisse un accès sur la nouvelle avenue qui accueille les défilés carnavalesques, à la sortie du
FHQWUH KLVWRULTXH GRQW OHV UXHV HW UXHOOHV pWDLHQW WURS pWURLWHV /¶DYHQLGD VHWH TXL SDUW GH OD
SODFH &DVWUR $OYHV HW YD MXVTX¶DX &DPSR *UDQGH Geux grandes places prisées est alors
retenue. Les deux carnavals partagent donc un même espace, la rue. Pourtant leur public ne
se mélange pas.
/HVpOLWHVSUpWHQGHQWVHGLIIpUHQFLHUGHO¶H[KLELWLRQQRLUHHWXQHVpULHGHORLVYRWpHVGDQVOD
première décennie du 20ème siècle va interdire le défilé des clubs carnavalesques africains,
accusés de promouvoir le désordre.
« Ainsi en 1905, les « candomblés de rue » sont interdits tout comme, en 1909
O¶XWLOLVDWLRQGHVPDVTXHVXQHIRLVODQXLWWRPEpH ». Ribard (p.172).
/HV GpILOpV GH O¶pOLWH FRQWLQXHQW GRQF VXU OHV DYHQXHV FHQWUDOHV DORUV TXH V¶RUJDQLVHQW GH
O¶DXWUH F{Wp GX IODQF GH FROOLQH GDQV OD %DL[D GRV 6DSDWHLURV GHV EDWXTXHV HW GHV EORFV GH
226 WHQHXUDIULFDLQHWSRSXODLUHGRQWO¶DQLPDWLRQQHSHXWrWUHQLpHSDUOHVMRXUQDOLVWHVGHO¶pSRTXH
La cause avancé est le fait que cette avenue populeuse et commerciale attire plus de gens, ou
HQFRUHTXHOHVPRPHQWVFUHX[GHO¶LQVSLUDWLRQFDUQDYDOHVTXHGHO¶pOLWHQHIDLVDLHQWTXHPHWWUH
en valeur les festivités périphériques de la Baixa dos Sapateiros.
« « OH GLPDQFKH GH &DUQDYDO pWDLW OH MRXU G¶pOHFWLRQ SUpVLGHQWLHOOH HQWUH *HWXOLR
9DUJDV HW -XOLR 3UHVWHV HW « OH 'LDULR GH 1RWLFLDV FRPPHQWDLW OH 0HUFUHGL GHV
Cendres, que le meilleur carnaval « V¶HVWSDVVpGDQVOD%DL[D dos Sapateiros et dans
OHPDUFKp6mR0LJXHOROHSHXSOHµPD[L[D211¶jYRORQWp » ». Ribard (p.176).
&¶HVWVHXOHPHQWjSDUWLUGHVDQQpHVTX¶DSSDUDLVVHQWj%DKLDOHVpFROHVGH6DPEDTXL
vont remporter un fort succès. Cependant, le manque de soutien financier aussi bien public
que privé a fait que cette forme disparait dans les années 1970, remplacées par les blocs
G¶LQGLHQV SXLV OHV EORFV DIUR $ 5LR GH -DQHLUR DX FRQWUDLUH OHV pFROHV GH 6DPED RQW VX
SURILWHU j OD IRLV GH O¶DLGH GHV SRXYRLUV SXEOLFs et du soutien du jeu de loterie mafieux du
Bicho.
c) Le carnaval électrique
En 1950 va apparaitre de gros changements, une nouvelle forme de carnaval liée par aux
progrès techniques, celle du Trio électrique$O¶RULJLQHGHX[PXVLFLHQV'RGRHW2VPDUTXL
YRQW OLHU OHXU WDOHQW O¶XQ G¶HX[ HVW pOHFWULFLHQ HW FUpHU GDQV XQ SUHPLHU WHPSV OH © pau
eletrico » (un manche de guitare électrifié) et dans un deuxième temps, la « Fobica », une
automobile qui donne naissance au concept du trio électrique typique du carnaval de
Salvador OHSXEOLFVXLWO¶DXWRPRELOHHQGDQVDQWHWFKDQWDQW/HU\WKPHPXVLFDOTXLLQDXJXUH
cette nouvelle forme carnavalesque est également une création du duo Dodo et Osmar,
SXLVTX¶LOVRQWHPSUXQWpOHfrevo GH5HFLIHTX¶LOVRQWpOHFWULILpHWrendu plus sautillant, créant
un frevo bahianais.
$XMRXUG¶KXL OHV DXWRPRELOHV VRQW GHV JURV FDPLRQV VRQRULVpV pTXLSpV VXU OHXU WRLW G¶XQH
plate-forme sur laquelle se produisent les groupes musicaux carnavalesques. Ces camions ont
comme contrainte de devoir circuler dans des rues suffisamment larges. Dans les années
OH FDUQDYDO SUHQG GH O¶DPSOHXU VDQV GRXWH GX IDLW GH O¶pQRUPH H[SORVLRQ
démographique de Salvador et de la place faite au tourisme (premier plan directeur du
227 tourisme). Le carnaval initié par Dodo et Osmar se caractérise par son aspect gratuit et ouvert
à tous, sur les modèles des groupes de samba et batucada des anciens carnavals. Il met fin au
carnaval aristocratique qui se retire dans les salons privés. Cependant, progressivement
O¶HVSDce carnavalesque se privatise (gradins, espaces marchands, cordons fermant les blocs)
et rend le carnaval plus accessible à la classe haute qui cherche à démarquer ses territoires et
jIXLUOHPpODQJHGHVFODVVHVTX¶jODFODVVHSRSXODLUH/HVSUHPLHUV© blocs de barons », terme
employé pour désignés les riches, sont très sélectifs et interdits pour certains à la population
noire. Dans les années 80 est créé un nouveau circuit dans les nouveaux et beaux quartiers du
littoral Atlantique reliant les quartiers GH%DUUDHW2QGLQDRQDWXUHOOHPHQWYRQWV¶LQVWDOOHUOHV
EORFV GHV EDURQV /¶DQFLHQ FLUFXLW JDUGH SRXU OXL OHV EORFV GH SHUFXVVLRQV DIUR HW TXHOTXHV
trios électriques de moindre ampleur. Le carnaval électrique populaire donne naissance à
O¶LQGXVWULHIHVWLYHOLpHjODPXVLF$[pTXLG¶LQVSLUDWLRQDIURPDLVG¶DSSDUWHQDQFHEODQFKHGHV
classes élevées, sait conquérir les sphères médiatiques et des productions lourdes, laissant
hors circuit les artistes noirs du carnaval.
d) Le carnaval ethnique des années 1970
Dès la fin des années 1940, la volonté de libérer la culture noire des lourds préjugés et des
mesures de persécutions amène toujours plus les terreiros de candomblé vers la rue pour
SUpVHQWHUXQHFXOWXUHVXUOHPRGHIHVWLIOLEpUpHGHO¶LPDJHQpJDWLYHGHOD magie noire et de la
VRUFHOOHULH GRQW HOOH HVW GpWHQWULFH GHSXLV OHV GpEXWV GH OD FRORQLH &¶HVW GRQF OH GpEXW GHV
EORFVG¶DIR[pVFRPPH© Congo da Africa », « Africano de ouro » et le plus connu et encore
existant « Filhos de Gandhi ª &HV GpILOpV VRQW O¶DIILUPDWLRQ G¶XQH FXOWXUH QRLUH FRPPH
culture ouverte et amie, contre les préjugés de secte ou de magie noire.
Le contexte social des années 1970 local et international pousse la population noire et métisse
(sur le modèle des Afoxés) à montrer une culture qui lui est propre et qui valorise son image
j WUDYHUV XQ WUDYDLO HVWKpWLTXH FRQVpTXHQW $ O¶RUGUH GX MHX OHV WURLV UDFHV IRQGDWULFHV GX
%UpVLO O¶,QGLHQ OH QRLU HW OH EODQF WUDQVILJXUpV SHQGDQW OH FDUQDYDO HQ © EORFV G¶,QGLHQV »,
« blocs afro » et « blocs axé ». Le dernier est le seul à ne pas mettre en avant dans le nom sa
YpULWDEOHLGHQWLWpTXLHVWEODQFKH'DQVOHFDGUHGXFDUQDYDOO¶HWKQLFLWpVHIDLWGLVWLQFWLRQGH
qualité et revendication populaire de statut différencié en fonction de son origine, avec en
SUHPLHUOLHXO¶DSSDULWLRQGHV© EORFVG¶,QGLHQV », suivis des « blocs afros », puis des « blocs
211
Danse qui prend origine dans une musique cubaine et un pas de la polka, (cf. note de bas
228 axé ». A cette époque se produit le déclin des écoles de samba trop lourdes à maintenir. Seuls
les « blocos de embalos » issus des écoles de samba connaissent une transformation et
GRQQHQWOLHXDXFDUQDYDOGHVWULRVpOHFWULTXHVTXLVXLWDXGpSDUWFHWWHWUDGLWLRQG¶HPSRUWHUVXU
VRQSDVVDJHOHSXEOLFGDQVXQWRXUELOORQGHGDQVHHWGHFKDQWHWDX[EORFVG¶,QGLHQV « Grupo
de embalos », littéralement, groupe qui emballe.
2) Fiches ethniques carnavalesques
a) Les blocs indiens
Issus de la tradition de « embale 212» des groupes de samba, les premiers blocs ethniques à
apparaitre furent ceux des Indiens. Le premier fut le « Cacique du Garcia », issu du quartier
du Garcia où opérait déjà une école de samba. Pourtant, quitte à surprendre ceux qui ne
FRQQDLVVHQW SDV OH FDUQDYDO GH %DKLD FHWWH HWKQLFLWp LQGLJqQH Q¶D SDV GH UDSSRUW DYHF OHV
SHXSOHVLQGLJqQHVGX%UpVLO,OVV¶LQVFULYHQWGDQVODJUDQGHPDMRULWpGDQVO¶LPDJLnaire nord
américain véhiculé par les westerns. Les blocs sont ceux des « Apaches », des
« Comanches », des « Sioux », des « cheyennes ªHWOHXUSDUWLFLSDQWVQ¶RQWULHQjYRLUDYHF
GHV GHVFHQGDQWV GLUHFWV RX LQGLUHFWV G¶LQGLHQV G¶LFL RX G¶DLOOHXUV ,O V¶DJit des jeunes des
quartiers périphériques majoritairement noirs et métisses. Ces blocs ont été les précurseurs
des blocs afro. Sans doute a-t-il été plus facile dans un premier temps de revendiquer une
injustice sociale sur fond de scénario de western plut{WTXHGHO¶DQFUHUGDQVODUpDOLWpXUEDLQH
GH6DOYDGRUDORUVJUDQGLVVDQWH'DQVOHVDQQpHVLO\DYDLWSOXVGHYLQJWEORFVG¶LQGLHQV
Ses organisateurs ont été ceux qui par la suite ont ouvert des blocs afro, qui gardent la même
structure interne : batWHULHGHSHUFXVVLRQVDLOHVGHGDQVHHWGHFKDQW$XMRXUG¶KXLLOQ¶\DSOXV
TXHGHX[EORFVG¶LQGLHQVOHV© Apaches » et les « Commanches du Pelô », les ailes de danse
ont diminué significativement et la recherche de sponsors est de plus en plus compliquée. Au
FRQWUDLUH OHV JURXSHV DIUR VH VRQW PXOWLSOLpV HW RQW VX SRXU FHUWDLQV V¶LPSRVHU GDQV OH
scénario national et international.
de page de Ribard, p.172). 212
Groupe musical qui entraine sur son passage le public qui danse à sa suite. 229 Photographie : Patrick Silva / Setur
Disponible sur le site http://www.carnaval.bahia.com.br en date du 29/03/2012
b) Les blocs afro
Alors que le climat de la Démocratie raciale règne en maître pendant les années de dictature
TXL YRQW GHV DQQpHV DX[ DQQpHV XQ JURXSH G¶DPLV G¶XQ TXDUWLHU SRSXODLUH GH
6DOYDGRULPSURYLVHHQODVRUWLHG¶XQEORFGHFDUQDYDOH[FOXVLYement réservé aux gens
de couleur noire, arborant dans les rues et sur les tracts des slogans tels que « juste un bloc
original », « les Africains à Bahia » sur un ton mi humoristique mi provocateur. Bercés à la
fois par un contexte international de revendication noire (Etats-Unis, Afrique du Sud), par la
GpFRORQLVDWLRQGHVWHUULWRLUHV$IULFDLQVG¶DSSDUWHQDQFH3RUWXJDLVHFRPPHOH0R]DPELTXHRX
la Guinée Bissau, et une affirmation identitaire en formation notamment dans les grandes
villes du Sud du Brésil comme Rio de Janeiro et São Paulo, le duo Vovô et Apolônio, tout
GHX[DSSUHQWLVDX3{OH3pWURFKLPLTXHGH6DOYDGRURQWO¶DXGDFHGHVHODQFHUGDQVO¶DYHQWXUH
carnavalesque dans un but à la fois de loisir et de début de professionnalisation. En effet, les
deux MHXQHV RQW O¶KDELWXGH G¶RUJDQLVHU GHV VRUWLHV SRXU OHV JHQV GX TXDUWLHU 8Q VHPEODQW
G¶HQWUHSULVHGHORLVLUVRVHPrOHXQJR€WSRXUOHVDPEDHWOHVDPXVHPHQWVHQJpQpUDOGRQQH
OLHXDXEORFFDUQDYDOHVTXHGX,Or$L\rGRQWXQHGHVVRXUFHVG¶LQVSLUDWLRQVHUa le terreiro de
la mère de Vovô. Entreprise qui sort presque naturellement du chapeau de ces deux jeunes, et
PrPH V¶LO Q¶D SDV pWp H[DFWHPHQW OH SUHPLHU JURXSH $IUR LO HVW j O¶RULJLQH G¶XQ DSSRUW
fondamental pour le carnaval de Salvador, celui de la revendication raciale du noir bahianais
jWUDYHUVODUpLQYHQWLRQG¶XQH$IULTXHOpJHQGDLUHHWRULJLQHOOHGDQVVDGXUpH /HVV\PEROHV
forts qui ont fait le succès du bloc, malgré ses débuts difficiles. La reconnaissance et
O¶LQWpJULWpGHODGpPDUFKHQ¶pWDLWSDV gagnée, elle a été conquise à travers de messages et de
symboles forts qui ont touchée en premier lieu la jeunesse noire et métisse. En premier lieu,
la « Black beauty ª TXL HVW FRQVDFUp j WUDYHUV O¶pOHFWLRQ G¶XQH UHLQH QRLUH GX FDUQDYDO j
230 travers la valorisation des coiffures africaines ou des tissus africains, de références
historiques véhiculées principalement par les paroles des musiques dont les compositeurs
VRQW LVVXV GHV PrPHV TXDUWLHUV SRSXODLUHV 3XLV XQ DWWDFKHPHQW j OD UHOLJLRQ G¶RULJLQH
Africaine, le Candomblé et enfin par un programme social et éducatif fort au sein du quartier
matrice du Ilê Aiyê, Liberdade situé sur la Baie de Tous les Saints, dans la région morale
urbaine chargée négativement et délaissée par les pouvoirs publics. Le Ilê Aiyê en restant
ancré dans son quartier malgré sa réussite sociale fait montre de sa détermination à être du
« ghetto », à rester dedans, au côté des populations les moins favorisées, même si on a vu que
ces « ghettos » se subdivisent et que les quartiers ethniques se distinguent des quartiers
dangereux.
&HEORFQ¶HVWSDVOHSUHPLHUGHVEORFVDIURVPDLVLOHVWFHOXLTXLDVXIDLUHSDUOHUGHOXL/HV
DXWUHV Q¶RQW SDV WRXV HX OD SRVVLELOLWp GH VXUYLYUH FDU OD SDUWLFLSDWLRQ VH IDLW WRXMRXUV SOXV
onéreuse au cDUQDYDO GH SOXV HQ SOXV JXLGpH SDU GHV ORJLTXHV PDUFKDQGHV TXL Q¶pSDUJQHQW
SDVOHVSOXVSHWLWV/¶LQIOXHQFHjODIRLVPXVLFDOHHVWKpWLTXHHWLGpRORJLTXHGHVJURXSHVDIUR
V¶HVWIDLWUHVVHQWLUGDQVWRXVOHFDUQDYDOTXLDFRQVWUXLWVRQLGHQWLWpVRQLQGXVWUie culturelle et
discographique dessus. Son influence est très nette y compris dans les groupes de barons, de
EODQFVGRQWWRXWHVOHVWrWHVG¶DIILFKHVHVRQWLQVSLUpHVPXVLFDOHPHQWHWHVWKpWLTXHPHQWFHOD
ne laisse aucun doute.
3KRWRJUDSKLHG¶(GXDUGR0DUtins du bloc Ilê Aiyê, avec en premier plan Vovô.
Disponible en date du 29/03/2012 sur le site : mundoafro.atarde.uol.com.br
231 c) Le carnaval axé
La « axé music ªXQVW\OHPXVLFDOLVVXGHO¶LQQRYDWLRQWHFKQRORJLTXHGHVWULRVpOHFWULTXHVGH
Dodô et Osmar et des blocs afro du carnaval de Salvador, est très fortement soutenu par les
grosses productions culturelles. Elle est la musique de référence des blocs de baron et fait
largement ses preuves HOOH V¶H[SRUWH LQWHUQDWLRQDOHPHQW HW FKDQJH O¶LPDJH PXVLFDOH du
Brésil jusque là monopolisée par les « grands » de la bossa ou par les écoles de samba de Rio
GH -DQHLUR &H FDUQDYDO GH O¶pOLWH D pWp GpFULW SDU OD IRUPXOH GH 0LFKHO $JLHU © Confort,
paillette et modernité» que nous avons déjà appliqué à la région morale de la ville moderne
implantée sur la Orla depuis les années 1960 et surtout 1980 et qui prend tout son sens dans
VRQFRQWH[WHG¶RULJLQH OHFDUQDYDO3OXW{WTX¶XQHIrWHjO¶HQYHUVFRPPHRQDO¶KDELWXGHGH
représenter le carnaval, celui-ci, dans les mains de la classe aisée se fait plutôt réaffirmation
du pouvoir déjà acquis dans le quotidien et enfermement à outrance dans un entre-soi doré
GDQV OHTXHO VHXOV TXHOTXHV pFKRV GH O¶DXWUH FDUQDYDO SDUYLHQQHQW j FRQGLWLRQ TX¶LOV VRLHQW
H[SORLWDEOHV SDU O¶LQGXVWULH IHVWLYH FRPPH FHOD D pWp OH FDV SRXU O¶LGHQWLWp DIUR HW VRQ
LQIOXHQFH PXVLFDOH 'H SOXV LO Q¶\ D DXFXQH FLWDWLRQ UHVSHFWXHXVH GH O¶DXWHXU LQLWLDO PDLV
SOXW{WUpXWLOLVDWLRQGDQVOHVHQVGXSURILWLPPpGLDWHWGXUDEOHGHVDUWLVWHVGHO¶D[pEODQFVHW
de leur producteurs. Ce carnaval est celui par excellence du circuit Barra Ondina.
3KRWRJUDSKLHG¶,YHWH6DQJDORSDU5DID0DWHL figurant sur la page facebook, carnaval 2012.
232 C- Les identités ethniques du carnaval comme objectif institutionnel de résolution
des relations raciales dans une mise en spectacle touristique de Salvador et du
Brésil.
/¶DIURHVW-il ethnique "6LO¶RQHQFURLWOHVHFWHXUWRXULVWLTXHGpYHORSSpjVRQpJDUGLOIDXW
FURLUHTXHRXL6LO¶RQV¶HQWLHQWjGHVGpILQLWLRQVSOXVSRLQWXes, du point de vue des sciences
sociales, nous pouvons nous SRVHUODTXHVWLRQ4X¶HVW-ce qui définit une ethnie ? Et à partir
de là observer si la culture afro est réellement ethnique.
6LQRXVDYRQV YXTXHMXVTX¶DORUVOHVWHUPHVGHVUHODWLRQVVRFLDOHVDX Brésil se basaient sur
des considérations raciales, la création carnavalesque, elle, prend comme source la référence
HWKQLTXH ELHQ TXH VRXYHQW LO QH VRLW SDV IDLW GH UpIpUHQFH GLUHFWHV j GHV HWKQLHV &¶HVW XQ
« ethnique » qui détermine de façon aussi flRXTXHFHOXLGHUDFH,OQ¶\DSDVGH VFLVVLRQj
O¶LQWpULHXUGHJURXSHVTXLFUppGHVHWKQLHVTXLVHUDLHQWGLVVLGHQWHVRXG¶RULJLQHGLIIpUHQWHV,O
\DGHO¶HWKQLTXHDIURHWGHO¶HWKQLTXHLQGLJqQH
$LQVLQRXVDYRQVYXTX¶jO¶pSRTXHGH1LQD5RGULJXHVOHV Africains étaient reconnus à partir
de leur organisation ethnique. Les « coins » avaient une couleur et une tradition particulière
qui faisait leur spécificité. Cependant, à partir des textes de João José Reis qui reviennent
G¶XQ SRLQW GH YXH KLVWRULTXH sXU O¶RUJDQLVDWLRQ GHV © coins » nous pouvons relativiser cette
harmonie ethnique, sachant que les mesures des pouvoirs publics ont toujours fait en sorte de
QLHU OD FODVVLILFDWLRQ LQWHUQH GH PpODQJHU OHV JURXSHV HW G¶LQILOWUHU GHV DJHQWV SRXU
désolidariser les ambiances de travail. 1RXV O¶DYRQV constaté avec la substitution des
« capitaines » par les « capatazes », ainsi que par la redistribution des coins de moindre
importance sans prendre en compte les affinités ethniques, à la différence de ce que les
Africains faisaient naturellement. En effet, les capitaines de coins avaient dans leur pratique
G¶LQWpJUHUGHVJURXSHVPLQHXUVPDLVFHODVHIDLVDLWGDQVXQHORJLTXHGHUHQGHPHQWGHWUDYDLO
HW G¶DFFHSWDWLRQ GX PLFUR JURXSH GDQV OH UHVSHFW GH VD GLIIpUHQFH Dlors que les politiques
SXEOLTXHVRQW°XYUpSRXUO¶XQLIRUPLVDWLRQG¶XQJURXSH© Africain » sans distinction interne,
VpSDUDQWSDUIRLVFHX[TXLSDUWDJHDLHQWXQHFXOWXUHHWXQHDIILQLWpHWHQMRLJQDQWG¶DXWUHVIRLV
des rivaux.
Reis montre également comment O¶LGHQWLWp 1DJR HVW GHYHQXH JpQpULTXH SRXU OHV SRXYRLUV
publics. A la suite de la révolte des Malês, cet amalgame a permis une répression aveugle
233 contre tout africain travaillant dans la rue, puisque la responsabilité de la révolte était celle
des Nagôs. Tout Africain de la rue aux yeux des autorités devenait Nagô, au nom de la
UpSUHVVLRQ&HWHIIRUWG¶DPDOJDPHGHODSDUWGHVSRXYRLUVSXEOLFVHVWHQFRUHSUpVHQWGDQVQRV
DQDO\VHVVXUOHFRPPHUFHGHUXHDXMRXUG¶KXLHWOHUHIXVGHUHFRQQDLWUHO¶H[LVWHQFHVSpcifique
GH FHUWDLQV JURXSHV PDUFKDQGV /D FODVVH GRPLQDQWH V¶HVW pJDOHPHQWDSSOLTXpH jHPSrFKHU
OHV UHJURXSHPHQWV HWKQLTXHV GX WHPSV GH O¶HVFODYDJH GH SHXU G¶XQH UpEHOOLRQ 3XLV DSUqV
O¶HVFODYDJH OD FODVVH GRPLQDQWH VH SRVH HQ PRGqOH DLGDQW DLQVL j HIIacer les traditions
africaines (dpPRFUDWLHUDFLDOH/¶LGpDOVRFLDOIDLWTX¶LOIDXWRXEOLHUVHVUDFLQHVDIULFDLQHVHQ
adoptant les manières des blancs. Les qualificatifs ethniques disparaissent du quotidien pour
laisser place à des attributs de couleur qui, comme le faisait remarquer Thales de Azevedo
DYDLHQWSOXW{WXQHVLJQLILFDWLRQGHUDQJVRFLDOTX¶XQHUpIpUHQFHUDFLDOH'DQVOD© démocratie
raciale ªTXLFDUDFWpULVHFHWWHSpULRGHODUDFHSUpYDXWVXUO¶HWKQLHRXSOXW{WFHWWHGHUQLqUHVH
dissout dans le FRQFHSW GH UDFH /¶DPDOJDPH HVW FRPSOHW HW GRLW HQFRUH VH IRQGUH DYHF OD
culture blanche et indienne afin de donner une unité nationale au Brésil constituée par une
unité raciale : le métis brésilien.
/¶DPDOJDPHTXLDVVLPLODLWWRXW$IULFDLQDX\RUXEDVHOon Reis a également été repris dans le
VHQVGHFODVVLILHUHWKLpUDUFKLVHUOHVQRLUV(QSOXVG¶XQHVXSUpPDWLHHQQRPEUHOHV<RUXEDV
G¶DSUqV 1LQD 5RGULJXHV EpQpILFLDLHQW G¶XQH VXSpULRULWp FXOWXUHOOH GX IDLW GH OHXU GLIILFLOH
absorption par les autres traditions africaines. La propre assimilation des Yorubas aux
révoltes des Malês est repris par Rodrigues comme signe de leur supériorité. Ils savaient
résister et donc avaient une culture plus résistante que les autres et plus originale. Les autres
ethnies avaient dû, de par leur facile acceptation de la servilité dissoudre leur culture dans la
culture blanche ou dans les autres traditions africaines dans un syncrétisme effréné. La
tradition de chercheurs en sciences sociales comme Roger Bastide ou Pierre Verger ont repris
cette idée de hiérarchie culturelle et de suprématie de la culture Yoruba.
&DSRQQH GpFULW ELHQFH SURFHVVXV TXL GDWH G¶DSUqVHOOH GX SUHPLHUkJH GHV FRORQLHV
DORUV TXH O¶HVFODYH pWDLW FRQVLGpUp FRPPH XQH PDUFKDQGLVH HW QRQ HQ WDQW TXH citoyen du
PRQGH $ O¶pSRTXH FH W\SH GH VWpUpRW\SHV TX¶HOOH UHWURXYH SDUWLFXOLqUHPHQW FKH] 1LQD
Rodrigues a servi à former une élite noire à partir de la culture yoruba, alors que la culture
Bantou était reléguée à une sous culture peu résistante aux contacts avec les autres cultures et
TXL pWDLW YRXpH j GLVSDUDLWUH 6HV UHVVRUWLVVDQWV HX[ pWDLHQW FRQVLGpUpV G¶XQH LQWHOOLJHQFH HW
G¶XQH ILQHVVH PRLQGUHV TXL OHV DPHQDLHQW QDWXUHOOHPHQW j VHUYLU GDQV OHV FKDPSV SRXU OHV
234 lourds travaux, loin du raffinement de la grande maison du maître. Les Yorubas quant à eux y
pWDLHQW DSSUpFLpV 7RXW FRPPH OHXU FDQGRPEOp .HWR D VX V¶LPSRVHU SOXV YLWH DXSUqV GH OD
classe dirigeante trouvant des protecteurs en son sein.
Le candomblé a donc gardé une acceptation ethnique dans ses références aux « Nations » :
1DWLRQNHWX1DWLRQ-rMHHWF/¶LQIOXHQFHGHVUHFKHUFKHVHQVFLHQFHVVRFLDOHVRQO¶DYXDpWp
déterminante, les chercheurs souvent dans le but de répertorier et sauvegarder la tradition ont
participé à la fixation de limiWHV GH IURQWLqUHV HW SDUIRLV j OHXU KLpUDUFKLVDWLRQ /¶DWWULEXW
HWKQLTXHV¶DVVRFLHGRQFDXFXOWXUHOj6DOYDGRUQRQjODVRFLpWpFLYLOH&HWWHDVVRFLDWLRQHVW
reprise par les blocs carnavalesques comme le Ilê Aiyê par exemple afin de recréer un
spectacle GH O¶HWKQLFLWp SHQGDQW OHV VL[ MRXUV GX FDUQDYDO &HSHQGDQW OHV JURXSHV
carnavalesques, nous O¶Dvons vu, ne gardent pas de références directes aux groupes ethniques
TXLRQWH[LVWpDX%UpVLO/¶HWKQLFLWpFDUQDYDOHVTXHSXLVHGDQVXQLPDJLQDLUHZHVWHUQSRXU les
EORFV G¶LQGLHQV HW GDQV GHV UpIpUHQFHV GLYHUVHV HW YDULpHV SRXU OHV EORFV DIURV PpODQJHDQW
culture africaine à ethnicité globale (Agier, 2000).
6LO¶RQVHUpIqUHPDLQWHQDQWjO¶DVSHFWSROLWLTXHHQUHSUHQDQWOD&RQVWLWXWLRQGH nous
observons que O¶DWWULEXW© ethnique ªQ¶HVWTXHWUqVSHXHPSOR\p,OHVWGLWTXH
« O¶(WDW SURWqJHUD OHV PDQLIHVWDWLRQV GHV FXOWXUHV SRSXODLUHV LQGLJqQHV RX DIURbrésiliennes et des autres groupes participants au processus de civilisation
nationale ».
,OQ¶HVWGRQFSDs question de « groupes ethniques ªHWODSUpRFFXSDWLRQGHO¶XQLWpQDWLRQDOH
est celle qui reste placée en premier chef. Les différents groupes doivent former un tout
cohérant servant la Nation. Le terme de « segments ethniques » apparait à propos de la
« fixation de dates commémoratives de grande signification pour les différents segments
ethniques nationaux ».
Enfin, dans un rajout de 2005, il est question de « valorisation de la diversité ethnique et
régionale » dans le Plan National de la culture pluriannuel visant au développement culturel
GX SD\V HW j O¶LQWpJUDWLRQ GHV SRXYRLUV SXEOLFV. Ce plan national de la culture est très
FHUWDLQHPHQWDVVRFLpjODFUpDWLRQG¶XQ0LQLVWqUHGX7RXULVPHjODPrPHpSRTXHTXLWUDYDLOOH
à la régionalisation du tourisme afin de créer une offre diversifiée de produits. Le but est donc
FODLUHPHQWPDUNHWLQJ,OVHPEOHUDLWTXHO¶HWKQLFLWpDLWSXrWUHDVVRFLpHDX[PrPHVGHVVHLQV
235 ce qui expliquerait la création du segment de tourisme ethnique quelques temps après (en
2007). PoXU OD %DKLDWXUVD O¶DVSHFW PDUNHWLQJ VXVFLWH SOXV GH UpIOH[LRQ TXH OH UHWRXU GH
O¶HWKQLHGDQVOD&RQVWLWXWLRQEUpVLOLHQQHFHODYDVDQVGLUH
,OHVWGpMjSOXVpWRQQDQWTXHOHWHUPHG¶HWKQLFLWpnHIDVVHSDVO¶REMHWG¶XQHGpILQLWLRQGDQVOH
texte constitutLRQQHO /H GLVFRXUV FXOWXUHO Q¶RIIUH SDV QRQ SOXV GH JUDQGH UpIOH[LRQ VXU OH
sujet, mais plutôt une grande fresque vivante. Le terme a été utilisé au fil du temps, pour son
pouvoir de diversité (secteur touristique) et sa capacité classificatoire (chercheurs en sciences
VRFLDOHV ,O HVW pJDOHPHQW XWLOLVp GDQV OH GLVFRXUV WRXULVWLTXH FRPPH IDFWHXU G¶DXWKHQWLFLWp
pour rendre véridique la proposition fictionnelle du circuit touristique.
III-
La globalisation identitaire
A- Le jeu du local et du global
Cuturello & Rinaudo (2002) reprenant Elbaz213 (2000) distinguent quatre dimensions qui
contribuent chacune au processus de globalisation :
« /DPRQGLDOLVDWLRQGHVPDUFKpV« ODPRQGLDOLVDWLRQGHVVLJQHV« ;
la mondialisation idéelle qui représente le néolibéralisPH FRPPH O¶KRUL]RQ
indépassable de la « bonne société », la mondialisation du politique et
O¶pPHUJHQFHG¶XQHJRXYHUQHPHQWDOLWpLQWHUQDWLRQDOH«HWGHQRXYHOOHVIRUPHV
de contestations transnationales » (Cuturello & Rinaudo: 6).
Nous souhaitons planter une analyse de la ville de Salvador en tant que productrice
G¶LGHQWLWpV entre la mondialisation des marchés (markéting urbain), la mondialisation des
signes (identités globales) et DYHF FRPPH RXWLOV O¶XQLILFDWLRQ LGpHOOH HW OD PRQGLDOLVDWLRQ
politique. Les quatre dimensions fonctionnent ensemble, dans un même but.
/¶imagerie institutionnelle en plus de produire des lieux (Pelourinho), des fêtes (carnaval et
IrWHVOLJKWVSURGXLWDXVVLGHVFLUFXLWVWRXULVWLTXHVHWKQLTXHVTXLV¶DSSXLHQWVXUGHVLGHQWLWpV
glREDOHVWHOOHVTXHO¶DIUR-GHVFHQGDQFHHWO¶DXWRFKWRQLHLQGLJqQH
236 En effet, les mécanismes bien huilés de la machine globale ne doivent pas faire oublier la
dimension locale qui sert de terreau fertile pour les logiques globales des pouvoirs publics
participant à la course des villes globales. En allant plus loin, Bourdin (2000 apud Cuturello
& Rinaudo: 6) déclare :
« SDUDGR[DOHPHQW«jO¶KHXUHGHODJOREDOLVDWLRQOHPRQGHGHYLHQWORFDO ».
Cuturello & Rinaudo (p.6) expliquent :
« dans ce nouveau contexte, le retour aux sentiments localistes au moment où ils
seraient plutôt censés disparaitre sous la pression de la mondialisation de
O¶pFRQRPLHGHO¶XQLIRUPDWLVDWLRQGHODFXOWXUHGXGpYHORSSHPHQWGHVWUDQVSRUWV
et de la communication électronique partLFLSH G¶XQ SURFHVVXV TXH 0 +HU]IHOG
(2000) a bien nommé « ODJOREDOLVDWLRQGHO¶KpWpURJpQpLWpORFDOH » et qui a donné
lieu au terme de « glocalisation » (Robertson, 1992) pour rendre comte du fait
que les mouvements identitaires localisés se multiplient alors même que le monde
se globalise », (Cuturello & Rinaudo: 6).
Pourquoi cette multiplication du local " 3RXU FHUWDLQV FRPPH &DVWHOO F¶HVW XQ VLJQH GH
contestation populaire, un sursaut antimondialiste SRXU G¶DXWUHV FHOD FRUUHVSRQG j GHV
stratégies markéting des municipalités qui permettent dans le contexte de mondialisation et
G¶XQLIRUPDWLVDWLRQFXOWXUHOOH :
« GH VH GpPDUTXHU OHV XQHV GHV DXWUHV G¶DWWLUHU SOXV GH YLVLWHXUV SOXV
G¶HQWUHSULVHV SOXV G¶KDELWDQWV SOXV GH FDSLWDX[ HW GH VH FRQVWUXLUH Fomme des
« villes globales ª RX GX PRLQV FRPPH GHV OLHX[ GH GHVWLQDWLRQ G¶DXWDQW PLHX[
FRQQHFWpHV DX UHVWH GX PRQGH TX¶HOOHV RQW © quelque chose de plus », une
« âme », une « identité propre » à proposer » (ibid, p.7-8).
Ces dynamiques institutionnelles, nous le verrons dans une étude de cas de Salvador et de
Nice, produisent une instrumentalisation de la culture locale qui peut donner lieu ou non à
des mouvements de contestation : Oui, dans le cas de Nice où à la fois des groupes
conservateurs revendiquent une culture locale sans signe de mondialisation et des groupes
DOWHUQDWLIVSURSRVHQWG¶DXWUHVFDUQDYDOVVXUODEDVHGHFROOHFWLIVGHTXDUWLHU ; Non, dans le cas
213
ELBAZ, M., « /¶LQHVWLPDEOHOLHQFLYLTXHGDQVODVRFLpWpPRQGH », in M. Elbaz et D. Helly
237 GH 6DOYDGRU R WRXWH FULWLTXH HVW DVVLPLOpH j GH O¶DQWLSDWULRWLVPH HW R OHV JURXSHV
conservateurs pauvres dans le cas des barraqueiros ne reçoivent aucun appui et souffrent à
cause des mesures globales prises par les pouvoirs publics pour « emballer le produit
carnaval ».
Dans un effet de réciprocité, les références doivent être prises dans le local tout en étant
facilement compréhensibles par les touristes. Pour cela, elles empruntent les motifs des
catégories ethniques globales et gardent le local à peine comme coloration ou décoration. Les
PRWLIV VRQW GpMj SUppWDEOLV &¶HVW GRQF j WUDYHUV O¶XQLIRUPLVDWLRQ TXH O¶RQ DWWHLQW OHV
références globales qui seront vendues aux touristes. Nous comprenons mieux maintenant
pourquoi le barraqueiroVLPSOHSLRQVXUO¶pFKLTXLHUWRXULVWLTXHGRLWVHIRQGUHGDQVOHGpFRUj
partir des exigences globales de standardisationDXULVTXHG¶rWUHWRWDOHPHQWpYLQFpGXMHXV¶LO
ne se plie pas à la dimension idéelle de la globalisation.
1) La ville de Nice214 (Cuturello & Rinaudo )
Nous travaillons jSDUWLUG¶XQUDSSRUWGH&XWXUHOOR5LQDXGRVXUODYLOOHGH1LFHHWVD« mise
en image » ou son « markéting urbain », selon les appellations. Nous proposons une lecture
croisée entre la ville de Nice (en tant que pionnière en matière de markéting touristique) et
Salvador.
a) /¶LGpHSOXW{WTXHOHUpHO
Cuturello & Rinaudo font remarquer que Nice est une des pionnières en matière de marketing
XUEDLQ FDU HOOH V¶HVW SUpRFFXSpH WUqV W{W GH GLIIXVHU XQH LPDJH DWWUD\DQWH FRPSWDQW GqV OH
XIXème siècle sur le tourisme pour développer son économie. Cette image doit être :
« positive, attrayante, mobilisatrice. Elle doit faire sens auprès des publics extérieurs
au territoire, et ce de la façon la plus large qui soit » (p.31).
(GV0RQGLDOLVDWLRQFLWR\HQQHWpHWPXOWLFXOWXUDOLVPH3DULV/¶+DUODWWDQ 214
CUTURELLO Paul, RINAUDO, Christian, Mise en image et critique de la « Côte
G¶$]XU ª 0RGHV G¶DUWLFXODWLRQ GX © local » et du « global » dans les reformulations
G¶LGHQWLWpV XUEDLQHV 5DSSRUW ILQDO GX 3URJUDPPH G¶$FWLRQ FRQFHUWpHLQFLWDWLYH 9LOOH « La ville : enjeux de société et questions scientifiques », recherche effectuée pour le compte
du Ministère de la recherche Programme Ville, 2002. Université de Nice-Sofia Antipolis,
URMIS-SOLIIS-CNRS 7032. 238 (Q G¶DXWUHV WHUPHV HOOH QH GRLW SDV rWUH WURS © locale » au risque de ne rien évoquer au
potentiel touriste et ainsi de perdre un client. La ville de Nice qui distingue sur le site de la
YLOOHSRUWDLORIILFLHOGHO¶LGHQWLWpPXQLFLSDOHFHTX¶HOOHHVW et FHTX¶HOOHHVWDXVVL.
Elle est une :
« terre de tourisme, de culture, de loisirs »
et elle est aussi :
« WHUUHG¶LGpH GHO¶LQQRYDWLRQGHODUHFKHUFKHGHVpFKDQJHV« » (www.ville-nice.fr
apud Cuturello & Rinaudo: 34).
Augé215 (1997) fait remarquer que dans les Parcs de diversion, « Center Park », ce qui
FRPSWH F¶HVW O¶LGpH SOXW{W TXH OH UpHO /H UpHO ULVTXH GH GpFHYRLU O¶LGpH SUpFRQoXH TXL
représente les attentes. Or, cela est à éviter à tout prix. On ne peut décevoir les attentes du
touriste. Dans son étude sur les lieux de loisir Augé ajoute :
« O¶LGpH F¶pWDLW OH © paradis aquatique tropical », un lagon de céramique
peu profond, où chacun trouvait sa place et pouvait barboter en toute sécurité
« » (p.52-53).
&HWWHLGpH GX 3DUDGLV WURSLFDO DYDLWO¶DYDQWDJH GH JRPPHU OHV SRVVLEOHV GpVDJUpPHQWV G¶XQ
YpULWDEOHYR\DJHVXUXQHvOHWURSLFDOH«&¶HVWXQHFRQVWUXFWLRQD\DQW FRPPHSRLQWG¶RUJXHGH
correspondre aux attentes et aux clichés des visiteurs. Le réel aurait dû inclure un climat
difficile, des insectes dérangeants, etc. 5LHQTXLQ¶LQWpUHVVHOHWRXULVWH
Les images marchandes de Nice ou Salvador devront-elles prendre HQFRPSWHO¶LGpHTXHOH
WRXULVWHVHIDLWGXOLHXSOXW{WTXHFHTXLV¶\SDVVHUpHOOHPHQW ?
b) Les articulations du local et du global
Cuturello & Rinaudo, dans leur conclusion sur « La mise en image et en critique de la Côte
G¶$]XU » (2002) distinguent « trois modalités de production identitaire qui correspondent à
GHV ORJLTXHV GLVWLQFWHV G¶DUWLFXODWLRQ GX © global » et du « local » : 1/ une logique de
protection du « local » contre le « global », 2/ une logique visant à faire du « local » un
produit culturel mondialisé HW XQH ORJLTXH TXL GDQV OD OLJQpH GX PRW G¶RUGUH © Think
globaly, act localy » consiste à concevoir le « local ª FRPPH XQ WHUUDLQ G¶DFWLRQV HW GH
239 revendications dont la portée et les enjeux se veulent être « globaux » (p.139). Ils terminent
en disant que, dans les faits, ces différentes logiques sont en interrelations.
,OVGRQQHQWO¶H[HPSOHGHO¶DLJOHTXLHVWO¶HPEOqPHRIILFLHOGXFDUQDYDOGH1LFHFHOXLTXLHVW
orchestré par les pouvoirs publics pour les touristes. Une frange de la population niçoise se
sent lésée par les politiques publiques tournées vers le profit touristique et créé un contre
blason, la chauve-souris qui dans le carnaval a joué le rôle de blason nissart, celui du petit
peuple local. Dans ce cas, la chauve-souris ne prenGGHVHQVTXHGDQVVRQRSSRVLWLRQjO¶DLJOH
HW UHVWH GRQFLQWULQVqTXHPHQW OLpj FH TX¶HOOHFRQWHVWH (OOH pWDEOLW XQH UHODWLRQ VpPDQWLTXH
DYHFOHV\PEROHTX¶HOOHUHMHWWH/¶DLJOHHQWDQWTXHV\PEROHGHODFXOWXUHRIILFLHOOHV¶LQVFULW
dans la deuxième logique citée ci-GHVVXV TXL FKHUFKH j IDLUH G¶XQ pOpPHQW © local », ici le
carnaval de Nice, un produit culturel mondialisé. La chauve-souris quand à elle représente le
premier cas de figure, à savoir la protection du « local » contre le « global ». Enfin, la
WURLVLqPHORJLTXHQ¶HVWSDVDEVHQWHSXLVTX¶HOOHVHUHWURXYHGDQVOHJURXSH© les francs tireurs
GHO¶LGHQWLWpORFDOH », un groupe carnavalesque alternatif qui regroupe des artistes qui ne sont
pas forcément niçois mais qui puisent dans le folklore local comme support de création, qui
se trouve dans cet entre-deux du « Think globaly, act localy ».
Voyons à partir de ces quelques considérations sur Nice comment se passe les échanges entre
le local et le global à Salvador.
2) La ville de Salvador
Salvador fait O¶REMHW G¶XQ SODQ GH PDUNpWLQJ XUEDLQ GRQW OHV OLJQHV GLUHFWULFHV GRLYHQW
FRQVWLWXHU O¶LPDJH RIILFLHOOH GH OD YLOOH 'DQV FH 3ODQ VWUDWpJLTXH 'LDV GLVWLQJXH WURLV
divisions : « la ville marchandise », « la ville entreprise », et « la ville patrie ». Nous
reprendrons chacune de ces divisions pour comprendre sur quoi repose « la mise en vente de
la ville » (Hall216 apud Siqueira Dias : 38) et quels sont les desseins des pouvoirs publics en
matière de production identitaire.
a) La ville marchandise
4X¶HVWFHTXL se vend ORUVTXHO¶RQ vend une ville, demande Siqueira Dias ?
215
Augé, Marc, /¶LPSRVVLEOHYR\DJH/HWRXULVPHHWVHVLPDJHV(GLWLRQV3D\RWHW5LYDJHV
Petite bibliothèque, 1997, pp. 187. 216
HALL, Peter. A cidade empreendimento. In: Cidades do Amanhã. São Paulo: Editora
Perspectiva, [1993], p. 412. 240 -H FRPPHQFHUDL SDU O¶pOpPHQW TXL D UHWHQX QRWUH DWWHQWLRQ MXVTX¶j SUpVHQW OH FDUQDYDO 'H
IDLW 6DOYDGRU j O¶LPDJH GH 1LFH D FRPPH pOpPHQW SULQFLSDO GH VRQ PDUNHWLQJ WRXULVWLTXH
O¶LPDJHIHVtive du carnaval. Celui-ci se transforme en produit qui doit être lapidé comme un
diamant brut en respectant les normes internationales le transformant en un événement
JOREDO &¶HVW GDQV FH SURFHVVXV GH JOREDOLVDWLRQ TXH OHV ORJLTXHV GH VWDQGDUGLVDWLRQ HW
G¶XQLIRUPLVDWLRQV¶DEDWWHQWVDQVSLWLpVXUOHVPDUFKDQGVGHUXH
Mais Salvador mise également sur ses richesses passées pour alimenter les coffres dans le
SUpVHQW(OOHFUpHDLQVLXQFHQWUHKLVWRULTXHTXLFRUUHVSRQGDXF°XUGHO¶DQFLHQFHQWUHYLOOH
dans noWUHDQDO\VHGHO¶HVSDFHXUEDLQOH3HORXULQKR/HSDWULPRLQHKLVWRULTXHHWDUFKLWHFWXUDO
de la vieille ville coloniale est mis en valeur à partir de la restauration de quelques pâtés de
maison, constitués en un centre commercial à ciel ouvert. Les rues tortueuses accumulent les
boutiques de souvenirs et le soir venu les concerts agitent les différentes places donnant à
HQWHQGUHOHVVW\OHVFDUQDYDOHVTXHVDVVRFLpVjO¶LPDJHQRLUHGH6DOYDGRUDYHF2ORGXPRXGHV
groupes afro moins connus.
(QILQO¶pOpPHQWSHXWêtre le plus important de cette marchandisation de la culture locale, est
O¶HWKQLFLVDWLRQ GH OD VRFLpWp EDKLDQDLVH TXL UHSUHQG JURVVLqUHPHQW OHV VWpUpRW\SHV OLpV j OD
FRORQLVDWLRQGXQRLUSDUHVVHX[HWIHVWLIHWGHO¶LQGLHQSURFKHGHODVDXYDJHULHYLYDQWGans un
PRQGHSURFKHGXMDUGLQG¶(GHQDYDQWOHSpFKpRULJLQHO,OV¶DJLWGXPDUNHWLQJLGHQWLWDLUHRX
ethnique. Il donne lieu aux circuits touristiques ethniques que nous aborderons plus en détail
SDU OD VXLWH &¶HVW OD PLVHHQ VSHFWDFOH GH OD SDXYUHWp HW de ses modes de faire, traduits en
« paresse » et « musicalité ». Dans le cas de Salvador, nous retrouvons donc la construction
de la ville festive et aussi de la ville historique et ethnique. Le volet de la modernité et des
techniques est laissé aux villes du Sud.
b) Ville entreprise
La ville entreprise est celle des résultats. Dias fait remarquer que le Pelourinho gagne
O¶HQTXrWH © Top of Mind », un sondage sur les produits les mieux mémorisés par les
consommateurs, preuve que le markéting urbain donne des UpVXOWDWV«
Les comptes-rendus de la BAHIATURSA puis de la SALTUR, les deux responsables
VXFFHVVLIV GH O¶RUJDQLVDWLRQ GX FDUQDYDO VHUYHQW j UHQGUH TXHOTXHV FRPSWHV PDLV VXUWRXW j
241 DPpOLRUHU HW FRQWU{OHU OHV UpVXOWDWV G¶XQH DQQpH VXU O¶DXWUH -H FLWDLV GDQV un article217 les
chiffres du compte-rendu du carnaval, (Emtursa, 2003) :
« Le développement touristique autour des fêtes et spécialement du
FDUQDYDOHVWXQHUpXVVLWH/HVFKLIIUHVGRQQpVSDUO¶2IILFHGXWRXULVPHGHODYLOOH
coorganisateur avec la mairie des festivités sont éloquents : deux millions deux
cents mille personnes dans les rues par jour, onze kilomètres de circuits
carnavalesques pour les quartiers les plus centraux et trente mille mètres carré
de terrain occupés dans les quartiers périphériques. Une industrie culturelle a vu
OHMRXUDXWRXUGHODSURPRWLRQG¶DUWLVWHVRXGHVW\OHVPXVLFDX[FDUQDYDOHVTXHVj
OD PRGH 6DOYDGRU DFTXLHUW DLQVL OD UpSXWDWLRQ G¶XQH YLOOH IHVWLYH HW DWWLUH GHV
touristes brésiliens et étrangers, son carnaval rivalise désormais avec celui de
Rio de Janeiro. Durant le carnaval, la ville devient une scène pour plus de huit
mille neuf cent artistes, des plus fameux aux moins connus ».
Nous pouvons nous demander cependant ce que gagnent les populations marquées par
O¶HWKQLFLWp touristique ? Si les résultats ne se chiffrent pas en progrès économique pour les
populations pauvres, ni en conditions de travail car le secteur du tourisme tend à les rendre
SUpFDLUHVO¶DQWKURSRORJXH0LOWRQ0RXUD 218 (1998, ibid Dias : 50) fait remarquer que pour le
PRLQVOHVUpVXOWDWVPDUTXHQWXQHQHWWHDPpOLRUDWLRQHQPDWLqUHG¶DXWR-estime. Je cite :
« &H TXL VH PHW VXU O¶pWDO GH OD EDLDQD F¶HVW OD UHSUpVHQWDWLRQ G¶XQH YLOOH HQ
tant que tentative excitante de vie conjointe entre ethnies ».
Une mise en scène de la bonne entente et de la bonne humeur, soit une commercialisation des
identités ethniques basée sur la culture noire de la fête et de la magie, une culture blanche
SDWULPRQLDOHHWKLVWRULTXHHWXQHFXOWXUHLQGLJqQHGHO¶DXWKHQWLFLWpHWGHO¶KDUPonie avec la
QDWXUH 1RXV DYRQV LPSURYLVp FHWWH GHUQLqUH SDUWLH VXU OD FXOWXUH LQGLJqQH TXL Q¶HVW SDV
SUpVHQWHGDQVOHFDUQDYDOPDLVTXLO¶HVWGDQVOHWRXULVPHHWKQLTXH'HIDLWHQSLRFKDQWGDQV
OH UpSHUWRLUH JOREDO GH O¶DXWRFKWRQLH QRXV DYRQV SHX GH FKDnce de nous tromper ! Nous
UHWURXYRQVLFLO¶LGpHG¶$XJpTXLIDLWTXHO¶RQQHGRLWSDVGpFHYRLUOHWRXULVWHHWWRXWPHWWUHHQ
217
´2FHQWURGDFLGDGHSRUIDYRU"´8PDDQiOLVHGRVFRQFHLWRVGH©FHQWURªH©SHULIHULDª
do carnaval de Salvador no contexto da globalização. ³7UDEDOKRDSUHVHQWDGRQD5HXQLmR
Brasileira de Antropologia, realizada entre os dias 01 e 04 de agosto de 2010, Belém, Pará,
%UDVLO´ 218
MOURA, Milton, Quem quer comprar a cara dessa cidade? Bahia Analises e dados, v.8,
n°1, Salvador: SEI. 242 oeuvre pour répondre à ses attentes, soit
ses idées préconçues, qui sont elles-mêmes
FRQVWLWXpVG¶LPDJHVJOREDOHVjO¶pJDUGGHO¶Dutre.
c) Ville patrie
'LDVGpQRQFHOHIDLWTXHSHUVRQQHQHSHXWV¶RSSRVHUjO¶LPDJHHWKQLTXHHWFRPPHUFLDOHGH
6DOYDGRU VRXV SHLQH G¶rWUH WD[p G¶DQWL-patriote. Cette ville patriote fait partie de toutes les
politiques. Antonio Carlos Magalhães utilisait dans ses campagnes « O¶RUJXHLO G¶rWUH
bahianais ». De façon courante, il se dit « le bahianais ne naît pas, il fait sa première ».
$XWDQW G¶DWWDFKH j XQH UKpWRULTXH SDWULRWLTXH TXL QH ODLVVH SODFH QL j OD UpIOH[LRQ QL j OD
FRQWHVWDWLRQHQPDWLqUHG¶LGHQWLWpRX même de marchandisation de la société locale. Ainsi, on
ne parle pas de racisme, de citoyenneté, de favela, etc. mais de carnaval, de fête et de joie de
vivre_ autant dans le discours tenu au touriste, que dans le GLVFRXUVTXHO¶RQVHWLHQWjVRLmême.
AX VXMHW GH FHWWH LPSRVVLELOLWp GpPRFUDWLTXH G¶RSSRVLWLRQ RX GH FRQWHVWDWLRQ M¶DLPHUDLV
UHYHQLU VXU OH VORJDQ PXQLFLSDO TXL SRXUUDLW SRUWHU j FRQIXVLRQ« Le Maire sortant João
Durval, élu à deux reprises, a dès le début de sa prise de poste à la Mairie donné un nouvel air
traduit par un slogan, « Salvador, mairie de participation populaire ». Slogan qui viendrait
justement contredire mes propos quant à la non prisHHQFRPSWHGHO¶RSLQLRQ4XHO¶RQQHV¶\
WURPSH SDV LO V¶DJLW HQ IDLW G¶XQH UpIpUHQFH GLUHFWH j O¶LPDJH FRPPHUFLDOH GX SHXSOH
EDKLDQDLV MR\HX[ HW SDUWLFLSDWLI GH FHWWH IrWH RUFKHVWUpH SOXW{W TX¶XQH UpIpUHQFH j XQH
ouverture démocratique.
Ce slogan fait partie du Plan markéting. A Bahia, la notion de participation populaire renvoie
directement au patriotisme F¶HVWODSDUWLFLSDWLRQGHWRXVOHVEDKLDQDLVjODILFWLRQGXSDXYUH
SDUHVVHX[HWMR\HX[&¶HVWODJDUDQWLHGHUHQGUHOHSUpMXJpWRXMRXUVYLYDFHGXIDLWGXUHODLVXU
OH WHUUDLQ GH WRXWH OD FRPPXQDXWp &¶HVW O¶LPDJH TXL GRLW rWUH IRXUQLH DX WRXriste qui a
WUDYDLOOp WRXWH O¶DQQpH HW TXL YLHQW FKHUFKHU VXIILVDPPHQW G¶H[RWLVPH HW GH OpJqUHWp SRXU
VXSSRUWHU VRQ IDUGHDX TXRWLGLHQ &¶HVW OH VSHFWDFOH GH OD SDUHVVH HW GH OD MRLH TXL HVW
particulièrement associée à la population noire qui cautionne un tel slogan municipal.
&XWXUHOOR 5LQDXGR SRLQWHQW OH ODEHO GH 1LFH &{WH G¶$]XU FRPPH SRLQW G¶RUJXH GH OD
FRPPHUFLDOLVDWLRQ GH OD YLOOH /DEHO TXL HVW DXMRXUG¶KXL ORXUGHPHQW UHPLV HQ FDXVH SDU OHV
groupes contestataires niçois qui voient en lui le symbole de dépossession du petit peuple
243 niçois. Dans le cas de Salvador le slogan « populaire » joue le rôle de porte-bannière
populaire.
(QILQGDQVOHPrPHRUGUHG¶LGpHODFULWLTXHGXWRXULVPHFRPPHpFRQRPLHQHSHXWSDVDYRLU
OLHXSXLVTX¶LOHVWSODFpSDUOHVdiscours de ses agents et par les politiques locales et globales
comme étant la réponse à la crise, formant ainsi un consensus à son sujet. Le tourisme est
FHQVpJpUHUEHDXFRXSG¶HPSORLVHWVRUWLUOHVSHWLWHVJHQVGXFK{PDJH
En réalité, sur le terrain, le tourisme se fait très excluant car aucune tâche ne doit venir
brouiller le scénario « idéel », il est au contraire toujours présenté dans les discours de
manière positive. Les politiques de capitalisme sauvage qui lui sont associées suppriment les
services sociaux et favorisent la précarisation des emplois. Le déficit des gouvernements
locaux ne sont jamais mis en avant. La faute est mise sur la gestion publique locale passagère
SXLVTX¶XQ PDQGDW VH VXFFqGH j O¶DXWUH /HV SROLWLTXHV JOREDOHV TXL °XYUHQW Hlles dans la
GXUpH HW DX[TXHOOHV OHV SROLWLTXHV GRLYHQW REpLU DYHXJOpPHQW VRQW WHQXHV j O¶pFDUW GH WRXWH
contestation.
Dans ce scénario de markéting urbain, les villes sont concurrentes. Dias rappelle que la Maire
des années 1990 ; Lidice da Matta dont nous avons déjà parlé à propos des lois de
standardisation des barraqueiros a été celle qui a précipité Salvador dans cette course au
PDUNpWLQJXUEDLQGDQVOHEXWG¶DFFpGHUDXPDUFKpLQWHUQDWLRQDOGHVYLOOHVJOREDOHV(OOHDYDLW
initié la « guerre des lieux » entre le carnaval de Salvador et celui de Rio de Janeiro dans sa
FDPSDJQH PDUNpWLQJ 'LDV IDLW UHPDUTXHU TXH O¶REWHQWLRQ GHV -HX[ 2O\PSLTXHV DYDLW pWp
décisive pour Barcelone pour sa promotion et sa propulsion en tant que ville globale et
G¶DSUqVOXLHQFRUH6DOYDGRUV¶HQHVWVHUYLGHPRGqOHSRXUPRQWHUVRQ3ODQ6WUDWpJLTXH /H
résultat a été dans le même sens car Salvador est une des capitales brésiliennes à recevoir les
Jeux Olympiques et la Coupe du Monde, même si à ce jeu-là, Rio a remporté la bataillH«
Salvador jongle donc ente les références locales et les références globales pour se créer à la
IRLV XQH LGHQWLWp HW XQH FRPSpWLWLYLWp /D GLIIpUHQFH DYHF 1LFH HVW TXH 6DOYDGRU Q¶D SDV GH
groupe contestataire qui prend la parole sous forme spectaculaire pendant le carnaval pour
critiquer la production idéelle des pouvoirs publics concernant la mise en scène des rapports
raciaux ou ethniques.
244 d) &RQFOXVLRQVVXUOHVORJLTXHVG¶DUWLFXODWLRQVGX© local » et du « global » à Salvador
Pour en revenir à la clasVLILFDWLRQGHVWURLVSRUWHVG¶HQWUpHGX© local » et du « global », que
pouvons-nous dire de Salvador ? Reprenons, 1- la fabrication de produits commercialisables
HWFUpDQWGHIRUWVLPSDFWVGDQVO¶LPDJLQDLUHWRXULVWLTXH'DQVOHFDGUHGH6DOYDGRUQRXVDYRQs
les produits : Pelourinho, carnaval, identités ethnique; 2- /D PLVH HQ YHQWH G¶XQH LGHQWLWp
officielle ou idéelle à travers le marketing urbain de Salvador avec une image du peuple
bahianais souriant et paresseux et une compétitivité en matière de carnaval ; 3- La
contestation contenue dans la troisième logique est étouffée par la manipulation identitaire de
la population qui doit incarner la fiction markéting de « paresse », « joie », « fête », sous
SHLQHGHFULPHG¶DQWLSDWULRWLVPH ; au nom du capitalisme salvateur et triomphant.
Dans ces conditions, nous voyons que la logique dominante est celle qui vise à faire du
« local » un produit culturel mondialisé comme dans le cas de Nice. La logique de protection
du « local » contre le « global » (incarnée à Nice par un contre blason conservateur) qui
SRXUUDLW DYRLU OLHX DXWRXU GH OD UHYLWDOLVDWLRQ GHV IrWHV SRSXODLUHV Q¶D SDV OLHX /D ORJLTXH
contestataire « glocale ª HVW DEVHQWH DXVVL 6HXOH OD ORJLTXH JOREDOH VRXWHQXH SDU O¶DVSHFW
patriotique prend le dessus.
(QILQ VL O¶RQ SHQVH O¶RSWLRQ © Think globaly, act localy ª TXL D SX rWUH j O¶RULJLQH GH OD
création de certains groupes carnavalesques comme le Ilê Aiyê mêlant identités locales à des
LPDJHULHVJOREDOHVHOOHDpWpUpFXSpUpHHWLQWpJUpHDXF°XUGXSDnthéon identitaire officiel
participant du markéting urbain. Cette production toujours vive est donc le terreau fertile dont
se nourrissent les organes officiels lui ôtant par là même son caractère contestataire ou
subversif. Les pouvoirs publics bahianais SUpIqUHQWO¶DVVLPLODWLRQjODIRUFHFRQWHVWDWDLUHTXL
UHSUpVHQWHXQHPHQDFHjO¶RUGUHpWDEOLQRWDPPHQWORUVTX¶LOV¶DJLWGHFXOWXUHQRLUH
B- Le tourisme
Nous reprenons maintenant la construction idéelle du tourisme ethnique de Salvador à partir
de 1) une SHWLWHKLVWRLUHGHVDPDVVLILFDWLRQHWGHO¶LQVWDOODWLRQG¶XQWRXULVPHHWKQLTXHj
Bahia.
245 1) Histoire du tourisme
/HWHUPHWRXULVPHDSSDUDvWDX;,;qPHVLqFOH'¶DSUqV&RXVLQ5pDX 219 (2009), il apparait
pour la première fois sous la plume de Stendhal dans « 0pPRLUH G¶XQ WRXULVWH » (1938).
&XWXUHOOR5LQDXGRDMRXWHQWTXHOHWHUPHYLHQWGHO¶DQJODLVFDULOVHUpIqUHjXQHSUDWLTXH
« The Tour », « XQYR\DJHGpVLQWpUHVVpHWpGXFDWLIjWUDYHUVO¶(XURSHHVVHQWLHOOHPHQWO¶,WDOLH
la France et la Suisse, que FKDTXHMHXQH$QJODLVGHERQQHIDPLOOHVHGHYDLWG¶HIIHFWXHUSRXU
parfaire son éducation (Boyer, 2000, apud Cuturello & Rinaudo 2002 :15). De là vient
O¶RULJLQHGXWHUPHWRXULVPH
2) Massification du tourisme
/¶pOLWLVPH TXL FDUDFWpULVH FHWWH SUDWLTXH HVW DEDQGRQQpH DORUV TX¶HOOH VH UpSDQG GH SDU OH
PRQGHHWO¶RQREVHUYHO¶DSSDULWLRQG¶XQWRXULVPHGHPDVVHTXH&XWXUHOOR5LQDXGRGDWHQW
aux années 1970 pour Nice et que Dias220 (2002) date aux années 1990 pour Salvador, le
tourisme prenant un rôle central dans l¶pFRQRPLHUpJLRQDOH%DKLDHWQDWLRQDOH%UpVLO&H
GHUQLHU IDLW UHPDUTXHU TXH OH WRXULVPH V¶LQVFULW GDQV XQ VFpQDULR GH FULVH pFRQRPLTXH DX
%UpVLOHWTX¶LOSUHQGG¶HPEOpHOHU{OHGHUpSRQVHDX[SUREOqPHVVWUXFWXUHOV/HVFKLIIUHVTX¶LO
IRXUQLWGHO¶207221 VRQWSDUODQWVSXLVTX¶LOVDIILFKHQWXQHPXOWLSOLFDWLRQSDUGL[HQWUHHW
UHQIRUoDQWO¶LGpHTXHFHWWHpFRQRPLHHVWSXLVVDQWHHWFDSDEOHGHVRUWLUQ¶LPSRUWHTXHOOH
économie de la crise. Il faut néanmoins relativiser ces chiffres à sensation et rappeler comme
OHIRQW&RXVLQ5pDXTXHO¶207VHEDVHVXUXQHGpILQLWLRQGXWRXULVPHTXL :
« désigne toutes les mobilités, quelles que soient les motivations _
professionnelles, familiales, médicale ou de loisirs ».
Ils ajoutent :
« en annonçant 903 mLOOLRQVG¶DUULYpHVLQWHUQDWLRQDOHVHQ81:72
FHWWH DSSURFKH FRPSWDEOH FHQWUpH VXU O¶XVDJH GHV WUDQVSRUWV
219
COUSIN, Saskia et REAU Bertrand, « Tourisme. Une histoire de pouvoir »,
Espacestemps.net,
Mensuelles,
29.07.2009.
Article
publié
sur
le
site :
http://espacestemps.net/document7890.html 220
DIAS, Climaco, Cesar, Siqueira, Carnaval de Salvador : mercantilização e produção de
espaços desegregação, exclusão e conflito, Dissertação de Mestrado, Curso de PosGraduação em Geografia, Instituto de Geociencias, Universidade Federale da Bahia, 2002.
Orientadora : Profesora Dra. Maria Auxiliadora da Silva. 221
Organisation Mondiale du Tourisme 246 internationaux permet de présenter le tourisme comme la première industrie du
monde » (p.2).
(QG¶DXWUHVWHUPHV :
« pour les statistiques LQWHUQDWLRQDOHVO¶KRPPHG¶DIIDLUHHVWXQWRXULVWH » (ibid).
Toutefois, bien que les chiffres soient à manier avec attention, il est indéniable que le
WRXULVPH FRQQDLW GHSXLV XQH TXDUDQWDLQH G¶DQQpHV XQH H[SDQVLRQ LQFUR\DEOH TXL VH WUDGXLW
aussi par une diversification des produits et des destinations dans une hyper valorisation de la
« mobilité des loisirs ».
« Tous les Occidentaux connaissent cette pratique devenue en 150 ans un élément
constitutif de la vie sociale, une pratique culturelle, au sens anthropologique du
terme » (ibid).
3) Le tourisme ethnique
Pourtant, comme Augé (1997 :14) le demande :
« Quel plaisir pourrions-QRXVSUHQGUHDXMRXUG¶KXLDXVSHFWDFOHVWpUpRW\SpG¶XQ
monde globalisé et en grande partie misérable ? »
Comme le font remarquer &XWXUHOOR5LQDXGRYR\DJHUF¶HVWDFFHSWHUXQVFpQDULRILFWLRQQHO
EDVpVXUO¶DXWKHQWLFLWpTXLSHXWVHGpFOLQHUHQHWKQLFLWp/¶DXWKHQWLFLWpUHSRVHVXUOHVLGpHV
préconçues et les images globales. Dans ce scénario, le tourisme se complait à gommer la
misère, il ne reste donc que « OHVSHFWDFOHVWpUpRW\SpG¶XQPRQGHJOREDOLVp ».
Augé ne remet pas en cause la nécessité de voyager mais cela doit se faire en dehors des
griffes des
« DJHQFHVTXLTXDGULOOHQWODWHUUHTXLO¶RQWGLYLVpHHQSDUFRXUVHQVpMRXUV«
[ et qui] sont les premières responsables de la mise en fiction, de sa
GpUpDOLVDWLRQG¶DSSDUHQFHBHQUpDOLWpGHODFRQYHUVLRQVGHVXQVHQVSHFWDWHXUV
et des autres en spectacle » (p.14).
A Bahia, ce spectacle est celui qui retient toutes les attentions depuis le début de la colonie :
celui des 3 races fondatrices du Brésil. Voyons en détail ce qui se passe avec un nouveau
volet touristique ethnique qui existe de par le monde des anciennes colonies et qui met en
247 scène soit des origines perdues pour les afro-descendants déracinés, soit un retour à la nature
primitive pour des citoyens dénaturés.
C- Le tourisme ethnique à Bahia
Le tableau des minorités ethniques reconnues par la Constitution de 1988 222 sert de modèle
au développement touristique alors que O¶DQFLHQ PRGqOH GH OD 'pPRFUDWLH UDFLDOH VHUW GH
repère aux populations pauvres et informelles. Ainsi, nous pouvons trouver dans les circuits
touristiques proposés par la Bahiatursa223 des circuits ethniques se déclinant en : circuit
« etnico-afro », circuit « etnico-indigeno » chacun avec des contenus spécifiques donnant une
image différente de celle étudiée au travers des travailleurs de rue. Une image redorée pour
séduire les touristes. A travers de la présentation de la Bahiatursa sur son site internet 224, nous
allons présenter les circuits touristiques ethniques, nés en 2007. Afin, de contextualiser ce
nouveau « segment ªWRXULVWLTXHMHUHYLHQGUDLVXUO¶pYROXWLRQTXL\PqQH
222
Extraits de la Constitution Brésilienne de 1988 faisant part des différents segments
FXOWXUHOV HWKQLTXHV UHFRQQXV HW SURWpJpV SDU O¶(WDW %UpVLOLHQ Section I I ± de la Culture,
Article 215. « /¶(WDW JDUDQWLUD j WRXV OH SOHLQ H[HUFLFH GHV GURLWV FXOWXUHOV HW DFFqV DX[
sources de la culture nationale et appuiera les initiatives et la valorisation et diffusion des
manifestations culturelles. Paragraphe 1. /¶(WDW SURWqJHUD OHV PDQLIHVWDWLRns des cultures
populaires indigènes ou afro-brésiliennes et des autres groupes participants au processus de
civilisation nationale. Paragraphe 2. La loi disposera de fixation de dates commémoratives
de grandes significations pour les différents segments ethniques nationaux. Article 216.
Constituent le patrimoine culturel brésilien, les biens de nature matériels et immatériels, pris
LQGLYLGXHOOHPHQW RX HQ JURXSHV SRUWHXUV GH UpIpUHQFHj O¶LGHQWLWpj O¶DFWLRQ j OD PpPRLUH
des différents groupes formateurs GHODVRFLpWpEUpVLOLHQQHGDQVOHVTXHOVV¶LQFOXHQW : I- Les
IRUPHVG¶H[SUHVVLRQ ; II- Les modes de créer, faire et vivre ; III- Les créations scientifiques,
artistiques, technologiques ; IV- /HV°XYUHVREMHWVGRFXPHQWVpGLILFDWLRQHWDXWUHVHVSDFHV
destinés à des manifestations artistico-culturelles ; V- Les complexes urbains et sites de
valeur historique paysagistes, artistiques, archéologiques, paléontologiques, écologiques et
VFLHQWLILTXHV « 6HURQW FODVVpV WRXV OHV GRFXPHQWV HW VLWHV GpWHQWHXUV Ges réminiscences
historiques des anciens quilombos. 223
Bahiatursa _ entreprise de tourisme de Bahia_ liée au Secrétariat du Tourisme,
responsable de la divulgation et la promotion du tourisme de Bahia dans et hors frontière du
Brésil. 224
Informations retirées le 13/02/2010. 248 '¶DSUqV OD %DKLDWXUVD225, alors que la crise de 2008 fait reculer le nombre de touristes, le
PDUFKp GHV WRXULVWHV QRLUV DPpULFDLQV IOHXULW 3RXU FDXVH O¶LQVFULSWLRQ DX 3DWULPRLQH
LPPDWpULHO GH O¶KXPDQLWp226 de manifestations de la culture noire de Bahia227, sorte de
couronnement institutionnel. Dès lors, la chute du flux touristique (en 2007, 193 867 contre
HQ Q¶HVW SDV GX WRXW UHSUpVHQWDWLYH GX WRXULVPH GHV QRLUV DPpULFDLQV TXL
augmente dans cette période de 333%, passant de 3 478 en 2007 à 15 085 en 2008228. Les
Etats Unis occupent dorénavant la 5ème place des pays de provenances des touristes, sautant
FLQTSODFHVG¶XQFRXS$XYXHGHFHYLYLHUWRXULVWLTXHOD%DKLDWXUVDFUpHGqVODILQXQ
département spécialement dédié au « tourisme ethnique », visant principalement les
américains229. Ce subit engouement des américains semble avoir été impulsé par la visite de
OD 6HFUpWDLUH G¶(WDW GHV (WDWV 8QLV230 en mars 2007, elle se disait curieuse de connaître la
« plus grande ville africaine hors du continent africain », soit un voyage touristique... Enfin
O¶HQJRXHPHQW SRXU OD FXOWXUH Qoire, propulsé à Salvador par un groupe carnavalesque des
années 1970, se voit repris par le commerce international. Entre échanges internationaux de
SROLWLTXHVHWSODQLILFDWLRQGHO¶RUJDQLVDWLRQGHV1DWLRQV8QLHVODFXOWXUHQRLUHEDKLDQDLVHDOH
vent en SRXSH 3DU XQ UHWRXUQHPHQW GH VLWXDWLRQ OD FXOWXUH DIUR TXL IXW O¶REMHW GH WDQW GH
FULWLTXHjVHVGpEXWVSODFHDXMRXUG¶KXL%DKLDHWOH%UpVLOHQSUHPLqUHVOLJQHVGXFRPPHUFH
225
www.bahiatursa.ba.gov.br, rubrique Noticias, « Negros americanos impulsionam turismo
na Bahia », article datant du 21/07/2009. 226
$SUqVODFDPSDJQHG¶LQVFULSWLRQGHVSDWULPRLQHVPDWpULHOVGHO¶KXPDQLWpO¶8QHVFRGHSXLV
quelques années recense les biens immatériels et finance les projets des communautés qui les
IRQWYLYUH8QHVRUWHG¶LQVWLWXWLRQQDOLVDWLRQGHVXVHWFRXWXPHVGHFKDTXHSHXSOH 227
Exemples du Samba de Roda do Recôncavo Baiano, la pratique de la baiana de acarajé,
celui des maîtres de capoeira, le carnaval de Maragogipe et la fête de Santa Barbara à
Salvador et celle de Nossa Senhora da Boa Morte à Cachoeira, tous classés avant 2010.
Source : « Festa da Boa Morte é oficializada como Patrimônio imaterial da Bahia, in
www.atarde.com.br/cidades/noticias.jsf?id=4710889 228
Il est intéressant de souligner que pour la période de 2002 à 2006, les visiteurs américains
étaient au nombre de 2 600. 229
En dehors des données économiques, nous pouvons remarquer que cette exploitation
culturelle par le secteur touristique est en accord avec la Constitution de 1988, dans un rajout
de 2005 : « La loi établira le Plan National de Culture Pluriannuel visant au développement
FXOWXUHO GX SD\V HW j O¶LQWpJUDWLRQ GHV DFWLRQV GX SRXYRLU SXEOLF TXL YLVH j : I- Défense et
valorisation du patrimoine Brésilien ; II- Production, promotion, diffusion de biens culturels ;
III- Formation de professionnels culturels qualifiés pour la gestion de la culture en ses
multiples dimensions ; IV- 'pPRFUDWLVDWLRQ GH O¶DFFqV DX[ ELHQV GH OD FXOWXUH ; VValorisation de la diversité ethnique et régionale ». 230
&RQGROHH]]D 5LFH HIIHFWXH XQH YLVLWH j %DKLD G¶RUGUH Srivé, après avoir rencontré le
*RXYHUQHXUGHO¶(WDWGH%DKLDj:DVKLQJWRQORUVG¶XQHYLVLWHTX¶LOOXLDIDLWH/DPRQGDQLWp
politique internationale joue un rôle important dans le développement du tourisme. 249 international grâce à « la plus grande fête du monde231 » ou plutôt pourrions-nous dire, « la
plus grande fête-monde de la planète! ». Dès lors, le tourisme etnico afro de la Bahiatursa
occupe les foires et les salons internationales. Des artistes du carnaval de Salvador comme
Carlinhos Brown ou Ivete Sangalo vont présenter leur culture « afro » aux américains à
travers de concerts et séminaires232. Peu de temps après, en 2010, sera lancé le tourisme
« etnico indigena ». Comme marque de fidélité à la Constitution de 1998 ? Ou plutôt comme
offre qui va profiter au marché du tourisme bahianais ? /¶HWKQLFLWpGHVFLUFXLWVWRXULVWLTXHV
devient moteur économique.
1) Le circuit « etnico afro » de la bahiatursa
a) Présentation générale
Je reprends et traduis les textes du site internet233 de la Bahiatursa pour pouvoir ensuite les
commenter.
« Salvador eVWODYLOOHODSOXVQqJUHGXPRQGHKRUVG¶$IULTXH ! Plus de 80%
est afro-descendant. La nourriture, la religion, la culture, la musique, la danse et
O¶DUWG¶RULJLQHDIULFDLQHVRQWSUpVHQWVLFL3RXUYDORULVHUFHWKpULWDJHOHVHJPHQW
de tourisme ethnique est créé.
Le tourisme ethnique offre des circuits spécifiques comme le quartier de
Liberdade qui détient la plus forte population afo-descendante du pays, près de
600 mille habitants. Une autre attraction du quartier est le bloc afro du Ilê Aiyê
fondé en 1974, pionnier en matière de travail social et valorisation des racines
noires. Visite des différents projets sociaux et concerts du groupe à la Senzala do
Barro Preto, au Curuzu, enchantent les touristes.
8QFDOHQGULHUG¶pYpQHPHQWVHWFLUFXLWVWRXULVWLTXHV sur le motif etnico-afro
servira de guide pour que le visiteur qui arrive à Salvador rencontre une
SURJUDPPDWLRQMRXUQDOLqUHjO¶DQQpH'DQVOHVFLUFXLWVHWKQLTXHVLOHVWSUpYXXQH
231
Journal A Tarde, 17/02/2010, dans le Caderno réVHUYpjO¶pGLWLRQGXFDUQDYDOVLJQp
par le Ministère du Tourisme. 232
Voir http://www.setur.ba.gov.br/2010/09/03/bahia-divulga-atrativos-turisticos-duranteseminario-em-nova-york/ 233
En date du 23/04/2012. 250 visite aux candomblés avec cours de préservation du patrimoine religieux et
respect des traditions ».
Nous observons de la part de la Bahiatursa une forte valorisation du « segment afro » en tant
que produit à vendre. Nous allons voir que les réalités socio-économiques liées aux
différentes régions morales urbaines disparaissent ici dans une sorte de pittoresque de la
culture noire irrésistible pour le touriste de passage DXFRQWUDLUHGHO¶LPDJHQpJDWLYHTX¶HOOH
possède pour ceux qui côtoient le même quotidien. Les habitants de Salvador ne goûtent pas
aux charmes de la culture QRLUHPDLVSOXW{WjVHVGpVDJUpPHQWVVLO¶RQHQFURLWOHVGLIIpUHQWHV
étapes de notre étude sur le commerce de rue.
b) Les circuits
Les circuits sont « Bahia de todas-as-cores », « Caminho dos orixas ª ³&LUFXLWRV GH
6DOYDGRU´HW³5RWDGDOLEHUGDGH´VRLW³%DKLDGHWRXWHVOHVFRXOHXUV´³OHFKHPLQGHVRUL[DV´
³FLUFXLWVGH6DOYDGRU´HW³URXWHGHODOLEHUWp´/D%DKLDWXUVDLQWURGXLWFHVGLIIpUHQWVFLUFXLWV
HQLQVLVWDQWVXUOHIDLWTXH6DOYDGRUHVWXQHYLOOHGHGHVFHQGDQWVG¶$IULFDLQV/HVSUpMXJpVGH
couleur GRQWQRXVDYRQVYXOHVRULJLQHVFRPSOH[HVHWORLQWDLQHVVRQWHIIDFpHVDXQRPG¶XQH
culture de « toutes les couleurs » qui se présente comme parfaitement harmonieuse.
« Bahia de todas-as-cores »: Ce circuit propose des visites insolites dans les quartiers
DEDQGRQQpV GHV SRXYRLUV SXEOLFV GH OD %DLH VRXV SUpWH[WH TXH ³O¶KpULWDJH GHV WULEXV
DIULFDLQHV D WUDQVIRUPp %DKLD HQ XQ OLHX SDUWLFXOLqUHPHQW PDJLTXH´ /H YR\DJH GDQV OHV
quartiers pauvres et métisses de la Baie est censé donner un aperçu des modes de vie des
descendants des tribus africaines à travers notamment la visite aux terreiros de candomblé
GRQWRQQRXVGLWTXHF¶HVWODUpJLRQTXLHQSRVVqGHOHSOXVj6DOYDGRU3RXUWDQWFHVFLUFXLWVQH
possèdent pas de visites au terreiros mais des visites de la ville et de certains de ses sites
historiques : « centre historique » (au sens plus large que le Pelourinho), « suburbio
ferroviario » (regroupant les quartiers périphériques du premier schéma urbanistique de
Salvador), « Cidade Baixa » (avec visite des sitHV WRXULVWLTXHV WHOV TXH O¶pJOLVH GH 1RVVR
Senhor do Bonfim, Mercado Modelo), « Federação ªDYHFYLVLWHGHO¶pJOLVHGH6mR/D]DURHW
du Dique do Tororo où il y des statues des orixas).
Le circuit le plus insolite est celui du « Suburbio Ferroviario » qui, comme la Bahiatursa le
IDLW UHPDUTXHU PrPH OHV KDELWDQWV GH 6DOYDGRU QH FRQQDLVVHQW SDV -¶DMRXWHUDL TXH OHV
251 habitants de Salvador le méconnaissent car il est très chargé négativement. Il fait sans arrêt la
Une des émissions télévisées de reality show qui propose des arrestations de bandits en direct
avec interrogatoire sur un ton moralisant. Ces quartiers de la Baie sont comme on la vu dans
notre étude urbaine délaissés et stigmatisés au quotidien. Il est donc très étonnant de les voir
DFWHXUVG¶XQFLUFuit touristique qui en propose la visite afin de se plonger en Afrique. Le nom
du circuit « Todas as cores » qui rappelle le slogan de Benetton, « united colours of
Benetton » renvoie en réalité à une seule nuance, le noir et ses dégradés.
« Caminho dos orixas »: Ce circuit est celui qui propose les visites aux candomblés.
,OHVWFRQVWLWXpGHIRUPHSVHXGRP\VWLTXHSXLVTX¶LOSURSRVHFKHPLQVXQSRXUFKDTXHMRXU
de la semaine. La mystique se confond ici avec les exigences marketing de servir au touriste
GHV DWWUDFWLRQV WRXV OHV MRXUV WRXWH O¶DQQpH 1pDQPRLQV LO VH SUpVHQWH FRPPH XQ FLUFXLW
« afro-religieux ª (Q UpDOLWp F¶HVW XQ PpODQJH GH YLVLWH DX[ terreiros, sorte de visite au
PXVpH SXLVTX¶LO V¶DJLW GHV HVSDFHV DLQVL TXH GH OHXU PXVpH SHUVRQQHO HW de leur projet
sociaux quand il y a, mais pas forcément des cérémonies. De plus ces visites sont ponctuées
par des visites panoramiques de la ville. Pour certains orixa<HPDQMDSDUH[HPSOHLOV¶DJLW
H[FOXVLYHPHQWG¶XQFLW\WRXUTXLVHFRQFHQWUHVXUOHV0 kms de plages de la Orla ainsi que
sur les lacs et lagunes. Pas de terreiro3RXU2[XPF¶HVWHQUpDOLWpOHFLUFXLWGX© Suburbio
Ferroviario ªGRQWO¶DJHQFHQRXVGLWDYRLUOHSODLVLUGHSUpVHQWHUXQFLUFXLWG¶XQQRXYHDXW\SH
loin du centre ville. Pas de terreiro QRQSOXV3RXUGHX[DXWUHV2JXPHW2PXOXLOV¶DJLWGH
YLVLWHG¶pJOLVHFDWKROLTXH5RVDULRGRV3UHWRVSRXUOHSUHPLHUHW6mR/ázaro pour le second.
Enfin, seuls deux circuits offrent réellement des visites aux candomblés, Xangô qui se
déroule dans le terreiro du Ilê Axê Opô Afonjà, terreiro fondé en 1910, dans le quartier du
Retiro; cette visite se ponctue des différents projets sociaux ; et Oxala qui fait la visite des
terreiros de la Casa Branca, Ilê Axê Oxumaré et Gantois soit des terreiros anciens et
renommés, situés dans une même région géographique nous est-il informé comme raison de
cette concentration de visites.
³&LUFXLWRVGH6DOYDGRU´: Dans ce circuit, la ville de Salvador est présentée comme
centre du tourisme ethnique afro car elle est faite des représentants directement des Africains,
leurs descendants. Je cite :
³/HVFLUFXLWVFRQWHPSOHQWWRXWHODGLYHUVLWpHWKQLTXHGHVSHXSOHV<RUXEDV
Bantus et Jêje ».
252 Salvador redevient donc le théâtre des ethnies africaines telles que décrites par les voyageurs
du 17ème, 18ème et 19ème VLqFOHRXHQFRUHFRPPH1LQD5RGULJXHVVHIDLVDLWO¶HWKQRJUDSKHMXVWH
avant la disparition des Africains, dans Les Africains au Brésil. Il est intéressant de voir que
pour la Bahiatursa, les quartiers périphériques dont ils proposent la visite (selon un cadre bien
établi) sont censés représenter les modes de vie fidèles de chacune de ces ethnies. Comme si
OH %UpVLO Q¶DYDLW SDV FRQQX XQHORQJXH pSRTXH SUHVTX¶XQ VLqFOH GH 'pPRFUDWLHUDFLDOH R
toute assimilation ethnLTXHDYDLWGLVSDUXDXSURILWGHO¶LGpHGHPpWLVVDJHHWGHUDFHXQLTXHGH
la Nation brésilienne. Alors que seul le candomblé a gardé des références directes ethniques
TX¶LOH[SULPHVRXVOHYRFDEOHGH1DWLRQ&HVQDWLRQVQRXVOHVDYRQVUHSUpVHQWHQWDX%UpVLl
des processus de métissages car les pouvoirs en place (pouvoir public ou pouvoir des maîtres
G¶HVFODYHVRQWWRXMRXUVRSpUpGDQVOHVHQVGHODGHVWUXFWLRQGXUHJURXSHPHQWHWKQLTXHSDU
SHXU GX VRXOqYHPHQW RX GH O¶DXWRQRPLHpFRQRPLTXH ,O HVW LQFUR\DEOH Ge pouvoir goûter à
travers des circuits ethniques aux traditions et modes de vie typiquement yoruba, Bantous ou
Jêje.
Trois types de circuits reprennent des circuits du « Caminho dos orixas » comme le « centre
historique » et « Suburbio Ferroviario ». Le WURLVLqPH FLUFXLW HVW LQQRYDQW F¶HVW FHOXL GH OD
visite du Curuzu-Liberdade avec visite de la maison mère du Ilê Aiyê, du centre culturel, des
projets sociaux, du terreiro HWGHO¶HVWKpWLTXHQqJUHSU{QpHSDUOHJURXSH(QJXLVHGHFRQWHQX
ethnique, la BaKLDWXUVDRIIUHGHVFLUFXLWVGDQVODYLOOHHWGDQVO¶XQLYHUVFDUQDYDOHVTXHGX,Or
$L\r /¶HWKQLFLWpORUVTX¶HOOHVHIDLWFXOWXUHOOHHVWYLVLEOHGDQVOHVSURMHWVGX,OrjFRQGLWLRQ
G¶rWUHRXYHUWjODFRQVWUXFWLRQLGHQWLWDLUHIDLWHGHEULFRODJH(QUHYDQFKH O¶HWKQLFLWpOLpHDX[
modes de vivre et de faire dans la ville est une création inédite de la Bahiatursa qui ne
correspond en rien à la réalité.
« Rota da Liberdade » : « La route de la liberté ª HVW OH FLUFXLW TXL V¶LQWqJUH j XQ
projet de développement durable lié à une communauté Quilombolas dans la région du
Recôncavo. La gestion de ce projet touristique est nous dit-on fruit de la communauté
quilombolas afin de « SURPRXYRLU O¶LQGpSHQGDQFH VRFLR-économique de sa communauté ».
&H SURMHW G¶pFRQRPLH VROLGDLUH GpSHQG G¶XQ SOXV YDVWH SURMHW UpJLRQDO SURPX SDU XQH
entreprise, la Vatorantim Energia, Instituto Vatorantim e Ibens en collaboration avec le
&RQVHLO4XLORPERODV%DFLDGR,JXDSH,OV¶DJLWGRQFG¶XQSURMHWGHGpYHORSSHPHQWGXUDEOH
permis par le statut de communauté quilombolas (Constitution de 1988). Les visites sont
ordonnées par la communauté locale dont les guides ont suivi une formation en histoire et
géographie locale, une initiation aux premiers secours et une formation de guide de
253 randonnées. Cinq circuits sont proposés : un circuit culturel (manifestations artistiques et
culturelles afro telles que démonstration de danse ou capoeira de la communauté), un circuit
historique (visite de sites historiques, récits officiels et histoires locales), circuit du quotidien
(partager les modes de vie de la communauté Quilombola à travers de la fabrication
DUWLVDQDOHGHO¶KXLOHGHSDOPHGHODIDULQHHWG¶XQHLQLWLDWLRQDX[IHXLOOHVPpGLFLQDOHV/HV
deux autres circuits sont des réaménagements : de contenus avec un mélange de ces trois
circuits, « circuit mix », ou dans le temps avec le « circuit compact ».
2) /HFWXUH³HWQLFRXUEDLQH´GH6DOYDGRUjSDUWLUGHOD%DKLDWXUVD
Nous avons donc relevé certains traits propres au marketing touristique qui créent de la
WUDGLWLRQ j WRXW SUL[ UHFUpDQW SDU H[HPSOH GH O¶HWKQLFLWp FHQVpH UHSUpVHQWHU GHV PRGHV
authentiques et spécifiques de vivre et de faire, y compris dans des zones de la ville qui sont
considérées au quotidien comme quasi sinistrées du fait de leur abandon par les pouvoirs
publics en matière de loisirs, infrastructure sanitaire et de transport. Nous nous croyons
transportés dans les années 1950, dans les « villages africains décrits par Pierson. Nous
relevons donc une lecture urbaine de la Bahiatursa qui suit une autre morale que celle du
TXRWLGLHQ/HVGDQJHUVOLpVjODPDUJLQDOLWpG¶XQHJUDQGHYLOOHHWjODSDXYUHWpVRQWJRPPpVHW
UHPSODFpV SDU OHV DWWUDLWV G¶XQH FXOWXUH GLIIpUHQWH HW DWWUD\DQWH GH SDU VRQ H[RWLVPH HW VRQ
authenticité africaine. Cette nouvelle lecture morale de la ville qui se base donc sur des
critères marketing propre au secteur touristique se nourrit des inventions culturelles, y
compris celle née dans le carnaval comme le Ilê Aiyê, dans les religions populaires avec un
mélange de candomblé et de catholicisme et recrée la Salvador de la première région morale
qui paraissait perdue du point de vue des dynamiques modernes, urbaines et capitaliste. Une
DXWUH6DOYDGRUYRLWOHMRXUSRXUOHVWRXULVWHVHWKQLTXHQRLUHHWDXWKHQWLTXHJUkFHjO¶LPage
construite par le marketing touristique dans laquelle la misère ou même la pauvreté ne sont
SOXV GHV pOpPHQWV QpJDWLIV FDU LOV VRQW JRPPpHV GH O¶LGpH ; celle-ci se concentrant sur la
PDJLH RX O¶HWKQLFLWp JOREDOH &HWWH LPDJH UHQYRLH DX PRQGH GHV barraqueiros qui avait
GLVSDUX GDQV OHV ORJLTXHV QRUPDWLYHV GHV SRXYRLUV SXEOLFV HQ FKDUJH GH O¶RUJDQLVDWLRQ GHV
fêtes. ,OQ¶H[LVWHSOXVTXHGDQVO¶XQLYHUVILFWLRQQHOGHVIrWHV
3) Le circuit « etnico indigeno » de la Bahiatursa
a) Présentation générale
254 Je reprends à nouveau et traduis les textes du site internet de la Bahiatursa 234 pour pouvoir
ensuite les commenter.
« Quand les colons Portugais ont abordé Bahia au 16ème siècle, ils ont
UHQFRQWUp XQ SHXSOH DXWRFKWRQH WUqV GLIIpUHQW GH O¶(XURSpHQ TXDVL QX PDLV SRUWDQt
EHDXFRXSG¶RUQHPHQWV,OVpWDLHQWPDMRULWDLUHPHQWEUX\DQWVHWXWLOLVDLHQWG¶pWUDQJHV
REMHWVSRXUVHGpIHQGUHGHO¶HQYDKLVVHXUTXLDYDLWMHWpO¶DQFUHjSUR[LPLWp
Plus tard, nous avons identifiés que les maîtres de ces terres _ que les Portugais
avaient pensées inexplorées _ étaient des indiens de nation Tupi, précisément de la
tribu Tupiniquim, installés là depuis deux siècles.
Berceau de la civilisation brésilienne colonisé par les Portugais, le territoire
TXLDSSDUWLHQWDXMRXUG¶KXLjO¶(WDWGH%DKLDDEULWDLWDORUVG¶DXWUHVWULEXVFRPPHOHV
Gês ou Botocudos et les Cariris qui malgré la décimation des premiers siècles de la
colonisation ont réussi à survivre en gardant les traditions de leurs ancêtres qui
UHSUpVHQWHQW DXMRXUG¶KXL XQH GHV SULQFLSDOHV DWWUDctions touristiques en plusieurs
UpJLRQVGHO¶(WDWGH%DKLD
5HFRQVWLWXHU OHXU KLVWRLUH HW FRPSUHQGUH O¶RULJLQH GH OHXUV WUDGLWLRQV HW
manifestations culturelles est un voyage dans le temps, une rétrospective des plus
authentiques sur le peuple brésilien. 'HO¶([WUrPH6XGDX1RUGHVWHGHVFRPPXQDXWpV
TXLERUGHQWOHIOHXYH6mR)UDQFLVFRDX[SHXSOHVDXWRFKWRQHVGHO¶2XHVWEDKLDQDLVOHV
communautés indigènes servent autant de référence de sauvegarde et de lutte pour la
SUpVHUYDWLRQGHODFXOWXUHHWGHO¶KLVWRire au Brésil que de grandes attractions pour
les visiteurs ».
/¶LPDJHGHVLQGLHQVUHVWHLQGLVVRFLDEOHGHFHOOHGXERQVDXYDJH/HWRQHVWGRQFjODYLVLWH
GDQVOHWHPSVSRXUFRQQDLWUHXQHFLYLOLVDWLRQTXLQ¶HVWSOXVGHFHWHPSVRXTXLHVWUHVWpHj
O¶pWDW RULJLQHO 'H PrPH OHXU SRSXODWLRQQ¶HVW SDV SHQVpHHQ WHUPHV GH PpWLVVDJH ,O H[LVWH
GHVVFLVVLRQVHQWUHWULEXVPDLVLOQ¶HVWSDVTXHVWLRQGHSHQVHUOHPpODQJHHQWUHLQGLHQHWQRLU
ni entre indien et blanc car cela brouillerait les frontières culturelles dont ils se servent pour
GpOLPLWHU OHV GLIIpUHQWV VHJPHQWV GX WRXULVPH HWKQLTXH 'H SDU O¶HVSDFH VSpFLILTXH VXU OH
PRGqOHGHVUpVHUYHVO¶LQGLHQJDUGHFHWWHILJXUHGHFLYLOLVDWLRQjSDUWTXLQHVHPpODQJHSDV
avec les autres. De même il est difficile de SHQVHU O¶LQGLHQ HQ YLOOH 2Q OH ODLVVH GDQV FHW
234
En date du 23/04/2012. 255 imaginaire de réserve fermée où les modes de vivre et de faire sont conservés intactes, sans
LQIOXHQFHGXGHKRUV /HVGLIIpUHQWVFLUFXLWVVHWURXYHQWGRQFjO¶LQWpULHXUGHVUpVHUYHVGDQV
FHWWHILFWLRQGHO¶Lndien coupé du reste du monde, vivant en harmonie dans une nature vierge.
Les « GHVFHQGDQWV G¶LQGLHQV ª OD QRXYHOOH FDWpJRULH GHV FRWDV XQLYHUVLWDLUHV Q¶H[LVWH SDV
HQFRUHGDQVOHVFLUFXLWVGHOD%DKLDWXUVD«
b) Les différents circuits
Les circuits de tourisme « etnico-indigeno » sortent donc du cadre urbain et nous amène dans
des espaces attribués aux indiens au nom de la sauvegarde de leurs tradition. Dans ces
UpVHUYHVELHQVRXYHQWO¶LQGLHQQHSHXWSOXVFKDVVHUDXWDQWTX¶LOYRXGUDLWSRXUVXEYHQLUjVHV
besoins et il se fournit en nourriture et premières nécessités dans des commerces des villes
voisines. Ils ne sont donc pas « coupés » du reste du monde, même dans la réserve.
&HSHQGDQWPrPHYrWXVOHVLQGLHQVJDUGHQWOHVFDUDFWpULVWLTXHVG¶XQSHXSOHTXLVHGLstingue
GH OD PRGHUQLWp /¶DUWLVDQDW VHPEOH rWUH XQH VRXUFH GH WUDGLWLRQ HW GH VXUYLH j WUDYHUV VRQ
FRPPHUFH DXSUqV GHV WRXULVWHV /D SUR[LPLWp DYHF OD FLYLOLVDWLRQ PRGHUQH HVW YXH G¶XQ
PDXYDLV °LO FDU HOOH VLJQLILH OD FRQWDPLQDWLRQ GH OD PRGHUQLWp GRQW WRus les gadgets
WHFKQRORJLTXHVQHPDQTXHQWSDVGHVXVFLWHUO¶LQWpUrWGHVFRPPXQDXWpVLQGLHQQHVDXPrPH
WLWUHTX¶HOOHVpGXLWOHVVRFLpWpVGLWHVPRGHUQHV
&¶HVW DLQVL TXH OD SUpVHQWDWLRQ GX FLUFXLW GH OD UpVHUYH Pataxó de Barra Vermelha est
présentée : comme la plus distante géographiquement des centres urbains. Ce caractère
semble être suffisant à garantir une pure tradition. Les attractions de cette réserve sont la
nature exubérante, et un centre culturel dans lequel les indiens peuvent présenter leurs rituels
DX[WRXULVWHV/HVQRPVGHVHWKQLHVVRQWjHOOHVVHXOHVDWWUDFWLRQVWRXULVWLTXHVFDULOQ¶\DSDV
de contenu sur les spécificités de chacune. Seuls les noms doivent évoquer une culture et
pour le choix définitif, seules les localisations font la difféUHQFH&¶HVWOHFDVSRXUOHVHã-HãHães, Tuxás e Tupinambás qui correspondent à des options différentes en fonction de leur
localisation, non de leur contenu. Il est toutefois indiqué que dans la réserve des Tuxas, nous
SRXYRQVSUDWLTXHUGHVVSRUWVG¶DYHQWure et la contemplation de la nature vierge. Le discours
change pour le circuit de la « Réserve indigène da jaqueira » et celui de la « Route des
réserves ª8QHDJHQFHGHWRXULVPHEDVpHVXUO¶pFRQRPLHVROLGDLUHRIIUHGHVFLUFXLWVGDQVXQ
SpULPqWUH G¶j SHX près 100 kms de nature vierge et de villages indiens, recréant une
LPSUHVVLRQ G¶DXWKHQWLFLWp : « 2Q V¶\ FURLUDLW !». Les touristes vivent le temps de leur
SURPHQDGH WRXULVWLTXH DYHF OHV LQGLHQV GH OD PrPH PDQLqUH TX¶HX[ ,OV MRXHQW j rWUH XQ
indien, le tHPSVG¶XQFLUFXLWWRXULVWLTXHGDQVXQVFpQDULRELHQPRQWp,OVVHGpSODFHQWjSLHG
256 RXHQFDQRsLOVHQWUHQWHQFRPPXQLRQDYHFODQDWXUHLOVWLUHQWjO¶DUFVHSHLJQHQWOHFRUSV
écoutent des histoires contées par les indiens le soir venu au coin du feu, ils mangent indien
HW GRUPHQW GDQV GHV KDPDFV /¶LOOXVLRQ HVW FRPSOqWH HOOH SUHQG OH U{OH GH ILFWLRQ YLYDQWH
Comme dit Marc Augé à propos de Disneyland :
« &¶pWDLW VDQV GRXWH FHOD OH SUHPLHU SODLVLU GH 'LVQH\ODQG : on nous offrait un
spectacle en tout poLQW VHPEODEOH j FHOXL TX¶RQ QRXV DYDLW DQQRQFp ». Aucune
surprise. » (Augé, 1997 :23).
De même avec les indiens, les touristes retrouvent tous les stéréotypes liés à la culture des
LQGLHQVHWV¶HQWURXYHQWVDWLVIDLWVYRLUHKHXUHX[
4) Conclusions sur le tourisme ethnique
« /¶HPEOpPDWLVDWLRQ LGHQWLWDLUH ª VH IDLW GDQV XQ VRXFL GH YHQWH SRXU QRXUULU O¶pFRQRPLH
touristique. Ainsi les héros noirs retirés du passé et mis à la sauce du présent gagnent une
YLVLELOLWpPDUNpWLQJ TXL Q¶HVW SDV WRXMRXUV VLJQH GH UHFRQQDLVVDQFH VRFLDOH &¶HVWOH FDV SDU
exemple des quilombolas ou des peuples indigènes qui se trouvent dans des conflits
territoriaux très importants et dont la tendance est à empirer. 235 A Bahia, les indiens Pataxós
YLHQQHQW G¶rWUH HQWHQGXV GDQV XQ FRQIOLW qui dure depuis quarante ans où des producteurs
DYDLHQW REWHQX SDU WUDILF G¶LQIOXHQFH GHV WLWUHV GH SURSULpWp VXU GHV WHUULWRLUHV LQGLJqQHV
SULYDQW OHV LQGLHQV G¶XQH JUDQGH SDUWLH GH OHXU WHUULWRLUH GHV © faux » que la justice
brésilienne refusait de condamner. Plus proche de Salvador , une communauté Quilombolas
HVW PHQDFpH SDU OD 0DULQH TXL V¶HVW LQVWDOOpH j SUR[LPLWp HW TXL IHUPH O¶DFFqV DX WHUULWRLUH
Quilombola et terrorise les habitants. Dans les périmètres urbains, les communautés
Quilombolas sont menacées par les influences des promoteurs immobiliers. Les conflits
dégénèrent parfois en bataille armée où généralement un grand nombre de ressortissants de
ces communautés y compris des femmes et des enfants risquent leur vie ou périssent. Les
exemples de conflit se multiplient dans la société civile brésilienne où les médias ont
récemment joué le rôle de persécuteur donnant des informations erronées ou fausses et
diabolisant les communautés indiennes. Les directeurs des médias écrits et télévisuels sont
eux-PrPHVLPSOLTXpVGDQVFHVFRQIOLWVGHWHUUHHQWDQWTXHSURSULpWDLUHVWHUULHQV/¶KRUL]RQ
235
/HVPpJDSURMHWVpQHUJpWLTXHVTXLFRPSWHQWVXUOHVUHVVRXUFHVQDWXUHOOHVGHO¶$PD]RQLHB
SDU H[HPSOH %HOR 0RQWH B SRXU V¶LPSODQWHU QLHQW OH IDLW TXH OHV WHUres sont des territoires indiens. 257 joyeux des ethnies vivant en harmonie qui constitue les dépliants touristiques tourne le dos à
ces réalités pour proposer des images rêvées.
258 CONCLUSI ON
259 Préambule
La première grande question que pourrait poser ce travail est pourquoi encore une thèse sur
Bahia faite par une étudiante étrangère "2XHQFRUHTXHOOHSHUWLQHQFHO¶pWXGLDQWHHQTXHVWLRQ
peut trouver à travailler sur la culture noire de Bahia aORUV TXH WDQW G¶DXWUHV V¶\ VRQW
penchés ? Est-FH TXH O¶H[RWLVPH GX WHUUDLQ QH YD SDV HQJDJHU OD UHFKHUFKH VXU GHV VHQWLHUV
GpMjWUDFpVHWSHXLQQRYDWHXUVDX[TXHOVG¶DXWUHVVHVRQWGpMjIDLWSUHQGUH ?
Toutes ces questions, nous nous les sommes posées. Elles nous servaient de garde fou contre
des dérives de perte de distance et de sens critique qui nous semblaient graves. Que
pouvions-QRXVDSSRUWHUGHQRXYHDXDORUVTXHWDQWG¶DXWUHVDYDLHQWGpMjpFODLUFLOHSDQRUDPD
chacun à sa façon ?
A travers notre inscription universitaire et institutionnelle au Brésil, nous avons été accueillie
par la professeure Maria Rosario de Carvalho au sein du groupe de recherche du PINEB,
nous tenant un peu à distance des chercheurs travaillant sur la population noire mais nous
permettant de créer des ponts entre les chercheurs « indigénistes » et les chercheurs
travaillant sur les communautés noires. Il est intéressant de remarquer que très peu de ponts
existent au niveau institutionnel et épistémologique et que les chercheurs en anthropologie
VRQW WUqV VRXYHQW LQWpJUpV G¶XQ SRLQW GH YXH PLOLWDQW j OD UHFKHUFKH SXLVTXH FHOOH-ci très
souvent sert de rapport officiel aux politiques sociales. Ce sont les anthropologues qui ont le
rôle de rapporteurs officiels des communautés indiennes et noires vis-à-vis des organismes
SXEOLFV RX SULYpV /D ILQDOLWp SROLWLTXH Q¶HVW pYLGHPPHQW SDV VDQV FRQVpTXHQFH VXU OHV
productions des collègues TXLELHQVRXYHQWSqVHQWOHXUVPRWVDILQGHQHSDVrWUHjO¶RULJLQHGH
SROLWLTXHVLQGXHVjO¶pJDUGGHVcommunautés étudiées.
'¶DXWUH SDUW QRWUH UHFKHUFKH SRUWDQW VXU OH FRPPHUFH LQIRUPHO HW QRQ VXU GHV JURXSHV
carnavalesques (par exemple) semblait assez étrangère aux thématiques abordées par les
anthropologues et plus proche des recherches de type quantitaWLI pPDQDQW G¶RUJDQLVPHV
RIILFLHOVWHOVTXHO¶,%*(RXODPDLULHGH6DOYDGRU1RXVQ¶LQWpJULRQVSDVGHSOHLQIRXHWXQ
groupe de travail partageant notre ligne de recherche mais côtoyions des chercheurs
travaillant en majorité sur des thématiques indigénistes, non moins intéressantes mais avec
peu de rapport direct avec notre sujet.
Après coup, nous réalisons que nous avons été sûrement influencée SDUOHVOLJQHVG¶DQDO\VHHW
les techniques de traitement des informations de nos collègues, nous rendant sensible, par
260 exemple, aux catégories raciales pré établies et à la recherche de leur constitution dans un
contexte donné. A y regarder de plus près ; les rapports entre pouvoirs publics et population
indigène, soit « la place que leur donne la société » nous a invité à regarder « la place laissée
aux noirs dans la société brésilienne ».
Ce point de départ, qui a donné lieu au premier chapitre, Q¶pWDLW SDV SUpYX GDQV QRV
SHUVSHFWLYHVLQLWLDOHV1RXVpWLRQVSOXW{WEDLJQpHSDUO¶LQIOXHQFHIUDQoDLVHTXHEUpVLOLHQQH, ce
qui nous faisait prendre une position de force en relation avec la culture noire de Bahia avec
GHVUpIpUHQFHVELEOLRJUDSKLTXHVIUDQoDLVHV&HQRXYHDXGpSDUWQHV¶DFFURFKDLWQLDXSRLQWGH
YXH ELHQ TX¶LO SXLVVH \ SDUWLFLSHU DX GpWRXU GH TXHVWLRQQHPHQWs subsidiaires) des écrits
étrangers des années 1950 largement imprégnées de « démocratie raciale », ni au point de vue
culturel de la culture noire présente dans les recherches sur les groupes carnavalesques. Il se
rattachait plutôt à la problématique de la rue comme lieu de visibilité du noir dans la ville.
Nous avons ancré nos analyses dans des écrits à teneur historiques comme Reis et dans une
moindre mesure Holanda et Freyre.
&H YR\DJH GDQV OH WHPSV j SDUWLU G¶pFULWV ORFDX[ HVW SULPRUGLDO SRXU O¶DFFURche de notre
WKqVHF¶HVWOXLTXLHQGRQQHOHVXSSRUWSULQFLSDOjVDYRLUOHVIRQGHPHQWVGHO¶LQpJDOLWpSDUPL
les BUpVLOLHQV«1RXVGHYRQVFHWWHSHUVSHFWLYHKLVWRULTXHj0DULD5RVDULRGH&DUYDOKRTXL
nous a demandé de retourner aux sources et de ne pas nous satisfaire des analyses des autres.
Elle nous a donc mené à explorer la littérature brésilienne en matière de relation raciale en
H[SORUDQWSULQFLSDOHPHQWOHVJUDQGVGpEDWVPHQpVSDUO¶81(6&2GDQVOHVDQQpHV&HOD
nous a permis de prendre une distance en relation avec le point de vue culturel sur la culture
QRLUHHWG¶RXYULUGHVKRUL]RQVTXLQRXVVHPEODLHQWQRXYHDX[GDQVODUHFKHUFKHVXUOH%UpVLO
HQ )UDQFH 1RQ SDV TX¶LO Q¶H[LVWH SDV G¶RXYUDJHV KLVWRULTXHV SRUWDQW VXU OH %UpVLO HW
particulièrement les noirs brésiliens, Queiros est un des auteurs qui me démentirait si cela
était nécessaire, mais ceux-FLQ¶RQWSDVODSHUVSHFWLYHDQWKURSRORJLTXH'HIDLWPDUHFKHUFKH
Q¶HVWSDVKLVWRULTXHQRXVQHIDLVRQVTX¶XQGpWRXUGDQVODSUHPLqUHSDUWLHjODUHFKHUche des
origines.
5pFDSLWXODWLI«
A travers une analyse historique, nous avons cherché à comprendre les préjugés qui
V¶DSSOLTXHQWVXUOHVSRSXODWLRQVSDXYUHV HWSDUXQ © glissement » naturalisant sur les Noirs,
IQGLHQV« j O¶LQWpULHXU G¶XQH ORJLTXH R OH Blanc occupe les places dominantes. Les
261 SRSXODWLRQV QRLUHV RQW VXEL SHQGDQW HW DSUqV O¶HVFODYDJH GHV PRGHV GH GLVWLQFWLRQ GH
FODVVHPHQW TXL RQW FUpp XQH KLpUDUFKLH j O¶LQWpULHXU GX SUpMXJp G¶LQIpULRULWp PRGHOp SDU OD
classe dominante.
Dans notre analyse sur les conditions de travail et de vie des marchands de rue, nous
DYRQV UHOHYp TX¶LOV GRLYHQW WUDQVSRUWHU XQH VpULH GH ORXUGV SUpMXJpV HW G¶LQGLVWLQFWLRQV TXL
IRQWGHOHXUTXRWLGLHQXQXQLYHUVFKDUJpGHQRQGURLWGDQVOHTXHOLOVGRLYHQWV¶LQYHQWHUGHV
moyens de survie. La volonté plus récente des pouvoirs publics de contrôler, réguler et
XQLIRUPLVHUFHVHFWHXUQ¶DIDLWTXHUHQIRUFHUOHVGLIILFXOWpVG¶DFFqVDXWUDYDLO
Rarement marginaux, les marchands de rue relèvent en revanche presque toujours de
O¶LQIRUPHO KDELWDW WUDYDLO PrPH ORUVTXH OHV SROLWLTXHV G¶XQLIRUPLVDWLRQ HW GH OpJLVODWLRQ
GpFODUDWLRQHQWHPSVTX¶DXWRQRPHOHVWRXFKHQW/¶LPDJHTXLOHXUHVWDVVRFLpHHVWFHOOHGH
O¶LQGpVLUDEOH ODLG JURV pGHQWp SDV SUpVHQWDEOH /¶DVSHFW SLWWRUHVTXH TXi caractérisait leur
pWDOIDEULTXpHWGpFRUpVHORQOHXULQVSLUDWLRQV¶HQHVWDOOpDYHFOHVSROLWLTXHVG¶XQLIRUPLVDWLRQ
il ne reste donc que la force de travail des marchands de rue et leur capacité à résister avec
débrouilles et parfois arnaques. Ils côtoLHQWSDUIRLVWHOOHPHQWOHVPDUJHVTX¶LOVIOLUWHQWDYHFOH
bannissement (la marginalisation).
Le processus de reconnaissance pour les populations marquées par le préjugé
G¶LQIpULRULWp SDVVH SDU XQ PRXOH LGHQWLWDLUH TXL SHUPHW GH VRUWLU GH OD FRQGLWLRQ GH 1Rir, et
G¶DFFpGHUjO¶DIUR-descendance. Cela se fait comme toujours dans des amalgames de cultures.
&HV PRXOHV H[SRUWDEOHV GDQV GLIIpUHQWV SD\V V¶DGDSWHQW DX[ GLIIpUHQWV FRQWH[WHV VRFLDX[
culturels. Une fois « habillés » de ces identités afro ou indigènes par exemple, les Noirs,
pauvres, Indiens, peuvent faire office de spectacle agréable pour les touristes avides de
nouveautés et de différences. Cette altérité uniformisée et orchestrée au niveau global, puis au
QLYHDXORFDOUHQIRUFHOHVHQWLPHQWG¶pWUDQJHWpHWG¶DOWpULWpGDQVXQFRQWH[WHGHVpFXULWp/HV
FODVVHV PR\HQQHV GHV SD\V GRPLQDQWV SHXYHQW GRQF VH UpMRXLUHQW V¶pEDKLUHQW VDQV DYRLU j
réviser leur code de valeurs qui se trouve protégé par la mise en scène et la mise à distance de
O¶DXWUH&HVWRXrismes participent des marchés ethniques qui ont lieu de par le monde. Moins
animalisé que dans les expositions universelles, « O¶DXWUH » prend une figure domestiquée, en
respectant les lignes LQWHUQDWLRQDOHV GH O¶exhibition culturelle (esthétique, revendication
culturelle et politique, etc.).
En plus de la discrimination raciale, comme il y a eût pendant et juste après
O¶HVFODYDJH YLHQW V¶DMRXWHU OD QRXYHOOH GRQQH GH OD PRQGLDOLVDWLRQ TXL VDQV UHPHWWUH
profondément en cause les catégories anciennes, propose une lecture du monde où les uns
sont les spectateurs des autres : soit de la richesse technologique des uns, soit de la richesse
262 FXOWXUHOOH GH O¶DXWUH GDQV XQFRQWH[WH R OHV UHODWLRQV VRQW GHV PLVHV HQ PDUFKp&HOXL TXL
possède le pouvoir technologique consomme de la tradition auprès de communautés
WUDGLWLRQQHOOHVTXLV¶DIILUPHQWHQWDQWTXHWHOOHVJUkFHDXVFKpPDGHO¶DOWpULWpTXHSURPHXYHQW
OHVLQVWLWXWLRQVLQWHUQDWLRQDOHV/HJUDQGUrYHGHODUHQFRQWUHGHVFXOWXUHVQ¶DSDVOLHXPDOJUp
O¶DEROLVVHPHnt des distances physiques de la globalisation.
I'DQVODSUHPLqUHSDUWLHQRXVQRXVDWWDFKRQVjFRQWH[WXDOLVHUHWGpILQLUO¶DFWLYLWpLQIRUPHOOH
GHV PDUFKDQGV GH UXH HQ UHODWLRQ DYHF O¶KLVWRLUH OD VRFLpWp OD SROLWLTXH HW OHV V\VWqPHV
économiques que le Brésil a connu depuis les débuts de la colonisation. A travers les portraits
de trois marchands (Carlos, Dona India et sa fille), nous mettRQV HQ pYLGHQFH OH IDLW TX¶LO
Q¶H[LVWH SDV XQ W\SH GH PDUFKDQGV PDLV GHV ILJXUHV HW GHV FDGUHV SURIHVVLRQQHOV WUqV
dLIIpUHQWV 1RXV DXULRQV SX pYLGHPPHQW PXOWLSOLHU j O¶LQILQL OHV VLQJXODULWpV PDLV QRXV HQ
sommes tenue à deux types de relation avec les pouvoirs publics O¶pPLVVDLUHHWODYLFWLPH
Ces types de relations et tensions avec les pouvoirs publics, nous cherchons à leur donner une
ampleur historique à travers la référence à João José Reis et au travail des Africains dans la
ville et dans la rue. Cette filiation à la fois avec la rue et la culture Africaine rattache les
marchands DX GDQJHU HW j OD VDXYDJHULH /¶espace public est le lieu du danger que les
pouvoirs publics veulent contrôler (VXUWRXWORUVTX¶LOV¶DJLWGHODSRSXODWLRQQRLUHTXLQ¶HVWSDV
libre). Cependant, mrPHORUVTX¶LOV¶DJLWG¶DIIUDQFKLVRXGHOLEUHVOHV$IULFDLQVFRQWLQXHQWj
représenter un dangHUFHOXLGXVRXOqYHPHQWHWFHOXLGHO¶XQLRQSDUOHQRPEUHHWGRLYHQW donc
être contrôlés. Dans la rue, leurs manières sont associées à une culture primitive du fait de la
GLVSDULWpG¶DFFHSWDWLRQHQWUHOHVQRWLRQVG¶RUGUHGpVRUGUHHWG¶K\JLqQHVDOHWpHQWUH le pouvoir
établi par les Blancs (pouvoirs publics) HWODFXOWXUHYHQXHG¶$IULTXH&HWWHLPDJHVLPSOLILpH
du commerce informel, vue SDUOHV°LOOqUHVGHVSRXYRLUVSXEOLFV, nous invite à reprendre en
détail les différentes étapes de notre réflexion.
Dans uQ SUHPLHU WHPSV QRXV FKHUFKRQV j GpILQLU O¶LQIRUPHO j SDUWLU GX FRQWH[WH
épistémologique le concernant et à partir de notre terrain. En plus de son caractère
multiforme faLWG¶H[SpULHQFHVVLQJXOLqUHVO¶informalité semble être une caractéristique tiersmonGLDOLVWH TXL UHWLHQW O¶DWWHQWLRQ GDQV OHV DQQpHV ,O V¶DJLW DYDQW WRXW G¶XQ PRGH GH
faire qui ne correspond pas à celui utilisé dans les pays dits développés mais qui fonctionne
GDQVOHVSD\VG¶$IULTXHG¶$PpULTXHGX6XGHWG¶$VLHVHORQGHVUpJXODWLRQs autres que celle
GHV VRFLpWpV GRPLQDQWHV /¶LQIRUPHO HVW GRQF j pORLJQHU GH OD GpILQLWLRQ OLWWpUDOH TXL VHUDLW
263 FHOOHGXPDQTXHGHIRUPHHWjUDSSURFKHUG¶XQHGpILQLWLRQSOXVIRXLOOpHTXLHVWFHOOH G¶XQH
autre manière de faire. Nous opposons en cela le caUDFWqUHPXOWLIRUPHjFHOXLG¶LQIRUPH
'H SOXV j SDUWLU GH O¶pWDEOLVVHPHQW GX FRQWH[WH IRUPHO QRXV QRXV UHQGRQV FRPSWH TX¶LO
H[LVWHELHQSHXGHGLIIpUHQFHVHQWUHOHIRUPHOHWO¶LQIRUPHOHWTXHODWHQGDQFHHVWjIRUPDOLVHU
O¶LQIRUPHOIDLVDQWGHVPDUFKDQGs de rue des entrepreneurs individuels. La distance entre les
GHX[PRQGHVVHPEOHELHQSOXVLPDJLQpHTXHUpHOOHVHQPDWLqUHGHGHYRLUV«5HVWHjYRLUGX
F{WpGHVGURLWV«/¶LPDJHGHPDUJLQDOLWpTXLFROOHjODSRSXODWLRQTXLUHOqYHGHO¶LQIRUPHOHVW
portée par des chiffres officiels qui font de la population noire la plus vulnérable en matière
de criminalité. Cette association bien souvent est à double tranchant car cette même
population de victimes est aussi celle des criminels qui dans un jeu de concurrence dans le
PLOLHXGHO¶LQIRUPHOLOOLFLWHWUDILFGHGURJXHVG¶DUPHVWXHRXVHIDLWWXHUjXQkJHSUpFRFH
TXLGRQQHXQHDOOXUHLQTXLpWDQWHDX[FKLIIUHVGHO¶,%*(2QQHVDLWSOXVVLODSRSXODWLRQGHV
jeunes noirs est marginalisée du fait de sa proximité avec le crime ou si elle est victime du
crime à cause de sa marginalisation dans la société (ségrégation spatiale, visuelle, scolaire,
etc.). Quand aux droits, les exemples de Carlos et Dona India sont suffisamment différents et
antithétiques pour aller plus eQDYDQWGDQVOHVTXHVWLRQQHPHQWVDYDQWGHWHQWHUG¶\UpSRQGUH
'¶R YLHQQHQW FHV WUDGLWLRQV GH UXH ? Ont-HOOHV GHV RULJLQHV GLIIpUHQWHV TXL IRQW TX¶HOOHV
VXELVVHQW GHV WUDLWHPHQWV GLIIpUHQWV DXMRXUG¶KXL RX V¶DJLW-il à peine de choix actuels,
différents, entre les marchands étudiés "3RXUFHODQRXVDYRQVGUHVVpGHVWDEOHDX[G¶pSRTXHV
qui viennent éclairer une histoire informelle, qui viennent combler quelques manques et
H[SOLTXHUGHVLPEULFDWLRQVTXLUHPRQWHQWSDUIRLVDXWHPSVGHO¶HVFODYDJH
Nous cherchons à définir des « ères morales » capables de rendre compte des relations entre
la société formelle et le monde informel. Les périodes traversées sonWFHOOHVGHO¶HVFODYDJH
de la « démocratie raciale » HW GH OD VRFLpWp PXOWLFXOWXUHOOH HW O¶DWWHQWLRQ HVW portée aux
relations raciales et plus encore à la place accordée (ou laissée) au noir dans la société
brésilienne. Cette question ouvrant sur la question de la visibilité dans la rue, lieu du
commerce informel par excellence. La rue est aussi le lieu de la confrontation entre le monde
supposé civilisé des dominants et de la supposée sauvagerie des dominés. Pendant
O¶HVFODYDJHODVRFLpWpHVWVXIILVDPPHQWVpJUpJXpHSRXUTXHOHVGHX[PRQGHVVHF{WRLHQWPDLV
ne se gênent pas. Par la suite, lors de la constitution de la Nation, une mise en scène des
UHODWLRQV UDFLDOHV FRUGLDOHV VH PHW HQ SODFH R O¶,QGLHQ O¶(XURSpHQ HW O¶$IULFDLQ GRLYHQW
GLVSDUDLWUH SRXU ODLVVHU SODFH j XQ SHXSOH PpWLVVH &HWWH PLVH HQ VFqQH VHUW G¶DERUG GH
solution informelle (non régulée par GHVWH[WHVjO¶(WDWSRXUUpVRXGUHOHSUREOqPHGHODUDFH
et le passé esclavagiste (renforcé par les théories évolutionnistes) qui font que les races
264 MDXQHVHWQRLUHVVRQWLQIpULHXUHVHWTXHOH%UpVLOGRLWV¶DIILUPHUFRPPHSD\VFLYLOLVpHWFRPPH
Nation. Le métissage au travers de la « démocratie raciale » doit résoudre ce problème à la
fois interne (préjugés venant du dedans) et externe (image à exporter au monde). A travers
cette idée, le blanchiment de la UDFH HVW HQ °XYUH HW SDU Oj O¶occultation du noir et de sa
culture. La seule culture exportable et montrable est la culture syncrétique qui renforce le
P\WKHGHO¶HQWHQWHFRUGLDOH Pourtant, dans la troisième époque de la société multiculturelle,
la démocratie raciale est dénoncée comme pure hypocrisie par les mouvements noirs et donne
lieu à une révision formelle de la Constitution brésilienne. Elle laisse place à une
ethnicisation qui reprend des catégories globales telles que les « afro-descendants » et les
« indigènes » (ou autochtones) et dans laquelOH OHV SHUVRQQHV GRLYHQW j WUDYHUV O¶DXWRdéclaration (pour les indigènes, il faut aussi la reconnaissance par la communauté de
rattachement) être reconnues comme différentes et avoir le droit à des mesures de réparation
(politiques de discrimination positive) en raison des crimes commis dans le passé envers leurs
ancêtres.
Nous en venons à nous demander : est-ce que cette ethnicisation ne serait pas finalement un
FDPRXIODJH GH O¶LQIRUPDOLWp " 6¶DJLW-LO HQ UpDOLWp G¶XQ PrPH SKpQRPqQH GRQW OHV WHUPHV
changent ? Est-ce que la mise en fiction raciale qui reprend des attributs ethniques alors que
ceux-FLDYDLHQWpWpVDYDPPHQWDQQXOpVSDUWRXWHVOHVDQQpHVGHFRORQLVDWLRQG¶HVFODYDJHHW
de « démocratie raciale » au nom soit de la prudence (pour éviter les révoltes esclaves) soit de
la Nation (qui devait être représentée par un peuple unique et uni) serait en réalité une
manière de présenter le Brésil au monde et peut-être dans un but de commerce identitaire,
porté par les tourismes ethniques? Cette question sera revue dans la troisième partie. De fait
O¶DPDOJDPH D pWp OD VROXWLRQ jWRXV OHV SUREOqPHV GHOD FODVVH GRPLQDQWH DILQ GHUpGXLUH j
QpDQWOHVVROLGDULWpVHWOHVWHFKQLTXHVLQWHUHWKQLTXHVFRPPHF¶HVWOHFDVDYHFOHFRPPHUFH
informel depuis fort longtemps (voir Reis). Sommes-nous toutefois autorisée à voir dans
O¶H[SUHVVLRQ© informel » un « truc » pour éviter de parler du commerce Africain ou noir ? Ou
de commerce primitif ? Est-ce un fourre-tout chargé de régler « le problème du noir » selon
O¶DSSHOODWLRQ de Nina Rodrigues au début du XXème siècle. Est-ce que les solutions
normatives et réglementaires proposées par les pouvoirs publics ne sont autant de réponses à
XQIDX[SUREOqPHG¶RUJDQLVDWLRQGXFRPPHUFHLQIRUPHO "1HV¶DJLW-il pas en fait de contrôle
de la population noire et de sa présence dans la ville ? Pour éviter de parler de culture noire,
de savoir-faire spécifique, le vocable commerce informel prendrait le dessus "« 'H FHWWH
PDQLqUH LO Q¶HVW SDV QpFHVVDLUH GH IDLUH XQH SODFH j FHWWH FXOWXUH j Fe savoir-faire dans la
société blanche dominante. Elle reste sur les marges dans le fourre tout informel qui selon les
265 pSRTXHV HVW WROpUp RX SRXUFKDVVp« ,O HVW LQWpUHVVDQW GH UHPDUTXHU TXH OH %UpVLO HQ ORUVTX¶LORSWHSRXUOHPRGqOHGHVRFLpWpPXOWLFXOWXUHOOHHVWO¶XQLTXHSD\VG¶$PpULTXH/DWLQH
qui le fait en relation au devoir de réparation. Tous les autres pays optent pour ce modèle
GDQVO¶RSWLTXHG¶DIILUPHUXQHGLYHUVLWpFXOWXUHOOH«$XQLYHDXFXOWXUHOOH%UpVLOUHVWHGDQVOH
V\QFUpWLVPHG¶DQWDQW laissant une certaine hiérarchie dans les cultures.
/DWUDGLWLRQDIULFDLQHGHFRPPHUFHGHUXHVHPEOHJkFKHUODSURGXFWLRQILFWLRQQHOOHG¶LPDJHV
touristiques (Augé). Le noir et son commerce informel ou désordonné doit laisser place à une
nouvelle conceptioQXUEDQLVWLTXHTXLO¶LJQRUHRXOHGpJXLVH,OQHSHXWH[LVWHUHQWDQWTXHWHO
LOGRLWLQWpJUHUOHVFpQDULRG¶XQHYLOOHIDLWHGHUpJLRQVPRUDOHVTXLQHFRPPXQLTXHQWSDVHQWUH
elles, comme nous le verrons dans la deuxième partie.
4X¶HQHVW-il de la construction de la classe dangereuse ?
/D FODVVH GDQJHUHXVH DSSDUDLW DYHF OH FDSLWDOLVPH HW O¶LQGXVWULDOLVDWLRQ TXL SHUPHW DX[
ouvriers (cols bleus) et aux cadres (cols blancs) de se distinguer du reste du peuple en
REWHQDQWXQSRXYRLUG¶DFKDW&¶HVWORUVTXHODVRFLpWpSDVVHG¶XQV\VWqPHPDUTXpSDUOHVWDWXW
BFRPPHjO¶pSRTXHGe O¶HVFODYDJHRO¶RQQDLVVDLWSDXYUHRXULFKHOLEUHRXHVFODYHBjXQ
système de classes. Passos (2008) fait remarque dans ses analyses que cette classe dangereuse
DSSDUDLW G¶DERUG HQ (Xrope, et plus précisément en Angleterre, berceau du capitalisme
PRQGLDO$YDQWFHODODSDXYUHWpQ¶DYDLWSDVODPrPHFDUDFWpULVWLTXHGHPHQDFHRXQHWWHPHQW
moins. Elle était tenue à distance par une société extrêmement ségrégée dans laquelle la
mobilité sRFLDOH Q¶H[LVWDLW TXH SRXU OHV SOXV ULFKHV GDQV OH VHQV DVFHQVLRQQHO /HV WHUPHV
GpVLJQDQW OHV SDXYUHV j O¶pSRTXH VRQW GHV H[SUHVVLRQV GpSUpFLDWLYHV HW KXPLOLDQWHV TXL
UHQYRLHQWDXPDQTXHGHPR\HQGHQRXUULWXUHG¶LQVWUXFWLRQGHWUDYDLOHWF
/¶DSSDULWion de la classe dangereuse à Salvador peut être associée au début de
O¶LQGXVWULDOLVDWLRQGDQVOHVDQQpHVHWUHFRXYUH© la pauvreté » citée par Agier, elle prend
XQHDOOXUHPHQDoDQWH(OOHV¶LQVFULWGDQVXQVFKpPDGHFRQFXUUHQFHYLV-à-vis du travail et du
SRXYRLUG¶DFKDW6¶DMRXWHjFHWWHFRQFXUUHQFHXQHSUR[LPLWpVSDWLDOHFDXVpHSDUO¶H[RGHUXUDO :
tout le monde se retrouve en ville, où même si tout le monde ne vit pas aux mêmes endroits,
il est possible de VHFURLVHUGDQVO¶espace public. Mobilité sociale, concurrence et proximité
VRQW j QRWUH DYLV OHV pOpPHQWV GpFLVLIV SRXU O¶DSSDULWLRQ G¶XQH FODVVH GDQJHUHXVH TXL
auparavant ne concernait que les bandits de grands chemins. En ville, nous côtoyons notre
ULYDOGDQVO¶HVSDFHSXEOLF&¶HVWDLQVLTXHODQécessité de (re)créer de la distance se fait sentir
jWUDYHUVOHFRQWU{OHGHFHTXLVHSDVVHGDQVODUXHHWO¶RUJDQLVDWLRQVSDWLDOHGHODYLOOH
266 Les marchands de rue vont se voir marqué par le premier stigmate du potentiel danger
contenu par la ruH /D YLOOH j VRQ WRXU YD V¶RUJDQLVHU HQ © régions morales », sur un mode
défensif, analysées dans la deuxième partie de la thèse.
4X¶HQHVW-il également de nos questions préliminaires ? Le marchand de rue est-il noir ? Estil pauvre ?
Nous pouvons commencer à apporter quelques éléments de réponses mais ces questions
continueront à être traitées au cours de la troisième partie. En relation avec la couleur
« noire », nous avons vu que le métissage de la première République a rendu impossible ce
type de classification car le métissage est celui qui a recouvert dans une seule catégorie toutes
les nuances du « non problème de la couleur » (Azevedo, Pierson), au Brésil. Cependant, ce
métissage a incorporé ce que la société de classe aurait dû résoudre : une hiérarchisation de la
VRFLpWp &H TXL IDLW TXH SOXV RQ HVW EODQF B PrPH VL OD FRXOHXU Q¶HVW SOXV VHXOHPHQW
déterminée par la pigmentation mais par le statut _ plus on est haut placé dans la hiérarchie
sociale et donc riche, et plus on est noir, moins on est haut placé et plus on est pauvre.
/¶DWWULEXW QRLU HVW SOXW{W DVVRFLp j XQH DWWLWXGH HW j XQH FXOWXUH TX¶j XQ SK\VLTXH 6L OHV
phénotypes continuent de fonctionner comme marqueurs sociaux ils ne sont ni excluant ni
GpWHUPLQDQW(QUHYDQFKHO¶DWWDFKHPHQWjXQ savoir-faire et à des manières qui ne sont pas
FHOOHV GH OD FODVVH GRPLQDQWH HVW H[FOXDQW HW GpSUpFLDWLI HW FDSDEOH G¶HQIHUPHU GDQV OD
catégorie « noire » ou « pauvre » quiconque y recourt.
Le noir, entendu dans ces termes et non comme une simple couleur ou origine peut
caractériser du point de vue etic les marchands de rue, attachés à une tradition et associés à
O¶HVSDFHSXEOLFFRQVLGpUpFRPPHHVSDFHGHODUHOpJDWLRQ1RXVYHUURQVSDUODVXLWHFRPPHQW
FHV FDUDFWpULVDWLRQV GH O¶DXWUH RQW SX pYROXHU DXMRXUG¶KXL GDQV OD VRFLpWp PXOWLFXOWXUHOOH
marquée par des revendications identitaires fortes.
IIPour reprendre la citation de Foucault concernant la microphysique du pouvoir, je dirais que
celle-FL FRQFHUQH j OD IRLV OHV FRUSV PDWpULHOV HW O¶HVSDFH SK\sique de la ville. Au niveau
FRUSRUHOOHSRXYRLUVRXKDLWHV¶H[SULPHUHWPRGHOHUOHFRUSVjSDUWLUGHO¶pGXFDWLRQGXSRUW
GH OD WHQXH GHV PDUFKDQGV GH UXH ,O QH V¶DJLW SDV G¶XQH VLPSOH UqJOHPHQWDWLRQ GH OHXU
267 SUDWLTXH PDLV G¶XQH QRUPDOLVDWLRQ GH OHXU FRUps. Au niveau de la ville, les espaces sont
conçus en relation avec ceux qui les habitent. Une lecture de ces espaces en fonction de la
manière dont ils sont perçus nous livre une physique du pouvoir dans le corps de la ville. En
G¶DXWUHV WHUPHV FRPPHQW OD EDWWHULH G¶LQVWLWXWLRQV GX FDSLWDOLVPH PHW-elle HQ °XYUH GHV
PpFDQLVPHV GH GpIRUPDWLRQ GH OD FXOWXUH DIULFDLQH SRXU TX¶HOOH QH VH GLVWLQJXH SOXV GH OD
culture dominante ou TX¶HOOHSHUGHVHVVSpFLILFLWpV ?
Pour répondre à cette question, nous abordons notUH WHUUDLQ XUEDLQ j SDUWLU G¶RXWLOV GH
O¶DQWKURSRORJLHXUEDLQHWHOTXHOHGpFRXSDJHHQUpJLRQVPRUDOHVDILQGHUHSUpVHQWHUODYLOOH
des points de vue de ceux qui la vivent. Une fois déterminés les espaces moraux de la ville
qui ne sont pas toujours les mêmes pour tout le monde, nous appliquons la même analyse au
contexte festif qui est notre terrain privilégié dans le cadre de cette recherche. Nous
FRQVLGpURQVG¶DERUGOHVIrWHVSRSXODLUHVSXLVOHFDUQDYDODILQGHWURXYHUOHVFDUDFWpULVWLTXHV
GH FKDFXQH G¶Hntre elles en relation avec les barraqueiros. Dans cette partie, le profil
représenté par Carlos est mis de côté et sont approfondies les conditions de travail de Dona
India et sa fille.
/DSURSRVLWLRQGHQRXVLQVSLUHUGHO¶DQWKURSRORJLHXUEDLQHRXG¶XQHDnthropologie de la ville
dans cette partie repose sur une sensibilité qui nous est propre en relation avec la ville. Ces
GHX[ GLVFLSOLQHV SURFKHV O¶XQH GH O¶DXWUH QRXV GRQQHQW GHV RXWLOV TXL QRXV VHPEOHQW
intéressants pour aborder la ville. Le gigantisme se fait accessible quand il est mis au niveau
GH O¶KXPDLQ TXL D OD IDFXOWp GH VH UHSUpVHQWHU FH TXL O¶HQWRXUH PrPH ORUVTX¶LO QH SHXW OH
GRPLQHU /¶DQDO\VH TXL QRXV LQWpUHVVH HVW FHOOH TXL IDLW XQH OHFWXUH GH O¶HVSDFH HQ UpJLRQV
morales afin de chercher des réponses aux questionnements induits par les plaintes de Dona
,QGLDHWVDILOOH3RXUTXRLSOXVTXHG¶DXWUHVOHVPDUFKDQGVGHVIrWHVSRSXODLUHVVRXIIULUDLHQW
du climat social ambiant ? Nous souhaitons voir si les logiques spatiales de ségrégation,
fragmentation, standardisation, exclusion auxquelles se confrontent les barraqueiros
SUHQQHQW VHQV j SDUWLU GX GpFRXSDJH HQ UpJLRQV PRUDOHV &HWWH DQDO\VH SHUPHW G¶DERUGHU
O¶LQVFULSWLRQVSDWLDOHGHVbarraqueiros en ville et dans les fêtes.
Park parle de « O¶H[SpUience fascinante, mais dangereuse, qui consiste à vivre dans plusieurs
mondes différents, certes contigus, mais malgré tout bien distincts ». Nous avons ici la notion
de dDQJHUDVVRFLpHjODYLOOHHWjO¶expérience spatiale de celle-ci, qui renforce notre réflexion
sur la classe dangereuse en lui attribuant un volet spatial. En effet, la « classe » dangereuse
peut se faire « région » dangereuse, « monde » dangereux. Ces mondes qui nous sont
étrangers mais dans lesquels nous pouvons être amené à nous déplacer favorisent
268 O¶LPDJLQDLUHGXGDQJHU&¶HVWHQFHVHQVTX¶$JLHUSURSRVHXQH© cartographie imaginaire » de
la ville pour repérer les différentes zones qui se distinguent les unes des autres au niveau
PRUDOPrPHHQO¶DEVHQFHGHSROLWLTXHGHVpJUpJDWLRQ'DQs le cas de Salvador nous avons
relevé trois configurations historiques de la ville qui, loin de se remplacer, se juxtaposent : 1/
la configuration verticale opposant la ville basse et la ville haute du temps de la colonie, 2/ la
configuration horizontale qui oppose la Baie et le littoral lorsque commence
O¶LQGXVWULDOLVDWLRQj6DOYDGRUHWO¶pFODWHPHQWGHVFHQWUHVTXLIRUPHXQH© ville archipels »
0RQJLQ IUDJPHQWpH GDQV ODTXHOOH O¶HVSDFH VH SULYDWLVH HW VH UHSOLH VXU OXL-même dans des
constructions de type monades où la notion de pollution exprime un danger latent de
contamination par un corps étranger (physique humaine ou urbaine).
A partir de cette lecture, nous retirons les caractéristiques des quartiers qui accueillent les
fêtes populaires. Ils sont en effet des quartiers abandonnés par le nouveau schéma urbain. Ils
V¶LQVFULYHQWGDQVXQXUEDQLVPHTXLUHPRQWHDXPR\HQ-âge et à une configuration verticale qui
représente une société de statut avec peu ou pas de mobilité sociale. Les fêtes occupaient
aORUVXQVWDWXWSDUWLFXOLHUSXLVTX¶HOOHVpWDLHQWO¶H[WUD-quotidien qui permettait, le temps de la
FpOpEUDWLRQ G¶XQ 6DLQW XQH RXYHUWXUH HW XQH PL[LWp VRFLDOH VXU OD SODFH GH O¶pJOLVH (Q
revanche dans la configuration actuelle, cette région de la ville est reléguée à la pauvreté et
participe à OD IDEULFDWLRQ GH GLVWDQFH VRFLDOH j WUDYHUV GH O¶LGpH GH UpJLRQ GDQJHUHXVH
PDUJLQDOH/¶HVSDFHSXEOLFGRQWQRXVDYRQVGpMjPRQWUpOHVPpFDQLVPHVGHPLVHjGLVWDQFH
et la région morale toute entière font que les fêtes sont désertées par les populations qui
KDELWHQWG¶DXWUHVUpJLRQVPRUDOHVGHODYLOOH&HVFpOpEUDWLRQVGHYLHQQHQWGHVIrWHVVpJUpJpHV
de la pauvreté. Les barraqueiros qui trouvent leur essence dans les fêtes populaires puisque
leur tradition relève à la fRLVGXFRPPHUFHHWGHODYRFDWLRQG¶XQFXOWHjXQ6DLQWSHUGent tout
leur sens quand ils en sortent. Ainsi, la charge négative de la région morale se répercute
GLUHFWHPHQW VXU FHWWH SRSXODWLRQ TXL HQ VRXIIUH DX TXRWLGLHQ &HWWH VpJUpJDWLRQ V¶DPSOLILH
encore plus lorsque nous regardons les fêtes « lights ªTXLVRQWOHVIrWHVGHO¶DIILUPDWLRQGHOD
différence des classes aisées épousant toutes les valeurs des deuxième et troisième
configurations urbaines. EOOHVVHUDSSURFKHQWGHO¶HVWKpWLTXHFDUQDYDOHVTXHGDQs laquelle une
véritable chasse à la pauvreté est faite par les pouvoirs publics. Le carnaval qui se déroule
GDQVXQHVSDFHSXEOLFUpXVVLWjPHWWUHHQSODFHOHVPpFDQLVPHVQpFHVVDLUHVjO¶pYLFWLRQGHOD
pauvreté principalement sur les voies qui seront photographiées par les caméras. Dans ce
scénario, les barraqueiros sont des êtres anachroniques qui ne font que rappeler le passé peu
UHOXLVDQWGHO¶HVFODYDJH1RXVUHWURXYRQV GDQVO¶DUWLFOHGXMRXUQDO$7DUGH la référence à la
« Casa grande e senzala » qui semble déplorer plutôt la senzala que la casa grande. Dans le
269 scénario carnavalesque où les règles sont rigides pour réussir la mise en fiction désirée, le
YHQGHXUjODJODFLqUHUHoRLWSOXVG¶DWWHQWLRQTXHOHV barraqueiros. En effet, leur mobilité et
leur peu de matériel semblent mieux épouser les formes du carnaval. Ils se fondent dans la
foule, alors que les barraqueiros RFFXSHQW GH O¶HVSDFH TXL SRXUUDLW rWUH FRPPHUFLDOLVp j
G¶DXWUHV ILQV, plus rentables, comme O¶LQVWDOODWLRQ GH JUDGLQV RX GH loges, éléments plus
QREOHVTXHFHVpFKRSSHVYHQXHVGHODQXLWGHVWHPSVTXLQHV¶LQWqJUHQWQLjO¶HVWKpWLTXHQL
aux valeurs du carnaval axé de Bahia. Résultat, le décor qui leur convient est dégradé (celui
des fêtes populaires) tandis que celui du carnaval a pris une direction radicalement opposée.
Ils en sont chassés.
Les marchands « sans tradition236 » représentés par les marchands à la glacière sont ceux qui
EpQpILFLHQWGHSOXVG¶HVSDFHVPDUFKDQGVSHQGDQWOHFDUQDYDOHWjGHVWDULIVSOXVDYDQWDJHX[
Comme si le sort s¶DFKDUQDLWVXUOHVbarraqueiros. Leur filiation à la tradition de commerce
de rue des Africains semble être intégrée par les pouvoirs publics qui établissent les règles sur
OHPrPHPRGqOHGHSXLVGHVVLqFOHV/DGLIIpUHQFHHVWGDQVO¶DSSOLFDWLRQGHFHVUqJOes qui se
fait plus souple dans la région morale qui relève de la configuration ancienne, et plus rigide
dans la ville moderne en général. De fait, ces règles restent très dures et restrictives lorsque la
fiscalisation se fait plus sévère.
Cet acharnement peut être compris à la lumière des régions morales en tant que changement
GH YDOHXUV TXL IDLW TXH OHV IrWHV SRSXODLUHV GHYLHQQHQW OH PRLQGUH GHV VRXFLV G¶XQH
RUJDQLVDWLRQ IHVWLYH TXL V¶DSSXLH VXU OHV PrPHV SULQFLSHV TXH OH PDUNpWLQJ WRXULVWLTXH
mettant en DYDQWODFDUWHSRVWDOHWRXULVWLTXH,OQµH[LVWHSDVGDQVFHVFRQGLWLRQVGHVHQVLELOLWp
sociale qui pourrait porter des projets qui bénéficieraient la population noire de Salvador ou
le commerce de rue. La standardisation du carnaval en général (et pas seulement du
commerce de rue) a tout à voir, de mon point de vue, avec cette idée de carte postale dans
ODTXHOOH OHV IRUPHV G¶H[SUHVVLRQ GRLYHQW rWUH FHOOH GHV WHFKQLTXHV PDUFKDQGHV PDUNpWLQJ
avant toute chose. Le markéting aime les images simples et parlantes où peu de signes
GRLYHQW DSSDUDvWUH 'H SOXV LO IDXW ELHQ OHV FRQWU{OHU DILQ TX¶LOV QH SURGXLVHQW SDV GH
significations indésirables. Dans ce contexte de nettoyage et de relégation sur les marges de
la pauvreté (standardisée et uniformisée), nous pouvons annoncer les prémices du commerce
identitaire orchestré par le markéting urbain de Salvador que nous étudions dans la troisième
partie.
236
Terme utilisé par la fille India 270 Au début de la deuxième partie je pose quelques questions que vais reprendre ici : Quels sont
OHV
PRGHV
G¶DGDSWDWLon
ou
les
confrontations
engendrées
par
la
binarité
barraqueiros/pouvoirs publics "&RPPHQWOHVPDUFKDQGVDXQRPG¶XQHQpFHVVLWpYLWDOHVRQWils capables de transcender la tradition ou la réalité ? Ou comment au contraire sont-ils
écrasés par cette dernière ?
Pour répondre, au moins partiellement à cette question, nous aimerions revenir sur une
attitude de la fille India qui nous a dans un premier temps surpris mais qui, finalement, nous
apparait plus comme une solution que comme une contradiction. La fille India, comme nous
O¶LQGLTXRQVGDQVODSUHPLqUHSDUWLHGHODWKqVHQRXVIDLVDLWSDUWDXGpEXWGHQRVUHQFRQWUHVHQ
2004-2005 de son désarroi face à la perte de la tradition et pointait deux fauteurs : la mairie à
travers ses lois de standardisation et sa fiscalisation et les entreprises de bière à travers leur
prise de possession du commerce de rue des fêtes populaires. Lorsque nous avons revu la fille
India en décembre dernier (2011), elle nous annonçait sur un ton complice combien elle était
en bons termes avec une entreprise de bière qui lui fournissait en plus du congélateur des
tables et des FKDLVHVFHTX¶HOOHIRXUQLWjWRXWHVOHVEDUDTXHVHQpFKDQJHGHO¶H[FOXVLYLWpGH
vente), une sonorisation qui lui permettait, le soir venu, de transformer sa baraque
WUDGLWLRQQHOOH HQ OLHX GH UHQFRQWUH R OHV FRXSOHV SRXYDLHQW VH IRUPHU DX GpWRXU G¶XQH
musique brega237.
&RPPH QRXV OH GLVLRQV SOXV TX¶XQH WUDKLVRQ YLV-à-vis de sa position quant à la tradition_
TX¶HOOH FRQWLQXH SDU DLOOHXUV G¶DIILUPHU SXLVTX¶HOOH D TXLtté le syndicat pour former une
association plus active en termes de revendication identitaire (selon elle) _, le changement est
j QRWUH DYLV DYLV OD SUHXYH G¶XQH FDSDFLWp j V¶DGDSWHUHQ IRQFWLRQ G¶XQ FRQWH[WHTXL GHSXLV
toujours a ses hauts et ses bas en matière de tolérance. Ainsi, certains commerçants de rue ont
acquis une sorte de sagesse qui fait que plutôt que de se buter, ils se réinventent au détour des
difficultés rencontrées. Cette faculté particulière éclaire également notre hypothèse quant à la
perte de la tradition que peuvent déplorer certaines personnes bercées par une idée de la
FXOWXUHTXLQHFRPSUHQGSDVFHVUpLQYHQWLRQVSDUH[HPSOHFHX[TXLGpSORUHQWO¶LQWUXVLRQGH
cette musique « brega » qui remplace les rondes de sambas improvisées sur la place de la
IrWH 6L QRXV SRXYRQV DXVVL OH GpSORUHU HQ IRQFWLRQ G¶XQH LQFOLQDLVRQ SHUVRQQHOOH SRXU OH
samba de roda, nous ne pouvons pas le faire en tant que chercheuse, restant toujours curieuse
de voir comment se forment et se défont les assemblages qui donnent lieu à une culture
vivante et mouvante.
271 III'DQV OD GHUQLqUH SDUWLH QRXV FKHUFKRQV OHV UHODWLRQV TX¶HQWUHWLHQQHQW OD FXOWXUH DIUR HW OD
culture noire. Nous cherchons pour cela les caractéristiques culturelles des marchands de rue
à travers une étude de leurs références, de leur équipement de travail et de leur esthétique.
Nous repérons que pendant les fêtes populaires la décoration des baraques ou même des
JODFLqUHV HVW SUpVHQWH PrPH VL HOOH Q¶HVW SDV JpQpUDOLVpH 'H OD SDUW GHV barraqueiros, les
références visuelles (autres que les affiches de bières) sont toutes dirigées vers le syncrétisme
UHOLJLHX[ j WUDYHUV OH FXOWH G¶XQ 6DLQW GX FDQGRPEOp /H FDGUH GHV IrWHV SRSXODLUHV HVW
également baigné par le syncrétisme religieux ce que nous voyons à partir de la fête de Santa
Barbara.
Pendant le carnaval, les références changent. Les marchands sont plus nombreux, plus
GLYHUVLILpVSOXVFRQWU{OpVHWOHXUHVWKpWLTXHV¶HQWLHQWDX[DIILFKHVIRXUQLHVSDUOHVVSRQVRUV
Les baraques sont en nombre décroiVVDQW HW V¶LQWqJUHQW PDO j FH W\SH GH FRQWH[WH /HV
marchands à glacière ou au « carrinho » sont ceux qui bénéficient du plus de lots disponibles.
,OVVHPEOHQWPLHX[V¶DGDSWHUDX[PHVXUHVGHVWDQGDUGLVDWLRQG¶XQLIRUPLVDWLRQDLQVLTXHGH
ségrégation spatiale dans les rues adjacentes. Les comptoirs sont dans une situation
GRXEOHPHQWLQIRUPHOOHSXLVTX¶LOVGpSHQGHQWGHVQpJRFLDWLRQVDYHFOHVSDWURQVGHVERXWLTXHV
HW VRQW j FH WLWUH GRXEOHPHQW IUDJLOLVpV HW PHQDFpV &HSHQGDQW OHXU QRPEUH Q¶HVW SDV
décroissant HWOHVFDQGLGDWVUHVWHQWQRPEUHX[PDOJUpOHULVTXHGHO¶RSpUDWLRQpFRQRPLTXH$
partir de ces expériences diverses, nous mettons en évidence quatre figures de travailleurs de
rue en temps de fête : le pauvre déraciné (Dona India), le pauvre capitalisé (Carlos), le pauvre
dangereux et le pauvre ethnique.
La pauvre déracinée incarnée par Dona India dramatise son histoire et réinvente la
WUDGLWLRQ HQ IRQFWLRQ GHV REVWDFOHV TX¶HOOH UHQFRQWUH 1RXV HQ YHQRQV j QRXV GLUH TXH OD
décoration de sa baraque a pu être également une stratégie face aux préjugés liés à la pauvreté
jXQHpSRTXHROHV\QFUpWLVPHUHOLJLHX[IRQFWLRQQDLWDYHFOHVSRXYRLUVSXEOLFV$XMRXUG¶KXL
FHWWH UpSRQVH Q¶HVW SOXV HQ DGpTXDWLRQ DYHF OH FRQWH[WH IHVWLI HW WRXULVWLTXH 'H FH IDLW OD
décoration des baraques ne serait pas un trait culturel dans le sens figé du terme mais serait
par la force des choses devenue un élément de leur culture. De même que le syncrétisme qui
DpWpDGRSWpGDQVXQHWHQWDWLYHG¶REWHQLUXQSHXGHO¶LQGXOJHQFHGHODUHOLJLon catholique et
du monde dominant a pu être une stratégie valable pendant un long temps et qui sera peut être
237
Musique sentimentale des bals populaires dans les quartiers périphériques et les villes de
province.
272 amenée à évoluer en fonction du système de droit qui est associé aux revendications ethnico
globales de la société multiculturelle. De fait, rien Q¶HVW DEVROXPHQW ILJp FKH] FHV
barraqueiros, dont le discours évolue.
/DILJXUHGXSDXYUHFDSLWDOLVpHVWLQFDUQpHSDU&DUORV%LHQTX¶LOQHVRLWSDVYDORULVDQW
YX GX GHKRUV LO V¶DJLW G¶RFFXSHU OH EDV GH OD KLpUDUFKLH FH VWDWXW YDORULVH GX GHGDQV HQ
octUR\DQWGHVFUpGLWVHWXQHYLVLELOLWp$SDUWLUGXPRPHQWROHSDXYUHV¶DVVXPHHQWDQWTXH
tel, il peut faire carrière dans ce type de modèle de vie du pauvre honnête et intégré dans la
VRFLpWpGHPDUFKpjVRQpFKHOOH/¶RUJDQLVDWLRQOHUDQJHPHQWHWOHFlassement de la pauvreté
VHIDLWDXQLYHDXORFDOPDLVHQVXLYDQWGHVQRUPHVJOREDOHVGHWD[HVGHQRUPHVG¶K\JLqQH
G¶pTXLSHPHQWVVWDQGDUGLVpVGHVLJQHVGLVWLQFWLIVWHOVTXHOHEDGJHRXOHJLOHWHWOHVVWDJHVGH
SURIHVVLRQQDOLVDWLRQ&¶HVWHQFHODTXHOH UHJLVWUHPRUDOOHFRQFHUQDQWGHYLHQWSRVLWLIHWTX¶LO
quitte les caractéristiques de marginalisation du commerce informel.
/H SDXYUH GDQJHUHX[ HVW O¶DQWLWKqVH GH &DUORV LO Q¶HVW QL pTXLSp GH PDWpULHO
standardisé ni prêt à participer à la société de marché. Résultat, il représente une menace et de
FHIDLWLOHVWFKDUJpQpJDWLYHPHQWPRUDOHPHQW&¶HVWHQUpSRQVHjFHJHQUHG¶LQIRUPDOLWpTXH
les pouvoirs publics parlent de « défavélisation ª HW TX¶LOV DGRSWHQW GHV PHVXUHV GH
marginalisation spatiale.
Le pauvre ethnique participe de la carte postale de Bahia au même titre que la Baiana,
TXL HOOH D GpMj VD SUDWLTXH UpSHUWRULpH DX SDWULPRLQH LPPDWpULHO GH O¶KXPDQLWp $X QLYHDX
épistémologique nous repérons à travers la terminologie relative au commerce de rue une
VLPLOLWXGH RX XQ UHWRXU GHV WHUPHV G¶LQGLJqQH RX G¶$IULFDLQ DYHF FHWWH GpVLJQDWLRQ GH
O¶HWKQLTXHHWFHODQRXVDPqQHjQRXVTXHVWLRQQHUVXUODILOLDWLRQGXFRPPHUFHLQIRUPHODYHF
FH FRPPHUFH HWKQLTXH /¶LQIRUPHO VHUDLW WRXW FH TXL Q¶HVW SDV GX PRQGH RX GX pays des
GRPLQDQWVHWFDUDFWpULVHUDLWFRPPHO¶HWKQLTXHWRXWFHTXLYLHQWGHVDQFLHQQHVFRORQLHV(Q
bref, nous retombons sur une logique duale qui divise le monde en fonction de ceux qui
dominent et de ceux qui sont dominés. Cette conception est induite par le terme de commerce
informel.
&H UHFRXUV j O¶HWKQLFLWp SRXU SDUOHU GH FHX[ TXH O¶RQ GRPLQH QRXV LQYLWH j YLVLWHU OHV
catégories raciales, ethniques, passées ou présentes. Pour ce faire, nous reprenons nos
analyses de la première partie autour des ères morales et systématisons les catégories en
YLJXHXU SRXU FKDTXH pSRTXH 1RXV \ DMRXWRQV OHV FDWpJRULHV JOREDOHV G¶DIUR-descendant et
G¶DXWRFKWRQHV1RXVUHJDUGRQVpJDOHPHQWODULWXDOLVDWLRQTXLV¶HVWRSpUpSHQGDQWOHFDUQDYDO
273 des races et ethnies. Enfin nous concluons sur les derniers nés de la Bahiatursa, les circuits
touristiques ethniques.
$ SDUWLU G¶XQH OHFWXUH WUDQVYHUVDOH GH O¶KLVWRLUH GHV FDWpJRULHV UDFLDOHV DX %UpVLO QRXV
remarquons une continuité entre la catégorie des « inutiles » (première époque) et celle de
« la pauvreté ª GHX[LqPH pSRTXH 'DQV OD WURLVLqPH pSRTXH FHV FDWpJRULHV V¶DVVLPLOHQW j
ceux qui ne se formalisent pas identitairement et que nous avons appelés « les exclus du pacte
de réparation ». Cela peut être le cas des barraqueiros par exemple qui restent dans le schéma
syncrétique, hors de toute revendication positive. Au fil du temps, des groupes sociaux ont pu
LQWpJUHUOHVFDWpJRULHVGHVGRPLQDQWVOHVPpWLVVHVSDUH[HPSOH$XMRXUG¶KXLFHWWHDVFHQVLRQ
concerne les représentants des minorités ethniques qui, à travers leur rôle de représentant,
fréquentent toutes les sphères du pouvoir notamment des grandes réunions globales et se font
XQHSODFHDXF°XUGHODVRFLpWpGHVGRPLQDQWV238&HVJURXSHVYLHQQHQWV¶LQVFULUHHQFRQWUH
point GH O¶H[HPSOH GHV barraqueiros TXL HX[ JDUGHQW O¶LQIRUPDOLWp FRPPH XQ VWLJPDWH
G¶LQIpULRULWp GRQW LOV QH VDYHQW VH GpIDLUH 6¶LOV Q¶REWLHQQHQW SDV GH GURLWV VSpFLILTXHV LOV
GpSHQGHQW HQ UHYDQFKH GH GHYRLUV FRPPH FHX[ GH UHVSHFWHU OHV IRUPHV GH O¶LQIRUPHO
contrôlées par les dominants.
'DQVOHVDQQpHVHQUpDFWLRQjO¶LPDJHGXQRLUHQWDQWTXHJURXSHLQIpULHXUGHVJURXSHV
carnavalesques proposent une version critique du monde noir idéalisé par une esthétique et
une histoire héroïque. Cette Afrique réinventée des groupes afro qui puise à la fois dans des
réalités locales et dans des références globales sert de matière à la grosse industrie musicale
qui voit le jour dans le années 1980 autour du carnaval de Bahia et de ses blocs de barons de
la Axé Music. Ces blocs afro sont ceux qui vont également servir aux pouvoirs publics pour
FRPSOpWHUO¶LPDJHSXEOLTXHGH%DKLDRXVRQLPDJHGHPDUTXH
/¶HWKQLFLWpSUpVHQWHGDQVOHFDUQDYDOIRQFWLRQQHFRPPHXQVFpQDULRFDUQRXVDYRQVYXTXH
O¶HWKQLFLWpUpHOOHDWRXMRXrs été brouillée par les pouvoirs publics (Reis, Tall, Caponne) pour
éviter les coalisions. Dans le candomblé, les références sont restées ethniques car les
chercheurs en sciences sociale, dans un souci de répertorier, ont nourri ces classifications.
Mais DX QLYHDX SROLWLTXH RX PrPH FRQVWLWXWLRQQHOO¶HWKQLFLWpD ORQJWHPSVpWp QLpH grâce à
O¶DPDOJDPH SHUPLV SDU OHV FRQVLGpUDWLRQV UDFLDOHV SRUWpHV SDU GHV YRFDEOHV GH FRXOHXU OH
Noir, le Blanc) ou la référence à une origine africaine unitaire (afro-descendance).
274 Les quatre dimensions de la mondialisation fonctionnent en réseau de contrôle absolu,
articulant la mondialisation 1/ des marchés, 2/ des signes, 3/ idéelle et 4/ du politique. A ces
logiques implacables globales, nous devons toutefois ajouter la dimension locale qui ne
V¶DIIDLEOLWSDVHWFRQVWUXLWOH© glocal ªXQORFDOTXLV¶LPSUqJQHGHVORJLTXHVPRQGLDOHV
/HVH[HPSOHVGH1LFHHWGH6DOYDGRUVRQWSULVGDQVO¶RSWLTXHG¶pWXGLHUO¶LQVWUXPHQWDOLVDWLRQ
opérée par les pouvoirs publics dans des stratégies de développement touristique. Dans le cas
GH6DOYDGRUOHVFULWLTXHVVRQWWUqVPDOYXHVHWWD[pHVG¶DQWLSDWULRWLque. À Nice, en revanche,
les jeux contestataires fonctionnent à deux niveaux : le niveau local dans une dynamique de
repli sur soi conservateur et le niveau mondialisé « think globaly, act localy » des groupes de
MHXQHV TXL XVHQW OD JOREDOLVDWLRQ SRXU UHQIRUFHU OH ORFDOLVPH $X QLYHDX GH O¶LPDJHULH
institutionnelle, des produits sont crées à travers de lieux (le Pelourinho), de fêtes (carnaval
RXIrWHVOLJKWHWGHFLUFXLWVWRXULVWLTXHVHWKQLTXHV&¶HVWjWUDYHUVODIRUPHTXHO¶RQDWWHLQW
des références globales prêtes à être servies et vendues aux touristes. Un scénario fictionnel,
EDVp VXU O¶DXWKHQWLFLWp HIIDFH OD PLVqUH HW RIIUH GHV SURGXLts de vente. À Salvador, le
VSHFWDFOHGHYLHQWHWKQLTXHHWVHGpYHORSSHDXWRXUGHO¶LPDJHGXSHXSOHQRLUVRXULDQWIHVWLIHW
SDUHVVHX[&HVFpQDULRUHSRVHVXUO¶LGpHSDUWDJpHGHODERQQHHQWHQWHGHVUDFHVIRQGDWULFHV
GX%UpVLOHWGHO¶RUJXHLOG¶rWUHEDKLDnais. Il crée les conditions propices pour valoriser tout ce
qui se vend comme produit culturel. Ainsi, donnant suite à ce scénario fictionnel, les
industries et le développement en général restent au Sud du pays. Toutes propositions en
dehors de ce scénario sont assimilées à des actes antipatriotiques. Les contestations sont donc
rapidement étouffées ou récupérés par la machine à créer un produit identitaire bahianais
« formel », authentique.
« /¶DXWKHQWLFLWp » produite par les dépliants touristiques et le markéting urbain en général
est-HOOH O¶pOpPHQW TXL YLHQW VH VXEVWLWXHU DX V\QFUpWLVPH G¶DQWDQ ? Ou plutôt, est-ce que le
V\QFUpWLVPH pWDLW O¶LQVWUXPHQW GH OD « démocratie raciale » HW O¶DXWKHQWLFLWp HVW FHOXL GH OD
globalisation ? Ce qui reviendrait à dire que les populations pauvres de Salvador ne sont pas
en adéquation avec les directrices encore récentes de la globalisation et restent dans le
VFKpPDGHO¶DVVLPLODWLRQFXOWXUHOOHFRPPHGDQVO¶H[HPSOHGHVERQQHVGH9LGDO"$SDUWLUGH
là, nous rappelons comme le fait Hall (2007) à propos de la transition de deux modèles
politico-pFRQRPLTXH HQ $QJOHWHUUH TX¶XQ PRGqOH QH VH VXEVWLWXH MDPDLV FRPSOqWHPHQW j
O¶DXWUHPDLVTX¶LOs se superposent un temps puis gardent GHVVXUYLYDQFHVGHO¶DXWUH3HXW-être
238
1RXV SRXUULRQV DMRXWHU LFL TX¶LOV VRQW VRXYHQW OHV SUHPLHUVFRQFHUQpV SDUOH V\VWqme de
275 manque-t-il une révolution culturelle au Brésil, qui passe par sa démocratisation culturelle
SRXUTXHOHVSDXYUHVDGRSWHQWO¶KDELWJOREDOFRPPHFHODVHSDVVHXQSHXSDUWRXWHWSRXUTXH
le patriotisme laisse place à la création alternative "4XRLTX¶LOHQVRLWla mise en scène et en
VSHFWDFOHGHODUDFHDYHFDFFHSWDWLRQHWKQLTXHRXQRQFRQWLQXHjrWUHDXF°XUGHODVRFLpWp
brésilienne.
6LYR\DJHUF¶HVWDFFHSWHUXQVFpQDULRILFWLRQQHOQRXVSRXYRQVUHPDUTXHUDYHF$XJpTXHOD
terre a déjà été complètement quadrillées par les agences de tourisme et que maintenant elles
V¶DWWDTXHQWjODYDULpWpGHVJHQUHV&¶HVWDLQVLTXHOHWRXULVPHHWKQLTXHDSSDUDLWVDQVGRXWH
pour répondre à des envies ou des besoins des populations des pays qui produisent les
touristes pour leVHQYR\HU YRLUGHVSD\V SURGXLVDQWGHODFXOWXUHGHO¶HWKQLHHWELHQV€UGH
O¶H[RWLVPH239. Ces innovations correspondent à des ouvertures de marchés dans lesquels la
YLDELOLWpDpWppWXGLpH&¶HVWOHFDVSRXUOHSXEOLFG¶DIURDPpULFDLQVTXLHVWIULDQWGHWourisme
de racine ainsi que des classes moyennes et aisées des pays du premier monde qui sont en
quête de retour aux sources qui peut VHPDWpULDOLVHUGDQVO¶XQHRXO¶DXWUHGHVSURSRVLWLRQV
ethniques : afro ou autochtones. Pour ce qui est des contenus des circuits, il semble que la
UpIpUHQFHjODILFWLRQHVWFHOOHTXLO¶HPSRUWH ! Les circuits urbano-ethnique de Salvador nous
SURSRVHQWXQHSORQJpHFKH]OHVFRPPXQDXWpV%DQWRXVRX<RUXEDHWQHV¶LPSRUWHQWSDVG¶rWUH
WRWDOHPHQWILFWLRQQHOVSXLVTXHO¶HWKQLHDGHpuis longtemps été effacée de la réalité des Noirs
HW PpWLVVHV GH 6DOYDGRU (OOH V¶HQ HVW DOOpH DYHF OHV GHUQLHUV DIULFDLQV TXH 1LQD 5RGULJXHV
GpFULYDLHQW/HVFLUFXLWVQHVRQWSURMHWpVTX¶HQIRQFWLRQGXFKLIIUHG¶DIIDLUHHWGHODSRVVLELOLWp
de transformer la culture en produit marchand.
3RXUDOOHUXQSHXSOXVORLQ«
&HWWHWKqVHDVRXOHYpGHQRPEUHXVHVTXHVWLRQVHWjUpSRQGXjTXHOTXHVXQHVG¶HQWUHVHOOHV«
Nous aimerions terminer par quelques considérations plus générales pour inscrire cette thèse
dans notre expérience personnelle et donc, sur un mode un peu plus léger, ouvrir quelques
SRUWHVGHUpVRQDQFHHWGHFULWLTXHV«
/H FKHUFKHXU RX O¶DUWLVWH SURGXLVHQW GH OD PDWLqUH TXL SHXW rWUH LQWpJUpH DX VFpQDULR
WRXULVWLTXH&¶HVWOHFDVSDUH[HPSOHGHV© villages africains » de Pierson qui se retrouvent
dans un circuit « etnico afro » ou des catégories ethniques de Nina Rodrigues (ou Bastide).
discrimination positive dans les universités où ils deviennent des spécialistes.
239
Ce principe se retrouve cependant également au niveau local avec la mise en tourisme des régions (en France par exemple). 276 La production scientifique est potentiellement transformable en produit. De même, la
production culturelle des noirs pHQGDQW OH FDUQDYDO V¶HVW UHWURXYpH DX F°XU GX PDUNpWLQJ
touristique festif. 1¶HVW GRQF SDV VXEYHUVLI RX FRQWHVWDWDLUH TXL YHXW 0DLV TXL SHXW« /H
SRXYRLU GH FRQWHVWDWLRQHVW pJDOHPHQW OLp j OD FKDUJH PRUDOH TXH O¶RQWUDQVSRUWH$LQVL XQ
noir, mal coiffé, D EHDXFRXS SOXV GH FKDQFH G¶rWUH SRLQWp GX GRLJW FRPPH VXEYHUVLI RX
antipatriotique que moi, jeune chercheuse blanche, française, même si le contenu de ce que
M¶H[SRVHHVWODUJHPHQWSOXVFULWLTXHTXHFHOXLG¶XQFKDQWHXUGHUHJJDHSDUH[HPSOH«
Nous sommes tous acteur ou spectateur dans un scénario monté au niveau international par la
mondialisation idéelle, protégé par les médias. La planète (et nos vies) sont intégrées de ce
point de vue à un schéma global transformant tout en un gigantesque Disneyland où les
productions matérielles ou immatérielles peuvent devenir produit de consommation. Dans ce
VFpQDULROHQRLUSDXYUHGRLWJDUGHUVRQU{OHG¶DFWHXUDJUpDEOHHWMR\HX[DXULVTXHGHGHYHQLU
GpSODLVDQWYRLUHGDQJHUHX[0DLVFHODQ¶HVWSDVWRXWOHbarraqueiro, ou tout autre prétendant
DX VXFFqV GRLW G¶DERUG DSSDUWHQLU j XQ VHFWHXU pFRQRPLTXHPHQW YDORULVp H[HPSOH GX
carnaval), sinon, il reste sur les marges. Tel un produit déclassé, il quitte les rayons de la
boutique pour rejoindre les arrières boutiques. ,OHVWHQWURS«-XVTX¶DXMRXURSHXWrWUHXQH
QRXYHOOHPRGHOHUHPHWWUDHQUD\RQSXLVTX¶LOHVWGHPDQGHXU«4XLVDLWVLOHVIrWHVSRSXODLUHV
ne vont pas connaitre une gentryfication avec renouveau du public permettant une
patrimonialisation des marchands des fêtes populaires et de leurs baraques ?
Mais attention, ceux qui ne se prêtent pas aux jeux (exemple des conflits de terre avec les
indiens) tombent dans une réalité cruelle loin des droits, des acquis sociaux et de la
&RQVWLWXWLRQPXOWLFXOWXUHOOH«'DQV XQHUpDOLWpRO¶(WDWHVWDYLGHGHFURLVVDQFHHWSULVRQQLHU
des méga entreprises, il commande encore les vies des minorités « ethniques » comme au
WHPSVGHODFRORQLHDYHFGURLWGHYLHRXGHPRUWVXUFHX[TXLQHV¶LQWqJUHQWSDVDXV\VWqPH
Les frontières sont donc très minces entre droit et non droit pour les populations qui restent
GRPLQpHVYRLUHLQVWUXPHQWDOLVpHVSROLWLTXHPHQWHWpFRQRPLTXHPHQW1RXVSHQVRQVTX¶XQH
multiplication des études de cas serait bénéfique pour dénoncer les mécanismes de répression
contre les populations les plus fragiles socialement et économiquement. Cela pourrait
constituer une suite à cette étude sur les marchands de rue de Salvador de Bahia.
277 BI BLI OGRAPHI E
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289 GLOSSAI RE
290 Acarajé : Beignet de haricot frit et fourré à base de vatapa (crème faite à partir de cacahuètes
et crevettes, entre autres ingrédients), caruru (gombos et crevettes séchées) et crevettes
séchées. Ces plats font partis des plats traditionnellement offerts aux orixas (divinités afrobrésiliennes).
Aldeia 5HJURXSHPHQWHQYLOODJHGHVLQGLHQVRSpUpjO¶RULJLQHSDUOHVMpVXLWHV
Avenida : Ancienne cour intérieure des maisons bourgeoises, transformée en allée sinueuse
généralement sans issue dans laquelle se juxtaposent des maisons en auto-construction dans
les quartiers anciens de Salvador.
Baiana de acarajé : Les baianas de acarajé sont des vendeuses de rue de beignets de haricots,
elles représentent par leur habit et la tradition culinaire, la baiana, soit la femme noire dans la
tradition du candomblé.
Barraqueiro : Les barraqueiros sont des forains travaillant à la vente de boissons et aliments
pendant le cycle de fêtes populaires, qui commence le 2 décembre et se conclut avec le
carnaval.
Batuque : Groupe de percussions animé traditionnellement par la population noire. Apparait
très tôt dans le carnaval comme forme festive de rue. Cette formation musicale se retrouve
comme base des blocs afro.
Bonfim : La fête de Nosso Senhor do Bonfim se déroule aux abords du pèlerinage religieux
TXL PqQH GX FHQWUH KLVWRULTXH MXVTX¶j O¶pJOLVH TXL SRUWH OH PrPH QRP R XQ FRUWqJH GH
baianas ODYH OHV PDUFKHV GX SDUYLV GH O¶pJOLVH. Cette tradition vient du fait que les prêtres
FDWKROLTXHV Q¶DXWRULVHQW SDV O¶DFFqV GH O¶pJOLVH DX[ DGHSWHV GX FDQGRPEOp PrPH VRXV
couvert de syncrétisme religieux. Le pèlerinage doit donc V¶DUUrWHU GHYDQW O¶pJOLVH &HWWH
longue marche donne lieu à une fête populaire avec mini trios électriques et boissons
alcoolisées.
291 Bonfim light : Bonfim light est une fête privée organisée dans le riche complexe de la marine
de Salvador aux abords du départ du pèlerinage de Nosso Senhor do Bonfim, offrant sécurité
et hygiène à un public qui aime le prétexte de Bonfim pour faire la fête mais qui ne supporte
pas de côtoyer la jeunesse de la périphérie de Salvador et les dangers que peuvent présenter
une fête de rue.
Camarotes : Les camarotes sont des gradins installés le long des circuits carnavalesques qui
offrent des services de réfections et boissons, des toilettes, des espaces VIP, et des attractions
supplémentaires à celles proposées par la programmation officielle.
Caruru : Plat africain à base de gombos et crevettes séchées utilisé dans le candomblé pour
faire des offrandes à certains Orixas.
Les chiffonniers : les chiffonniers sont souvent des enfants ou des personnes âgées qui
ramassent les canettes de bière et de sodas qui jonchent la voie publique pendant les fêtes
dans le but de les revendre à des entreprises de recyclage.
Cordeiro : Les cordeiros sont les personnes qui tiennent et retiennent la corde qui sert à
GpOLPLWHUO¶HVSDFHSULYpGXEORFFDUQDYDOHVTXHUpXQLWDXWRXUGXWULRpOHFWULTXHTXLGpILOHGans
O¶HVSDFHSXEOLFGHODIrWH
Cortiços : Entassement de maisons simples dans les arrière-cours des anciennes maisons
bourgeoises, comme dans le cas du Pelourinho, le centre historique de Salvador.
Fazenda : propriété agricole qui contient la maison des maîtres (casa grande), la maison des
esclaves (senzala) et les terres cultivées.
Foliões : Les foliões sont les participants à la folie du carnaval défilant avec un groupe
carnavalesque.
Frevo : MXVLTXH RULJLQDLUH GH 5HFLIH FRQVWLWXpH G¶Lnstrument à vent et percussions, type
fanfare. Une danse y est associée, où une marche est stylisée et sautée.
292 La paralela &¶HVWODYRLHUDSLGH UHOLDQW,JXDWHPLjO¶DpURSRUWVoit le moyen le plus rapide
G¶DFFpGHUDX[TXDUWLHUVFHQWUDX[HWGHODEDLH&HWWHYRLHHVWSDUDOOqOHjOD2UODODURXWHTXL
suit le bord de mer.
Liberdade : Quartier populaire de Salvador situé dans la périphérie immédiate du centre ville
qui abrite le Ilê Aiyê, un des groupes culturels fondateur de la culture afro à Salvador.
Mata Atlantica : 7\SH GH YpJpWDWLRQ W\SLTXH GX OLWWRUDO EDKLDQDLV FRQVWLWXp G¶DUEUes aux
dimensions exubérantes de type équatorial.
Museu do ritmo : Le museu do ritmo DSSDUWLHQW jO¶DUWLVWH EDKLDQDLV &DUOLnhos Brown, à la
IRLVPXVpHHWVDOOHjFLHORXYHUWGHFRQFHUWFHWHVSDFHV¶HVWpWDEOLGDQVO¶DQWLTXHEkWLVVHGX
PDUFKpGHO¶RUGXTuartier du Comercio à Salvador.
Nordeste 5pJLRQGX %UpVLOTXLEULOODLWSHQGDQWODFRORQLHPDLVTXLHVWFRQQXHDXMRXUG¶KXL
pour son retard économique. Elle englobe les Etats de Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco,
Paraiba, Rio Grande do Norte, Cearà, Piaui, Maranhão.
Orixas : Divinités du culte afro-brésilien du candomblé
Pipoca /D PDVVH TXL YLHQW DX FDUQDYDO VDQV V¶LQVFULUH GDQV XQ EORF FDUQDYDOHVTXH TXL
QDYLJXHGHUULqUHHWDXWRXUGHVWULRVpOHFWULTXHVV¶DSSHOOH© popcorn » car elle danse ou saute
comme les grains de maïs dans la casserole. &¶HVWO¶RSWLRQSRXUIDLUHODIrWHJUDWXLWHPHQWHW
librement.
Quilombolas : Les Quilombolas sont les esclaves marrons, qui ont monté des communautés
G¶HVFODYHV IXJLWLIV 4XLORPER GX WHPSV GH O¶HVFODYDJH HW TXL IRQW DXMRXUG¶KXL O¶REMHW
G¶DWWULEXWLRQGHWHUUHVSDUOHJRXYHUQHPHQWEUpVLOLHQVXUOHPrPHPRGqOHGHVFRPPXQDXWpV
indiennes.
Recôncavo : Région qui entoure la Baia de Todos os Santos. Elle fut la première région
exploitée au niveau agricole avec, pendant la colonie, la culture intensive et unique de la
canne à sucre. Entre les villes qui se trouvent dans cette région : Cachoeira, São Felix, Santo
Amaro, São Francisco do Conde, etc.
293 Sobrados : Maisons de maître en ville
Senzala : Maisons des esclaves dans les fazendas
Senzala do Barro Preto : Ancien terrain de répétition du Ilê Aiyê, la Senzala do Barro Preto
HVWDXMRXUG¶KXLXQHVDOOHGHFRQFHUWs HWVSHFWDFOHVSHUFKpHHQKDXWG¶HVFDOLHUVGDQVOHTXDUWLHU
de Curuzu à Liberdade.
Trios électriques : Les trios électriques sont des camions qui sont équipés en sonorisation, qui
transportent sur leur partie supérieure un groupe de musique. Les trios avancent et les foliões
O¶DFFRPSDJQHQWDXU\WKPHGXJURXSHTXLHVWHQWUDLQGHMRXHU
294 TABLE DES I LLUSTRATI ONS
295 Quartier du Pau Miudo/ Lourau (2010) ««««««««««««««««««p. 122
Vue aérienne de la Orla / Gordilho (1993) ««««««««««««««««p. 123
Senzala do Barro Preto / Lourau (2010) .....................................................................
p. 125
Quartier de Cabula / Gordilho (1997) ..........................................................................
p.126
Pelourinho / FUNCEB (1995) ......................................................................................
p.127
Les vallées / Andrade e Brandão (2009) .....................................................................
p.128
Baraque traditionnelle / Lourau (2012) .........................................................................
p.183
%DUDTXHG¶XQH fille India / Lourau (2012) ....................................................................
p.183
Baraque de Nini / Lourau (2011) ..................................................................................
p.183
Baraque de Nini / Lourau (2010) ...................................................................................
p.183
*ODFLqUHIrWHSRSXODLUH/RXUDX«««««««««««««««««S
9HQGHXUjODJODFLqUHIrWHSRSXODLUH/RXUDX«««««.«««««««S
ComSWRLUV/RXUDX«««««««««««««««««««««««S
*ODFLqUHHWWHQWHFDUQDYDO%DWDWLQKD/RXUDX«««««««««««S
*ODFLqUHFDUQDYDO2VPDU/RXUDX««««««««««««««««S
Ambulants, carnaval (Ondina)/ diversão.terra.cRPEU«p.189
%DUDTXHVWUDGLWLRQQHOOHV3ODFH&DVWUR$OYHV/RXUDX«««««««««S
%DUDTXHVWUDGLWLRQQHOOHV7HUUHLURGH-HVXV/RXUDX««««««««««p.191
Statue de Santa Barbara / Lourau (2011) ......................................................................
p.192
Statue de São Benedito / Lourau (2011) ........................................................................
p.193
Fidèles de Santa Barbara (offrande) / Lourau (20««««««««««««...
p.193
)LGqOHVGH6DQWD%DUEDUDPHVVH/RXUDX«««.««««««««««S
9HQGHXUGHERQGLHXVHULH/RXUDX«««««««««««««««««S
3qUHVHWPqUHVGH6DLQWVIrWHGH&RQFHLomRGDSUDLD/RXUDX««««...« p.196
%DUDTXHHWVDLQWVSURWHFWHXUV/RXUDX«««««««««««««««S
$XWHOGH&RVPHHW'DPLDQ«««««««.««««««««««««««« p.197
%ORFG¶,QGLHQFDUQDYDO6(785«««««««««««««««««S0
Bloc du Ilê Aiyê, cernaal / mundoafro.atarGHXROFRPEU««««««««S
%ORF$[pIDFHERRNFDUQDYDO«««««««««««««««««««S
296 ANNEXES
297 Annexe I.1
Baraques des fêtes populaires / Photos Adenor Gonfim
Baraque Sultan da Matta
298 Baraque Messia
299 Baraque Tupinamba
Baraque Santa Cruz
300 Annexe II.1
Urbanisme moderne et unifié de la Orla ± Salvador Bahia
Tours modernes de la Orla, Salvador, 2010
301 Annexe II.2 La Baie, quartiers en auto-­construction Quartier du Pau Miudo, 2010
302