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RADIOHEAD : INTERVIEW DU GROUPE DE L’ANNEE
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JU D A S P M E S T
& A LW N m m S Ë L L
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M 5020-23-27,00 F-RD
Fiance : 27 FF
Canadai
Concept sur un thème de Science-Fiction
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S E X T a NT Communication - 01 39 44 70 30
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MUSEA
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C'est le 1er label progressif internationnal, une collection unique de 350 joyaux.
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MUSEA
1997,
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C'est un catalogue gratuit de vente par
correspondance riche de plus de 1500
titres dans les domaines du Progressif,
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rock,
M usiques
N ouvelles,
Electronique, Jazz & Fusion, Folk, Blues.
g ra n d e
MUSEA
a n n é e
!
ALGUES
n ne le dira jamais assez, 1997 fut
un grand cm. Si l'on jette un regard
sur les douze derniers mois, on
s'aperçoit que bon nombre d'artistes impor­
tants nous ont délivré des albums de belle
facture : Calvin Russel, Blur, Marillion,
Christian Décamps, Thiéfaine, Queensrÿche,
Bowie, Aerosmith, Bruce Dickinson, CharlElie, Fish, Steve Lukather, Paradise Lost,
Megadeth, Paul Personne, Genesis, Dream
Theater, Radiohead, Neil Young, Fleetwood
Mac, Metallica, Judas Priest, Infidèles... et
la liste est loin d'être exhaustive.
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MUSEA
C'est une offre spéciale de 3 C D ,un
panel des meilleurs titres disponibles sur
M U S E A pour 100F, port compris (43
groupes, 3 heures de musique, une chan­
ce unique de découvrir le prog à petit
prix).
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C'est une Sélection Mensuelle modu­
lable en fréquence et en contenu de 3
C D pour 300F.
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l?
Les révélations furent également nom­
breuses. D'ailleurs, c'est à vous d'élire vos
préférés de cette année (voir le référendum
des lecteurs en page 8).
C'est une demi -heure de chronique de
nouveautés progressives sur France Inter
tous les 1er et 3ème mercredi du mois de
lh30 à 2h00 du matin, dans l'émission de
' Serge Levaillant "Sous les étoiles exacte­
ment".
MUSEA
IfJ
En attendant les résultats de votre vote,
dont nous savons d'ores et déjà qu'il sera
judicieux, toute l'équipe de Rockstyle se
joint à moi pour vous souhaiter une excel­
lente année 1998.
Rock'n'roll rules !!!
C'est une porte ouverte sur Internet avec
son serveur Web. Ecoutez et commandez
les Cds par le net. Commande possible
également par minitel ou fax.
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C'est une recherche permanente des
meilleurs prix pour nos références ( 1 1 2 F
pour les catalogues M U S E A , B R E N N U S ,
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C 'e st l'abonnement gratuit à M usea
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68 La Tinchotte, 57645 Retonfey, France
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fax: 03 87 36 64 73
minitel : 03 87 76 87 76
N'hesitez plus, demandez notre
catalogue gratuit....
Rockstyle n°23
■ L ’ A F F 1 CHE 10
•
Dolly/Everon 10 • Plimsouls/Stereophonics 11 • Clawfinger 12 • Daran 14
•Pigalle15 «Gildas Arzel 16 • Little Bob 17 «Les Infidèles 32 • Midnight Oil 54
•Mike Tramp 58 "Savatage 60 aLeveliers 63 • Poppa Chubby 64
RUBRIQUES
IB
•
News 5/6 • Référendum 8 • Abonnement 9/62 • Le Cahier CD 35
•Expresso 43* Pages CD Métal 44 • Shopping 47 «Flashback 48 «Backstage 66
Mon grand con de fils sera une
rock'n'roll star...
+
*
f e "
S a
ç u 'f s T - c f
Q U £ C '£ S Î
... L ’e x c e l l e n t “ T he G o d T h i n g ” d e r n i e r a l b u m
en d a t e de V a n d e n Plas e s t d i s p o n i b l e d a n s un
s o m p t u e u x c o f f r e t en é d i t i o n l i m i t é e s p é c i a l e
Fnac, a v e c en p r i m e un CD t r o i s t i t r e s où l ’on
r e t r o u v e e n t r e a u t r e s une v e r s i o n a c o u s t i q u e de
“ D a y of T h u n d e r ” et une s u p e r b e
r e p r i s e de
“ S p a n i s h R a i n ” des S a i g o n Kick.
. . . A n n o n c é p o u r fin 97, la s o r t i e du p r o c h a i n
E r i c C l a p t o n n ’est d é s o r m a i s pas p r é v u e a v a n t
mars 9 8 . . .
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t e s M o y e n s
VELA
:
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Rock engagé à Vitrolles...
. . . A u t r e r e t a r d a n n o n c é , celui de l ’a l b u m p o s t ­
h u m e de J e f f B u c le y, sa f a m i l l e a y a n t j u g é q u e
le m o m e n t n ’é t a i t pas e n c o r e v e n u . . .
. . . C ’est P o l i c e qui
r e m p o r t e c e t t e a n n é e la
m é d a i l l e d ’or de la p l u s g r o s s e r u m e u r a v e c le
b r u i t p e r s i s t a n t d ’une é v e n t u e l l e r e f o r m a t i o n
du g r o u p e en 1998. C e l a n ’a u r a a p p a r e m m e n t pas
lieu. Un a l b u m d e v r a i t p o u r t a n t b i e n t ô t s o r t i r
a v e c des t i t r e s du g r o u p e c o m p o s é s a v a n t q u e
c e l u i - c i ne s ’a p p e l l e P o l i c e . En s o u h a i t a n t q u e
ça, au m o i ns , ce ne s o i t pas une r u m e u r . . .
...
Suivant
P o l i c e de t r è s
près,
c ’e s t Van
Halen
qui
gagne
la
médaille
d ’a r g e n t . . . On
a n n o n ç a i t la s o r t i e de l e u r n o u v e l a l b u m a v e c
l e u r t r o i s i è m e c h a n t e u r G a r y C h e r o n e (ex E x treme) p o u r o c t o b r e , p ui s p o u r d é b u t 98. A u j o u r ­
d ’hui on s o r t les p i n c e t t e s p o u r a n n o n c e r q u e
le g r o u p e a u r a i t s p l i t t é et q u e E d d i e s e r a i t
actuellement
en
train
de
bosser
avec
B il l y
S h e e h a n (ex Mr Big). P e n d a n t ce t e m p s , D a v i d
Lee R o t h s o r t a i t le 23 o c t o b r e aux E t a t s - U n i s
sa b i o g r a p h i e ,
“Cr azy from the h e a t ” . Aut ant
d i r e une m i n e p o u r t o u t c e u x qui
raffollent
d ’a n e c d o t e s c r o u s t i l l a n t e s s u r Van H a l e n et ces
(ex ? ) mefnbres . . .
. . . D ’un t o u t a u t r e g e n r e , “ C o n t e Cruel De la
j e u n e s s e ” est un l i v r e de E r w a n M a r c i l c o n s a ­
c r é aux B é r u r i e r s
Noirs
( E d i t i o n s du C a m i o n
B l a n c 105 f r a n c s ) . . .
Rock critique
(à la recherche du son de demain)
c m
B - T o u ' i s r
Rêvons un peu...
. . . S ki d R o w r é p è t e a v e c un n o u v e a u c h a n t e u r ,
Sean. Q u a n t à S é b a s t i a n Bach, il a d é c i d é de se
c o n s a c r e r t o t a l e m e n t à son n o u v e a u g r o u p e , T h e
Last H a r d Man, d o n t on r e t r o u v e un t i t r e sur la
B . O du p e t i t c h e f d ’o e u v r e du f r i s s o n et de
l ’h u m o u r q u ’est le f i l m “ S c r e a m ” ...
...
Black Sabbath devrait
r e n t r e r en s t u d i o
l ’a n n é e p r o c h a i n e p o u r l ’e n r e g i s t r e m e n t de le u r
p r o c h a i n al b u m . O z z y et G e e z e r B u t l e r s o n t de
la p a r t i e .. .
... D a v i d B o w i e p r o j e t t e de m o n t e r l ’i n t é g r a ­
l i t é de son a l b u m “O u t s i d e ” en c o m é d i e m u s i c a -
Autom ne-Hiver 96 £
UN PIED DANS LA
le, et ce p o u r s e u l e m e n t d e u x ou t r o i s r e p r é ­
s e n t a t i o n s au p r o c h a i n f e s t i v a l de S a l z b o u r g . . .
. . . R o g e r T a y l o r et B r i a n M ay d e v r a i e n t b i e n t ô t
r e f a i r e p a r l e r d ’eux. L e u r s p o j e t s s o l os r e s ­
p e c t i f s d o i v e n t v o i r le j o u r c o u r a n t 98...
...Le g u i t a r i s t e Pat S m e a r a q u i t t é les Foo
F i g h t e r s a l o r s q u e c e u x ci r e p a r t a i e n t p o u r un
complément
de t o u r n é e
américaine
qui
devait
ê t r e suivi d ’une v e n u e en E u r o p e . . .
... Au m o i s d ’o c t o b r e a v a i t l i e u à L o n d r e s au
Royal
Albert
Hall
la
première
de
“Standing
S t o n e ” , u n e l o n g u e o e u v r e c l a s s i q u e qui a c om m e
p a r t i c u l a r i t é d ’ê t r e s i g n é e Paul Me C a r t n e y . . .
. . . T r i s t e n o u v e l l e p o u r le B l u e s ; L u t h e r Al 1 i son, le p l u s f r a n ç a i s de b l u e s m a n a m é r i c a i n est
d é c é d é le 11 a o û t 97 à M a d i s o n d a n s le W i s co nsin. Son d e r n i e r a l b u m “ R e c k l e s s ” , v e n a i t j u s t e
d ’a t t e r r i r d a n s les b a c s . . .
... "Un Pied dans la Marge", c ’est près d'un millier d’adhérents en
97 qui ont su apprécier le CD collector “Le s m ots d 'E m ile " ainsi
que le bulletin trimestriel, lien indispensable pour une bonne
information...
... L’aventure continue en 9 8 et la fidélité reste la qualité pre­
mière qui nous lie a Ange et à Christian Dtcam ps...
... Fn renouvelant votre adhésion pour la saison 97/98 ou en
adhérant dès maintenant (si vous n’êtes toujours pas un imbi
bé !) et a v a n t le 1 5 ja n v ie r 9 8 (et toujours pour 1 0 0 F F seule­
ment), vous aurez le privilège de recevoir, pour Noël, un n o u ­
v e a u C D c o lle c to r intitulé “P lo u c ” , galette bourrée d'inédits,
d’amour, d’humour, de nouveautés... où C h r is t ia n D é c a m p s
raconte la naissance d'une chanson ("Harmonie") avec manuette à l'appui... “ L e m a r c h a n d d e p la n è te s " live par D é c a m p s &
F ils + plein de surprises dont une de taille !!! Un CD collector
unique, h o rs c o m m e r c e , reservé aux imbibés (fans) et bien évi­
demment illustré par l'illustrissime P h il U m b d e n sto c k .
BULLETIN D'ADHESION
A découper, photocopier ou recopier et à envoyer
(avant le 1 5 janvier 9 8 inclus pour recevoir le CD collector)
à l’adresse su ivante, accom pagné d'un chèque ou m andat-lettre
de 1 0 0 F F à l’ordre de : "Un Pied dans la Marge”
Maison des Associations
1 6 , rue du 8 Mai 1 9 4 5 - 5 9 4 0 0 Cam brai - France
IMPORTANT !
En répondant avant le 1 5 /0 1 /9 8 ,
je recevrai le second CD collector " P lo u c " pour Noël
Nom & Prénom :
Adresse :
Code Postal / V ille : Pays
I------------------------§
Rockstyle n° 23
___
... 10 ans a p r è s J u d a s P r i e s t , c ’est a u j o u r ­
d ’hui
au t o u r de Pearl
J a m de se r e t r o u v e r
i m p l i q u é d a n s une s o r d i d e h i s t o i r e a u t o u r d ’une
de l e u r s c h a n s o n s . En e f f e t , la v i d é o de leur
titre
“J e r e m y ”
serait
susceptible
d ’a v o i r
influencé
Barry
Loukaitis,
un a d o l e s c e n t
de
S e a t t l e , a c c u s é du m e u r t r e de d e u x de ses c a m a ­
r a d e s et de son prof. On r i s q u e d ’en repar1 e r . . .
... J i m m y P a g e et R o b e r t P l a n t v i e n n e n t de t e r ­
m i n e r l ’e n r e g i s t r e m e n t de l e u r a l b u m qui
ne
sera c e p e n d a n t pas d i s p o n i b l e a v a n t d é b u t 98...
. . . E n t r e a u t r e s s o r t i e s a n n o n c é e s p o u r l ’h i v e r
98,
on
compte,
Pulp
(titre
annoncé
Har d
C o r d ),Symphony
X,
Calvin
Russell
(best
o f ) , J o h n n y W i n t e r ( l i v e ) et au p r i n t e m p s Angra,
B i o h a z a r d , L a b e r i n t o , Neil Finn, T e r r o r v i s i o n ,
B a b y l o n Z o o . ..
...Krist
Novoselic
a
annoncé
q u ’un
coffret
d ’i n é d i t s et de r a r e t é s de N i r v a n a v e r r a i t le
j o u r a u t o u r de l ’an 2 0 0 0 . . .
... A s o r t i r p r o c h a i n e m e n t ,
un d o u b l e a l b u m
l i v e de Rush. Le p r e m i e r CD s e r a c o n s a c r é aux
t o u r n é e s “ C o u n t e r p a r t ” et “T e s t f o r E c h o ” , le
s e c o n d à un s h o w r a d i o de 1 9 7 9 . . .
...La s é r i e n o i r e c o m p t i n u e p o u r les Red Hot
Chi l i P e p p e r s . En e f f e t , a p r è s la f r a c t u r e du
p o i g n e t de l e u r c h a n t e u r A n t h o n y K i e d i s, c ’est
au t o u r de C h a d S m i t h d ’ê t r e v i c t i m e d ’un a c c i ­
d e n t de m o t o et de se d i s l o q u e r l ’é p a u l e . . .
. . . P o u r les a m a t e u r s de B o n u s I r a c k s , s a c h e z
q u e vous t r o u v e r e z sur les é d i t i o n s n i p p o n e s
des d e r n i e r s a l b u m s de D r e a m T h e a t e r et de The
G a t h e r i n g , d e u x t i t r e s s u p p l é m e n t a i r e s . Pou r le
c o m b o a m é r i c a i n , ce s o n t d e u x v e r s i o n s démo,
dont
une
d ’un m o r c e a u
inédit.
Quant
à the
Gathering,
ce
sont
des
versions
live
de
“ L e a v e s ” et de “ E l e a n o r ” ...
frj
C'EST MAINTENANT QUE
NOUS ACHETONS LA NOURRITURE
...C'EST AUJOURD'HUI QUE
NOUS AVONS BESOIN D'ARGENT !
Nous remercions vivement
ROCKSTYLE
de s'associer généreusement à notre action en nous offrant cet espace.
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15 jours (70 F)
un mois (140 F)
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les 10 meilleurs albums de 97
le meilleur groupe international
8e meilleur groupe français
le come-back de l'année
l'espoïr 0998
Do plus grosse bouse de 97
Nom.......................................................... Prénom.............................
A d re ss e ................................................................................................
Code P o stal........................Ville...............................................Pays..
Ïm S EE
iMfUj
ra rjé d e p r é f é r e n c e d a n
vÆJo\&s/cachet dq la poste faifaht foi]
T H E V ER Y B ES T OF
E L E C T R I C
L I G H T
O R C H E S T R A
I ELECTRIC LIGHTORCHESTRA
1
R
“ Sweet Heart of the Rodeo”
o c k b u l l e t in d ’a b o n n e m e n t
"
THE BYRDS - ELO - JUDAS PRIEST
BU LLETIN D’ABONNEMENT, à découper, photocopier ou recopier et à envoyer à
R o c k s ty le A b o n n e m en ts - 4 , c h e m in d e P n le n te - 2 5 0 0 0 B esançon
N O T E Z VO TR E ORDRE PË PR ÉFÉRENCE PA N S LES C A S E S
□ un album de THE BYRDS □
Best of ELECTRIC LIGHT ORCHESTRA
Best of JUDAS PRIEST
Pour la F ra n c e :
O U I, je m’abonne pour un an à Rockstyle (6 numéros) à partir du numéro.............contre la somme de 1 45 Frs (au lieu de 162 Frs) et
je joins un chèque à l’ordre de «E clipse E d itio n s » .
(Important ! Je recevrai chaque numéro dans un délai de quelques jours après sa sortie en kiosques)
OU I, je m’abonne pour un an à Rockstyle (6 numéros) à partir du numéro.............contre la somme de 1 90 Frs et je joins un chèque
international à l’ordre de «E clip se E d itio n s » .
(Important ! Je recevrai chaque numéro dans un délai de quelques jours après sa sortie en kiosques)
NOM & Prénom :
Adresse
Code Postal
Ville
Pays :__
W L 'Æ t
U I I 3 ; 4
D
J I I a
o
l
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p a r X a vie r Fa n to li
Vous êtes surtout un groupe de scène, alors cet
album, vous le ressentez plutôt comment, comme un
exercice de style ?
Et bien c’est un album qu'on attendait depuis
longtemps, avant on mettait sur disque, ou sur
bande ce qu’on faisait sur scène. Là, c ’est un
album qu'pn rêvait de faire, c'est-à-dire avoir
les moyens de le faire, avec un ingénieur du
son, Clive Martin, un anglais, qui a tout pigé
ce qu’on voulait faire, alors c’est im peccable.
Nous som m es allés jusqu’au bout de ce que
l'on voulait faire, c'est-à-dire un travail très
complet. M ais cet album est avant tout un
album de chansons, avec en plus, c'est ce
qu’on voulait, que ça sonne com m e du live, et
pour ça les anglais sont hyper-forts ! En fait il
a travaillé un son brut, direct, im m édiat, et il
n'y a pas eu besoin de m illiards d’effets.
Signer sur une majorn' est pas trop déstabilisant,
comme attitude, tout d'un coup ?
Non, ça n’a rien changé à
par Thierry Busson
«Venus», votre nouvel album contient
' des morceaux très puissants, beaucoup
plus puissants que par le passé. Est-ce une nouvel­
le direction musicale ?
Je ne pense pas que nous avons changé
notre direction m u sicale, m ais je crois que
cela vient directem ent du fait que l'on ai uti­
lisé beaucoup plus de guitares que su r les
album s précédents. C'était un choix de pla­
cer les guitares en avant dans le mixage et
les synthés plus en retrait. En ce qui concer­
ne les m orceaux proprem ent dit, c ’est vrai
que ces nouveaux m orceaux sont les plus
pu issan ts que nous ayons ja m a is com posés.
Si tu joues «M issing the last train» d'une
m anière très puissante, tu as l’ im pression
d'avoir un train qui te passe d essus.
Aujourd'hui, comment pourrais-tu définir la
musique d'Everon ?
Je crois que le fond du problème réside dans
le fait que nous ne chercho ns à im pression­
ner personne en jouant des choses très com ­
pliquées. Nous chercho ns plus à apporter de
l'émotion à travers nos m élodies, l’émotion
peut être transportée par la p uissance égale­
m ent m ais ja m a is par un m orceau com p li­
qué et san s âm e. Je crois que nous mettons
nos cap acité s techniques de côté pour nous
con sacrer exclusivem ent au m orceau. Pas
besoin de po sséder des d ip lô m e s de
Rockstyle n° 23
v
/
notre intégrité, on aurait pu se vendre au plus
offrant, m ais on a choisi la major qui nous
laissait la liberté de faire notre disque, et qui
nous comprenait. Et les gens de la maison de
disques sont venus le dernier jour en studio
pour écouter les morceaux, ils ne sont jam ais
venus avant. On était dans un clim at de
confiance totale, en plus on était en pleine
période de transition, et ce clim at nous a bien
motivé pour travailler rapidement.
de faire sonner des paroles en français sur du
rock, et pas seulem ent à cause de nos
influences m usicales anglo-saxonnes, m ais
c ’est vrai que quand depuis tout petit tu
baignes dans de la musique anglaise, le m éca­
nisme de chanter dans ta propre langue n'est
pas automatique. En plus, une fois que tu te
fais comprendre dans ta langue, il faut faire
attention aux textes, tu ne peux pas te per­
mettre de délivrer n’importe quel message.
Quelle transition ?
On essayait les textes en français, on avait
envie de le faire. C ’est pour ça , d'ailleurs,
qu’on a arrêté Dolly & Co, parce que la
musique que l’on faisait à l'époque ne nous
permettait pas de chanter nos textes en fran­
çais. Pour faire ça, il faut vraim ent que ce soit
efficace, et à cette époque, ça ne sonnait pas.
On nous disait souvent que si on ne chantait
pas en français on ne serait jam ais signé, mais
pas chez East West. Il fallait de toute façon au
moins un titre en français, et puis on a bossé
et on s’est pris au jeu. M ais il faut vraim ent en
avoir envie pour le faire bien. Et puis c'est dur
Maintenant, avec une signature sur une major, avec
un album qui marche fort, des concerts sold-out,
quelles sont vos ambitions ?
Pour le moment on voit déjà l’aspect de la
tournée, avec des instants qui sont terribles,
qu'on ne pourra ja m ais nous enlever, alors
après il nous arrivera ce qu'il nous arrivera,
mais on A 8 alors j'aim erais bien faire un
deuxième album , et qu'il ait autant de succès
que celui-là'1, m ais on préfère se baser sur les
concerts, parce qu'on sait que ça, au moins,
ça m arche. Peut-être qu’on se fera jeter pour
le deuxième album , on ne sait pas..
m u siq u e pour
com prendre la
m u s i q u e
d ’ Evero n .
Je
cro is
q u ’ un
bon morceau à
la base restera
to u jo u rs
un
bon m orceau
quelque soit le
style
d an s
lequel
il est
écrit.
Comment se fait-il que Oliver Philipps soit l ’unique
compositeur du groupe ?
Encore une fois, je crois que la seule chose
im portante d ans la m usique, c ’est le m or­
ceau et seulem ent le m orceau. Ce n'est pas
trop im portant de savoir qui écrit ou qui joue
le m orceau.
Pourquoi «Venus» n'a pas été
produit par Eroc comme
sur les albums précédents
«Fiood» et «Paradoxes» ?
Cet album est en fait le
prem ier que l’on a pro­
duit nous m êm e dans
notre propre studio et
non dans celui d 'Ero c. Au
départ, nous voulions qu'il
vienn e
tra v a ille r
avec
nous, m ais il n'a pas pu se
libérer. A p rès q uelqu es
tem ps, je pense que c ’était
vraim ent une bonne chose
que l’on fasse cet album de
A à Z. En plus, cet album est
la prem ière référnce pour
notre studio, un genre de
carte de visite . C'était im por­
tant de montrer que l’on peut
avoir une telle qualité de son
et de production sa n s pour autant avoir un
producteur renom m é d ans le studio.
Est-ce qu'il est difficile pour un groupe allemand de
jouer une musique dite « progressive» ?
Je ne vois pas pourquoi il serait plus d iffici­
le pour un groupe allem and qu'un autre.
Nous avons eu de très bonnes réactions avec
nos deux prem iers alb u m s, les gens com ­
m encent à nous connaître, tout va bien pour
nous.
Est-ce que l'on vous verra sur scène en France bien­
tôt?
Nous avons bien sûr besoin de jouer d'autant
plus que nous avons un nouveau guitariste
parmi nous et qu'il lui faudra s'habituer à la
scène, en plus, nos deux premiers album s vont
ressortir chez Mascot records, c’est vraim ent
un nouveau départ pour nous.
INTERVIEW
t h e | ■
|
p lim s o u l
par Xavier Fantoii
La carrière de Plimsouls est assez inhabituelle, non ?
Oui, c'est vrai que l'on ne voit pas souvent un
break de 13 ans dans la carrière d ’un groupe
! Nous avons com m encé en 1 9 7 9 , et puis le
groupe a splitté en 1 9 8 4 . Ensuite j'ai fait pas
mal d'album s solo, et je continue à en faire,
d'ailleurs, le prochain sortira en janvier. Il sera
réalisé par celui qui a produit tous les album s
des P lim so u ls.. Pour en revenir au groupe, en
1 9 9 3 , j'ai recom m encé à faire du rock'n'roll
avec Eddy, le guitariste des Plim souls, et je lui
ai dit à cette époque que ce serait sym pa de
reformer le groupe. J'a i toujours eu deux
facettes à ma personnalité de m usicien, un
côté rock'n'roll, et un autre plus acoustique.
Pour le côté rock’n’ roll, je ne crois pas que le
groupe ait vraim en t tenu ses prom esses,
m êm e si nous étions reconnu com m e un très
bon groupe de sc e n e ... M ais nous n'avons
ja m a is sorti que deux alb u m s, alors c'est un
peu pour tout ça que nous avons recom ­
m encé, parce que nous pensons que nous
avons beaucoup plus à offrir. Je ne sais pas
du tout ce qui se passera ap rès, m ais tu sais,
je su is un com positeur, toute ma vie est
dédiée à la m usique, a lo rs... Je su is un
chanteur, et Th e Plim so u ls est un grand
groupe, dont jen'ai pas profité pendant
toutes ces années, j'ai essayé de réunir
d 'autres m u siciens pour faire du rock’ n’ roll à
la P lim so u ls, m ais ça ne servait à rien, parce
que se u ls les Plim sou ls ont cette fantastique
conviction en la pu issan ce et l’énergie, alors
on s’est retrouvé pour continuer. Bon, ce
n’est pas une réunion à la Fleetwood M ac,
ou A erosm ith, tous ces groupes qui se refor­
ment et qui en font tout un plat, non, com m e
on a toujours été un groupe assez under­
ground, notre reformation fait plus pensé à
un jeune groupe qui débute, et pas com m e
des vieux qui se reforment I Tous les titres
sont nouveaux...
Vous vous êtes séparés en termes peu amicaux,
apparemment, en 1984, alors comment se sont pas­
sées ces retrouvailles ?
En fait on n'était quand m êm e pas devenu
des ennem is. Et avec Eddy, on a toujours
plus ou m oins travaillé ensem ble pendant
tout ce tem ps, et en 1 9 9 3 on a décidé de
remettre ça . On a fait pas mal de choses
ensem ble, on a joué tous les deux su r cer­
tains concerts. Nous som m es vraim ent resté
en contact, pas trop avec le bassiste, m ais
avec Eddy oui. Et quand on est rentré en stu ­
dio, j'ai eu l’ im pression que nous reprenions
les choses là où nous les avions laissées,
c ’est bizarre, parce qu'on n'avait pas l'im ­
pression que tout ce tem ps avait p assé, le
son, l’énergie étaient toujours là.
Qu'est-ce que tu attends de cet album, ici et mainte­
nant ?
A l’époque, avec les Plim souls, on avait les
mêmes am bitions que n'importe quel autre
groupe du m ême âge : gagner un million de
dollars et foutre le feu à la planète entière I
Mais maintenant nous voulons simplement
faire des disques pour faire partager notre pas­
sion pour le rock'n'roll. Notre but n’est pas
d’être des icônes, m ais de jouer et être acces­
sibles pour nos fans.
Donc une grosse tournée va suivre ?
Oui, et c ’est inévitable après un album.
Ï ï{
s t e r e o p f K ii/ c
ppar
ar Xavier Fantoii
Cette semaine de promo à Paris commence pas si
bien que ça, non ?
Oui, ça fait deux jours qu'on a aucune nouvel­
le de notre tech’ guitare. La dernière fois qu'on
l’a vu, il était déjà pas mal rond, et il a traver­
sé l'autoroute pour aller jusqu'au bar en face
de l'hotel... Ca s’est passé hier soir vers 2 2 h ,
la police fait une enquête, m ais pour l'instant
personne, pas même sa fam ille n'a de nou­
velles... (D epuis tout va bien, il a réapparu
quelques jo u rs plus tard, e t apparem ent il s'est
bien am usé p en da n t toute la sem aine pen dan t
que les autres étaient m orts d'inquiétude,
N d R ).
Vous procédez de manière pas du tout classique, en
lait, il y a eu beaucoup de promo autour de vous, et
pas mal de singles avant que vous ne sortiez votre
premier album, est-ce votre choix, celui de votre
maison de disques ?
Nous avons ce plan promo déjà organisé
quand nous avons été signé, nous som m es la
première signature de V 2 , et la maison de
disques attendait, ou espérait beaucoup de
nous. Si nous avons sorti 3 singles, c ’était
aussi pour constituer une base, pour ensuite
concentrer nos efforts sur l'album . En même
tem ps on continuait à tourner. Nous ne vou­
lions pas faire com m e bon nombre de ces
groupes à la mode, et qu'au bout de 6 mois
notre carrière soit déjà term inée, ciao tu m ’as
v u ... Nos espérances, ainsi que celles de la
maison de disques, étaient largement influen­
cées, tournées vers les ch arts, et les résultats
se sont avérés très concluants. En Angleterre,
c'est un peu com m e ça que ça fonctionne,
alors qu'aux USA c'est le contraire, on sort
déjà l'album , et ensuite il y a la promo, ici tout
s’est passé ‘à l'anglaise', et pourtant tout
roule.
Ce groupe, avec le succès qu’il connait, c ’est un psu
un rêve de gosse, non ?
Oui, m ais j'ai com m encé à jouer à l’age de 12
an s, évidem m ent à cet age-là c'était vraim ent
que pour le fun, ce n’est devenu sérieux
qu'ensuite. J ’ai quitté le lycée à 16 ans et j'ai
fait une école de graphisme pendant 3 ans, et
ensuite j'ai eu une licence, ce qui m'a permis
de faire des scripts pour le ciném a, m ais pen­
dant tout ce tem ps je continuais à faire de la
m usique. Et ces deux occupations ont com ­
m encé à vraim ent m archer en même tem ps,
alors il a fallu faire un ch o ix... Que je ne
regrette absolum ent pas ! Tout va pour le
m ieux, nos chansons sony bien placées dans
les ch arts, m ais tout ceci n’est qu'une étape,
ensuite tu as envie que les choses progres­
sent, encore et encore... Et nous som m es nos
pires critiques, nous savons tirer profit de ces
enseignem ents, pour qu'ensuite nous ne fa s­
sions pas les m êmes erreurs.
Vous avez déjà enregistré les singles, ou bien
l ’album ?
En fait ça ne s’est pas exactement passé
comme ça, on n'a pas pioché les singles sur
l’album , ce qui se passait, c'est que nous res­
tions 2 sem aines en studio, puis 2 sem aines à
faire des concerts, ensuite on revenait 2
sem aines au studio, puis 3 sem aines sur les
routes, il fallait qu’on assure assez d’expérien­
ce de scène au groupe en même temps que
l’on enregistrait, pour qu'on sente que les
chansons de l’album aient déjà vécues sur
scène. Ensuite seulem ent, au fur et à mesure
des sessions d’enregistrement on choisissait
les titres les plus susceptibles de devenir des
hit-singles. Il se trouve que le premier choisi a
été “ Local boy in the photograph", qui donnait
la meilleure image du groupe, la bonne dose
d’énergie et de sérieux.
Vous travaillez déjà sur votre deuxième album ?
Oui, on doit enregistrer des nouvelles chan­
sons en novembre, à Liverpool, et le prochain
album sortira en début d’année prochaine. On
ne veut pas perdre trop de tem ps, les choses
changent tellement vite... Et même si notre
contrat avec la maison de disques comprend 5
album s, on ne veut pas que le public nous
oublie trop vite !
Sj
Hiver 97 K D
INTERVIEW
Qu’est-ce qui a changé dans l ’approche de la
musique de Clawlinger ?
Zak: Je crois que l’on s'e st donné les
m oyens de se sen tir plus libres dans notre
m u siq ue. Nous nous som m es autorisés à
intégrer plus de ch oses d ans notre m usiq ue,
beaucoup plus d ’in fluences que pour les
alb u m s précédents. Notre dernière tournée
a duré près de 1 8 m ois. Il nous fa lla it un
peu de recul avant d ’entam er ce nouvel
alb u m . Il fa lla it que l’on e ssaie des choses
pour ne pas rester d ans notre petite boîte
restreinte.
Je crois que ce qui a changé le plus dans votre
musique, c'est surtout le lait d’utiliser des refrains
Imparables qui se retiennent facilement...
Je su is content que ça te plaise. Nous avons
beaucoup travaillé pour faire avancer notre
m usique. En réécoutant les prem iers album s,
on s ’est rendu compte que ce que l’on faisait
était vraim ent trop ennuyeux. Nous som m es
revenus à jouer des parties su r des instru­
m ents plus acoustiques, pour garder l’essen ­
tiel de la m usique. J ’ai essayé d’ouvrir un peu
les sujets su r lesquels je ch antais, nous
som m es très contents ae ne plus être enfer­
m és dans un couloir avec une seule issue.
Nous n’avons ja m a is pris le tem ps de penser
un m orceau su r les album s précédents. Pour
celui-ci, il nous a fallu plus de 1 0 mois pour
la com position, on a vraim ent pris notre
tem ps , c ’était très important.
Toujours en ce qui
concerne les paroles,
quelle est la ligne
directrice de « Head
up » ?
C 'e st en gros su r la
vie en g énérale, sur
le fait de faire des
c h o se s
bien
ou
m a l, m a is le fil
conducteur de ces
textes, c ’est de res­
ter po sitif, et de
g ard er
le
tête
h a u te , quoi que
l'on
fa s s e .
Le
m e ille u r
m oyen
d 'a p p rend re, c'est
de faire de erreurs.
Trop de gens ab an ­
d onn ent
d evan t
l'é ch ec, l'éch ec est
te lle m e n t
fo rm a ­
teur.
«The biggest,
the
best•> sonne vraiment comme un single potentiel.
Est-ce que tu as composé ce morceau dans l ’op­
tique d ’être un single?
Non, je ne travaille ja m a is de cette façon.
On n’écrit ja m a is un m orceau pour en faire
un sing le. Je crois que l'on a une philoso­
phie d ans le groupe qui est d’écrire un bon
m orceau, c ’est tout. Le seul lieu où la créa­
tion est in ch ang eable, c ’est d ans les textes.
Un bon morceau est un bon m orceau, peu
im porte le style d ans lequel il évolue.
La vidéo de ce titre est sortie en France , peux-tu
nous en dire deux mots ?
Je crois que le but de cette vidéo est de
montrer une forte im age qui illustre exacte­
ment les paroles. C ’est l’ histoire de quel­
qu'un qui présum e un peu de ses forces, en
se prenant pour le plus fort du monde. Sur
la vidéo, on me voit jouer au foot, au basket
et boxer contre un gam in de 9 a n s, de cette
m anière, le personnage est sû r de remporter
la partie, sûr d'être le m eilleur et le plus
fort. Je crois que c ’est surtout l'histoire de
q uelqu’ un avec un esp rit étroit et qui ne
veut pas se confronter aux plus forts que lui,
com m e je le d isais tout à l'heure, qui refuse
l’é ch ec.
ffj
reecoutSfït les
premiers aibir’ns. on
s’est reMu compte
que ce que ion
faisait était vraiment
trop ÆKbiyeux
^
Rockstyle n° 23
«****•'
BON DE COMMANDE
Chèque à retourner à «Eclipse Edtions» - 4, chemin de Palente - 25000 Besançon - Tél : 03 81 53 84 51
ARTISTE /G R O U P E
Nom & Prénom
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PRIX
RENCONTRE
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près tro is ans d’absence,
Daran, jusque là confiné à
to rt dans des rôles bluesyfolk-rock tendance m ilieu de la
route, réapparait avec son troisièm e
album, à juste titre intitulé “ D ém é­
nagé” . Textes poignants et torturés,
efficacité du com bo classique bass’batt’-guitares associée à l’énergie
effervescente de sonorités nouvelles,
voici certain e m e n t l’album de la
m atu rité que nous livre ici un
hom m e à la sincérité incontestable...
A
par Xavier Fantoli
Ta carrière musicale commence quand ?
J 'a i co m m en cé à jo u e r de la guitare à l’age
de 7 a n s, m a is pas so u s la tortu re, hein ! ...
Pend an t un an j'a i jo ue a v e c une guitare
acco rd ée n'im po rte co m m e n t, je s a v a is
pas co m m en t ça s'a c c o rd a it, alo rs je l’ai
acco rd ée com m e un accord m ajeur de
piano. P lu s ta rd , la guitare a été un v e c ­
teur e xtrao rd in aire ae co m m u n ica tio n , moi
qui é ta is plutôt tim id e , in tro ve rti, m is a n ­
thrope, j'a im a is pas la p ro m isc u ité ... Ca
m e g avait pas m al d'ètre interne d 'a ille u rs
! Peut-être que je fa is ce m étier parce que
c 'é ta it le ch alle n g e le plus im p rob able de
toute m a vie , honn êtem ent, tu m 'a u ra is vu
il y 1 0 , 1 5 a n s , tu m 'a u ra is d it "écoute,
v ie u x , fa is ce que tu ve u x, repare des
m o b yle tte s, co n tin u e la p e in tu re , m ais
vra im e n t, t’attaq u e pas à un tru c com m e
ça !” J e ne mp vo y a is p a s h aran g u er qui
que ce so it su r une s c è n e ... S u r sc è n e , je
su is e xtrêm em ent co m m u n ic a tif, b izarre ­
m ent.
Alors, le but de la scène, c'est quoi ? C'est conti­
nuer cette thérapie, c ’e s t ...
O u i, tu as raiso n , c ’est une th é rap ie . Pour
m oi, m a is a u ssi pour les gens qui vie n n e n t.
Un co n ce rt, ça se fa it à d eux, le s gens se
so ig n e n t... C eu x qui pen sen t va m p irise r
celui qui est su r scè n e ne se rendent pas
com pte à quel point je les v a m p irise , c ’est
p a re il, ça se fa it à deux tou jou rs. Le propos
de la s c è n e ... Je c ro is de toute façon que
EE
Rockstyle n° 23
c'e st norm al de rejouer co rrectem ent su r
scè n e ce que tu fa is su r un alD um , et la
m u siq ue d evien s presque se co n d a ire , c :est
le vecteur, c'e st la boule de c rista l du
vo yan t, m ais c ’est pas l'im p o rta n t... Moi si
je v a is vo ir un co n ce rt et qu'on me ressert
le d isq u e, je m 'em m erd e !
Et ta version live de tes disques, c'est quoi ?
...h m m m , je p a rle, je parle beaucoup.
Enfin il y a p lu sie u rs form es de co m m u n i­
catio n , d ’éch an g es, en fa it. Il faut que la
m ayo n n aise prenn e, il fau t de la g éné ro si­
té des deux co té s. C 'e s t ce qui fa it que la
scè n e est in té re ssa n te , il n'y en a pas une
qui ressem b le à une au tre, ch aq u e so ir tu
rem ets ton titre en je u , il n'y a ja m a is d’ac
q u is, c 'e st la vra ie confrontation ave c des
gens v ra is , il n'y a pas d ’ in term éd iaire, tu
n'as m êm e pas le d isq ue com m e é c ra n ...
Ca devient presque du sport, là, on est loin du
concert comme performance artistique...
...O h , la frontière e st proche, je pense qu'il
fa u t un m ental de sp o rtif de haut n iveau .
P ar exem ple les gens de la form u le 1 m ’a p ­
prennent énorm ém ent, leu r force de c a ra c ­
tère m e fa sc in e . C 'e s t à dire que tant qu'un
Grand P rix n'est pas fin i il n 'est ja m a is
perdu. Les se n sa tio n s sont co m p arab les.
On peut même dire que dans ce nouvel album, non
seulement tu jettes les influences passées, mais
tu ne fais même pas seulement deux fois la même
chanson, je vaux dire p ar là qu'il n'y a pas de ligne
musicale toute tracée...
Là où je vo u la is arrive r c ’est exactem ent
l’albu m que tu a s d an s les m a in s, c 'e st cet
a lb u m -là . vra im e n t j'e n a v a is une photo
très o récise a va n t m êm e de l'a vo ir co m ­
m en cé. En d Iu s je me su is vra im e n t bien
am u sé d e ssu s ! Ce que j'a i e ssa y é de
prendre au su c c è s du précéden t, c 'e st de
faire un album où j'a i vé ritab le m e n t pu
a lle r au bout de toutes m es id ées, q u an a je
vo u la is qu'un tru c so it rose cla ir, et bien il
a été rose c la ir a l'a rriv é e , et ça c'e st un
grand bonheur. J e n 'ai au cu n e consig ne
artistiq u e , de rien ni de personne, je n'ai
pas de pressio n a rtistiq u e , je tra v a ille avec
une liberté que beaucou p m 'en vien t. J'a i
m is du tem ps pour a rrive r à ç a , m ais au
m oins je rends m es band es te rm in é e s, je
n'ai personne en stu d io . Quand je dém arré
un alb u m , je d ém arré fe u ille b la n ch e , et je
po urrais fa ire un alb u m de ja z z , si ça me
fa it p laisir, je le fa is D onc la seu le q u e s­
tion que je me pose, c ’est q u'est-ce que je
va is faire pour être le plus près de m oi, le
plus tran sp are n t p o ssib le.
î»
RENCONTRE
ls à le faire. M ais c'est vrai que durant la
n
croyait
que seu
période d'avant guerre et qui a duré un peu
guerre, la chanson réaliste, qui offrait
«Regards affligés...» après
une vision au microscope de la vie quotidien­
était le chef d'œuvre ne, était souvent passionnante. Alors que les
paroles des chansons depuis les années 7 0
de Pigalle, (e disque sont
deplus que nulles.
référence, (a pierre angu­
Est-ce que Pigalle aurait pu marcher dans les années
laire d’un rock particulier, 70 ou dans les années «fric» du début des années 80 ?
parce que, qu’on le veuille ou non,
nourri d’instruments tradi­ Jedanscrois,
les périodes dites de grand bien-être, il y
tionnels et de guitares avait quand m êm e toute une partie de la
population qui ne vivait pas bien. M ais ça ne
grasses, il n’en est rien : correspond
pas aussi seulem ent à des aspects
Pigalle a placé la barre sociaux, il y a aussi des aspects psycholo­
très haut et réussi un coup giques.
qui te sens-tu proche actuellement, dans la chan­
de maître avec le tout nou­ De
son ou dans le rock ?
veau «Alors...», un disque Pas grand monde ; que ce soit au niveau grou­
pe ou au niveau m aison de disques, on est
particulièrement sombre...
marginalisé ; marginalisé dans le bon sens du
O
p a r B e rth
Habituellement, dans chaque disque de Pigalle on
retrouve des rendez-vous réguliers dans différents
quartiers de Paris, là rien...
C ’est vrai, m ais que ce soit dans les disques
des Garçons Bouchers ou de Pigalle, on a sou­
vent aussi des allusions au vin, et là il n’y en a
pas. C ’est en fait l’envie de ne pas recommen­
cer toujours la même chose.
On a l'impression, puisque les lieux ne sont plus du
tout définis, que tu te préoccupes beaucoup plus des
personnages que des lieux.
Quand j ’ai écrit «Sophie de Nantes», c ’était
forcément à Nantes. Là, les personnages res­
tent proches de ce que je faisais avant, la per­
ception des choses est la m êm e. Je cherche à
la fois à garder un langage, et en même temps
à ne pas utiliser toujours les m êm es term es et
les m êm es phrases.
L'humanité est une grande victime, tes personnages
ne se disent-ils pas finalement : «A quoi bon lutter,
puisqu'il n'y a pas d'espoir» ?
Oui m ais en même tem ps, le premier titre,
«Geindre», dit que se plaindre ne sert à rien.
Tout ça c ’est aussi une question d’âge, de recul
par rapport aux années qui passent. J ’ai pas
envie de jouer les éternels adolescents, je suis
un adulte, j’ai des enfants et je m'inquiète.
L'album s'appelle «A lo rs...» , et la question
pourrait être : «Alors, que faire ?».
Néanmoins, tu dénonces une certaine apathie des
gens vis à vis de tout ça, je pense à la chanson «Faut
pas s'inquiéter».
C'est vrai que moi j'ai toujours eu, que ce soit
à Boucherie ou en général, une dém arche non
pas m ilitante, parce que le terme est un peu
trop précis, m ais la volonté de dire : «Bougezvous». Je viens d’une fam ille très politisée,
m es grands-parents étaient des com m unistes
de la première heure, je reste dans une vision
assez sociale des choses.
Musicalement, tu appartiens à une tradition post-réaliste. Est-ce que la crise de la société a favorisé le
retour de cette tendance qui a connu ses heures de
gloire dans les années 30-50 ?
Je ne sais pas si ça a favorisé un retour à cette
tendance puisqu’on est, je crois, à peu près les
term e, parce que Boucherie arrive à tenir le
coup par rapport à tous les labels qui ont coulé
ou qui ont été rachetés ou qui se sont vendus.
Quant aux Garçons Bouchers, Pigalle ou les
autres groupes de Boucherie, ça m arche plu­
tôt moins pire que les autres. Il faut dire que le
m arché du disque et le m arché
des concerts se sont écroulés,
les gens n’ont plus d'argent, les
m unicipalités et les asso cia­
tions non plus. Il y a bien sûr
des
ca s
p a rticu lie rs. Par
exem ple, je su is assez adm iratif
q u ’un groupe com m e Noir
Désir, qui n'est pas un groupe
com m ercial, m arche à ce point
et vende autant de disques.
M alheureusem ent, c ’est un cas
exceptionnel. Sinon, systém ati­
quement il y a une forme de
démagogie, de compromission.
On assiste aussi souvent à la
copie conforme de tout ce qui
est am éricain ; le mec quand il
chante en français, c'est avec
un m auvais accent américain,
et quand tu l’entends parler il a
l’accent du Berry, c ’est grave.
rendre compte com m ent sonne un instrument
par rapport à des instrum ents synthétiques.
On peut de plus en plus faire de vrais cocktails
de sons naturels et de sons trafiqués. Je trou­
ve ça passionnant. Et moi j'ai un avantage :
j'ai com m encé par le folk et com m e tout de
suite, dès d’arrivée de la technologie, ça m ’a
intéressé, je mélange les genres plutôt bien. Le
problème, c ’est par exemple le roi de la tech­
nologie qui va vouloir faire de la mandoline, il
va avoir du m al. Llinverse est valable au ssi. Il
faut avoir un certain nombre d’années de pra­
tique.
De combien d'instruments joues-tu ?
Su r scène, j'en joue à peu près une dizaine,
sinon en tout, j’en joue à peu près vingt cinq.
Tu en apprends de nouveaux, tu en découvres
d'autres ?
Ca com m ence à se tasser ; il n'y a qu'un ins­
trum ent que j'ai essayé m ais que j ’ai aban­
donné, c’est le bandonéon, un instrument de
tango. Ca ressemble à l’accordéon m ais c ’est
pas du tout la même technique. J ’en ai deux
magnifiques que j ’ai achetés aux Etats Unis,
m ais je ne sais pas pourquoi, j’arrive pas à en
jouer.
_
ip r
m
j p
Comment travailles-tu ? J'ai cru
comprendre que tu composais avec
des machines, à l'ordinateur.
A l’époque des Garçons Bou­
chers, on a été parmi les pre­
m iers avec les Béruriers Noirs à
travailler avec des boîtes à
rythm es. Les premiers à tra­
vailler en même tem ps avec
des m achines et avec de l'ac­
cordéon. Ce qui m ’intéresse,
c'est le mélange des sam pling,
des sons saturés, ou des vieux
sons analogiques de synthés,
tous ces trucs un peu bizarres...
... Alors qu’on a de Pigalle l ’image
d'un groupe essentiellement préoc­
cupé par l'apport d'instruments tra­
ditionnels...
La technologie va dans ce sens.
On peut maintenant rentrer de
façon acoustique les instru­
ments et la voix dans l’ordina­
teur. On peut alors mieux se
Fr.ciin(Ç'0)ÎS’HI/\D)Ji(-!LÀ\ZAR(0) • photo .*Antoine Giacomoni
Hiver 97 [ Q
INTERVIEW
par Daniel Reyes
Ton dernier album date de 93. Qu'a tu
fait durant ces 4 ans ?
Pendant ces 4 a n s, j'ai pas mal
bossé pour d'autres. A vec E rick
Benzi et Je a n Ja c q u e s (Goldm an
ndr) j'ai fait l'album de Carol Fred e ric k s . A ve c m es ex-co m p agnons de C a n ad a, on a fa it l'a l­
bum de Nanette W o rkm ann , des
ch an so n s pour M ichael Jo n e s et
pour Jo h n n y H allyday.
Jr
Cette collaboration que l ’on retrouve avec
Goldman, c ’est venu comment ?
C'est venu très doucement. On s'est
rencontré quand Canada m archait
bien. Il nous a dem andé de faire la
première partie. Puis quand j’ai
arrêté le groupe en 9 0 , j ai fait un
premier album solo qui s ’appelait «
Les gens du voyage ». Il m'a alors
demandé de faire la tournée d'été
avec lui, dans les arènes, c'était
super. On s ’est un petit peu appri­
voisé com m e ça, doucement. On
s’est vraim ent rencontré humainement sur l’album d'Halliday, puis­
qu'on
y
a
bossé
beaucoup
ensem ble. Vu qu’on s'entendait
bien, qu'on se m arrait bien et que
ça ram ait pour moi sur les deux pre­
mier album , il m 'a dit que s'il pou­
vait faire quelque chose, il était là,
qu on pouvait essayer de faire
mieux. En fait, il considère que je
fais de la m usique vraim ent pour
moi, que je m ’occupe pas de grand
monde, et que lui a comme fonction
par rapport à moi de tenir compte
des gens, de leurs goûts, avec des
conseils du style: “ 17 fois la corne­
muse à cet endroit, c ’est peut être
beaucoup, et là tu mets pas assez
de guitare".
Justement, ne penses tu pas que de tra­
vailler avec Erick Benzi et Jean Jacques,
cela donne un son variété à la musique
qui aurait peut être mérité de sonner plus
"rock" ?
D'abord pour moi, la différenciation
entre la variété et le rock, elle est
pas nette, tu vois ! C'est très flou. Je
ne sais pas moi, il y a des morceaux
de Peter Gabriel que je trouve varié­
té et d’autre d e ... Dorothée qui
pourraient sonner rock & roll, elle a
bien joué avec Chuck Berry ! On
peut parler d’attitude à ce moment
là ...e t de son. Le deuxième album
avait un son assez brut. J ’ai essayé
de le produire com m e ça. Celui-ci a
un son un peu plus chaud m ais ça
va plus chercher dans l’am biance
folk que dans l’am biance grande
variété avec d e s... d e s... je ne sais
pas d’ailleurs ! M aintenant la varié­
té, ça n'existe plus vraim ent. Je
voudrais que tu me cites un nom et
je te dirais si c'est de la variété.
Johnny Hallyday ?
Jo hn ny H allyd ay
c ’est
de
la
variété ? ça dépend des chansons alo rs... C'est
peut être aussi une question d'esprit, d’attitu­
de ? Pour ça on ne peut rien faire. Je ne suis
pas dans sa tête. S ’il a envie de rouler en Lamborgini, c'est son problème. M aintenant si être
rock & roll, c’est rouler en solex et la bourgeoi­
sie, c ’est la Lamborgini, il est bourgeois. Sauf
que c'est un malentendu depuis le départ.
Elvis Presley roulait pas en solex.
Elvis c ’est peut-être aussi de la variété ?
Peut-être, m ais là, je ne peux plus rien faire
pour toi. Alors là, je le revendique, je fait vrai­
ment de la variété.
Attend, faire de la variété ce n ’est pas forcément
péjoratif...
Quand Hallyday chantait «Outsi pitsi petit biki­
ni» à l'époque c ’était révolutionnaire, même si
m aintenant ça paraît désuet. A l'époque la
variété c'était Luis Mariano. Moi je connaîs
Johnny Hallyday en personne. Je suis monté
plusieurs fois sur scène avec lui, et si c’est un
artiste de variété, en tout cas il a l’air d'être
répertorié en tant que tel, il y au moins des
moments ou il s ’en écarte légèrement. En tout
cas quand tu es entre ses deux retours, c'est
pas l'impression que ça donne.
Retournons à ta musique. La musique celtique est
très présente dans ton album et tu sembies être très
influencé par des artistes comme Dan ar Braz ou
Yacoub...
Yacoub n’est pas celte. C ’est avant tout un folkeux, dans le sens ou il aime bien les racines.
Com m e moi. Dan Ar B ras, lui, je suis tombé
dedans quand j'étais petit par Stivell interposé.
J'a v a is écouté des album s solos dont un qui s
'appelait • More », que j ai depuis très très
longtemps et qu'il vient de me renvoyer en CD
depuis la Suisse, il n'y a pas longtemps, ça fait
plaisir. Et dessus, il y avait un morceau qui
s’appelait «Merci monsieur Stephen Stills»,
joué en open tunning, qui est absolument sidé­
rant et ça m 'a vraim ent donner l'envie de jouer
des trucs complètement à part, dans les open
tunning par exemple, puis de connaître Ste­
phen stills et des gens qui jouent un peu dans
ce style là .J'a i donc développé un style acous­
tique dans ce genre là, avec des accordages à
moi.
La musique celtique pour toi c ’est juste des arrange­
ments, une influence parmi d’autres, ou bien y-a-t’il
une véritable revendication derrière ?
J'a i une revendication qui n’est pas politique
m ais qui est naturelle, qui est génétique,
puisque je suis breton pur beurre. En plus,
com m e j'ai été trimballé à droite à gauche ju s­
qu’à mes 16/17 ans, il y a forcément une
unité qui se nidifie. C'est quelque chose d’as­
sez fort. M ais je ne suis pas non plus complè­
tement ferm é, je n’écoute pas que ça, mais
notamment des trucs avec lesquels j'ai grandi,
comme le rock et le blues évidemment, les
musiques ethniques des pays que j ’ai habité.
En fait, je faisais de la world musique sans le
savoir. M ais j'ai plutôt élagué sur le dernier
album pour faire un truc cohérent qui soit peut
être plus sim ple à comprendre, avec un peu
plus d'hum ilité, parce que les deux premier
album s, avec des cornem uses sur les tablas
pakistanais, sur fond de marshall saturé, je ne
suis pas certain q u e... J ’ai fait Sabatier à
l'époque, il n’y a eu que les techniciens qui
n’ont pas zappé.
Pour en revenir à ton album, c ’est le troisième en solo.
Les deux premiers n ’ont pas très bien marché. Alors
celui là, c ’est quoi, celui de la dernière chance, ou
juste un album de plus dans ta carrière ?
C ’est ni un album de la dernière chance, ni un
sim ple album de plus. Non, j’ai changé de
maison de disque et je pars pour de nouvelles
aventures. C'est un nouveau départ. C'est pour
ça qu'il n’a pas de titre. Parce que les gens ne
me co n n a isse p a s, et que mon nom n’est
d éjà pas évid en t à retenir. Je su is reparti à
zéro. J ’ai dû m an q u er un peu d ’ h u m ilité
a p rè s C a n a d a en p e n sa n t que G ild a s
A rz e l, c ’é tait a c q u is et qu'à p a rtir de là je
p o u va is fa ire d es titre s . M ais p a s du tout.
L à , j ’ai vra im e n t m is la barre a sse z haut
au n iveau de la co m p ré h e n sio n . Donc un
nouveau d ép art ave c de n o u velles a rm e s,
com m e une n ouvelle m aison de d isq u e
m otivée. Il y a va it lo ng tem ps q ue j'é ta is
ch ez EM T. Il y a l'u su re du tem p s com m e
pour les vie u x co u p le s et on s 'e st sép aré
très g en tim e n t.
Des armes aussi comme Jean Jacques Goldman. C’est
simplement une bonne caution ou un copain qui vient
jouer pour se faire plaisir ?
C ’est les deux. C'est à la fois utile et à la fois
vraim ent agréable. Et puis ce n’est vraiment
pas quelqu'un à qui on peut imposer quelque
chose. Il fait ce qu’il veut.
Tu as fait beaucoup de premières parties...
Pas mal du tout...
Et maintenant le public se déplace pour toi. Comment
c ’est passé le début de la tournée ?
Depuis le début de cette tournée, il se passe
vraiment quelque chose, com m e pour l’album .
Il y a un accueil que je n'ai jam ais eu jusque
là. Ce n’est pas déterminant pour moi dans la
mesure ou je ne vais pas mourir si ça ne
m arche pas. M ais c’est plus agréable, et mon
but c'est quand même de tourner . Plus ça
m arche .plus les gens viennent aux concerts,
plus je tourne.
Tu préfères la scène au studio ?
J ’ai fait beaucoup de studio et ça ne m'inté­
resse que moyennement. D'autant plus que je
travaille avec des m ecs com m e E rick. n est
démotivant. Il va beaucoup trop vite pour moi.
A la m aison, j ’ai juste le m inim um . Ce sont les
chansons qui m 'intéressent, et puis après, les
jouer en concert, avec le fait qu'elles changent
tous les soirs.Tu prépares un truc dans ta
cham bre, puis les gens réagissent à un mot
alors que tu ne l’avais pas prévu. Il y a tou­
jours des surprises. Surtout sous cette form u­
le là, avec un systèm e sem i-acoustique. Pas
unplugged ! Il y a une batterie, m ais la batte­
rie, c'est un set de congas avec une caisse
claire. Et puis il a des violons, des corne­
m uses. C'est la première fois que je peux faire
ça. Parce que pour des prem ières parties
com m e ZZtop ou Hallyday, il faut quand
même envoyer le boulet. Ceux qui viennent ne
sont pas des m échants, m ais il ne viennent
pas voir Rika Zaraï.
jji
INTERVIEW
par Nathalie Jo ly
1 a fait fait partie des pion­
niers du versant français du
rock and roll avec Little Bob
Story au milieu des 70’s ; en
1989, la Story s’est arrêtée mais
Little Bob, enragé de musique,
est toujours là en 1997 avec un
nouvel album “Blue Story” et
une nouvelle tournée en ligne
de mire.
1
Après "Losl Territories» sorti en 1993, tu sors aujour­
d’hui «Blue Story», peux-tu nous en parler ?
Sur les deux album s il y a les m êm es m usi­
ciens, j'ai mon équipe française et mes potes
am éricains. Kenny Margolis, cette fois, me
produit, il a dirigé les séances en studio et joué
des claviers et il y a J J Holiday pour le côté
delta blues de chez moi, dobro, slide. Le blues
est là, pas dans la forme m ais dans le feeling.
Je pense que c ’est une suite logique, «Lost
Territories» était basé davantage sur les grands
espaces, et celui-ci est plus urbain en même
tem ps que plus intime, au niveau de ce que je
dis. Maintenant, on se connaît depuis 6 ans,
je m'imprègne d'eux et ils s'imprégnent de
moi. Le batteur et le contrebassiste viennent
du jazz, ils ne jouent pas jazz sur l'album m ais
il y a des trucs un peu ternaires, des trucs un
peu jungle.
De quoi parlent les titres ? des thèmes dominants ?
Je parle de tout ce qui m 'intéresse. Par
exem ple, «Devil'n’me» parle de la tentation de
faire des concessions, ce que je refuse. Après
c'est un titre sur Madagascar, sur mon amour
pour ce pays, ce peuple qui mérite le respect
et l'amour et qui se fait piller de plus en plus,
ils ont des arbres exotiques que les japonais
coupent pour faire des échafaudages et que les
allem ands coupent pour faire du charbon de
bois ; ils vendent san s penser que leur île va
devenir une île pelée balayée par les tempêtes.
Après, il y a “ Dust Of The Street", une chan­
son d’am our triste qui vient du bouquin de
John Fante "Ask The Dust" qui m 'a bouleversé
et que j'ai essayé de traduire dans une chan­
son. Dans “A Shadow Over” , je dis que dans
ce monde, tout est régi par le big business,
l'homme est au service de l'argent au lieu du
contraire, l'ombre qui s'approche, ça pourrait
être des dangers com m e le racism e de plus en
plus grandissant. "We Ail Have A Dream" est
un peu inspire de "J’ai fait un rêve” de Martin
Luther King, c'est mon côté utopique m ais je
pense que c'est à nous aussi, les chanteurs,
d’en parler un peu, j'y parle de liberté, de soli­
darité, d’égalité ; ce titre va devenir un hymne
sur scène, je le sais, je l’ai déjà joué deux fois.
“Som etim es I Feel", j'y raconte ma vie, quand
je su is arrivé, môme, sur les pavés mouillés du
Havre dans le quartier des usines où mon père
travaillait, j ’arrivais du soleil d'Italie, c ’était un
peu triste ; si j'étais resté en Italie j’aurais peutêtre pas eu le m ême chem inem ent, j'aurais
peut-être joué au football com m e profession­
nel bien que je sois un peu trop petit pour ça.
“ If Heaven Is Full” dit que je veux rester libre,
que si le paradis est plein, je suis trop jeune
pour mourir et que de toutes façons j’ai mon
paradis à moi. Je suis un inadapté dans le
monde, je le reconnais, et je ne veux pas y
perdre ma fierté alors je préfère m'éloigner du
show business qui, de toutes façons, s'éloigne
de moi aussi.
Pourquoi as-tu choisi l ’anglais ?
Parce que je trouve que ça sonne m ieux. Je
veux dire des choses dans mes chansons et,
en m ême tem ps, je suis un puriste de la
m usique. J ’aim e quand ça swingue, quand ça
glisse, je sais que la langue française est une
langue extraordinaire m ais je ne fais pas de la
littérature, je fais des chansons. Mes textes
sont sim ples, on peut toujours les traduire.
Ca lait 22 ans que tu tournes, quel est le secret qui te
fait garder le cap ? J'imagine que beaucoup de gens
t ’ont demandé de faire des concessions ?
Je suis un passionné, un amoureux de la
m usiq ue, c'e st com m e ç a , j'a im e cette
musique là et j'ai envie de prendre du plaisir
avec et d’en donner. Si je ne prends pas de
plaisir, je ne peux pas en donner, voilà pour­
quoi je n’ai pas changé de cap. Faire quelque
chose sim plem ent parce que c'est un métier
ne me dit rien, je préférerais faire un autre
boulot et continuer la m usique en tant
qu’amateur. Il s'est trouvé que depuis 2 2 ans,
dix album s studio, je tiens le cap, j’ai des fans,
des am is, des potes qui achètent mon disque,
pour me permettre de continuer, d'évoluer...
Que penses-tu du rock français actuel, toi qui en a vu
plusieurs facettes ?
Je suis arrivé un an avant Téléphone avec Litt­
le Bob Story, notre premier album est sorti en
mai 1 9 7 6 , c'était après la vague des Varia­
tions, Triangle, Martin Circus et Ange. Le rock
français d'aujourd'hui, je pense qu'il est en
pleine forme. C'est pas forcément un rock que
j'écoute chez moi, m ais des mecs comme Noir
Désir, c ’est évident qu'ils ont cassé la baraque
et qu'ils ont des choses à dire, les No One Is
Innocent au ssi, les Silm arils aussi et F F F ; ce
sont des très bons groupes qui, en plus, sont
très scéniques. On dirait que tout ça est la
suite logique d'une Mano Negra, même si c'est
un peu plus funk, un peu plus fusion, un peu
plus rap. Ce n'est pas ma m usique, je suis plu­
tôt proche de gens qui vont de Springsteen à
Southside Johnny en passant par W illy DeVille ou Elliott Murphy ou même Calvin Russell,
dans un autre genre. En français, il y a Paul
Personne ou alors les bluesmen français, Verbeke, Benoit Blue Boy. Les groupes français
aujourd’hui sont peut-être un peu plus radi­
caux qu’ils ne l'ont été.
D’après toi, c'était plus facile il y a 20 ans ou c ’est
plus facile aujourd’hui de chanter du rock, ici ?
Si c'est du rock comme le mien, bien qu'il ait
changé, c'était plus facile il y a 2 0 ans. Il y
avait tout à faire, m ais c'était très excitant à
cette époque là. Je ne dis pas qu'il n'y a plus
rien à faire aujourd'hui car il y a toujours des
villes où il n'y a pas de salles où jouer. Juste
après 7 6 - 7 7 , l'explosion punk, j'étais en plein
dedans, j’étais un rocker m ais en même temps
on jouait à Londres et il y avait Clash qui
étaient là, il y avait les Sex Pistols et on se
côtoyait. Après il y a eu des ém issions comme
Les Enfants du Rock et Décibel qui ont dém ar­
ré et d'un seul coup il y a eu le moyen de
découvrir des choses. Aujourd'hui, les moyens
de diffusion sont de plus en plus restreints.
Que répondrais-tu à des gens qui diraient que le rock
est mort ?
Je les laisse causer, pour moi il n’est pas mort,
il est dans mon coeur. Ce n'est pas forcément
le même qu’en 7 7 . Sur scène, je vois des gens
qui sont com m e des fous, je vois la lumière et
l’am our dans leurs yeux et ça me plaît. Le rock
est mort pour les gros médias en France, mis
à part quand il s'agit de superstars, m ais l'es­
prit rock, je l’ai toujours, tous les gens que j’ai
cité avant ont l'esprit rock, même si leur
musique est un peu différente, l’esprit rébel­
lion, l’esprit de "je fais ce que je veux et j'en ai
rien à battre” . Le rock n'est pas mort, on l’ap­
pelle com m e on veut, Hardcore, Fusion, Noisy
Pop, je m'en fous.
As-tu déjà produit d'autres artistes ?
J ’ai produit le premier Roadrunners qui étaient
du Havre et un groupe qui s’appelait les Sen­
tinelles m ais en studio, quand tu produis, il
faut garder une attention incroyable pendant
10 -1 2 heures par jour et je ne peux pas, au
bout d'un moment j'ai besoin de sortir, d'aller
faire un flipper, boire un coup, discuter un peu.
Après je reviens, j'ai la tête claire m ais 12
heures com m e ça , c'est un métier.
Hiver 97
INTERVIEW
•par B e rtra n d P ou rcheron
Peter, ce nouvel album est cimenté par un concept
assez mystérieux. Peux-tu nous en dire plus ?
Oui, bien sûr. « S U B T E R R A N E A » aborde en
filigrane le problème des laissés pour com pte,
de tous ces gens qui se retrouvent, à un
moment ou un autre, exclus par la société. Le
personnage central de l’intrigue a été retenu
-prisonnier durant fort longtemps et a été victim e, à son corps défendant, de toutes sortes
d^expériences. Le jour de sa libération surprise, il se retrouve plongé dans un environnement urbain auquel il n'a ja m ais été confronté par le passé. Il est submergé par des
vagues de sensations et d’événem ents quf,
aux yeux de n’importe quel autre individu
paraissent tout à fait banals m ais qui, pour
lui, sont totalement inédits. Il découvre peu à
peu que d'autres personnes se trouvent dans
le même cas de figure que lui et, tous
ensem ble, ils se mettent en chasse du responsable des sévices qu'ils ont dû subir. L'aibum narre cette traque qui s'achève dans une
confrontation dram atique. L e s-ly rics s'attach ent à dépeindre l’état d'esprit de cet
homme dans sa quête ultim e de vérité. Il
passe par toute une succession de sentim ents, de la confusion et la peur jusqu'à la
résignation d ésab u sée, en p a ssan t par
l'amour et la colère. Il y a beaucoup de colè-
ment fascinés par votre aptitude à conjuguer les
longues envolées progressives avec des morceaux
plus ramassés, aux refrains souvent confondants
d'efficacité... Comment décidez-vous de la longueur
octroyée à vos différentes idées mélodiques ?
En fait, on ne décide pas. Ce sont les morceaux qui décident tout seu ls (rires). Tu sais,
on n’est pas du tout des types calculateurs et
on ne rentre pas en studio en se disant:
«tiens, aujourd'hui, on va com poser un titre
de 4 m inutes. La sem aine prochaine par
contre, on se fera une suite de 2 0 minutes»
(rires). On écrit tout sim plem ent com m e on le
sent e t . il s'avère à l’arrivée que certains
thèm es de 3 m inutes se suffisent largement à
eux-m êœ es alors que. d'autres séquences se
prêtent à des épanchëm ents de plus d'un
quart d'heure. Tu vois, il y a dans « S U B T E R RA N EA » quelques unes des plus courtes
chansons que nous ayons jam ais-écrites et
elles sonnent superbem ent bien. Je trouve
ainsi que «High w aters» ou «Unsolid ground»
sont de véritables perles...
re tout au long du disque en fait et la m usique
a donc, par voie de conséquence, un aspect
beaucoup plus hard que par le passé.
Tout ceci est décidément bien sombre... Est-ce que
cela reflète exactement ta conception du monde
actuel ou n'est-ce qu'une forme de psychanalyse
destinée à exorciser certaines angoisses ?
En fait, je ne crois pas être si pessim iste que
çà (rire s)... Tu sais, il est tout sim plem ent
beaucoup plus intéressant d’écrire des choses
som bres et de se pencher sur la face obscure
P
des sentim ents hum ains plutôt que de torcher
*
des fadaises à l’eau de rose. Bon, il y a quand
m êm e quelques moments d'optim ism e de ci
de là, com m e par exemple «Speak m y nam e»
qui est une chanson d’am our toute sim ple
m ais il est vrai que la tonalité d'ensem ble de
l’album dem eure assez triste. La société dans
— —laquelle nous vivons n’est pas faite pour l’individu. Tout y est pensé en term es de
consom mation de m asse et les plus faibles,
de ce fait, s ’en trouvent tôt ou tard irrémédiale m e n t exclus.
'
Oh, là encore, il n’y a vraim ent rien eu de calculé. A chaque fois que l’on se retrouve
ensem ble en studio, on prend notre pied à
expérim enter de nouvelles choses. Et là, au fil
des jours, on s ’est dit que le son du sax collerait bien à l'atm osphère de certains des morceaux qui étaient en chantier. Voilà, les
choses ne sont pas glus com pliquées que çà
et je su is hyper satisfait du.r§su ltat final !
I
Beaucoup disent que vous venez, avec «SUBTERRANEA», de signer votre «Lamh lies down on Broadway».
Prends-tu cela comme un compliment ?
Franchem ent, tu sais, on com m ence tous à en
avoir un peu ras le cul des com paraisons
incessantes avec Genesis. Je crois que dès 8 4
avec notre premier album , «Taies from the
lush attic», qui était pourtant, com m e toute
oeuvre de jeunesse, largement sous influence,
on a prouvé qu’on possédait une personnalité
propre qui n’a cessé d’évoluer et de s ’affirm er
au fil des ans e t des disques. Alors, non, avec
« S U B T E R R A N E A » , IQ n’a pas signé son
«Lam b lies down on Broadw ay». On a juste
signé notre « S U B T E R R A N E A » .
Je suppose que l'écriture d ’un double concept-album
aussi ambitieux a du constituer une entreprise de
longue haleine...
Et tu as bien raison (rires). Les prem ières
idées de base nous sont venues dès la fin des
sessions d’enregistrement de «Ever», courant
1 9 9 3 . Une fois qu’on s’est sérieusem ent m is
atrboulot d essus, il nous a fallu plus d’un an
pour bâtir la charpente de l’album . Com m e on
avait composé énormément de matériel et
qu’on com ptait développer un projet s'uffisamment solide et étoffé pour élaborer un nouveau spectacle live ëtotal’, on s’est retrouvé à
l’arrivée avec un double-album sur les bras.
Lors des écoutes successives du CD, on est rapide-
L'apport du sax donne une couleur particulièrement
chaleureuse à l'album (je pense en particulier au
titre «Capricorn»), Comment l'idée d ’utiliser cet instrument somme tout peu usité dans le monde progressifvous est-elle venue ?
Est-ce qu’il n ’est pas trop difficile de concilier m
différents projets parallèles (Martin Orford, votre clavier, tourne fréquemment avec John Wetton et John
Jowitt, votre bassiste, joue dans Arena) avec les intérêts d'IO ?
Franchem ent non, pas du tout. IQ eSt-pour
nous la.priorité des-priorités. Je sais que John
a tendance à’ s'investir davantage dans Arena
que dans IQ m ais ce n’est vraim ent pas un
problème dans la m esure où le noyau créateur
du groupe se com pose de Mike Holm es, Martin Orford et moi-même. Puisque tu m e par­
lais de M artin tout à l’heure, sach e qu’il ne
bosse pas avec le John Wetton Band en ce
moment et il est donc à 1 0 0 % dans IQ.
Quels souvenirs le groupe garde-t-il de sa collaboration avec POLYGRAM qui lui a fait prendre un virage
plus commercial Svec les albums «Nomzamo» et
«Are you sitting confortably»
Tu sais, je n’étais plus avec'eux depuis un bon
mom ent à cette période (il se m a rre ...). Bon,
je vais quand-m ême essayer de te résumer
mon analyse de la question. Il ne me sem ble
pas que le virage auquel tu fais allusion soit
imputable stricto sensu à des pressions de
PO LYG RA M . Je crois juste que les gars
avaient besoin de tenter d’autres expériences
m usicales à l'é p o q u e ,'U e se lancer dans
d ’autres directions. Bon, ceci étant, le su ccès
com m ercial n’a pas vraim ent été au rendezvous dans la mesure où les gens du marketing
se sont avérés incapables d’assurer une promotion efficace à ces deux disques. Ils ne
savaient vraim ent pas de quelle m anière s ’occuper du groupe (il fait une moue désabusée).
Je pense que c'est sans doute ce qui vous a conduit à
monter avec GEP, votre propre écurie discographique...
Oui, tout à fait et c ’est vraim ent le jour et la
nuit par rapport aux années PO LYG RA M . On
a non seulem ent acquis les droits su r l’ensem ble de notre back-catalogue m ais on a
désorm ais toute latitude pour publier les
album s que l’on veut, quand on le souhaite et
com m e on le désire. Bref, le pied (rire s...).
E» CONCERT A PI
angulaires <!e ce^e dimension yh jette 7
Oui tout à lÿ it Tony L/thgoe qui
est notre des:gner attitré depuis
1 3 9 2 . a fait un trava.i vra'm entfantastique sur cet album . Je vou­
la is que i'cn d e ve b p p e une
oem arche différente du passe e t
q u o r accorde une très <argç piace
a i'elem ent pncjtograpnique.
AU P/ULAIS DES CONGRES
VENDREDI 6 MARS 98
Ce qui explique sans doide la Disparition
de tes illustrations fm ù ta /ite r W ütque,les le charme de »The Wake- ou de
,<Ever" devait beaucoup.
Oui. j'3 lais justem ent y v& aif Tu
m'ôtes Quasiment les m cfc oe la
bouche, tu sais (rires). Mon t ^ S I T ^
graphique était trop te.ié^ aans
l'espr* des gens a cette période
_<.Subterenea>- est un nouveau
départ pour ie groupe. Nouvelle
alchim ie m usicale, nouveau shovi
et donc nouveau oesigr visuei A
quoi jjg a -se retourner « n s cesse
sur son -passe ? £ vouloir trop se
rép éter ’CÇffam s groupes e'i
o u t u e r - je t r prése"+ et d éirl jt^ n t
léûr Tuf jr . Il faut savo i' e^oluer,
Boh Dieu Ævec ‘Q, nou^éssayons
a cnaque fois de nous fa e r de nouveaJr. challenges et oe redéfinir
notre 'dentité m u sicale On a
besoin de ces def:s pour progres­
ser et continuer a aller de I avant.
0 P E N Y QU R E Y E S ■
> NOUVEL ALBUM STUDIO
YLS IS
MH ANDERSQN / STEVE WT.YL
BILLY SHERWCCG / CHRIS SQUIRE
UATi WMTTE
MlKM
Vos, concerts ont toujours dégage une
magie et une intensité peu communes,
le suppose que n u s reservez a vos fans
quelques surprises de ta'tte pour les
futurs gigs du CUBTEhRANEA Tojr...
Oui, je pense que les gens ne
seront pas déçus O r va fa>pe une
p o g re e de dates en Ho'iande et
en Allem agne courant novembre.
On com ptait s j s s i p a sse r, chez
vous, au Divan o - '.TSnrte-a paris,
rhSis pas moyen de trouver un
tour-operator
æ otivé.
Putain,
qu’est-ce qu'ils *ont:- ,ts dorment
(Riresii S Bon, p'us sereu sem en t.
on repassera à coup sû r -par ta,
France en avr'l prochain avec, o r
I e sp ère,
la collab oration de
De nombreuses jeunes fonnations pro­
gressives revendique^ aujourd'hui r heR O C K S T Y LE En ce qu concerne
i £ i concert^ « S liB T E R R A N E K a
ntage c/m En es-tu fie r 7
été pShsë d e s-^ départ comme
M alh eureusem en t je
con nais
une entité a la 'o is m usica'e e*
asse? mal tous ces groupes car je
visue'le. Alors ou:, on vous réserve
n écouté pràtiaypiaem pas de n a »
des show s ci enfer, a ve r des lightprogressif Ceci étant, bier sür que
effects des diapos, des projec­
je s^is heureux oe nous voir cités
tions de fi'm s et tout un tas
en re'erençç par ce s m usiciens
d 'autres ch o se s. Llalbum se ra
On ie sera't a motns non 1
interprété dans s o r Intégra'ité et
sa continuité conceptuelles et les
Peter, quels sort les principaux projets
lumieres s'étendro nt s la ïîr i dustudio d'iO pour le: rpois è venir ?
dernier m orceau, com m e elles
Et oien, on v s tou1. d cfo o rTp u b lier
se te .g n e rt au c h e m a lorsqu'un
au début de ..laorias. prochaine un
film vient de '■'achever. l e "ptos
CD d ïn ê O itcrco H p iia n t du très
gros gig boüKfc p o d r ’ ^ristant a jra
aaeiii j'TS'jene' O r y inclura peutlieu ie 2 4 janvier p ro c tia tf.iu .S n e être un ou deux *itres de T H E
pherds Bush Em pire de Londres ê T ' LE N S qui a été la genits*j-û i&.—
nous som m es oeja tous ‘ ous d'im ­
Quant au véntabie a bum studio,
patience et d excitation à ce*te'
est pianifiè-ijaur 1 S 3 9 eLyyî'Q .-ies
perspective...
bribes ont d'ores e* oeia ére com ­
posées En, , r ce qi> nous tient le
P lîe r r :
« t ^ o p a m n ce de
plus a coeur en ce moment est la
t aspect m ue' fôm-ia-cwtmuite et ia
s c e n ç 'ra o tt'e s t sur les planches
cohérence conctp'jelles de «CUBf€f*public, que «SÜ BRANEA-. Peut-on considérer le superbe
T E iîR A N t A L ïb prendre toute sa
booklet du CD corm e fane des pieres
dim ension.
Sony Music
D I S T R I B U T I O N
edel
iXMwivi,,
A insi, je ne c o is pas que l'on
aidait pu sortir ie coffret «fo rever
live» (v:deo + doutée CD .ive) si
on avait encore été condam ne a
com pose' avec jp ç m ajor... Avec.
G E R 'o n dispose au;ourcP7tii d'une
totale liber*e de mciuj/ement. Il n’y
a personne q ji nous botte >e c j !
pour nous contraindre a t>ond;e jn
disque s ijuéVitairg tous ies 6
m ois. Tu sais nous som m es extrê­
m em ent p erfectio n nâtes et on
pré'ère sort;r un snperbe album
tous .es quatre an s plutôt qu'un
gros tas de _mer.De .toutes - es
a r nées ,u ste histoire de se faire un
m axim um de blé (r;res/..
i
i
*
.
V
n
u
P ar Thierry B u sso n e t Yves B a la n d re t
P h o to s : A . L e C loa rec
Ils sont « Trais », ils viennent de s o rtir leur
troisième album, il fallait donc les rencontrer
afin qu'ils puissent clamer haut e t fo rt leurs
revendications en termes de musique bretonne. Riches
d ’une expérience en Slovaquie où ils ont enregistré leur
dernier e ffo rt, Red Cardell est rentré au pays plein
d ’images dans la tê te e t plein d ’histoires à nous conter.
Messieurs, c’est à vous !
Pouvez-vous nous faire un petit historique de ce qu'est Red
Cardell aujourd’hui ?
ïann : Nous en som m es à notre troisièm e albu m . La
form ation du groupe remonte a juin 9 2 , avec JeanPierre à la guitare et ch ant, Jean-M ich el à l'accor­
déon et m oi-m êm e à la batterie, et nous avions un
b assiste à l'epoque. Avec cette form ation, nous
avons enregistré un aibum intitulé «Rouge» en 9 3 ,
puis on est parti sur la route pour faire tourner le
set. Le second album «Douleur» est sorti en m ai 9 6
et le troisièm e qui se nom m e, logiquem ent, -Trois»
vient de sortir. Ceia fait donc cinq an s ue carrière et
trois albu m s. On a e^ectué environ 7 0 0 concerts
depuis que le groupe e x iste ...
Vous tous connaissiez tous avant que le groupe ne se forme ?
Jean-Pierre : Je a n M ich el et moi jo u io n s u ejà
ensem ble d ans un autre groupe avant Red Carde!1,
nous avons ensuite fait la connaissance de Yar:n par
l'interm édiaire du m anager du grcùpe. Nous avons
ensuite cherche un Dassiste m ais nous n'avons pas
trouvé l'équilibre que nous souhaitions. Nous nous
som m es séparés de :<ji en 9 4 , et c'est de là q j ’à
com m encer i'aventure en trio. Ce style de form atior
peu paraître un peu bizarre aujourd'hui, m ais pour
nous, c'est beaucoup ptus proche de ce que l'on veut
faire m usicalem ent. Notre choix est ae faire de la
m usique très directe voire m êm e m inim aliste par
certains côtes et en m ême t e r p s oasée sur des
grooves, des tem pos. On a donc trouvé qu'il était
plus intéressant de le faire à trois qu’à quatre, plus
que de chercher quelqu'un que l’on aurait peut-être
ja m a is trouvé. O a m aintenant une rorme ae cohé­
sion et d'homogénéité propre aux com bos de rock.
Jean-Michel, travaille avec un accordéon « Midi», lui permet­
tant de piloter des sons de claviers. A -t-il toujours travaillé de
cette manière, ou est-ce le départ du bassiste qui vous a
conduit à cette démarche7
Jean-Pierre: Non, j’ai toujours vu Jean-M ichel travailler
d t cette f a g c Vi/ec cette technologie, notre but n’est
pas de rem placer la basse, c'est de trouver une for­
m ule. ou la basse est rr.^ette où tu la suggères plus
ql.6 tu ne la joues. Ce que l’on essaie de faire, c ’est
utiliser des sons qui possèdent des basses fréquences
san s pour autant jouer des lignes de basse.
S
Rc:kstyle
f>°
23
C ’est d ’ailleurs cette approche que l'on retrouve dans la
gestion du son de la grosse caisse ?
Exactem ent, on cherche à élargir le pied pour
retrouver ces fréquences, tout com m e à la guitare
en utilisant beaucoup d'« open-tuning ». Il nous
arrive de tra\ ailler avec des sons ae basse m ais
ces thèm es sont joues par des notes de claviers et
non pas par une basse échantillonnée. Voilà un
peu ce q u ’est le groupe aujourd'hui, et pour
devenir ce que nous som m es aujourd'hui, il nous
a fallu beaucoup jouer. Car plus tu joues plus tu te
rends compte ou tu dois progresser. Et ça pour
nous, c ’est vraim ent prim oraïai et on tient à
continuer dans ce sens là.
lustement. pour parler de la scène, vous arrive-t-il de
par rapport à un tem ps plus court que d ans un
concert n o rrral.
rapport avec le public que la veille ûu l'on avait
joué 2 h 3 0 .
C'est vrai que les sensations sont fabuleuses surtout
envers le public qui semble beaucoup plus proche...
En olus à Besançon, c'est facile, on a tellement
joué ici, que le public nous connaît bien et vient
nous voir e r sachant ce qu'il va trouver. C ’est
important pour nous car le public est le principal
acteur d’un concert.
r n n s ' e s t c o n s t r u it dans
Justement, parlons un peu de cette attirance qu'a le
groupe envers l'Europe. Vous chantez en anglais et
français, vous avez enregistré votre album en Slovaquie...
Tu sais en étant Breton, il vaut mieux être ouvert
p o u r le p u b lic *ue I on . «
^
^
n<>||S
le s p e tits
^
» fa u t Que l'on
a vive n t d » - t‘* °U*
ro n a toujours
con tin u e i a u u m e t cm *
fa n .
tester des morceau» avant de les poser sur album ?
Bien sûr, cela nous est arrivé pour le deuxiem e
et m êm e pour celui qui vient de sortir. Tu vois,
nous som m es en ce moment en tournée et c'est
bien pour nous de pouvoir tester des m orceaux
lorsque le m atériel reste trois jours en place dans
un caf'co n c. M ais, la plupart du tem ps, ce ne
sont pas vra im e n t les m orceaux q ui posent
problème m ais plutôt une gestion de son set
pour eviter qu'il y ait des m om ents ou l'attention
retombe. U ne bonne chanson peut être mal
placée dans le concert, et elle ne provoquera pas
l'effet désiré. Souvent, un morceau est mal joue
parce qu'il est mal place on est donc en train de
travailler le set dans sa longueur de manière a ne
pas faire retom ber l’ensem ble. Il nous arrive de
plus en plus souvent de jouer dans des lieux où
il y a deux groupes, nous n’avo ns droit qu'à
environ 1 heure et demie et l'important est donc
pour nous d'utiliser ce laps de temps et de faire
m onter légèrement la pression et de finir fort.
Lors des festivals où l'on nous ne laisse que 4 0
minutes, il faut rentrer très fort très rapidem ent
avec des morceaux très énergiques où il faut
aller a , l'e s se n tie l En p lu s , le p u b lic a la
potaitortrté de voir beaucoup de groupes, il faut
donc donner une autre Image de notre m usique
La musique de Red Cardell correspond plus a une
ambiance de club qu'a un festival...
O u a is ..., m ais on arrive a contredire ça
m aintenant, les paramétrés sont complètement
différents. Pour nous qui avons énormément joué
dans les bars et les clubs, on joue de plus en plus
sur des grosse scènes, depuis un an m aintenant,
et on com m ence a m aîtriser la technique qui nous
est proposée, ça ne se fait pas com m e ça du jour
au len d em ain . Il faut savo ir s ’entourer de
techniciens qui connaissent bien leur métier, c ’est
très long a démarrer, c'était tout nouveau pour
nous. En plus, on se retrouve de plus en plus sur
des grosses scènes com m e l'été dernier. Ça s’est
très bien passé. Je crois que l'on a retrouvé sur les
grosses scenes, cette énergie que l'on a dans les
clubs. Même si ça reste un exercice difficile.
Par exem ple, ju ste ap rès l'enregistrem ent de
l’album, on est parti jouer en Finlande où l’on
jouait dans deu» endroits différents dans un club
de 4 0 0 places le mercredi et sur le festival le |eudi.
Il faut bien avouer que le concert que l’on a donné
d a n s le clu b , c était une am b ian ce plutôt
décontractée, on a fait un concert géant dans le
pub. C'est vrai que l'on était un peu frustré par 4 0
minutes passées trop vite, ce n'était plus le m ême
sur l’Europe, ca r quand tu fais de la m usique
traditionnelle, pour sortir de ses traditions, de ses
racines, le m eilleur moyen est de se tourner vers
l'extérieur. C'est pour cela que l’on a beaucoup
joué en France par exem ple, et notre m usique
nous permet d'être invités su r des festivals dans
l'Europe entière, et ça, ça nous branche a fond, on
adore voyager. Le fait de parler anglais est très utile
car lorsque tu vas en Belgique par exemple et qu’il
te faut comm uniquer avec des techniciens ou un
public, tu as, grâce à la langue, un rapport tout a
fait sym pa. On veut garder ces deux langues dans
nos textes, rnéme si le dernier album est plus
français dans les textes, on continuera à chanter
en anglais.
au ssi une histoire de coût ca r
nous
p ro d u iso n s
en
intégralité tous nos alb u m s
et nous avons donc choisi
de partir là-bas ca r pour le
m êm e
coût,
nous
n'aurions pas eu autant
de tem ps d ans un studio
en France. M ais je crois
q u'à la b a se , c ’e st
su rto u t
une
volon té
de
changer qui nous attire plutôt qu'autre
ch o se . On é tait bien à B ra tis la v a , on a
travaillé d ans une im m ense stru ctu re où on
a vraim ent pu jouer live.
Jean-Pierre : On a doublé quelques guitares,
m ais ju ste quelques b rico le s...
Pour le public que l'on s'est construit d ans
les petits endroits et pour ceux qui nous
suivent depuis toujours, il faut garder cette
form e d’équilibre et de sin cé rité , il faut que
l'on co n tin u e à a ssu m e r ce que l'on a
toujours fait. Pour revenir à ta question, il est
c la ir que c'e st très im portant d'être ouvert
..
j .
' t a i t n a i f O Ï S d i f t i C l t e **
*•
“
tttc h n iC Îe n
g fg m a iltd e r
SM
H / i b ï f l O r À 3 r4 0 u t
« re tn o o u
S
m e™ »®
de
nrenait
ça pre»—
voire
-
nf
nous, on pouvait jouer les uns à coté des
a u tre s, co m m e en rép étitio n . On a va it
én o rm ém en t de p la ce pour jo u e r c 'é ta it
v ra im e n t très ag ré a b le .
En p lu s , le
te c h n ic ie n su r p la c e ne p a rla it p a s un
an glais très acad ém iq ue, et c ’était souvent
très d ifficile de le com prendre, surtout d ans
une relation de travail. Par exem ple, il était
d ifficile de lui dem ander de « rem bobiner à
3 '4 0 " , ça prenait 5 voire m êm e 1 0 m inutes
parce que ni lui ni nous n'étions cap ab les de
dire les mots que l'autre com prendrait. Ce
qui fait que par m om ent, c'était le flou,
surtout à la fin des jo urnées, avec la fatigue,
c'était dur. Et heureusem ent que l'on avait
bien travaillé les m orceaux ce qui fait que
l'on a pu éviter toute tension. M ais à coté de
ç a , on ressentait une certaine ch aleu r avec
ces gens, une sensation de chaud et froid,
com m e le pays d 'a illeu rs. Là-b as, on était
com plètem ent dépaysés. Chaque chose est
à sa place et c'est dû au fait qu’ ils ont encore
cette notion la issé e par le s g én ératio n s
précédentes qui est de donner du travail à
tout le m onde. En arrivan t au studio, on a
Parlons un peu de ce nouvel album, « Trois »
.
n'étions
été pris en charge par cinq ou six types qui
n ous ont fa it re m p lir d es fo rm u la ire s
ad m in istratifs qui, à nos yeux, ne servent à
enregistré en Slovaquie ; pourquoi ce choix ?
Jean-Michel (qui vient d ’arriver) : A chaque fois
que l'on a fait un albu m , nous ne som m es
pas restés en Bretagne, de m anière à ne pas
lu i
n i
n o u *
.n O tS
n a h l e S d e d i r e I B S •**
C BpBO
m n r o n d r a it.
c o m p i»
r'e n ’ m a 's ^u'' P our e u x ' s e m b laien t
in d isp ensables. L'aspect froid réside surtout
d ans le fait qu’ils ne parlent pas beaucoup,
q u 'ils sont très tim id es, peu à parler anglais,
connaître les problèm es du quotidien. On n'a
pas envie de gérer la factu re EDF, l’h u issie r...
Alors que là, tu pars quinze jo urs, t’a s la
paix, tu ne penses qu'à ton album et rien
d'autre. C'est un prem ier point, partir. C'est
^
la plupart parlent allem an d . Ils restent très
c h a le u re u x
d an s
leu r
tra v a il,
leur
organisation et au ssi le recul q u 'ils ont su r le
travail des autres. C ’était une très bonne
expérience.
vers l'Europe.
10 minutes p »
nous
aue l’autre
Qu'est-ce qu'il vous a apporté
de plus ce studio ?
On jo u ait com m e su r scè n e . Les a m p lis
étaient tous isolés les uns des autres m ais
groupe de scè n e , il faut le dire. Les choses
sont toujours bien définies m ais on laisse la
p la ce à d es im p ros é ve n tu e lle s à tout
m om ent, c ’est norm al, c'est ça qui fait vivre
la m usique. Il y a un peu de notre culture
individuelle d ans tout ce que l'on fait.
Est-ce que cette expérience va laisser des traces
dans la musique de Red Cardell ?
D an s
les
te xte s
s u rto u t.
Le
genre
d ’e xp é rie n ce
q u ’ in vo lo n taire m e n t
tu
re tra n sc rira s d a n s un m orceau c a r cette
expérience ne nous a pas la issé indifférents,
loin de là.
Du fait que Red Cardell corresponde à un groupe
qui représente la fête, ne penses-tu pas que le
public puisse prêter plus attention à la
musique qu'aux textes ?
jû t
Je crois que le texte est le reflet de
l'énergie que tu envoies à travers
la m u siq ue. M ain ten ant, si le
public est plus intéressé par le
ÆÊ
texte ou la m u siq ue, c'e st bien,
On remarque une sorte de
paradoxe entre le coté joyeux de la
musique et la noirceur des textes,
on est quand même loin de Soldat
les harm onies pour arriver su r quelque chose
de très o rg an isé , beaucou p p lus que la
m élo d ie bretonne de d é p a rt, m a is c'est
toujours la m êm e base. Je crois que l'on fait
cela de m ieux en m ieu x, c ’est norm al, et je
crois que la progression, elle est là. C ’est
a u ssi la raison pour laquelle on joue toujours
des m orceaux du prem ier album que l'on a
retravaillé avec nos idées d ’aujourd’ hui. On
n'a pas l’ im pression de rejouer les m êm es
m orceaux alors q u ’on les a faits au m oins
6 0 0 fois !
En dehors de vos racines bretonnes, quelles sont
les autres influences que vous ressentez ?
|
On est co m p lètem en t d ifférents m ais
L
com plém entaires. On apprécie tous ce
que peuvent écouter les autres. Pour ma
part, je su is très influencé par le blues,
W
j'a i apD ris à jo u er de la g uitare en
L
écoutant des disques de blues, dans le
F
rock, c ’est surtout les Talking H eads. On
'
aim e aussi les nouveaux sons de la techno,
et c ’est vrai que ca nous ouvre énormément
de portes pour faire évoluer notre m usique,
m êm e si on ne sait pas trop ce que sera Red
Cardell dem ain.
L
IW
|
Jean-M ichel : Ca se veut loin de
I
’
Soldat Lo u is !!! (R ir e s )....... Non,
on n'a rien contre eu x. Et c'e st bien
« Du rh um , des fem m es et de la
b iè re ...» .
Yann : L à , t'écoutes plus la m usique que
les paroles ÜMJ (R ire s ).
J e a n -P ie r r e :
Pensez-vous que votre musique, après toutes ces
expériences, a évolué ?
Je an -M ich e l : La m u siq u e est to u jo u rs en
constante évolution. D 'ailleurs depuis que
l'on arrivé est à B e s a n ç o n ™ .ç a a évolué !!
(R ire s) Non, c'e st vra i, Red Cardell est un
Notre m usique est
toujours la m êm e à la base. On part d’une
m élodie bretonne, que l’on transform e avec
un groove, par une rythm ique à la batterie
pour e n su ite ab o u tir à un tra v a il de
recherche m élodique. E n su ite , on travaille
Tout à l ’heure, tu as dis .- « Nous n ’avons pas
beaucoup joué en Bretagne, on a plus joué en
France ». Donc la question que Ton vous pose .>•Qu'est-ce que ça fait de jouer à l'étranger ? »
(R ire s Interm inables)
Red C a rd e ll : La réponse e st d an s la
question !!!! (En core des rires).
Hi ve r 9 7
Les choses se passent plutôt bien pour
vous en ce moment ?
O u i, en effet, on vien t ju ste de
co m m en cer
ia
tournée,
nous
n’avo ns fa it que 3 d ates pour
l’ in stan t, m ais d evan t plus de
2 0 .0 0 0 person nes, ce qui fa it
quand m ême beaucoup ! On n'a pas
l'habitude ! M ais on s ’y fait très vite,
et je crois qu’on ne se défend pas si
mal que ça , ce sont vraim ent de
grands m om ents. En plus c ’est une
tournée européenne, et ça nous fait
vra im en t p laisir, parce que cela
faisa it longtemps que l’on n’avait
pas joué en Europe, et aussi parce
que c ’est notre terrain préféré.
Vous avez fait aussi de gros festivals cet
été, vous vous sentez à l ’aise sur ce
genre de scènes ?
Pour faire une analogie, c'est un
peu com m e si M anchester United
a llait jouer contre le G ala ta sa ra ï, ou
co m m e si une éq uipe an g la ise
alla it jouer en Turquie, ou en Inde,
les préparations ne sont pas très
b o nn es. Un fe stiv a l co m m e les
Eurockéennes est très intéressant,
p a rce
que tu
n’a s
pas
de
so u nd ch eck, donc tu n'as pas ce
se n tim e n t
de
co n trô le .
J ’ai
vra im e n t aim é ce co n ce rt, m ais
d ans ce genre d'endroit, ça peut
être ou très bon, ou très m au vais.
Et heureusem ent celui-ci s ’est très
bien p a ssé pour n o u s. Le gros
risque reste toujours le son, et si le
son est bon, alors tout ce qui te
reste à faire, c ’est te concentrer su r
le pu blic. Ce festival en particulier
est vraim ent très bien, j'a i juste été
d éçu
par
la
p restatio n
des
S m a sh in g P u m p k in s , j ’ ai pas
trouvé q u'ils avaient un bon rapport
avec le public. En règle générale
nous aim o n s la co m m u n icatio n
ave c le public.
Pour cette tournée, quelques dates ont
dues être déplacées vers des salles plus
grandes,
comment
ce
succès
grandissant vous fait réagir 1
C ’est bizarre, il y a 4 an s on faisa it
la prem ière partie de Ja m e s , et
m
Rochstyle n° 23
m a in te n a n t on tou rn e en tête
d ’a ffich e d an s d es s a lle s plus
grandes qu'à cette époque pour des
co n certs sold-out, c ’est vraim en t
bizarre, bon, on ne s'en plaint pas,
m a is
c ’e st,
co m m en t
d ir e ...
co n fo rtab le . Il fa u t ju ste qu'à
ch aqu e fois on ajuste nos m entalité
à chaque endroit, m ais il y a des
ch oses qu’on ne veut pas faire. On
ne veu t pas être dans la tête des
g ens, on ne se réclam e pas être le
m eilleur groupe de rock au monde. •
Nous pensons être un bon groupe,
m ais nous ne voulons pas faire des !
ta s et d es ta s d 'in te rv ie w s . Le
pro b lèm e, c ’ est une u tilisa tio n
forcenée des m éd ias. Il faut que
l’on fasse des télés, des radios, des
a rticles d an s la presse, m ais il faut
faire attention à ne pas en faire
trop. Nous avons des vies privées,
et nous voulons continuer à être
des êtres hum ains norm aux. Des
êtres h um ains norm aux qui font ce
m étier-là. Notre am bition tient plus
d ans la m usique que nous faiso n s,
que d an s le s ve n te s que nous
pouvons faire. Nous avons toujours
privilégié notre m usiq ue, m ais d ans
les six d erniers m ois toutes ces
ch oses à propos de notre carrière *
ont largem ent dépassé la m usique.
Alors nous essayo ns de m ettre un
frein à tout ç a . Pour n o u s, les
ch oses les plus im portantes sont
prem ièrem ent l’albu m , et ensuite
faire des concerts devant les fans
de Radiohead.
Est-ce que ces ventes énormes sont une
surprise pour le groupe ?
O h, com plètem ent, et surtout avec
la sensation de ne pas avoir fait de
pacte pour arriver à ce résultat, de
ne pas avoir vendu son âm e au
Diable ! Pour nous la m usique est
la chose la plus im portante, ok, je
ne d is pas que ce que nous faiso ns
est pur, ou le plus intègre, m ais si
la p u b licité se s e rv a it de notre
m usique à des fin s co m m erciales,
pour q u ’on se mette un m axim um
de fric d ans les poches, alors on
arrêterait im m édiatem ent.
Mais cet aspect commercial de votre musique, ce
n 'est pas aussi une partie du pacte que vous avez tait
avec votre public ?
O ui, c'est exact a u ssi, m ais les fans de Radiohead savent que nous ne som m es que cinq
m ecs, cinq a m is qui se con naissen t depuis
l’école, et il se trouve que ce s am is-là font de
la m u siq ue, et quand ils se réunissent sur
scène ou su r disque en tant que Radiohead là
il se passe quelque chose de sp é cial, m ais
que ce s cinq m ecs-là n’ont rien de particulier,
nous ne som m es pas d es rock sta rs. Surtout
pas ! J e cro is qu'à ce jo u r il y a eu assez de
tragédies au nom de cette attitude rock-star.
Kurt Cobain ; R ic h ie , des M anie Street Preac h e rs ... C ’est com m e si c ’était une double vie,
Dr Je k ill & M r H yd e, et que je ne sois pas la
m êm e personne qui te parle en ce m om ent
que celle qui joue su r scè n e , ça ne m 'intéres­
se p as. J e ve u x, et nous voulons tous avoir
une vie relativem ent norm ale, c a r c ’est déjà
asse z dur com m e ça , m ais c ’est possible d'y
arriver.
Avec un tel succès, c'est le regard des autres qui
change, et qui peut te faire changer, non ?
O ui, évidem m ent, il y a au ssi beaucoup de
groupes qui refusent telles ou telles ch oses à
leurs fan s, et moi je cro is q u ’il faut respecter
se s fa n s, parce q u ’on leur doit beaucoup. Je
cro is au ssi que nous avons de la ch ance de
faire ce style de m usique qui ém eut, qui
donne de l'ém otion aux gens. M ais le risque
est que puisqu’ils aim ent ta m usique, tu leur
ap partiens forcém ent. Tu ne peux pas les
em pêcher de penser ç a , et pourtant c'est la
ligne que tu aim erais bien que personne ne
fran ch isse . Et à ch aqu e instant il faut faire
attention à ce que cet équilibre soit respecté.
La vie n’est faite que de ç a , que d'équilibre
des priorités, c ’est un équilibre instab le, et il
y a des ch oses qui doivent passer en premier,
que ce soit ton tra v a il, tes am is ou tes
en fan ts. D ans notre vie en ce m om ent il e x is­
te un autre élém ent, et c'est le su ccès que
nous devons gérer en plus. L’im portant est
d 'essayer de prendre assez de recul, et de ne
pas trop se faire prendre au jeu . Enfin ce n’est
pas un je u , et c ’est tout à fait normal d ’être à
fond d ans quelque chose qui te passionne.
Seulem ent il y a un mom ent ou tu dois dire
“Stop !” , et en visager les ch oses d'un point de
vue extérieur. D ans notre c a s, s i, à un certain
m om ent, nous nous rendons com pte que
nous perdons de notre 'norm alité, alors c'est
le m om ent de prendre ce recul n écessaire, et
nous resterons calm es pendant une année.
M ais si nous pouvons nous permettre de ne
rien faire pendant toute une année, histoire
de m ener une vie tran q uille, c ’est au ssi parce
que nous vendons des d isq ues ! Pour l’instant
nous avons la ch an ce de ne pas être obligés
de so rtir un disque pendant un a n ...
*
Si
kftl
¥}
fis
*5
g j
W *'
ar
Peut-être que nous devrions faire
comme REM, sortir un album, attendre
qu’il soit au top, et puis ne pas faire de
tournée, c’est assez dommage, mais
des fois il faut casser par là.
Sortir un album tous les 2 ou 3 ans, c'est un bon
moyen d'échapper a toutes cette pression, pour se
ressourcer ?
Non, ce n'est pas un bon m oven, m ais nous en
som m es pour le m om ent a sortir un album
tous les deux a n s, et ça su ffit, c'e st un bon
rythm e. Peut-être que nous devrions laire
com m e R E M , sortir un albu m , attendre qu’il
soit au top, et pu is ne pas faire de tournée,
c'est asse z dom m age, m ais des fois il faut
passer par là. Nous adorons partir en tournée,
m ais c ’est souvent une relation partagée entre
l'am our et la hain e. Et tu sa is j'a u rai trente an s
l'année prochaine, et peut-être que d ans 5 ou
6 an s je ne ch ercherai plus autant à vouloir
connaître des nauts parce que je sa is trop que
ce la
ve u t a ire
p a sse r p a r d es bas
Est-ce que le groupe a atteint le point qu'il avait tou
jours voulu atteindre, ou vous vous fixez à chaque fois
de nouveaux buts ?
Ah oui, notre am bition est qu a ch aqu e fois on
continue de produire d ’au ssi bons d isq ues, et
q ue le s c o n c e rts so ie n t à ch a q u e fo is
m eilleu rs. M es groupes préférés, les Sm iths
par exem ple, ont toujours sorti ju sq u ’à leur
séparation des d isq ues toujours m eilleurs,
Pulp a u ssi, et pour Radiohead j'esoère que
nous continuerons à faire des alb u m s qui son
neront toujours au ssi bien d ans quinze ans
Hiver 97 ^
:rsnce
es ce
ait pu
d
a:
Gi
Pi
c1
u u i, m ais ii y a un
textes que tout le mi
D 'ailleurs c'est queli
toujours étonné et in
souvent joué dans
phones, et les gens i
naient le sen s et
paroles. En p lus on
prétations différentes
soit un hom m e ou u
sen sib ilités com plète
hom m es voient dans
re très som bre qui a
lem ent libérateur, a
trouvent l’album très
c ’est ce que nous en
Pas uniquem ent ron
m élo du term e, noi
rom antism e de l'âm e
lyrique. En Angletern
parler de ce genre de
p a sses tout de suite i
qu'il y a de bien avei
là, tu peux te péri
ch o ses, tu as la pos
tu n’es pas seul à s
ceci n’est pas dire
d ans notre m usique,
trait spécifique à Rac
Etes-vous fondamentalt
oui, faut-il être pessimis
aussi émouvant ?
J e ne sa is pas si il fa
ce que je sa is, c ’est c
un albu m , nous trave
ém otionnel. Nous pr«
sib le, parce que le
con naisson s depuis
nous ayons du succèi
M ais nous nous me
pression incroyable p
san s cesse à nous de
faiso ns vau t la peint
m om ents intenses, r
sons constam m ent.
etres h um ains, parce qu
savons que ce que nous
nouon'avons pas une con
nous. Je crois que notre
une très bonne im age de
nous som m es. Et j ’espère
continuer à ressentir ce dt
doute de soi-m êm e est c
très im portant, il perm et i
poser des q uestions, et il t
form er en m aniaque egot
des gens qui disent sa n s i
part quand il s'agit d'Erii
qu’ il est vraim ent différen
Désolé ! ... M ais c ’est vrai
m ec, il a l’arrogance, il a
rendre son personnage pai
form er son rôle en vraie
ja m a is on pourrait être c
qu'il nous m anque cette cr
lui, ou cette cap acité à ...
plem ent pas génial commi
rock-star, et pas seulem en
foot, m ais d ans tout ce c
peu un philosophe des ter
c ’est con ou risqué ce que
il est un peu com m e Vol
rire, c ’est un sén ie. ce me
w z js n s n s M
On ne présente plus Genesis, En }o années de
carrière, ce prestigieux groupe anglais a ivndu
pas moins de 90 m illions d ’albums, squattant
les charts du monde entiergrâce à une vingtai­
ne d'opus dont certains figurent au Panthéon
de h musique rock.
M ec ce Ihre exceptionnel à r it par un des
grands spécialistes français de Genesis, w us
vcyagrez à travers l'histoire du groupe, des
débuts arec Peter G abriel ju sq u a l ’arrivée
ràente de Roy Wüson en passantp arla pério­
de où Phû Colltns a emmené Genesis vers les
sommas. Un ouvrage de référence\ bourréd in­
formations et d ’anecdotes rares., et agrémentéde
photos inédites.
119 France
Formai 16x24 cm - 192pages
t o ic o n u ie
i
ntm tr i : la BrScn Cit e
* C t a * b M é ta l§uta, 2SZ2V CUIOEHf
Je désre retevm etrmptme(s) de ‘GFttSIS, la hoftt à wmàq*“,
ai prix 6e 119 Fïm ii
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+hàa ie port et &rti*ëngf :30 F(60 Fpotr l'étrtager), stH: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
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le livre !
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G-jemt met r è j o f t p a Aésfte i l'trée ie ‘les Bdtiets i» fteamâ"
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Adresse: _________________________________________________________________________________________
CodePostd: ___________ V ï e : ____________________________ P o p : _____________________________
IN TERVIEW
Le P*ie*t t f t de fetouf, ça tout te Monde te SAit,
b o ité pA* t *i»«vce d'un petit nouveau, qui a su
ïetnftAtey te vieuK ŒoC À ta ptAce de (y o n t* ah,
maU Auni dAHf te toeur de* (ah*. Gtenh Tipton et
^
l>OVhih$, (oht AlifOUfA'M, et ptu* <{ue fAfirAif
(i$u>e dètendAid 4ah§ t* pAhde {m itte du
metat. Gt tneme i* te minot n'ett pAt encon au
tofnmet de *oh A>t, te P rie ft a de Uauk fouit
deVAht lu i. fhtyetieh fu> te tfo t de* %enéiAtionf
Avec K k bw hiH t, et Œippe* On/em. Attention, te
P>ie*t ett de >etout !
p a r Wes B a la n d re t
Rockstyle n° 23
Vous venez de sortir un nouvel album, quelles sont
impressions à chaud ?
K K Downing: Nous som m es très contents
de ce i album . Les prem ières reactions ont
été form idables. L p Japo" a vu l'album sor­
tir avant tout le m onde, et eux aussi sem ­
blent contents. L'album est entré directe­
ment à la neuvièm e place, pour l'instant tout
va bien. Fn plus, je crois que c'est la pre­
m ière fois que nous som m es si bien placés
avec un alb u m ; je crois que la m eilleure
place que l'on ait décrochée devait être
n °1 0 , rien dp m ieux, il me sem b le, au
Japon , bien sûr.
Poui ma part, je lui donné la note maximale de
5/5.....
Ripper O w ens: Ah bon, g é n ia l...
K K Downing: C ’est bien que tu l'aies déjà
reçu depuis un m u is, com m p ça tu as pu te
faire une idee, écouter l'album plusieurs fois
pour vraim en t le connaître. C ’est su p er...
Pour nous, tu vois, c'est encore trop tôt pour
se prononcer. Les prem ières réactions vien ­
nent de la part de gens com m e toi qui ont eu
le tem ps d'écouter l'album . Et pour nous,
c'est très 'm portant d'avoir ce prem ier feed­
back de la part de professionnels. La seule
chose dont nous soyons sû rs, c'est ce que
INTERVIEW
en parfaite san té et que nous serion s bien­
tôt de retour et q u'il ne m an qu erait rien a
ra v e n tu re au e nous avo ns v é cu s tou s
e n se m b le s, le pu blic et le groupe. A vec l’a r­
rivée de Ripper, il était im portant que les
fan s com prennent que le groupe se devait
n é ce ssaire m e n t d ’avancer, je cro is q u ’ ils ne
seront pas d é ç u s. Nous avo ns toujours su r
nos ép aules cette lourde tâch e qui co nsiste
à représenter le m étal et de le taire a va n cer
ju s q u ’à la fin de ce m illén aire Je cro is que
nous n 'avo n s ja m a is été p lu s m otivés
q u ’aujourd 'hui et je pense que tout cela est
dû au fait que n’avo ns p récip ité les ch oses
et que tout c ’est fait d an s la co n tian ce et la
sérén ité.
nous avons fait, c'est l'album que l’on a créé.
Ce que l'on ne sait ja m a is d’avance, c'est la
réaction du public, c ’pst im possible de savoir
à l’avance. On croise ies doigts. On attend
avec im patience de tourner tout au long de
l'année prochaine, pour voir sur le terrain ce
que le nouvel album a généré com m e
a ccu e il.. M ais il y au ssi bien longtemps que
nous n’avons oas joués les grands classiq u es
du Priest, et ça nous tarde tous de remonter
su r scene pour balancer les titres qui ont fait
l'histoire du groupe. Ca fait déjà 7 ans que
l'on n’est pas remonté su r s c è n e ....
Mais vous aviez besoin de temps pour ne pas man­
quer ce retour...
Ripper: O ui, c'est vra i, m ais nous n’avons
rien précipité Le groupe n'a pas joue depuis
7 a n s alors que d 'autres groupes on sorti
deux album s d ans ce laps de tem ps. C ’est
énorm e. Je crois que rien n’a été perdu pen
dant ces longues an nées. Pour ma part, j ’ai
rencontré des gens que i’ad m irais et qui sont
devenus m es am is en un clin d'oeil. M ais je
peux te dire une ch ose, c'e st que le Priest n’a
rien perdu de sa superbe. Et aujourd'hui,
plus que ja m a is, le Priest sort un album et
personne ne sait ce que ça va être. Person
ne ne peut dire à quoi va ressem bler le pro­
chain alb u m , pas m êm e nous. Tu vois, je
su is arrive dans le groupe alors que les m or­
ceau x étaient déjà é c rits ....
Il faut dire que le monde du métal attendait l'album
mais aussi et surtout la nouvelle voix, avec impa­
tience....
K K Downing: Il nous a fallu beaucoup tra ­
vailler pour trouver «la parle rare» qui ferait
que le Priest pourrait continuel à existé!
nous étions im patients q u ’il tasse part de ses
cap acités vo cales, pour en quelque sorte
rassu re1- tout notre public que le Priest était
le suis persuadé que la musique du Priest a évo­
lué.’
Tu vois, le su is très content d'entendre ça.
Lorsque notre ch anteu r précédent a quitté le
groupe, il a ciam é su r tous les toits que le
groupe lui appartenait et que rien ne serait
fait san s lui. Il pensait au e l'on a llait se sép a­
rer tout sim plem ent. Il nous a fallu nous
sép arer de lui physiquem ent m ais au ssi de
gom m er l’image qu'il donnait au groupe, ce
fut le plus d ifficile. Ce fut un peu com m e une
course poursuite, il a tout de suite reforme
un groupe de métal classiq u e de notre coté,
métal ne passera ja m a is su r MTV, c'est tout.
Les gens ont toujours essaye de repousser
cette m usique afin qu'elle ne devienne plus
qu’un style underground. C'est san s com pter
sur la foi des fans, ils ne se laisseront pas
faire. Ils peuvent être tiers. Nous savons
a u 'ils sont la, nous com ptons su r eux. Qu'ils
viennent nous voir sur scèn e, ça sera gran­
diose, je pense. Nous som m es en train de
préparer cette tourn ée... Quand je pense que
si cette chance de redevenir les am b assa­
deurs du m étal, nous ne la manqueront pas.
JW fa *
ts u l9 f4 t s
iu y
h 9 t
ip A u lu eef i t ioutAt tÂefa qui
À yifffiu H tey (e M et*(
et a U
At/Ahte?
f k i 'à fa
(«h Àt t t m itU hAnz.
nous voulions avancer, san s trop se presser,
il ne fallait surtout pas entrer d ans son jeu .
il faut dire que nous avons ete très d éçus par
son attitude, m ais bon ,.n nous tallait recon­
quérir et m ontrer que la legende continue. Tu
ne peux pas t im aginer le nombre de pro
blêm es qu'il a pu nous causer. E n fin ...Je
crois que beaucoup dp gens m éritaient ce
coup de pied au cul !!!
Pensez-vous que vous êtes toujours les leaders du
heavy-metal ?
Il nous faudra du tem ps pour regagner la
confiance des fans, m ais cela ne se fait pas
en 6 m ois. Tout le staff autour de nous est
prêt a tout mettre en oeuvre pour redevenir le
grand Priest. Pour nous, c'est l’un de nos plus
grands souhaits, tu sa is, le neavy-m etal coule
dans m es veines depuis de nom breuses
années et j e c i o i s qu'il est trop tard pour l’en
empêcher. (R ire s ' Nous n'avons ja m a is bais­
ser notre bannière, nous n'avons ja m a is eu
honte de la porter . Et ça sera toujours
com m e ça pour nous, nous la porteront enco­
re su r toute la tournée dans le monde entier.
Nous retourneront en studio encore plus
m otivés que pour «Jugulator» et son su cce s­
seur sera encore m eilleur. C'est vrai que le
visage du m étal a quelque peu évolué, m ais
le su is intim em ent persuadé qu'il reste tou­
jours dans ce public des gens qui attendent
de revoir Priest sur scène et nous ne les déce­
vront pas Je crois que le métal est confronté
au x m êm es problèmes qu'il y a dix an s. Le
Et pour toi K.K. en tant que musicien, q u ’est-ce qui
3 changé dans le Priest depuis Piinkiller ?
Je crois que beaucoup de choses ont ch an ­
ge. Nous avons une nouvelle m aison de
d isq ues, cela nous perm et de rencontrer
d'autres personnes. (R ire s) En fait, ça n était
plus possible de ne rien faire avec Colum bia,
us nous ont exploite ju sa u a des com p ila­
tions san s notre autorisation, et nous ne vou
lions plus que les fans soient c ris en otage,
com m e ils l'ont si souvent été. Combien de
fois ont-ils reproposé des al,bums déjà exis­
tan ts avec une nouvelle couverture ou des
photos inedites. Ca suffit, ça en devenait
ridicule et le pire dans ce genre de situation,
TER VI
c'est toujours le groupe qui est perdant car le
fan s'ad resse de toute façon au groupe et
nun pas a la m aison de d isq ues. Aujour­
d 'h u i, nous avons protège tous nos m or­
ceaux et avons droit de regard sur l'exploita­
tion qui peut en être faite. Au m e n s , aujour­
d 'h u i, nos nom s sont écrits san s fautes d’or­
thographe sur le disque. (R ire s) Sinon, pour
ce qui est de mon point de vue personnel, je
peux juste dire que je su is pleinem ent
confiant quant â l'avenir. Je crois que l'on a
trouvé avec R ip per un chanteur qui n'a pas
encore fait le tour de sa voix, il est très
jeu n e, il a juste 2 9 an s. C'est très m otivant
pour nous qui som m es dans ce groupe
depuis 7 4 ! (R ire s) Je crois que si les choses
pour nous devaient enanger pour le m ieux,
elles ont changé pour le m eilleur.
Et pour toi Ripper, quelle lut ta réaction quand K.K
et Glenn t ’ont confié cette lourde tâche ?
Ripper: Ma vie a com plètem ent changée. Tu
s a is, je crois que n'im porte quel ch anteu r de
m étal rêve de chanter dans Ju d a s Priest. Et
j'a i vraim ent découvert ce qu’est l'am itié.
M ais je crois que tout est question de but à
atteindre. Com m e tous les m ecs qui ch a n ­
tent, j ai rêver dans un groupe com m e celuici, d ’être le m eilleur ch anteu r de m étal, c ’est
norm al, on est tous com m e ça . J'a i eu 7 ans
pour m 'y p ré p a ré ...(R ire s). M ais ce qui a le
plus changé pour m oi, c'est le fa it de me
déplacer, un m atin, je me réveille en A lle­
magne et le soir, je rentre chez m oi, c'est
fabuleux.
Et en tant que frontman, quelles sont tes attentes de
ce nouvel album et de la tournee qui va suivre ?
Je su is vraim ent très content des m orceaux,
je crois que je pourrai faire m ieux la pro­
ch ain e fois . J ’attends avec im patience la
tournee pour monter su r scèn e avec les
potes et faire voir au public de quoi je suis
cap able. Tu sa is, aujourd'hui les fan s sont en
g énéral
co n ten ts
du
nouveau
c h a n te u r...(R ire s),m a is il est sû r que certain
vont venir voir le Priest pour me voir me
planter. C'est le jeu
Lorsque j'a i reçu le premier single «Bullf.t train», la
seule chose que j ’attendais, c ’était la voix....
Et c'est bien que Glenn et K .K aient décidé de
lancer ce titre la car sur l'intro, la voix part de
très bas pour term iner très haut. Dans cette
ntro, il y a tout ce que je sais fa ire...(R ire s)
Apres six ans d ’absence,
le Eapg culte de la scène
indépendante est
enfin de retnur !
Un nouvel album
[incluant 4 nouveaux titresJ
enregistré devant
7 0 0 0 personnes en délire.
13 titre s destroy,
is p o n ib lB
E n
En v e n t e c h e z le s m e ille u r s d is q u a ir e s
ou p a r co rre sp o n d a n ce ch e z :
F E L P r o d u c t io n s , S S B d A r a g o 7 5 01 3 P a r is
h t tp://w w w .pra tiq u e . fr/~sa m o ro /
A l'écoute de l ’album, il est clair que le Priest a évo­
luer dans sa musique et on lombe sur le dernier
morceau qui est celui-la typiquement le Priest des
80’s avec «Cathedral spires»....
K K : Je crois que c'est la raison pour laquel­
le nous avons placé ce m orceau en fin d ’a l­
bum , ca r l'idée qui se cach e derrière ce m or­
ceau est de finalem ent de faire tom ber l'au­
diteur su r «Cathedral sp ires» , et de le faire
réagir en lui rappelant que nous som m es
Ju d a s Priest. Et que ce dernier m orceau est
peut-être le prem ier lien avec le prochain
album , qui sait ? (R ire s)
R ipper: Je pense que «Cathedral spires» est
l’exem ple typique du m orceau qui mélangé
le nouveau Priest avec l'ancien. M ais c'est
moi qui chante.
K K : Je crois que ce sera un super m orceau à
jouer sur scèn e. Ca me tarde de le jouer !
Com m e toutes les autres d ’aille u rs, les
an cien s com m e les nouveaux m orceaux,
m ais on jouera les plus an cien s avec la
m ême motivation que «Jugulator» ou «Dead
m eat», il n'y aura aucune différence. Ce sera
juste Ju d a s Priest sur scène à donner le
m eilleur de lui-mêm e avec ce que le groupe
considère com m e les m eilleurs m orceaux â
jouer, c'est tout.......J'esp ère que l'on se verra
sur la tournée II
Confllct And Drevrif
ITiAGELLAn “TEST 0 F WILLS"
SHADOW GALLERY"CARVED i n STOnE"
C M tfO
CAiRO'CAiRO
ALTURA"mERCV
TEm PEST,lru R n
of th e w h eel”
LEmURVOiCE"insiGHTS”
ET AUSSI : A R T En SÎO n "in T O T H E EYE OF T H E STORETl - COLLAGE "m O OnSHiOE" - mAGELLAn "ilT lPEnD inG ASCEnSIO n'
ITlAYADOmE "PARAnORITlAL A C T ÎV iT Y - SHADOW G A LLERY"SH AD O W G A LLERY’
E T LES T R I B U T E S : "THE m o o n R E V i S I T E D " (l’ i n K FLOYD) - "SUPPER'S READY ( G E n E S Î S ) - "TA LES OF Y E S T E R D A Y " (YES)
"TO CRY YOU A sonG1
' (jETHRO TULL) - "W O R K iflG mAn" (RUSH)
DOADRUNNER
RECORDS
V
'■V\N
Loin des charts et de la vie pari-^
sienne, c'est en Franche-Comté, ou
ils ont grandi, que les Infidèles ont
réappris à penser leur musique. Dif­
ficile d’affronter le succès quand il
vous arrive en pleine façe, difficile
d'essuyer les échecs d'un album
(H.W.O.L. 1W5) passé complètement
au travers à cause du laxisme de
votre propre maison de disques et
surtout difficile de se remettre en
question. Il sont allés chercher
«Ailleurs» une nouvelle source
d’inspiration. Ils nous racontent où
et comment . p a r Yves B a la n d re t e t T h ie rry B u sso n
Dans quel état d'esprit êtes-vous alors que ce nouvel
album vient de sortir?
Jano c ’est un peu un mélange de satisfac­
tion d'avoir terminé cet album et qu'il puis­
se voir le jour, et en même temps une peti­
te inquiétude concernant la réaction du
public, c'est normal; Mais je crois que nous
en somm es tous les trois assez fiers !
Qu'est-ce que vous attendez de cet album ?
Que les gens nous découvrent enfin à tra­
vers cette nouvelle couleur musicale. Quand
tu fais un album, c'est d'une part pour se
réaliser artistiquement, mais c'est égale­
ment pour en vendre, il ne faut pas se
cacher les yeux ! On a envie que cet album
rentre dans les chaumières de France et de
Navarre.
Tu viens de dire «que les gens nous découvrent enfin»,
Il semblerait que vous attendiez plus de celui-ci que
du précédent ?
Fab: Ce n'est pas vraiment la même chose
qui, s'est passée pour cet album, car pour
celui-là, nous nous som mes beaucoup plus
investis, et cela, à tous les niveaux. Que ce
soit au niveau de la réalisation artistique,
que de la oroduction, alors que pour les
album s précédents, on avait un réalisateur
et on avait un peu tendance à se reposer sur
lui; Pour cet album ce‘ fut un peu différent
dans le sens où nous avons travaillé avec un
co-réalisateur qui était plus là pour nous
guider sur certaines choses.
C'était donc un choix de travailler de cette façon ?
Absolument...
Jean-Cy: Avant de commencer l'enregistre­
ment, nous nous sommes équipé avec pas
mal de matériel de manière à pouvoir com ­
mencer à enregistrer nos maquettes, pour
poser nous idées à plat, on s'est rendu
compte que l’on pouvait, dans les grandes
lignes, produire notre album, garder des
choses qui pour nous sonnaient.
Jano: C'est vrai que jusqu'à présent, on
s'était fait une mauvaise image du produc­
teur, on attendait trop de lui, alors que
c'était à nous de faire le plus gros du travail.
On pensait aue c'était un peu le producteur
aui allait faire l'album, tu vois ce que je veux
dire ? Lui n'est juste là que pour améliorer
des choses qui existent déjà, pas pour les
faire lui-même.
C'est à coup sûr, un album beaucoup plus mûri ?
C'est vrai que l'on s'est posé quelques
questions, que l'on voulait vraiment arriver
à un album pas conceptuel dans la couleur
et avec l'apport du bouzouki, de la mando­
line et du violon par l'intermédiaire de
Didier Gris, on a trouvé ce coté oriental
voire un peu celte qui donne une union à
cet album.
Ce n'est pas un album conceptuel, mais c'est vrai­
ment le premier album où on trouve une identité du
début à la fin?
Exactement. Tu sais, nous nous sommes
rendu compte que c'était extrêmement diffi­
cile d'écouter des ch oses de-ci, de-là,
d'avoir un projet musical et de ne lui donner
qu'une identité. Il arrive que lors des compos, les morceaux partent dans tous les
sens, et arriver à diriger ce truc là, de se
concentrer là-dessus, c ’est très difficile,
Fab: Écouter des choses, les apprécier et
savoir que tu ne vas pas forcément les inté­
grer dans ta musique. Je crois que nous y
sommes bien arrivés sur «Ailleurs».
On y ressent des influences beaucoup plus marquées
que sur les albums précédents ?
Jano; Peut-être...
Chacun sait que vous avez ouvert pour quelques dates
pour Page & Plant, et on sent cette forte influence ?
C ’est clair, on ne pouvait pas ne pas s'en
imbiber...
Fab: On a tellement pris notre pied depuis le
coté de scene que je crois que ça nous a
certainement révolutionné la tête.
Jean -C y:
On
a
pris
une
grosse
calotte...Quand tu les vois sur scène, tu as
de toutes façons , une autre approche de la
musique, c'est Das possible autrement !
C'est très difficile à expliquer, c'est un peu
RENCONTRE
comme Miles Davis, qui arrive a créer une
sorte d’environnement, il remplit un espace
quand il joue. C'est fort à tous les niveaux,
si bien que tu ne regardes plus le musicien,
ou le chanteur, il se passe un truc qui flotte
en l'air, impalpable mais très fort, c'est un
peu dur à expliquer, en tout cas, on s'est
pris une grosse claque.
Toutes proportions gardées, on peut dire que vous
avez fait la même démarché qu'eux en repensant
votre musique ?
Jano: Tu sais, je crois que l'on a une certai­
ne manière de créer des morceaux qui est la
notre. Ce que l’on a changé, c'est que l’on
est en 9 7 et qu’aujourd'hui nous sommes à
un moment de notre vie où on laisse les
choses un peu moins au hasard. Mais notre
musique reste toujours celle des Infidèles.
Jean-Cy: De toutes manières, on a beau
essayer de changer sa musique, au bout
d'un certain temps, il y a touiours une Dart
de ce que tu as fait avant qui revient en toi,
c ’est obligé.
J ’ai eu l ’impression, en écoutant l'album, que vous
êtes plus dans une optique dégroupé qu’auparavant ?
Jano: C ’est certainement dû à la manière de
travailler que l'on a depuis quelques mois.
Auparavant, c ’est vrai que j'apportais une
mélodie, un couplet, un refrain, et en
avant ! Aujourd'hui, ce n'est plus le cas.
Jean-Cy: Auparavant, nous évoluions dans
un climat de «calme et de sérénité», où
nous ne pensions qu’à ressasser les anciens
m orceaux sa n s pour autant ouvrir les
yeux....
Fab: Et tu vois, c'est marrant ce que tu dis
car avant, nous avions plus une démarche
de groupe qu'aujourd'hui. Paradoxalem ent.
Jean-Cy: C ’est vrai que l’on maquettait les
morceaux très vite et qu'ensuite seulement
on cherchait une direction ou des arrange­
ments.
Après quelques temps, quel regard portez vous sur
«Human Way 01 Life» votre album précédent ?
Jano : Il y a quelques jours, nous étions sur
une émission de l’adio à France Inter où
nous avons rencontré une personne qui
nous a déclare qu'elle écoutait régulière­
ment l'album et qu’elle aimait autant le son
que les compos. On est très contents d'en­
tendre ce genre de remarque car c'était un
album difficile à faire, le groupe était en
pleine mutation avec l’arrivée de ce pro­
ducteur Marc Opitz, qui était au-dessus de
nous. On était très impressionné par le per­
sonnage, même s ’il a tout fait pour nous
mettre à l'aise. Le style était lui aussi en
pleine mutation, on avait décide de faire
quelque chose de plus noisy, de plus rock,
on avait un peu envie de remettre les pen­
dules à l'heure....
Fab: On a aussi eu l’impression d’avoir été
mal interprétés, car sur "H é rita g e ", on son­
nait plus variété que rock, chose que l’on
avait du mal à accepter à l’époque.
Il faut quand même bien dire que vous continuez à
surprendre votre public, on ne peut pas dire que vous
ayez fait deux fois le même album ?
Jano: C'est vrai. C ’est un truc auquel je
pense souvent et je ne sais pas si c ’est une
prise de risque ou quoi. On travaille aussi
avec une maison de disques , ça parle de
marketing, de promotion, de ventes, c ’est
très racile de devenir calculateur.
Ca a dû vous agacer d'être étiqueté «variétés» alors
que dans votre tort intérieur, vous êtes plus poprock ?
Fab: Avant, oui, ça nous agaçait. Mais tu
sais, en France, si tu passes en radio, tu as
vite fait d'être étiqueté «variétés».
Oui, mais ça a dû également vous fermer des portes
alors que certaines auraient dû s ’o uvrir plus facile­
ment notamment la couverture médiatique ?
Jano: Je crois que ça peut venir de nos choix
et donc de nos erreurs. Nous avons été trop
naïfs sur certaines choses et c'était égale­
ment très dur de gérer le succès quand il arri­
ve très vite comme ce fut le cas pour nous.
On arrivait de province, on n'avait pas telle­
ment de références et personne pour nous
donner des conseils. On n’a pas toujours fait
les bons choix, en plus en arrivant chez
Tréma qui est une maison de disques au pro­
fil très variété; et qui n’avait certainement pas
beaucoup de crédit auprès de la presse spé­
cialisée ! On nous a même dit que l'on son­
nait FM comme Toto alors que personne
d'entre nous n’a jamais écouté ce groupe.
On a toujours dit que le maître mot chez les Infidèles
c'est la mélodie quelque soit le traitement. C’est votre
cheval de bataille ?
Fab : Je crois que c ’est notre nature, on ne
peut pas aller contre, même si on reste très
à l'écoute de beaucoup de choses car
aujourd'hui la musique est en pleine muta­
tion, il y a plein de choses intéressantes. On
est en train de vivre une révolution dans le
domaine de la musique, il va falloir prendre
le train en route.
Pour en revenir à ce nouvel album «Ailleurs», Jano, tu
nous disais qu'il découlait, plus que les autres, de ren­
contres ?
Jano: Ces rencontres sont un peu le fruit de
nos expériences, le fruit du hasard aussi.
C'est peut-être l'aspect des chose que l'on a
pas trop calculé. La rencontre avec Moumen, de Djam and Fam, s'est faite au stu­
dio, où eux-même avaient enregistré, ce fut
une très bonne expérience. Christine Lidon
est une amie de nous tous depuis au moins
dix ans, la participation de Pascal Mathieu
qui est aussi un régional de l’étape....
Fab: La couleur dont on parlait tout à l’heu­
re est apportée, il faut le dire, par Didier
Gris. Mais on ne s'est jam ais dit qu'il fallait
absolument que l'on bosse avec telle ou
telle personne, les choses se sont faites
spontanément.
Jean-Cy: Au départ, Didier est venu essayer
un ou deux titres au bouzouki. Et petit à
petit, on s ’est rendu compte que c'était
génial et il a fait tous les titres.
Au départ, les morceaux ne devaient donc pas sonner
comme ils sonnent aujuourd'hui ?
Fab: On savait que cela serait bien acous­
tique....
Jano: On peut dire qu’à ce moment là, où on
a demandé à Didier de jouer sur tous les
morceaux, on s’est effectivement approché
de la démarche de Page & Plant.
Est-ce que vous allez renouveler l ’expérience avec le
successeur de «Ailleurs» ou est-ce qu'une nouvelle
fois, vous allez nous surprendre ?
Justement, on en parlait ce matin. Je ne
crois pas que I on va opérer des change­
ments radicaux, car la base sera toujours la
même ; la mélodie. Je crois que l’on va pou­
voir evoluer à partir de bases solides grâce à
cet album.
Fab: On va aussi utiliser toute la technologie
qui est à notre disposition et produire
quelque chose de bien «roots» qui risque
d'être intéressant. Ce qui est marrant,c'est
que sur cet album, on a réussi à faire
quelque chose d’organique et personne ne
nous parle des m achines que l'on a utili­
sées., alors que c'est bourré de samples.
Pensez-vous que l'évolution de la musique doit passer
par les machines ?
Jano: Je crois que les m achines aujourd'hui
dictent la musique comme la guitare a dicté
le rock quand il a fait son apparition. On en
Aujourd’hui nous sommes a
un moment de notre vie où
on laisse les choses un peu
moins au hasard.
# e r 97 É E
RENCONTRE
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est aujourd’hui au meme point qu il y a
environ cent ans lorsque l’électricité a fait
son apparition. Maintenant, on parle de
numérique, de paraboles satellites, d’infor­
matique, et la musique n’est jam ais que le
reflet de ce que l’on vit. C ’est normal que la
musique récupère tout ça. En plus, ça c ’est
tellement vivant que ça te permet d’être
créatif.
Pour parier un peu de l'avenir, pensez-vous rester à
trois personnes comme aujourd’hui et faire appel à
des additonnels ou véritablement intégrer ces musi­
ciens dans le groupe ?
Fab: C ’est tout d’abord une cellule de trois
personnes.
Jean-Cy: On a l’habitude de bosser à trois,
cela fait un an que I on fonctionne comme
ça et ça nous convient.
Jano: D’un autre coté, c ’est délicat car il y a
des liens qui se sont créées, avec Didier et
Nirox, d’autant plus que l’on va commencer
à se mettre en images et donc on se pose la
question de savoir si on le fait à trois ou à
cinq.
On a même entendu dire que
l’on sonnait FM comme Toto
alors que personne d’entre
nous n’a jamais écouté ce
groupe.
Même chose pour Nirox, il sortait de l'enregistrement
avec Trust et il se retrouve avec vous, comment cela
s'est-il produit ?
En fait, on a essayé plusieurs batteurs, et on
était parti sur la piste d ’un gros requin de
studio mais on est revenu sur notre position,
car ça aurait encore coûté beaucoup d ’ar­
gent. On aurait peut-être pu travailler avec
Manu Katché, mais on est vite revenu sur
notre position car on {aurait, à mon avis fait
une grosse bêtise. DcTcoup, on a essayé
avec Nirox, avec qui ça a bien carburé. Il
Rncksfyie n“ 23
I u n i
avait envie de faire de la pop pour ouvrir un
peu son jeu, tout comme Didier qui lui évo­
lue dans trois ou quatre groupes. Je ne
pense pas que ça l’intéresserait de ne jouer
qu’avec un seul
Nirox et Didier ne seront donc pas les quatrième et
cinquième Infidèles. Ils ont ioué sur la totalité de l ’al­
bum, mais ce n est pas sûr qu'ils jouent sur le pro­
chain ?
A moins que l’on ait un problème humain
avec eux, il n'y a pas de raison pour qu’ils
ne continuent pas l'aventure. De toute
façon, ils seront avec nous pour la tournée
et toutes les dates qui découlent de cet
album. Pour ce qui est de Didier, il a pris
beaucoup de place dans la couleur de notre
musique et il est énormément cité en ce
moment, c'est une très bonne chose pour lui
et pour nous aussi.
Vous êtes restés pendant plusieurs mois sans mai­
sons de disques entre le départ de chez Tréma et
l'arrivée chez CNR!Arcade, c ’est dur pour un artiste
d'être dans le flou ?
On est resté pendant des sem aines à se
poser des questions, à démarcher, c'était
très difficile.
C'est tout de même étonnant qu'un groupe comme
les Infidèles ait du mal à retrouver un signature ? g
Je crois que tout cela était essentielle- f l
ment dû aux erreurs que l’on a pu faire I
par le passé, en terme d’image surtout, I
car on a vendu des disques, on a eu un I
tas de passages radio, les sondages
nous plaçaient dans les trois premiers
groupes français pour les 25/4 0 ans. Ë I
Auprès des gens, ont possède un bon
capital sympathie, c'est clair. Mais je
crois surtout que c'est une question I
de prestige, tu vois, il n'y a rien de 1
valorisant pour un directeur artistique de signer les Infidèles.
Pensez-vous avoir pris un risque avec
cet album ?
.. j
Jano: C'est clair, en posant J U F
de nouveaux objectifs, tu f
W f
peux rompre avec les gens
I' '
qui t'écoutaient avant.
Jean-Cy: On évolue dans une ère technolo­
■
■
■
: .
a.
gique avec beaucoup de boucles et de samples
et nous avons décidé de prendre la voie oppo
sée avec un album plutôt acoustique.
On va bientôt vous revoir sur scène, est-ce pour vous
un lieu de prédilection ?
On a fait des putains de shows, c ’est clair,
mais aussi des concerts merdiques, mais
c'est vraiment là où le public peut voir notre
vrai visage, pas celui de la télé ou de la radio
où on passait un peu comme cucu. Sur
scène, c ’est là que l’on peut juger un groupe.
Au bout de quatre albums studio, il serait peut-être
temps de penser à un live pour justement traduire
cette image sur un support commercial ?
Jano: C'est une excellente idée. On aimerait
beaucoup ce genre d'exercice car en plus les
_
anciens morceaux ont évolué
p' • ,
avec le groupe. Certains
*
< ■
sonnent vraiment bien
C l
\
* V .■ aujourd'hui. Je crois
I *
...
.
qu'on va essayer de
F *
leur donner la couleur
\
. Y ' J l j de
notre
musique
d'aujourd'hui d’autant
plus qu'avec la présence de Didier on ne peux
pas le faire interver sur deux
norceaux, le
faire repartir, ensuite
l revenir,
a c ’est pas
| p o s \ sible.
W
A l'occasion de la sortie do “ÏMs Is My Life, premier best oî de la carrière de Calvin
Russell et quelques mois avant une tournée hexagonale acoustique (cf date à la fin
de cet article), il était judicieux de faire un retour en arrière sur le parcours du plus
français des Texans. Car en 6 albums, ce vieux routard du blues rock américain a
construit une oeuvre rigoureuse, originale, qui n’a d’égale que la sincérité du per­
sonnage. Voyage guidé au pays des cactus, des serpents à sonnettes, du whisky et
des Stetson usés
pa. T h ie rry ESusson
p o u r ê tre lib re , p o d r e n le v e r to u te c e tte
p r e s s io n q u '“ i l s " fo n t o e s e r s u r ' n o s
é p a u le s e t n o tre tê te . C ’e s t la m êm e id é e
q u i re v ie n t d a n s “C ro ss ro a d s " e t "S o ld ie r ".
(p ro p o s r e c u e i l l i p a r J e a n - P h ih p p p Venn in , R o c k sty le n ° l , o c to b re 9 3 ).
“L e fa it d ’ê tre e n fe rm e t ’a i d i c e p e n d a n t à
d é v e lo p p e r u n e ré s e rv e , une p a tie n c e e t
u n e fo rc e d o n t tu a s v é rita b le m e n t b e so in
p o u r t'e n s o r tir à la lib é ra tio n . J 'a i to u jo u rs
su Qu’au fo n d d e m o i-m ê m e j'a lla is être
c a p a b le J e m 'en so rtir, d e su rm o n te r c e s
e p r e u v e s ... La v a c h e ... J 'a i e u b e a u co u p
d e c h a n c e d 'a v o ir la m u s iq u e ... Oui, b e a u ­
c o u p d e c h a n c e ...’’ (p a r H e n ry D um atray,
R o c k s t y le m a i 9 5 J.
“J e s u is m u s ic ie n d e p u is to u jo u rs m a is j e
n 'a va is ja m a is ré u s s i a en v ivre. J 'a i fa it
le s m e tie rs le s p lu s d iv ç rs , j' a i p r is la
ro u te , i'a i voyagé à d ro ite à g a u c h e , j'a i
a u s s i é té e n p ris o n p lu s ie u r s fo is ... M e s
ré fé r e n c e s : le b lu e s , le ro ck , le s r a c in e s ” .
Voilà co m m e n t se p ré se n ta it C alvin R ussp II
il y a q u elq u e s an n é e s U ne sorte de ra c ­
courci de sa m u siq u e , de sa v ie à A ustin
(Texas) et a ille u rs , de s e s rencontres d an s
les bouges p e rd u s d an s le d é se rt. La
m u siq ue de C a lvin R u sse ll e st un bol d ’ air
pur, s e s te xte s lui d o n n e n t d ’em blee une
réputation de co n te u r dp grand tale n t. Une
sorte de ooete ré a liste Pou rtan t, il n’a pas
lu én o rm ém e n t, m is à part pendant se s
séjo u rs en prison pour a e s d é lits m in e u rs,
rassu rez-vo u s ! Lui m êm e s ’e n -e xp liq u e :
“Q u an d j'e t a i s en p ris o n , j'a i b e a u co u p
ré flé c h i. E t a p rè s , je s u is p a rti d a n s le
d é s e r t a v e c un ty p e , un “b la cK ", e f on a
b e a u c o u p p a rlé . On a c o m p ris q u e la vie
n 'é ta it p a s u n e c o u rs e m a is u n e lu tte d e s
c la s s e s , e n c o re . E t q u ’il fa lla it s e ba H re
S e s in flu e n ce s vont ve rs des gpns com m p
J a c k K e ro u a c ou D y ia n T h o m a s . D es
poètes du bitum e et du sab le brûlant,
com m p fufi. D écouvert par P atrick M athé du
feu-label N ew R ose lors d ’ un voyage aux
S ta te s, C a lvin R u sse ll signe vite un contrat
a ve c ce label fra n ç a is . En 1 9 9 0 sort donc
son prem ier alb u m , “A C rack In Time".
M u sicale m e n t, c.’e st un m etissag e de blues,
de rock et de country. Des m orceaux tels
que “ Livin g at the end of the gun” ou “ One
Step. A h ea d ” rap p ellen t un peu ZZ Top,
autre grand rep résentant du rock texan.
"T h is is m y iife" est un b lues m oite, parfait
â écou ter d an s u n a arrière sa lle de troquet,
une bière à la m ain . A vec ce pr-erniei
a lb u m , KEurope et plus p a rticu liè re m e n t la
Fran ce - pour une fo is - a d éco uvert un rock
au the n tiq u e et ''e au ssitô t adopté.
L’an née su iv a n te , C a lv in R u sse ll p e rsiste et
sig n e—a v e c “Sou n ds From Th e Fourth
W orld” Cet albu m sera a u ssi ce lu i de la
co n sécratio n . E n ce n sé par la critiq u e , plé­
b iscite par le p u b lic, C a lvin co m m en ce à
tou rn er sa n s rép it, re m p lissan t les clu b s
ta n d is que le sing le “ C ro ssro ad s" fa it le
bo nheur d es 'ra d io s. Il fau t dire que ce
d euxièm e albu m du Texan bu riné est nette­
m ent plus, abouti que le p récèdent et tout
en rep renan t les m êm es re ce tte s, paraît
plüs m û r m u sica le m e n t. Le s b a lad e s coun-
try-b lu e s cotoient les m orceaux p lus rock,
p lu s e le c triq u e s f 'R o c k ’ in th e R epu blic a n s ” , “ M ay be so m e d a y "). Cette rencontre
entre les so n s aco u stiq u e s et 'es riffs gras
fait q ue “ Sou nd s hrom Th e Fourth W orld"
est v a rié , riche en m élo dies a d m ira b le s. Et
quand C a lvin R u sse ll hesite trop su r la co u ­
leu r à d onner à une ch a n so n , il nous pro­
pose tout sim p le m e n t deux ve rsio n s ( “ One
m eat b a l1" ). S ’il fa u t a lle r ch ercher un m or­
ceau u ltim e q uelque part su r cet album
m ajeur, on se tournera im m é d ia te m e n t ve rs
le
s u b lim e
“ C r o s s ro a d s ”
:
m élo d ie
d ép o u illée, guitare aco u stiq u e en duo avec
la vo ix ro ca ille u se du Texan, texte d'une
rare in tellig en ce.
A près la sortie q uelqu es m o is p lu s tôt d'un
CD sing le plus ou m oins in té re ssan t ( “ T h is
ts-your^warld” ), C a lvin R ussen revient su r le
d evan t de la sce n e en 1 9 9 2 avec “Soldier” , un nouvel albu m une fois de plus
m ag n ifiq u e . Le m o rceau-titre va m êm e
faire un carto n d an s les c h a rts. R é su ltat
ju stifié c a r cette ch an so n est une petite
m e rve ille . C a lvin R u sse ll y d é clam e son
■u n iv e rsa lité ("Je n e s u is q u ’u n e o e rso n n e /
J e n e m e re v e n d iq u e d 'a u c u n p a y s ! J e n'ai
p a s b e so in d 'u n d ra p e a u p o u r d ire q u i j e
s u i s .. ." ) . On retro uve su r ce tro isiè m e
albu m le s in g rédients et le§ recettes qui ont
fa it le ch arm e de “A C ra c k In T im e ” et
“S o u n d s From T h e Fourth W o rld ” , à sav o ir
une guitare aco u stiq u e b rillan te , un son de
batterie sa n s a rtific e , des p arties de grattes
é le c triq u e s trè s e fficace s (le fin al de “ Sold ie r" en e st la parfaite illu stra tio n ) et bien
évid e m m e n t la voix n a silla rd e , l’ accen t
texan et le feeling du co-boy R u ss e ll.
“ Str^ nger” (grand m om ent !), “ C h a ra c te rs”
“ T h is is you r w o rld ” M em ph is m ix) sont des
blues rock qui p u isent leu r force d a n s le
sab le du d é se rt. “ Dow n in T e x a s” est déjà
plus hargneux. Le s au tres perles de cet
album sont nettem ent plus “ roots” , plus
in tim iste s et réch & jffent le coeu r et l’âm e
au ssi bien q u'u ne gorgée de w h isky. Il est
cep en d ant dom m age que ce petit bijou ne
dure pas plus de 3 6 m in u te s ...
En sep tem bre 1 9 9 3 , d an s une in terview
a c c o rd e e à R o r k s ty le , C a lv in R u s s e ll
repond à Je a n - P h ilip p e V enn in qui lui
dem and e s'il en visag e de so rtir un album
live : “C 'e st u n e b o n n e q u e s tio n c a r j e n e
s a is p a s tro p c e q u e j e vain fa ire , en fa it.
Un a lb u m liv e , ça s e ra it c h o u e tte c a r j'a i
v ra im e n t e n v ie d ’e n te n d re ça I E t p u is , la
s c è n e , c ’e s t te lle m e n t d iffé r e n t d e l'a m ­
b ia n c e d u stu d io q u e c e s e ra it b ie n d 'e s ­
sa y e r d e la re n d re s u r d is q u e . Ce n ’e s t p a s
a u p ro g ra m m e p o u r l ’in sta n t, m a is c 'e s t
u n e id é e à c re u se r. "
Eh b'en, l’idée aura germ é rapidem ent
p u isq u e, se u le m e n t cinq m ois après cet
en tretien , sort “ Le Voyageur Live” , enregis,
tré à P a ris et p lu sieu rs v ille s fra n ç a ise s .
Je a n -P h ilip p e Vennin parle ain si de cet
albu m d ans R o ck style n ^ (m a rs 9 4 ) :
“L'éta p e o b lig é e . A p rè s le s ra c in e s tra n s­
c e n d é e s d e “A C ra ck In T im e", le s m é lo ­
d ie s d e rê v e d e “S o u n d s From The F ou rth
W o r ld " (a v e c l ’in c o n to u r n a b le “C r o s s ­
ro a d s" q u i l'in itia au g ra n d p u b l i c ) e t le
s u c c è s d e "S o ld ie r, on a lla it fo rc e m e n t en
p a s s e r p a r un liv e . Ca ta it un m o m en t
qu 'o n l ’a tte n d a it, e t on n 'e st p a s d é ç u du
voyage. Tous c e u x q u i l'o n t vu su t sc e n e
vou s le d iro n t, le ro c k b lu e s y h a rg n eu x
te in té d e c o u n try d u m e ille u r c ru e t la voix
ro c (k )a ille u s e d e C a lvin R u s s e ll p re n n e n t
e n c o re u n e a u tre d im e n s io n d a n s c e
c o n te x te . R e p r is e s e t c o m p o s p e r co p a s ­
s e n t a l ’a ise , sa n s la m o in d re tra ce d 'a r ti­
fic e q u e lc o n q u e , d e s titre s le s p lu s a c c ro ­
c h e u rs ("L iv in g a t th e e n d o f th e gu n",
" R o c k in ’ th e R e p u b lic a n s ”, "M a yb e so m e ­
d a y ’’ en fin a l) au x p a s s a g e s a c o u s tiq u e s
d o m in é s p a r "C ro ss ro a d s" e t "P la y Wiih
fir e " , p iq u é e a u x S to n e s . E v id e m m e n t,
m a n q u e n t “S o la ie r" , "O ne s te p a h e a d ”,
" S tra n g e r”, "T h is is y o u r w o rld ”, "8/g brot h e r " ... C ’e s t to u jo u rs le m ê m e p rob lèm e..
D ’a u ta n t q u e bon n o m b re fig u re n t s u r la
s e t - lis t illu s tra n t le /erso d u b o îtie r [to rtu ­
r e ) ... a lo rs q u e le nom d e s m u s ic ie n s n ’a p ­
p a ra ît p a s I B r e f ... un re g re t : b ie n sûr,
c ’e s t N ew R o se q u i a sig n e C a lvin R u s s e ll.
B ie n sûr, c ’e s t en F ra n c e q u 'il re n c o n tre le
p lu s g ro s s u c c è s : il l'a sillo n n é e d a n s tous
le s s e n s p e n d a n t d e s m o is. M a is g a ffe à
\
“J’ai toujours su qu’au
fond de moi-même j’ailais être capable de
m’en sortir, de surmon­
ter ces épreuves... La
' vache... J’ai eu beau­
coup de chance d’avoir
la musique... Oui,
beaucoup de chance...”
n e p a s en fa ire u n e c h a s s e g a rd é e (le titre
en fra n ç a is, le g a rs q u i g u e u le “C a lvin,
s a lu t ! " a u d é b u t). M a is b o n , m ê m e s ’il ne
se ra ja m a is a u n ive a u d e s e s m o d è le s (e t
p o u r c a u s e ), C a lvin R u s s e ll, c ’e s t v a c h e ­
m e n t b ie n . On a tte n d d e le revoir, e t p a s
au b o u t d ’un flin g u e ! M a yb e s o m e d a y ..."
1 9 9 5 , C a lvin R u ss e ll, le retour. C ette foisci ch e z Sony M b sic, le label N ew Rose
c o n n a issa n t à cette époque de gros pro­
b lèm es fin a n c ie rs. Q uant on lui dem ande
ce que ça lui procure de se retro uver su r
une m ajor, il répond : "D ’a b o rd , j e d o is p r é ­
c is e r q u e le s g e n s d e N ew R o s e m ’o n t la is ­
sé p a rtir c a r ils a v a ie n t d e s p ro b lè m e s
fin a n c ie rs e t q u 'ils p e n s a ie n t.q u e c e se ra it
p r é fé ra b le p o u r m o i d e tro u v er u n e n o u ­
veau d e a l. S a n s c e la , j e s e ra is v ra ise m b la ­
b le m e n t re s te c h e z e u x. M a is fin a le m e n t,
j e s u is h e u re u x c h e z S o n y c a r i c i en Fran
c e , j ’a i tro u vé u n e é q u ip e q u i fa it a tten tio n
à m oi e t n e m e fra ite p a s c o m m e un a u tre
p r o d u it s u r le q u e l tra va iller. J ’a i v ra im e n t
la se n sa tio n q u ’ils fo nt a tte n tio n à la p e r­
so n n e q u e j e s u is e t c 'e s t d e ja un p o in t
trè s p o s i t i f ..." (p ro p o s r e c u e illis p a r H en ry
D um atra y - R o c k s ty le n °1 0 , m a, 9 5 )
Fid èle à lu i-m êm e, C a lvin revient a o n c , so.n
ch a p e a u cra d in g Le s u r le c râ n e . Pour
l'a n ecao te , en septem bre 9 3 Je a n -P h ilip p e
Vennin d em and e à C alvin pourquoi il ne se
sép are ja m a is de ce fam eu x Stetson :
“Il n e m e q u itte ja m a is . Tu p e u x le to u ­
ch er, s i tu veu x, e t m êm e le se n tir, ça vaut
le d é to u r ! (r ire s )"
Il nous b alan ce avec "Dream Of The Dog”
un .nouvel album d a n s la su ite logique de
se s p ré d éce sseu rs. Dès l’ intro de “ Don’t
turn your h ead ” , on s a it de qui il s ’agit :
g uitare aco u stiq u e, batterie sè ch e , gros riffs
ae guitare par d essu s et ch a n t profond,
O A L - V - I- N
R - l)- S- S E- L*L
bien g ra s. P o u rtan t, de petites nouveautés
vie n n e n t ag rém enter une recette qui a déjà
fa it se s preuves : une voix fé m in in e à la fin
de “ Don't turn your h e ad ", des ch o eurs su r
le refrain de “ Trouble” ou “ So blue” , la
rep rise de " I t s m y life ” des A n im a is, le
ftanger su r le très bluesy "G ave m y s o û l''...
O nze titre s d u ran t, C a lvin R u sse ll raconte
tou jou rs le s m êm es h isto ire s su r le d estin ,
la vie , la m ort, a v e c cette poésie réaiiste
qui le ca ra c té rise , cette âm e de routard un
peu fatig u é . " D ream Of Th e Dog" ne su r­
prend pas vra im e n t m ais ce n’est pas ce
qu'on lu, d e m an d ait. Au co n traire , en fai­
sa n t une fois de p lus un albu m confortable
et irré p ro ch ab le , C a lvin R u sse ll dem eure
une v a le u r sû re du biues-rock.
1 9 ^ 7 . Les an n ée s p asse n t et le père C alvin
R u sse ll réap p araît ave c une carg aison de
n o uvelles h isto ire s â raconter. Deuxièm e
g a lP t tP ch e z Sony, sob rem ent in titulee “C a l­
vin R u ssell” . Cet albu m eponym e nous
replonge d a n s l'u n ive rs de cet e m b lé m a­
tiq u e voyag eur, p ro che d a n s l'â m e de
K e ro u ac, in fa tig a b le et ap p arem m en t san s
but p ré cis si ce n'est de nous faire décou­
v rir de n o u ve au x p a y s a g e s. Il se m b le
c e p e n d an t que l'on ait atteint encore un
au tre u n ive rs, beaucou p plus ch a u d , beau­
coup plus c a lm e . C a lvin o b se rve , ressent
les ch o se s com m e ch a cu n d ’entre-nous
m a is lui réu ssit à les m ettre en m u siq u e , à
les n arre r com m e p o uvaient le faire les
a n c ie n s. Ento uré de C h u ck Prophet à la
g uitare et de pointures te lle s que David
Hood à la b a sse et Roger H a w k in s à la bat­
te rie , la m u siq u e de C a lvin R u sse ll a se n si­
blem ent évolué su r ce t alb u m . En dix titre s,
From T h e Fourth W o rld ” ; “S o ld ie r", “ R a ts &
ro a ch e s” et “T h is is you r w o rld ” sont tiré s
du tro isiè m e a lb u m , “ D on ’t turn your
h ead ” , “ Trouble” , “V a lle y fa r below " sont
e n ch a în e s d an s le m êm e ordre que su r
“ D ream Of T h e D og", “ Let the m u sic p la y ”
fin alem en t est issu du d ernier album en
d ate. Cette co m p ilatio n est en d éfinitive
id éale pour ceu x qui ne co n n a isse n t encore
p a s 'a m u siq u e de C a iv ir R u sse ll et les trois
in éd its m ettront l’eau à la bouche des
a d m irate u rs du Texan.
En a tten d an t, on ne peut que se réjouir de
la tournee fia n ç a is e à ve n ir en ce début
d 'a n n é e (v o ir d a te s c i- a p rè s ), to u rn ée
a co u stiq u e que C a lvin R u sse ll doit attendre
a ve c im p atien ce tan t se s rap ports avec le
dont tro is re p rise s, su in ta n t le blues-ro ck le
plus ch a le u re u x, C a lvin R u sse ll se raconte
une. fo is de p lu s tel q u'il e st, et d evient le
tém oin de notre epoque. Et co m m e il I p dit
lu i m êm e : “j'a i, encore beaucoup d 'h is­
to ire s a raconter, il s p p asse tellem en t de
ch o se s d a n s une jo u rn e e ...’" '’
M ais ava n t que n’a rrive ce rtain e m e n t l’annee p rochaine un nouvel albu m studio,
Sony M usic publie en ja n v ie r 1 9 9 8 le pre
m ie r best of de la carriere de C a lvin R u s­
se ll. Intitulé “T h is Is My Life", il contient
l b titres dont tro is in éd its de très bonne
factu re ( “ Forever you ng ", “ Texas song” et
“ It’s ail over n o w ” ). Le track -listin g est un
très réaliste résu m é des cinq prem iers
alb u m s studio : “T h is is m y lif e V 'C r a c k in
tim e ” et “ B ig b rother” pour le prem ier
alb u m , “ C ro ssro a d s", “ One m eat bail" et
“ B ab y I love you" représentent "Sou nd s
sa m u siq ue ayan t toujours rencontré plus
de su c c è s que d an s son propre p ays ! Luim êm e s'en étonne d 'a ille u rs, com m e il l'a
confié à H en ry D u m atray d ans R o ckstyle
en m ai 9 5 : " C o n s ta te r q u e le s F ra n ç a is
q u i n e p ig e n t p a s n é c e s s a ire m e n t /es
p a ro le s d e m es m o rc e a u x c o m p re n n e n t
m ie u x m a m u siq u e q u e m e s v o isin s du
Texas n 'e st p a s le m o in d re d e s p a ra d o xe s.
C ’e s t o e u t- ê tre q u e l ’h isto ire d e ma vie
le u r p a ra it in té re s s a n te e t c 'e s t e lle q u i se
re fle te d a n s m a m u s iq u e .'/ ' >
N B : Tous les album s de Calvin Russell ont
été réédités p a r Columbia/Sony et agré­
mentés d ’inédits. D 'autre part, comme il le
dit dans cet article, Calvin Russell est un
artiste extrêm em ent soutenu p a r sa maison
de disques. La preuve : une centaine de
spots seront diffusés sur TF1 en janvier
pour la promo de "This Is My Life", on vera
le Texan sur le p lateau de "N ulle Part
A illeurs" (Canal + ), "Plus vite que la
m usique" (M 6 ), "Le M a g " (M C M ), du "JT"
de France 2 et sur plusieurs radios, (sour­
ce : Music Info hebdo).
CALVIN R U S S E LL
en France
Tournée acoustique
- LES DATES Mars 1 9 9 8
Le 5 - Lyon (B '52)
Le 6 - Mâcon (Cave à musique)
Le 7 - Clu ses (Maison des Allobroges)
Le 10 - Paris (L'européen)
Le 11 - Am iens (Lune des pirates)
Le 12 - Evreux (L'abordage)
Le 13 - Alençon (La luciole)
Le 14 - Bordeaux (Cricketers)
\
présente le
MARCHEINTERNATIONAL!
BISQUESIC0LLECTI0N
VINYLE - C
NEUF-OCCASION
CD REVIENS, EXPRESSO. FLASHBACK
Le tour de l’actualité discographique
des chroniques de disques
IMAGES ET SHOPPING
2 pages nouveautés vidéos et bouquins
0/5
1/5
2/5
3/5
4 /5
5/5
A éviter
Très moyen
Intéressant
Bon
Très bon
Indispensable
De 5 à 10000 F
LE D I S Q U E DU M O I S
IN FID ELES
«Ailleurs»
(C N R /A rc a d e ) -
5/5
Remettons une bonne fois pour
toutes les pendules à l’heure :
Infidèles est un groupe de pop.
Un vrai groupe de rock, même...
Il suffit de jeter une oreille sur
leurs albums et surtout de les
voir sur scène pour se rendre
compte que l’on est à des
années-lumière des stéréotypes
de la variété. Le groupe a tou­
jours cité comme références les
Beatles et la scène rock austra­
lienne
(en
particulier
Noiseworks). Avec ce quatrième
album, Infidèles (le "Les" fait
désormais partie du passé) va
beaucoup plus loin et réussit un
disque étonnant, d’une fraîcheur
et d'une intelligence mélodique
comme l'on en entend rarement
en France. Si l’on vous dit
qu’une des grosses influences
qui habite “Ailleurs" de bout en
bout est Page & Plant, vous com­
prendrez
que
la
musique
d’infidèles a nettement évolué.
D'ailleurs, ce n’est pas le fruit du
hasard puisque le groupe a fait la
^
Rockstyle n° 23 - le cahier CD
première partie de la tournée de
ces deux monstres sacrés après
la sortie de “No Quarter”. Rien
que ça ! Mais le fond de com­
merce musical d’infidèles est
toujours présent, évidemment :
mélodies imparables, refrains
qui vous trottent dans la tête
immédiatement et interprétation
sans faille. La nouveauté se situe
en revanche dans les arrange­
ments : ceux-ci donnent une
couleur acoustique inéluctable à
cet album. Grâce entre autres à
Didier Gris, multi-instrumentiste
de très grand talent. Ses parties
de bouzouki, de mandoline et de
violon colorent "Ailleurs" d’une
touche exotique, voire celtique
par moments. "Les sens inter­
dits" premier single élégant de
l’album, synthétise parfaitement
l’âme de cet album organique,
inspiré de A à Z. Et l’on sent les
musiciens en état de grâce, libé­
ré de toutes pressions commer­
ciales. Jano (guitare/chant) nous
balance ses petites histoires,
secondé par instants par Pascal
Mathieu sur quelques textes,
avec une sincérité sans faille.
Les
invités
présents
sur
"Ailleurs" apportent eux aussi
une ouverture musicale indé­
niable : Christine Lidon (choriste
sur
"Les
sens
interdits")
Moumen Kedhim (de l’excellent
groupe de raï Djam & Fam) qui
vocalise sur le magnifique "Vivre
pour toi" ou même un ensemble
de cordes sur deux titres.
Au final, Infidèles signe l’une des
plus belles réalisations de la
scène française de cette année.
Un album étincelant de mille
couleurs, où chaque titre est un
tube potentiel. Vivement la tour­
née !
Thierry B usso n
P A R IS 1 e r - F O R U M D E S H A L L E S
■ 1 7
e t 1 8 J A N V IE R 9 8
C H A T E L E T /L E S
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r
L IÜ 2 ÏP P IÜ M
BBC Sessions»
(Atlantic/E ast West) - 5/5
Il ne manquait plus que ce disque pour
boucler la boucle. Alors que le seul et
unique témoignage live officiel de Led
Zeppelin, “ The Song Remains The
Same” , n’était qu’un reflet mitigé de la
puissance du groupe sur scène, ce
double live CD enregistré lors des ses­
sions accordées à la BBC entre 69 et71
remet les pendules à l'heure. Car Led
Zeppelin était un phénoménal groupe de
scène, un impressionnant conglomérat
de talents. Entre les rythmiques halluci­
nantes de John Bonham, l’un des plus
grands batteurs de tous les temps - on
ne le dira jamais assez, demandez à
Phil Collins I -, la guitare virevoltante de
Jimmy Page, le groove pachydermique
de John Paul Jones et la voix céleste de
Rooert Plant, Led Zeppelin avait su
créer un style unique, mêlant comme
jamais les structures bluesy aux lour­
deurs du hard rock naissant. En 24
titres, "BBC Sessions” propose la quin­
tessence du hard rock, l’aboutissement
ultime du blues, et l'ouverture - déjà Ivers des horizons lointains, qualifiés
aujourd'hui de "world music” . Le bras­
sage universel, le comospolitisme dans
son sens le plus noble.
Il y a de tout dans ce double album : les
riffs effrénés de "Communication breakdown” “Whole lotta love” , “ Immigrant
song” , Heartbreaker” ou "Black dog” ,
mais aussi la délicatesse de "That’s the
way” et la progression jouissive de
"Stairway to heaven” , chef d’oeuvre
indémodable interprété avec une maes­
tria qui frôle la perfection. Comme l'in­
tégralité de ce témoignage live,
d'ailleurs. Car, au contraire de “The
Song Remains The Same” , on sent que
Led Zeppelin ces soirs-là avait mis leurs
couilles sur les planches. Ca respire le
rock’n’roll, la sueur, ça voltige de tous
les côtés, chaque instrumentiste rivali­
sant de virtuosité. On ressort de cette
overdose de décibels quelque peu aba­
sourdi, euphorique même... Ce "BBC
Sessions” est l’une des plus belles sur­
prises de l’année. Et tous les amateurs
de rock se doivent de la posséder I
Thierry Busson
m t T f lL L IC f i
J E * *
.J|
TRUST
«Reload»
«A Live»
(M ercury/Polygram ) - 5/5
(WEA) - 4 /5
“ Load” a certainement déçu plus d’un
fan, le headbanger moyen qui vouait un
culte quasi-obsessionnel à ce fer de
lance d’une certaine frange métallique.
Mais bon, Metallica n’est pas le genre
de groupe à se vautrer dans la facilité, à
assoir sa carrière sans prendre de
risques. Au risque de dérouter, forcé­
ment. Personne ne contredira le fait
qu’il y avait une évolution évidente entre
“ Kill’Em Ail” et "Ride The Lightning” , un
fossé entre ce dernier et "Master Of
Puppets” et un gouffre immense quand
est sorti “And Justice Fo AN...” . Le reste
appartient à l'histoire : le “ Black
Album", détonateur pour une toute nou­
velle génération qui découvrait enfin
l’un des groupes les plus novateurs
issus des années 80. Et puis il y a eu
“ Load” , album controversé, mais finale­
ment respectant la même logique évolu­
tive que ses prédécesseurs. Alors, quid
de "Reload” , présenté comme une
séquelle du dernier effort des “four horsemen” ?
Autant le dire tout de suite, ce septième
album studio des Américains est un
véritable régal. Metallica semble revenir
à une approche mélodique et rythmique
proche du “ Black Album” . Car "Reload”
- et c’est là la vraie surprise - parait être
la suite logique du fameux album noir.
Un peu comme si “ Load” n’avait pas
existé...Ou si peu. Etonnant et rassurant
pour la majeure partie des afficionados
du combo. En 13 titres, Metallica
retrouve une hargne peut-être délaissée
ces derniers temps (à cet égard "Fuel”
fait déjà figure de nouveau classique).
Et s’il y a un “ Unforgiven II” , ce n’est
pas un hasard : Metallica s’est penché
sur son passé pour nous livrer un nou­
vel album flamboyant. Du grand art,
une fois de plus I
Et de trois I Après lé très bon "Paris By
Night” , enregistré à Bercy lors de la pre­
mière reformation et surtout l’extraordi­
naire “ Live” , témoignage apocalyptique
de la tournée "Répression dans
l’Hexagone” (1980), Trust nous refait le
coup de l’album enregistré devant son
public. Et une fois de plus, on n’est pas
déçu ! Car même si le dernier album
studio, "Europe & Haines” , n’a pas reçu
l’accueil qu’il mérite (le public en
revanche, lui, ne s’est pas trompé...
disque d’or, c’est pas rien !), il faut bien
reconnaître que Trust a su évoluer sans
se mordre la queue, proposant un rock
puissant toujours aussi passionnant.
C’est le constat qu’il ressort de ce “A
Live” bien couillu. Entre des versions
décapantes de “ Fais où on te dit de
faire” , “Tout ce qui est bon est mal” ou
"Préfabriqués” , la bande à Bernie nous
sert de splendides versions de “Tous ces
visages” (qui a nettement gagné en viri­
lité, c’est le moins que l'on puisse dire
!), de "On lèche, on lâche, on lynche” ” ,
désormais un nouveau classique du
groupe, ou de "L’Elite” , asséné avec une
foi inébranlable. Que du bon, on vous
dit ! Enfin presque... Car même devant
cette débauche de décibels jubilatoires,
il y a quelques "hics” qui faussent un
rien le jugement : d’abord, les deux
reprises "rock'n’roll” inutiles (“ Roll over
Beethoven" et “That's allright marna” ),
puis un certain vide rythmique quand
Nono s'embarque dans les soli (putain,
pourquoi y’avait pas deux guitaristes ?),
et certains passages où Bernie assure le
minimum syndical - du genre couplets
incomplets et public étrangement
absent sur ceux-ci (cf “ Le mitard").
Bon, on ne va pas faire la fine gueule.
Trust est et restera l’un des deux ou trois
meilleurs groupes de rock français,
Bernie un performer hallucinant, Nono
un guitariste hors-pair, et la musique du
groupe l’une des plus jouissives jamais
entendues. Et quand on a des mecs
comme Hervé Koster et David Jacob à
la rythmique (quelle claque I), il n’y a
aucun souci à se faire pour l’avenir.
Mais cet avenir, il ne faut pas qu’il soit
en forme d’impasse...
Yves B a la n d re t
Thierry Busson
m
Rockstyle n ° 23 - le cahier CD
DARAN
«Déménagé*
(E a st/W e st) - 4/5
Le Daran nouveau nous apparait, sans
ses ‘Chaises’ pour 12 titres plus mûrs,
réfléchis, aux sonorités neuves et nou­
velles. Douzp chansons qui font la part
belle aux technologies modernes, aux
samples et aux programmations, admi­
rablement organisées parYarol, celui de
FFF. La production gagne en qualité pour
un album qui s'aventure hors des sen­
tiers arpentés sur les précédents
albums, puisque exif rock bluesifiant,
chansons folk, et recherche d'une identi­
té, et place au sang (sens ?) neuf de
compositions certes riches en réfé­
rences, de Cure - "Publicité"-, à Jeff
Buckley - "Léger"-, mais irrémédiable­
ment tournées vers un style des plus
personnels. "Déménagé” est un album
sérieux et terriblement abouti, prouvant
indiscutablement talent et maturité. Les
thèmes, abordés avec une intelligence
sociale et une sensibilité légèrement
teintée de cynisme, confèrent à cet
album l'étiquette “à écouter de toute
urgence"...
X a v ie r F a n to li
P A U L S im O N
«Songs Fïom The
Capcman
(W E A ) - 3/5
Double CD live du
concert (intégral) donné
J T ■
ï
Par ta formation Crimson
IJm Ê 3ème époque la plus
sur scène : Robert
'1
1
Wet t on Bill Bruford - David
Cross. Avec des extraits
H H f l l M l e u g A u S "Hit"
Larks Tongues in Aspic, et d l ^ m i r "Stalless and. Bible Black".
Des plages d'improvisation e x c ^ m jn n e lle \
^ 4
S ix ans après “ The Rhythm Of The
S a in ts” , Paul Sim on revient à nou­
veau hanter nos platines avec un
nouvel album cette fois-ci influencé
par Porto-Rico. Après l'Afrique et le
sublim e “ G racelan d ” , puis le B résil,
c'e st un autre pays exotique qui in s­
pire le Paulo. A travers l’histoire véri­
d iq ue et fin a le m e n t trag iq u e de
S a lv a d o r A gron, Paul Sim on a
construit un concept album intelli­
gent, alternant rythm es lents et envo­
lées sa lsa , le tout avec un sens du
verbe rarem ent égalé, une force évo­
catrice com m e lui seul sait faire
naitre. Même si on est asse z loin du
som m et mélodique de "G racelan d ” ,
son chef d'oeuvre ultim e, ce nouvel
album de cette légende vivante de la
pop m u sic se déguste avec le même
intérêt que qui l’on se sen tait happé
par un livre qui vous prend aux
tripes. Ce qui est rare dans le milieu
m u sic a l...
Th ierry B u sso n
PIGHLLE
Formation incongrue !
Un mem.b.rpair Crimson
à la batterie, un guita­
riste d'ECK au d o i q ^ .
■
A
Un équilibré p a rra t q u »
réunibsous la barmière ■
Crimgpn des persoRnali- *
tés fà s si d iffé ren ts,
qui ont trouvé unftm gage
4
A l o r s . ..
«Alors*
0 Z2 V O S B O U R N t
«The Ozzman Cometh»
(B o u c h e rie P ro d u ctio n s) - 4/5
(E p ie/S o n y.) - 4/5
Dans les histoires de Pigalle, quand
on m eu rt, c'est pour, soulagé, lâcher
juste «pourvu que je revienne p a s» ...
Car les histoires de Pigalle portent
ch acun e en elles toute la m isère du
monde. Le décor : le fond d ’une cale,
d’un parking ou d ’un café. Les per­
sonnages : des êtres difform es ou
tristem ent b anals, des victim e s. Et
tout est gris, tâché de noir, m êm e
l’espoir est inexorablem ent vain. Les
ch an so n s finissent toutes -forcémentm al, c'est pas de la faib le sse , m ais il
n'y a au cune issue, alors à quoi bon
lutter. De plus, Pigalle ne cherchant
pas à édulcorer le propos par la
m étaphore, la m isère est m ise à nue,
montrée d ans sa plus brutale réalité.
Un d isq ue dur, cru , soutenu par la
recette m u sicale que Pigalle a m is en
place au mom ent de «Regards affli­
g é s...»
B erth
R ésum er en quelques titres la carriè­
re du "m ad m an ” tient q uasim ent de
l'h é ré sie . P o u rtan t, ce "b e st o f”
d’Ozzy Osbourne perm et de se faire
une idée pour le m oins ju ste de
l'oeuvre du bonhom m e. Q uelques
uns des m eilleurs titres de B lack
S ab b ath fig uren t é vid e m m e n t en
bonne place sur cette com p il’ , m ais
c'est surtout le travail en solitaire de
ce frontm an déjanté qui occupe la
m ajeure partie de cette anthologie.
De "B a rk at the moon" à “ I ju st w ant
you” en passant par l'inédit "B a ck on
earth ” , l'un des pères du m étal nous
abreuve d'une q uinzaine de titres qui
m éritent de figurer au Panthéon du
rock fort. Et m êm e si Ozzy n'égorge
plus de poulets sur scène avec ses
dents (peut-être parce qu'il n'en a
plus !), on ne peut que respecter
cette légende vivante du hard rock.
Une fois n’est pas coutum e : "Ozzy
w e love you !"
P IG A L L E
W es B a ia n d re t
Autom ne 97
EE
l'auditeur de retrouy
relate toutes les étap
Enregistré KdaSSW fa-n e
grotte, la
MINE". Flûte îM M H I
basse, batterie,
et meublent l'e s p a c ^ ffl
cette cave "utérine". *
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EU ERO N
•»U ?n u $ «
(M a sco tt/C o n co rd ) - 4/5
ORGAS BANO
PHENOMIENA
"Roue
LiÔRc"
le mariage réussi de l'école de Canterbury et du progrès
L IT T L E B O B
«Bine Story»
(G riffe /S o n y ) - 4/5
Cela aura été difficile pour Everon de
sortir ce troisièm e album . En effet,
suite à la banqueroute intégrale du
feu-label h o llan d ais SI M u sic, les
A llem and s d'Everon ont finalem ent
réussi à surm onter les ob stacles pour
nous d élivrer un “ V enus” de très
bonne factu re. Le style est toujours le
m êm e : des riffs acérés lorgnant vers
le R ush de la m eilleure époque, des
m élodies com plexes qui naviguent
en tre le Yes de " 9 0 1 2 5 " et le
M arillion de "Fu g azi” , le tout servi
par une m ise en place irréprochable.
Les m orceaux s'en chaînen t dans une
approche lin éaire, quasi-conceptuelle, qui donne à ce troisièm e effort
une homogénéité toute particulière.
Un bémol cep en d ant : le ch an t
d'O liver Philipp s souffre encore de
quelques caren ces. En soignant cet
asp ect, Everon pourrait prétendre à
entrer d ans la prem ière division des
groupes de néo-progressif. C 'est tout
le m al qu'on lui so u h a ite ...
Thierry B u sson
Parce que Little Bob est un am oureux
fou de la m usiq ue et que cela fait
m ainten ant 2 2 ans qu'il le prouve.
Parce que ce routard du rock and roll
est to u jo u rs bourré de fraîch e u r.
Parce qu'il possède une voix com m e
il y en a peu en France pour ch anter
le rock, avec ou san s accent bluesy
m ais toujours avec feeling. Parce que
son nouvel album « Blue Story»'sonne
d iab lem en t bien et qu’il donne un
grand coup d ’a ir frais dans la tête.
Parce que les arrangem ents sont fin s
et originaux. Parce que les sons des
guitares et de l’orgue Flam mond d ra i­
nent d edans nos petites oreilles des
d élices rares. Parce que cet album
respire l'énergie et la sincérité. Parce
que « B lu e Story» fait tout sim p le ­
m ent partie des album s que l'on
a im e rait bien entendre plus so u ­
v e n t...
N athalie Jo ly
TH 11N D ER B O LT
«A Tribute To AC/DC»
D A V ID L E E R O T H
(M S I) - 3/5
(W E A ) - 3/5
Les hommages à AC/DC sont légion
actuellem ent. Pourtant, ici, pas ques­
tion d’un quelconque groupe albanais
qui m assacre un “ Hells bells" en agi­
tant les couilles d'un fox-terrier pour
imiter le son des cloches. Nenni, ma
foi ! On a droit au gratin (am éricain)
pour célébrer le génie d’Angus Young
et consorts. La période Bon Scott est
nettement privilégiée puisque seule­
ment deux titres sur douze sont posté­
rieurs à “ Highway To Hell” . Comme
sur tous les “tribute album s” , certains
s'en tirent mieux que d'autres. On
retiendra en premier lieu la prestation
d’Ugly Kid Joe, la version éraillée de
"It’s a long way to the top” éructée par
Lem m y ou la puissante interprétation
de “ W alk ail over you” par Anthrax,
secondé au chant par Dee Snider, sorti
de son placard le temps d'une session
studio. Rien de transcendant, si ce
n’est le plaisir de réécouter une pelle­
tée de classiques
K/es B aland ret
Depuis son départ de Van Halen, David
Lee Roth, le séducteur de basse-cour le
plus excentrique de ce côté-ci du
rock’n'roll, n’a guère sorti que cinq
album s solo. Ce “ Best of” nous rappel­
le cependant quel excellent chanteur le
premier frontman de Van Halen est et
restera. Une floppée de tubes, en pre­
mier lieu : “Yankee rose", “Ju st like
paradise", “Goin’ crasy” ou "Yankee
rose” . Et puis quelques reprises bien
senties, limites macho, mais ça va avec
le personnage, non ? Le "California
girls", où évidemm ent il n'est pas ques­
tion d'un gramme de boudin, et l’éter­
nel "l’m just a gigolo" (en français : “je
su is juste un gigot d'veau”).
Bref, c'est David Lee Roth dans toute sa
splendeur, une caricature “ made in
A m erica” , le style “ larger than life” ,
musicien inutile finalement, m ais forcé­
ment indispensable...
Thierry B u sso n
m m nlunisle de «ing Crimsun est eu exiratoie compa­
gnie [R. Iripp, J. Weltoo, I! Hammlll !| pour on quatrième
album [mi-Ghanlê, mi-instrumental] plus crlmsooDleo que
Un troisième album studio qui permet a ce groupe
solsse de devenir l’un des maîtres du rock néo-pro­
gressif symphonique, an même titre que Pendragnn nu
One Store
K
rRUITCAXE
Q15CIPLINE
"O ne CDoRe Stice"
Celte formation norvégienne nous propose un album
d'une rare efficacité : musique four a Inor dense el
sjmphDDiqne, mélodies soignées el ioslromeotisles
hors-pair... Une superbe réussite.
la sbIé
ii
§ j l Ë r
"U n fo C d e d
(k e
s c A iR C A s e "
Deuxième album pour ce groupe américain qui délaisse
pour cette lois toute tentation “pop'' au profit d'uo pro­
gressif pnr el dur. teodance années 7 0 14 morceaux de 14,
13,22 et 16 minutes I] aux superbes mélodies el au chant
la m is in tim e el 11 m iss M ê m e m se m u r e r tentes les tereières serties ta
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PROMOTIONS NOMBREUSES ET RÉGULIÈRES -
les mineures nouveautés à partir ûe 100 f ! Venez vite les découvrir...
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ain,lanûs[ni, B
atairiel, P
rogday‘95,0.fA, T
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jam
et aussi :
PftR LINDH PROJECT
"O
)u n d u s
In c o in p e R t u s "
CATALOGUE 1997-98
gratuit sur simple demande
m
Rockstyle n° 23 - le cahier CD
«TheBest»
;
Lucky
;
PROGRESSIVE &M ELODIC ROCK
Peterson
FINAL C O N FLÏC R
Enfin un groupe qui ne ressemble ,
aucun autre 1 Résolument innovatem
FINAL CONFLICT a concocté pour ci
3e album une musique audacieuse au
antipodes des poncifs d u genre.
LUCKV P E T E R S O N
«Move»
(G ita n e s Ja z z ) - 4/5
A m ateu rs de blues/rock/funky, préparez-vous à affronter le retour du Kid
de New-York city, avec un album
a u ssi bigaré et réussi que se s prédé­
c e sse u rs. Entouré de m u sicie n s de
prem ière pointure (dont l'excellent
b a tteu r D en is C h a m b e rs), L u ck y
"Luke" Peterson dém ontre une fois de
plus tous se s talents de m ulti-instrum en taliste (guitare/Ham m ond/piano)
d ans un album placé sous le signe du
m ouvem ent. La sim p le écoute des
rem u ants "You're the one for me",
"Move" ou "Pickin"1 vous en co n vain ­
cra . L'absence de cu ivres donne à
"Move" une tonalité m oins fun ky que
“Lifetim e" (son précédent op us), cela
au bénéfice d'un blues classie u x illu s­
tré par les splendides "Tin pan alley"
et "l'm back again". Ajoutez à cela
quelques reprises bien senties ( "Dont
you even care" de Robert C ray et
"Purple rain" de P rin ce ), et voilà
encore la sau ce qui prend de la plus
belle façon qui soit.
La u re n t Ja n v ie r
V ENG EANC E
«Back FYom Flight 19»
(Tra n sm issio n ) - 4/5
Voilà exactem ent le genre de groupe
qui passe habituellem ent inaperçu
d an s nos co n tré e s. Pou rtan t les
B ataves de Vengeance
n'en sont
pas à leur coup d’e ssai. Ce “ B ack
From Flight 1 9 ” doit être leur 6 ou
7èm e album . Et autant que celui-ci
a une belle allure ! Dès le premier
titre , " P la n e t Z ilc h ” , V engeance
place la barre très haut. Entre hard
rock classiq u e et touches progres­
sives, le combo hollandais entrainé
par Arjen Lu cassen (le leader de
Ayreon) distille 11 m orceaux de
haute volée. On sent nettem ent les
influences de Jon Lord dans l’u tilisa­
tion des claviers (d 'ailleu rs, ici on ne
parle que de Moog et Mellotron I), et
les guitares ag ressives n’ont pour
seul but que de servir la mélodie.
Entre un Deep Purple grand cru et
un Yes qui se prendrait un peu pour
I Mother E arth , Vengeance signe un
album de prog-metal où la frim e
n’est pas de m ise. La m élodie, en
revanche, est reine.
T. B u sson
/andm t n m w a q r ib u o cazhuvï
9ïl*a<LavÎA/
fbnÿlwlcuuL
PENDRAG<
Nick Barrett & co
vous, il y a un an.
TOUR passait près ili
est bon de replonge
des concerts du MAf
'e in K r a k o w 1996
S Q UEEG EE
«Squeegee»
B O B B Y LftN
«Time Ont Of Mind»
(M ercu ry ) - 4/5
(C olum bia/Son y) - 5/5
Disons-le une bonne fois pour toute :
que ceux qui pensent que Squeegee
est un boys band aillent faire un tour
du côté de la Motown. La vérité n’est
pas ailleurs ! Squeegee est un vrai
groupe, avec de vrais m usiciens talen­
tueux, des m ecs qui ont un sens du
groove qui n’est pas san s rappeler par
instant Bootsy Collins. On est loin de
2 B 3 et autres légumes m arkétisés à
coups de clips racoleurs et de textes
pré-pubères. Squeegee joue, vibre,
transpire, balance une m yriade de
chansons im parables (les 4 premiers
m orceaux pourraient à eux seuls faire
office de “ best o f"), avec un sens du
groove rarement égalé en France, une
alchim ie parfaite entre le rap tradition­
nel et la soul la plus d ébridée.
Souligné par une production parfaite,
une choriste à la voix angélique, ce
prem ier essai mérite mieux que de se
retrouver quelques sem aines dans les
ch arts. Il se doit de figurer dans une
bonne discothèque, à côté d’un W as
Not W as par exem ple...
T. B u sso n
Tout d ’abord, ne pas s'exciter !
J ’e n te n d s déjà
le s m a u v a ise s
langues s ’agiter, encore un dinosau­
re
é ch ap p é
d ’ un
q uelconq u e
"Ju ra ssik C rack". Stop ! Ce Dylanc i, c ’est du grand art. A rt, artiste,
a rtisa n . L’a rtisa n a t, voilà bien le
m aître mot pour qualifier la carrière
de Bob Dylan. "Tim e Out Of M ind”
est un véritable retour aux sources,
ravivant les valeurs du passé avec
un son particulièrem ent neuf. La
présence, à nouveau, de Daniel
Lanois aux m anettes a libéré un
Dylan qui s ’est servi de la technolo­
gie pour réh ausser son sen s de la
com position. C ’est la réhabilitation
totale de l’artiste, un disque qui
risque de surprendre bon nombre
de d étracteurs. "Tim e Out Of M ind”
est une vra ie et ré jo u issan te
d ém o nstratio n de lo ng évité. Un
album déroutant certes, m ais avant
tout le fruit d ’une belle rem ise en
question. M erci Bob !
P. V ernier
Hiver 97 E S
g in e : : lu répliqua purE e :; seveiicie;. L e id i'j:filLiriery Crime" e i de
E ü iio n t de c e : lu iflu e ;
rsiidii!|uubl-ffi lit
vlick Pointer':
cène, le plu
W e lc o m e to th e s ta g e
EDIA YSTEME
en
furets]
mure s c o t t
H E A D L IN E
“ S t ü l B n m in Q
(C h ry sa lis/E M I) - 4/5
(B re n n u s/M u se a ) - 3/5
Deux an s ap rès un prem ier effort solo
p rin cip alem en t acoustique (le sp len­
d id e "B rin g 'Em A il In "), l'exW aterboys retrouve ici ses penchants
électriques sa n s qu'il soit pour autant
question de bouleversem ents: “Still
Burning" prolonge en fait la flam m e
d'une écriture certe s m arquée par les
aînés (Neil Young ou D ylan, pour
faire sim p le) m ais suffisam m ent forte
et originale pour im prim er sa m arque
toute p erso n n elle. Co-produit par
Scott en personne, ce disque laisse
d'abord éclater un son énorm e venu à
point
n o u rrir
q u e lq u e s
p ièces
héroïques (le s superbes "My dark
side", "Dark m an of m y dream s" et
son final d'orgie électrique, la pu is­
san ce de "Love an yw ay"), m êm e si
l'album est au ssi traversé de m or­
ceau x plus ca lm e s, g lissan t à m er­
veille leur transp arente intim ité. Bref,
et ce n'est pas une su rprise, avec ou
sa n s W aterboys, la m usique de Mike
Scott brûle e n co re ...
F réd é ric D elage
«Escape»
Cette fo is, la branche hard du label
lorrain a eu le nez creux en sig n an t ce
groupe h eavy au x ressources m élo­
diques ce rta in e s. Le son est m ons­
trueux g râce en parti à R. Kohlm eyer
derrière les m anettes, déjà vu ch ez
Vanden P la s et Superior ! Le s petits
Fran ça is se m ontrent à la h auteur de
leurs a în é s en m aintes o ccasio n s.
Seul petit tru c ag açant, la voix de
S ylvie G ra re , genre heavy 8 0 ’s lobotom isé. Le petit côté G irlscho o l, c ’est
daté et ça cra in t un peu, de m êm e
que ce rta in s riffs trop typés. M a is il
paraît que le h eavy mélodique revient
en force, on veu t bien le cro ire, car
c ’est la su ite logique du prog’ m étal,
bien m éd iatisé m algré tout. Q uoiqu’il
en soit, H ead lin e est sacrem en t doué
et répand d es n uées de g uitares en
fusion su r une rythm ique en fu rie . De
quoi faire bien d es heureux. U n 3 su r
5 qui po urrait très bien d evenir un 5
su r 5 le prochain co u p ...
B ru n o V ersm isse
(Z'I'A ) ~
J 3
i J
( i£ h ± £
Ü D L ) I Jü J
’9‘x&p
YES
«Open Tonr Eyes»
r 'j/ a d
7 JJJ4 JÛ
(E a g ie/E d el) - 1/5
LO H G S H O T
«The Cosmic Bacteria’s
Expérience»
(M u s e a ) - 3/5
=Î
Ç D lu / if ia a l s J i i ÿ ÿ u s J i j
üü
Q/Tm »/»I -t
'J y jji Ü u jjia j
Sortie
le 15
janvier
1998
Il y a un an, Rockstyle faisa it sa cou­
verture avec Yes à l’occasion de la
so rtie de “ K eys To A sce n sio n ” .
Aujourd’hui, Jon Anderson et ses
sbires (on ne sait plus vraim ent les­
quels tellem ent les changem ents de
personnel sont fréq u e n ts...) revien­
nent avec un nouvel album studio. Le
prem ier depuis l’excellent “ Talk” en
9 4 . Q ui, à l'écoute de ce “Open Your
Eyes” , aurait m ieux fait d’être le der­
nier. Parce que, franchem ent, en arri­
ver à un tel stade de pauvreté m usi­
cale, c'est indigne d’un groupe qui a
signé des “Close To T h e Edge” ,
“ D ram a” ou “9 0 1 2 5 ” . E t ce n’est pas
en em bauchant le quelconque B illy
Sher.vood et quelques requins de
studio en guise de claviers que l’on
peut sortir un bon disq ue. Pop FM à
ras les pâquerettes, c'est tout ce que
l'on peut dire de ce disque affligeant.
“Open Your eyes” e st m oins bon que
“U nio n", c'est tout dire !
C h ristia n A n d ré
m
Rockstyle n° 23 - le cahier C D
D éd ié à P e te r G a b rie l e t S te v e
H ackett, le s “ âm es pensantes d u vrai
G e n e sis” (s ic ), c e prem ier e ssa i signe
p a r le s m u s ic ie n s fra n ç a is de
Longshot perpétue la tradition des
con cepts tortu rés à la “T h e L a m b ../".
C et op us alam b îq u é propose des
am b ian ces com plexes et "h ab ité es”
qui renvoient im m a irq u a tle m e n t au
G en esis d es m i-seventies. ü où les
e n vo lées m illim é tré e s d e d a v ie r s
é v o lu e n t le m eilleu r Tony B a n k s , Ile
c h a n t trè s th é â t a l et m aniéré m im e ,
ave c une réussite pour tout d ire par­
fo is in é g a le , c e lu i d e l’Arctoange
G ab rie l. Sou tenu p a r une ryth m e
s a n s fa ille , cette oeuvre am b itieuse
q ui possède le ch arm e a cid u lé di'un
fru it encore v e ri s e d n ra tous 'les n os­
talgiques d e c e bon vieu x R a e l. A
d éco u vrir...
BertrandPourcheron
CD .
P IX IE S
«Death To The Pixies»
FORGflS BflMD PHENOfllENA
(Lab els/V irgin ) - 5/5
(C osm o s M u sic ) - 5/5
Ceux qui affirm ent que les Pixies est
le m eilleu r groupe de rock du monde
n'ont pas tout à fait tort ; en quatre
ans (1 9 8 7 - 1 9 9 1 ), les Pixies ont su à
la fois digérer deux décennies m u si­
cales et poser les b ases de ce qu’allait d evenir le rock de cette fin de
siècle. Double CD : com pilatoir pour
le novice et live pour l’érudit, chacun
son bo nh eur : p a ssé l'h e u re u se
d écouverte, le prem ier sentira bientôt
le besoin d'explorer de plus près la
courte, m ais dense, discographie des
Pixies (5 alb u m s + une tripotée de
sing les) ; le second, .qui e ssaie tant
bien que m al de se satisfaire de l’hé­
ritage
P ix ie s
(B re e d e rs/F ra n c k
B lack/The A m p s), accu eillera avec
fougue et émotion ce témoignage
enregistré en public en 1 9 9 0 . Tout
Pixies est d ans ce live : le ludique,
l'énergique, le physique, l'instinctif.
Double album doublem ent essentiel,
doublem ent in d isp e n sa b le ...
B e rth
Patrick Forgas n'est pas spécialem ent
un débutant. Son prem ier album ,
"Co cktail” , date de 1 9 7 7 . Influencé
par Soft M ach in e et l'éco le de
Canterbury, notre hom m e a suivi les
aléas de ce style m usical avec plus ou
m oins de bonheur. G râce au jeune
label Cosm os, ce bonheur rayonne de
n o uveau... Le tem ps de form er un vrai
groupe, le “ P hen o m en a B a n d ” .
Forgas réalise un album exceptionnel,
de loin son m eilleur ! La chaleur
vibrante du sax cajole un jazz pro­
gressif envoûtant et surtout accessible
à tous. Quelques pointures ont rejoint
le m aître, M ireille Bauer (Gong) et
Stéphane Jaoui (X aal) ensoleillent de
leur talent et de leur expérience des
thèm es récurrents. Un plaisir san s
tem ps m ort, une réussite totale où la
so p h isticatio n m élodique fusionne
avec l’énergie dans un seul but : le
plaisir des o re ille s...
Ce Forgas est vraim ent phénom énal I
B ru n o V ersm isse
C LEP S V D R A
RHflPSOÜY
«Legendary ÏUes»
F e a rs »
(M S I) - 4/5
Troisièm e album pour ce groupe helvète to m b é d a n s le ch au d ro n
Pendragon lors de sa tendre e n fan ­
ce . L â ch é par son g uitariste originel
en co u rs de route, le band de l'e x­
cellen t ch an te u r A lu isio M aggini n'a
pas pour au tant cédé au décourage­
m ent et s ’en revient au jo u rd ’ hui
avec ce nouvel opus d 'excellen te
factu re. S itu ée au cour du m ouve­
m ent néo-progressif, la m u siq ue de
Clep syd ra fa it preuve de q ualité s
m élo diques et ém otionn elles tout
bonnem ent re m arq u ab le s. Su rvolée
par de su p e rb e s e n volées in stru ­
m e n tale s, au cou rs d e sq u e lles la
six-co rd es strato sp h ériq u e du nouveau-venu M arco C erulli se taille la
part du lion, cette oeuvre de la
m âtu rité ap pelle des len d e m ain s qui
ch an te n t. A su ivre , donc et de très
p rè s ...
B ertra n d Pourcheron
«Roue Libre»
(C N R /A rca d e) - 5/5
Le label C N R a le fla ir I Après Angra,
Vanden P la s , Superior, Eldritch et
Sym phony X , il nous prouve son
talent de d énicheur d e ... talents I Le
heavy sym phonique que Rhapsody
déballe dès le prem ier album va en
la isse r plus d ’un pantois. Ja m a is l’a l­
liance d'inspiration m édiévale et de
m étal épique n’avait donné un album
aussi flam beur. Les Italiens possè­
dent le sens du grandiloquent et
savent foutre le feu aux poudres.
Quand le métal chauffé à blanc frôle
les arabesques classiq u e s, on s'a t­
tend au pire. Rien à craindre avec
Rhapsody, les R itals vont plus loin
que les concurrents d ans l’outrance
et les cava lcad e s épileptiques su ccè­
dent aux accen ts folk. Entre B ach ,
B ra n d u a rd i,
A ngra
et
V iv a ld i,
Rhapsody trace une voie dont on ne
soupçonnait m êm e pas l'existence, le
m etal-opera ! La grande C lasse I
B ru n o V e rsm isse
Hiver 97 Q ]
S E IÏB E
5010 0 0 M A nnr
CONTIENT
S INÉDITS
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Dm. Ai' B i* /
r i T H é r i t a g e t h ,.K»--Ç1tT te K
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DAH AR BRA2 &
L 'H E R IT A G E D ES C ELT ES
A N T H O N Y P H ILLIP S
“The Meadows Of Englewood”
“Finisterrea”
(M S I) - 3/5
(C olum bia/Son y) - 4/5
—
Ce nouvel opus de DISCIPLINE
se situe entre les fastes du
progressif mystérieux Scandi­
nave (Mellotron, influence
crimsonnienne...) et üeux
d'un progressif pim amen
cain, rigoureux et mélo
Superbe ouvrage
DISCIPLINE "Unfolded lik e staircase" 1 2 5 F
ET AUSSI
Parfum s doux d'H ydrom el, effluves
tro u b lan tes de W h isk y , se n te u rs
am ères de G u in ness viennent à nou­
veau enchanter nos n arines, les nou­
veaux troubadours celtes (L’ Heritage
des Celtes) sont de retour, rassem blés
une fois de plus derrière le guitariste
breton Dan A r B raz. E t la magie
opère. Du som ptueux et m élancolique
“ La broella” au très d ansant "E v it Ar
B raz” où la guitare répond aux instru­
m ents traditionnels, la m usique de ce
“ F in iste rre s” nous berce et nous
emporte au-delà de ces rivages de
sable et de sel que le guitariste affec­
tionne tant. Sa guitare discrète vous
invite à entrer dans la d anse, tout
sim p le m e n t, h u m b le m e n t... Entre
technologie et tradition, révolte et
sagesse, tristesse et allégresse, la
Celtie, riche de ses paradoxes, vient
de trouver dans ce Vieux Sage breton
un porte-étendard de grande classe .
D aniel R eyes
Ça fait fich trem en t p la isir d'avoir des
nouvelles fraich e s de ce bon vieux
Anthony P h illip s (p rem ier guitariste
de G e n e sis), d 'autant que cet alb u m ,
enregistré avec G uillerm o C azen ave,
pionnier h isp aniqu e de la “new-age",
vau t vraim en t le voyage. Le s deux
com pères se sont partagés éq uitable­
m ent le travail et c'est une longue
suite de 3 6 m in u te s, douce et aérien ­
ne, qui donne son titre à un album
qui n'oublie p a s de m an ier l'hum our
au détour. A in si, le m odernism e des
clavie rs de C azen ave évoque un peu
la m usiq ue d 'X -Files: ça tom be bien,
le m orceau en question s'appelle ju s ­
tem ent "L'agent M ulder ne résout
ja m a is au cu n problèm e'! De son
côté, P h illip s retrouve enfin sa voix
pour deux ch an so n s évoquant les
jo lis so u ven irs de T h e G eese And
T h e G host". Et le m eilleu r e st pour la
fin : ça s'a p p e lle “P ic a re s c a ", 9
m inutes où l'ex-Genesis im provise sur
une guitare acoustique.
F ré d é ric D elage
A P O C A LY P S E
«Lendas Escantadas»
P E T E R H A fllfA lLL
«Everyone Ton Hold»
(M u se a ) - 3/5
(F ie !) - 5/5
Avec M usea, la recherche in cessante
d es m eilleurs com bos progressifs n'a
ja m a is ce ssé . C 'est du côté du B résil
que se penche le label prospecteur
avec cette réédition du prem ier album
d ’A pocalypse. Un pincée de neo-prog
saupoudre les joyeux effets harm o­
niques et gâche un peu les festivités.
P as de quoi d ram atise r m a is ce
disque s ’ad resse, il faut bien le dire,
au x habitués, aux sp écialistes et aux
esthètes en ch am bre, le ch an t portu­
g ais p o uvant reb u ter le “ grand
pu blic” . Le s claviers enrobent avec
virtuosité des m élodies hésitant entre
la beauté des 7 0 ’s et la modernité
en vah issan te des 9 0 ’s . Le cul entre
deux strapontins, A pocalypse n’ inter­
pellera h élas que les accro s in cu ­
rables du progressif. A sign aler une
superbe jaquette form at B .D . et trois
m orceaux de plus que l’édition origi­
nale.
Les pures m erveilles se d issim u le n t
parfois so u s une im pressionnante,
m a is fin a le m e n t fra g ile , co u ch e
d'austérité. Prenons le nouvel album
de Peter H am m ill. Dépouillé, in tim is­
te, noir, exacerbé. C alm e m ais ja m a is
vraim en t sereine, cette m usiq ue brise
une fo is de plus les ca rca n s, p u lvéri­
se en pauvres m iettes nos m édiocres
b a lis e s
ta n d is
q ue ce tte
vo ix
in cro y a b le , g rave ou ro m an tiq u e,
voluptueuse ou caverneuse, se fait
l'écho salvateur, et de nos tourm ents,
et
de
nos
é m e rv e ille m e n ts .
Evidem m en t, les ch arm es fa cile s et
éphém ères, les facultés de séduction
im m é d ia te n 'ap p artien nen t p a s à
l'univers de celui qui est bien d avan ­
tage que sim plem en t I' “ex-leader de
Van d er G raaf Generator". Le s ch a n ­
sons de Peter H am m ill n'ont que leur
clair-o bscu r à offrir. H erm étiques ou
m agnifiques.
CLEPSYDRA "Fears": 125 F
YES "Yes to Ascension 2" : 175 F
PAYNE'S GRAY 'Kadath" : 130 F
FORGAS BfilD PHENC 'MENA
'R oue Libre" : 120 F
Plus David CROSS
FRUITCAKE,
LANVALL,
AFTER CRYING,
Par LINDH Project.
LES GRANDES SORTIES DE 1997
118 F
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B ru n o V ersm isse
a
Rockstyle n° 23 - le cahier CD
F ré d é ric D ela ge
E X P R E S S O
D écem b re, les fêtes de fin (et de
début) d'année, le froid, la neige, le
Père Noël, et avec tout ce beau
m onde, les incontournables com pi­
lations et autres b est(s) o f(s). Et
cette an née, c ’est tout un gratin de
sta rs, et pas des m oindres, qui s ’oc­
troient ce passage obligé. Et pour
co m m en ce r un d ésorm ais habitué
du genre, David Bowie, qui passe
en revue la prem ière partie de sa
carrière, de 1 9 6 9 à 1 9 7 4 le tout
su r 2 0 titres incontournables. Ca
s ’ap p elle tout sobrem ent “ The B e s t
Of D a v id B o w ie 1969 / 1 9 7 4 "
(O d eon/EM I), c ’est con, m ais fallait
y p e n se r... La suite bientôt ? (X F) On atten dait, et on attend toujours
la reform ation de Police, m ais avant
d’être de retour, on a droit à tous les
tu b es de Sting E T de Police sur le
m êm e alb u m , 1 8 titres, dont 17
in d isp ensab le s, plus un “ R oxa nn e
'97 - P u ff Daddy R e m ix ” bonus
tra c k , inintéressant, inutile et m asturbato ire. Dernière ch ose, la galet­
te s ’ap pelle, oh I, "The Very B e s t
O f... S tin g & The P o lic e " (Polydor),
c ’est con, m ais fa lla it y penser (X F ).
- Nouvelle com pilation de l’oeuvre
du plus célèbre ju if canadien avec
la sortie chez Colum bia du "M ore
B e s t Of L é o n a rd C o h e n ” , réunis­
sa n t le m e ille u r de six alb u m s
essen tiels du M aître, dont le “Cohen
Live" (X F ). - Suede, ch ez S m a ll,
offre à se s fan s un double album
co m p ilan t 2 7 face s B d’ une carrière
com m en cée en 1 9 9 2 . B elle pièce,
qui s ’ap p elle “S c i - F i L u lla b ie s "
(X F ). - Jo hn et Helena Maj-sh, l’un
des duos m ythiques de la pop sy n ­
thétique et plus connu com m e The
Beloved, so rtent q u an t à eux
"S in g le F il e " (E a st W est), co m p ila­
tion de 12 titres in d isp ensables, ne
se ra it-ce que pour le tu besq ue
"S w e e t h a rm o n y " (X F ). - “ B - S id e s
And O th e rw is e ” (R y k o ) est le titre
donné à la com pilation de 13 m or­
ce au x rares et live du génial trio
Morphine, et un titre com m e ça , ça
ch a n g e ... (X F) - Autre couple talen ­
tu eux, c ’est au tour de Geoff Sm ith
et N icola W alker S m ith , sous le
nom cette fois de The Geoff Smith
Band, qui nous inonde de leur jazz
expérim ental lyrique et rom antique,
su r un som ptueux nouvel albu m , le
c la s s iq u e
et c la s s ie u x
" B la c k
F lo w e r s ” (S o n y). (X F ) - Retour du
pape de l’électro new w ave , Gary
Numan, avec "B la c k H eart” (Eag le),
regroupant 12 titres dont 5 live
(X F ). - Réédition égalem ent de l'a l­
bum “I n f e c t e d " sorti en 1 9 8 6 du
groupe The The, su r lequel figure le
titre "H e a rtia n d " , où ap paraît au
piano un c e rta in ... Steve Hogarth
(X F ). - Les am ateu rs de blues c la s­
sieux exécuté par des guitaristes
ad eptes de la guitare slid e seront
séd uits par l'album "Against The
Wall" de John Mooney, évoluant
d ans un univers m u sical proche des
Clapton et Roy Rodgers des grands
jo urs - S T E V E Johnson " B lu e s ln
The M o rn in g " (Virgin) constitue un
second opus très réussi pour Steve
Jo hn so n , cet artiste découvert par
Albert Collins et fa isa n t office de
pierre angulaire du très dynam ique
blues N ew-Yorkais. ( L .J .) - Un tour
d'horizon rapide pour une livraison
p syc h é au to m n a le . D ’ab o rd , le
m in im a lism e trè s cold de Je ff
Tarlton avec « A stra l Y ea rs». Cet
A m éricain vivan t à Berlin refroidit
l’a m b ia n c e , ou co m m e n t N ick
Drake s'e xile à la cam pagne en
p le u ra n t su r sa s o litu d e . Entre
gothique hindou et Bob D ylan,
strange rondelle ! Pop acide et floyderies lointaines pour Vex et son
m in i-C D ,
«New
T e ch n o lo g y » ,
agréable brouet d'électronique eightie s et de p syc h é su rré a liste .
Esthétique ja zzy m ais raffinem ent
psyché pour Praise Sp ace Electric et
« M u sh roo m J a z z » qui com b in e
atm osphère groovy et funk planant.
Et si H aw kw ind était né black du
côté de New O rléans ? Steve Hillage
vient donner un coup de m ediator
chez Nukli su r « The Time F a cto ry » .
Cela situe su r quelle orbite tournoie
le space-rock de ces clones d’Ozric
Tentacles. M oins speed et ethno
que les célèbres travellers anglais,
Nukli louche su r H aw kw in d m ais
par
in te rm itte n c e s.
Tous
ce s
disques sont édités par Delerium , le
label le plus «psychédélique» du
monde et c ’est un co m p lim en t... Souvenir ém u puisque voici la réédi­
tion de l’introuvable prem ier album
de
W ap asso u
dû
à
M usea.
Dispensable m ais pièce de co llec­
tion ind ub itab le. Com m e d ’h ab ’ ,
deux bonus-tracks pour les indé­
crottables. (B V ). / Pêle-m êle, voici
quelques album s parus en cette fin
d’année : le nouvel album de B B
King, “D eu ces W iid" (M CA ) est une
succession de duos. Lui et Lu cille
ont invité une ribam belle d ’artistes
prestigieux : Clapton, Gilm our, Van
M orrison, les S to n e s, Z u cch ero
com ptent parm i les plus notoires.
Du beau boulot à l’arrivée. / Un
double CD hom m age à Springsteen,
"One S te p u p " (O deon/EM I), permet
à de nom breuses stars de se faire
plaisir en reprenant bon nombre de
classiq u e s du B oss ainsi que d ’in­
terpréter une belle brochette d'in­
édits. De Little Bob à Joe Cocker en
passant par Elliott Murphy, 2 8 titres
sont ainsi revisités avec talent. / Pat
Travers, le bluesm an qui fait saigner
sa guitare, revient avec un excellent
album live, "W h iskey B lu e s ” , chez
Tripsichord. 1 4 m orceaux ébourif­
fa n ts
dont
les
fa n ta stiq u e s
“D rin k in ' C o c a ïn e ” et " S t e v ie " . /
Sh am b alla est le projet de Pierre
Emberger. Il s ’agit d ’un concept
opéra progressif qui a de l'allure,
proposant une m usique fortem ent
ém otionnelle. A découvrir. / Dans
un registre différent, Jon - I love you
a il, you’re beautiful - Anderson nous
invite à explorer son "E a rth Mofher
E arth ” (N ight& Day). Un album cool,
très cool, qui laisse un peu baba.
M ais bon, c ’est Jon A n d e rso n ... /
Enfin, m arketing oblige, Epie se
fend d'une com pilation instrum en­
tale dédiée aux m orceaux de Noël.
Une som ptueuse brochette de gui­
taristes est venue ainsi interpréter à
leu r
façon
les
h ym n e s
tra d itio n n e ls : e n t r e 'a u t r e s , Je ff
B e ck, S atrian i, Steve M orse, Steve
Vaï, Joe Perry, Alex Lifeson, R ich ie
S a m b o ra ,... Ca s'in titu le " M e rry
A x e m a s" (notez le jeu de mot su b ­
til), c'est sym pa quand on décore le
sap in , m ais après ça ne sert à
rie n ...! (T B )
Hiver 97
E S
■
!L,Jsa^ asa
m e r 1 oct
jeu 2 oct
v e n 3 oct
sa m 4 oct
m a r 11 n o v
m e r 12 n o v
m e r 19 nov
je u 2 0 nov
ve n 21 nov
sa m 2 2 n o v
lu n 2 4 n o v
m ar 25 nov
w ed 26 nov
C a e n L'A b o rg e o ire
P a ris - La C ig a le
L ille - Le S p le n d id
N a n c y - Esp . S e ic h a n
M a rs e ille - Le M o u lin
T o u lo u se - B ikin i
M o n tp e llie r - V ic to rie
B o rd e a u x • B a rb e y
D ijo n - V a p e u r
N a n te s - O ly m p ic /P ra te ln
Lyon - T ra n sb o rd e u r
S tra a tsb u rg - L a ite rie
L u xe m b u rg - A te lie r
distribution: Eiast W est
m ss
fllfiN O U JA R
«Live - Hell On
Wheels»
(C N R /A rca d e ) - 5/5
Les Rois du métal sont de retour avec
un album extraodinaire ! Nos frères
du métal sont enfin en France, par
l'interm édiaire de CNR/Arcade et c ’est
tant mieux. C ’est début décembre que
l’on a pu enfin voir le mythe sur la
m inuscule scène de l’Arapaho, qui
dailleurs en tremble encore ! Quelle
joie de les revoir enfin chez nous, les
filles s'en souviennent (Other bands
play, Manowar kiss), pour une soirée
avec
nos «Bro thers of M étal».
Comment rester indifférent à un tel
live qui fait incontestablement figure
de best of. «Hell On W heels» est un
Vrai live, avec ses imperfections, avec
un son brut et sans façonnage inutile.
Manowar n'a pas hésité à s ’étendre
sur toute sa carrière pour livrer un
petit joyau de métal. Jugez plutôt:
«Blood of my enem ies», «K ill with
power», «Sign of the ham m er» pour la
première période, «The gods made
heavy-metal» et «My spirit lives on»
pour le dernier album . Entre les deux,
plus d ’une heure et demie d’extase,
de
p u issan ce,
de
sen sib ilité
«Courage», « B lack arrows» pour une
im pressionante dém onstration de
Monseigneur Joey deMaio. La voix de
Eric Adam s reste, comme d’habitude,
irréprochable, même en live -ça n'est
pas le cas de tout le monde-, le retour
de Scott Columbus derrière les fûts
donne à tout les morceaux un puis­
sance impressionante et l'arrivée de
Karl Logan est une bouffée d'air frais
pour ce groupe d’un autre temps.
«Hell On W heels» entre dans la cours
des grands live aux cotés du «Live
After Death» de Maiden, de «If You
Want Blood» d'AC/DC ou encore de
«Live And Dangerous» de Thin Lizzy.
Other bands play, M anowar k ills.
Manowar est grand !
Yves Balandret
Rockstyle n° 23 - le cahier CD
ÏX C IT ÏR
m .P H t R A l
«Carnival Of Soul»
«The Dark Command»
«Soil»
(M ercu ry/P olygram ) ■3 /5
(SP V /O sm b se) - 3/5
(T h u n d e r R e c o rd s) - 3 !5
Encore un ènième album de Kiss me
direz-vous ? Et bien pas tout à fait.
«Carnival Of Soûls» est passé tout près
du pirate, vue la reformation prématu­
rée du line-up originel m aquillé. Cet
album n’aurait jam ais dû voir le jour
tant sa sortie était plus que compromi­
se, et c'est le m arché noir qui, pour
une fois, a obligé la légendaire form a­
tion de Gene Sim m ons et Paul Stanley
à presser le-dit skeud. L'album se ven­
dait à des prix exhorbitants, il fallait
que la Kiss Artillerie, rattrape le coup.
Pour parler des morceaux, il faut bien
dire que ce ne sont pas les m eilleurs
que Kiss ait enregistrés m ais plutôt un
second couteau qui rappelle un «Lick
It Up» aux sonorités 9 0 's , dixit, intro
de «R ain». Cet album n’est pas sans
rappeler que de très bons m usiciens
ont traversé l’ére kissienne sans pour
autant être récompensés au bout du
compte, m ais comme ça doit le faire
sur un C.V. Vivement le live m aquillé,
lui aussi I
Yves B alan d ret
Il existe encore des groupes qui n'ont
pas décollés de leurs origines. Exciter
fait bien partie de ces combos qui n’ar­
rivent pas déscotcher de ce qu’ils fai­
saient dans les années 8 0 . jOn ne
parle pas ici des grosses m achines à la
AC/DC ou Maiden, non, il faut bien
avouer qu'Exciter appartient à la fam il­
le des seconds couteaux du speed
métal. Rien de péjoratif dans ces pro­
pos m ais plutôt un moyen de resituer
le contexte m usical de l’affaire. Les
canadiens nous reviennent donc avec
«The Dark Com m and» qui risque
d'éprouver un peu de mal à trouver sa
place dans la plus en plus grande
fam ille du m étal., et c ’est tant mieux.
L’album n’est qu'un condensé de ce
que donnait le groupe dans le temps.
Les m orceaux s ’enchaînent sur un
tempo toujours aussi rapide, normal
pour du speed.
«Agressor»
et
«Executioner», tirent tout de même
leur épingle du jeu . La note, c ’est pour
les bons album s du passé.
Yves B alan d ret
Il faut salu e r l'arrivée d'un nouveau
ven u, T h u n d er Records, label fra n ­
ça is aux orientations plutôt m étal­
liques, et c 'e st tant m ieux. M. Pheral
est l’une de ce s récentes signatures.
M. P heral est un groupe fra n ça is aux
so n o rités N in e Inch N a ils , Fear
Factory en m oins puissant m ais plu­
tôt proche de Prong. Grâce à des
titres bien b a lan cés, voire même dan­
san ts com m e « P h ase 8» voire m ême
«Im pure» ou la voix approche celle
du légendaire David Bow ie, su r les
p a rtie s c a lm e s . M. P h eral nous
balance un prem ier effort loin d ’être
ridicule d ans la production m ais où
les com pos m ériteraient un peu plus
d 'originalité surtout sur les parties
lyriques qui tendraient à être plus
n a tu re lle s
et
surtout
m oins
« m ach in e s». A part ça , rien ne pour­
ra les em pêcher de se frayer un ch e­
m in au m ilieu d'une scène métal
fran çaise un peu embourbée.
Yves B alan d ret
\
D t f i'R L Y B E H lf iU E D
«Sin Secado»
«Chamber Of One»
IH - R flfflE S
«Whoracle»
(C en tu ry M e d ia ) - 4/5
(M u sicF o rN a tio n s/M ed ia 7) - 4/5
(N u cle a r B la st) - 4/5
Leur premier essai n'avait pas fran­
chem ent convaincu, il faut bien le
dire, m ais aujourd'hui, Moonspell dis­
tille un album plus pensé, plus tra­
vaillé peut-être. La voix n’est plus du
tout aussi bâclée qu’elle a pu l'être
auparavant. On a à aujourd'hui affai­
re à un groupe de grande envergure
où se mêlent am pleur m usicale et
puissance m aîtrisée, «Abysmo» en est
la preuve cinglante. «Sin secado»
pourrait même par moment se frotter
à «One Second» de Paradise Lost,
m ais il leur faudra encore travaillerpour fournir un album d’exception.
Nous n'en sommes encore pas là.
Moonspell n'en est encore qu'à son
deuxième album , il n'y a pas de com­
paraison à soutenir, les portugais ont
le vent en poupe, normal pour un
peuple de m arins. Dégustez «Sin
Secado» comme un bon Porto pen­
dant les fêtes de fin d'année, c ’est un
bon cru.
Yves Balandret
Ceux qui avaien t dégusté le power
m étal du prem ier effort de D E A R LY
B E H E A D E D , «Temptation», devront
réviser leur jugem ent avec ce second
albu m . Alex Cream er a troqué ses
cordes vocales pour une paire d ’é la s­
tiques usés et entraîne ses petits
cam arad es su r le versant caillouteux
d'une violence ultra-rageuse. Au pla­
card , les m élodies et bienvenue en
enfer ! L'envie de cogner est là I D .B .
voit en noir et rad icalise son m étal au
point de ressem bler à un Claw finger
q ui jo u e ra it ave c la hargne de
Sepultura. La production de Colin
R ichardson est aux petits oignons et
file un coup de booster à une ryth­
m ique agressive com m e un gang de
Brooklyn à 1 heure du m at. ! Un les­
sivage de tym pans sa n s l’essorage et
c'est foutrem ent jo u issif I
On en parlait déjà dans le numéro 21 de
Rockstyle où l'on ventait les bonnes dis­
positions dans lesquelles se trouvait InFlames grâce à la grande classe de «The
Jester Race». Aujourd’hui ils reviennent
avec un album encore plus puissant ou
les mélodies de guitares côtoient avec
grande classe les rugissements vocaux
d'un front-man encore plus en verve que
sur «The Jester Race». Les fans de puis­
sance mélodique ne peuvent que se
réjouir de pouvoir ce procurer ce que
l'on fait de mieux dans un style assez
controversé vu la diversité des styles.
Les compos sont costauds et efficaces,
sans laisser un seul instant de répit à
l'auditeur, c’est bien cela qu’on leur
demande, ou je me trompe? «Food for
the gods» ou l'excellent instrumental
«Dialogue w ith the stars» font de
«Whoracle», le digne successeur du
fabuleux «The Jester Race», avec une
mention particulières pour les compos
dont la qualité est tout de même un cran
au-dessus
que
les
précédentes.
Excellent !
Yves B alan d ret
Bruno Versm isse
Ffiù TROfrt GRACE
«Cast In Stone»
«FaU from Grâce»
(SP V /M e d ia 7) - 4/5
(M u s ic fo r N a tion s) - 4/5
Ca fait vraim ent p laisir de recevoir son
album de Venom. Ce groupe légendai­
re qui a su bousculer et se poser en
précurseur du métal dans les années
8 0 est aujourd’hui de retour avec de
nouveaux m orceaux qui n’ont rien de
ridicule tant les com pos sonnent vrai­
m ent actuelles. Son irréprochable et
cohésion san s pareil, on a l'im pression
de retourner au plein coeur des années
8 0 où Venom était le m aître des
ténèbres. R assu ran t près leur soid isan t performance en Hollande, d’où
ils sortirent une vidéo catastrophique
accom pagnée d'un live tout aussi
dépourvu d'intérêt. M ais bon, on fait
tous des erreurs, la preuve, ils nous
arrivent aujourd'hui avec un excellent
album studio : «The Evil One» sorte de
figure de proue de l'album rassure à
ce s premières notes. M ais il ne faut
pas oublier que cet album est doublé
par une sorte de best of des bonnes
vie ille s années, et ça tombe bien, car
je ne les ai qu’en vinyl. Venom ça
s'é co u te en vinyl et N u lle Part
A illeurs !
W es B a la n d ret
Dans le rôle du parfait inconnu au
bataillon, voici Fall From Grâce, tout
droit catapulté en Europe, par Music
For Nations, depuis la Californie. Ca en
fait du chemin m ais il est clair que ce
groupe apporte une nouvelle pierre eu
métal en général. Les morceaux sont
très bien construits, avec évidemment,
une alchim ie imparable entre des par­
ties plombées et des passages plus
calm es, beaucoup plus forts en sensi­
bilité. Et si les arrangements n'ont rien
à envier aux plus grands, c ’est tout de
même la voix qui donne le La de ce pre­
mier album ô combien intéressant et
bien senti. C ’est vrai que l’on devient de
plus en plus septique en matière de
métal am éricain, il y tellement à boire
et à manger que l'on ne sait plus à quel
saint se vouer. Il est tout de même cer­
tain que la folle vie de L.A doit donner
matière à écrire des chansons, on ne les
plaindra pas, hein. Mention bien pour
Fall From Grâce .
W es B a la n d re t
«Room Seven»
«Cage»
(H oly R e c o rd s) - 4/5
(A xe K iller/FG L) - 4/5
En voici à qui le changem ent ne fait
pas peur. Changem ent ? De tout ! De
nom , S U P U R A T IO N , trop d eath, de
rock, trop extrém iste, de label, exit
P ia s , w elcom e Holy. Alors oui, les
n ordistes ont ch an g È m ais en bien.
Présenté com m e le leader de la scèn e
in d u s, S U P (faudra s ’y faire) a m is de
l’eau d an s son vin et des harm onies
d ans sa brutalité. On retrouve ces
fantastiq ues superpositions vocales
qui donnent une tonalité originale et
de l'am p leur à des m élodies quasigothiques. S U P évolue d ans un cube
m étalliqu e où les fariboles futuristes
et technologiques rebondissent sur
les arêtes dark de vocaux an cestrau x.
U ne union heureuse qui devrait don­
ner de beaux m arm ots. Les lillois ne
su pp uren t plus, ils cautérisent au fer
rouge !
B run o Versm isse
Cela faisait bien longtemps, depuis la for­
mation de G3 que l’on n'avait pas assis­
té
au travail commun de plusieurs
artistes de renom, sans bien sûr parler
des albums hommage. Ici pas d'homma­
ge à personne sinon à eux-mêmes; Eux
peuvent se le permettre. Impossible de
soutenir le contraire à la première vue des
invités: L'immense Carminé Appice, que
l'on connaît pour ses nombreux albums et
collaboration, Vinnie Appice, qui officia
chez Dio et Black Sabbath, Pat Fontaine,
chez le regretté XVZ, James Kottak de
Kingdom Corne, Jeff Pilson de Dokken
ainsi que le fameux Phil Soussan pour ces
breaks irréfutables posés chez les plus
grands de ce monde. Le résultat donne un
très bon album de hard-rock
à la
Kingdom Corne ou Cinderella. Vous voyez
un peu ce que ça donne ? Riffs de grattes
bien produits et balades de blondins permanentés pour nostalgiques des années
8 0 , cherche à retrouver son public, pas
besoin de trop chercher, il est toujours là.
W es B a la n d re t
[fouvel album
Disponible chezr^i
EN ECOUTE 01 4 0 5 0 6 0 7 0
«
m
m
»
»
ri
J
o
Captive
tHOLL,Oltf
Modem Cathédrale
(N u cle a r B la st)
3/5
ATTA
«Strenght Through Unity»
(G ood L ife R e c o rd s j
Des le prem ier m orceau, le décor est
planté au beau milieu de Paris, juste
devant Notre Dam e . Alors que le
matériel est prêt pour diffuser les
d é cib e ls dp H ollow , com m e par
e n ch an te m e n t,
on
aperçoit
Q uasim o do
co u rir
ap rè s
son
Esm eralda toute ébouriffée par les
étreinte^ am oureuses de son am ant
qui la convoite depuis des siècles.
Soudain, les décibels rugissent les
prem ières notes du groupe et place
des riffs plombés aux cotés de m élo­
dies m aidenienne, donc pittoresque.
Quasimodo appréciant les rythm es
plus brutaux de grind-core retourne la
tête basse dans se s greniers alors que
la belle Esm éralda apprécie au pre­
m ier rang la prestation. Elle s p met à
rêver su r les prem iers accoids de
<Bagatelle» et sa chevelure com m en­
ce à s'ag ite r su r le trè s lent
«Crusaders». Contrairem ent à son
nom, Hollow ne sonne pas creux;
Quant à nos deux héros, ils conti­
nuent de se courir après. Y.B aU ndret
4/5
Il faut le dire tout de suite, 2 5 Ta Life
n'est pas là pour rigoler et on peut s'en
rendre compte dès les premières notes
de
«Strength
through
unity».
L'ensemble est parfaitement bien ficelé
les rythmiques servent à merveille le
débit provocateur de la voix, soutenue
par des guitares à l’esprit ravageur, ce
groupe semble avoir trouvé la parfaite
alchim ie entre la musique et le texte,
toujours dédaigneux et sans compro­
m is. La puissance est présente tout au
long de ce rendez-vous violent mais
constamment m aîtrisé. Pas de place
pour les seconds, 2 5 Ta Life, sans
concession, est bien parti pour se hisser
parmi les grands du métier comme
S u icid ai Tendencies ou encore les
débiles de Snot. Avec une oolitique de
groupe comme celle-là, on retrouvera
2 5 Ta Life très bientôt dans la cour des
grands du hard-core, si ce n’est déjà
fait.
W es B a la n d re t
S tX D ÏN
O tr o m O N G ÏH 5
«Captive»
«Tue New Prometheus»
4/5
(M e d ia 7 ) - 3/5
A Rockstyle, c’est bien connu, on écou­
te tout ce que l’on reçoit, c’est une règle
d’or. C ’est parfois un travail fastidieux,
m ais, on découvre parfois des petits
joyaux glissés entre deux magazines, et
là c’est le top. C ’est exactement ce aui
est arrivé au co auto-produit d’Atta
Sexden. Quelle fut notre surprise d’écouter un si bon album, parmi les grosses
machines a la production qui vaut des
millions, et français qui plus est. Atta
Sexden n'a pas besoin d'une grosse pro­
duction pour nous délivrer un album
splendide aux sonorités indus, mais
beaucoup moins radical que l’indus. Cet
apport mélodique est donné par les voix
sampiées souvent posées en rond alors
que la voix lead triturée par les filtres
tout comme les grattes bombardent
sans défaillance. «Devil destiny» rampe
dans un décor morbide et glauaue alors
que «Gulp» nous promène dans univers
plus angélique où rigueur et force sont
de mise. Une des très bonnes surprisp
française de l’année. Vite une maison de
disques pour ce groupe talentueux !
Wes B alan d ret
Oddmongers est l’un de ces groupes qui
ont galéré avant de voir le bout du tun­
nel. Après un mini-album sans trop
d’intérêt, les savoyards reviennent en
force avec «The New Prometheus». Il
faut bien avouer qu’il n’est jam ais faci­
le de déverser le m eilleur de soi-même
sur un album et réussir à faire passer
sur disque la puissance que l'on dégage
sur scène. Là est souvent le problème
mais Oddmongers s'en sort honorable­
ment avec des titres comme «Tabula
Rasa», (ça doit vouloir dire table rase
en latin, m ais je n'en suis pas sûr), un
morceau qui a la particularité d'être un
bon am bassadeur de la musique de ce
groupe tan t il réunit en quelque
m inutes
toutes les facettes des
Oddmongers qui deviendront grands un
jour, c'est sûr. Leur musique va encore
évoluer et lorsque vous aurez «Clones»
entre les oreilles, vous comprendrez ce
que l'on peut entendre par évolution.
Bon vent, les gars I
W es B a la n d re t
METAL EXPRESSO
FU TU RA
«I Am Wanteü By A
Dream»
m O X N '.N G A G A IN
«Martyr»
(G ood L ife R e c o rd s) -/5
(T h u n d e r R e c o rd s) - 3/5
Toujo urs ch ez T h u n d e r R eco rd s,
encore un nouveau venu en la per­
sonne de Futura. Rien de bien nou­
veau dans la m usique de ce groupe,
m ais
peut-on
encore
in ven ter
quelque chose de nouveau en métal
aujourd'hui, si oui, appelez- moi à la
rédaction. Pour en revenir à Futura,
on pourrait placer leur m usique entre
heavy et trash, c'est surtout une
question de voix et de rythm ique,
n'est-ce pas ? Sinon, on peut dire
que leurs influences est un mélange
de Anthrax, surtout sur «About our
trust» et «No place in my soul», la
voix jouant un rôle im portant. Il fau ­
dra attendre un peu que l’ensem ble
devienne un peu plus cohérent pour
se prononcer. On sent incontestable­
ment que Futura possède une marge
de progression encore très im portan­
te, il parait certain q u 'ils sauront
avancer dans un style ou la m usique
est en constante évolution.
W es B aland ret
m
Rockstyle n° 23 - le cahier CD
m A iT H ü s
«Knowledge Of Your
Own»
(T h u n d e r R e c o rd s) - /5
Parlons un peu de la fam ille hard-core.
Nous sommes fiers de présenter pour la
première et non pas en exclusivité, un
tout nouveau label, Good Life Records,
spécialisé dans le hard-core. Morning
Again, sorte de fer de lance de l’attaque
de sa maison de disques, ne fait pas les
choses à moitié et nous présente un
album / titres à la production ravageu­
se comme savent si bien le faire les
am éricains dans ce style. Comme d’ha­
bitude la voix flingue et lance des slo­
gans ravageurs aux couleurs politiques
contestataires. «Broken promises» en
est le parfait exemple, revendiquant la
liberté physique et morale, là où appa­
remment, la société est la plus aurej
Enfin, il faut bien trouver des choses à
decrire et Morning Again le fait bien. On
tombe même dans le Henry Des-metal
ou le grindcore, et là, ça ne rigole plus.
Ca tait presque peur tellement le frontman semble m échant, alors qu’il est
certainement gentil comme un agneau.
Yves B a la n d re t
A lternant le death-m etal mélodique et
les rythm es plus radicaux, la musique
de M althüs reste en dehors des ch e­
m ins tout tra cé s grâce à une
approche quelque peu nouvelle, on
pourrait au ssi dire que Malthüs fait de
la fusion dans le sens propre du terme
alors que les guitares et la basse
oscillent dans de sphères totalement
différentes et que la voix propose des
lignes de chant toujours hors-norme.
La basse a un peu trop souvent tandence à sortir de la ligne mélodique
com m e s ’il était indispensable de
l’entendre à tout prix.A part ça, rien
ne semble tourner comme dans les
autres groupes chez M althüs, chacun
y allan t de sa petite touche person­
nelle, san s pour autant perdre l’ identite des m orceaux. A l’écoute de «
Leaving the body» ou du plus speed
«So many questions», on, comprend
que le groupe n’a pas balancé toutes
ses cartouches, il leur reste de la
puissance sous le pied pour un pro­
chain effort. Keep out of «Oblivion» I
W es Balandret
Tout d abord chez Nucl^yi Blasi. notons
la sortie dp Primai fear et son nouvel
album du même nom. On nous renvoie
aux belles annees où Helloween était le
leader incontestable du speed-mélodique. Aujourd'hui, c ’est passé de mode,
toujours chez I
r Blast, nous avons
reçu un album dont ie nom de groupe est
illisible, tout ce que l'on sait, c'est qu'il
se nomme «A/e/us Polaris» et que le
chanteur n'a pas l’air très content./
Encore un nouveau venu parmi les
labels. It’s time to .... est basé en Suisse
et nous fait par de ses premières sorties.
Le leader semble être Difficult To Cure et
son hard-core bien ficelé. Egalement
intéressant Black Garden et un premier
album très funk-metal avec un chanteur
prometteur. A suivre. / Parlons un peu dp
ce qui se passe à Vitrolles. Pour nous,
Vitrolles, c'est le Sous-Marin et le SousMarin vient de ^roauire l'album de
Biocide, nard-core ravageur, afin de per­
mettre à la rois au groupe et à ce lieu
déjà mythique de se promouvoir. Bon
courage les g a u on pense à vous./
Encore chez
r, Ldgency évolué
dans un metai plus au'approximatif,
cherchant à faire du Dream Theater, les
pauvres se sont casse les dents. Aie / De
leur coté Bewitched (Osmose) et son
«Pentagram Prayer» allume à fond la
caisse. La voix ressemble au sympa­
thique Dany de Cradle Of Hlth alors que
les guitares sonnent heavy-metal.
Bizarre amalgame./ Et nour finir chez
<j'iilm v Media, Lacuna Coil évoluant
dans un rnetal presque gothic avec une
voix féminine superbe. Eh, t’as vu la
meuf ???
Yves Balandret
se prête parfaitem ent à ce genre de
biographies, et deux, le prix est pour
le m oins attractif puisque chaque
volum e coûte seulem ent 2 0 fran cs !
A in si, pour le prix d’ un paquet de
cigarette, vous dévorerez la saga de
Queen, de AC/DC ou de Bow ie même
d an s le bus ! D ’aille u rs, il sem blerait
que le su ccè s est au rendez-vous
puisque déjà 5 0 .0 0 0 exem plaires
su r l’ensem ble des 16 titres actu elle­
m ent proposés se sont déjà écoulés !
Les chroniques des alb u m s sont en
général asse z ju ste s et les différents
auteurs qui planchent su r cette co l­
lection m an ie n t la plum e avec
rigueur. Seul petit bémol à cette co l­
lection pratique et agréable qui ne
cesse de s ’étoffer : les quelques pho­
tos sont tellem ent de m auvaise q u a­
lité q u ’il serait ju d icieux de s ’en pas­
ser. A part ç a , c ’est du tout bon !
Th ierry B u sso n
Guitft pratiqU*il conpltt«DrlanUfiqiii 4»-.
L’ E H C V C L O P E D IE D E LA
C H A N S O N F R A N Ç A IS E
sons la direction
de Gilles Verlant
(E d itio n s H ors C o llectio n )
Pas m oins de cinq auteurs (dont
G illes V erlant) se sont appliqués à
retracer en plus de 2 5 0 pages l’h is­
toire de la Chanson fran çaise . Un
très beau livre où personne - ou
presque- n’a été oublié. Il s ’agit vra i­
m ent d ’une encyclopédie, regroupant
par thèm es et sous form e de liste
alph abétiqu e, les grandes tendances,
les m onstres sacré s et les artistes
m oins connus, des années à nos
jours. C ertain s sont m ieux lotis que
d ’autres (deux pages entières pour
les plus célèbres ou les plus m ar­
quants de cette histoire), m ais en
général, l’im portance q ualitative est
respectée. De Trenet à Me S o laar en
p a ssa n t
Dar
Te ie p h o n e
et
Starshooter, ce livre im posant et
d étaillé vous assène égalem ent pas
loin de 1 .0 0 0 photos couleurs ! Une
belle oeuvre, soigneusem ent agencée
et forcém ent utile.
Th ierry B u sso n
C O LLEC T IO N fllUSlC B O O K
“Le rock des années 70” /
“Depeche Mode” /
“UOpéra” / “U2” / “Led
Zeppelin” / Bowie” /
“M ichael Jackson” /
“Hendrix” / “AC/DC” /
“Queen” / “The Cure”
Egalement disponibles :
Les éditions du Cam ion B la n c vous
propose actuellem ent une biographie
su r AC/DC que nous vous conseillons
fortem ent. D ’a ille u rs, vous pouvez la
co m m an d e r ain si que toutes les
autres parutions de cet excellent édi­
teur en vous reportant à la page 13
de ce num éro. / D ans la m êm e lignée
que pour les B e atle s, les éditions
Hors Collection vous invite à décou­
vrir tous les secrets des ch anso ns de
U 2 d ans le rem arquable "L’Intégrale
U 2 ’’ . / Les deux fanzines fran çais lea­
ders su r le m arché du rock progressif
proposent leur num éro de fin d 'an­
née. D an s le c a s de "H arm o n ie ”
nc3 2 , vous pourrez lire des inter­
vie w s de Solar Project, Chandelier,
Versus X, etc. Et com m e toujours,
une p elletée de ch ro n iq u e s C D .
Contact : "H arm o n ie ” , 1 5 av. du
Béarn, 3 3 1 2 7 M artignas-sur-Jalle.
Big Bang nc2 3 q uant à lui fait sa
couverture avec Yes. Au som m aire
égalem ent : Forgas, David Cross,
D iscip line et bon nombre de CD
review s. A dresse ; “ Big Bang ", 17
avenue de la M onta, 3 8 1 2 0 StEgrève.
ROUE LIBRE
(E d itio n s P ré lu d e e t Fug ue)
K jfolR E l I g
Voici une collection extrêm em ent
intéressante et ceci pour plusieurs
raison. En prem ier lieu , tous ces
ouvrages sont plutôt bien faits : h is­
torique des a rtis te s, d iscog rap hie
co m m en tée et an e cd o te s n om ­
breuses. Ensu ite, deux raisons pra­
tiques : un, le form at livre de poche
ljg fB M
R tri o
ÈjeS
t 'C â n c e r t à P a r i s l e 3 jF n ë œ m
«La Balle Au Bond»
Hiver 97 [ E
face au 55, Quai de la Tournelle (5è)
M ° M aubert-M utîffÜltë, tel Ï0 1.40.51.87.
E D IT IO N S J IG A L
'K o w *
sunoN
G G AR FU N K EL
“Old R r i e n d B ”
Coffret 3 CD
(Lega cy/Son y) - 5/5
flllK E 0 L D F IE L D
TH E STEPPES
“XXV”
“Drop Of The
Creatore”
(R e p rise / W E A ) - 4/5
(D eliriu m / M D I) - 4/5
Enièm e com p il’ concernant Mike
Oldfield ! Celle-ci - qui sort pour
fêter ses 2 5 an nees de carrière n’apporterait rien de plus (on lui
p référera
é vid e m m e n t
“ Th e
Com plété” ) s ’il n’y ava it pas un
inédit. Un inédit de poids m êm e,
p u is q u ’ il s 'a g it en fa it d ’ un
avant-goût de "Tubular B e lls III"
qui paraîtra en 1 9 9 8 . Une fois
de plus, le génial anglais décline
avec de nouveaux arrangem ents
le thèm e de son album le plus
vendu à ce jo ur : "Tu bu lar B e lls”
(1 6
m illio n s
d 'e x e m p la ire s
depuis 1 9 7 3 !). On attend avec
im patience l’oeuvre in tég rale...
S in o n , rien de bien neuf :
"M oonlight sh ad o w ” (seul titre
ch anté) et une poignée d 'extraits
de se s c la ssiq u e s : "H ergest
R id g e ” ,
"O m m a d a w n ”
ou
“ Incan tatio ns". A su ivre, donc.
Thierry B u sso n
Apparu au début des années 8 0 ,
Th e Steppes ne ressem ble en
rien à une horde h irsu te et
braillarde
m ais plutôt à une
dande d 'énervés influencée par la
co m b in aiso n de la pop-rock
anglaise des années soixante et
du w est coast am éricain . Une
originalité à toute épreuve, c'est
là le facteur déterm inant du su c­
cès de ce trip acid / rock. Les
frères Fallow , avaient entretenu,
bien avant la fam ille Gallagher,
d es rap p o rts étroits a v e c la
m usique d’avant-garde, s ’entend
par là , les sons bien-entendu,
m ais au ssi la construction de
m orceaux tels que « A play on
W ordsworth» et sa longue impro
ou solo de g uitares.. Inutile de
com parer ce groupe, il est le seul
à délivrer de longues incantations
m u sicale s destinées à la d élivran ­
ce de l’esprit.
P asca l Vernier
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“The Piper At The
Gates Of Dawn”
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Si vous n’avez pas encore dans
votre discothèque un best of de
Sim on & Garfunkel (ce qui est
p o ssib le ...), alors n’hésitez plus,
jetez-vous sur ce m agnifique cof­
fret édité par le label Legacy.
Car, en 3 CD som ptueux, il y a
tout ! Les tubes sont évidem ­
m ent tou s p résen ts : “ M rs
R o b in so n ",
“The
b o xer”
“A m e rica” , “ Sound of sile n ce ” ,
The 5 9 th street bride song” ,
C e c ilia ” , " E l condo r p a sa ",
Bidge over troubled w a te r",
Hom ew ard bound", pour n’en
citer que quelques u ns. Entre 6 4
et le début des années 7 0 , le
petit génie (auteur/com positeur)
et la grande endive (voix céleste)
ont squatté les ch arts de la pla­
nète entière avec une d ésinvol­
ture qui frise l’insolence. Les
petites m e rv e ille s
a cid u lé e s
issues du cerveau brillant de
Paul Sim on ont traversé les
années sa n s prendre une ride, et
c ’est aujourd'hui d ans la m ém oi­
re co llective q u'elles tiennent
une place de ch o ix. Ce coffret
définitif vous propose en plus
pas m o in s de 1 5 m orceaux
inédits, versions alternatives ou
enregistrem ents live su r les 5 9
présents. En outre, le livret inté­
rieur est superbe. Photos rares,
et texte biographique en rich is­
sent un objet essen tiel. Du tra­
vail d ’orfèvre, une fois de plus.
Thierry B usson
m
Rockstyle n° 23 - le cahier CD
(E M I) - 5/5
Voici, présenté d ans un m agni­
fique petit coffret contenant plu­
sieu rs photos rares, la réédition
en version mono du prem ier
album de Pink Floyd (1 9 6 7 ). En
quasi-totalité com posé par syd
Barrett, peu de tem ps avant qu’il
ne se perde à ja m a is dans les
vo lu tes h a llu c in a to ire s , "T h e
P ip er.." reste une des oeuvres
m ajeures du Floyd et l’un des
d isq u e s e sse n tie ls is su s des
années 6 0 . Cette pop psychédé­
lique déjantée, novatrice, ouvrira
la porte à bon nombre d 'autres
form ations d ans les années qui
suivront. En prim e, EM I a égale­
m ent réédité les tous prem iers
singles du Floyd su r un CD 6
titre s
vendu
sé p aré m e n t.
Indispensable ég alem en t...
Thierry B usson
(A xe K ille r R e c o rd s) - 4/5
Nous som m es en 1 9 8 4 . Alors
qu'en Angleterre la N ..O .B .H .M .
("N e w W ave Of British Heavy
M étal” ) bat son plein - avec Iran
M aid e n , Def Lep p ard , Saxo n ,
Tygers Of Pan T a n g ...-, la France
voit égalem ent ap paraître une
m yriade de bons groupes qui
s ’en g o u ffren t d ans la vag u e.
Parm i eu x, Sortilège, excellent
q u in te t qui b a la n ce a v e c ce
"M étam orp hose" un des c la s ­
siq u es de la scène hard rock fran ­
ç a ise . Les nostalgiques de cette
époque écraseront une larm e en
ré-éco u tan t
“ M a je sty ” ,
ou
"Lég end e". Cette réédition, qui
s ’in scrit d ans la série proposée
par le label Axe Killer, trouvera
certainem en t son public. Même
si la m usiq ue paraît un peu datée
a u jo u rd 'h u i, elle e st le reflet
d ’une époque où le hard fran çais
était en pleine effervescence.
W es B aland ret
FUS»
•wS#
XYZ
“Take What Ton Can. .Live”
N .B O m B
"Attaque”
(A xe K ille r R e c o rd s) - 4/5
(Axe K ille r R E c o rd s ) - 4/5
L’ histoire de XYZ est pour le m oins
singulière, puisque ce groupe am é ri­
cain de hard FM est à m oitié com po­
sé de d e u x ... Français originaires de
la région lyonnaise ! Rem arqué par
Don Dokken à la fin des années 8 0 ,
XYZ sortira deux alb u m s, dont un
chez Capitol. Un album live enregis­
tré au début des an nées 9 0 se voit
aujourd’hui réédité, agrém enté de 4
titres issus du prem ier E P du groupe.
Située entre Dokken et Tokyo B lad e,
la m usique d'XYZ avait bon nombre
d'atouts pour séduire les am ateu rs de
hard FM : un guitariste précis, une
section rythm ique carrée et efficace
et un ch anteu r à la voix idéale pour ce
style de m étal. Les m eilleures com po­
sitions du com bo sont ici délivrées
avec ferveur, soutenues par une pro­
duction adéquate. Même si la courte
carrière d’XYZ ne m arquera pas l’ h is­
toire du rock, on passe cependant un
agréable m om ent à l’écoute de ce live
de belle facture.
Yves B a la n d re t
A vec
S o rtilè g e ,
W a rn in g ,
ADX,
Vulcain
et une poignée d 'autres,
H .B o m b fut l’un m eilleurs représen­
tan ts de la fam euse scèn e m étal fran­
çaise des années 8 0 . Inspirée d irec­
tem ent des groupes britanniques et
allem an ds de la m êm e époque, la
m u siq u e de H .B o m b connut son
heure de gloire. Em m ené par Didier
Izard, les cinq m u siciens délivrait en
8 4 ave c ce "A ttaq ue” l’ une des
m eilleurs galettes de ce hard rock
hexagonal alo rs en plein boom .
"D re sse r à tu e r” , “ La horde" ou
"S u b stan ce m ort” nous rappellent
qu'il fut une époque où le m étal fra n ­
ç a is se perm ettait m êm e de se retrou­
ver program m é d ans des grands festi­
va ls étrangers. A in si, H .B o m b a joué
à Poperinge (B elg iq ue) en com pagnie
de M etallica, Motorhead et Twisted
Sister ! Cette excellente réédition a rri­
ve à point nommé pour nous rappeler
ces hauts faits ! M é ta l ru le s !!!
W es B a la n d re t
ELECTRIC LIGHT ORCHESTRA
“Light Years-The Very Best ”
(M u sic M em ory/Son y) - 3/5
Cette double com pilation d 'E le ctric
Light O rchestra, le groupe em m ené
par Je ff Lynne, arrive à point nommé
pour célébrer se s 2 5 an s d’existence.
On retro uve, c 'e st d 'u n e logique
im p lacable, la totalité des tubes qui
ont jalonné l'histoire du groupe. On
en citera quelques uns, pêle-m êle :
"X anadu ” , chanté par O livia NewtonJo h n , "La st train to London", "Turn to
stone", "N ightrider" ou “ Sh in e a little
love". En tout 3 8 titres allian t poprock, instrum entation classiq u e voire
m êm e quelques em bardées funkysan tes, dont 2 9 furent tout de m êm e
cla ssé s d ans les ch arts anglais ! C ’est
en 1 9 8 6 que Je ff Lynne décide de
sép arer le groupe, ju ste après avoir
sorti un dernier single, “ Getting to the
point". Depuis, l’ex guitariste-chanteur-claviers s ’est con sacré à de m u l­
tiples projets. D ern ièrem ent, c ’est
m êm e lui qui a produit les "nou­
veaux" singles des B e atle s présents
su r les récents "Anthology".
C h ristia n A ndré
THE ESSENTIAL MHKE OLDFIELD
retrace les 25 ans de carrière de M ike O ldfield,
regroupant ses 14 plus grands thèmes enregistrés
pour Virgin et W EA, d o n t u n t it r e m é d it
extrait de son nouvel album "TUBULAR BELLS III"
à paraître courant 1998.
C O LLEC T IO N fllUSlC
fflE m O R Y SO HY
C ’est devenu une habitude, d ans
chaque numéro de Rockstyle on vous
tient au courant des sorties su r le
label M usic Memory. Cette fois-ci
e n co re , Son y
rem et
en
ava n t
quelques perles de son back-catalogue à un prix réduit. Parm i plu­
sieurs d izaines de références, on s ’at­
tardera sur le "M arch Or D ie” de
Motorhead" (1 9 9 2 ), un bon album
de la bande à Lem m y avec quelques
in vités de prem ier plan com m e Zakk
W ylde, Slash ou Ozzy en personne. A
se procurer égalem ent : "Th e Art Of
Rebellion" de S u icid ai Tendencies
(peut-être le m eilleur album du grou­
pe), “ The Future” de Léonard Cohen,
"Vivid" de Living Colour, "Infected” de
Th e Th e , le “ Greatest H its” de The
Isley Brothers ou encore le "Very Best
O f" des B yrd s. S an s oublier d ans les
no u ve au té s le coffret “ H on orary
C itizen” chez Legacy, superbe rétros­
pective en 3 CD de la carrière de
Peter Tosh, l’une des grandes figures
du reggae.
Tracklistfng
1.
Tubular Bells
2.
Hergest Ridge
[extrait] 0 9 7 4 )
3.
Ommadawn
[extrait] 0 9 7 5 )
4.
Incantation
5.
Moonlighl Shadow
[extrait] B.O. du film 'L'Cxorciste' 119 73 )
[exltaill 0 9 7 8 )
avecMoggie Reilly (1983)
6.
Portsmouth
7.
Killing Fiels (Pan Pipe)
B.O. du film "ta Oéihiwte' 0 9 8 4 )
8.
Sentinel
extrait de Tubalor Bells II" 0 992)
9.
The Bell
10.
Let There Be Light
extrait de ’ lhe Songs 0 ! Distant latth" 0 9 9 5 )
11.
Only Time Will Tell
extrait de "Ihe Sotigs 01 Distant latth" 0 995)
12.
The Voyager
extrait de 'Voyager' 0996)
13.
Wamen 01 Ireland
extrait de 'Voyager" 0996)
14.
Tubular Bells III
(19 76 )
(remix) extrait de ‘ üibiilar Bells I I ' 0 992)
extrait de 'U u l a r Bells III' à pareille courant 11
w e a
Hiver 97 E S
muslc
Après le succès de “L’héritage (fes C eltes” et de sa
version live, D an Ar Braz persiste et signe avec
“FiniSïiPres’'’,
la suite logique de son prédécesseur.
■
y
R encontre avec un troubadour des temps m odernes
i.
P a r D a n iel Reyes
P h o to s Terrasson
INTERVIEW
Dan Ar Braz, tu es avant tout un guitariste. Pourtant
la guitare est très peu mise en avant sur les albums
avec THéritage des Celtes. Cela ne te fruste pas un
peu ?
D ans cet albu m , il était effectivem ent q ues­
tion de m ettre la guitare un peu plus en
avan t, et après l'enregistrem ent de l'album ,
on a considéré qu'elle l'était. M ais avec un
peu de recul, je m 'aperçois qu'au bout du
com pte, elle ne l’est pas. Ils y a trois instru­
m entaux qui n'ont pas été retenus parce qu’ il
y en avait trop. Il a fallu faire un choix. Il fa l­
lait privilégier le collectif une fois de plus,
non pas aux dépends de la guitare, m ais
avec la guitare. Ce qui intéresse les gens
d ans l'H éritage des Celtes, c'est l'ensem ble.
Je pense que la guitare intéresse m oyenne­
m ent le grand public. IL y a des gens qui
viennent m e voir des fois et ils me disent:
«Vous n'êtes pas le guitariste de Dan Ar
B raz ? C'est très rigolo, il y a une a ssim ila ­
tion. Je su is sûr que si on faisa it une enquê­
te auprès de ceux qui ont acheté mes
alb u m s avec l’ Héritage, on s'ap ercevrait que
ce n'est pas la guitare qui prime forcém ent.
M ais il y en a un petit peu quand m êm e !
M oi, je d irais juste su ffisam m ent . Disons
qu'il y a la touche Dan ar B raz, et au-delà
d 'avoir beaucoup de guitare, il y a la couleur
que j'a i l'intention d ’u tiliser dans les tem ps
qui viennent. Donc m aintenant je travaille en fait j'y travaille depuis déjà longtempssu r le projet qui su ivra. Si c'est possible ! Car
ou cela va nous m ener cette histoire, je n'en
s a is rien. Nous n'avons pas encore travaillé
su r l’étranger, et si l'étranger s'en clen che,
avec le premier, le live et celui-là, j ’en ai au
m oins pour 2 ou 3 an s. Donc la guitare va
rester encore un peu en retrait durant tout ce
tem ps et c'est un peu ... oui en fait c ’est vrai
que c est un peu frustrant. La guitare ne me
m anque pas au sens technique du term e,
elle me m anque com m e moyen d'expres­
sio n . Tout ce qui m 'e st a rrivé d ep u is
quelques années, ça m 'a bien travaillé. Je
n'ai plus été confronté aux tournées solos où
j'é ta is obligé de faire un répertoire très varié.
Par ce fait, je su is revenu à l'essentiel de la
guitare. J ’ai envie de jouer des m élodies. La
guitare gym nastique, ce n'est plus de mon
âge. Je laisse ça aux autres. Il y a par
exem ple dans l'album des m orceaux com m e
«La Broella» ou «Finisterres» où la m élodie
de la guitare prime su r le côté technique.
C 'est ce genre d ’approche de la guitare que
je veux faire et c'est donc un peu frustrant
parce qu'il va falloir que j'attende. Je pour­
rais résum er en d isan t que L’ Héritage des
C e ltes, c'est pour moi une prison dorée.
volets b lan cs». Com m e je l'ai dit, il est déjà
prêt. Ces trois disques là, ça aurait fait pour
moi com m e un coffret, un hym ne instru­
mental à l'adolescence, à l'enfance. Et puis
bon, entre tem ps, il y a eu L'Héritage q ui, ce
n'est pas un hasard , m 'est tombé d essus, et
je su is parti d ans cette aventure là, qui cor­
respond à des choses auxquelles je crois,
m ais qui dépasse bien souvent la m usique.
Ce sont plus des idées, les idées d'une c e r­
taine Bretagne que j'idéalise un petit peu. Et
quand tu as une occasion d’exprim er tes
idées, tu ne la laisses pas passer. Ce qui fait
q u 'e ffe c tive m e n t, tout le reste pour le
mom ent reste dans l’expectative.
il y a des gens pour
qui j ’ai tellem ent
d ’adm iration que
j ’ai l ’im pression de
leur arriver au
prem ier doigt de
pied
Tu parles d’une certaine idée de la Bretagne. Ne
penses-tu pas que les gens qui écoutent l ’Héritage
des Celtes aujourd’hui, n'y voient aucune idée poli­
tique, aucune revendication, contrairement au
public dans les années 70, et sont en fait affirmés
par le phénomène de mode qu’est plus ou moins
devenu la musique celtique ?
Phénom ène de m ode, ça reste à définir,
parce que nous, d ans les années 8 0 , on n’a
pas arrêté de jouer de la m usique celtique,
ou de la m usique de Bretagne. Il n’y ja m ais
eu autant de m u siciens, de groupes que
dans les années 8 0 , alors que l’on n’en par­
lait pas à Paris.
Oui mais les dizaines de compilations qui sortent
actuellement, elles entrent tout de même bien dans
le processus d'un phénomène de mode ?
Ca se sont les m arch an ds et je n'y peux rien
m alheureusem ent. Si tout ça tombe à l'eau,
ils seront responsables et ils s'en foutent
com plètem ent. Et puis, il y a des gens qui
font ça en Bretagne a u ssi, c'est partout, il
n'y a pas qu'en France. M ais m êm e si la
m u siq u e ce ltiq u e est v ic tim e de son
su ccè s, moi je continuerai de toute façon,
quoiqu'il arrive. Il n'y qu'a revoir m es inter­
view s des années 7 0 et celles des années
9 0 , il n’y a pas photo, j'ai exactem ent le
m êm e d iscours, je n’ai pas arrêté de dire la
m êm e chose. Peut-être que m aintenant je
su is juste un peu plus réaliste. Enfin j'esp è­
re. M ais effectivem ent, cette histoire de
m ode, ça devient n'im porte quoi. J ’ai refusé
a deux reprises des com pilations de m es
disques plus an cien s. J ’au rais pu accepter et
j'a u ra is gagné encore plus d'argent, m ais
pour quoi faire ? Pour faire capoter l'hérita­
ge, certainem ent pas ! J'a i eu des dem andes
parce que des gens se sont dit «tiens ! Il a
un fond de catalogue !» ...lls ont dem andé à
ma m aison de disques si je voulais bien faire
des com p il', et com m e dieu m erci je suis
propriétaire des bandes, j ’ai dit non.
Tu as dû trouver un nouveau public en Bretagne,
mais n ’as tu pas peur que les anciens fans de Dan
ar Braz, ceux de la période 70 soient un peu déçus,
voir dérangés par un projet tel que l'Héritage des
Celtes ?
Je ne crois pas. Tu sa is, m es disques
d 'avan t, j ’en ai vendu entre dix et vingt m ille
par album . C'est super de vendre ça dans
une petite m aison de disque et il faut relati­
viser les ch o ses. Depuis la sortie de l'h érita­
ge, m es ventes des an cien s album s n’ont
pas augm enté énorm ém ent. Les gens iraient
acheter plus facilem ent un disque du Bagad
Kem per ou de Karen M atheson. C a, je l'ai
com pris après. Il y a un décalage et ça ne
me dérange pas du tout. Au début, ça m'a
intrigué, m ais je l’accepte. Effectivem ent, j ’ai
bien un noyau de fans. Je ne veux pas les
dim inuer, et s'il ne sont pas très nombreux,
ce sont eux qui m ’ont perm is d ’exister pen­
dant des années. Ceux qui s'intéressent vra i­
m ent à la guitare de Dan, je d irais qu’ils sont
10 ou 1 5 0 0 0 su r 3 5 0 0 0 0 , c ’est pas énor­
me ! M ais je préférerais toujours 1 0 0 0 0 per­
sonnes qui te suivent et te perm ettent de
faire la m usique que tu aim es plutôt que
d ’avo ir tout d ’un coup un public vaste qui te
noie com plètem ent et dont tu n’arrives pas à
sortir. Et puis, il y en a quelques-uns qui
m ’écrivent, ça me fait plaisir, ça me conforte
d ans l’idée q u ’il ne faut pas abandonner. De
toute façon je n’abandonnerais pas. Je disait
tout-à-l’heure que j’étais d ans une prison
Tu veux revenir à quelque chose qui se situerait plus
dans l ’esprit des albums «Septembre Bleu» ou
«Musique pour les silences à venir» ?
O ui, c ’est ça . En fait, il y a un troisièm e
album qui est prêt, et qui doit form er une tri­
logie avec les deux autres. Avant que l’ Héritage des Celtes ne se réalise, j ’étais parti sur
un projet instrum ental tout en me posant la
question de savoir com m ent faire pour que
ce disque se vende plus. Mon idéal, ce n’est
pas de vendre dans l'absolu, c ’est de vendre
su ffisam m ent pour pouvoir vivre de ma
m u siq ue. J'a i trouvé un truc et je le garde
d ans mon tiroir. L'idée, en travaillan t à partir
de la m usique instrum entale, c'était de faire
une approche vers une grande m aison de
disq ue, trouver une accro che et dans un pre­
m ier tem ps, de jouer des m élodies connues
à la guitare, avec le risque que cela com por­
te de se voir accu se r de jouer de la m usique
d 'a scen seu r -m ais ça je m ’en fous !- et puis
ap rès, une fois avoir acq uis une certaine
reco n n aissance, revenir à ce qu' il y a eu
a v a n t, c'est-à-d ire « M u siq u e pour les
silen ces à venir» et «Septem bre Bleu» et au
troisièm e qui s'ap pelle «A la m ém oire des
Hiver 97 ^
INTERVIEW
Avec Stivell, il n ’y
a pas de demimesure: ou tu es
avec lui à 100% ,
ou tu n ’es pas avec
lui. Le problèm e
d ’AIan, j ’en ai fait
mon deuil.
et la guitare est devenue un peu le porte d ra­
peau de sa révolution m u sicale. Lorsqu'il fa i­
sait des m orceaux bretons, il y m ettait de la
guitare électrique. C'était ça qui était nou­
veau. Je me su is donc retrouvé au devant de
la scène à ce m om ent là. Pour m oi, le plus
im portant, c'est de faire ce que tu aim es plu­
tôt que de savoir qui tu as influencé. J'a i
l'im pression m aintenant d ’avoir trouvé mon
langage m u sical. Je me su is éloigné de la
technique pure, m êm e si je l'u tilise éven­
tuellem ent d ans certains contextes. M ais ce
qui prim e avant tout, c'est le propos et le
toucher. Un toucher, ça ne se travaille pas.
On l’a un petit peu, on le développe, m ais je
crois q u ’on l'a en soi au départ. J'a i l'im ­
pression que je n'ai pas changé beaucoup
mon jeu de guitare depuis 3 0 ans.
Peut être moins agressif ?
Peut être en effet. Encore qu’il y a des jours,
quand je m 'énerve !... M ais ça m 'arrive de
m oins en m oins souvent ! (rires). C'est Mark
Knopfler qui disait: «Avant, je disais bonjour,
m aintenant je sais dire bonjour, com m ent ça
va ?» Tu apprends toujours un petit peu. Et
puis je vieillis avec ma m usique et j'ai le sen­
timent de bien vieillir avec elle. J ’arrive à une
forme de guitare sereine. Je vais plus m ainte­
nant vers les sons clairs que vers les sons
saturés. Avant, je ne pouvais pas l'imaginer, je
ne voulais pas que que les sons ne soient pas
saturés. M aintenant je veux quelque chose de
plus épuré. Je crois que ça correspond à l’âge.
dorée. Je su is prisonnier entre guillem ets de
cette aventure et il faut alle r ju sq u'au bout,
sinon, ce n'est pas la peine. Si on fait les
choses à m oitié, il vaut m ieux rester chez
soi. J'ira i jusqu'au bout de cette histoire,
avec com m e carb urant au jour le jour, l’idée
de repartir vers un album in strum ental. De
toute façon, c'e st ça que je veux faire, c est
écrit partout su r tout les m urs à la m aison.
De la m usique instrum entale I
Donc, plus de Dan Ar Braz au chant ?
Non, je n’ai plus envie de chanter.
As-tu conscience d’avoir influencé toute une géné­
ration de guitaristes en Bretagne et d ’avoir révolu­
tionné le jeu de la guitare bretonne avec ton ton
album «Douar Nevez», comme cela a été dit par­
fois ?
Influencé, je ne sa is pas. Chez quelques gui­
taristes, j'entends parfois des tru cs et ça me
fait plaisir. Révolutionné, je ne pense pas.
.Sim p lem ent j'ai eu le ch ance de rencontrer
S tivell au début des années 7 0 . Il m 'a fait
jouer dans un contexte qui était inhabituel,
E E
Rockstyle n° 23
Tu n’as pas envie de rejouer avec des gens comme
Stivell ou Yacoub ?
Je n'ai plus tellem ent envie de faire des tour­
nées. Les concerts, j ’aim e bien, m ais à peti­
te dose. J ’aim erais bien faire de tem ps en
tem ps une tournée de pur guitariste, un peu
ce que fait Goldm an avec G ild as A rzel. Ca
me plairait bien de le faire avec des gens
com m e Lorenna M cKennit, de jouer ju ste de
la guitare, en retrait, san s être au devant de
la scèn e. Quant à S tivell, j ’au rais bien voulu
rejouer avec lui, m ais lui ne veut pas et ça
fait longtemps de ça . Avec S tivell, il n’y a
pas de dem i-m esure: ou tu es avec lui à
1 0 0 % , ou tu n'es pas avec lui. Le problème
d 'A lan, j’en ai fait mon deuil. Moi je serais
bien resté avec lui, j ’au rais fait m es disques
à côté. Stivell a ssu m ait très bien à l’époque
et pour m oi, c'était une façon de me reposer
sur un artiste. G ab riel, on a joué ensem ble,
on pourrait rejouer ensem ble, bien que nos
m usiques soient peut-être un peu éloignées
m a in te n a n t. J e p o u rrais l'acco m p ag n er
com m e guitariste, être derrière iui, m ais
encore faudrait-il que j ’ai envie de tourner.
Ou alors à ce m om ent là, choisir l'artiste qui
me convient. Lorena M cKennit, des gens
com m e Ja m es Taylor. Je su is un peu préten­
tieux peut être, m ais j'aim erais bien acco m ­
pagner des gens que j'a im e bien . M ais de là
à jouer, jouer, jo uer...non ! Je su is bien chez
m oi. Mon rêve le plus fort est de faire un
album tous les 2 a n s, de faire la promotion
parce que ça ne m e déplaît pas, pendant un
mois ou deux. Puis laisser le disque faire sa
vie. Les gens en font se qu'ils veulent. Ils le
mettent dans la salle de bain, dans le couloir,
ça m'est égal, ça ne me regarde plus. J ’aim e­
rais bien faire une m usique qui soit un peu
com m e un tableau que la guitare soit juste le
pinceau qui d essin e le tab leau, com m e
d'autres le font avec le saxophone ou avec la
voix. Après, j ’organiserais tranquillem ent ma
vie, avec peut-être une tournée de tem ps en
tem ps, jouer avec d’autres, m ais que ce ne
soit pas intensif. J'a im e bien rejouer avec les
autres d’antan, m ais je n’aim erais pas le faire
trop souvent, j'en aurai s vite m arre. J'au rai
envie de rentrer chez m oi, il n'y a que là que
je me sente vraim ent bien.
Tu parlais de Gildas Arzel, il y a sur son album un
morceau, «Brazebeck» qu'il a écrit en hommage à
toi et à Jeff Beck, ça te touche ?
Bien sûr que ça m e touche, m ais je relativi­
se parce que je ne me prends pas la tête. Je
su is ravi m ais ça me fait drôle, parce q u ’ il y
a des gens pour qui j'a i tellem ent d’a d m ira ­
tion que j ’ai l'im pression de leur arriver au
prem ier doigt de pied et quand je sen s que
j ’ai pu les influencer d ’une m anière ou d’ une
autre, ça me fait plaisir.
Pour en revenir à l'héritage des Celtes, il y a dans
«Finisterres» de la musique de Galice, contraire­
ment aux deux premiers albums...
Il y a surtout C a rlo s pour la m usique de
G a lice . C'est sa personnalité qui m ’ in téres­
se, parce que moi la G a lice , d'une part je
n’y su is ja m a is allé et d'autre part je co n nais
très peu de m u sicie n s g alicien s. J ’ava is
donc l’ honnêteté de ne pas en m ettre. De
toute façon, l'H éritage des C eltes ne prétend
pas être parfait, ab so lu . En m usiq ue, ça ne
veut rien d ire. Je cro is que les ch o ses se
font s'il y a une h istoire, une rencontre. Et la
rencontre s ’est faite avec C arlos, et à partir
de là, ça me fa isa it p la isir qu'il vienne jouer
su r l'albu m . Et il en ava it vraim en t envie.
Alors vo ilà, ça s'est fait naturellem ent. C a r­
los est venu à Q uim per pour faire la prom o­
tion de son album . Je savais qu'il était là,
m ais je ne sav ais pas trop com m ent faire
pour venir l'aborder. Il était à la radio avec un
pote de Quim per et Carlos à un moment a dit
: «Et Dan, il est peut-être en tournée ?». Il
m ’a appelé, je su is venu, ravi, et la rencontre
s'est faite com m e ça , de façon totalement
inform elle. Et puis il est vraim ent adorable, et
com m e l’adm iration est m utuelle, et bien la
G alice est là. Les bretons, les galiciens n’ont
pas de Diaspora, contrairem ent aux Irlandais
et aux E co ssais. Nous, on est tout petit m ais
faut faire avec. Il faut se faire reconnaître.
C ’est donc très bien que la Galice soit su r cet
album avec un m orceau. En plus c ’est un
m orceau que j'a im e beaucoup. La présence
de Carlos infuse un petit peu du soleil du sud,
c'est b ien ... J'a im e tellem ent parler de tout
ça, autant quelque part, j'aim erais faire ce
que je t'ai dit, des album s instrum entaux
basés sur ma guitare, autant je me rends
compte que l'Héritage est un truc qui me
passionne tellem ent, qui représente beau­
coup pour moi et pour pas mal de gens. Et
quand il y a un truc qui te botte, tu en parles,
et il est difficile de tout dire en quelques
phrases. Souvent avec Sony, il y a des pro­
blèm es, parce q u'ils ne prévoient pas assez
de tem ps pour les in terview s.
*XïLi\3\P
i l tien reste fin s t>emcon% ! ! !
,veisrt\'sse
ChQ'o9nor*
eusson
J 2 .c
^ )£ o \ î v s ç f
4
"Voici un recueilparfait, minutieux, mona­
cal, impeccablement
construit. ”
P h ilip p e M A N Œ U V R E
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LÉG B W ES
“Ce Hure est plus
qu 'un livre sur
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CODE POSTAL & VILLE :
PAYS : .....................................
INTERVIEW
LA SORTIE ÜE "20.000 WATTS R.S.L", LA PREMIÈRE COMPILATION ÜE
MlÜN16HT0 IL ÉTAIT L'OCCASIONRÊVÉE ÜE S'ENTRETENIR AVEC PETER
'LE GÉANT VERT' GARRETT, CHANTEUR ET LEADER ÜUGROUPE, ET BIEN
SOR FAIRE LE POINT SUR UNE CARRIÈRE BIEN REMPLIE, MAIS AUSSI
SUR UNE ACTUALITÉ RICHE. CAR LE ÜÉBUT DE L'ANNÉE 98 MARQUERA
LA SORTIE D'UN NOUVEL ALBUM STUOIO, "REONECK WONOERLANÜ".
RENCONTRE DONC AVEC UNPERSONNAGE PASSIONNÉ, ENGAGÉ, BREF
UNÊTRE HUMAINPOUR QUI LE MOT 'CHARISMATIQUE' PREND TOUTE SA
VALEUR.
par Xavier Fantoii
Parlons un peu de ce nouvel album, en fait, est-ce
vraiment un album à proprement parler ?
Non, pas vraim ent, disons que c ’est juste
une co llectio n ...
Première chose, c ’est assez frustrant de n ’avoir que
18 titres à se mettre sous la dent. Pourquoi vous
n ’avez pas fait plus long ? Un album pour résumer 20
ans de carrière, 10 albums studios, c'est un peu
court, non ?
O ui, ça peut l’ê tre ... Ce que nous avons
essayé de faire, c ’est im aginer ce que ça
donnerait en prenant quelques ch an so n s, les
plus sign ificatives, et qu’on les joue chez
quelqu’un. Il faut alors que l’im p act Midnight Oil soit très fort. Pas l’histoire du grou­
pe d ans son intégralité, pas une anthologie,
sim plem ent m ontrer ce que l’on a fait, où
l’on est pour l’instant, et où on v a ... Bang !
Quand on a voulu étendre cette expérience
su r un autre disq ue, on n’était pai, d ’accord
su r les ch anso ns. M ais le choix a été v ra i­
m ent facile pour ces 18 titres-la. Et je pense
que le résultat est satisfaisa n t, à cau se des
ch anso ns que nous avons ch o isies, à c a js e
de l’ordre d ans lequel elles ap paraissen t,
parce qu’elles ont été rem asterisées, chose
im portante pour les fan s, surtout en ce qui
concerne les titres les plus an cie n s. Enfin
parce qu’il y a au ssi des ch anso ns du nouvel
albu m . Rien ne pourrait nous exciter plus
que tout ça.
Est-ce que, i ce point-li de votre carrière, un bestof n ’est pas le moment pour rendre des comptes,
faire un peu le point sur 20 années ?
Ce n’est pas à nous de faire ce travail, c ’est
à vous. Et on est vraim ent très content de
vous en laisser l’occasion, parce que nous,
on ne peut pas faire ç a ...
Comment ça ?...
On est trop investi d ans ce processus, on n’a
pas assez de recul, et puis l’histoire ne nous
passionne pas plus que ça . Le passé n’est
pas un événem ent asse z sign ificatif pour
nous, en term e de ce que nous avons et
n’avons pas f a it... Notre principal intérêt est
m
Rockstyle n° 23
notre présent, et, presque par définition,
notre aven ir...
C'est pour ça qu'il y a deux chansons de l'album à
venir sur cette compilation ?
Oui, oui. Nous avons im aginé qu’on nous
dem ande de jouer chez quelqu'un cette
année, juste une fois. Qu’est-ce qu'on va
jouer ? Une ou deux nouvelles ch anso ns !
Ju ste pour m ontrer nos nouvelles a sp ira­
tions, où on com pte aller. Et on les joue en
prem ier, pour la surprise. Ensuite on choisit
des ch anso ns qui ont encore un im p act, qui
résonnent e n co re... Des ch anso ns encore
assez présentes d ans les pensées, qui exis­
tent toujours. Ensuite viennent des ch anso ns
que l'on sait oue les gens veulent entendre,
parce qu’après tant d'années on com m ence
à savoir ces choses. Et enfin seulem ent nos
c h a n so n s préférées. Au fin al ça donne
" 2 0 .0 0 0 W atts R .S .L ” I Pour nous c ’est une
nouvelle borne d ans le tem ps. M ais ce n'est
pas un m oment figé de notre histoire, c ’est
v iv a n t...
Généralement, un best of n ’a pas de titre, "20.000
Watts R.S.L”, qu'est-ce que ça représente pour
vous ?
Un R S L , c ’est un club fondé par des anciens
soldats, qui autorisent les jeu x d'argent, et
qui récoltent assez de fonds pour construire
de grosses stru ctu res. R .S .L , ça veut dire
Returned Services League, et je crois que
c ’est typiquem ent a u stra lie n ... C 'est assez
bizarre, ca r d'un côté c'est un endroit où se
ré u n isse n t les a n c ie n s co m b a tta n ts, et
d'autre part com m e ils autorisent les jeux
d'argent, ils am assent un paquet d'argent, et
font construire des buildings assez grands
qu’ils exploitent I Les gens viennent pour
jouer, pour faire du sport, viennent au res­
taurant, c'est finalem ent une association très
bizarre de neuf et d 'ancien, de m artial et de
p laisr...
Vous même, vous vous considérez comme étant des
anciens combattants ?
(R ire s ) Non, ab so lu m en t pas I R .S .L ça ne
s ’ap p liq ue pas à n ous. Nous avo ns été
banni de ce genre d ’en droit, à c a u se de
nos en gag em ents p o litiq u e s, m ais in é v ita ­
blem ent nous avo n s dû a lle r y jouer. Le
titre de l’albu m e st évid em m en t ironique
pour nous, nous qui fa iso n s beaucoup de
bruit d a n s un en d ro it qui est à l'antipod e
de nos co n victio n s et des va le u rs que nous
défendo ns. M ais c ’e st un point a sse z flou ,
et com p lètem en t g alva u d é, parce que tu
fin is d an s cet endroit de toutes faço n s,
a lo rs ...
Quand un best of intervient dans la carrière d ’un
groupe, en plus d’être un artifice pour faire tenir les
fans jusqu’à l ’album suivant, ça peut trahir aussi une
période de calme dans la créativité, non ?
Si c'est ce que pensent certains, je ne ferai
rien pour les faire changer d 'a v is ...
Sérieusem ent ! Nous avons déjà fait le pro­
chain albu m , il est q uasim ent fin i... C'est
vrai que ce best of ne représente pas un in s­
tant de créativité, m ais c'est une étape
importante. Et il faut faire face à ce genre de
choses d ans une carrière, on ne peut pas y
échapper, ni les ignorer. Nous avons voulu
affronter cet asp ect de la façon la plus per­
son nelle et sig n ifica tiv e qui so it. Nous
som m es arrivés au point où, m êm e si cer­
tains fans n’aim ent pas l'idée d’une co m p ila­
tion, beaucoup d 'autres la réclam ent. Tous,
pas seulem ent les fans les plus ré ce n ts...
Bref, supposons q u ’ il y ait de bonnes rai­
sons, et im aginons q u ’il faille une raison
pour trouver de bonnes raisons, m ais l'im ­
portant reste qu'il fa lla it que le résultat soit
au ssi bon que possible.
Pourquoi y a-t-il des albums, "Midnight Oil”, et "Bird
Noises’’ pour ne pas les citer, qui restent absents de
cette compilation ?
Disons que les ch anso ns de ces deux album s
n’avaien t tout sim p le m e n t pas la force
nécessaire pour figurer su r cet album . Deux
titres de "B ird N oises", revenaient de tem ps
en tem ps, m ais nous nous som m es aperçus
INTERVIEW
Q
qu’ ils ne collaient pas. Ca a quelque chose a
voir avec cet ‘ im p act’ . En proposant certains
titres, les sou ven irs que l’on en gardait
étaient plus im portants que la chanson ellem êm e, et d’ une façon ou d'une autre, c'est
com m e ça que l’on a reconnu cet im pact ou
pas.
Sur le livret de l'album, il y a cette phrase de Tim
Winton, qui dit qu’après la passion vient la sagesse,
est-ce que ça résume assez bien ce qui se passe
maintenant dans la carrière de Midnight Oil, surtout
avec l ’exemple de “Breathe" ?
Non, nous avons seu lem en t traversé une
période ca lm e . "B re ath e ” , par exem ple, est
un album que nous devions faire ain si. Il fal­
lait que l’on trouve un endroit tran q uille, et
qu'on arrête de hurler ! M aintenant, si nous
avions su ivi la m êm e recette que pour les
alb u m s précédents, nous serions devenus
h au te m e n t p ré v is ib le s, et p a le s, sa n s
saveu rs. Par exem ple je m e souviens très
bien de Lou Reed, à l'époque de "M étal
M achin e” , il ne voulait pas se répéter, alors
il a fait “ Noise” . Nous ne voulions pas faire
un "N o ise” , il fa llait qu'on fasse autre chose.
En tan t que groupe, si tu veux garder toute
ta p u issan ce , toute ton efficacité, au lieu de
tout le tem ps répéter la m êm e recette qui a
m arché une fo is, tu dois t'éloigner des se n ­
tiers battus pour ch e rch e r de
nouvelles
façons de faire. Et surtout oublier le busi­
ness d ans lequel tu évolues, pour qu'il
n’existp p lu s ...
Alors quel est le sens de tout ça quand Midnight Oil
joue devant le bâtiment d’Exxon à Manhattan en
1990, par exemple ?
C 'e s t une façon de dire que nous ne
so m m e s pas v id e s, m a is que nous som m es
p rêts, et que nous a llo n s prendre des
risq u e s, que nous sav o n s où nous voulons
aller. Et au ssi que nous voulo ns donner un
se n s à nos c h a n so n s, que ce ne soit pas
se u le m e n t une rép utation . Tu vo is, si nous
n’avio n s pas fa it ce s ch o se s, alo rs ja m a is
nous ne se rio n s M idnight O il, et le groupe
ne se ra it qu'un c lic h é ave c de la m usiq ue
autour. Il fau t être autre ch o se qu'un c li­
ch é , il fau t être actif. La plup art des
groupes son t d es c lic h é s , et la p lu p art des
m u sic ie n s s ’élaboren t en c lic h é s . Regarde,
le h eavy m étal est le m eilleu r exem ple que
l’on p u isse avo ir : tout, de la tête aux
p ie d s, d ed an s com m e dehors e st un c li­
c h é . Il n'y a rien d ans cette form e de
m u siq u e q ui p u is se m e fa ire d ire le
co n traire ! ...
I
h
Tu penses vraiment que sans tous vos engagements
et sans toutes les connotations politiques, sociales
ou écologiques, Midnight Oil n'aurait pas été ce qu'il
est aujourd’hui ?
D an s ce M onde, si on n’é tait pas sorti de
nos co q u ille s, si on n’a v a it pas m is o cca ­
sio n n ellem en t le nez dehors su r ce Mur des
L a m e n ta tio n s , a lo rs on ne s e ra it rien
d 'autre que de l'e a u . Il fau t faire ce pas en
ava n t. On serait n éanm o ins plus m alin,
notre m u siq ue se ra it peut-être p lus au da­
cie u se , nos textes plus profonds, m ais au
bout au com pte ça ne ch an g erait pas grand
ch o se. Il faut faire ce pas en ava n t, il faut
se confronter à la réalité.
Cela n'explique pas pour autant votre succès com­
mercial ?
Non, pas du tout. Le su ccè s com m ercial est
une toute autre ch ose, il dépend seulem ent
d ’un bon m anagem ent des chansons en
radio. Il arrive sim plem en t que nous avons
eu les bonnes ch anso ns qui sont passées à
Est-ce aussi un moyen de garder votre intégrité, ou
votre sincérité ?
Je ne s a is pas si on peut parler de sincérité
ou d'intégrité, ce sont quand m êm e des
grands mots. M ais on peut parler d’ identité.
Nous avons tous nos hum eurs et nos contra­
dictions, com m e n’im porte quel autre grou­
pe, ou n’im porte quel être hum ain. Nous
avons toujours travaillé par interm ittance, un
jo ur tu nages et le jo u r d’après tu es su r la
rive, m ais tu fais quand m êm e partie du
m êm e co u ra n t...
Comment arrives-tu à faire le lien entre tes engage­
ments politiques, et la créativité musicale ?
Oh la po litiq ue, ce n 'est pas au ssi im p or­
tan t que ç a , pour n o u s ... il n'y a pas de
rép étitions pour nos co n vic tio n s, ça fait
sim p le m e n t partie de notre nature qui est
d ’être p lu s q u ’ à m oitié à l’écou te du
m onde. E t on n’e ssa ie pas de co n vain cre
qui q ue ce so it. On veu t ju ste partager
ave c vo u s notre m u siq ue à nous, nos
propres p e n sé e s, et ce par nos m ots à
nous. Et à ch aq u e fo is tout ce ci est m al
in terp rété, c o n sta m m e n t... C o m m e si nos
idées étaien t c ré é e s, com m e si on in ven tait
des p a m p h le ts m u sic a u x qui se raie n t lus
trè s sé rie u se m e n t par des groupes im p or­
ta n ts , d an s des u n iv e rsité s, ou à des c o l­
loques de t r a v a ille u rs ... M ais ce n'est rien
de tout ça I N ous so m m e s ju ste d es tro u ­
b a d o u rs, d es tro u b ad o u rs éle c tro n iq u e s
qui récoltent ce q u ’ ils vo ie n t, et en font des
c h a n so n s.
Hiver 97 ^
INTERVIEW
la radio à une certaine période de notre c a r­
rière. Tu vo is, par deux fois tous les labels
au stralie n s ont ignoré M idnight O il, nous
avons été su r notre propre label pendant un
bon bout de tem ps, avec notre propre ‘do it
y o u rse lf réseau de d istrib u tio n ... Le m an a­
gem ent du groupe est d ans le groupe, pas en
d ehors, nous n’avons ja m a is changé les
c h an so n s pour suivre le courant ou être à la
m ode. Pendant longtem ps nous avons été un
groupe farouchem ent anti - mode, pendant
lo ng tem ps... Si on avait eu du su ccè s à cette
époque, c'e st com m e si on s ’était réveillé un
m atin avec un autre visage : une surprise
totale !
K étiez-vous préparé ?
M entalem ent ? Oh o u i... Enfin probable­
m ent, nous n'avions pas 17 a n s. A 17 ans
tu n’est pas prêt, m ais à 2 7 an s tu dois
l'ê tre ...
Pourquoi êtes-vous sur une major 1
Bonne question. Réponse : Pouvions nous
continuer à coller des enveloppes, cocher
des ca se s pour le restant de nos jo urs, ou
alors trouver un arrangem ent pour que quel­
qu'un d ’autre le fasse à notre place, et qu’on
touche ainsi encore plus de m onde ? C'était
a lo rs un co m p ro m is, et je cro is qu'à
l'époque, c ’était la m eilleure décision.
C’est uniquement une réfûrence à vos implications
politiques ?
Pas uniquem ent, m ais c'est vrai que ça .a
pris énorm ém ent de tem ps et d ’efforts, m ais
com m ent faire sim ple ? De nos jo urs, com ­
m ent faire sim ple ? Avec tous les outils des
tem ps m odernes, avec fax, internet, tous ces
fa n s q ui p euvent à tous m om en ts de
d em ander quoi que ce soit I Com m ent faire ?
Créer une structure qui va dealer avec ce
genre d’affaires courantes ? Ou alors juste
ferm er la porte et ne plus répondre ?, c ’est
ce que nous avons fa it... Nous l’avons fait
plusieurs fois, deux, peut-être m êm e trois
fois. Ca peut souvent être considéré com m e
un su icide com m ercial pour un artiste, m ais
nous pensons que c ’est la seule façon de
continuer à faire des d isq ues, avec des
vraie s c h a n so n s...
Alors maintenant, pour citer encore Jim Winton, qui
reprend Franck Zappa, Midnight Oil, c ’est “shut up
and play yourguitar"?
... Beaucoup de gens s ’a sso ciaie n t à M id­
night Oil pas seu lem en t pour la m usique,
m ais au ssi parce q u ’ ils faisa ie n t quelque
m
Rockstyle n° 23
chose de sp écifiq ue d ans leur ville ou dans
leur p ays, et ils nous invitent à partager
cette expérience avec eux. E t in évitable­
m ent, celà sign ifiait m oins de m usiq ue et
plus de politique pour nous, au m oins pour
un tem ps. Surtout pour m oi, en fa it. C'était
souvent une épreuve d ifficile pour tout le
g ro up e, et nous a vo n s tra v e rse d es
m om ents d ifficiles. M ais nous avo ns, et j ai
toujours pensé q u ’ il n’était pas possible de
la isse r les ch oses à m oitié faites. C ela ne
nous a pas rapporté que des encourage­
m en ts, et en A ustralie les critiq u es rock
nous dem andaient ce que nous étions : un
parti politique, ou un groupe, q u ’est-ce qui
ce p asse ? Il fa lla it que l'on s ’éloigne de tout
ç a , et q u ’on le fa sse le m ieux possible pour
épargner les gens avec qui on tra v a illa it, et
ceux pour qui on se battait. Peut-être que
dans' une d izain e d'année on dira que M id­
night Oil au rait dû faire c e ci, faire ce la ,
aurait dû tourner au x U SA avec U 2 , blablab la ... On dira ce qu'on veut, m ais moi je
cro is que le m eilleu r im p act pour que M id­
night Oil ait vraim en t du se n s, c ’est qu'il se
fondp de façon la plus large qui soit.
Est-ce que ces critiques ont lait plus de mal que de
bien, dans la carrière musicale du groupe ?
Non, je ne crois pas que l'influence de cette
m inorité de critiq ues ait été si im portante, et
de toute façon nos fan s n’y font pas vraim ent
attention. M aintenant, pour nous, ça ne fait
pas la différence. On fait un nouveau disque,
le public su it ou ne su it pas. Nous avons la
ch an ce d’avoir un public fidèle qui suit la
carrière de M idnight Oil.
C'est très bizarre de te découvrir ainsi, moi qui te
croyais être un militant acharné, un activiste...
O h, m ais je le su is, d ans le sen s ou je
prends une part active à certain es ch o ses,
beaucoup de ch o ses, il y en a trop pour faire
une liste com plète, ici et m aintenant ! M ais
prenons la forêt, par exem ple, M idnight Oil
a, à une certaine période, écrit des ch an ­
sons su r ce problèm e particulier. M ais bien
avant ç a , nous nous som m es in téressés à
ce s a ctiviste s qui s'attach aien t au x arbres
pour em pêch er les bulldozers d'avancer. A
une autre époque, nous nous som m es enga­
gés pour une cam pagne m assive pour la
forêt du sud-est en A ustralie, en allan t au
m eetings, en organisant les gens. Ensuite
Greenpeace nous a dem andé de jouer en
plein m ilieu d'une exploitation forestière,
pour e ssayer de sau ver une partie ae la
forêt, en Colom bie B ritan n iq ue, et personne
ne vo u lait le faire. N ous avons jo ué. Nous
fo u rn isso n s d e s re ss o u rc e s , d a n s nos
b u re a u x , au x a c tiv is te s d ’a u tre s p a ys,
com m e pour le B ré s il. Tout ce que je viens
de tp citer, ce n'est pas du cin é m a, c ’est une
activité à plein te m p s, ça prend du tem ps,
des se m a in e s, des m ois pour organiser,
aller, venir, m ettre les ch oses en p la c e ...
Cela fa it partie du travail de M idnight Oil,
m ais il faut vra im e n t faire la part des
ch o se s, c a r tout ce ci est com p lètem ent dif­
férent de notre fonction m u sicale. S i on
considère que cela fait partie d ’un grand
Tout, alors on peut croire que la m usiq ue
sert à provoquer ce s ch o ses, et que ces
c h o se s son t notre raiso n de fa ir e la
m usiq ue. M ais c'e st faux ! Notre raison pour
faire de la m u siq u e, c ’est parce que nous
voulons faire de la m u siq ue ! Et tout le reste
e xiste, égalem ent, et presque indépendem m ent. E ssa yo n s, une fois pour toute, de
prendre les ch o ses d an s l’ordre, et le bon :
quand on rentre en studio pour répéter une
ch an so n , on oeut parler d’autre ch o se :
‘bon, tu v a s là-bas m ercredi prochain , tu
va s dorm ir d ans le train, à quelle heure tu
arrives, b la b lab la’ , il nous arrive a u ssi de
trav aille r su r une ch an so n , et là ça peut
d evenir une ‘rave psychéd éliq u e', et nous ne
parlons pas de rain-forest du tout. Quand
nous travaillo n s su r une chanso n, c ’est sur
une dim ension m u sica le et ém otionnelle.
O K , une autre de nos d im ensions fait appel
à notre in stin ct so cial et politique. E t cet
in stin ct n’est c a s seu lem en t créatif, il est
au ssi actif et a ctiviste . S 'il n’était pas a c ti­
viste, alors ce ne serait qu’un clich é.
...Mais revenons un peu à la musique, en quoi va
consister "Redneck Wonderland” ? Allez-vous conti­
nuer dans le style électro-acoustico-intimiste à la
"Breathe", ou alors reprendre une direction plus
‘électrique’ ?
Non, ce sera plus rock, plus pu issan t, avec
plus de riffs et de sons digitaux, plus 'highdrive', et plus d'ordinateur. C'est le m ariage
de la perform ance san s la perform ance qui
va scotcher l’auditeur par des grooves et des
riffs très, très p u issan ts, qui trouvent une
réponse ém otionnelle à travers les textes.
Nous avons essayé de m arier le son et les
sam p les, au d épart ju ste pour voir si ça allait
nous plaire, et en fait quand on réécoutes cet
album m ainten ant, on trouve que c ’est vra i­
ment bien I On adore I
Je ne sais pas comment va être ce nouvel album,
mais avec "Breathe", j'avais l'impression que vous ne
vouliez plus retranscrire l ’énergie, le son live que
vous avez sur scène, et que les chansons étaient
simplement composées avec le chant et une guitare
acoustique...
H m m m , ... Je ne crois pas que c'était l'effet
recherché, c ’est com m e toujours quand on
trouve des ch anso ns qui nous plaisent en
premier. Les ch anso ns sur "Breathe" sont
telles qu’elles devaient être, en plus elles arri­
vent directem ent des bandes, une chanson
com m e “S u rf's up tonight", c'est du Midnight
Oil qui répète littéralem ent, un ch am p s d'ex­
périence et de sen sations, san s effets, overdubs, san s la magie du studio. On s ’est dit,
"faisons aussi sim ple que possible, aussi
sim ple qu'une chanson peut être". Le fait est
qu'aucun groupe de nos jours ne fait d 'a l­
bum s com m e celui-ci, à part des groupes de
blues, ou des artistes solo, ou ceux qui n’ont
pas beaucoup de m o yen s... Notre producteur
était d’accord avec nous, "oui, ok, ça va être
incroyable, parce que c'est im prévisible” .
M ais c ’est vrai que ce n'est pas un album de
rock puissant. Ce q u ’il y a de plus im portant,
c'est l'irrationalité, et si nous n'avions pas été
capable à nouveau d’une certaine tém érité,
alors tout aurait été term iné...
INTERVIEW
D ISCO GRAPH IE
MIDNIGHTOIL
HEAD INJURIES .
“To burn the m idnight oil", brûler la chandelle par
les deux bouts, ne donna que le nom d’un groupe
australien, car ]'histoire m ontra depuis que ce
M idnight Oïl-là était bien destiné à durer dans le
temps, et à ne pas gaspiller ses m unitions trop
vite. 1978 fut l’annee où tout commença, m ais il
fallut attendre 1981 pour que les choses devien­
nent vraim ent sérieuses. Pourtant à cette époque,
m arquée par l’album ‘'Place W ithout A Fostcard
le groupe alignait déjà trois LP a son actif : l’éponym e prem ier disque en 1978 ; “Head In ju rie s’’,
sorti en 1979 et “B ird Noises" en 1982. L ’histoi­
re ne retiendra deees trois albums, enregistrés
dans l’urgence, à la production plus qu’approxi­
m ative, que des titres comme “Back on the bor. derline” ou “Powderworks” pour ne citer que ces
deux-ià, et qui, bien que très largement Influencés
par une mouvance punk-rock en pleine explosion
à cette époque, dénotent d’’in très fort potientiel
poj. -rc ;k. P r ortant, Ce groupe ne laisse pas indif­
férent, car pour une fois u n groupe de rock parle
d’autres choses que du rock pour le rock, et la
m usique de celui-ci soulève des points im portants
de Fhijtoire du pays, loin du sim ple ‘bÆx, drugs &
rock’n ’roll’. En fin un groupe avec une idée derriè­
re la tête, et pas seulement an groupe d’ados
rebelles et angoissés àla recherche d’une identité.Cependant cette gloire est uniquem ent locale,
car ce n ’est que passé i981 et le sous-estimé
'Place W ithout A Postcard , que le groupe volt la
reconnaissante mondiale de son taleni avec la
sortie en 1982 de l’album “10, 9, 8, 7, 6, S, 4 ,3 , 2,
1”, abrégé “10 To 1” par les intim es. Monde qui
découvrira en même temps les engagements poli­
tiques (“The story of E l Salvador, The silence of
Klrorhim a, Destruction of Cambodia, Short m ém o
ry, m ust have a short m emory”, Short memory l9 8 2 ) et écologiques (“Surely there’s sorne
relief from atomic art ... Don’t talk to me in this
backyard - it’s clandestine, it’s nuclear”, Lucky
country 1981) pourtant toujours revendiqués.
“Red S a ils In The Sunset”, en 1984 achève cette
,
période commencée six années plus tôt d’albums
opérant un cheminement, quati-expérim ental de
l’exploration m usicale su r fond d’engagement
poétique, à m oins que ce ne soit l’inverse. Mid­
night Oil s’est finalement, imposé à un niveau
m ondial en tant que groupe au talent indiscutable
et prêt à ouvrir une gueule comme ça quand il le
faut, bien décide aussi à s’imposer comme porteparole de toute une génération ‘verte’. 1987
marque un tournant décisif, et voit l ’avènement
de la période tubes interplanétaires grâce au dan­
tesque “D iesel & D ust”. “Beds are burning”, “Put
down that weapon”, “Dead heart”, “Sometim es”
sont les titres emblématiques d’un groupe fédéra­
teur aux engagements m aintenant institution­
nalises. Les fans de plus"en plus nombreux, pas
seulem ent les plus activistes, séduits par les
talents de mélodiste d’un groupe qui enchaîne
m aintenant tube su r tube, devront attendre trois
longues années pour écouter le successeur de cet
album crucial, car c’est en 1990 qu’uft Midnight
011 ressourcé revient à l’attaque avec le sublim e et
sublim é "Blue Sky M ining ". Midnight Oil devient
à ce moment précis plus qu’un simple groupe,
m ais une icône, et les chansons “Blue sky m ine”,
“Forgotten years", “One country”, etc... de véri­
tables Hymnes des causes nationales (les droits
des aborigènes, ...) et internationales (la ju stice
sociale, le désarmement nucléaire, la protection
des forêts...). Qui d’autre pouvait jouer devant l’im ­
meuble d’Exxon à Manhattan en cette année
1990 et sensibiliser les foules su r les responsabi­
lités de chacun en terme de protection de l’environnem ent ? Nombreux sont les groupes qui se
sont appropriés les memes thèmes d’injustice
pour l’inspiration de leurs chansons,, et fort heureusempnt Midnight Oil ne s’est jam ais laissé
transcender par son propre engagement au point
d’oublier la musique, et rejoindre le royaum e du
slogan. Entérinée par un album live en 199L„ le
puissant "Scream In Blue", la carrière de Mid­
night Oil ne devait pas en rasfer là, car s ’ensuivit
dès l’année suivante "Earth & Sun & Moon’ . et
trois , ans plus tard Breathe". en 1996. De la
même m anière que les prem iers albums consti­
tuaient un désir plus qu’approxim atif de vouloir
capturer en studio la puissance énervée des
meillem’s concerts du groupe, ces deux derniers
albums semblent plutôt faire montre d’un confort
et d’une expérience lentement acquis au fil du
temps. La sagesse après la passion, m ais toujours
feintée du môme esprit, et du même optimisme
entête. (“The land lives longer if we listen to the
■'artht -at, our lives go forxard if we^fcsten to oui’
heartsi 'ak, the seasons won’t falter, the stars
won’t fade away” “E. Beat”,1996). Après cette
période acoustique et intim iste, le nouveau Mid­
night OU, prévu pour le début d’année 1998 et
s ’in titu lant “Redneck W onderland” devrait
reprendre un esprit plus rock, et largem ent u tili­
ser les technologies modernes. Mais avant de lais­
ser les fans savourer une nouvelle oeuvre, le grou­
pe étoffe sa carrière d’un best of, “30.000 W atts
R .S .L ’. qui n ’est qu’une excuse pour se replonger avec bonheur dans une discographie riche et
depuis longtemps indispensable.
Hiver 97 Q E
M
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Mike Tramp est de
retour avec un album
superbe, aux sonorités
authentiques et aux
textes cinglants. L’exleader de White Lion
fait le point sur dix
ans de carrière avec
ses hauts et ses bas,
mais il s'est surtout
déplacé pour nous en
dire plus sur «Capricorn», son premier
album solo. Morceaux
choisis.
p a r W es B a la n d re t
ACTUALITE
Te voilà de retour en France, quel effet ça te fait de
te retrouver sur le «vieux continent» ?
Tu sa is en ce m oment, je suis en promo pour
l'album et je n'ai guère le tem ps de flâner
dans les rues, j ’aim erais tellem ent pourtant.
Je sa is que Lyon est une très belle ville, parce
que j'ai pu au cours de plusieurs tournées voir
des choses par petits bouts. J'aim e l'histoire
de l’ Europe, ce sont m es racines, je suis ori­
ginaire du Danem ark. Tu sais, je me rends
compte d'une chose depuis quelque temps
que je suis en Europe, c'est que la nouvelle
génération est en train de prendre le pouvoir
et de prendre des décisions im portantes au
niveau culturel et c ’est très bien ainsi. Je me
rends compte que le monde entier est en plei­
ne évolution et ça part dans tous les sens.
par Freddy Mercury, David lee Roth ou David
Bow ie. M ais en ce qui concerne m es textes,
j'étais plus attiré vers Bob Dylan ou Neil
Young. J'a i toujours été plus inspiré par la
douleur que par la joie. Aujourd'hui, il m'est
possible d'écrire sur ce que je vis ou sur mon
âm e car même si j'ai toujours écrit les textes
des groupes, je ne voulais pas trop apporter
d 'effets p erso n nels d an s les d ifférents
groupes. Ce que je fais aujourd'hui, c'est
exactem ent ce que je faisa is avant W hite
Lion. C'est ce que j'ai apporté au groupe qui
a ensuite été réarrangé par Vitto, pour en sui­
te donner vie aux m orceaux de W hite Lion.
J'a i toujours représenté la m élodie, même
dans les passages bastons de Freak Of N atu­
re, je posais quelque chose de mélodique.
Depuis ta dernière visite en France avec Freak of
Nature, quels sont les événements qui t ’on mar­
qués ?
Et bien tu vois, c ’est la prem ière fois que je
su is seul à faire de la m usique, san s groupe
fixe, et ça , c'est très im portant pour moi,
c'est surtout nouveau. M ais ju sq u'à m ainte­
nant, c ’était une volonté de faire partie d'un
groupe. Après la séparation de Freak Of
N ature, je voulais revenir à quelque chose de
b a sic, de rock n'roll. Tu sa is, c'était vraim ent
très dur à la fin de Freak Of N ature, ca r les
m ecs n'étaient plus m otivés et ils se p lai­
gnaient souvent. J' en avais vraim ent m arre.
N o u s avons g agné b e au co u p J ’argent,
Ce nouvel album, tu l ’as donc composé tout seul ?
A 1 0 0 % . Je crois que j'a i m is mon âm e dans
cet album .
La première chose qui m’a frappée, c ’est l ’aspect
pessimiste des textes....
C'est vrai, je suis très pessim iste. Je crois que
j'ai grandi dans la vie. Ca paraît un peu stu ­
pide de dire ça , m ais c'est vrai. Quand je suis
arrivé aux States, tout n’était que de la
poudre aux yeux, tout se devait d'être sp e c­
tacle. Quand j ’ai écrit des m orceaux forts
avec W hite Lion ou Freak Of Nature, je crois
que j'é ta is quelque part à la recherche de
m oi-m êm e. J ’é tais ég alem ent en pleine
contradiction avec m oi-m êm e égalem ent et
ça juste parce que je voulais dire plus de
choses dans m es ch anso ns. J ’étais imprégné
et lui est resté h a b ite r chez sa m ère,
il d o rt d an s la m ê m e c h a m b re que
lorsqu’il éta it a d o lesce n t.
(V ito Brata, guitariste de W h ite L io n )
Le choix du titre de l ’album «Capricorn» est, encore
une fois, dirigé vers toi....
Oui, c'est vra i, je su is "Capricorne" m ais
c ’est au ssi parce que je ne voulais pas don­
ner un nom d'alb um , alors j'ai choisi mon
signe astrologique.
Crois-tu en l'astrologie ?
Je ne su is pas un passionné d'astrologie,
m ais je crois plus en l’astrologie qu'en la
B ible. Ju ste parce que la m anière avec
laquelle les am é ricain s utilisent la Bible est
tellem ent contradictoire que ça n'a plus
aucune signification pour moi.
A ton arrivée aux Etats-Unis, tu étais gonflé de ce
que l ’on appelle «Le rêve américain» ?
Bien sûr. Je suis né au Danem ark, et la seule
chose qui m 'intéressait, c'était d’avoir les che­
veux longs et d'être une rock-star. C'est tout.
M ais il m'a fallu très longtemps avant de
savoir exactem ent ce que je voulais. Je suis
resté dans la rue pendant plusieurs sem aines
m ais je m'en foutais, j'étais heureux.
Quels enseignements gardes-tu de l'expérience
«White Lion» ?
W hite Lion était un peu com m e une table
avec plusieurs plats inconnus où l'on t'invite
à déguster ces plats. Nous avons essayé
beaucoup de choses pour, la plupart du
tem ps, revenir à l'idée originale. Si W hite
Lion se reform ait aujourd'hui, je su is à peu
près certain que l'on ferait le m ême genre
m usique tout en essayan t de ne pas perdre
le contrôle du groupe. Tu ne peux pas tou­
jours em pêcher les influences d'entrer dans
ta m usique, et je crois que je serai plus vigi­
lant avec ma carrière solo, que je ne l'ai été
avec W hite Lion. Après
l’album «Pride»,
nous som m es partis 1 8 mois su r la route,
nous avons joué dans des stad es, on vendait
des m illions d 'alb um s. Pour «Cap ricorn», j'ai
écrit environ une centaine de m orceaux et
les prem iers sont très approxim atifs car j'en
étais à ch erch er une direction. Et finalem ent,
les m orceaux m'ont dicté la dém arche à
suivre. En fait, il y a beaucoup de choses
avec lesquelles j'ai grandi au Danem ark au
début des années 7 0 .
As-tu gardé contact avec les membres de White
Lion ?
Oui, j ’ai gardé contact avec tout le monde,
sau f avec le batteur. Les m eilleurs relations
que j ’ai gardées sont celles avec Vito. Je ne
l’ai pas revu depuis le dernier concert de
W hite Lion le 2 septem bre 91 à Boston.
C'est vrai que je su is parti vers L .A et lui vers
New-York. J'a i l’im pression que c ’était hier la
dernière fois que nous avons joué ensem ble.
Je lui ai proposé de venir jouer su r l'album ,
de nous remettre à écrire quelques mor­
ce a u x ......... Il ne sort pas de chez lui. Il pos­
sède un talent énorm e, m ais je su is le
moteur de ses com positions, san s moi, il ne
fera rien. Il n'a d 'ailleurs rien fait depuis
W hite Lion. Tu sa is, nous avons gagné beau­
coup d'argent, et lui est resté habité chez sa
m ère, il dort dans la même cham bre que
lorsqu'il était adolescent. Ma porte lui reste­
ra toujours ouverte, il le sait. Je sais perti­
nem ment que sans lui je n’en serais pas là
aujourd'hui.
Bi
Hiver 97 ^
VEFS
DES
R 1V A G E S
!P L U S
PROGRESSIFS. . .
Malgré son indéniable talent, il faut constater avec déception que Savatage n'a jamais été un gros
vendeur d'albums. Moult raisons obscures existent certainement pour expliquer cette relative
déveine : changement de line-up, changement de style, changement de modes... Quoi qu'il en soit,
de fortes ventes n'ont jamais été représentatives d'un bon album, et l'on ne compte pas aujourd'hui
le nombre d'idioties musicales qui se vendent comme des petits pains. Savatage continue donc sur
sa lignée progressive, souple et changeante, en laissant définitivement de côté les traces de heavy
pur et dur qui se cachaient encore dans son jeu il y a deux ou trois albums. Le résultat est aujo
d'hui, après le controversé "Dead Winter Dead", 'The Wake Of Magellan", et Rockstyle a renc
pour l'occasion le sympathique John Oliva qui s'est gentiment confié à lui...
ParChariesLeg
II semblerait que le nom au groupe ne soit plus telle­
ment en rapport avec la musique que vous jouez à
présent...
Oh, je crois qu’un nom est juste un nom ., et
je crois que les gens interprètent mal le nom
de Savatage, qu’ils prennent pour sabotage,
sûrem ent, et qui sonne heavy m é tal... M ais
en vérité cela ne veut rien dire et je crois que
c ’est juste le son du nom qui pourrait nous
donner une image que nous n’avons pas - ou
plus. Pour dire vrai, je ne fais pas trop atten­
tion à cela, car nous faisons juste ce que nous
voulons faire et ce qui vient à nous en m atiè­
re de m usique. Nous ne nous soucions pas
trop du style et si certains trouvent notre nom
trop heavy aujourd'hui, je suis désolé, que
veux-tu que je dise d'autre ? ! C ’est un vieux
nom ca r nous avons com m encé il y a long­
temps et à l'époque, je crois que ce nom
seyait à ce que nous faisions. M ais ce n'est
pas parce que nous avons changé de style
que nous allons changer de n o m ... De toute
façon, j'aim e justem ent ce nom parce qu'il ne
veut rien dire !
Peux-tu nous parler quelque peu de l'album ?
Oui, c'est une sortp de concept album . En fait,
si je voulais t’expliquer correctement l'histoire
j'en aurais pour des heures, m ais disons que,
en gros, c ’est à propos de la vie et d'un vieil
homme qui m arche su r la plage, en pensant
a sa vie passée. Il entend des voix qui vien­
nent de l'océan alors qu'il m arche et que la
tempête fait rage. L’océan en fait lui raconte
sa propre histoire, et chaque chanson est une
histoire différente, qui lui fait se souvenir de
sa vie sous un regard autre et plus optimiste
que celui sous lequel il s ’en souvenait. Il y a
un m essage très positif dans tout cela,
décomposé en plusieurs passages particuliers
qu'il me serait long de raconter en entier, m ais
je t’ai exposé le concept d’une façon générale.
Les paroles d'ailleurs sont très expressives et
très claires. A la fin de l’album , il se remet en
cause, lui et ses souvenirs et décide fin ale­
ment que la vie vaut la peine d'être vécue.
Cela se termine donc tout à fait bien !
Cet optimisme est-il un reftet de votre état d'esprit
présent ?
Oui, on pourrait dire ça. Par exem ple, lorsque
nous avons écrit "Morning Su n ’’, nous étions
assis derrière ma m aison a regarder mon
chien nager dans ma piscine. J ’avais une gui­
tare acoustique entre les m ains et Chris CCaf-
SX]
Rockstyle n° 23
fery, guitares) jouait égalem ent et chantait par
dessus. Nous avons com m encé à jam m er et
la chanson est née com m e cela. On peut donc
dire qu'il y a une certaine am biance qui s'en
ressent. "Turne To Me" a été écrite en studio
avec Al et nous échangions chacun les parties
que nous avions en téte. Le résultat est plutôt
bon et je dois dire que ce morceau est une de
mes préférés.
Quelle est la place de morceaux instrumentaux dans
un tel album ?
Il me sem ble que les morceaux instrum entaux
de Savatage apportent un son et une atm o­
sphère différente à l’album , en particulier sur
celui-ci : nous avons utilisé des orgues pour
RENCONTRE
la première fois, car nous le les avions jam ais
vraim ent utilisés avant ; nous avons utilisés
des sons, des accords ouverts et des tonalités
plus hautes que d ’habitude, et aussi certains
effets étranges pour la voix que nous n'avions
pas encore expérim enté. Je crois qu’ils y a
plein de nouveaux sons sur ce nouvel album
de Savatage que tu n'as pas encore eniendu.
Cet ensem ble de choses rend l'album plus
frais.
Il semblerait que vos morceaux sont également preu­
ve de simplicité, non ?
Peut-être que c'est le cas pour ce rtain s...
C ’est très difficile pour moi d'analyser ma
propre m usique, parce que je su is mon pire
critique : je déteste tout ce que je fais ! Cela
dit, il me sem ble pouvoir dire que certains
titres com m e “ Turns To Me" ou "Paragons Of
Innocence" vont en effet plus droit au but que
d'autres chansons plus longues aux mélodies
plus com plexes, com m e “ The Hourglass” ou
“The W ake Of M agellan". Nous avons voulu
faire par mom ent quelque chose de olus rock
et de plus direct pour varier les plaisirs !
Comment l'album a-t-il été enregistré ?
Cela a été incroyablem ent difficile à faire et
ç'a pris une éternite ! Nous avons com m ence
à écrire en octobre et nous avons enregistré
en janvier. Nous avons term iné le dernier mix
fin ju in, ce qui fait un sacré bout de tem ps.
Donc oui, ç'a été difficile à réaliser correcte­
m ent, c a r le concept de base de l'album don
être resoecté et harmonieux : il faut que les
lyrics collent entre eux les m usiques égale­
m ent, il faut savoir les mettre dans le bon
ordre et glisser les morceaux instrum entaux à
la bonne place. C ’est vraim ent un boulot
d ém ent !
D em ande
aux
m e cs
de
Q ueensrÿche : lorsque tu fais un concept
album , tu as deux fois plus de boulot que de
coutum e ! Nous avons de plus enregistré
dans différents studios de New-York, trois
pour être précis, l'un étant utilisé pour les
orchestrations, l'autre pour Zak et ses parties
vocales, et enfin le dernier pour Al et Chris
pour leurs parties guitares ! Ç ’a été vraim ent
com pliqué !
Savatage a souvent changé de line-up. Ne crois-tu
pas que ceci, ajouté au lait que tu aies arrêté de
chanter, soit dangereux pour la personnalité du grou­
pe ?
Non, je ne crois pas, car Savatage était un
groupe différent à l'époque où Chris (O liva, le
défunt frère de Jo hn) était vivant et où je
chantais à part entière. Aujourd'hui, c'est un
groupe nouveau avec un son nouveau et après
la mort de Chris, j’ai du prendre une décision
sur mon activité au sein du groupe : cela n'au­
rait pas été pareil pour moi si j'avais continué
de chanter san s Chris. J'a v a is besoin de
retourner dans le groupe avec un nouveau
rôle. A présent je rechante un peu plus ; sur
le dernier album , j ’ai chanté sur deux titres, et
sur trois pour celui-ci, en ayant fait également
la m ajorité des backing vocals avec Zak. Je
su is satisfait de chanter un peu plus et je suis
aussi satisfait de moi en tant que m usicien,
car il me sem ble que m usicalem ent, ce que je
compose aujourd’hui montre que ] ai progres­
sé depuis l'époque où j’étais chanteur dans le
groupe. A ce mom ent-là, le groupe était beau­
coup plus heavy mefal que m aintenant ;
m ais quand tu perds quelqu'un com m e Chris,
il est évident que le style du groupe s'en res­
sent et je crois que finalem ent, nous nous en
som m es très bien sortis, moi y com pris : Zak
est un excellent chanteur et com m e je chante
égalem ent, c ’est donc un groupe avec deux
excellents chanteurs ( !) pourvu de deux
excellents guitaristes que sont Al et Chris
(Caffery), et je crois que ce line-up va durer un
bon moment !
Y a-t-il des chansons de Savatage que tu n'apprécies
plus ?
Oui, il y en a , dans les vieux trucs que nous
avons fait au début. Je me dem anderais ce
que c'est si ie les réécoutais m aintenant, je
c ro is... Je me dirais "m erde, qu'est-ce que
c ’est que ce truc ?" ! Surtout au niveau des
paroles, je crois, ha, ha, certains titres sont
vraim ent très cons, je pense à "Skull Session” ,
par exem ple, et rien que d’y penser, ça me fait
tellem ent marrer, ha, h a, ha ! M ais j'ai pour
ues chansons une certaine affection, ca r elles
sont les m iennes ou celles de C h ris, mais je
ne peux m 'em pêcher de croire que nous
étions très m auvais !
Dernière question : imagine que tu aies à écrire des
définitions pour un dictionnaire. Qu'écrirais-tu pour
musique ?
Ouaoh ! Voilà une question pas facile qu'on
ne m’a ja m a is po sée... Si j'avais à écrire une
définition pour le mot m usique ? Pour un dic­
tionnaire ? Qu'est-ce que je m arquerais...
Laisse moi dix seco n d es... Probablem ent...
E u h ... “ Une forme d'art entièrement plaisante
sau f pour les oreilles", ha. ha, ha !
Le refrain de "Paragons Of Innocence” rappelle
étrangement celui de “Humpin ' Armmd” de MC Hammer, est-ce que je me trompe ?
Quoi ? H a, ha, ha ! Je n'ai jam ais écouté MC
H am m er - c'est du rap, n'est-ce pas ? - Il fau­
dra que je vérifie ça ! On ne me l’a jam ais
dit ! Encore un qui me piaue une chanson !
Non, je ne sais pas, je n’ai ja m ais entendu ce
qu'il faisait. Peut-être à la radio, m ais je n'ai
pas tait gaffe. Ha, ha, na !
Qu'est-ce qui t'importe le plus en tant qu» musicien
: la scène ou l ’album ?
O ooh... C'est une question bien d ifficile... Je
crois que tout bien réfléchi c'est l’album , car
l'a iD u m dure pour toujours. Quand tu est mort
et enterré, les gens peuvent toujours écouter
ton CD . Non que je n'apprécie pas les lives,
bien au contraire, m ais je crois que ce sont
deux types d’énergies d ifférents... m ais même
s'il doit être super d'entendre la musiqué que
jouent des m ecs en face de toi, quand tu es
mort, c ’est l’album qui reste et qui témoigne
de toi. Avec le CD , tu files aux gens quelque
chose qu'ils peuvent garder pour toujours.
C ’est une question difficile ca r j’aim e les deux,
et c ’est d'ailleurs une des raisons qui ont fait
que je suis revenu dans le groupe, car les
show s me m anquaient et je oouvais de moins
en moins m'en passer...
Quel est le but musical de Savatage dans le futur ?
Nous voulons tous com m uer à faire des trucs
nouveaux. Je crois que nous nous en sortons
bien avec les concepts album s ; nous avons
de superbes histoires à raconter et nous
com posons tous de bonnes m élodies. Je
crois que Dead W inter Dead était un bon
album et que The W ake Of M agellan en est
un égalem ent. Je crois que c ’est notre point
fort et en toute logique, nous essaierons d'al
1er au ssi loin que nous le pouvons d ans cette
direction. Je ne sa is pas ce que sera le pro­
chain Savatage, peut-être un concept album ,
c'e st difficile à dire, m ais Zak continuera de
c h anter et moi avec lui, ou plus séparém ent,
et Ch ris C afery et Al exploiterons leurs jeux
respectifs ; Dead W onter Dead était plus
d ifficile pour eux deux, ca r c ’était leur pre­
m ier album en sem ble, et ils faisaient un peu
trop gaffe à ce q u 'ils faisaient l'un et l'autre,
m ais su r The W ake Of Magellan ils se sont
com plètem ent lâchés et le résultat est un
album aux guitares plus heavy que le precedent. Nous allons donc explorer ça su r la
route et d ans le futur...
Pour Rock'n'roll ?
Pour rock’n’roll ? “ Energie m usicale” ...
Pour Music Business ?
"Saloperie totale” , ha, ha, ha ! ! J'y ai affai
re tous les jours, aussi tu peux valider ma
définition !, ha, ha, ha I
Pour Savatage ?
Pour Savatage ? "Frustration complète” , ha,
ha, ha ! Non, c ’est une plaisanterie. Je dirais
pour Savatage, "am our et respect” .
Pour Photo Sessions ?
E u h ... "Procédé ennuyeux, long, dont l'utilité
est im palpable" !
Pour Concert ?
"Pur, plein d’adrénaline et de force" !
Pour Sexe ?
"Pur, plein d ’adrénaline et de force” ! Ha, ha,
ha ! Non, je dirais “ intime et romantique”
(ndr : san s blagues ? !)
Et Pour fan ?
Fan ? Oh. C'est un truc important. Comment
je pourrais exprim er ça ? C'est une question
vachem ent balèse qu'est-ce que je pourrais
dire là-dessus ? E u h ... M ince, c'est dur... Je
dirais "une opinion extérieure qu'on se doit de
respecter” .
R
o c k
'
'
1
b u l l e t in
'
d ’a b o n n e m e n t
DAN AR BRAZ - MIDNIGHT OIL
BU LLETIN D’ABONNEMENT, à découper, photocopier ou recopier et à envoyer à
R o c k s ty le A b o n n e m en ts -
4, ch e m in d e P a le n te ■ 2 5 0 0 0 B esan ço n
N O T E Z VO TR E ORDRE DE PR ÉFÉRENCE DANS LES CASES
DAN AR BRAZ et l’Héritage des Celtes “Finisterres” + singles MIDNIGHT OIL
Cadeau surprise
Pour la F ra n c e :
O U I, je m’abonne pour un an à Rockstyle (6 numéros) à partir du numéro............contre la somme de 1 45 Frs (au lieu de 162 Frs) et
je joins un chèque à l’ordre do « lic linse Liditions»
(Important ! Je recevrai chaque numéro dans un délai de quelques jours après sa sortie en kiosques)
Ptiur (E tra n g e r 1C.E.E.) :
O U I, jp m'abonne pour un an à Rockstyle ( 6 numéros)
international à l’o rdre de « E clip se E d itio n s » .
à
partir du numéro.............contre la somme de 1 90 Frs et je joins un chèque
(Important ! Je recevrai chaque numéro dans un délai de quelques jours après sa sortie en kiosques)
NOM & Prénom :
Adresse :
C o d e P o s ta l :
Pays : _
V ille
INTERVIEW
L
E
V
E
L
L
E
R
S
Ils sont cinq aussi, britanniques aussi, mais n'ont rien d'autre en commun avec les Spice Girls.
Non, décidément, The Levellers seraient plutôt d'une autre Angleterre que celle-là: une éton­
nante et fantasque Angleterre où Sid Vicious, violon au poing, se sifflerait une bière de plus avec
le dernier marin triste qui passe. En tournée en France à 1' occasion de la sortie de leur nouvel
album, «Mouth to Moutb» ils traînent derrière eux un vent de pure folie jubilatoire. Shocking !
Par Frédéric Aribit
Le nouvel album des Levellers est un drôle de
mélange entre musique punk, rock et folk. Comment
expliques-tu ce mélange original, sachant que vous
êtes un groupe anglais ?
Nous som m es de Brighton, tu sa is, et il e xis­
te en Angleterre a u ssi, et surtout à Brighton,
une grande tradition folk, un peu com m e en
Irlande ou en E co sse . M ais pour être honnê­
te, ce n e st pas exactem ent d ans cette tradition-là que nous puisons nos in fluences. En
fait, nous som m es m ordus de m usique folk
irlan d aise, qui nous sem ble beaucoup plus
excitante. A Brighton, il y a une grosse com ­
m unauté irlan daise et en sortant pour aller
boire un coup, nous avons constam m ent
baigné dans cette am b ian ce-là. Beaucoup
d 'autres pubs, d 'ailleu rs, n'aim aient pas trop
nos dégaines alo rs, on traîn a it plutôt avec
les irla n d a is. Et p lu s, on éco u tait leur
m usique folk, plus on se rendait com pte que
les textes de leurs ch anso ns étaient com m e
de vra is textes punk-rock, c ’étaient d'in­
croyables ch anso ns an ticon form istes, sou­
ven t p o litiq ues, ave c ju ste une guitare
acoustique, ça nous fascin ait !
Quel est le point de départ de votre travail, la
musique ou les textes ?
Les deux, vraim en t ! Parfois, j'é c ris des
textes que je donne à M ark ou Sim on, et ils
m ettent ça en m usique. D'autres fo is, ils ont
des accords et on trouve ensuite des mots
qui collent bien à r atm osphère. Et puis des
fo is, tout est là d'un seul coup, avec une gui­
tare acoustique et un texte déjà fait. C ’est le
groupe entier. On répète entre nous jusqu'à
ce que ça tourne bien. En fait, tu vo is, c'est
plutôt M ark et Sim on, les deux ch anteu rs,
qui com posent les m u siq ues m ais le reste du
groupe travaille aux arrangem ents.
Vos disques semblent plutôt mettre en avant la
musique...
Non, les textes au ssi sont fondam entaux,
vraim ent, et en fait, on ne peut pas les d is­
socier de la m usique. Tous deux se servent
m utuellem ent. Ce que nous aim ons par des­
su s tout, avec Levellers, c'est com m uniquer.
Il est donc im portant pour nous que les gens
écoutent ce que nous avons à dire, m êm e
s'ils ne com prennent pas toujours tout. Oui,
c'est im portant qu'ils s'approprient nos m ots,
qu'ils en fassen t ce qu'ils veulent d ans leurs
im aginaires propres, m êm e si ça devient dif­
férent de ce que nous avons voulu dire au
départ. Ce que nous ch ercho ns avant tout,
c'est de rendre, grâce à la m usiq ue, les gens
joyeux, nous voulons être positifs m êm e si
nos textes peuvent parfois sem b ler un peu
nostalgiques. Nous aim ons regarder devant
nous, et garder nos d istan ces par rapport
aux événem ents. C'est ce qui explique l‘ iro­
nie de nos textes a u ssi, c'est com m e ça que
nous aim ons vivre !
Pourquoi avoir in d u dans cet album une section
cuivre, et un ensemble de cordes ? C’est la premiè­
re fois, je crois...
Oui, pratiquem ent, puisque nous avons déjà
enregistré une petite fois avec des cu ivres.
M ais quand nous nous som m es réunis pour
travaille r «Mouth to Mouth» , le nouvel
albu m , nous voulions vraim en t qu'il sonne
différem m ent des au tres. Ju sq u'àp résen t,
nous hésitions à jouer avec d'autres gens,
nous aim ion s bien nous retrouver tous les
cin q , ça nous convenait. Cette fois, nous
n'avons pas procédé de la m êm e m anière.
Nous avons décidé de tout m ettre en oeuvre
pour que les ch anso ns soient bonnes, de
tout mettre au se rvice de la m usiq ue. Si on
pensait qu'une chanson ava it besoin de
quelque ch ose, on e ssayait. C'est com m e ça
que nous avons m is du piano su r certaines,
c'était la prem ière fo is, le piano, ou des
cu ivres ou des c o rd e s... On voulait briser nos
sch é m as habituels et se donner plus de pos­
sib ilité s m u sicales.
J'ai un petit problème avec ce disque.-je trouve qu'il
renifle la bière à plein nez, et vous n'arrêtez pas,
dans les paroles, de parler de vin. Qu'est-ce qui se
passe, qu'est-ce qui vous arrive ?!...
(R ire s) Tu sa is, nos chanteu rs boivent beau­
coup, ils écrivent toujours les ch an so n s en
buvant, et c'est vrai qu'on ap partient à une
grande tradition de buveurs de b iè re ... M ais
le vin, ça convient bien au ssi pour une cer­
taine im age qu'on aim e, une certaine image
de d écad en ce...
Pour parler un peu d'autre chose, qu'est-ce que tu
écoutes en ce moment ?
Le dernier disque que j'ai acheté, c'est celui
de The Verve. Je trouve ça très bon. Sinon,
j'avoue que je n'écoute pas grand-chose de
la m usique récente, j'en su is encore avec les
C lash ou Led Zep , je trouve qu'il y a tout, làd edans, vraim ent I Je pense que la m usique
actu elle n'est pas à cette hauteur-là. C'est
vrai pourtant qu'en Angleterre, on a aujour­
d'hui une m eilleu re m u siq u e qu'il y a
quelques années à peine, où tout était «bien-
pop-bien-propre» et que tous les groupes se
cop iaient les uns les autres pour finalem ent
faire tous la m êm e chose.
The Levellers n'a pas encore vraiment trouvé son
public en France, alors que vous êtes très popu­
laires en Angleterre et ailleurs. Comment expliquestu cela ?
En fait, dès le début, on a beaucoup pi us
tourné en A llem agne, en Suède, des endroits
ou on m arche plutôt bien, m aintenant. Et
p u is, on n'a pas eu de ch ance à cette
époque-là puisque pour la tournée prévue en
France, je su is tombé très m alade et on a dû
tout annuler. Ce qui fait qu'il n'y a que deux
ou trois ans à peine que nous avons co m ­
m encé àjouer ic i, nous avons donc des
choses à rattraper, des choses à prouver,
encore. M ais nous sentons, à ch aqu e fois
que nous venons, que le courant passe de
m ieux en m ieux et nous aim ons beaucoup
jouer en France.
Hiver 97 E E
INTERVIEW
P
C
O
P
H
A
U
B
B
Y
L'artillerie lourde du B lu es
Par Charles Legraverand
Popa Chubby pourrait donner à penser, au
premier abord, qu’il est un joueur de heavy
métal plombé et grailleux, avec sa bouille de
gros balèse et ses tatouages rock’n’roll. Le
titre de son dernier album, "One Million Broken Guitars”, vient lui aussi renforcer encore
cette apparence décidément trompeuse :
au contraire de tout ça, Popa Chubby est un
mec tranquille, réfléchi, sympa et sincère
avant tout, dont le seul mot d’ordre est
“musique”. Démonstration par l’exemple.
Pourquoi es-tu passé de Sony à Dixie Frog Records ?
Eh b ie n .,. Disons que Sony et moi n'avions
plus rien à faire ensem ble ! J'a i fait un
album pour eux, qui au début devait être pro­
duit par Torn D aw n , un producteur légendai­
re qui a bossé avec R ay C harles, Aretha
Franklin, Cream et égalem ent avec d’autres
pointures ; et alors que j'enregistrais avec
lui, les m ecs de Sony n'ont plus voulu que
nous travaillions ensem ble et m'ont dem andé
de reproduire en entier l'album à ma façon.
Je leur ai répondu que moi j'étais guitariste et
non pas producteur. J'a i laissé tom ber ce deal
qui ne me convenait pas et peu après, j'ai
rencontré Philip d ans un midem dans le sud
de la France. Il s ’est trouvé que nous étions
su r la m êm e longueur d’onde, m usicalem ent,
ce qui pour moi est très im portant. Je n'ai
pas besoin que l'on me dise ce que j ’ai à faire
et la seule réponse que j'ai à donner si l'on
veut orienter ma m usique contre mon gré
est : “ allez vous faire foutre" !
Tu as écrit sur la jaquette de ton album que tu as
cassé une guitare en France et qu’on ne fait pas
d ’omelette sans casser d ’œufs... Si tu as cassé un
million de guitares sur cet album, serait-ce ta plus
grosse omelette ?
Je n'ai pas encore cassé autant de guitares,
m ais j'y travaille ! Non, en France, ce n'était
pas intentionnel, la gratte est tom bée. J ’ai
dégom m é une ou deux guitares en tout
depuis le début. Parfois on est frustré, si tu
vois ce que je veux dire. Pour n'im porte quel­
le raison, parce que tu t'es engueulé avec ta
copine, parce que la m aison de disque te les
c a sse ou fait un boulot de m erde, parce que
le son est m au vais, parce que le batteur
crain t, parce que tu crain s toi-m êm e, parce
que ta guitare refuse de sonner com m e tu le
lui o rd o n nes... Et pourtant je ne su is pas le
genre nerveux ! Cela dit, pour répondre à ta
question, cet album est mon plus gros effort,
et de loin. C ’est le disque d ans lequel j ’ai m is
le plus de m oi-m êm e. Le plus de travail, le
plus de passio n, le plus de tout ce que j ’ai pu
donner. J'a i m is du mien en quantité dans
m es alb u m s précédents, m ais je crois que
^
Rockstyle n° 23
d ans celui-là, j'y ai m is un
petit peu plus encore et c ’est
ce qui fait la différence. Ceci
e st normal : com m e le tem ps
p asse, mon jeu progresse et
se charge de nouvelles choses ou se solidifie
: j'ai donc l'occasion de m ettre un peu plus
de moi à chaque fo is ... Et des choses
m eilleures, je l’espère. Su r cet album -ci, il y
a certaines choses qui sont apparues et que
je guettais depuis un bon bout de tem ps,
c o m m e ... Tu vois, j'adore un bon riff. Je su is
à fond dans le riff. Il n'y a rien de tel qu'un
grand riff de guitare. C'est ce avec quoi on
fait une bonne chanso n. Et je su is à fond
égalem ent dans le rythm e, d ans le groove,
d ans l’ harm onie, d ans la m elodie, et tous
ces constituants annexe d'une bonne ch an ­
son. Il me sem ble que toutes ces choses se
sont données rendez-vous d ans cet album .
Tu parles parfois comme un joueur de heavy métal...
Et q u ’est-ce que le heavy m étal ? C'est du
rock, m ec. Que ce soit AC/DC, Led Zeppelin
ou M etallica, ce sont de gros riffs qui dém é­
nagent, c ’est du rock'n'roll (il frappe sur la
table un rythm e). C 'est le truc bête et e ffica­
ce , où tu dois headbanger et surtout pas trop
réfléchir ! J'a im e le rock'n'roll, j ’aim e le
h eavy m étal.
Le blues aussi est une musique facile... Une gamme
à cinq notes et des riffs standards...
O u ais, c ’est sû r que c'e st fa c ile ... Je ne dirais
pas le contraire. M ais si c ’est si facile,
prends une guitare et monte su r scène !
M ontre-moi à quel point c'est facile ! M ais
tu sa is, je ne su is pas un joueur de blues tra ­
ditionnel, loin de là. Je ne joue pas du pur
blues, je joue du blues basé rock'n'roll. Ou
plutôt du blues basé rock. Rock com m e
m usique populaire, avec du groove, du ryth­
m e, de l'âm e.
Que t ’apportes ta musique en dehors de l ’argent,
j ’espère ?
Oh, oublie le fric, c ’est le truc le moins
im portant pour m oi. La m usique est la pas­
sion de ma vie ; elle est la raison pour
laquelle je me lève le m atin : la raison pour
laquelle je me couche au ssi. Tout ce que je
fait est dédié à la m usiq ue. Ce n'est pas une
partie de ma vie, r'e s t ma vie tout entière.
Pour beaucoup de m u sicien s, les choses
sont différentes. Ils se disent : “ m aintenant
je su is un m u sicien, à présent je ne le suis
plus, je su is une rock star, un poseur” ! Je
pense que tous ces poseurs de m erde doi­
vent être élim in és ! A ussi loin que je puisse
m'en rappeler, j'ai toujours aim é et voulu
faire de la m usique.
Quel est ton sujet de discussion favori ?
La vie. Il faut être philosophe et y penser par
soi-m êm e, parce que personne ne détient
au cune réponse. Mon sujet de discussion
favori est le sen s de la vie. Qu’est-ce que
nous foutons ici et pourquoi nous y som m es.
Qui que tu so is, un clochard ou M adonna,
que tu aies la tête rem plie ou vide, tu te
poses les m êm es questions. Nous avons
tous les m êm es. Tout le m onde se dit ça :
“Ok. Je su is su r cette planète, en vie, et un
jo ur je vais la quitter. Je ne sa is pas ce qu’ il
y a après. Alors qu’est-ce que je fais ici et
pourquoi ?". Ce sont les questions au x­
q uelles nous devons tous faire face à un
m om ent ou à un autre. Et je pense que l’art
est une expression de ceci. Qu'il esf une
expression de la vie. Qu'est-ce que la philo­
sophie ? C ’est ju ste le fait d ’in tellectu aliser
ces questions que nous avons tous en nous.
Es-tu croyant en quelque chose ?
Pas en Dieu, en tout ca s. Pas en l'image d'un
vieux bonhomme assis sur un nuage qui me
dirait “sois un bon garçon et tu seras récom­
pensé". Je ne crois pas au chantage divin. Je
pense qu’il y a une force supérieure dans l’uni­
vers et qu'elle est au-delà de ma compréhen­
sion d'être hum ain. Cela ne m ’intéresse pas
d'essayer d’imaginer quelle apparence cela a.
Tu peux l'appeler Dieu, ou Force, ou tout ce
que tu voudras, m ais je crois que quelque
chose existe et émet des lois positives. Si tu es
en com munication avec cette force, tu es
capable de créer tout ce que tu veux.
N'est-ce pas un peu naïf ?
(U n m om ent) O ui, c ’est naïf, absolum ent,
m ais la naïveté n'est pas un défaut à mon
sen s. N'as-tu ja m a is fait quelque chose pour
la prem ière fois avec su ccè s, sa n s réfléchir à
ce que tu fa isa is, et lorsque tu recom m ences
en te posant des questions, tu échoues ? Je
crois qu'approcher les choses de façon naive
n’est pas un m au vais procédé. Je crois sin ­
cèrem ent au pouvoir de l'esprit de l'être
hum ain. Je crois qu’on peut, avec la volon­
té, contrôler parfaitem ent sa propre réalité ;
pas les circo n stan ces, bien sûr, m ais son
être. S es d écisions. Je veux dire : qu'est-ce
qu'un disque ? A vant de faire un disque, il
faut y penser. Et ensuite tes pensées devien­
nent actions, et tes actions concrétisent ta
pensée, qui devient p h ysiq u e... M ais je ne
su is qu’un joueur de guitare, pas un philo­
sophe !
Quel est ton meilleur souvenir en tant que musicien ?
Un de m es m eilleurs souvenirs est le dernier
concert que j'ai donné à P aris au B atacia n .
Ce fut une de ces nuits où tout fonctionne à
m erveille et ou les kids sont à fond d an s la
m usiq ue et répondent su p er bien à la
m oindre note. D’ une façon générale, chaque
m om ent où le public se soucie de ma
m usique autant que m oi-m êm e est à mettre
d ans m es m eilleurs souvenirs. Celui où il n'y
répond pas, ou il n'est pas touché par elle
est à mettre d ans les pires.
61
VOUS N'AVF7 PAS LES A N C IE N S N U M ERO S ?
Q U E L L E WOBREUB !!!
N °15 : Couverture Sting + d o s-
N °16 : Couverture B lur / IQ /
N°17 : Couverture Pink Floyd
sie r Beatles / M ark Knopfler /
Tears for Fears / Bertignac /
Angra / Marillion / Helloween
Stellla / G alaad / Peter Hamm ill / Porcupine Tree / 1
Mother Earth / Soundgarden /
P a ra d ise Lost /' D o ssier Métal
(Interview R ick Wright) / Polnareff / B eatles / Iron M aiden /
Pendragon / Uriah Heep / King
Crlm son / Lem ur Voice
N °19 : Couverture Thiéfaine
N °20 : Couverture M arillion
(In terview )
/
Angra
/
Ch. Décam ps et Fils / Queensryche / Paul Personne / C h arlÉlie / Roger Hodgson / Patrick
Rondat / etc...
(In terview ) / Trust / Steve
Hogarth / C alvin R u sse ll /
Stranglers / Sepultura / Blur /
Dream Theater / etc...
N °18 : Couverture Yes (Inter­
view) / Ugly kid Joe / W ishing
Tree / Angra / Supérior / Vanden
Pla s / Grip Inc. / Anathem a /
Magna Carta / Référendum 96
H°21 : Couverture U2 Depeche
N°22 : Couverture Genesis /
Faith No More Roachford VandenPIas / Me Cartney / Paradise
Lost / Paul Weller / Kat Onoma
Mode / Fish / Me Cartney / Ritchie
Blackmoret / Bruce Dickinson /
Steve Lukather / Roger Hodgson /
Magellan
ET AUSSI... N °6 : Couverture P eter G ab riel -t-dossier/ Stevie Ray Vaughan/ W h itesnake / F ish / Stephan Eich er/ Jim m y Barnes/ R am o n es/ L e s In fid èle s - N°8 : Couverture M ike Oldfield
Page & Plant/ B eatles/ Q u eensrÿch e/ Nits/ Peter H a m m ill/C ram o s/ B lur / IQ/ B la c k C ro w es / Alm ighty/ E ric S e rra -N °1 0 : Couverture Sp ring steen + d o ssie r/ Ange/ C ab rel/ King Crim son (p art 2 ) / Calvin R u sse ll/Q u e e n srÿ ch e / M otorhead/ Infid èles/ Arena - N°13 : Couverture Ange et Thiefaine au Zénith / Ozzy Osbourne / Beatles / Queen / N its+Ken* / John Wetton / Stran­
glers / Big Country / Supertram p
N u m é ro s é p u is é s : 1
2
3
4
7
9
14
ION DE COMMANDE D’ANCIENS NDMEDDS
A Retourner à : ROCKSTYLE - 4, Chemin de Palente - 25000 BESANCON
Je com m ande le ou les num éros suivants : (Entourez le ou les num éros correspondants)
1G
6
17
«
1»
10
12
19
20
13
21
15
22
PRIX : Numéro 6 = 19 F l’exemplaire ; Numéros 8 , 1 0 , 1 1 , 1 2 = 22 F l’exemplaire
Numéros 1 3 ,1 5 , 1 6 , 1 7 ,1 9 = 2 5 F Numéros n°20, n“21 = 2 7 F .
Frais de Port : 1 n°= 13 F / 2 n° = 17 F / 3 n° = 23 F / 4 n° et + = 2 7 F. Pour l'étranger, ajouter 2 6 frs par commande
TOTAL DE MA COMMANDE :
Nom/Prénom :
Adresse :
_________________________________________________________________________________
Code Postal : __________________ Ville : ___________________________________________________________ Pays:
Payable p a r chèque à l'ordre de « E C L IP S E E D ITIO N S » . Délai d'envoi : 2 à 3 sem aines
H iver 9 7 ^
T H E F L O U E R K1HGS L lU E
THEATRE DUNOIS - PARIS
18/10/1997
Le s co n ce rts progressifs de q ualité ne sont
m alh e u re u se m e n t guère légion d ans l’ h exa­
gone. R aison de plus pour sa lu e r com m e il
se doit la fab u le u se prestation parisienn e
des F L O W E R K IN G S . O rganisé par PR O G '
LA V IE , a sso ciatio n de p a ssio n n é s qui se
lèvent un cul gros com m e Çà pour faire
bouger les c h o se s, le set fran cilie n des rois
à la fle u r fut, pour beaucoup de progsters,
l’o ccasio n de recevo ir une claq u e m onu­
m entale d ans la gueule. Au lendem ain
d t'u n e su cce sfu l perform ance à Bordeaux,
la bande de l’e xce lle n t gratteux R O IN E
S T O LT nous g ratifia en effet de près de trois
h eures de pur bonheur.
Fantastiq ue m elting-pot m u sical dont les
in flu e n ce s p arfaitem en t digérées (on est
bien loin de pouvoir en dire au tan t de tous
les groupes du genre) vont de King Crim son
à Z ap p a, en p a ssan t par Yes et C a m e l, les
com pos épiqu es dp la form ation fire n t preu­
ve su r scèn e d ’une p u issan ce de feu tout
bonnem ent ph én o m énale. A l’a n tith è se des
p o se u rs- b ra n le u rs p rise de tè te , le s
m em bres du com bo firen t preuve en outre
d ’ un se n s ravageu r de l’h um our et de l’autod érision , m u ltip lia n t les p lan s délire en
tout genre ( a v e c , en particu lier, un cla vie r
totalem ent d éjan té dont les rep rises de «Je
t'a im e , moi non plus» ou « La panthère
rose» fire n t littéralem ent fureur ). Nom de
D ieu, quel pied !
de bravoure (du pêchu «Vitriol» au fabu leu x
«Le Grand P a ssa n t» , au fin al tout bonne­
m ent in o u ï), la bande à A lain C h iarazzo et
Fab rice Di Mondo offrit un set de haut vol,
c o n firm a n t au p a ssa g e son s ta tu t de
m e ille u r com bo p ro g ressif fra n ç a is du
m om ent.
A près cette entrée en m atière h aute en
c o u le u rs, Fish in ve stit à son to u r les
p lan ch es verm o u lu es de l'E sp ace Ju lie n
au x alento u rs de 2 1 h 3 0 . D ém arran t su r les
ch ap e au x de roue avec le très couillu «The
perception of Jo h n n y P un ter», l'hom m e au
coeu r de Lothian e n c h a în a , d uran t plus de
d eux h eu res, les m eilleu rs titres de son
répertoire. La où les extraits de «S u n se ts
On E m p ire» se ta illè re n t m a foi un joli su c­
cè s (le p u b lic petant litté ra le m e n t les
plom bs su r le refrain de « B ro th e r 5 2 » ), les
n om breuses rep rises de M arillion (au pre­
m ier rang d esq u elles on salu era l'incontour­
n ab le
e n c h a în e m e n t
« L a v e n d e r/B lu e
A n g e l»
et
le
su p e rb e
m ed ley
«Assassing/Credo/Tongues/W hite Feather»)
fire n t pour leu r part réso lum ent exploser
l'ap p lau d im ètre.
E p a u lé par des m u sicie n s e x ce lle n ts, avec
en p a rticu lie r un Robin B o ult rayonnant
(son solo su r le final de « C lich é» restera
longtem ps gravé d an s les m ém o ires), le
poisson fit litté ralem en t péter la baraque
grâce à son c h a rism e légendaire et à sa
patate fo rm id a b le ... S acré bonhom m e, en
vérité !!!
B e rtra n d P ou rch eron \
sont là deux ch o ses d istin cte s, deux perfor­
m a n ce s m u s ic a le s d iffé re n te s, q uo iq u e
vag u em en t id en tifiab le s. U ltim e d ém o ns­
tra tio n au B a ta c la n , le d im a n c h e 16
novem bre dernier, par les Le ve lle rs, qui
vie n n en t de sig n er un album d iab lem en t
in téressan t. R ien n’ é tait pourtant gagné d ’
a va n ce , pour ce groupe très connu outreM anch e m ais qui peine à trou ver ici son
pu b lic fren ch y (et reco n n aisso ns qu' on
p arlait beaucoup an g la is, l’autre soir, d ans
le pu blic !). Th e D riven, en prem ière partie,
ten tait d ésesp érém en t de nous faire oublier
la m édiocre q ualité sonore (q u elq u ’ un a-til entendu autre chose que le ch a n t, la
grosse c a isse et la guitare hyper saturée
? .. .) par une p résence scén iq u e délurée.
M ouais. Et p u is, en fin, voilà les Leve lle rs.
Et le ton m onte. D ébordants d' énergie,
s y m p a th iq u e s co m m e une g roup e de
g rands frères, 'es Le ve lle rs vont, pendant
prè de deux h eures, altern er an cie n s tubes
et nouveaux titres d an s une am b ian ce q ui,
par m om ent, frôle I’ h ystérie. Le B a ta cla n ,
véritab le étuve bondée, va sa n s doute
im ploser. C ’ est que le rock solide q u ’ ils
b a lan cen t, m êlé de punK desuet et de folk
revigoran* sau ce an g laise, p a sse, en live,
ave c toute la fraV eecheur q u ’ il m érite. On
pense bien sYfbr au x Pogues, à C eltas Cortos. Et puis on les o b serve, su r scè n e , s ’
am u se r com m e des fous : un ch an te u r aux
a p p réciab les q u alité s vo ca le s, un guitariste
qui se retrousse au ssi les m an ch e s su r son
banjo ou son h arm o n ica, un vio lo niste aux
B e rtra n d P o u rch ero n
FIS H
EC LA T
M arseille - 26/11/1997
S a cré mo,is de novem bre pour les fa n s de
rock m a rse illa is ! A p rè s P arad ise Lost le 11
(u ne vé ritab le tu e rie , soit d it en p a ssa n t),
Vanden P la s le 2 0 et M achin e Head le 2 1 ,
c'était au tour d 'E cla t et Fish de ve n ir
m ettre le feu à la Caneb ière en ce pluvieux
m ercredi so ir d'autom ne. O uvrant les h osti­
lités ave c la pêche et le b r;o qu'on leur
c o n n a ît, les m u sic ie n s d 'E cla t se fendirent
d'une prem ière partie exp lo sive. E n ch a în a n t
à la vite sse grand V leurs p rin cip ale s pièces
LEIS ELLER S
BATACLAN
16/11/97
Il faut n’avo ir ja m a is assisté à un concert
pour croire encore qu' un d isq ue est ce q u ’
un groupe p u isse offrir de plus abouti. Ce
en volées m élodiques plutôt coton, un b a s­
siste d éjanté et lu n a ire , digne fils d' une
prochaine fa m ille A d d a m s ... Et m êm e si
vers la fin du co n cert, le batteur donnait
q u e lq u e s sig n e s de fa tig u e , se m b la it
com m e s ’ essouffler, ne pius ten ir la d ista n ­
ce (av e c un tem po parfois aléatoire et
in sta b le ), h é !, pas le m om ent quand m êm e
de bouder son p laisir, non ? ...
R O C K S T Y LE Magazine - 4 Chemin de Palente - 2 5 0 0 0 Besançon - France - Tél : 0 3 .8 1 .5 3 .8 4 .5 1 / Fax : 0 3 .8 1 .8 0 .9 0 .7 4 - Directeur de publication et
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Aribit, Berth, Cnristian Décam ps, Frédéric Delage, N icolas Gautherot, Laurent Janvier, Nathalie Joly, Charles Leg nverand , Eric M artelat, Michel Morvar,, Bertrand
Pourcheron, Daniel Reyes, Chris Savourey, Virginie Touvrey, Pascal Vernier, Bruno Versm isse. Correspondantes aux Etats-Unis : Gaëlle Morand, Karine Gavand Maquette : LU nion fait la Force (S C S Besançon) : 0 3 81 5 3 0 9 47 - Publicité : Au journal - Abonnements : Rockstyle / Service abonnem ents - 4 Chem in de
Palente - 2 5 0 0 0 Besançon - Imprimerie : Realgraphic, 9 0 0 0 0 Belfort - Distribution : N M PP - Rockstyle est édité par la S A R L de presse Eclipse Editions - Adresse
administrative : Eclipse Editions, B P 1 6 9 , 1 8 rue Gustave Lang, 9 0 0 0 3 Belfort Cedex -Tel : 0 3 8 4 5 8 6 9 6 9 / Fax : 0 3 8 4 2 2 2 5 6 4 - Magazine bimestriel 6 numéros par an. Dépôt légal : à parution - Com m ission paritaire n° 7 6 5 6 3 - ISSN : 1 2 4 8 - 2 1 0 2
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Ciel Mediastore - Douai • Le Temple du Disque - Egly - Arpajon • Espace Temps - Forbach • Plein Ciel Médiastore - Grenoble • Forum Espace Culture
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V.
1 3
3
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Calvin Russell pour la première fois en tournée acoustique
- 5 février
- 5 mars
- 6 mars
VALENCIENMES
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MAÇON
- 7 mars
- 9 mars
-11 mars
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Avec des invites surprises
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-1 2 mars
-1 3 mars
-1 4 mars
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